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1/32 LEI Nº 184 DE 20 DE JUNHO DE 1969. Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Arujá A CÂMARA DO MUNICIPIO DE ARUJÁ, DO ESTADO DE SÃO PAULO, DECRETA, E EU, BENJAMIN MANOEL, PREFEITO, E CONSIDERANDO O QUE DISPÕE O INCISO III DO ART. 2º DA LEI Nº 9842, DE 19 DE SETEMBRO DE 1967, PROMULGO A SEGUINTE LEI: TITULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos do Município de Arujá. Art. 2º Para os efeitos deste Estatuto, funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público, para os efeitos deste Estatuto, é o criado por lei em número certo, com denominação própria e pago pelos cofres do Município. Art. 4º O vencimento dos cargos públicos obedecerá a padrões fixados em lei. Art. 5º É vedada a prestação de serviços gratuitos. Art. 6º Os cargos são considerados de carreira ou isolados. Parágrafo único. São de carreira a que se integram em classes e correspondem a uma profissão; isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função. Art. 7º Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão em atividade e de igual padrão de vencimentos. Art. 8º Carreira é um agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade, com denominação própria. § 1º As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento. § 2º Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem ser cometidas, indistintamente, aos funcionários e suas diferentes classes. § 3º É vedado atribuir-se ao funcionário encargos ou serviços diferentes do que os próprios de sua carreira ou cargo e que como tais sejam definidas em lei ou regulamento. § 4º Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras, quanto as suas atribuições funcionais. Art. 9º Quadro administrativo é um conjunto de carreiras e cargos isolados.

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LEI Nº 184 DE 20 DE JUNHO DE 1969.

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Arujá

A CÂMARA DO MUNICIPIO DE ARUJÁ, DO ESTADO DE SÃO PAULO, DECRETA, E EU, BENJAMIN MANOEL, PREFEITO, E CONSIDERANDO O QUE DISPÕE O INCISO III DO ART. 2º DA LEI Nº 9842, DE 19 DE SETEMBRO DE 1967, PROMULGO A SEGUINTE LEI:

TITULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos do Município de Arujá.

Art. 2º Para os efeitos deste Estatuto, funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Cargo público, para os efeitos deste Estatuto, é o criado por lei em número certo, com denominação própria e pago pelos cofres do Município.

Art. 4º O vencimento dos cargos públicos obedecerá a padrões fixados em lei.

Art. 5º É vedada a prestação de serviços gratuitos.

Art. 6º Os cargos são considerados de carreira ou isolados.

Parágrafo único. São de carreira a que se integram em classes e correspondem a uma profissão; isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.

Art. 7º Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão em atividade e de igual padrão de vencimentos.

Art. 8º Carreira é um agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade, com denominação própria.

§ 1º As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.

§ 2º Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem ser cometidas, indistintamente, aos funcionários e suas diferentes classes.

§ 3º É vedado atribuir-se ao funcionário encargos ou serviços diferentes do que os próprios de sua carreira ou cargo e que como tais sejam definidas em lei ou regulamento.

§ 4º Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras, quanto as suas atribuições funcionais.

Art. 9º Quadro administrativo é um conjunto de carreiras e cargos isolados.

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Art. 10. Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observadas as condições prescritas em lei ou regulamento.

Art. 11. Os cargos de carreira serão provimento efetivo; os isolados serão de provimento efetivo ou em comissão, segundo a lei que os criar.

TITULO II

DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA

CAPITULO I DO PROVIMENTO

Art. 12. Provimento é o ato de preenchimento do cargo público.

