Lacticínios - Legislacao Europeia - 1999/12 - Reg nº 2771 - QUALI.PT

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    PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias24. 12. 1999 L 333/11

    REGULAMENTO (CE) N.o 2771/1999 DA COMISSOde 16 de Dezembro de 1999

    que estabelece normas de execuo do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 do Conselho no referente amedidas de interveno no mercado da manteiga e da nata

    A COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

    Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

    Tendo em conta o Regulamento (CE) n.o 1255/1999 doConselho, de 17 de Maio de 1999, que estabelece a organi-zao comum de mercado no sector do leite e dos produtoslcteos (1), e, nomeadamente, os seus artigos 10.o e 40.o,

    Considerando o seguinte:

    (1) O Regulamento (CE) n.o 1255/1999 substituiu o Regula-mento (CEE) n.o 804/68 do Conselho (2), com a ltima

    redaco que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o1587/96 (3), bem como, entre outros, o Regulamento(CEE) n.o 777/87 do Conselho (4), com a ltima redacoque lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 1634/91 (5),que alterava o regime de compras interveno para amanteiga e o leite em p desnatado. Em virtude destenovo regime, e atenta a experincia adquirida, neces-srio proceder alterao e, se for caso disso, simplifi-cao, das normas de execuo relativas s medidas deinterveno no mercado do leite e da nata. , portanto,conveniente, por razes de clareza, efectuar uma refor-mulao dos regulamentos especficos que anterior-mente regiam diversos aspectos da interveno, nomea-damente os Regulamentos da Comisso (CEE) n.o 2315/

    /76 (6), com a ltima redaco que lhe foi dada peloRegulamento (CE) n.o 1824/97 (7), (CEE) n.o 1547/87 (8),com a ltima redaco que lhe foi dada pelo Regula-mento (CE) n.o 1802/95 (9), (CEE) n.o 1589/87 (10), coma ltima redaco que lhe foi dada pelo Regulamento(CE) n.o 124/1999 (11), e (CE) n.o 454/95 (12), com altima redaco que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n.o 390/1999 (13), e reunir as suas disposies num textonico;

    (2) O n.o 1 do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255//1999 estabelece os critrios com base nos quais osorganismos de interveno procedem compra demanteiga por meio de contratos de interveno e rela-

    tivos suspenso das compras de interveno. conve-niente precisar, por um lado, em que casos as comprasde interveno so abertas ou suspensas num determi-nado Estado-Membro e, por outro, fixar o perodo repre-sentativo no decurso do qual deve ser verificado o nveldos preos de mercado da manteiga em relao ao preode interveno. Para o efeito, necessrio definir anoo de preo de mercado da manteiga e estabelecer

    um sistema de verificao desses preos a nvel nacional.Por razes de ordem prtica, conveniente considerar aUnio Econmica Belgo-Luxemburguesa como umEstado-Membro;

    (3) Os organismos de interveno s podem comprarmanteiga que satisfaa as condies do artigo 6.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999, bem como condiesde qualidade e apresentao que necessrio definir. igualmente necessrio precisar os mtodos de anlise eos procedimentos de controlo de qualidade, bem como,se a situao o exigir, prever a verificao dos ndices de

    radioactividade da manteiga, que no devem ultrapassaros nveis mximos que a regulamentao comunitriaeventualmente venha a estabelecer. Deve, no entanto, serprevista a possibilidade de os Estados-Membros autori-zarem um sistema de autocontrolo, sob determinadascondies. O perodo de produo da manteiga ofere-cida para interveno deve poder ser alargado, porrazes de ordem prtica, quando o intervalo entre doisconcursos pblicos for superior a 21 dias;

    (4) Para garantir o bom funcionamento do regime de inter-veno, h que precisar as condies de aprovao dasempresas de produo e relativas ao modo de compro-vao do respeito das mesmas. Para garantir a eficcia

    do regime, afigura-se conveniente prever medidas aaplicar nos casos de desrespeito dessas condies. Aten-dendo ao facto de que a manteiga pode ser comprada attulo de interveno por um organismo de intervenode um Estado-Membro que no aquele em cujo territriofoi fabricada, necessrio prever o modo como, nessascircunstncias, o organismo de interveno compradorpoder certificar-se do respeito das condies de quali-dade e de apresentao;

    (5) O Regulamento (CEE) n.o 1255/1999 estabelece que ascompras de interveno tm lugar por meio de concursopblico. Para garantir um tratamento idntico de todosos interessados em toda a Comunidade, os concursos

    pblicos devem ser objecto de um anncio publicado no Jornal Oficial das Comunidades Europeias. Os elementos daproposta, nomeadamente a quantidade mnima, osprazos de apresentao e o preo mximo de compra,devem ser definidos. Para garantir o respeito das exign-cias de qualidade e das condies de apresentao damanteiga no momento da proposta e depois da entradaem armazm, conveniente exigir que a proposta dorequerente seja acompanhada de um compromissoescrito do mesmo nesse sentido. A proposta deve serigualmente acompanhada de uma garantia contratual, afim de assegurar a sua manuteno depois de terminadoo prazo de apresentao das propostas e a entrega damanteiga nos prazos fixados;

    (6) A qualidade da manteiga e as condies a satisfazer paraque possa ser comprada devem poder ser garantidas pormedidas de verificao em diversos estdios da armaze-nagem. O desrespeito dessas exigncias no deve,

    (1) JO L 160 de 26.6.1999, p. 48.(2) JO L 148 de 28.6.1968, p. 13.(3) JO L 206 de 16.8.1996, p. 21.(4) JO L 78 de 20.3.1987, p. 10.(5) JO L 150 de 15.6.1991, p. 26.(6) JO L 261 de 25.9.1976, p. 12.

    (7

    ) JO L 260 de 23.9.1997, p. 8.(8) JO L 144 de 4.6.1987, p. 12.(9) JO L 174 de 26.7.1995, p. 27.(10) JO L 146 de 6.6.1987, p. 27.(11) JO L 16 de 21.1.1999, p. 19.(12) JO L 46 de 1.3.1995, p. 1.(13) JO L 48 de 24.2.1999, p. 3.

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    porm, ter reflexos negativos no oramento comuni-trio. , portanto, conveniente prever que a manteigano conforme seja retomada pelo operador, que supor-tar ainda os custos da sua armazenagem;

    (7) Para uma boa gesto das quantidades armazenadas,

    necessrio precisar as obrigaes dos Estados-Membros,especificando, para o efeito, a distncia do local de arma-zenagem e os custos a suportar para alm dessadistncia e prevendo, designadamente, o acesso s exis-tncias e a identificao dos lotes, bem como a coberturapor um seguro dos riscos associados manteiga armaze-nada. Para assegurar uma frequncia e um nvel de verifi-cao uniforme, igualmente necessrio precisar a natu-reza e o nmero de inspeces a efectuar aos armaze-nistas pelas autoridades nacionais;

    (8) A boa gesto das quantidades intervencionadas exige quea manteiga seja revendida logo que surja uma possibili-dade de escoamento. Para que o acesso ao produtocolocado venda se processe num plano de igualdade, conveniente que a possibilidade de compra esteja abertaa todos os interessados. Para no comprometer o equil-

    brio do mercado, conveniente fixar o preo de vendacom base na situao do mercado. As condies devenda, nomeadamente no respeitante tomada a cargoda manteiga e aos prazos de pagamento, complemen-tadas pela constituio de uma garantia de execuo,devem ser definidas. A fim de acompanhar com regulari-dade a situao das existncias, torna-se necessrio queos Estados-Membros comuniquem Comisso as quanti-dades de manteiga vendidas;

    (9) O n.o

    3 do artigo 6.o

    do Regulamento (CE) n.o

    1255//1999 prev a concesso de ajudas armazenagemprivada de nata e de manteiga. A fim de assegurar umcontrolo eficaz do regime, devem ser previstos umcontrato e um caderno de encargos, que precisaro ascondies de armazenagem. No mesmo sentido, devemigualmente ser adoptadas normas de execuo emmatria de documentao, contabilidade, assim como defrequncia e modo de verificao, nomeadamente noque respeita s exigncias do n.o 3 do artigo 6.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999. Para facilitar ocontrolo da presena dos produtos em armazm sobcontratos de armazenagem privada, conveniente prevera sada de armazm por lotes, salvo se o Estado-Membro

    autorizar uma quantidade menor;

    (10) Para uma boa gesto do regime de armazenagemprivada, conveniente fixar anualmente o montante daajuda em funo da durao da armazenagem, bemcomo as datas de entrada em armazm e as datas emque a pessoa que explora o entreposto pode fazer sair dearmazm a totalidade ou parte das quantidades contra-tadas. Essas datas, a durao da armazenagem e omontante da ajuda podem ser alterados em funo dasituao do mercado;

    (11) No que respeita ajuda nata, e de modo a ter emconta o valor do produto e por razes de ordem prtica,

    conveniente fixar o seu montante em equivalente--manteiga e em funo do teor de matria gorda. Justi-fica-se, igualmente, prever uma verificao sistemticado teor de matria gorda. Para o efeito, afigura-se conve-niente prever que o armazenista assuma o compromisso

    de respeitar, durante o perodo de armazenagem, umteor mnimo de matria gorda previamente fixado. Aexperincia adquirida revelou que, em determinadoscasos, desejvel aligeirar a carga administrativaprevendo uma verificao por amostragem. Todavia,dada a impossibilidade de determinar com exactido o

    teor de matria gorda da nata depois de congelada, conveniente prever que, em caso de desrespeito daquelecompromisso, a ajuda no seja paga relativamente totalidade dos lotes entrados em armazm depois daltima inspeco satisfatria;

    (12) O terceiro pargrafo, do n.o 3 do artigo 6.o do Regula-mento (CE) n.o 1255/1999 prev que o montante daajuda pode ser aumentado em funo da evoluo dasituao do mercado. , portanto, conveniente precisaras condies que determinam o ajustamento e o mbitodeste;

    (13) Atendendo a que o Regulamento (CE) n.o 1255/1999fixa o preo de interveno a partir de 1 de Julho de2000, conveniente, por razes de clareza, precisar opreo de interveno aplicvel entre a data de entradaem vigor do presente regulamento e 30 de Junho de2000;

    (14) As medidas previstas no presente regulamento esto emconformidade com o parecer do Comit de Gesto doLeite e dos Produtos Lcteos,

    ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    CAPTULO I

    Objecto

    Artigo 1.o

    1. O presente regulamento estabelece as normas deexecuo relativas s medidas de interveno para o sector doleite e dos produtos lcteos previstas no artigo 6.o do Regula-mento (CEE) n.o 1255/1999.

    2. Para efeitos da aplicao do presente regulamento, aUnio Econmica Belgo-Luxemburguesa considerada comoum Estado-Membro.

    CAPTULO II

    Armazenagem pblica

    SECO 1

    C o n d i e s d e c o m p r a d a m a n t e i g a

    Artigo 2.o

    1. Logo que, num Estado-Membro, se verificar que, duranteduas semanas consecutivas, o preo de mercado se situou a um

    nvel inferior a 92 % do preo de interveno, as compras porconcurso pblico previstas no n.o 1 do artigo 6.o do Regula-mento (CE) n.o 1255/1999 sero abertas pela Comisso noEstado-Membro em causa de acordo com o procedimentoprevisto no artigo 42.o do referido regulamento.

