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Universidade Paulista – UNIP. Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia – ICET Ciência da Computação Disciplina: Legislação Profissional Professor: Frederico Silveira Madani (advogado) www.madani.adv.br Caderno de exercícios de Legislação Profissional Nota.: Esse caderno tem fins meramente educacionais, e foi elaborada com cópia de diversos trabalhos acadêmicos e institucionais – citados em seu corpo, razão pela qual não pode ser comercializada.

Legislação Profissional

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Legislação Profissional.

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  • Universidade Paulista UNIP. Instituto de Cincias Exatas e Tecnologia ICET

    Cincia da Computao Disciplina: Legislao Profissional Professor: Frederico Silveira Madani (advogado)

    www.madani.adv.br

    Caderno de exerccios de Legislao Profissional Nota.: Esse caderno tem fins meramente educacionais, e foi elaborada com cpia de diversos trabalhos acadmicos e institucionais citados em seu corpo, razo pela qual no pode ser comercializada.

  • PLANO DE ENSINO

    CURSO: Cincia da Computao SRIE: 1 Semestre TURNO: Noturno DISCIPLINA: Legislao Profissional CARGA HORRIA SEMANAL: 02 hora/aula CARGA HORRIA SEMESTRAL: 40 horas I EMENTA Noes preliminares ao estudo do Direito. Conceito de Direito; Acepes da palavra Direito: subjetivo, positivo, positivo e natural; Direito e moral; Ramos do Direito; Fontes do Direito; Das leis: concreto, classificao, elementos formadores, hierarquia, vigncia da lei no tempo. Direito constitucional. Dos direitos e garantias normativas. Direito Civil: Pessoa natural ou fsica; Capacidade e incapacidade. Direitos do consumidor. Direito Trabalhista: Noes gerais. Da propriedade Intelectual. II OBJETIVOS GERAIS Proporcionar aos alunos noes bsicas sobre o Direito em si mesmo, sobre a lei e alguns institutos jurdicos fundamentais, noes essas indispensveis para o exerccio profissional. Conscientizar os alunos da importncia do conhecimento e anlises prvias das eventuais implicaes jurdicas que possam gravitar em torno de um caso concreto da rea e da importncia da consulta. III OBJETIVOS ESPECFICOS Levar os alunos a terem noes de alguns ramos do Direito Pblico e do Direito Privado. Levar os alunos a conscientizar-se da importncia do Direito, sobretudo em sua vida profissional. IV CONTEDO PROGRAMTICO Noes preliminares ao estudo do Direito - Conceito de Direito; - Acepo da palavra Direito: subjetivo, positivo, positivo e natural; - Direito e moral - Ramos do Direito; - Fontes do Direito; - Das leis: concreto, classificao, elementos formadores, hierarquia; - Vigncia da lei no tempo

  • Teoria Geral do Estado - Nao - Ptria - Soberania - Fins do estado - Personalidade jurdica - Formas de estado - Formas de governo - Democracia - Parlamentarismo e presidencialismo Direito Constitucional - Dos poderes da Unio; - Atuao do poder legislativo, executivo e judicirio, na esfera federal, estadual e municipal; - Do processo legislativo; - Mandato dos representantes no legislativo, executivo; - Elegibilidade dos representantes; - Sistema de elegibilidade de deputados e senadores - Formas de controle dos atos dos representantes. Dos Direitos e garantias fundamentais Direito Civil - Pessoa. Conceito e espcies - Classificao das pessoas jurdicas - Capacidade jurdica - Emancipao - Domiclio Dos Direitos do consumidor Direito Trabalhista - Noes gerais Propriedade Intelectual - Lei 9.609 de 1998 (Direitos Autorais); - Lei 9.610 de 1998 (Lei de Software); - Lei 9.279 de 1996 (Propriedade Industrial). V ESTRATGIA DE TRABALHO Aulas expositivas; Trabalhos individuais ou em grupos; Projeo de transparncias; Leitura e comentrio de acrdos; Comentrios pertinentes quando da verificao de fatos notrios do dia-a-dia.

  • VI AVALIAO Conforme o clculo de mdia estabelecido pela Universidade. VII BIBLIOGRAFIA DICIONRIO BIBLIOGRAFIA BSICA FUHRER, Maximilianus. C. A. e MILAR, Edis. Manual de Direito Pblico e Privado. Revista dos Tribunais. 2005. (biblioteca UNIP) PINHO, Ruy Rebello & NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Instituies de Direito Pblico e Privado. Atlas, 2004. BRANCATO, R. T. Instituies de direito publico e de direito privado. 8 Ed. Saraiva, 1998. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Pblico e Privado. Saraiva. 1999. DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituies de Direito Pblico e Privado. Nelpa Edies, 2003. NASCIMENTO, A M ; PINHO, R R. Instituies de direito pblico e privado: Introduo ao estudo do direito, noes de tica profissional. Atlas. MARTINS, S P. Instituies de direito pblico e privado. Atlas. TRIBUNAIS, REVISTA. Vade Mecum RT. RT. Lei 9.609 de 1998 (Direitos Autorais); Lei 9.610 de 1998 (Lei de Software); Lei 9.279 de 1996 (Propriedade Industrial).

  • Cronograma

    Mdulo Matria 1 Conceituao de Direito

    Moral e direito Direito pblico e direito privado Ramos do direito

    Fontes do Direito

    Lei Conceito Hierarquia Eficcia

    2 Teoria Geral do Estado Nao Ptria Soberania Fins do estado Personalidade jurdica Formas de estado Formas de governo Democracia Parlamentarismo e presidencialismo

    2 Direito Constitucional

    O poder constituinte Aspectos gerais da constituio vigente rgos do estado A diviso de poderes

    4 Artigo 5 Constituio Federal 5 Artigo 5 Constituio Federal 6 Sujeito de Direito

    Pessoa. Conceito e espcies Classificao das pessoas jurdicas Capacidade jurdica Emancipao Domiclio

    7 Dos direitos do consumidor

    Disposies gerais (Arts. 1 a 3) Da poltica nacional de relaes de consumo (Arts. 4 e 5) Dos direitos bsicos do consumidor (Art. 6) Da qualidade de produtos e servios, da preveno e da reparao

    dos danos (Arts. 8 a 11) Da proteo sade e segurana (Arts. 8 a 11) Da responsabilidade pelo fato, do produto e do servio (Arts. 12 a

    14) Da responsabilidade por vcio do produto e do servio (Arts. 18 a

    25)

  • Da decadncia e da prescrio (Arts. 26 a 27) Da oferta (Arts. 30 a 35) Da publicidade (Arts. 36 a 38)

    8 Das prticas abusivas (Arts. 39 a 41) Da cobrana de dvidas (Art. 42) Dos bancos de dados e cadastros de consumidores (Arts. 43 a 44) Disposies gerais (Arts. 46 a 50) Das clusulas abusivas (Arts. 51 a 53) Dos contratos de adeso (Art. 54) Das infraes penais (Arts. 61 a 80) Da coisa julgada (Arts. 103 e 104) Do sistema nacional de defesa do consumidor (Arts. 105 e 106) Da conveno coletiva de consumo (Arts. 107 e 108)

    Disposies finais (Arts. 109 a 119) 9 Direito Trabalhista

    Noes gerais 10 Leis

    Lei de Software 9.609 de 1998. Lei de Direitos Autorais 9.610 de 1998.

    11 Lei de Propriedade Industrial n 9.279 de 14 de maio de 1996.

  • Aula 01

    Noes Preliminares ao estudo do Direito

    Direito = um complexo de normas reguladoras da conduta humana, com fora coativa (Fhrer e Milar)

    (...) sm. 9.O que justo, conforme a lei. 10. Faculdade legal de praticar ou no praticar um ato. 11. Prerrogativa que algum tem de exigir de outrem, em seu proveito, a prtica ou a absteno de algum ato. 12. O conjunto das normas jurdicas num pais (...). (Mini Dicionrio Aurlio)

    Assim, ele o instrumento para regular a vida em sociedade, visando o desenvolvimento da sociedade, por meio de normas pr-estabelecidas.

    Acepo da palavra Direito I) Natural Seria a existncia de uma norma superior, independente da vontade

    humana. (a lei dos homens e a lei de deus).

    Ex.: No filme: A lagoa azul as duas pessoas so irmos e tem um filho. II) Positivo O conjunto de normas jurdicas escritas ou no escritas (costumes)

    vigentes em um determinado Estado em uma determinada poca, o qual vige e no contestado. ( a soma do direito Objetivo e Subjetivo).

    a) Objetivo o conjunto de normas jurdicas escritas ou no escritas independendo do tempo do seu exerccio e de sua aplicao

    Ex.: direito de propriedade

    Ex.: direito a casar-se

    b) Subjetivo A faculdade de se exercer o direito objetivo.

    Ex.: reintegrao de posse

    Ex.: quem proporciona o casamento o Estado

  • Direito e Moral Moral fortemente ligada tica e em alguns pontos essas coincidem com o Direito.

    Moral Direito

    DIREITO MORAL

    Campo de Atuao Foro exterior Foro interior

    Sano Penas / punies Reprovao social

    Efeitos Bilateral Unilateral

    Ramos do Direito - Nacional: Pblico: - Constitucional - Administrativo - Tributrio - Processual - Penal - Eleitoral Privado: - Civil - Comercial Misto1: - Trabalho - Previdencirio - Econmico / Financeiro - Consumidor - Ambiental Internacional - Pblico - Privado

    1 Tambm conhecidos como direitos de 3. gerao

  • Fontes do Direito (so o nascedouro do Direito, de onde ele provem)

    So os meios pelos quais se formam as regras jurdicas (Nunes), sendo elas:

    Diretas:

    a) Lei (o direito Brasileiro pauta-se na lei); b) Costumes (no Brasil, pode ser aplicado desde que no contrrios s leis)

    Exemplo de direito baseado nos costumes o direito dos Estados Unidos da Amrica (Ex.: o Filme Milagre na Rua 34)

    Indiretas:

    c) Doutrina (interpretao da norma jurdica pelos estudiosos do direito) d) Jurisprudncia (decises dos tribunais)

    De explicao:

    e) Analogia f) Equidade g) Princpios Gerais do Direito

    Das Leis

    Conceito: A lei, juridicamente falando, consiste numa regra de conduta, geral e obrigatria, emanada do poder competente, e provida de coao. (Max e Edis)

    Ou ainda:

    lei a norma jurdica2 solenemente3 formulada e promulgada4 pelo poder competente, sobre relaes de ordem interna5 e de interesse geral6 (Lessa, Pedro, apud Brancato, Ricardo Teixeira. 2003)

    2 Norma jurdica, excluindo-se assim as demais normas tais como as morais, religiosas, etc. Difere tambm das demais normas sem fora coativa (que no so obrigatrias a todos) tais como as normas da ABNT. 3 Solene, pois sua elaborao depende de trmites especficos. 4 A promulgao o ato pelo qual a lei se torna obrigatria (Brancato, Ricardo Teixeira, 2003), devemos aqui lembrar que o ato pelo qual a lei se torna pblica e dai em diante no se pode alegar sua ignorncia o ato da sua publicao em peridico oficial. 5 Relaes de ordem interna, vez que as internacionais seriam os tratados, acordos ou convenes internacionais (Brancato, Ricardo Teixeira, 2003). 6 Interesse geral, vez que se fosse de interesse particular no seria lei, mas sim norma de interesse individual, tal como um contrato.