Art. 13. Os cargos serão providos por:

I – Nomeação; II – Promoção; III - Transferência; IV – Reintegração; V – Readmissão; VI – Reversão; VII – Aproveitamento

Art. 14. São requisitos para o provimento do cargo público:

I – ser brasileiro; II – ter completado 18 anos de idade; III – estar em gozo dos direitos políticos; IV – estar quite com as obrigações militares; V – ter bom procedimento; VI – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica; VII – possuir aptidão para o exercício da função; VIII – ter atendido às condições especiais prescritas para determinados cargos ou carreiras; IX – ter-se habilitado previamente em concurso

CAPITULO II

DA NOMEAÇÃO

SECÇÃO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 15. A nomeação é o ato pelo qual a Autoridade Municipal admite o cidadão para o exercício de cargo público, e será feita:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de carreira; II – em comissão, quando se tratar de cargo isolado que em virtude de lei assim deva ser provido; III – em substituição, observado o disposto no Capítulo X, Título II, deste Estatuto.

Parágrafo único. A nomeação em substituição não excederá 2 (dois) anos, exceto no caso de cargo isolado ou de carreira cujo titular esteja afastado por impedimento legal.

Art. 16. Entende-se por Autoridade Municipal, para os fins deste Estatuto, ao Prefeito Municipal ou ao Presidente da Câmara Municipal, conforme o caso.

Art. 17. A nomeação obedecerá à ordem de classificação dos candidatos habilitados em concurso.

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Art. 18. Estágio Probatório é o período de 2 (dois) anos de efetivo exercício do funcionário nomeado em virtude de concurso, durante o qual é aprovada a conveniência ou não de sua conformação.

§ 1º No período de estágio probatório apurar-se-ão os seguintes requisitos:

I – idoneidade moral; II – assiduidade; III – disciplina; IV – eficiência; V – sanidade mental comprovada

§ 2º Compete à secção pessoal a informação aos chefes competentes, do prazo do estágio probatório relativo a cada funcionário, 60 (sessenta) dias antes de seu término.

§ 3º Os chefes de repartição ou serviços em que sirvam funcionários sujeitos ao estágio probatório, 50 (cinquenta) dias antes do término deste, informação ao Diretor a este à Autoridade Municipal, sobre esses funcionários, tendo em vista os requisitos enumerados nos itens I à IV do parágrafo 1º, e opinarão a favor ou contra a confirmação.

§ 4º Dessa informação, se contrária, será dada vista ao estagiário, pelo prazo de 5 (cinco) dias, com igual prazo para apresentação de defesa.

§ 5º Julgado a informação, o parecer e a defesa, a Autoridade Municipal, se julgar aconselhável à exoneração do funcionário, determinará a lavratura do respectivo decreto ou ato.

§ 6º Se o despacho da Autoridade Municipal for favorável à permanência do funcionário a confirmação não dependerá de qualquer novo ato.

§ 7º A apuração dos requisitos de que trata este Art. deverá processar-se de modo que a exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o período de estágio

Art. 19. A conclusão do estágio implicará na efetivação automática do funcionário e independerá de qualquer ato.

SECÇÃO II

DO CONCURSO

Art. 20. Concurso é o processo de seleção exigido para o ingresso no funcionalismo público

Art. 21. A primeira investidura em cargo de carreira ou isolada efetuar-se-á mediante concurso

Art. 22. Os cargos públicos são acessíveis e todos os brasileiros preenchidos os requisitos que a lei estabelecer

§ 1º A nomeação para o cargo público exige a aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos

§ 2º Prescinde de concurso à nomeação para cargos em comissão declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.

Art. 23. Os concursos para provimento dos cargos públicos serão obrigatoriamente realizados de conformidade com as condições prescritas em lei ou regulamento

Art. 24. Compete ao Diretor de Departamento comunicar por escrito à Autoridade Municipal a existência de cargo vago, que devam ser providos por concurso, dentro de 30 (trinta) dias da vacância.

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Art. 25. O exercício interino de cargo cujo provimento dependa de concurso não isenta dessa exigência, para nomeação efetiva, o seu ocupante, qualquer que seja o tempo de serviço.

Art. 26. Os cargos isolados, de provimento efetivo, que se vagarem antes de serem preenchidos por concurso, poderão ser providos por funcionários efetivos de outros cargos isolados ou de finais de carreira, de menor ou igual remuneração, respeitada a habilitação necessária ao desempenho do cargo.