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    2. Logo que, num Estado-Membro, se verificar que, duranteduas semanas consecutivas, o preo de mercado se situou a umnvel igual ou superior a 92 % do preo de interveno, ascompras por concurso pblico previstas no n.o 1 do artigo 6.odo Regulamento (CE) n.o 1255/1999 sero suspensas pelaComisso no Estado-Membro em causa de acordo com o

    procedimento previsto no artigo 42.o

    do referido regulamento.

    Artigo 3.o

    Os organismos de interveno s compraro manteiga que sejaconforme s disposies do n.o 2, primeiro pargrafo, do artigo6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 e do artigo 4.o dopresente regulamento.

    Artigo 4.o

    1. As autoridades competentes verificaro a qualidade damanteiga por aplicao dos mtodos de anlise referidos nosanexos I, II e III a amostras colhidas conforme previsto noanexo IV. Todavia, os Estados-Membros podem, aps acordoda Comisso, estabelecer, sob a sua vigilncia, um sistema deautocontrolo para certas exigncias de qualidade e determi-nadas empresas aprovadas.

    2. Os ndices de radioactividade da manteiga no devemultrapassar os nveis mximos admissveis eventualmenteprevistos pela regulamentao comunitria.

    A verificao do nvel de contaminao radioactiva do produtos ser efectuada quando a situao o exija e durante o perodo

    necessrio. Em caso de necessidade, o perodo de aplicao e ombito das medidas de controlo sero estabelecidos de acordocom o procedimento previsto no artigo 42.o do Regulamento(CE) n.o 1255/1999.

    3. A manteiga deve ter sido fabricada no decurso do perodode 23 dias que precede o termo do prazo para a apresentaodas propostas referido no artigo 10.o Se entre dois concursosconsecutivos mediarem mais de 21 dias, a manteiga pode serfabricada durante este ltimo perodo.

    4. A quantidade mnima de manteiga de 10 toneladas. OsEstados-Membros podem estabelecer que a manteiga s possaser proposta por toneladas completas.

    5. A manteiga ser acondicionada e entregue em blocoscom 25 kg de peso lquido mnimo.

    6. As embalagens de manteiga sero novas, de materiaisresistentes e concebidas de forma a assegurar a proteco doproduto durante as operaes de transporte, armazenagem edesarmazenagem. As embalagens devem ostentar, pelo menos,as seguintes indicaes, se for caso disso transcritas em cdigo:

    a) O nmero de aprovao da fbrica e o Estado-Membro deproduo;

    b) A data de fabrico;

    c) A data de entrada em armazm;

    d) O nmero do lote de fabricao e da unidade de transporte;podendo este ltimo ser substitudo por um nmero depalete inscrito nesta ltima;

    e) A meno manteiga de nata doce, se o pH da fase aquosada manteiga a tal corresponder;

    f) A classe nacional de qualidade referida no anexo V, se oEstado-Membro de produo o exigir.

    Os Estados-Membros podem prever que a obrigao deinscrio da data de entrada no armazm nas embalagens noseja aplicvel se o responsvel do entreposto se comprometer amanter um registo no qual, no dia da entrada em armazm,sejam inscritas as indicaes previstas no segundo pargrafo.

    Artigo 5.o

    1. A empresa referida no n.o 2 do artigo 6.o do Regulamento(CE) n.o 1255/1999 s ser aprovada se:

    a) For aprovada em conformidade com o artigo 10.o da Direc-tiva 92/46/CEE do Conselho (1), e dispuser de instalaestcnicas adequadas;

    b) Se comprometer a manter em permanncia registos, defi-nidos pelo organismo competente de cada Estado-Membro,relativos origem das matrias-primas, s quantidades demanteiga obtidas, ao acondicionamento, identificao e data de sada de cada lote de produo para a intervenopblica;

    c) Aceitar submeter a um controlo oficial especfico a suaproduo de manteiga e, se for caso disso, satisfazer asexigncias da classe nacional de qualidade referida no anexoV;

    d) Se comprometer a informar o organismo competente encar-regado do controlo, com pelo menos dois dias teis deantecedncia, da sua inteno de fabricar manteiga destinadaa interveno pblica. No entanto, o Estado-Membro podefixar um prazo mais curto.

    2. Para assegurar o respeito do disposto no presente regula-mento, os organismos competentes providenciaro a realizaode inspeces no local sem aviso prvio, em funo doprograma de fabrico de manteiga de interveno das empresasem causa.

    Efectuaro, pelo menos:

    a) Um controlo em cada perodo de 28 dias de produodestinada a interveno, e pelo menos uma vez porsemestre, a fim de examinar os elementos referidos na alnea

    b) do n.o 1;

    b) Um controlo semestral, a fim de verificar o respeito dasoutras condies de aprovao referidas no n.o 1.

    3. A aprovao ser revogada se os pr-requisitos previstosna alnea a) do n.o 1 deixarem de ser satisfeitos. A pedido da

    empresa em causa, a aprovao pode ser restabelecida, apsum perodo mnimo de seis meses, na sequncia de umainspeco aprofundada.

    (1) JO L 268 de 14.9.1992, p. 1.

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    Se se verificar que uma empresa no respeitou um dos seuscompromissos referidos nas alneas b), c) e d) do n.o 1, exceptoem caso de fora maior, a aprovao ser suspensa por umperodo de um a doze meses, consoante a gravidade da irregu-laridade.

    A referida suspenso no ser imposta se o Estado-Membroverificar que a irregularidade no foi cometida deliberadamenteou por negligncia grave e que se reveste de uma importnciamnima relativamente eficcia das inspeces previstas no n.o2.

    4. As inspeces efectuadas por fora dos n.os 2 e 3 devemser objecto de um relatrio, que especificar:

    a) A data da inspeco;

    b) A sua durao;

    c) As operaes efectuadas.

    O relatrio da inspeco deve ser assinado pelo agente respon-svel.

    5. Os Estados-Membros comunicaro Comisso asmedidas tomadas relativamente s inspeces previstas nos n.os2 e 3 no prazo de um ms a contar da data da respectivaadopo.

    Artigo 6.o

    1. No caso de a manteiga ser proposta para intervenonum Estado-Membro diferente daquele em que foi fabricada, a

    compra ficar subordinada apresentao, o mais tardar 45dias depois do termo do prazo fixado para a apresentao daspropostas, de um certificado fornecido pelo organismo compe-tente do Estado-Membro de produo.

    O certificado comportar as indicaes previstas no n.o 6,alneas a), b), d) e, se for caso disso, f), do artigo 4. o e umaconfirmao de que se trata de manteiga produzida numaempresa aprovada da Comunidade, directa e exclusivamente apartir de nata pasteurizada, [na acepo do n.o 6, segundotravesso, do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999].

    2. Se o Estado-Membro de produo tiver procedido veri-ficao referida no n.o 1 do artigo 4.o, constaro igualmente do

    certificado os resultados da mesma e a confirmao de que setrata de manteiga na acepo do n.o 2, primeiro pargrafo, doartigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999. Nesse caso, aembalagem referida no n.o 6 do artigo 4.o deve ser selada porum rtulo numerado do organismo competente do Estado--Membro de produo. Esse nmero deve constar do certifi-cado referido no n.o 1.

    SECO 2

    Ver i f i cao dos preos

    Artigo 7.o

    Os preos de mercado da manteiga referidos no n.o 1 do artigo6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 so os preos sadada fbrica, pagamento a 21 dias, no tendo em conta as

    imposies internas, da manteiga fresca que satisfaa as condi-es enunciadas no n.o 2, primeiro pargrafo, do artigo 6.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999, acondicionada em blocos depelo menos 25 kg lquidos.

    Estes preos sada da fbrica so acrescidos de um montante

    fixo de 2,5 euros/100 kg, para ter em conta as despesas detransporte necessrias entrega da manteiga num entrepostofrigorfico.

    Artigo 8.o

    1. Os preos de mercado a nvel nacional so verificadostodas as semanas por comisses de cotao ou atravs de umlevantamento em mercados representativos.

    A verificao semanal incide sobre os preos previstos noartigo 7.o observados durante a semana anterior;

    Os preos so expressos em euros/100 kg, arredondados segunda casa decimal.

    2. Os Estados-Membros estabelecero:

    a) A composio das comisses de cotao de modo a asse-gurar a participao paritria de compradores e vendedoresrepresentativos de transaces de volumes substanciais demanteiga ou, se for caso disso, o sistema de levantamentodos preos em mercados representativos;

    b) As disposies necessrias para garantir a fiabilidade dosdados com base nos quais os preos so verificados;

    c) Se o volume das transaces de manteiga da qualidadereferida no n.o 1 do artigo 7.o no for considerado suficientepara ser representativo, os critrios necessrios para estabe-lecer uma relao entre os preos de manteiga cujo nmerode transaces seja suficiente e os preos da manteiga refe-rida no artigo 7.o

    Os Estados-Membros comunicaro Comisso uma descriodo sistema implantado em conformidade com o primeiro par-grafo.

    3. Os Estados-Membros comunicaro semanalmente Comisso, o mais tardar na quarta-feira, antes das 12 horas(hora de Bruxelas), os preos verificados em conformidade com

    o n.o

    1.4. Todas as quintas-feiras, a Comisso verificar o nvel dopreo de mercado em cada Estado-Membro em relao aopreo de interveno.

    SECO 3

    Concursos pb l i cos

    Artigo 9.o

    Logo que a Comisso verificar que a condio do n. o 1 doartigo 2.o se encontra preenchida num determinado Estado--Membro, o organismo de interveno em causa efectuar acompra da manteiga em conformidade com as disposies dapresente seco.

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    Ser publicado um anncio de concurso no Jornal Oficial dasComunidades Europeias.

    Artigo 10.o

    O prazo para a apresentao das propostas relativas a cadaconcurso pblico termina na segunda e na quarta teras-feirasde cada ms, s 12 horas de Bruxelas, com excepo dasegunda tera-feira de Agosto e da quarta tera-feira deDezembro. Se a tera-feira for dia feriado, o prazo terminarno dia til anterior, s 12 horas de Bruxelas.

    Artigo 11.o

    1. Os interessados participaro no concurso no organismode interveno de um Estado-Membro, quer por apresentaode uma proposta escrita contra recibo, quer por qualquer meiode telecomunicao escrita com aviso de recepo.

    2. A proposta indicar:

    a) O nome e o endereo do proponente;

    b) A quantidade proposta e o teor mnimo de matria gorda;

    c) O preo proposto por 100 kg de manteiga, no tendo emconta as imposies internas, com a manteiga entregue nolocal de recepo do entreposto frigorfico, expresso emeuros com um mximo de duas casas decimais;

    d) O local onde a manteiga proposta se encontra armazenada.

    3. A proposta s ser vlida se:

    a) Se referir a uma quantidade de manteiga conforme com on.o 4 do artigo 4.o;

    b) For acompanhada de um compromisso escrito do propo-nente de que respeitar o disposto no n.o 3 do artigo 4.o eno n.o 2 do artigo 17.o;

    c) Incluir prova de que o proponente constituiu, no Estado--Membro no qual a proposta foi apresentada, antes dotermo do prazo de apresentao das propostas, umagarantia contratual de 5 euros/100 kg para o concurso em

    causa.