  • Elementos formadores da lei: a) disposies (texto da lei)

    b) sano (concordncia do Chefe do Executivo nas leis do Legislativo)

    c) promulgao (ato que declara a existncia da lei e se ordena seu cumprimento)

    d) publicao (dar conhecimento sociedade da lei)

    Hierarquia das Leis 1 - Constituio Federal.

    2 - Lei Complementar; Lei Ordinria; Lei Delegada; Decretos Legislativos e resolues; e, Medidas Provisrias.

    3 - Decretos Regulamentares;

    4 - Outras Normas, como Portarias e Circulares

    Vigncia da lei no tempo: Toda lei levada ao conhecimento do povo por meio de sua publicao no Dirio Oficial, no entanto a data de sua publicao.

    Via de regra a lei entra em vigor 45 dias depois da data de sua publicao, so excees as leis que especificam a data de sua entrada no ordenamento jurdico ou a que entra na data de sua publicao, sendo que ela viger at a data de sua revogao.

    Eficcia: a vigncia da observando-se dois aspectos: espao e tempo.

    Quanto ao quesito espao uma lei municipal vigora em seu respectivo municpio, uma lei estadual vigora em seu respectivo estado, no entanto uma lei Federal alm de vigorar em toda a Unio.

    Pode ainda, a lei, vigorar fora de nosso pas (ex.: embaixadas, trabalhadores em outro

    pais).

    J com relao ao tempo, via de regra a lei inicia seus efeitos 45 dias aps sua

    publicao, e ir vigorar at sua revogao por uma lei que a cancele, por uma lei

    que trate exatamente, ou de maneira mais especfica o mesmo assunto, podendo

    ainda a lei ser por prazo temporrio (ex.: a CPMF).

    Via de regra as leis no deveriam atingir atos passados, deveriam gerar efeitos

    apenas futuros.

  • Classificao da Norma:

    Quanto natureza: a) substantiva: representam o direito material, o direito em si prprio (ex. Cdigo Civil); e,

    b) adjetiva: representam o direito formal, a forma pela qual se exerce o direito processualmente (ex.: Cdigo de Processo Civil).

    Quanto origem: a) federal: elaboradas pela Unio Federal (Congresso = Cmara dos Deputados + Senado) ou pela Presidncia da Repblica;

    b) estadual: elaboradas pelas Assemblias Legislativas estaduais ou mesmo pelo Governo do Estado; e,

    c) municipal: elaboradas pelas Cmaras dos Vereadores ou Prefeitura.

    Quanto ao destino: a) geral: destinam-se a qualquer pessoa (ex.: Cdigo Civil);

    b) especial: destina-se a um numero delimitado de pessoas (ex.: Cdigo de Propriedade Industrial); e,

    c) particular: tm destino certo, referem-se nica e exclusivamente quela pessoa (ex.: contratos, sentenas, etc.).

    Quanto aos efeitos: a) imperativa: as partes no podem dispor de seus efeitos (ex.: forma federativa e indissolvel do Estado brasileiro);

    b) proibitiva: no aceitam a pratica de determinados atos (ex.: pessoa j casada contrair novas npcias, na constncia do primeiro casamento);

    c) facultativa: quando a lei permite as partes que se convencione de maneira diversa do que estipulado na norma (ex.: local para pagamento da dvida); e,

    d) punitiva: impe punio quando da ocorrncia de determinado fato (ex.: restituio em dobro, quando da cobrana de divida j paga)

    Elaborao:

    Toda lei via de regra elaborada pelo Poder Legislativo, devendo para tanto seguir o seguinte trmite:

    a) apresentao do projeto de lei: o ato pelo qual inicia-se o processo legislativo, podendo este ser de iniciativa dos membros do Poder Legislativo, pelo chefe do Poder Executivo, pelo Supremo Tribunal Federal, pelos tribunais superiores, pelo procurador geral da repblica ou mesmo pelos cidados, como previsto pela Constituio Federal.

  • b) discusso e aprovao: o projeto de lei deve ser aprovado pelo Poder Legislativo, pela votao de seus membros e pela discusso da lei perante as comisses temticas, sendo ele reprovado arquivado, sendo aprovado encaminhado para a sano;

    c) sano ou promulgao: sano o ato pelo qual o Executivo concorda com a lei, podendo tal concordncia ser expressa ou tcita, nessa fase do processo legislativo que o executivo apresenta os vetos que entende necessrios norma.

    A promulgao o ato pelo qual a lei se torna obrigatria, sendo promulgada a lei deve ser publicada; e,

    d) publicao: publicao o ato que d cincia a todos da lei promulgada, devendo para tanto ocorrer no Dirio Oficial, via de regra a lei entra em vigor 45 dias aps sua publicao, ou quando a lei expressa o perodo de espera para entrar em vigor.

    Hierarquia:

    - Constituio Federal e Emendas Constitucionais;

    - Lei Complementar (leis determinadas pela Constituio Federal ex.: Cdigo de Defesa do Consumidor);

    - Lei Ordinria;

    - Lei Delegada;

    - Medidas Provisrias;

    - Decretos; e,

    - Regulamentos.

    Interpretao:

    Principais formas: a) gramatical: pela sintaxe;

    b) lgica: norma analisada com ramo do direito a que ela se destina, para que no haja contradies;

    c) histrica: momento histrico em relao norma elaborada; e,

    d) sistemtica: interpreta-se a lei com todo o sistema jurdico vigente.

    Pela fonte da lei: 1) autntica: realizada pelo legislador autor da lei;

    2) judicial: decorrente das decises do judicirio;

    3) administrativa: elaborada pelo autoridade administrativa (ex.: circulares, portarias, respostas a consultas ...); e,

    4) doutrinria: pelos estudiosos do direito (ex.: teses, monografias ...).

  • Quanto ao resultado: a) declarativa: idntica s palavras do legislador;

    b) extensiva: mais ampla que o legislador disse; e,

    c) restritiva: menor do que o legislador quis dizer.

    Teoria Geral do Estado Conceito: Estado a pessoa jurdica soberana constituda de um povo organizado sobre um territrio sob o comando de um poder supremo, para fins de defesa, ordem, bem-estar e progresso social. (Gropalli, Alessandro, apud Brancato, Ricardo Teixeira, 2003). Origem: O estado tem sua origem na prpria famlia que seria a menor forma de organizao conhecida, evoluindo desse ponto para o da tribo, para depois chegar s cidades, as quais cresceram dominando as cidades prximas formando os imprios os quais evoluram poltica, cultural e financeiramente atingindo a forma atual dos Estados. Governo: a personificao do poder do Estado, devendo trabalhar para cumprimento de um bem comum, tambm responsvel pelas relaes entre os Estados. Elementos: so trs os elementos do Estado, a saber: territrio, povo e soberania.

    Territrio o espao geogrfico de um Estado, tanto solo, subsolo, quanto seus

    espaos areos e martimos.

    Povo so todos aqueles cidados ligados pela tradio e idioma. Soberania possibilidade que tem o Estado de usar do poder de maneira

    independente. Nao: uma sociedade natural de homens, na qual a unidade de territrio, de origem , de costumes, de lngua e a comunho de vida criam conscincia social (Mancini, apud Brancato, Ricardo Teixeira 2003) Raa: Conjunto dos indivduos com determinada combinao de caracteres fsicos geneticamente condicionados e transmitidos de gerao a gerao em condies relativamente estveis. (dicionrio Michaelis) Ptria7 8: (terra natal) a ptria tem um carter fortemente ligado afetividade9, H

    7 Ptria amada, Idolatrada, Salve! Salve! (Hino Nacional Brasileiro) 8 A paz queremos com fervor, A guerra s nos causa dor. Porm, se a Ptria amada For um dia ultrajada Lutaremos sem temor. (Cano do Exrcito)

  • na Ptria sempre o mesmo plasma, a mesma circulao sangnea; pois se se multiplica a clula, tem-se a famlia; se se multiplicar a famlia, teremos a Ptria, bero de nossos filhos, tmulo de nossos ancestrais (Brancato, Ricardo Ferraz, 2003) Soberania: o poder exercido pelo Estado podendo para tanto ser interna (positiva) quanto externa (negativa)

    A soberania interna (positiva) aquela que se exerce pelo Estado quando da

    imposio das a uma determinada sociedade.

    Em contra partida a externa (negativa) o exerccio do poder estatal perante os demais estados, negativa vez que lhe faculta o impedimento de intromisses externa em um determinado pais.10 Os atributos da soberania so:

    1) poder originrio no dado por outro pais, provem da prpria nao; 2) indivisvel; 3) inalienvel; e, 4) coercitivo obrigatrio. Fins do estado: podem ser jurdicos (ou essenciais) e sociais (ou no-essenciais) Jurdicos ou essenciais: a) garantir a ordem interna (poder de polcia) foras armadas; b) assegurar a soberania na ordem internacional representao diplomtica; c) elaborao das normas jurdicas; e, d) distribuir a justia. Sociais ou no essenciais: so aqueles que servem para manter a ordem social, tais como educao, sade, etc ... Personalidade jurdica: o Estado pessoa jurdica de direito pblico. Formas de estado: pode ser simples ou composta

    Simples ou unitrio o Estado centraliza a soberania, soberano tanto

    internacionalmente como tambm nacionalmente, Itlia, Frana, Espanha ..., no h

    diviso em estados membros; e,

    Composto quando no apenas o Estado soberano, mas quando tambm divide seu

    poder com os estados membros,. Ex: Brasil e EUA.