Art. 27. A abertura do concurso far-se-á por edital, publicado no Diário Oficial do Estado com publicação mínima de três (três) dias e no lugar de costume no Paço Municipal, no qual conste o prazo de inscrição, nunca inferior a 10 (dez) dias.

Art. 28. São condições para inscrição em concurso:

I – ser brasileiro; II – idade mínima de 18 e máxima de 35 anos; III – estar em gozo dos direitos políticos; IV – estar quite com as obrigações militares; V – ter bom procedimento; VI – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica; VII – atender às condições especiais prescritas para o provimento de cargo

Art. 29. Poderão inscrever-se também nos concursos, os servidores já efetivados em qualquer caso e que pretendam concorrer a vagas existentes em padrões superiores, sem observância do limite de idade.

Parágrafo único. Aplicar-se-á a esses servidores, o mesmo sistema de contagem de pontos estabelecidos para os interinos.

Art. 30. Encerradas as inscrições, legalmente processadas, para concurso de investidura de qualquer cargo, não se abrirão novas antes de sua realização.

Art. 31. Os concursos serão realizados anualmente, a partir do mês subsequente ao da efetivação das promoções.

Art. 32. As provas qualquer que seja sua forma versarão sobre a matéria diretamente relacionada com as atribuições do cargo em concurso e serão de avaliação objetiva destinada a revelar a capacidade do candidato, seus conhecimentos, aptidões e formação profissional.

§ 1º As questões de provas serão organizadas por uma Comissão de Concurso, constituída de funcionários estáveis, nomeada pela Autoridade Municipal.

§ 2º A Comissão de Concurso referida no parágrafo anterior será composta de 3 (três) membros e terá por finalidade a organização geral dos concursos, podendo nesse senhor, solicitar e requisitar a cooperação de elementos técnicos do Poder Público Municipal que julgar necessário, bem como de elementos estranhos ao quadro municipal, mediante autorização da Autoridade Municipal competente.

§ 3º Não poderá participar da Comissão qualquer pessoa que tenha lecionado a candidatos em concursos especiais destinados ao concurso, sob pena de nulidade do mesmo.

§ 4º Todas as atribuições relativas ao concurso, desde o seu inicio até a sua finalidade são de competência exclusiva da Comissão prevista neste Art.

Art. 33. Nos concursos que além das provas serão considerados os títulos, poderão ser reconhecidos:

a) grau de formação profissional, pela frequência ou conclusão de cursos em vários tipos, segundo a natureza das exigências do cargo em concurso;

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b) a experiência de trabalho; c) os trabalhos publicados; d) outras atividades consideradas reveladoras de capacidade do candidato.

Parágrafo únicos títulos serão devidamente comprovados e deverão guardar direta relação com as atribuições dos cargos em concurso

Art. 34 A classificação dos candidatos resultará:

a) os concursos somente de provas, da média geral das provas; b) nos concursos de provas e títulos, da média geral das provas somada aos pontos obtidos nos títulos.

Parágrafo único. Ao concorrente habilitado, que seja servidor interino, será computado os pontos que o Art. 38º lhes atribui.

Art. 35. Se na realização do concurso ocorrer irregularidades insanáveis ou preterição de formalidades substancial que possa afetar o seu resultado, terá qualquer candidato o direito de recorrer a Autoridade Municipal a qual ouvida a Comissão de Concurso, proferirá decisão anulando-o, parcial ou totalmente, promovendo, se for o caso, a apuração da responsabilidade dos culpados.

Parágrafo único. O recurso previsto neste Art. poderá ser interposto até o quinto dia após a publicação do resultado.

Art. 36. O concurso uma vez aberto deverá estar homologado no prazo de 12 (doze) meses.

Parágrafo único. Homologado o concurso serão exonerados todos os interinos.

Art. 37. Em caso de empate na classificação terá preferência para a nomeação na ordem abaixo:

a) o candidato casado, ou viúvo, que tiver maior número de filhos; b) o candidato casado

§ 1º Não será considerado, para efeito deste Art., o estado de casado, desde que um dos cônjuges seja funcionário municipal.