    4. O compromisso referido na alnea b) do n.o 3 transmitidoinicialmente ao organismo de interveno manter-se- vlido,por renovao tcita, para as propostas posteriores at decla-rao contrria por parte do proponente ou do organismo deinterveno, na condio de:

    a) A proposta inicial indicar que o proponente pretende bene-ficiar da presente disposio;

    b) As propostas posteriores fazerem referncia presentedisposio (n.o 4 do artigo 11.o), bem como data daproposta inicial.

    5. O organismo de interveno registar o dia de recepoda proposta e as quantidades e datas de fabrico correspon-dentes, bem como o local onde a manteiga proposta seencontra armazenada.

    6. A proposta j no poder ser retirada uma vez expirado oprazo referido no artigo 10.o para a apresentao de propostasrelativas ao concurso em causa.

    Artigo 12.o

    A manuteno da proposta aps o termo do prazo para aapresentao de propostas e a entrega da manteiga no entre-posto designado pelo organismo de interveno no prazofixado no n.o 3 do artigo 15.o constituem exigncias principais,na acepo do artigo 20.o do Regulamento (CEE) n.o 2220/85da Comisso (1).

    Artigo 13.o

    1. Os Estados-Membros comunicaro Comisso, at s 9horas (hora de Bruxelas) do dia imediato ao do termo do prazoreferido no artigo 10.o, as quantidades e os preos oferecidospelos proponentes.

    2. Tendo em conta as propostas recebidas para cadaconcurso e de acordo com o procedimento previsto no artigo42.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999, a Comisso fixarum preo mximo de compra em funo dos preos de inter-veno aplicveis.

    3. Pode ser decidido no adjudicar.

    Artigo 14.o

    1. A proposta ser recusada se o preo proposto for supe-rior ao preo mximo, referido no n.o 2 do artigo 13.o, vlido

    para o concurso em causa.2. Os direitos e deveres que decorrem da adjudicao noso transmissveis.

    Artigo 15.o

    1. Cada proponente ser imediatamente informado peloorganismo de interveno do resultado da sua participao noconcurso.

    A garantia referida no n.o 3, alnea c), do artigo 11.o serlibertada sem demora no caso das propostas no aceites.

    2. O organismo de interveno remeter sem demora aoadjudicatrio uma nota de entrega datada e numerada, da qualconstaro:

    a) A quantidade a entregar;

    b) A data-limite de entrega da manteiga;

    c) O entreposto frigorfico em que a manteiga deve serentregue.

    3. O adjudicatrio proceder entrega da manteiga no localde recepo do entreposto frigorfico no prazo de 21 dias acontar do termo do prazo para a apresentao de propostas. Aentrega pode ser fraccionada.

    As eventuais despesas de descarga no local de recepo doentreposto frigorfico ficam a cargo do adjudicatrio.

    (1) JO L 205 de 3.8.1985, p. 5.

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    4. A garantia contratual ser libertada logo que o adjudica-trio tenha procedido entrega, no prazo previsto, da quanti-dade indicada na nota de entrega.

    5. Salvo casos de fora maior, se o adjudicatrio no efec-tuar a entrega no prazo prescrito, alm da perda, proporcional-

    mente s quantidades no entregues, da garantia contratualreferida no n.o 3, alnea c), do artigo 11.o, a compra serrescindida relativamente s quantidades restantes.

    Artigo 16.o

    1. Verificado o respeito das disposies dos artigos 3.o e 4.o,o organismo de interveno pagar ao adjudicatrio, numprazo compreendido entre o quadragsimo quinto e o sexag-simo quinto dias aps a tomada a cargo da manteiga, por cadaquantidade tomada a cargo, o preo indicado na propostadaquele.

    2. O dia da recepo o dia da entrada da manteiga noentreposto frigorfico designado pelo organismo de inter-veno, no podendo, porm, ser anterior ao dia seguinte ao daemisso da nota de entrega referida no n.o 2 do artigo 15.o

    Artigo 17.o

    1. A manteiga ser submetida a um perodo probatrio dearmazenagem. Esse perodo fixado em 30 dias, com incio nodia da tomada a cargo.

    2. Pela sua proposta, o vendedor compromete-se, no casode a inspeco efectuada entrada do entreposto designadopelo organismo de interveno revelar que a manteiga no conforme s disposies dos artigos 3.o e 4.o ou no caso de, nofinal do perodo probatrio de armazenagem, se verificar que aqualidade organolptica mnima da manteiga inferior fixadano anexo I:

    a) A retomar a manteiga em causa; e

    b) A pagar os custos de armazenagem da manteiga em causadesde a data da sua tomada a cargo at data de sada.

    Os custos de armazenagem a pagar so os custos a reembolsarpelo organismo de interveno ao Fundo Europeu de Orien-tao e de Garantia Agrcola (FEOGA), seco Garantia, em

    conformidade com o n.o

    2, alneas a) e b), do artigo 7.o

    doRegulamento (CEE) n.o 3597/90 da Comisso (1).

    Os montantes sero creditados ao Fundo Europeu de Orien-tao e de Garantia Agrcola (FEOGA), seco Garantia.

    SECO 4

    Armazenagem e desarmazenagem

    Artigo 18.o

    1. Os Estados-Membros estabelecero as normas tcnicas,nomeadamente uma temperatura de armazenagem igual ouinferior a 15 C, para os entrepostos frigorficos referidos no

    n.o 2, terceiro pargrafo, do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o1255/1999 e adoptaro as medidas necessrias para assegurara boa conservao da manteiga. Os riscos associados serocobertos por um seguro, que assumir a forma de uma obri-gao contratual das pessoas que exploram os entrepostos oude um seguro global do organismo da interveno; o Estado-

    -Membro pode tambm ser o seu prprio segurador.

    2. Os organismos de interveno exigiro que a entrega nolocal de recepo do entreposto, a colocao em armazm e aarmazenagem da manteiga sejam efectuadas em paletes e deforma a constituir lotes facilmente identificveis e acessveis.

    3. O organismo competente responsvel pelas inspecesverificar sem aviso prvio a presena da manteiga emarmazm, conforme previsto no artigo 4.o do Regulamento(CE) n.o 2148/96 da Comisso (2).

    Artigo 19.o

    1. O organismo de interveno escolher o entreposto frigo-rfico disponvel mais prximo do local onde a manteiga seencontra armazenada.

    No entanto, e desde que a escolha de outro entreposto no

    implique custos suplementares de armazenagem, o organismode interveno pode escolher outro entreposto situado a umadistncia inferior ou igual referida no n.o 2.

    Para alm dessa distncia, o organismo de interveno podeescolher outro entreposto quando essa escolha implique umamenor despesa, tendo em conta os custos de armazenagem ede transporte envolvidos. Nesse caso, o organismo de inter-veno comunicar sem demora a sua escolha Comisso.

    2. A distncia mxima referida no n.o 2, terceiro pargrafo,do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 fixada em350 Km. Para distncias superiores, os custos suplementaresde transporte a cargo do organismo de interveno so fixadosem 0,065 euros por tonelada e por quilmetro.

    Se o organismo de interveno comprador for o de um Estado--Membro diferente daquele em cujo territrio a manteigaproposta se encontra armazenada, a distncia entre o entre-posto do vendedor e a fronteira do Estado-Membro do orga-nismo de interveno comprador no ser tida em conta noclculo da distncia mxima referida no pargrafo anterior.

    3. Os custos suplementares referidos no n.o 2 s ficaro acargo do organismo de interveno se a temperatura damanteiga chegada ao entreposto no for superior a 6 C.

    (1) JO L 350 de 14.12.1990, p. 43. (2) JO L 288 de 9.11.1996, p. 6.

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    Artigo 20.o

    Quando da desarmazenagem da manteiga, o organismo deinterveno, em caso de entrega sada do entreposto frigor-fico, colocar a manteiga em paletes disposio no local decarregamento do entreposto, se for caso disso carregada num

    meio de transporte, se se tratar de um camio ou de um vagode caminho-de-ferro. Os custos correspondentes ficaro a cargodo organismo de interveno e os eventuais custos de arru-mao e remoo das paletes a cargo do comprador damanteiga.

    SECO 5

    V e n d a d a m a n t e i g a

    Artigo 21.o

    Os organismos de interveno dos Estados-Membros venderoa cada interessado a manteiga que detenham que tenha entradoem armazm antes de 1 de Julho de 1996.

    Artigo 22.o

    1. A manteiga vendida sada do entreposto, a um preoigual ao preo de interveno fixado no n.o 1, alnea a), doartigo 4.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 aplicvel no diada celebrao do contrato de venda, acrescido de 1 euro//100 kg.

    A manteiga vendida em quantidades iguais ou superiores a 5

    toneladas. Todavia, se a quantidade restante num entrepostofor inferior a 5 toneladas, a venda abranger essa quantidade.

    2. O organismo de interveno s vender a manteiga se, omais tardar quando da celebrao do contrato de compra evenda, for constituda uma garantia de 10 euros/100 kg, desti-nada a assegurar a execuo das exigncias principais naacepo do artigo 20.o do Regulamento (CEE) n.o 2220/85 relativas tomada a cargo da manteiga no prazo referido non.o 1, primeiro pargrafo, do artigo 23.o do presente regula-mento.

    3. O organismo de interveno proceder venda damanteiga em funo da data da entrada da mesma em

    armazm, comeando pelo produto mais antigo da quantidadetotal disponvel ou, se for caso disso, da quantidade disponvelno ou nos entrepostos designados pelo operador.

    Artigo 23.o

    1. O comprador tomar a cargo a manteiga no prazo de umms a contar do dia de celebrao do contrato de compra evenda.

    A tomada a cargo da quantidade comprada pode ser fraccio-nada em parcelas no inferiores a 5 toneladas. Todavia, se aquantidade restante num entreposto for inferior a 5 toneladas,

    a tomada a cargo pode abranger essa quantidade inferior.

    2. Antes da tomada a cargo de cada quantidade, ocomprador pagar ao organismo de interveno o preocorrespondente quantidade a tomar a cargo.

    3. Salvo casos de fora maior, se o comprador no tivertomado a cargo a manteiga no prazo referido no n.o 1, ocontrato de compra e venda ser rescindido relativamente squantidades restantes.

    4. A garantia referida no n.o 2 do artigo 22.o ficar retida no

    respeitante s quantidades relativamente s quais o contrato decompra e venda for rescindido por fora do n.o 3. A garantiaser libertada imediatamente em relao s quantidadestomadas a cargo no prazo prescrito.

    5. Em casos de fora maior, o organismo de intervenoadoptar as medidas que considerar necessrias nas circunstn-cias invocadas.

    Artigo 24.o

    Os Estados-Membros comunicaro semanalmente Comisso,o mais tardar na tera-feira, as quantidades de manteiga que,durante a semana anterior, tenham sido objecto:

    a) De um contrato de compra e venda;

    b) De uma tomada a cargo.