    9 Professor Colombiano que refugiava-se no Brasil: De minha terra tive que sair pois l era perseguido pelo narcotrfico, jamais de meu solo amado irei me separar pois ele no encontra-se apenas na terra de meu pais, mas sim nas veias que cortam meu corpo 10 A soberania para ser exercida depende tanto da independncia poltica quanto da independncia econmica.

  • Formas de governo: Monarquia (vitalcia) a) monarquia absoluta: o monarca no encontra limitaes jurdicas ao seu poder (possui poder legislativo, executivo e judicirio). b) monarquia constitucional: aqui o monarca encontra limitaes ao seu poder em decorrncia de uma constituio, divide-se ela em: b.1) monarquia constitucional pura: onde existe a separao dos poderes e o monarca o chefe do executivo (exerce a funo de chefe de Estado e chefe de governo); e, b.2) tambm h a separao de poderes monarquia constitucional parlamentar: aqui o monarca apenas chefe de Estado. Repblica (temporria mandato + separao de poderes), podendo ser: a) presidencialista presidente exerce as funes de chefe de Estado e de governo; e, b) parlamentarista presidente s exerce a funo de chefe de Estado a de chefe de governo exercida pelo primeiro ministro. Democracia: Segundo Brancato so princpios da democracia: a) subordinao do Estado s leis que ele cria b) diviso dos poderes c) temporariedade (mandato) d) igualdade e) prevalncia da vontade da maioria f) filosofia de vida prpria Democracia pluralista: aquele em que o povo concede um mandato a alguns cidado, para, na condio de representantes externarem a vontade popular e tomarem decises em seu nome, como se o prprio povo estivesse governando. (Dalari, Dalmo de Abreu, 1995). O sufrgio universal: o poder de votar desde que cumpridas algumas exigncias. O pluralismo poltico: decorre da necessidade de se ter opes para escolher seus representantes atravs do voto. O princpio majoritrio: o principio pelo qual a maioria decide quem deve representa-la, a vontade comum que prevalece. A liberdade de oposio: a possibilidade de alternar os representantes do poder de acordo com a democracia pluralista. Democracia e liberdade: a democracia pressupe para o seu exerccio as seguintes liberdades: escolha dos governantes; manifestao do pensamento; financeira; e, sindical. Parlamentarismo e presidencialismo.

  • CUIDADO: NO H DIREITO SEM PROVA Costuma-se dizer que o que no est no processo no est no mundo. Sim,

    isso verdade.

    Em se tratando de julgamento a ser feito pelo Poder Judicirio, o mundo aquilo que foi incorporado ao processo. Todas as informaes trazidas pelas partes envolvidas, atravs de depoimentos ou documentos, atravs de peritos com seus trabalhos determinados pelo juiz, atravs da ouvida das testemunhas, enfim, para serem julgadas por um juiz, devero estar contidas nos autos do processo.

    no mundo limitado do processo que o juiz se baseia para decidir. Por isso que muitas vezes se ouve falar que fulano tinha direito a alguma coisa, mas o juiz no lhe deu. que, possivelmente, ele tinha o direito, mas no tinha a prova (no estamos aqui tentando dizer que todos os julgamentos so justos, perfeitos. Quem julga o processo um ser humano, sujeito aos erros comuns de qualquer cidado, e at ele, o juiz, tem o direito de errar como qualquer um. O que se espera que isso seja exceo).

    Mas o que queremos dizer com tudo isso?

    Que no hasta apenas que se tenha o direito, preciso prov-lo. Ele s ser eficaz se pudermos, caso tenhamos que ir a juzo, prov-lo de maneira clara e insofismvel.

    E nesse ponto que queremos chamar a sua ateno. Quando voc pensar:

    Eu tenho esse direito!, deve sempre cogitar Mas eu posso prov-lo?, pois s assim poder dar plenitude ao seu legtimo interesse. S tendo prova que ter direito.

    Logicamente as pessoas no andam pelas ruas buscando provas dos direitos que tm. Espera-se que a regra seja uma convivncia social pacfica e harmnica e

    que os direitos das pessoas sejam respeitados sem que elas fiquem exibindo suas provas pelas ruas, umas s outras. Mas, infelizmente, a regra da convivncia social harmnica vem sendo quebrada cada dia mais, exigindo das pessoas um comportamento de defesa cada vez maior.

    Da mesma maneira que as pessoas passaram a aprender defesa pessoal para prevenir-se de assaltos, ou colocaram alarmes nos carros e ces de guarda nas casas, precisam, agora, aprender a guardar prova do seu direito. E isso j vem sendo feito intuitivamente, na medida em que os tempos modernos criaram um abalo muito grande na confiana. A palavra vem perdendo a fora e vai sendo substituda pelo documento. Ningum mais paga nada sem pedir um recibo. O ditado quem paga mal paga duas vezes nunca foi to atemorizador quanto nos dias de hoje.

    So admitidos todos os meios legais e moralmente legtimos como prova, e podemos elencar alguns, tais como: o depoimento pessoal das partes, os documentos, as testemunhas, a percia.

    Falemos um pouco sobre cada uma dessas provas legais:

    Depoimento pessoal o depoimento que a parte envolvida faz ao juiz no processo, no dia da

    audincia.

    Esse depoimento se faz atravs de respostas s perguntas formuladas pelo

  • juiz e pelo advogado da parte contrria. O advogado da prpria parte no pode fazer-lhe perguntas.

    As questes levantadas devero cingir-se aos fatos alegados no curso do processo.

    A importncia do depoimento pessoal est relacionada com a confisso. Dependendo do que a parte estiver falando em audincia ao juiz, ela pode estar confirmando, ou seja, confessando os fatos que a outra parte no processo alegou contra si. E como reconhecer que a outra parte tem razo no que disse.

    Os documentos Os documentos so, de regra, as provas mais contundentes, pois sempre

    mais difcil contestar-se um documento que se tenha assinado.

    Aqui, quando se fala em documento, fala-se em todos os papis que, envolvendo algum tipo de transao, tenham sido usados e assinados pela pessoa envolvida no negcio. Por isso preciso sempre tomar-se muito cuidado quando se est assinando um documento. Na medida em que voc assina, est colocando sua concordncia expressa a tudo o que est escrito. Depois dizer que no sabia o que estava assinando sempre muito difcil de se provar.

    O documento a essncia das provas. sempre a maneira mais lmpida e sobeja de se mostrar ao juiz que se tem razo, de que se est falando a verdade. Portanto importante que, sempre antes de assinar qualquer documento, voc tenha a oportunidade de l-lo com ateno, para saber no que est apondo sua assinatura, at onde voc est se responsabilizando ao assinar o papel que lhe do.

    Ns sabemos que na vida prtica existem dezenas de circunstncias em que no existe a mnima possibilidade de se ler o documento que se est assinando, nem de discutir as clusulas. Mas, apesar da proteo que, por exemplo, o CDC d ao consumidor quando se trata de contrato de adeso, ainda assim preciso cautela.

    Testemunhas Ao contrrio do documento, que uma das provas mais lmpidas, a prova

    testemunhal a que traz mais contradies e controvrsias.

    De qualquer maneira, existiro circunstncias em que somente se ter a prova testemunhal para se fazer valer o direito que se tem. E muitas pendncias judiciais resolvem-se unicamente pela prova testemunhal. o que acontece, por exemplo, em acidentes de trnsito, em aes trabalhistas nas quais se pretende provar, por exemplo, que o patro ofendeu o empregado etc.

    Se voc estiver atento para o seu direito, ver que sempre existiro circunstncias em que testemunhas podero ajud-lo a fazer valer o seu direito. preciso estar vigilante do seu direito no dia-a-dia. Se preciso for, voc deve preparar a prova atravs das testemunhas. E um meio lcito de voc depois poder demonstrar, se for preciso, seu direito em juzo.

    Digamos, por exemplo, que voc inquilino de um imvel e, ao dirigir-se imobiliria para pagar o aluguel, esta negue-se a receb-lo.

    O que voc faz?

    Volta imobiliria junto de duas ou trs pessoas, que vo servir de testemunhas.

  • Explica-se.

    Partindo-se do pressuposto de que a imobiliria a representante do proprietrio do imvel e como tal est se negando a receber o aluguel, estar havendo descumprimento da obrigao de receber por parte do dono do imvel, pois, se o inquilino tem a obrigao de pagar, o proprietrio tem a obrigao de receber.

    O fato de o proprietrio negar-se a receber o aluguel gera ao inquilino o direito de fazer o depsito do aluguel em juzo. Esse depsito ser feito atravs de uma ao de consignao em pagamento, onde o inquilino ter que provar que o proprietrio se negou a receber o aluguel. E como o inquilino far essa prova? Basicamente atravs de testemunhas. O inquilino, nesse caso, dever comparecer imobiliria com duas ou trs pessoas, para que estas testemunhem a negativa da imobiliria em receber o aluguel. Assim, em juzo, o inquilino poder ver o seu direito provado.

    Para ser testemunha o interessado no deve levar uma pessoa menor de 16 anos, o cnjuge, os pais, irmos, avs, tios, sobrinhos, netos, primos ou um amigo ntimo, pois estes so incapazes, impedidos ou suspeitos para darem seus depoimentos em juzo.

    Percia A percia o trabalho tcnico elaborado dentro do processo judicial por um

    perito nomeado pelo juiz.