§ 2º Também não serão considerados, para o mesmo efeito, os filhos maiores ou os que exerçam qualquer atividade remunerada.

Art. 38. O candidato poderá concorrer a mais de um cargo desde haja compatibilidade de horário para as respectivas provas.

SECÇÃO III DA POSSE

Art. 39. Posse é a investidura em cargo público, ou função gratificada.

Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.

Art. 40. São competentes de dar posse:

I – O Prefeito, aos Diretores de Departamentos e aos funcionários de seu Gabinete; II – O Presidente da Câmara ao Diretor de Secretaria; III – Os Diretores aos servidores que lhes sejam subordinados.

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Art. 41. A posse verificar-se-á mediante assinatura pela autoridade competente e pelo funcionário, de um termo em que este promete cumprir fielmente os deveres do cargo e as exigências deste Estatuto.

§ 1º No ato da posse, o funcionário fará, em caráter confidencial, a sua declaração de bens.

§ 2º A declaração será apresentada em envelope lacrado, autenticado pelo funcionário e pela autoridade competente para empossar, e guardado em arquivo especial no órgão encarregado do pessoal.

§ 3º Só por determinação de comissão de inquérito é que essas declarações se tornarão públicas

§ 4º A transgressão ao que estatui o parágrafo anterior envolve responsabilidade sujeita a penalidade administrativa

§ 5º A declaração de bens será devida uma única vez e por ocasião da primeira posse.

Art. 42. A posse deverá verificar-se no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da publicação do ato de provimento.

§ 1º Este prazo poderá ser prorrogado até 60 (sessenta) dias, por solicitação escrita do interessado e mediante ato fundamentado da autoridade competente.

§ 2º Se a posse não se der dentro do prazo inicial ou da prorrogação será tornada sem efeito, por decreto, a nomeação.

Art. 43. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade se forem satisfeitas as condições estabelecidas em lei ou regulamento para a investidura no cargo.

SECÇÃO IV DA FIANÇA

Art. 44. A fiança é garantia dada pelo funcionário que tenha dinheiro, títulos e valores sob sua guarda ou responsabilidade.

Art. 45. O funcionário nomeado para o cargo cujo provimento depende de fiança, não poderá entrar em exercício sem a prévia satisfação dessa exigência.

§ 1º A fiança poderá ser prestada:

I – em dinheiro; II – em títulos da dívida pública; III – em apólice de seguro de fidelidade funcional, emitida pôs instituto oficial ou empresa legalmente autorizada; IV – em carta de fiança subscrita por pessoa reconhecidamente idônea.

§ 2º Não se admitirá o levantamento de fiança, antes de tomadas as contas do funcionário.

SECÇÃO V

DO EXERCÍCIO

Art. 46. O exercício é a prática de atos inerentes à função pública, caracterizando-se pela frequência e pela prestação de serviços no cargo.

Art. 47. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do funcionário.

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Art. 48. Os Diretores são autoridades competentes para dar exercício ao funcionário lotado em suas repartições.

Art. 49. O exercício do cargo ou função terá início no prazo de 30 (trinta) dias, contudo:

I – da data da posse; II – da data de publicação oficial do ato, em qualquer outro caso.

§ 1º O prazo previsto neste Art. poderá ser prorrogado por solicitação do interessado e a juízo da autoridade competente até o máximo de 30 (trinta) dias

§ 2º O prazo inicial para o funcionário em férias ou licenciamento será da data em que voltar ao serviço

Art. 50. O funcionário nomeado deverá ter exercício na repartição em cuja lotação houver claro.

Parágrafo único. O funcionário promovido poderá continuar em exercício na repartição em que estiver servido, desde que seja procedida a relotação de cargo, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de provimento.

Art. 51. Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquela em que estiver lotado, salvo nos casos previstos neste Estatuto ou mediante prévia autorização da Autoridade Municipal.

Parágrafo único. Nesta última hipótese, o afastamento do funcionário só será permitido para fim determinado e por prazo certo.

Art. 52. Entende-se por lotação o número de servidores que deve ter exercício em cada repartição.