    CAPTULO III

    Armazenagem privada de manteiga ou de nata

    SECO 1

    C o n t r a t o e c o n d i e s d e a r m a z e n a g e m

    Artigo 25.o

    Para efeitos do disposto no presente captulo, entende-se por:

    Lote de armazenagem, uma quantidade mnima de 1tonelada, de composio e qualidade homogneas, proveni-ente da mesma fbrica, entrada em armazm no mesmodia, no mesmo entreposto;

    Data de incio da armazenagem contratual, o dia seguinteao da entrada em armazm;

    ltimo dia de armazenagem contratual, o dia anterior aoda sada de armazm.

    Artigo 26.o

    Os contratos relativos armazenagem privada de nata oumanteiga a que se refere o n.o 3, quarto pargrafo, do artigo 6.odo Regulamento (CE) n.o 1255/1999 sero celebrados entre oorganismo de interveno do Estado-Membro em cujo terri-trio a manteiga ou nata se encontrem armazenadas e pessoassingulares ou colectivas, a seguir designadas por contratantes.

    Artigo 27.o

    1. S podem ser objecto de contratos de armazenagemprivada a nata e a manteiga a que se refere o n. o 3, primeiropargrafo, do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999.

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    A manteiga deve ter sido produzida numa empresa aprovadaem conformidade com o n.o 1, alneas a), b) e c), do artigo 5.odo presente regulamento no decurso do perodo de 28 dias queprecede a data de incio da armazenagem contratual. Devecorresponder classe nacional de qualidade referida no anexoV do Estado-Membro de produo e o seu nvel de radioactivi-

    dade no deve ultrapassar os nveis mximos admissveis refe-ridos no n.o 2 do artigo 4.o

    2. No podem ser celebrados contratos de armazenagempara manteiga ou nata:

    a) Que tenha sido objecto de um pedido de concesso de umaajuda ao consumo directo prevista por outras disposiescomunitrias;

    b) Que tenha sido colocada sob o regime referido no n.o 1 doartigo 5.o do Regulamento (CEE) n.o 565/80 doConselho (1); a posterior colocao sob esse regime equivaleao final da armazenagem contratual.

    Artigo 28.o

    1. O contrato de armazenagem ser estabelecido por escritopara um ou vrios lotes de armazenagem e incluir, nomeada-mente, disposies relativas:

    a) quantidade de manteiga ou de nata a que se aplica;

    b) Ao montante da ajuda, sem prejuzo do disposto no artigo33.o;

    c) s datas relativas execuo do contrato, sem prejuzo dodisposto no n.o 3, quinto pargrafo, do artigo 6.o do Regula-mento (CE) n.o 1255/1999;

    d) identificao dos entrepostos frigorficos.

    2. As medidas de controlo, nomeadamente as referidas noartigo 38.o, e as indicaes referidas no n.o 3 do presente artigosero objecto de um caderno de encargos estabelecido peloorganismo de interveno do Estado-Membro de armazenagem.O contrato de armazenagem deve fazer referncia a essecaderno de encargos.

    3. O caderno de encargos estabelecer que as embalagens demanteiga ostentem, pelo menos, as seguintes indicaes, se forcaso disso transcritas em cdigo:

    a) O nmero de identificao da fbrica e o Estado-Membro de

    produo; b) A data de fabrico;

    c) A data de entrada em armazm;

    d) O nmero do lote de fabricao;

    e) A meno com sal, quando se trate da manteiga referidano n.o 3, terceiro travesso do primeiro pargrafo, do artigo6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999;

    f) A classe nacional de qualidade referida no anexo V;

    g) O peso lquido.

    Os Estados-Membros podem prever que a obrigao deinscrio da data de entrada em armazm nas embalagens noseja aplicvel se o responsvel do entreposto se comprometer a

    manter um registo no qual, no dia da entrada em armazm,sejam inscritas as indicaes previstas no primeiro pargrafo.

    Artigo 29.o

    1. As operaes de entrada em armazm s podem serefectuadas entre 15 de Maro e 15 de Agosto do mesmo ano.As operaes de sada de armazm s podem ser efectuadas apartir de 16 de Agosto do ano de armazenagem.

    2. A sada de armazm ser efectuada por lotes de armaze-nagem completos ou, se o organismo competente o autorizar,por quantidades menores. No entanto, no caso referido no n.o2, alnea a), do artigo 33.o, a sada de armazm apenas podeincidir sobre quantidades seladas.

    Artigo 30.o

    1. O pedido de celebrao de um contrato com o organismode interveno s pode dizer respeito a lotes de manteiga ounata cujas operaes de entrada em armazm estejamconcludas.

    O pedido deve ser recebido pelo organismo de interveno noprazo mximo de 30 dias a contar da data de entrada emarmazm. O organismo de interveno registar a data derecepo do pedido.

    Se o pedido for recebido pelo organismo de interveno numprazo que no exceda 10 dias teis aps o prazo mximo, ocontrato de armazenagem pode ainda ser celebrado, mas omontante da ajuda sofrer uma reduo de 30 %.

    2. O contrato de armazenagem ser celebrado no prazomximo de 30 dias a contar da data de registo do pedido.

    Artigo 31.o

    Se a armazenagem da manteiga for efectuada num Estado--Membro diferente daquele em que foi fabricada, a celebraodo contrato de armazenagem referido no artigo 30.o ficarsubordinada apresentao de um certificado emitido, noprazo mximo de 50 dias a contar da data de entrada emarmazm, pelo organismo competente do Estado-Membro deproduo.

    O certificado comportar as indicaes referidas no n.o 3,alneas a), b) e d), do artigo 28.o e a confirmao de que se tratade manteiga conforme com o n.o 3, primeiro pargrafo, doartigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999.

    No caso referido no primeiro pargrafo, o contrato de armaze-nagem ser celebrado no prazo mximo de 60 dias a contar dadata de registo do pedido.

    SECO 2

    Controlo

    Artigo 32.o

    1. O Estado-Membro zelar por que sejam respeitadas todasas condies que do direito ao pagamento da ajuda.(1) JO L 62 de 7.3.1980, p. 5.

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    2. O contratante ou, a pedido ou sob autorizao do Estado--Membro, o responsvel do entreposto, manter disposiodo organismo competente encarregado do controlo toda adocumentao que permita, nomeadamente, verificar, no quediz respeito aos produtos colocados em armazenagem privada,os seguintes elementos:

    a) O nmero de aprovao da fbrica e o Estado-Membro deproduo;

    b) A data de fabrico;

    c) A data de entrada em armazm;

    d) O nmero do lote de armazenagem;

    e) A presena no entreposto e o endereo deste;

    f) A data de sada de armazm.

    3. O contratante ou, se for caso disso, em vez deste, oresponsvel do entreposto, manter disponvel neste ltimo,para cada contrato, uma contabilidade fsica de que constem:

    a) O nmero de lote de armazenagem dos produtos colocadosem armazm privada;

    b) As datas de entrada e de sada de armazm;

    c) A quantidade de manteiga ou de nata, por lote de armaze-nagem;

    d) A localizao dos produtos no entreposto.

    4. Os produtos armazenados devem ser facilmente identifi-cveis e acessveis e estar individualizados por contrato.

    Artigo 33.o

    1. Quando da colocao em armazm, o organismo compe-tente proceder a inspeces no decurso do perodo com inciono dia da entrada em armazm e termo 28 dias aps a data deregisto do pedido de celebrao do contrato referido no artigo30.o

    Para confirmar que os produtos armazenados so elegveis paraa ajuda, as inspeces sero organizadas de modo suficiente-mente representativo sobre pelo menos 5 % das quantidadesentradas em armazm, de modo a garantir que, nomeadamente

    no que respeita ao peso, identificao e natureza dosprodutos, os lotes de armazenagem sejam, na sua totalidade,fisicamente conformes com o pedido de celebrao docontrato.

    2. O organismo competente proceder:

    a) Ou selagem, quando da inspeco referida no n.o 1, datotalidade dos produtos relativos aos contratos, aos lotes dearmazenagem ou s quantidades menores em questo;

    b) Ou a uma verificao sem aviso prvio, por amostragem, dapresena dos produtos no entreposto. A amostra analisadadeve ser representativa e corresponder a um mnimo de10 % da quantidade contratual global relativa medida de

    ajuda armazenagem privada em questo.

    3. No termo do perodo de armazenagem contratual, oorganismo competente efectuar uma verificao, por amos-tragem, do peso e da identificao. Para o efeito, o contratante

    informar o organismo competente, pelo menos cinco diasteis antes do termo do perodo de armazenagem contratual de210 dias ou, se for caso disso, antes de iniciadas as operaesde sada de armazm, indicando os lotes de armazenagem emcausa se estas tiverem lugar durante o perodo de 210 dias.

    Se a manteiga permanecer em armazm depois de expirada adurao mxima da armazenagem contratual, a verificaoreferida no primeiro pargrafo pode ser efectuada quando dasada de armazm; para o efeito, o contratante informar oorganismo competente pelo menos cinco dias teis antes doincio das operaes de sada de armazm.

    O Estado-Membro pode aceitar um prazo mais curto que cincodias teis nos casos previstos no primeiro e segundo par-grafos.

    4. As inspeces efectuadas por fora dos n.os 1, 2 e 3devem ser objecto de um relatrio, que especificar:

    a) A data da inspeco;

    b) A sua durao;

    c) As operaes efectuadas.

    O relatrio da inspeco deve ser assinado pelo agente respon-svel e pelo contratante ou, se for caso disso, pelo responsveldo entreposto e constar do processo de pagamento.

    5. Em caso de irregularidades que afectem 5 % ou mais dasquantidades dos produtos inspeccionados, a inspeco seralargada a uma amostra maior, a determinar pelo organismocompetente.

    Os Estados-Membros notificaro esses casos Comisso noprazo de quatro semanas.

    SECO 3

    Ajudas a rmazenagem

    Artigo 34.o

    1. A ajuda armazenagem privada prevista no n.o

    3,primeiro pargrafo, do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o1255/1999 s pode ser concedida para perodos de armaze-nagem contratual compreendidos entre um mnimo de 90 diase um mximo de 210 dias.

    Se o prazo referido no n.o 3 do artigo 33.o no for respeitadopelo contratante, a ajuda ser diminuda em 15 % e s serpaga pelo perodo para o qual o contratante fornea prova,considerada suficiente pelo organismo competente, de que amanteiga ou, se for caso disso, a nata permaneceu em armaze-nagem contratual.

    2. Sem prejuzo do artigo 38.o, a Comisso estabelecer

    anualmente, de acordo com o procedimento previsto no artigo42.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999, o montante da ajudareferida no n.o 3, terceiro pargrafo, do artigo 6.o do referidoregulamento para os contratos de armazenagem privada comincio no ano em causa.

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    3. Se as verificaes referidas no n.o 3 do artigo 33.o tiveremsido efectuadas e as condies que do direito ao pagamento daajuda se encontrarem preenchidas, a ajuda ser paga a pedidodo contratante, terminado o perodo de armazenagem contra-tual, no prazo de 120 dias a contar do dia de recepo dopedido.

    Sempre que esteja em curso um inqurito administrativo rela-tivo ao direito ajuda, o pagamento apenas ser efectuadodepois do reconhecimento desse direito.