    A percia deve ocorrer, por exemplo, sempre que faltar conhecimento ao juiz para examinar e entender determinadas provas dos autos; ou quando, mesmo as entendendo, seja necessrio um exame detalhado de farta documentao, como numa percia contbil; ou ainda quando seja necessrio exame de fatos e circunstncias que no esto ou no podem estar dentro do processo, como na avaliao de um imvel etc.

    lgico que as partes envolvidas no processo poderiam elaborar elas mesmas os seus laudos periciais relativos ao que se pretendia provar, como, por exemplo, no caso da avaliao de um imvel. Todavia, se isso fosse feito, o juiz teria diante de si provavelmente parmetros contraditrios e no contaria com elementos tcnicos para contest-los ou sequer examin-los. Por isso o juiz nomeia um perito de sua confiana para que elabore o trabalho. (De sua vez, as partes podem indicar tambm seus peritos-assistentes, que podero acompanhar, fiscalizar e contestar o trabalho do perito do juiz.)

    Concluso Apontamos para voc apenas alguns aspectos relacionados com as provas.

    Aqueles que entendemos mnimos para dar suporte a uma compreenso de como garantir o direito.

    Assim, deixamos aqui mais uma vez registrado e chamamos a sua ateno:

    lembre-se sempre de seus direitos, mas ao mesmo tempo pense, descubra e j prepare as provas para, caso precise, demonstrar esse direito em juzo. (NUNES, Luiz Antonio Rizzatto, Compre bem manual de compras e garantias do consumidor. 2 ed. So Paulo: Editora Saraiva, 1997.)

  • Direito Constitucional

    A constituio a lei bsica e suprema de uma sociedade, vez que ela estrutura o Estado.

    O poder constituinte

    - Originrio: elaborao de uma nova constituio com o surgimento de um novo estado atravs de uma revoluo ex.: Iraque.

    - Derivado: reviso da constituio ex.: Emenda Constitucional.

    Aspectos gerais da constituio vigente

    Nossa atual constituio foi promulgada (outorgada) em 5 de outubro de 1988.

    A diviso de poderes

    Essa diviso existe para que o poder no fique concentrada na mo de uma nica e exclusiva

    pessoa, para que no abuse-se da sua utilizao, podemos dividi-lo da seguinte forma:

    CIDADANIA ...

    Todo CIDADO tem DIREITOS E DEVERES. Exija seus Direitos e cumpra seus Deveres.

    Assim, voc tem direito Educao em uma boa escola (a melhor possvel), mas voc tem o

    DEVER de freqentar as aulas, de respeitar os professores, de conservar o prdio que patrimnio

    de toda a COMUNIDADE.

    Quem quer ter o Direito a uma boa escola h de contribuir para que isso acontea.

    O mesmo vale para a Segurana, para a Sade, para os Transportes, etc...

    Agora que voc sabe que um CIDADO sujeito a Direitos e Obrigaes, continue a leitura

    para saber quais so os seus DIREITOS e quais so as suas OBRIGAES.

    No momento histrico em que vivemos, quando se respira ares de liberdade de expresso e de

    democracia, a discusso sobre os direitos e deveres individuais e coletivos de fundamental

    importncia, porque referem-se cidadania.

    Mas o que cidadania? O que ser cidado? Qual a importncia em ser um cidado?

    Cidado o indivduo que est no pleno gozo de seus direitos e deveres civis e polticos.

    Ser cidado o direito de as pessoas terem direitos e deveres.

    o direito de ter uma vida digna. poder ter uma casa para morar, ter acesso a uma escola de

    qualidade, poder contar com bons servios de sade, poder alimentar-se e vestir-se bem, poder

    ter acesso cultura e a alguns bens de consumo que o mundo de hoje oferece.

    Mas, para que o brasileiro possa ser um cidado por inteiro, por completo, necessrio conhecer

    seus direitos e deveres, que esto contidos no artigo 5 da Constituio Federal.

    Antes, preciso saber que a Constituio a Lei Maior que regula a vida de um pas. Todas as

    outras leis decorrem da Constituio.

    Mas o que direito e o que dever?

  • Direito poder praticar, ou deixar de praticar algum ato.

    Dever estar obrigado a fazer, ou deixar de fazer alguma coisa.

    Pronto, agora fica mais fcil entender o artigo 5 da Constituio, pois l esto os nossos direitos

    e deveres, como cidados que todos ns somos.

    O "caput", ou seja, a cabea do artigo diz o seguinte:

    "Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

    e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade,

    segurana e propriedade, nos termos seguintes:"

    Primeiro, preciso dizer que essas palavras no saram da cabea de uma s pessoa nem foram

    escritas da noite para o dia.

    A humanidade precisou de sculos para reconhecer os direitos fundamentais do ser humano.

    Ainda hoje, h lugares no mundo em que muitos direitos no so reconhecidos, a comear pelo

    direito liberdade.

    Vamos agora examinar atentamente os dizeres contidos na cabea do artigo e tentar explic-los.

    O texto diz inicialmente:

    "Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza..."

    O homem tendo o ideal de que todos ns somos iguais, sem qualquer tipo de distino, ou seja,

    sem qualquer diferena; ser que sempre foi assim?

    Claro que no, basta lembrarmos que num passado recente no Brasil ainda havia escravido. E,

    ainda hoje, no difcil encontrar pessoas que discriminam outras pela cor, pela raa, etc.

    Porm, o ideal preconizado na Constituio diz que para vivermos em paz e em harmonia

    necessrio no haver diferenas entre todos ns, seja do tipo que for.

    Aquele que dentre ns for tratado com desigualdade, tem o direito de ver reparada a

    discriminao, ou seja, pode recorrer Justia para corrigir o tratamento discriminatrio recebido.

    Desse modo, no Brasil de hoje, ningum pode sofrer qualquer discriminao, seja pelo sexo, cor,

    crena, raa, etc. Na segunda parte, o artigo diz:

    "...garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito

    vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:..."

    Veja que a Constituio protege no s os brasileiros, mas tambm as pessoas que nasceram em

    outros pases e que aqui residem.

    O texto constitucional fala em "inviolabilidade".

    Pois bem: Inviolabilidade, em direito, aquilo que est protegido contra qualquer tipo de

    violncia.

    Assim, no pode haver violncia contra a vida, contra a liberdade, a igualdade, a segurana e a

    propriedade.

    O final do artigo diz:"...nos termos seguintes:"

    Esses termos seguintes so compostos por 77 (setenta e sete) incisos (subdivises), grafados em

    algarismos romanos.

    Essas subdivises do artigo servem para detalhar, para especificar os direitos e deveres contidos

    no caput.

    Por exemplo, o inciso I diz:

    "homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes...";

    Este inciso est simplesmente individualizando, quando a cabea do artigo diz que todos so

    iguais perante a lei.

    Outro exemplo, o inciso IV diz:

    " livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato".

    O inciso nada mais est dizendo que o direito de liberdade do cidado manifestar o seu

    pensamento, sobre qualquer assunto.

    Assim, cada item do artigo vai descrevendo pormenorizadamente os direitos e deveres do

    cidado.

    A importncia de conhec-los est em que, sabendo corretamente nossos direitos e deveres,

  • seremos, com certeza, bons cidados, com capacidade para melhor escolher nossos governantes,

    cobrar deles o respeito lei, aos bens pblicos e o interesse da populao.

    S assim, a condio de vida de todos os brasileiros ir melhorar.

    A partir do momento em que conhecermos nossos direitos e deveres, vamos ter capacidade de

    exigir mais, como, por exemplo, uma justa diviso de rendas.

    Desse modo, quando o comerciante e o industrial deixam de recolher os impostos para os cofres

    do governo, quando o consumidor no pede a Nota Fiscal da compra, todos esto deixando de

    cumprir um dever.

    Desse modo, quando o comerciante e o industrial deixam de recolher os impostos para os cofres

    do governo, quando o consumidor no pede a Nota Fiscal da compra, todos esto deixando de

    cumprir um dever.

    Isso implica que muitos dos nossos direitos tambm no sero cumpridos, com melhores escolas,

    hospitais, segurana, etc.

    Certamente, se todos ns soubssemos e cumprssemos os nossos direitos e deveres, viveramos

    num pas bem melhor.

    Finalmente, preciso saber que nenhuma lei poder dispor contra o que est estabelecido na

    Constituio.

    O QUE DIZ A CONSTITUIO: Art. 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos

    brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade,

    igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;

    II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    ...

    XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse

    particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de

    responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do

    Estado;

    XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso

    de poder;

    b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de

    situaes de interesse pessoal;

    ...

    XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal;

    XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;

    XLI - a lei punir qualquer discriminao atentatria dos direitos e liberdades fundamentais;

    XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de

    recluso, nos termos da lei;

    ...

    XLVII - no haver penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX;

    b) de carter perptuo;

    c) de trabalhos forados;

    d) de banimento;

    e) cruis;

    ...

    LXI - ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de

    autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamente

    militar, definidos em lei;

  • LXII - a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicados imediatamente

    ao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele indicada;

    LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe

    assegurada a assistncia da famlia e de advogado;

    LXIV - o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seu

    interrogatrio policial;

    ...

    LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplemento

    voluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel;

    ...

    LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

    a) o registro civil de nascimento;

    b) a certido de bito;

    O texto Cidadania foi retirado da cartilha do projeto OAB vai escola disponvel em: http://www2.oabsp.org.br/asp/cartilha/cidadania.asp - acesso em 02/09/07.

  • Diviso dos Poderes

    Comp. Legislativo Executivo Judicirio

    Originria:

    funo

    tpica,

    aquela para

    qual o poder

    foi criado

    Elaborar, analisar e

    aprovar leis Administrar o Estado

    Julgar

    Guardar a C.F. (STF)

    Derivada:

    funo

    atpica,

    deriva dos

    demais

    poderes

    sendo

    autorizada

    pela

    Constituio

    Federal

    Administra Julga Legisla Julga Legisla Administra

    Sua prpria

    casa - fixa

    os prprios

    salrios

    1) Crimes de

    responsabilidade

    do Presidente;

    2) Casos de falta

    de decoro

    parlamentar

    Pela edio

    de Medidas

    Provisrias;

    Leis

    Delegadas;

    e Decretos

    Presidenciais

    Processos

    Administrativos

    - julgados pelo

    prprio

    executivo

    Por meio

    das

    Portarias;

    Regimento

    Interno e

    Lei

    Orgnica da

    Magistratura

    Quanto fixa

    seus

    prprios

    salrios e

    pela criao

    de planos

    de carreira.