    4. Aps 60 dias de armazenagem contratual e a pedido docontratante, pode ser pago um nico adiantamento relativo ajuda, desde que aquele constitua uma garantia igual aomontante do adiantamento, acrescido de 10 %. O adianta-mento calculado com base num perodo de armazenagem de90 dias. A garantia ser libertada sem demora aps o paga-mento do saldo da ajuda referido no n.o 3.

    Artigo 35.o

    1. Se, no termo dos 60 primeiros dias de armazenagemcontratual, a diminuio de qualidade da manteiga ou da natafor superior que resultaria normalmente da conservao, oscontratantes podem ser autorizados a substituir, uma vez porlote de armazenagem, com os respectivos custos a seu cargo, asquantidades defeituosas por uma quantidade igual de manteigaou de nata conformes com o n.o 3, primeiro pargrafo, doartigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999.

    Se forem detectadas quantidades defeituosas nas inspecesefectuadas durante a armazenagem ou na sada de armazm, asquantidades em causa no podero receber a ajuda. A quanti-dade restante do lote de armazenagem elegvel para a ajuda nopoder, alm disso, ser inferior a 1 tonelada. Aplica-se a mesmaregra em caso de sada de uma parte de um lote antes de 16 deAgosto ou antes do termo do perodo mnimo de armaze-nagem.

    2. No caso referido no primeiro pargrafo do n.o 1, paracalcular a ajuda, o primeiro dia de armazenagem contratualser a data de incio da armazenagem contratual.

    Artigo 36.o

    1. S podem ser concedidas ajudas armazenagem de natarelativamente a nata pasteurizada cujo teor de matria gordaesteja situado entre 35 % e 80 %.

    2. Para o clculo da ajuda, as quantidades de nata soconvertidas em equivalentes-manteiga, com referncia amanteiga com 82 % de matria gorda, multiplicando por 1,20a quantidade de matria gorda contida na nata.

    3. A verificao do teor de matria gorda referido no n.o 1ser efectuada antes da congelao da nata por um laboratrioaprovado pelo organismo competente.

    Artigo 37.o

    1. Os Estados-Membros podem permitir que os contratantesse comprometam voluntariamente, para todos os lotes dearmazenagem de todos os contratos celebrados durante o ano

    em curso, a respeitar um teor mnimo de matria gorda nicofixado antecipadamente dentro dos limites referidos no n.o 1 doartigo 36.o

    2. Em caso de aplicao do n.o 1, a ajuda ser concedidacom base no teor mnimo de matria gorda fixado antecipada-

    mente.

    Nesse caso, os Estados-Membros verificaro, por amostragem,o teor de matria gorda em conformidade com o n.o 3 doartigo 36.o por ocasio de visitas frequentes e sem aviso prvio.

    Se, quando dessas inspeces, se verificar que o teor de matriagorda inferior ao teor mnimo fixado antecipadamente, noser paga qualquer ajuda pelos lotes de armazenagem entradosem armazm depois da ltima inspeco satisfatria e o n.o 1deixar de ser aplicvel ao contratante em causa durante oresto do perodo de armazenagem contratual.

    No entanto, se o teor de matria gorda verificado for inferiorem menos de 2 % ao teor mnimo fixado antecipadamente, aajuda ser paga em funo do teor de matria gorda verificado,aps deduo de um montante de 10 %.

    Artigo 38.o

    1. Se a situao do mercado o exigir, o montante da ajuda,bem como os perodos das operaes de entrada e sada dearmazm e a durao mxima de armazenagem podem seralterados no decurso do ano em causa para os contratos acelebrar.

    2. Se o preo mximo de compra fixado por concursopblico em conformidade com o n.o 2 do artigo 13.o, expressoem euros ou, no que se refere aos pases no participantes namoeda nica, em moeda nacional, vlido na data de incio daarmazenagem contratual for superior ao preo vlido noltimo dia de armazenagem contratual, a ajuda determinadaem conformidade com o n.o 2 do artigo 34.o ser acrescida deum montante igual parte da diminuio do preo mximo decompra que exceda 2 % do preo vlido na data de incio daarmazenagem contratual.

    Se o preo for inferior ao preo vlido no ltimo dia de

    armazenagem contratual, a ajuda determinada em conformi-dade com o n.o 2 do artigo 34.o ser diminuda de ummontante igual parte do aumento do preo mximo decompra que exceda 2 % do preo vlido na data de incio daarmazenagem contratual. O montante da diminuio da ajudano pode exceder o montante total da ajuda em causa.

    3. O ajustamento da ajuda referido no n.o 2 s aplicvelse, durante o perodo de armazenagem contratual, tiver sidofixado um preo mximo de compra em conformidade com on.o 2 do artigo 13.o e se, no ltimo dia de armazenagemcontratual, se encontrarem abertas compras de interveno emmais de oito Estados-Membros.

    Se, no decurso do perodo de 21 dias que termina na data deincio da armazenagem contratual, no tiver sido fixado umpreo mximo de compra, o preo mximo de compra aconsiderar como vlido na data de incio da armazenagemcontratual ser igual a 90 % do preo de interveno em vigor.

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    CAPTULO IV

    Disposies transitrias e finais

    Artigo 39.o

    So revogados os Regulamentos (CEE) n.o 2315/76, (CEE) n.o 1547/87, (CEE) n.o 1589/87 e (CE) n.o

    454/95.O Regulamento (CE) n.o 454/95 mantm-se aplicvel aos contratos de armazenagem privada celebradosantes de 1 de Janeiro de 2000.

    As referncias aos regulamentos revogados passam a ser entendidas como feitas ao presente regulamento.

    Artigo 40.o

    O preo de interveno aplicvel manteiga no perodo compreendido entre 1 de Janeiro de 2000 e 30 de Junho de 2000 o fixado pelo Regulamento (CE) n.o 1400/1900 do Conselho (1).

    Artigo 41.o

    O presente regulamento entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2000.

    O presente regulamento obrigatrio em todos os seus elementos e directamente aplicvel emtodos os Estados-Membros.

    Feito em Bruxelas, em 16 de Dezembro de 1999.

    Pela Comisso

    Franz FISCHLER

    Membro da Comisso

    (1) JO L 164 de 30.6.1999, p. 10.

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    Parmetros Teor, caractersticas de qualidade Mtodo de referncia

    ANEXO I

    COMPOSIO, CARACTERSTICAS DE QUALIDADE E MTODOS DE ANLISE

    A manteiga uma emulso slida, essencialmente de gua em leo, com as seguintes caractersticas de composio e

    qualidade:

    Matria gorda Mnimo 82 % (2)

    gua Mximo 16 % (2)

    Resduo seco isento de matria gorda Mximo 2 % (2)

    cidos gordos livres (1) Mximo 1,2 mmol/100 g de matria gorda (2)

    ndice de perxidos Mximo 0,3 meq de oxignio/1 000 g dematria gorda

    (2)

    Coliformes No detectveis em 1 g (2)

    Matrias gordas no lcteas No detectveis na pesquisa de triglicridos (2)

    Marcadores (1)

    esteris (2) vanilina (2) ster etlico do cido carotnico (2) triglicridos do cido enntico (2)

    No detectveis (2)

    Outros marcadores (1

    ) No detectveis Mtodos aprovados pelaautoridade competente

    Caractersticas organolpticas Mnimo 4 pontos em 5 no aspecto, aroma econsistncia

    (2)

    Disperso da gua Mnimo 4 pontos (2)

    (1) Marcadores aceites a ttulo dos Regulamentos da Comisso (CEE) n.o 3143/85 (JO L 298 de 12.11.1985, p. 9), (CEE) 429/90 (JO L 45 de21.2.1990 p. 8) e (CE) n.o 2571/97 (JO L 350 de 20.12.1997, p. 3).

    (2) Ver o Regulamento (CE) n.o 1854/96 da Comisso (JO L 246 de 27.9.1992, p. 5), com a ltima redaco que lhe foi dada peloRegulamento (CE) n.o 881/1999 (JO L 111 de 29.4.1999 p. 24), que estabelece uma lista dos mtodos de referncia a utilizar na anlise eavaliao qualitativa do leite e dos produtos lcteos no mbito da organizao comum de mercado.

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    ANEXO II

    MTODO DE REFERNCIA PARA DETECO DE MATRIA GORDA ESTRANHA EM MATRIA GORDALCTEA POR ANLISE DOS TRIGLICRIDOS ATRAVS DE CROMATOGRAFIA EM FASE GASOSA

    REVISO 1

    1. Objectivo e domnio de aplicao

    A presente norma estabelece um mtodo de deteco de matria gorda estranha, quer vegetal quer animal, comoa gordura de bovino e a banha, em matria gorda do leite ou dos produtos lcteos, por anlise dos triglicridosatravs de cromatografia em fase gasosa.

    A utilizao de frmulas definidas de triglicridos permite a deteco qualitativa e quantitativa de matrias gordasvegetais e animais na matria gorda lctea pura, independentemente das condies de alimentao ou delactao.

    Nota 1: Apesar de o cido butrico (C4), que apenas ocorre na matria gorda lctea, permitir a estimativa quantitativa de pequenasa mdias quantidades de matrias gordas lcteas e matrias gordas vegetais, difcil a obteno de informaes qualitativas equantitativas em caso de adio at, pelo menos, 20 % (% em peso) de matria gorda estranha matria gorda lctea pura,atendendo ampla variao de C4, que oscila aproximadamente entre 3,5 e 4,5 (% em peso).

    Nota 2: S podem praticamente ser obtidos resultados quantitativos com a anlise de triglicridos, dado que o teor de esteris dasmatrias gordas vegetais diferente consoante as condies de produo e de tratamento.

    2. Definio

    Na presente norma, entende-se por matria gorda estranha na matria gorda lctea toda a gordura vegetal eanimal, excluindo a gordura lctea.

    3. Fundamento do mtodo

    Aps extraco da matria gorda lctea, preparada uma soluo-padro. A partir desta soluo, so determi-nados os triglicridos (nmeros de carbono total) por cromatografia em fase gasosoa em colunas de enchimento.Introduzindo o peso percentual das molculas de gordura de diferentes dimenses (C24C54unicamente

    nmeros pares) na frmula do triglicrido, as matrias gordas estranhas so detectadas qualitativamente ouquantitativamente.

    Nota: Mediante o respeito do processo descrito, possvel utilizar a cromatografia em fase gasosa em colunas capilares, se se tivergarantias quanto obteno de resultados comparveis ( 1).

    4. Reagentes

    Devem ser utilizados produtos qumicos de qualidade analtica.

    4.1. Gs de arrastamento: azoto, grau de pureza 99,996 %

    4.2. Triglicridos-padro (2), saturados, bem como colesterol para normalizar a matria gorda lctea padro, de acordocom o ponto 6.5.4.

    4.3. Metanol, isento de gua4.4. n-Hexano

    4.5. n-Heptano

    4.6 . Tolueno

    4.7. Soluo de dimetilclorossilano: so dissolvidos 50 ml de dimetilclorossilano em 283 ml de tolueno

    4.8. Gs combustvel: hidrognio e ar artificial

    4.9. Fase estacionria: 3 % de OV-1 em 125/150 m (100/120 mesh) de GasChromQ (3).

    4.10. Soluo a 10 % de manteiga de cacau

    (1) Foram j descritos mtodos adequados (ver D. Precht e J. Molkentin: Quantitative triglyceride analysis using short capillary columns,Chrompack News 4 16-17 (1993).(2) Encontram-se no comrcio produtos adequados.(3) As designaes comerciais como, por exemplo, Extrelut, GasChromQ, Chrompack, correspondem a produtos adequados disponveis

    no comrcio especializado. Esta informao serve para facilitar ao utilizador a preparao do padro, mas no representa a obrigato-riedade de utilizao deste produto. A indicao do gro foi transferida para unidades do sistema internacional m, de acordo comBS 410: 1988 British Standard Specification for test sieves.

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    5. Aparelhos e utenslios

    Equipamento normal de laboratrio e, em especial, o seguinte:

    5.1. Cromatgrafo de fase gasosa de temperatura elevada, adequado para funcionar a, pelo menos, 400 a 450 C,equipado com um detector de ionizao de chama (DIC) e um regulador do fluxo mssico do gs dearrastamento. Gs de combusto: 30 ml de H

    2/min, 270 ml de ar artificial/min.

    Atendendo ao elevado fluxo do gs de arrastamento, o jacto da chama deve ser especialmente amplo.

    Nota: Devido s temperaturas elevadas que ocorrem durante a anlise das triglicridos, as cabeas de vidro do DIC ou do sistemade injeco devem ser limpas frequentemente.

    O cromatgrafo de fase gasosa deve estar equipado com septos, resistentes a elevadas temperaturas, que possamser utilizados frequentemente e que apresentem, em geral, um grau muito reduzido de fugas.

    Nota: So adequados os septos Chromblue (tm) [Chrompach]

    Os septos devem ser mudados periodicamente, por exemplo aps cerca de 100 injeces ou quando a resoluose deteriorar (ver figura 4).

    5.2. Coluna de cromatografia

    Coluna de vidro em forma de U (2 mm de dimetro interno e 500 mm de comprimento), previamentesilanizada de acordo com o ponto 6.1 com dimetilclorossilano, a fim de desactivar a superfcie de vidro.

    Nota: So tambm adequadas as colunas de enchimento um tanto mais compridas (8002 000 mm de comprimento). Comestas colunas, podem ser obtidos resultados com uma reprodutibilidade ligeiramente superior. Por um lado, a fase estacionriaapresenta ocasionalmente fracturas aps a operao, o que pode conduzir, por seu turno, a piores resultados quantitativos. Almdisso, a chama do DIC pode ser facilmente apagada na sequncia fluxo extremamente elevado do gs de arrastamento, de 75 a85 ml/min.

    5.3. Processo de enchimento de coluna (ver figura 1)

    Figura 1: Enchimento da coluna

    5.3.1. Coluna plstica com extremidades com tampas de atarrachar, que disponha de uma marca at qual pode servertida a quantidade necessria de fase estacionria.

    5.3.2. Peneira fina (dimenso de malha de, aproximadamente, 100 m) com uma tampa de atarrachar, adequada parafechar a coluna de vidro, de acordo com a figura 1.

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    5.3.3. L de vidro desactivada, silanizada.

    5.3.4. Vibrador para distribuio uniforme de fase estacionrio durante o enchimento.

    5.4. Coluna de Extrelut de 1 a 3 ml (1), com slica gel. Esta coluna pode ser utilizada, alternativamente, para extracocom vista obteno da matria gorda lctea.

    5.5. Juntas de grafite de 6,4 mm (1/4), com uma perfurao de 6 mm.

    5.6. Dispositivos para silanizar a superfcie de vidro da coluna, de acordo com o ponto 6.1

    5.6.1 Garrafa de Woulff

    5.6.2. Bomba de suco de gua

    5.7. Banho de gua, ajustvel a (50 2) C

    5.8. Estufa, ajustvel a (50 2) C e (100 2) C

    5.9. Micropipeta

    5.10. Pipeta graduada de 5 ml, para dosagem de 1,5 ml de metanol

    5.11. Balo de gargalo redondo, de 50 ml

    5.12. Balo de Erlenmeyer, com um volume nominal de 50 ml

    5.13. Funtil

    5.14. Filtro de poros finos

    5.15. Evaporador rotativo

    5.16. Ampolas, de volume nominal de 1 ml, que possam ser fechadas com uma tampa de alumnio, com um septo nointerior.

    5.17. Seringa de injeco, cujo mbolo no deve atingir a extremidade da agulha.

    Nota: As seringas deste tipo permitem uma melhor reprodutibilidade dos resultados obtidos.

    Para evitar a deteriorao do septo, a extremidade da agulha deve ser controlada regularmente (por exemplo, com

    um estereomicroscpio).

    6. Tcnica

    6.1. Preparao da coluna (silanizao)

    Depois de ligar a garrafa de Woulff, como indicado na figura 2, bomba de suco de gua, o tubo 2 mergulhado na soluo, de acordo com o ponto 4.7. Ao fechar a torneira, a coluna enchida; em seguida, soretirados os dois tubos.

    Figura 2: Processo de silanizao

    (1) Ver nota 3 da pgina 23.

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    A coluna fixada num supote e completamente enchida com a soluo de dimetildiclorossilano, atravs de umapipeta.

    Aps 20 a 30 minutos, a garrafa de Woulff substituda por um balo de filtrao, e a coluna enchidaligando-a bomba de suco de gua (ver figura 3).

    6.2. Enchimento da coluna

    Este processo seguido de lavagens sucessivas, utilizando 75 ml de tolueno e 50 ml de metanol; em seguida, acoluna esvaziada seca na estufa a 100 C durante, aproximadamente, 30 minutos.

    Figura 3 : Processo de lavagem

    Para o enchimento da coluna, utilizado o processo da figura 1. A fase estacionria, de acordo com o ponto 4.9, vertida para a coluna de plstico at marca.

    A extremidade inferior da coluna de vidro a encher fechada com uma rolha, de fibra de vidro, com cerca de1 cm de comprimento, previamente silanizada, e que introduzida por meio de uma vareta metlica. Emseguida, a extremidade da coluna fechada com a peneira de acordo com o ponto 5.3.2.

    O enchimento da coluna feito sob presso (com azoto a 3 bares) com a fase estacionria. Para obter umempacotamento uniforme, contnuo e firme, o vibrador deslocado para cima e para baixo ao longo da colunade vidro, durante o enchimento. Aps o enchimento, introduz-se uma rolha slida de fibra de vidro silanizada naoutra extremidade da coluna cheia, as extremidades protuberantes so cortadas e a rolha empurrada para ointerior da coluna mais alguns milmetros, por meio de uma esptula.

    6.3. Preparao das amostras

    Para a preparao das amostras, utilizado um dos seguintes trs mtodos:

    6.3.1. Isolamento da matria gorda lctea da manteiga

    So fundidos 5 a 10 g de manteiga num recipiente adequado num banho de gua a 50 C, de acordo com oponto 5.7.

    Numa estufa a 50

    C, so aquecidos um balo de Erlenmeyer de 50 ml e um funil, equipado com um filtro, deacordo com o ponto 5.14. A camada de matria gorda da amostra de manteiga fundida filtrada atravs doequipamento pr-aquecido.

    Essa matria gorda lctea est praticamente isenta de fosfolpidos.

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    6.3.2. Extraco da fraco gorda de acordo com o mtodo de Rse-Gottlieb

    A extraco realizada de acordo com a norma FIL 1C: 1987, 16C: 1987, 116A: 1987 ou 22B: 1987.

    Com esta matria gorda lctea, os fosfolpidos permitem a obteno de um pico de colesterol aumentado emaproximadamente 0,1 %.

    O cromatograma dos triglicridos normalizados a 100 com colesterol , assim, influenciado apenas de umaforma negligencivel.

    6.3.3. Extraco de matria gorda lctea utilizando coluna de slica gel

    Com uma pipeta de microlitro, introduzem-se 0,7 ml de amostra de leite, a 20 C, numa coluna de Extrelut de 1a 3 ml; de acordo com o ponto 5.4 deixa-se distribuir uniformemente na slica gel durante, aproximadamente, 5minutos.

    Para desnaturar os complexos protena-lpidos, so adicionados, com uma pipeta, 1,5 ml de metanol. Emseguida, a amostra extrada com 20 ml de n-hexano. O n-hexano adicionado lentamente, em pequenasquantidades, e o solvente resultante recolhido num balo de gargalo redondo de 50 ml, que foi objecto desecagem, at obteno de um peso constante e conhecido.

    Aps extraco, deixa-se drenar a coluna at que esta fique vazia.

    A partir do eludo, os solventes so destilados num evaporador rotativo num banho de gua a uma temperaturacompreendida entre 40 e 50 C.

    O balo seco e a gordura obtida determinada por pesagem.

    Nota: As extraces de matria gorda de acordo com os processos de Gerber, Weibull-Berntrop, Schmid-Bondzynski-Ratzlaff, ou oisolamento da matria gorda lcteoa utilizando detergentes (metodo BDI) no so adequados para a anlise dos triglicridos, umavez que estes mtodos permitem a passagem para a fase gorda de quantidades mais ou menos elevadas de fosfolpidos ouglicridos parciais.

    6.4. Preparao da soluo de teste

    Para a cromatografia em fase gasosa, utilizada uma soluo, a 5 %, de matria gorda em n-heptano, obtida deacordo com o ponto 6.3. Para a preparao desta soluo de amostra so pesadas e dissolvidas quantidadescorrespondentes de material de amostra obtido em conformidade com os pontos 6.3.1 e 6.3.2 em quantidadescorrespondentes de n-heptano.

    Na preparao de amostras de acordo com o ponto 6.3.3, a quantidade de n-heptano a adicionar ao material deamostra no balo calculada com base na pesagem, e o restante dissolvido na mesma.

    De acordo com o ponto 5.16, vertido aproximadamente 1 ml de soluo de amostra numa ampola.

    6.5. Determinao cromatogrfica dos triglicricos

    Com as elevadas temperaturas at 350 C para a eluio dos triglicridos de cadeia longa C52-C56, ocorrefacilmente um aumento da linha de base, em especial se as colunas no tiverem sido, de incio, devidamentecondicionadas.

    O aumento da linha de base a altas temperaturas pode ser totalmente evitado combinando duas colunas oumediante subtraco da linha de base. Com o mtodo de compensao ou a utilizao de colunas simples, bemcomo para as cabeas de vidro do injector e do detector, devem ser utilizadas juntas de grafite de acordo com oponto 5.5.

    6.5.1. Correco da linha de base

    Para evitar o aumento da linha de base, utilizado um dos quatro mtodos seguintes:

    6.5.1.1. Combinao de colunas

    So utilizadas duas colunas de enchimento de uma forma compensada.

    6.5.1.2. Cromatografia em fase gasosa

    Com a utilizao do cromatgrafo de fase gasosa sem injeco da soluo de matria gorda e subsequentesubtraco da linha de base registada, pode ser evitado o aumento da linha de base.