  • Sujeito de Direito:

    Pessoa. Conceito e espcies a entidade titular de direitos e de obrigaes, podendo ser:

    Natural: todo ser humano o homem; Jurdica: o agrupamento de homens ligados por interesses comuns.

    Capacidade jurdica da pessoa fsica a aptido que a pessoa tem de exercer direitos ou contrair obrigaes, inciando-se plenamente

    aos 18 anos.

    Excees:

    1) Absolutamente Incapazes:

    a) menores de 16 anos;

    b) deficientes mentais sem discernimento;

    c) os que mesmo por causa transitria no puder exprimir sua vontade.

    2) Relativamente incapazes:

    a) maiores de 16 e menores de 18 anos;

    b) brios habituais, viciados em txico ou deficincia mental os quais apenas reduzam o

    discernimento;

    c) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

    d) os prdigos.

    Emancipao a aquisio da capacidade civil antecipadamente, podendo ela ocorrer das seguintes formas:

    a) escritura pblica dos pais; b) sentena judicial tutela; c) casamento; d) emprego pblico efetivo; e) colao de grau; f) estabelecimento civil economia prpria.

    Domiclio Local onde se reide, trabalha, onde se exerce a diretoria ou atividade profissional.

    Objeto do Direito

    Conceito So todas as coisas (materiais = carro ou imateriais = direitos autorais) sobre as quais recaem

    direitos das pessoas.

    Clusulas que podem gravar um bem:

  • a) inalienabilidade b) incomunicabilidade c) impenhorabilidade

    Bem de famlia Figura jurdica que permite ao chefe da famlia destinar um imvel para domiclio desta,

    protegendo-o contra execues por dvidas posteriores instituio, e com ressalva das

    execues fiscais relativas ao prprio imvel (Acquaviva, Marcos Cludio)

    Dos Contratos

    Conceito Contrato o acordo de duas ou mais partes/vontades visando obter efeitos jurdicos.

    So elementos essenciais dos contratos:

    a) capacidade das partes; b) vontade ou consentimento; c) objeto lcito e determinado d) forma prescrita ou no defesa em lei.

    Tendo como princpios:

    a) autonomia da vontade dos contratantes (limitado pela ordem pblica, boa-f e funo social);

    b) fora obrigatria (pacta sunt servanda); c) boa-f; d) relatividade de efeitos; e) efeito entre as partes.

    Contratos em Espcies

    Da venda e compra

    O contrato de venda e compra ato pelo qual o vendedor deseja transferir uma coisa

    outra parte, o comprador por preo certo e em dinheiro.

    Obs.:

    1) sem preo certo em dinheiro: troca ou permuta; 2) ausncia de preo: doao ou emprstimo; 3) a coisa deve ser entregue aps o pagamento do preo (exceo: contratos a credito); 4) transferncia pode ser: a entrega do bem propriamente dito ou ainda do ttulo do

    bem com a posse e dos direitos sobre o bem;

    5) Os ascendentes que possuam mais de um descendente, no pode vender a qualquer um deles qualquer coisa sem o consentimento expresso dos demais;

    6) Vcios redibitrios: o caso dos defeitos ocultos apresentados pelo bem fora da relao

  • de consumo pode ser pedida o desfazimento da venda ou o abatimento no preo para compensao do vcio (no caso de no haver acordo: ao redibitria).

    Clusulas Especiais da compra e venda:

    a) retrovenda: s pode ocorrer para bens imveis, a estipulao de um prazo (nunca superior a 3 anos) para que o vendedor possa desistir da venda e voltar a ser dono

    do imvel mediante a restituio do preo e das despesas feitas pelo comprador;

    b) venda a contento: o comprador precisa aprovar o produto para que a venda seja aperfeioada (ex.: vinho);

    c) preempo ou preferncia: a clusula em que o comprador promete dar preferncia ao vendedor no caso de se desfazer do bem no futuro;

    d) reserva de domnio: nos contratos de compra de coisas mveis e infungveis pode-se estipular que s aps o pagamento integral do preo o adquirente ter o domnio

    da coisa (ex.: carro financiado).

    Da troca:

    Difere da compra e venda na medida em que no existe a presena do pagamento em

    dinheiro.

    Pagam pelas despesas decorrentes do contrato ambas as partes, e se a troca for de valores

    desiguais ser ela nula.

    Da doao:

    o contrato pelo qual o doador transfere ao donatrio bens ou vantagens.

    Pode ser simples ou com encargos:

    a) reserva de usufruto; b) antecipao da legitima; c) clausula resolutiva (retorno ao patrimnio do doador no caso de falecimento).

    Via de regra a doao irrevogvel.

    Da locao de coisas e de servios:

    * Locao de coisa:

    Pode ocorrer tanto para bens imveis quanto para bens mveis.

    o contrato em que o Locador cede a coisa para o Locatrio que dever pagar um

    valor estipulado.

    * Locao de servios:

    Tambm existe a figura da retribuio em dinheiro, no entanto o que locado e o

    servio e no a coisa, onde no exista a relao de emprego (ex.: profissional

    liberal).

    Do emprstimo:

    a transferncia temporria de determinada coisa entre as partes.

  • Podendo ser: a) mtuo, emprstimo de coisa fungvel (dinheiro, sementes, etc.),

    pode haver cobrana de juros; e

    b) comodato, o emprstimo de coisa infungvel contrato esse gratuito, se for oneroso, transforma-se em locao.

    Da edio:

    contrato que versa sobre os direitos autorais onde as partes pactuam os termos

    como: quantidades de cpias, porcentagens para autor e editora, proibio de se contratar com

    demais editoras, etc.

    Difere do contrato de cesso que a transferncia total dos direitos patrimoniais sobre

    a obra, limitados pela lei (ex.: citao do nome do autor).

    Do contrato de seguro:

    Tem como objeto a transferncia do risco do segurado para a seguradora.

    Do jogo e da aposta:

    O contrato no obriga seu pagamento, mas se a divida foi paga voluntariamente, no

    se pode pedir devoluo.

    Direitos Reais

    Registro de imveis;

    Direitos reais de garantia:

    Penhora e Hipoteca:

    O devedor oferece ao credor como garantia um determinado bem sobre o qual o

    credor ter a preferncia quanto aos demais credores.

    O penhor via de regra o bem mvel e fica em poder do credor (tradio).

    A hipoteca utilizada para bens imveis perfaz-se com o registro na matrcula.

    Anticrese:

    O devedor transfere por algum tempo determinado bem imvel (posse) para o

    credor, a fim de que esse receba os frutos desse imvel at a quitao da dvida.

    Direitos reais sobre coisas alheias:

    a) Direito de Superfcie: o proprietrio de um terreno permite que terceiro construa ou plante algo em sua propriedade por determinado prazo, com o trmino desse

    pode o proprietrio ficar com a plantao ou com as construes (exceto se

    estipulado de forma diversa em contrato;

    b) Servido: limitao do direito de propriedade limita em parte o direito de propriedade de um para que o de outro no fique revogado as mais comuns so servido de passagem, de gua, de luz e etc;

  • c) Promessa irretratvel de venda: tem que ter como objeto bem imvel; utilizada para compra de imvel a longo prazo e possibilita a adjudicao compulsria

    (passagem de escritura forada pelo judicirio).

    Condomnio:

    Duas ou mais pessoas exercem ao mesmo tempo o direito de propriedade sobre determinada

    coisa.

    Direitos: I- usar a coisa;

    II- reivindicar de terceiros;

    III- alienar a coisa.

    Peculiaridades do Condomnio Edilcio.

    Mo podem os condminos:

    a) mudar a forma da fachada ou a distribuio interna dos compartimentos, b) decorar as paredes e esquadrias externas; c) estabelecer no edifcio enfermarias, oficinas, laboratrios ou instalaes perigosas; d) embaraar os caminhos e corredores interiores;

    Direito das Sucesses:

    Sucesso a transmisso do patrimnio de pessoa falecida.

    Os herdeiros assumem tato os direitos como as obrigaes, da seguinte forma:

    - apuram-se os bens e as dvidas do falecido - se forem as dvidas maiores que a quantidade de bens o bens sero utilizados

    para pagamento das dvidas (no responde pessoalmente os herdeiros com seu patrimnio).

    - se as dvidas forem inferiores ao patrimnio alguns bens pagam as dvidas e o que sobrar dividido pelos herdeiros.

    Sucesso legitima:

    A lei estabelece a sucesso da seguinte forma:

    1 - descendentes em concorrncia com o cnjuge (no regime da comunho parcial de

    bens com bens comuns);

    2 - ascendentes em concorrncia com o cnjuge;

    3 - cnjuge (no separado a mais de 2 anos e se separado caso seja sem culpa)

    4 - colaterais (irmos, sobrinhos, etc.)

    Sucesso Testamentria:

  • Havendo herdeiros necessrios (descendentes, ascendentes ou cnjuge), s poder a pessoa

    dispor de 50% de seu patrimnio por testamento.

    Formas de testamentos:

    a) pblico = feito e registrado em cartrio na presena de 2 testemunhas; b) cerrado = feito pela prpria pessoa, registrado em cartrio assinado por duas

    testemunhas;

    c) particular = feito pela prpria pessoa, no registrado em cartrio, assinado por 3 testemunhas.

    Herana: o que herdado por cada um dos sucessores;

    Legado: especifica-se o que cada um ir receber especificamente

    Inventrio e partilha:

    Quando do inventrio necessrio que uma pessoa fique responsvel pela administrao dele

    tal pessoa d-se o nome de inventariante.

    Deve-se pagar os impostos e dividirem-se os bens.

    Modelos de contrato - Do Crea

    Partes

    Pelo presente Instrumento, de um lado _____________________________, brasileiro,

    engenheiro, portador da cdula de identidade RG n _________________ e do CPF/MF n

    ________________ e registrado no CREA-SP sob n_____________________, com endereo na

    Rua _________________________ n _____, So Paulo/SP, doravante denominado

    simplesmente CONTRATADO, e de outro lado o (a) Sr(a) ___________________________

    portador da cdula de identidade RG. n ___________________ e CPF/MF n

    _______________________com endereo na Rua _______________________ n _______So

    Paulo/SP, doravante denominado simplesmente CONTRATANTE, resolvem de comum acordo

    firmar o presente Contrato de Prestao de Servios Tcnicos Profissionais de Engenharia,

    Arquitetura, Agronomia ou atividades afins, de acordo com as seguintes clusulas e condies:

    CLUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

    1- Constitui objeto do presente Contrato, a prestao de servios tcnicos profissionais de

    Engenharia pelo CONTRATADO para __________________________.