    6.5.1.3. Integrao de software

    Com a utilizao de um sistema de integrao sem injeco de soluo de matria gorda e subsequentesubtraco da linha de base registada, pode ser evitado o aumento da linha de base.

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    6.5.1.4. Condicionamento adequado

    Com um condicionamento inicial adequado da coluna e aproximadamente 20 injeces com solues commatria gorda lctea, o aumento da linha de base e altas temperaturas , frequentemente, to reduzido que sodesnecessrias as correces da linha de base.

    6.5.2. Tcnica de injeco

    Para evitar efeitos de discriminao, utilizada a tcnica da injeco a quente para alcanar melhores resultadosquantitativos com os componentes dos triglicridos de elevado ponto de fuso. Neste caso, a soluo de matriagorda aspirada para a seringa e a agulha fria desta aquecida antes da injeco durante aproximadamente 3segundos na cabea do injector. Em seguida, o contedo da seringa rapidamente injectado.

    Nota: Com esta tcnica de injeco, o risco de fenmenos de fraccionamento no interior da seringa ou no bloco de injeco reduzido. No aplicada uma injeco directa na parte superior e aquecida da coluna dado que os fragmentos do septo, que aquise acumulam, bem como contaminantes, podem ser facilmente eliminados com a tcnica utilizada atravs da mudana regular dacabea do injector, sem desmontar a coluna.

    Para no danificar o septo, deve-se evitar curvar a extremidade da agulha devido ao contacto com o fundo dorecipiente que contm a amostra (mesmo que tal seja dificilmente visvel a olho nu).

    Figura 4: Cromatograma dos triglicridos de uma amostra de matria gorda lctea

    6.5.3. Condicionamento da coluna de enchimento

    Durante as fases referidas nas alneas a) a c), o cimo da coluna no est ligado ao detector, para evitar acontaminao.

    As colunas objecto de enchimento de acordo com o ponto 6.2 so condicionadas do seguinte modo:

    a) 15 min. 40 ml de N2/min fluxo a 50 C

    b) Aquecimento com 1 K/min at 355 C, a 10 ml de N2/min

    c) Manuteno durante 12 a 15 h a 355C

    d) Duas injeces de 1 l de soluo de manteiga de cacau, de acordo com o ponto 4.10 e respectivo programade temperatura.

    e) 20 injeces de 0,5 l de uma soluo de matria gorda lctea durante 2 a 3 dias, de acordo com o ponto6.4.

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    Nota: A manteiga de cacau consiste, quase exclusivamente, em triglicridos C50 a C56 com elevado ponto de fuso. A injeco demanteiga de cacau adequada ao condicionamento especial destes compostos de cadeia longa. Com os triglicridos em C50 a C54de elevado ponto de fuso, podem ocorrer factores de resposta parciais at, aproximadamente, 1.20. Normalmente, com a injecorepetida de soluo de matria gorda lctea, de prever uma reduo dos factores de resposta inicialmente elevados para os C50 aC54. Com os triglicridos com um reduzidop nmero de grupos c-acilo, os factores aproximam-se de 1.

    So preparados trs pares, respectivamente, de colunas objecto de enchimento de acordo com o ponto 6.2. Ospares condicionados so verificados, respectivamente, com uma anlise da matria gorda lctea para teste derotina. O par com os melhores resultados quantitativos (factores de resposta quase de 1) utilizado no processoseguinte. Com factores de resposta superiores a 1,20, a coluna no utilizada.

    6.5.4. Calibrao

    Para efeitos de calibrao, os factores de resposta dos triglicridos correspondentes, bem como do colesterol, damatria gorda lctea (matria gorda normalizada) devem ser determinados utilizando os triglicridos normali-zados (pelo menos, os triglicridos C24, C30, C36, C42, C48 e C54, bem como o colesterol; conveniente usartambm C50 e C52). Os factores de resposta intermdios podem ser determinados por interpolao matemtica.

    Em caso de utilizao de matria gorda normalizada, devem ser realizadas, diariamente, duas a trs calibraes.Se os resultados forem praticamente idnticos, sero obtidos resultados quantitativos com uma reprodutibilidadeadequada a partir da anlise dos triglicridos das amostras.

    A matria gorda lctea normalizada tem um perodo de conservao de vrios meses, a uma temperatura dearmazenagem de, no mximo, 18 C e, assim, pode ser utilizada como padro.

    6.5.5. Programa de temperatura, gs de arrastamento e outras condies para a anlise dos triglicridos

    Programa de temperatura: temperatura inicial da coluna 210 C, mantida durante 1 minuto; em seguidaprogramar para 6 C/minuto at 350 C e manter temperatura final durante 5 minutos.

    Temperatura do detector e do injector: 370 C.

    Nota: As temperaturas do detector, injector e estufa (temperaturas iniciais) devem ser mantidas a um nvel constante (igualmentedurante a noite, fins-de-semana e frias).

    Gs de arrastamento: azoto, fluxo de 40 ml/min.

    Nota: Se forem utilizadas colunas com 80 cm, o fluxo deve ser de, pelo menos, 75 ml de N 2/min. O fluxo do gs de arrastamentodeve ser mantido constante (igualmente durante a noite, fins-de-semana e frias). O fluxo exacto do gs de arrastamento deve serajustado de modo a eluir a 341 C, independentemente do comprimento da coluna, um triglicrido C54.

    Durao da anlise: 29,3 minutos.

    Volume de injeco: 0,5 l.

    Nota: A seringa deve ser lavada diversas vezes com heptano puro, aps cada injeco.

    Condies DIC de acordo com o ponto 5.1.

    Nota: O detector de ionizao de chama deve ser posto em funcionamento no princpio de cada dia de trabalho.

    7. Integrao, avaliao e controlo das condies de medio

    Os triglicridos com um nmero mpar de grupos c-acilo (2n + 1) so combinados com os triglicridosanteriores de nmero par (2n). No so tidos em conta os teores de baixa reprodutibilidade de C56. Os restantestriglicridos (rea dos picos) do cromatograma, incluindo o colesterol (pico prximo de C24), so multiplicadospelos respectivos factores de resposta de uma matria gorda padro (ltima calibrao), sendo todos normali-zados a 100. Junto do colesterol livre, os triglicridos C24, C26, C28, C30, C32, C34, C36, C38, C40, C42, C44,CV46, C48, C50, C52 e C54 so, por conseguinte, avaliados. Os resultados so apresentados em percentagemem peso (g/100 g).

    A avaliao dos picos do cromatograma deve ser feita com um integrador, que permite delinear a linha de base.Deve ser possvel a reintegrao com parmetros de integrao optimizados.

    As figuras 5 e 6 ilustram dois exemplos de cromatogramas de triglicridos. A figura 5 mostra um cromatogramaque pode ser bem avaliado, enquanto a figura 6 apresenta um erro espordico na gama de C50 a C54, com alinha de base incorrectamente traada em comparao com a figura 5. Estes erros tpicos podem ser detectadoscom um elevado grau de certeza e evitados unicamente atravs da utilizao de um integrador que permitadelinear a linha de base.

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    Figura 5: Cromatograma dos triglicridos de matria gorda lctea de fcil avaliao, com a linha de basetraada

    Figura 6: Cromatograma dos triglicridos de matria gorda lctea, incorrectamente integrado

    Para o controlo das condies de medio, o quadro 1 apresenta os valores mdios e os desvios-padro (DP) deuma gordura lctea tpica de Inverno para diferentes triglicridos com base em 19 anlises da mesma matriagorda;

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    (em g/100 g)

    Triglicridos Mdia Desvios-padro

    Quadro 1: Composio em triglicridos de uma matria gorda lcteaValores mdios e DP de 19 anlises

    C24 0,04 0,004

    C26 0,26 0,007

    C28 0,66 0,020

    C30 1,31 0,023

    C32 2,92 0,030

    C34 6,73 0,053

    C36 12,12 0,030

    C38 12,92 0,054

    C40 9,70 0,019C42 7,62 0,020

    C44 7,35 0,025

    C46 7,91 0,029

    C48 9,09 0,048

    C50 9,97 0,038

    C52 7,76 0,042

    C54 3,32 0,020

    Se os desvios-padro apresentarem variaes maiores do que as constantes do quadro 1, o cromatograma deixade ser aceitvel e os septos ou o fluxo de gs devem ser verificados. Alm disso, pequenos constituintes do septopodem ter formado depsitos na l de vidro na entrada da coluna ou a coluna pode ter-se tornado inadequada nasequncia de desgaste ou da influncia da temperatura, etc. (ver figura 3).

    8. Deteco qualitativa de matria gorda estranha

    Para a deteco de matria gorda estranha foram desenvolvidas frmulas de triglicridos (quadro 2) com limites S(quadro 3), nas quais os valores S de matria gorda lctea pura podem flutuar. Se estes limites foremultrapassados, conclui-se que existe matria gorda estranha.

    A frmula mais adequada para a deteco de adio de banha , por exemplo:

    6,5125 C26 + 1,2052 C32 + 1,7336 C34 + 1,7557 C36 + 2,2325 C42 + 2,8006 C46 + 2,5432 (1)C52 + 0,9892 C54 = S

    Nota: Utilizando 755 amostras diferentes de matria gorda lctea, o intervalo de confiana corresponde a 99 % entre S = 97,96 e102,04 para amostras puras de matria gorda lctea; o desvio-padro para todos os valores S de 0,39897.

    A partir de uma composio de triglicridos de uma amostra de matria gorda desconhecida, essa frmulapermite, sem usar um computador, verificar de uma forma simples se a soma do teor de triglicridos assimestabelecida, com os factores correspondentes, sai do intervalo de 97,96-102,04 e se, provavelmente, se trata deuma adio de matria gorda estranha.

    Para a deteco de diferentes matrias gordas estranhas, o quadro 2 apresenta diferentes frmulas de triglicridos.Para a deteco de matrias gordas estranhas como o leo de soja, leo de girassol, azeite, leo de colza, leo delinhaa, leo de grmen de trigo, leo de grmen de milho, leo de semente de algodo e leo de peixehidrogenado, gorduras vegetais de coco e leo de palmiste, bem como para o leo de palma a gordura de

    bovino, pode ser utilizada uma frmula comum.

    Dado que a composio de triglicridos das matrias gordas estranhas tambm est sujeita a flutuaes, foramusadas at 4 dados diferentes, avaliados experimentalmente, respeitantes a triglicridos de matrias gordasestranhas. [Com os mesmos tipos de matria gorda estranha, foi considerado o limite menos favorvel,respectivamente (ver quadro 4)].

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    Frmula para a deteco Variao-S

    Com a seguinte frmula total podem ser obtidos bons resultados semelhantes para todas as gorduras vegetais:

    2,7575 C26 + 6,4077 C28 + 5,5437 C30 15,3247 C32 + 6,2600 C34 + 8,0108 C40 5,0336 C42+ 0,6356 C44 + 6,0171 C46 = S

    Os clculos para a deteco de qualquer combinao de matria gorda estranha em matria gorda de leitemostraram que, por exemplo, apesar de com a frmula para a banha indicada no quadro 2 o limite para a

    matria gorda estranha ser baixo, nomeadamente 2,7 %, outras matrias gordas como a gordura de coco, o leode palma ou o leo de palmiste, com limites de deteco de, respectivamente, 26,8, 12,5 e 19,3 %, s podem,com esta frmula, ser detectadas se tiverem sido adicionadas quantidades muito elevadas matria gorda lctea.O mesmo se aplica a outras frmulas do quadro 2.