    1.1 O CONTRATADO dever recolher a Anotao de Responsabilidade Tcnica referente aos servios ora contratados, antes do incio dos trabalhos.

  • CLUSULA SEGUNDA DO PRAZO 2 Os servios objeto do presente Contrato, devero ser realizados pelo CONTRATADO, no prazo de ______ (__________) a contar da assinatura deste Instrumento.

    CLUSULA TERCEIRA - DOS PREOS E FORMA DE PAGAMENTO

    3- O CONTRATANTE pagar ao CONTRATADO, pelos servios contratados, o valor total de

    R$___________(___________________________), de acordo com as seguintes condies,

    mediante apresentao de recibo:

    (forma de pagamento)

    3.1- Os tributos incidentes sobre os servios ora contratados devero ser recolhidos pelo

    contribuinte, conforme definido na legislao tributria.

    CLUSULA QUARTA - DA VIGNCIA

    4- O presente Contrato vigorar durante o perodo de ____(_______) meses.

    CLUSULA QUINTA - DA RESCISO

    5 - O presente Contrato poder ser rescindido amigavelmente a qualquer tempo, mediante

    notificao parte contrria com antecedncia mnima de ______(______) dias, sem que o mero

    exerccio de tal faculdade implique em quaisquer nus.

    CLUSULA SEXTA - DAS PENALIDADES

    Quanto fixao de multa para as situaes de atraso na execuo dos trabalhos, no pagamento

    ou na resciso antecipada, dever o percentual ser fixado pelas partes, de acordo com a situao

    especfica.

    CLUSULA STIMA DA RESPONSABILIDADE PELOS SERVIOS PRESTADOS 7- Fica estabelecido, nos termos do artigo 26 do Cdigo de Defesa do Consumidor Lei Complementar n 8.078, de 11 de setembro de 1990, que o CONTRATANTE poder reclamar

    por vcios aparentes ou de fcil constatao no prazo de:

    7.a- 30 (trinta) dias, em relao ao fornecimento de servio ou produto no durvel;

    7.b- 90 (noventa) dias, em relao ao fornecimento de servio ou produto durvel;

    7.1- A contagem do prazo decadencial retro se inicia com a efetiva entrega do produto ou do

    trmino da execuo dos servios.

    CLUSULA OITAVA - DO EXERCCIO DOS DIREITOS

    8- Qualquer omisso ou tolerncia das partes em exigir o estrito cumprimento dos termos e

    condies do presente Contrato, ou em exercer uma prerrogativa dele decorrente, no constituir

    renncia, nem afetar o direito da parte de exerc-lo a qualquer tempo.

    8.1- Aplicam-se ao presente Contrato as disposies do Cdigo Civil e do Cdigo de Defesa do

    Consumidor naquilo em que lhe forem compatveis.

  • CLUSULA NONA - DO FORO DE ELEIO

    9- As partes de comum acordo, elegem o Frum da Comarca ___________________, para

    dirimir qualquer lide oriunda do presente Contrato, com renncia expressa de qualquer outro por

    mais privilegiado que seja.

    E, por estarem assim justas e contratadas, assinam as partes o presente Contrato, em 02 (duas)

    vias de igual teor e forma, para os mesmos efeitos, na presena de 02 (duas) testemunhas.

  • Direito das Sucesses: Sucesso a transmisso do patrimnio de pessoa falecida.

    Os herdeiros assumem tato os direitos como as obrigaes, da seguinte forma:

    - apuram-se os bens e as dvidas do falecido - se forem as dvidas maiores que a quantidade de bens o bens sero

    utilizados para pagamento das dvidas (no responde pessoalmente os herdeiros com seu patrimnio).

    - se as dvidas forem inferiores ao patrimnio alguns bens pagam as dvidas e o que sobrar dividido pelos herdeiros.

    Sucesso legitima:

    A lei estabelece a sucesso da seguinte forma:

    1 - descendentes em concorrncia com o cnjuge (no regime da comunho

    parcial de bens com bens comuns); 2 - ascendentes em concorrncia com o cnjuge; 3 - cnjuge (no separado a mais de 2 anos e se separado caso seja sem

    culpa) 4 - colaterais (irmos, sobrinhos, etc.)

    Sucesso Testamentria:

    Havendo herdeiros necessrios (descendentes, ascendentes ou cnjuge), s poder a

    pessoa dispor de 50% de seu patrimnio por testamento.

    Formas de testamentos:

    a) pblico = feito e registrado em cartrio na presena de 2 testemunhas; b) cerrado = feito pela prpria pessoa, registrado em cartrio assinado por

    duas testemunhas; c) particular = feito pela prpria pessoa, no registrado em cartrio,

    assinado por 3 testemunhas. Herana: o que herdado por cada um dos sucessores; Legado: especifica-se o que cada um ir receber especificamente Inventrio e partilha:

    Quando do inventrio necessrio que uma pessoa fique responsvel pela

    administrao dele tal pessoa d-se o nome de inventariante.

    Deve-se pagar os impostos e dividirem-se os bens.

  • Alimentos

    O sentido usualmente utilizado da palavra "alimentos" compreende os gneros alimentcios prprios substncia do ser humano, ou, noutros termos, os recursos indispensveis ao sustento para conservao da vida. Esse conceito, no entanto, bem se v, restringe o ser humano ao aspecto fsico.

    Entretanto, como se sabe, a plena realizao da vida implica viso mais ampla, isto , no s fsica, mas tambm intelectual, moral e social.

    Diante disso, no plano jurdico a palavra "alimentos" tem significado abrangente, incluindo, alm do indispensvel ao sustento orgnico, o vesturio, a habitao, a assistncia mdica, a par das necessidades de ordem intelectual, moral e social, tais como a instruo, a educao e a recreao, dentre outras.

    E, nessa tica, uma vez que a contribuio alimentar vital existncia, na sua plenitude inclusive, a ordem jurdica cuidou de garantir aos que dela necessitem o direito de exigi-la daqueles a quem a lei obriga a prest-la.

    Bem por isso, a Constituio Federal, no captulo destinado famlia, criana, ao adolescente e ao idoso, estabelece que "os pais tm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carncia ou enfermidade".

    Embora a Constituio trate desse dever entre pais e filhos, o direito de exigir e a obrigao de prestar alimentos so extensivos a outras pessoas, por exemplo, avs, tios e irmos, ou, ainda, marido e mulher, bem como os concubinos.

    Porm, ao direito de exigir, ou obrigao de prestar alimentos, a lei impe certos requisitos e limites. De um lado, s pode pretender alimentos quem no tenha bens, nem condies de prover o prprio sustento pelo trabalho, ou quando numa ou noutra hiptese, ou em ambas, resultem insuficientes para a finalidade.

    De outro lado, necessrio que, quele a quem sejam pleiteados os alimentos, possa prest-los sem privao do necessrio sua prpria subsistncia.

    Como limite, a lei no estipula valores, apenas estabelece um critrio a ser observado, de maneira que os alimentos so fixados na proporo das necessidades do reclamante, respeitadas as possibilidades da pessoa obrigada. Nesse enquadramento, portanto, o pretendente pode exigir aquilo que a pessoa obrigada capaz de suportar.

    E, uma vez fixados os alimentos, mas considerando que tanto as necessidades do reclamante como as possibilidades da pessoa obrigada esto sujeitas a mudanas ao longo do tempo, a lei prev a hiptese de alterao, podendo ocorrer, conforme o caso, reduo ou at mesmo a extino. O texto Alimentos foi retirado da cartilha do projeto OAB vai escola disponvel em: http://www2.oabsp.org.br/asp/cartilha/alimentos.asp - acesso em 02/09/07.

  • Separao

    O casamento a mais antiga sociedade existente, a base da famlia, e por muito tempo foi indissolvel.

    A famlia a mais importante instituio existente, porque ela constituda para fazer nascer, criar e educar o ser humano.

    na famlia que se espelham as crianas e os jovens para sua prpria formao. no lar que recebemos as primeiras lies, as primeiras tristezas e as primeiras alegrias.

    onde tomamos o contato com o mundo que teremos de enfrentar para viver.

    Entre os homens ficou convencionado que para existir o casamento necessria a oficializao, isto , o casamento deixa de ser uma sociedade de fato e passa a ser uma sociedade de direito.

    Antigamente, os casamentos eram feitos com "comunho de bens" -- isto , quando duas pessoas se casavam tudo que tinham passava a ser dos dois -- , ou "separao de bens"-- somente seria dos dois o que fosse adquirido durante a vida em comum. No existia o divrcio; portanto, quem estivesse casado no mais poderia casar.

    Quando os casados deixavam de se entender e comeavam a "brigar" verbal ou fisicamente, estava chegando o fim do casamento, e o lar e a famlia perdiam uma das suas finalidades de exemplo para as geraes futuras. Qual era o remdio? Era o desquite.

    Quando um casamento "no dava certo", isto , quando o casal no combinava mais, existia o desquite, que era a maneira de separao do casal.

    Apareceram inmeros "desquitados e desquitadas" que, apesar de estarem separados, no podiam casar de novo.

    Essas pessoas comearam a formar as famlias naturais, era o "casamento" de pessoas desquitadas, mas essa unio no era reconhecida pela lei.

    Logo comearam a surgir filhos de desquitados, que apesar de serem filhos do mesmo pai ou da mesma me, no tinham os mesmos direitos que os filhos nascidos na constncia do casamento "legal", havendo a distino entre filhos legtimos e filhos naturais.

    Em 1977 foi aprovada a Lei do Divrcio, surgiu, ento, a Separao Judicial, que veio substituir o desquite, mas a situao continuou a mesma, isto , o separado no pode casar novamente, a separao apenas rompe o vnculo matrimonial, mas tambm a preparao para o divrcio.

    Depois vieram outras leis que reconheceram os casamentos "naturais" e os filhos "naturais", hoje todos com os mesmos direitos.

    A Separao Judicial aps 1 (um) ano possibilita aos separados requererem o divrcio, esse o prazo em que o casal pode se reconciliar.