    Quadro 2 : Frmulas de triglicridos para deteco de diversas matrias gordas estranhas em matria gorda lctea e que indicam os desvios-padro para S

    Frmula para o leo de soja, girassol, colza, linhaa, grmen de trigo, grmen de milho, sementes de algodo e peixe e para oazeite

    2,0983 C30 + 0,7288 C34 + 0,6927 C36 + 0,6353 C38 + 3,7452 C40 1,2929 C42 + 1,3544 C44 +1,7013 C46 + 2,5283 C50 = S; SD = 0,38157

    Frmula para a gordura de coco e o leo de palmiste

    3,7453 C32 + 1,1134 C36 + 1,3648 C38 + 2,1544 C42 + 0,4273 C44 + 0,5809 C46 + 1,2926 C48 +1,0306 C50 + 0,9953 C52 + 1,2396 C54 = S; SD = 0,11323

    Frmula para o leo de palma e a gordura de bovino

    3,6644 C28 + 5,2297 C30 12,5073 C32 + 4,4285 C34 0,2010 C36 + 1,2791 C38 + 6,7433 C40 4,2714 C42 + 6,3739 C46 = S; SD = 0,81094

    Frmula para a banha

    6,5125 C26 + 1,2052 C32 + 1,7336 C34 + 1,7557 C36 + 2,2325 C42 + 2,8006 C46 + 2,5432 C52 +0,9892 C54 = S; SD = 0,39897

    Por conseguinte, para a verificao de uma amostra de matria gorda desconhecida, devem ser utilizadas todas asfrmulas indicadas no quadro 2 e a frmula total (2), se for provvel que a amostra consista numa mistura dematria gorda lctea e de uma das catorze diferentes matrias gordas estranhas ou numa combinao destasltimas. Se, atravs da anlise de triglicridos de uma amostra de matria gorda, for obtido um valor S noabrangido pelos intervalos do quadro 3 para apenas uma das cinco frmulas, poder-se- concluir que provvelque a amostra consista numa matria gorda lctea modificada. A deteco de uma matria gorda estranha nagordura do leite atravs de uma das quatro frmulas do quadro 2 no permite tirar concluses quanto ao tipo demistura de matria gorda estranha.

    Quadro 3: Limites-S para matrias gordas lcteas

    De leo de soja, girassol, colza, linhaa, grmen de trigo, grmende milho, algodo e peixe, e azeite 98,05 101,95

    De gordura de coco e leo de palmiste 99,42 100,58

    De leo de palma e gordura de bovino 95,90 104,10

    De banha 97,96 102,04

    De frmula total 95,68 104,32

    O quadro 4 indica os limites de deteco para as diferentes matrias gordas estranhas, com intervalo de confiana

    de 99 %. Da primeira coluna constam os limites de deteco mnimos para as melhores frmulas respeitantes smatrias gordas lcteas do quadro 2. A segunda coluna indica os limites de deteco para a frmula total. Apesarde estes limites serem ligeiramente superiores, s necessria esta frmula para detectar quantidades ligeiramentemais elevadas de matrias gordas estranhas. Com todas as frmulas, podem tambm ser detectadas combinaesde diferentes matrias gordas estranhas. Os intervalos de variao dos triglicridos das diferentes matrias gordasestranhas de um tipo no tm influncia considervel nos limites de deteco.

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    Frmula individual Frmula total

    Matrias gordas estranhas SF

    Quadro 4: Limites de deteco, em %, para adio de gordura estranha matria gorda lctea, com umintervalo de confiana de 99%

    leo de soja 2,1 4,4

    leo de girassol 2,3 4,8

    Azeite 2,4 4,7

    Gordura de coco 3,5 4,3

    leo de palma 4,4 4,7

    leo de palmiste 4,6 5,9

    leo de colza 2,0 4,4

    leo de linhaa 2,0 4,0

    leo de grmen de trigo 2,7 6,4

    leo de grmen de milho 2,2 4,5

    leo de algodo 3,3 4,4

    Banha 2,7 4,7

    Gordura de bovino 5,2 5,4

    leo de peixe hidrogenado 5,4 6,1

    Nota: Os intervalos-S so calculados de modo a que a presena de uma matria gorda estranha s pode ser estabelecida se oslimites das frmulas individuais forem superadas (ver quadro 4).

    9. Determinao quantitativa de matria gorda estranha

    Para obter informaes quantitativas quanto concentrao de matria gorda estranha numa amostra de matriagorda lctea, utilizada a seguinte frmula:

    X (%) = 100 | (100 S)(3)/(100 SF) |,

    em que X a quantidade de matria gorda estranha desconhecida ou de uma mistura de matria gorda estranhanuma matria gorda lctea desconhecida. S resulta da adio de uma gordura desconhecida, inserindo os

    triglicridos da matria gorda estranha/mistura de matria gorda lctea na frmula total de triglicridos anterior-mente indicada. Se for adicionada uma gordura estranha desconhecida matria gorda lctea, escolhe-se para S Fo valor mdio S das diferentes matrias gordas estranhas para a frmula total; este valor mdio S obtidoadicionando os dados dos triglicridos de matrias gordas estranhas puras a esta frmula e calculando o valormdio (SF = 7,46). So tambm obtidos resultados quantitativos adequados respeitantes a qualquer adio dematria gorda estranha utilizando a frmula relativa ao leo de palma/gordura de bovino (quadro 2) e um valormdio SF de 10,57.

    A partir de tipos de matria gorda estranha conhecidos, devem ser adicionados os seguintes valores S F na frmulaanterior, devendo ser escolhida a frmula respectiva de matria gorda estranha do quadro 2:

    Quadro 5: Valores de SF de diversas matrias gordas estranhas

    leo de soja 8,18

    leo de girassol 9,43

    Azeite 12,75

    Gordura de coco 118,13

    leo de palma 7,55

    leo de palmiste 112,32

    leo de colza 3,30

    leo de linhaa 4,44

    leo de grmen de trigo 27,45

    leo de grmen de milho 9,29

    leo de sementes de algodo 41,18

    Banha 177,55

    Gordura de bovino 17,56

    leo de peixe 64,12

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    Frmula de deteco de r

    Frmula de deteco R

    10. Campo de aplicao do mtodo de deteco

    O mtodo descrito aplica-se a leite a granel e baseia-se na representatividade das amostras da matria gordalctea.

    Seria possvel uma deteco altamente especfica se, para um nmero representativo de matrias gordas lcteas,as frmulas anteriormente descritas fossem provenientes de diferentes pases.

    A probabilidade de deteco seria mais elevada se fosse estabelecido, para um nmero representativo de matriasgordas lcteas, frmulas para diferentes pases, como as anteriormente descritas. Neste caso, no necessrio autilizao de programas complexos de informtica caso as combinaes de triglicridos usadas no quadro 2sejam aplicadas e os factores redeterminados utilizando o mtodo dos mnimos quadrados.

    Atravs da aplicao dos intervalos S como indicado no quadro 3, as frmulas so geralmente aplicveis, emcondies especiais de alimentao como, por exemplo, a subalimentao ou a alimentao de bovinos comalimentos fermentados ou sais de clcio. S no caso de condies extremas de alimentao (por exemplo,administrao de grandes quantidades de leos alimentares puros ou de sais de clcio combinados com alimentosgordos, etc.), as frmulas indicam parcialmente uma matria gorda lctea modificada.

    Nota: As matrias gordas fraccionadas so geralmente consideradas matrias gordas no modificadas, e s se conclui que existeuma modificao se forem superados os limites. As frmulas s indicam uma modificao com matrias gordas lcteasfraccionadas que apresentem uma composio de gordura inabitual como, por exemplo, no caso de uma fraco dura obtidaatravs do fraccionamento, por mtodos fsicos a altas temperaturas de aproximadamente 30 C, com baixos rendimentos depoucos pontos percentuais ou com o fraccionamento em condies supercrticas de dixido de carbono.

    O fraccionamento da matria gorda lctea pode, no entanto, ser detectado utilizando outros processos, como por exemplo, aanlise calorimtrica diferencial.

    11. Preciso do mtodo

    Determinada utilizando matria gorda lctea com base nas frmulas do quadro 2 e nos intervalos-S do quadro 3.

    11.1. Repetibilidade

    A diferena entre os valores-S de duas determinaes realizadas com o menor intervalo de tempo possvel, porum operador, utilizando a mesma tcnica e material de amostra idntico, nas mesmas condies (mesmooperador, mesmo equipamento/instrumentos, mesmo laboratrio).

    Quadro 6: Limites de repetibilidade (r) para as diferentes frmulas

    leo de soja, girassol, colza, linhaa, grmen de trigo, grmen de milho, algodoe peixe, e azeite 0,67

    Gordura de coco e leo de palmiste 0,12

    leo de palma e gordura de bovino 1,20

    Banha 0,58

    Frmula total 1,49

    11.2. ReprodutibilidadeA diferena dos valores-S de duas determinaes realizadas por operadores em laboratrios diferentes, utilizandoa mesma tcnica e material de amostra idntico, em condies diferentes (operador diferente, diferente equipa-mento/instrumentos) em ocasies diferentes.

    Quadro 7: Limites de reprodutibilidade (R) para as diferentes frmulas

    De leo de soja, girassol, colza, linhaa, grmen de trigo, grmen de milho,algodo e peixe, e azeite 1,08

    De gordura de coco e leo de palmiste 0,40

    De leo de palma e gordura de bovino 1,81

    Banha 0,60

    De frmula total 2,07

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    Frmula de deteco Intervalo

    11.3. Diferena crtica

    A partir dos limites de repetibilidade (r) e de reprodutibilidade (R) podem ser calculadas as diferenas crticas paratodos os intervalos-S do quadro 3 (anlises duplicadas). Os respectivos valores so indicados no quadro 8.

    Quadro 8: Diferenas crticas para todas as frmulas de triglicridos

    De leo de soja, colza, linhaa, grmen de trigo, grmen de milho, algodo epeixe, e azeite 97,43 102,57

    De gordura de coco e leo de palmiste 99,14 100,86

    De leo de palma e gordura de bovino 94,91 105,09

    De banha 97,65 102,35

    De frmula total 94,58 105,42

    11.4. Aceitabilidade dos resultados

    Todos os teores de triglicridos de C24, C26, C28 a C54 calculados com duas casas decimais, bem como ocolesterol devem ser normalizados a 100.

    Os resultados das anlises duplicadas so utilizados para controlar a repetibilidade. Se a diferena absoluta entredois resultados S para as cinco frmulas de triglicridos no excederem os limites de repetibilidade (r) do quadro6, considera-se que esto satisfeitos os critrios de repetibilidade.

    Para o controlo das condies ptimas de cromatografia em fase gasosa e, em especial, da qualidade da coluna,deve garantir-se que em dez repeties, a diferena entre os valores S mximos e mnimos das cinco frmulas detriglicridos no excede o intervalo x r com x = 1