    Mas a separao est sendo pouco utilizada, porque hoje melhor esperar o prazo de 2 (dois) anos de separao de fato e requerer diretamente o divrcio, que rompe definitivamente as relaes matrimoniais.

  • O casamento uma instituio muito sria e importante; por isso, as pessoas precisam estar preparadas para a vida conjugal. O texto Separao foi retirado da cartilha do projeto OAB vai escola disponvel em: http://www2.oabsp.org.br/asp/cartilha/separacao.asp - acesso em 02/09/07.

  • Concubinato CONCEITO DE CONCUBINATO "Estado de fato de um homem e de uma mulher que sem estarem entre

    si ligados pelo vnculo matrimonial convivem com permanncia de relao carnal e aparncia de casados sob o mesmo ou diferentes tetos."

    Constitui uma realidade scio-familiar das mais antigas da histria da humanidade. No Brasil, o concubinato um fato jurdico anterior ao nosso prprio Cdigo Civil, o qual data de 1916. Com a evoluo da legislao a respeito, passou a ser conhecido tambm como "sociedade de fato" (Jurisprudncias), "unio estvel" (Constituio Federal de 1988), "companheiros" (Lei n 8971/94) e recentemente "conviventes" (Lei n 9278/96).

    Ento, sob o conceito geral, no havia entre os concubinos direitos e deveres decorrentes do casamento, como, por exemplo, a fidelidade recproca, a coabitao, e a assistncia mtua, at o advento da Lei n 9278/96, a qual trouxe em seu artigo 2 os direitos e deveres dos "conviventes", ou seja, respeito e considerao mtuos, assistncia moral e material recproca e guarda, sustento e educao dos filhos comuns.

    O que existia era uma obrigao moral quando da constituio da "sociedade de fato", claro que a inobservncia das obrigaes decorrentes do casamento, as quais na prtica tambm estavam submetidos os concubinos, seria motivo para sua dissoluo, como conseqncia legal, a partilha de bens adquiridos pelo esforo comum, alimentos, guarda e regulamentao de visitas dos filhos comuns.

    Logo, "concubinato" tambm um fato jurdico, pois se constitui de uma situao de fato.

    PROTEO LEGAL DO ESTADO E OS DIREITOS CONQUISTADOS

    O Poder Judicirio vem ao longo dos anos apreciando a questo jurdica do concubinato, reconhecendo em inmeras decises a vida em comum dos concubinos, pela prtica dos atos iguais aos do casamento, tais como: a educao dos filhos, a fidelidade e o trabalho dos dois para construir um patrimnio comum.

    CONCUBINATO E A PREVIDNCIA SOCIAL O concubino ou a concubina tem o direito de ser considerado beneficirio

    da Previdncia Social, na condio de dependente do segurado ou da segurada, para efeito da concesso de benefcios.

    Para isso, a unio estvel dos concubinos deve ser comprovada como sendo existente h mais de cinco anos, o que pode ser feito por certides de nascimento dos filhos, por testemunhas, cpias de contratos, certido expedida pelo rgo da Previdncia Social comprovando a existncia da dependncia por mais de cinco anos de unio estvel; e, pela Lei 8213/91, lhes sero garantidos:

    penso por morte do companheiro auxlio-recluso peclios servio social reabilitao profissional

  • assistncia complementar auxlio-funeral

    E ainda na condio de dependente:

    saldos deixados pelo companheiro ou companheira falecidos referente a salrios;

    FGTS; PIS/PASEP; saldos bancrios de conta corrente, poupana ou investimentos. CONCUBINATO E O RECONHECIMENTO DOS FILHOS No que tange ao reconhecimento de filhos havidos fora do casamento, a

    recente Lei N 8560 de 29 de dezembro de 1992 no trouxe grandes alteraes; o reconhecimento de filhos havidos fora do casamento passou a ser admitido com maior amplitude. Vejamos o artigo 1 da mencionada lei:

    Art. 1. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento irrevogvel e ser feito:

    I - no registro de nascimento;

    II - por escritura pblica ou escrito particular, a ser arquivado em cartrio;

    III - por testamento, ainda que incidentemente manifestado;

    IV- por manifestao expressa e direta perante o Juiz, ainda que o reconhecimento no haja sido o objeto nico e principal do ato que o contm.

    Ainda sob a gide da legislao acima, reconhecida a paternidade em sentena de primeiro grau, possvel serem fixados alimentos provisionais, nos termos do artigo 7.

    DA PARTILHA E DO PATRIMNIO COMUM NO CONCUBINATO A lei assegura o direito partilha do patrimnio do esforo comum, na

    constncia do concubinato.

    "Comprovada a existncia de sociedade entre concubinos, cabvel a sua dissoluo, com partilha do patrimnio adquirido pelo esforo comum."

    "Para ocorrncia da sociedade de fato, no h mister de que a contribuio da concubina se d necessariamente com entrega de dinheiro ao concubino; admite-se para tanto que a sua colaborao possa decorrer das prprias atividades exercidas no recesso do lar (administrao da casa, criao e educao dos filhos)."

    Com o advento da Lei N 8971 de 29 de dezembro de 1994, no tocante sucesso, estabeleceu o artigo 2 que o companheiro ou a companheira participaro da sucesso, nas seguintes condies:

    I - o (a) companheiro (a) sobrevivente ter direito, enquanto no constituir nova unio, ao usufruto da quarta parte dos bens do de cujus, se houver filhos deste ou comuns;

    II - o (a) companheiro (a) sobrevivente ter direito, enquanto no constituir nova unio, ao usufruto da metade dos bens do de cujus, se no houver filhos, embora

  • sobrevivam ascendentes;

    III - na falta de descendentes e de ascendentes, o (a) companheiro (a) sobrevivente ter direito totalidade da herana.

    O artigo 3 menciona que:

    "Quando os bens deixados pelo (a) autor (a) da herana resultarem de atividade em que haja colaborao do (a) companheiro (a), ter o sobrevivente direito metade dos bens". (Autor da herana o falecido.)

    O direito meao acima mencionado, como os demais direitos, haver necessidade de provar a relao concubinria, ou seja, o decurso de prazo dessa relao existente h mais de cinco anos e a colaborao efetiva do companheiro ou da companheira, na formao do patrimnio objeto da herana deixado pelo falecido ou pela falecida.

    A recente Lei n 9278/96, regulando o pargrafo 3 do artigo 226 da Constituio Federal, criou uma nova denominao do concubinato, reconheceu definitivamente a sociedade de fato, a unio estvel, passando a denominar a unio livre entre um homem e uma mulher de "conviventes" (artigos 1 e 2).

    No tocante aos bens adquiridos pelo esforo comum dos "conviventes" na constncia da "unio estvel" a ttulo oneroso, ampliou as disposies contidas na Lei n 8971/94, passando de bens no casamento, salvo, evidentemente, estipulao contrria em contrato escrito.

    DOS ALIMENTOS No artigo 7 reiterou a questo dos alimentos prevista tambm na Lei n

    8971/94, conferindo ainda no pargrafo nico, ao "convivente" sobrevivente o direito real de habitao, enquanto viver e no constituir nova unio ou casamento.

    DA COMPETNCIA Outra novidade da Lei 9278/96 foi com relao a competncia, definindo no

    artigo 9 que toda matria relativa a "unio estvel" passa a ser apreciada pela Vara da Famlia, assegurando o segredo de Justia, tal como ocorre no casamento.

    O CONCUBINATO E O ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Institudo pela Lei n 8069 de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criana e do Adolescente conferiu os seguintes direitos aos concubinos:

    a- Permanncia dos vnculos de filiao entre o adotado e o cnjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes, e um dos cnjuges ou concubinos adota o filho do outro, nos termos do art. 41, pargrafo 1.;

    b- Os concubinos podem adotar, desde que um deles tenha completado 21 anos de idade, devidamente comprovada a unio estvel, nos termos do art. 42, pargrafo 2.;

    c- Reconhecimento pelos pais, conjunta ou separadamente, dos filhos havidos fora do casamento, no prprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura pblica ou outro documento pblico, qualquer que seja a origem da filiao, nos termos do art. 26;

    d- Direito de guarda do filho havido do concubinato, bem como o direito de

  • guarda do filho alheio e de adoo pelos concubinos, nos termos do j mencionado art. 42, pargrafo 2.

    CONCUBINATO E A SEPARAO DE CORPOS possvel no concubinato o pedido de separao de corpos, como medida

    cautelar inominada. Com relao ao pedido, existem inmeros julgados, j que o assunto no est inserido em nenhuma legislao prpria, fundando-se apenas no preceito constitucional (art. 226, pargrafo 3 CF), embora tambm a matria no seja especfica. O texto Concubinato foi retirado da cartilha do projeto OAB vai escola disponvel em: http://www2.oabsp.org.br/asp/cartilha/concubinato.asp - acesso em 02/09/07.

  • Direito do Consumidor O que cdigo de defesa do consumidor?

    uma lei de ordem pblica que estabelece direitos e obrigaes de consumidores e fornecedores, com o fim de evitar que os consumidores sofram qualquer tipo de prejuzo.

    Uma lei de ordem pblica no pode ser contrariada nem por acordo entre as partes. CDIGO DO CONSUMIDOR - LEI N 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

    TTULO I Dos Direitos do Consumidor

    CAPTULO I Disposies Gerais

    Art. 1 O presente cdigo estabelece normas de proteo e defesa do consumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal e art. 48 de suas Disposies Transitrias.

    Quem so os consumidores?

    Pode ser uma pessoa, vrias pessoas ou ainda empresas que compram ou utilizam produtos e servios, para uso prprio.

    Existe ainda a figura dos consumidores por equiparao, sedo que esse podem ser tanto a COLETIVIDADE como a pessoa que mesmo sem ter praticado os atos do consumo prejudicada pela relao que equipara-se ao consumo (ex.: o terceiro atingido pelo acidente de consumo ou a pessoa que tem a abertura de conta em seu nome sem jamais tela requerido)

    Art. 2 Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como destinatrio final. Pargrafo nico. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo.

    E os fornecedores, quem so?

    So empresas ou pessoas que produzem, montam, criam, constroem, transformam, importam, exportam, distribuem ou vendem produtos ou servios.

    Art. 3 Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios.

    O que produto?

    qualquer bem mvel (ex.: carro, eletrodomsticos, sof etc.) ou imvel (ex.: casa, terreno, apartamento etc.).

    1 Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial.

    O que servio? qualquer trabalho prestado, pago, inclusive servios pblicos, bancrios,

    financeiros, de crditos e de seguros. 2 Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,

  • mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.

    CAPTULO II

    Da Poltica Nacional de Relaes de Consumo Art. 4 A Poltica Nacional das Relaes de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparncia e harmonia das relaes de consumo, atendidos os seguintes princpios: (Redao dada pela Lei n 9.008, de 21.3.1995) I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos criao e desenvolvimento de associaes representativas; c) pela presena do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e servios com padres adequados de qualidade, segurana, durabilidade e desempenho. III - harmonizao dos interesses dos participantes das relaes de consumo e compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econmico e tecnolgico, de modo a viabilizar os princpios nos quais se funda a ordem econmica (art. 170, da Constituio Federal), sempre com base na boa-f e equilbrio nas relaes entre consumidores e fornecedores; IV - educao e informao de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas melhoria do mercado de consumo; V - incentivo criao pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurana de produtos e servios, assim como de mecanismos alternativos de soluo de conflitos de consumo; VI - coibio e represso eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrncia desleal e utilizao indevida de inventos e criaes industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuzos aos consumidores; VII - racionalizao e melhoria dos servios pblicos; VIII - estudo constante das modificaes do mercado de consumo. Art. 5 Para a execuo da Poltica Nacional das Relaes de Consumo, contar o poder pblico com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidor carente; II - instituio de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor, no mbito do Ministrio Pblico; III - criao de delegacias de polcia especializadas no atendimento de consumidores vtimas de infraes penais de consumo; IV - criao de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a soluo de litgios de consumo; V - concesso de estmulos criao e desenvolvimento das Associaes de Defesa do Consumidor.

  • 1 (Vetado). 2 (Vetado).

    Os direitos bsicos do consumidor

    O Cdigo de Defesa do Consumidor enumera os direitos bsicos do consumidor. No entanto, outras situaes que venham a causar prejuzos tambm esto

    previstas pelo Cdigo. So direitos do consumidor:

    1. Proteo da vida e da sade; 2. Educao para o Consumo; 3. Escolha de produtos e servios; 4. Informao; 5. Proteo contra publicidade enganosa e abusiva; 6. Proteo Contratual; 7. Indenizao; 8. Acesso Justia; 9. Facilitao de defesa de seus direitos; 10. Qualidade dos servios pblicos.

    CAPTULO III Dos Direitos Bsicos do Consumidor

    Art. 6 So direitos bsicos do consumidor: I - a proteo da vida, sade e segurana contra os riscos provocados por prticas no fornecimento de produtos e servios considerados perigosos ou nocivos; (vide: SEO I Da Proteo Sade e Segurana) II - a educao e divulgao sobre o consumo adequado dos produtos e servios, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contrataes; III - a informao adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios, com especificao correta de quantidade, caractersticas, composio, qualidade e preo, bem como sobre os riscos que apresentem; IV - a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra prticas e clusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e servios; V - a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes desproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; VI - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos rgos judicirios e administrativos com vistas preveno ou reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteo Jurdica, administrativa e tcnica aos necessitados; VIII - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincias; IX - (Vetado);

    O que servio pblico? So aqueles que atendem a populao de modo geral: transportes, gua, esgotos,

    telefone, luz, correios. Geralmente prestados por empresas pblicas.

  • Os servios pblicos devem ser adequados e eficazes. um direito do consumidor. O prestador de um servio pblico tambm fornecedor.

    X - a adequada e eficaz prestao dos servios pblicos em geral. Art. 7 Os direitos previstos neste cdigo no excluem outros decorrentes de tratados ou convenes internacionais de que o Brasil seja signatrio, da legislao interna ordinria, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princpios gerais do direito, analogia, costumes e eqidade. Pargrafo nico. Tendo mais de um autor a ofensa, todos respondero solidariamente pela reparao dos danos previstos nas normas de consumo.

    CAPTULO IV

    Da Qualidade de Produtos e Servios, da Preveno e da Reparao dos Danos

    Proteo da vida e da sade O Cdigo de Defesa do Consumidor se preocupa com a proteo da vida, sade e

    segurana do consumidor contra produtos e servios perigosos ou nocivos que ofeream riscos.

    Produtos perigosos por natureza como, por exemplo, inseticidas e lcool, devem ser acompanhados por impressos prprios que tragam todas as informaes necessrias sobre seu uso, composio, antdoto e toxicidade.

    Se depois que o produto for colocado venda o fornecedor tiver conhecimento de seu perigo, dever imediatamente comunicar s autoridades competentes e aos consumidores, atravs de anncios publicitrios em rdio, TV, jornal.

    E, portanto, direito do consumidor a informao sobre a quantidade, caractersticas, composio, preo e riscos que porventura o produto apresentar.

    SEO I Da Proteo Sade e Segurana

    Art. 8 Os produtos e servios colocados no mercado de consumo no acarretaro riscos sade ou segurana dos consumidores, exceto os considerados normais e previsveis em decorrncia de sua natureza e fruio, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hiptese, a dar as informaes necessrias e adequadas a seu respeito. Pargrafo nico. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informaes a que se refere este artigo, atravs de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. Art. 9 O fornecedor de produtos e servios potencialmente nocivos ou perigosos sade ou segurana dever informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuzo da adoo de outras medidas cabveis em cada caso concreto. Art. 10. O fornecedor no poder colocar no mercado de consumo produto ou servio que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade sade ou segurana. 1 O fornecedor de produtos e servios que, posteriormente sua introduo no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, dever comunicar o fato imediatamente s autoridades competentes e aos consumidores, mediante anncios publicitrios. 2 Os anncios publicitrios a que se refere o pargrafo anterior sero veiculados na imprensa, rdio e televiso, s expensas do fornecedor do produto ou servio.

  • 3 Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou servios sade ou segurana dos consumidores, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero inform-los a respeito. Art. 11. (Vetado).

    SEO II

    Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Servio Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao e riscos. 1 O produto defeituoso quando no oferece a segurana que dele legitimamente se espera, levando-se em considerao as circunstncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentao; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a poca em que foi colocado em circulao. 2 O produto no considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado. 3 O fabricante, o construtor, o produtor ou importador s no ser responsabilizado quando provar: I - que no colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Art. 13. O comerciante igualmente responsvel, nos termos do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador no puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificao clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - no conservar adequadamente os produtos perecveis. Pargrafo nico. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poder exercer o direito de regresso contra os demais responsveis, segundo sua participao na causao do evento danoso. Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos. 1 O servio defeituoso quando no fornece a segurana que o consumidor dele pode esperar, levando-se em considerao as circunstncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a poca em que foi fornecido. 2 O servio no considerado defeituoso pela adoo de novas tcnicas. 3 O fornecedor de servios s no ser responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o servio, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

  • 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais ser apurada mediante a verificao de culpa. Art. 15. (Vetado). Art. 16. (Vetado). Art. 17. Para os efeitos desta Seo, equiparam-se aos consumidores todas as vtimas do evento.

    A reparao dos danos

    1) Sempre que o produto ou um servio causar um acidente o responsvel ser: - o fabricante ou produtor - o construtor - o importador - o prestador de servios

    Na impossibilidade de identificao do fabricante, produtor, construtor, ou do importador, o responsvel passa a ser:

    - o comerciante. 2) Se o produto apresentar um defeito (por ex.: sua mquina de lavar no

    funciona) voc poder reclamar a qualquer um dos fornecedores: - comerciante - fabricante ou produtor - construtor - importador.

    As opes do consumidor:

    1) Quando houver defeito de fabricao do produto o fornecedor tem 30 dias para corrigir o defeito. Depois desse prazo quem escolhe o consumidor, que poder exigir:

    a) a troca do produto ou b) o abatimento no preo ou c) o dinheiro de volta, corrigido monetariamente.

    2) Havendo defeito na prestao do servio o consumidor poder exigir:

    a) que o servio seja feito novamente, sem qualquer custo, ou b) abatimento no preo, ou c) devoluo do valor pago, em dinheiro, com correo monetria.

    3) Se o problema a quantidade do produto, o consumidor poder exigir:

    a) troca do produto ou b) abatimento no preo, ou c) pedir que a quantidade seja completada de acordo com a indicada no rtulo ou solicitada pelo consumidor, ou: d) o dinheiro de volta, corrigido monetariamente.

    SEO III

    Da Responsabilidade por Vcio do Produto e do Servio Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza,

  • podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas. 1 No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha: I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso; II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preo. 2 Podero as partes convencionar a reduo ou ampliao do prazo previsto no pargrafo anterior, no podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adeso, a clusula de prazo dever ser convencionada em separado, por meio de manifestao expressa do consumidor. 3 O consumidor poder fazer uso imediato das alternativas do 1 deste artigo sempre que, em razo da extenso do vcio, a substituio das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou caractersticas do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 4 Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do 1 deste artigo, e no sendo possvel a substituio do bem, poder haver substituio por outro de espcie, marca ou modelo diversos, mediante complementao ou restituio de eventual diferena de preo, sem prejuzo do disposto nos incisos II e III do 1 deste artigo. 5 No caso de fornecimento de produtos in natura, ser responsvel perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 6 So imprprios ao uso e consumo: I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos vida ou sade, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricao, distribuio ou apresentao; III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vcios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, seu contedo lquido for inferior s indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitria, podendo o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha: I - o abatimento proporcional do preo; II - complementao do peso ou medida; III - a substituio do produto por outro da mesma espcie, marca ou modelo, sem os aludidos vcios; IV - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos. 1 Aplica-se a este artigo o disposto no 4 do artigo anterior. 2 O fornecedor imediato ser responsvel quando fizer a pesagem ou a medio e o instrumento utilizado no estiver aferido segundo os padres oficiais. Art. 20. O fornecedor de servios responde pelos vcios de qualidade que os tornem imprprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por

  • aqueles decorrentes da disparidade com as indicaes constantes da oferta ou mensagem publicitria, podendo o consumidor exigir, alternativamente e s