Art. 53. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao assentamento individual.

Art. 54. O funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo estabelecido neste Estatuto será exonerado do cargo.

Art. 55. Salvo os previstos no presente Estatuto, o funcionário que interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias consecutivos será demitido por abandono do cargo.

Art. 56 O funcionário preso preventivamente pronunciado por crime comum ou denunciado por crime funcional ou, ainda condenado por crime inafiançável em processo no qual haja pronuncia, será considerado afastado do exercício, até decisão final passada em julgado.

CAPÍTULO III

DA PROMOÇÃO

Art. 57. Promoção é o acesso do funcionário dentro da respectiva carreira, a cargo de classe imediatamente superior aquela a que pertence.

Art. 58. A promoção obedecerá ao critério de antiguidade de classe e ao de merecimento, alternadamente, salvo a classe final de carreira, em que será feita à razão de 1/3 por antiguidade e 2/3 por merecimento.

Art. 59. Na promoção por merecimento à classe de qualquer carreira, concorrerão os funcionários, colocados por ordem de antiguidade, da classe imediatamente inferior.

Art. 60. As promoções serão realizadas anualmente desde que verificadas a existência de vaga.

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§ 1º Quando não decreta no prazo legal, a promoção produzirá seus efeitos a partir do último dia do respectivo ano.

§ 2º Para todos os efeitos será considerado promovido o funcionário que vier a falecer sem que tenha sido decretada no prazo legal, a promoção que lhe cabia por antiguidade ou merecimento.

Art. 61. Não poderá ser promovido o funcionário em estágio probatório.

Art. 62. A cada funcionário promovido será expedido novo título.

Art. 63. O funcionário promovido poderá continuar em exercício na repartição em que estiver servindo, feita, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do exercício, a necessária comunicação.

Art. 64. Os direitos e vantagens que decorrem da promoção serão contados a partir da publicação do respectivo decreto ou ato.

Parágrafo único. Ao funcionário que não estiver em efetivo exercício, só se abonarão a vantagens a partir da data da reassunção.

Art. 65. Será declarada sem efeito a promoção indevida, e, no caso promovido quem de direito.

§ 1º Os efeitos desta promoção retroagirão à data da que foi anulada.

§ 2º O funcionário promovido indevidamente não ficará obrigado à restituição, ressalvadas a hipótese de dolo ou má fé do interessado.

Art. 66. É vedado ao funcionário pedir por qualquer forma sua promoção.

Parágrafo único. Não se compreende nesta proibição os pedidos de reconsideração às decisões.

Art. 67. A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo exercício na classe.

§ 1º Havendo fusão de classes, a antiguidade abrangerá o efetivo exercício na classe anterior.

§ 2º O tempo líquido do exercício interino, continuado ou não, será contado como antiguidade de classe, quando o funcionário for nomeado em virtude de concurso para o mesmo cargo.

Art. 68. Para efeito de apuração de antiguidade de classe será considerado como de efetivo exercício o afastamento por:

I – férias; II – casamento até 8 (oito) dias; III – luto até 8 (oito) dias, por falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmãos e sogros; IV – luto até 2 (dois) dias por falecimento de tios e cunhados; V – exercício em outro cargo municipal de provimento em comissão; VI – convocação para o serviço militar; VII – júri e outros serviços obrigatórios por lei; VIII – desempenho de função legislativa federal, estadual ou municipal; IX – licença especial; X - licença a funcionária gestante; ao funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional; atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia ou cardiopatia grave; XI – missão de estudos no estrangeiro ou no território nacional, quando o afastamento tiver sido expressamente autorizado pela Autoridade Municipal.

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Parágrafo único. Computar-se-ão ainda as faltas, até 3 (três) durante o mês, motivada por doença comprovada em inspeção médica.

Art. 69. Quando houver empate na classificação por antiguidade, terá preferência o funcionário de maior tempo de serviço público, de maior prole e o mais idoso, sucessivamente.

Art. 70. Será apurado em dias o tempo de exercício na classe para efeito de antiguidade.

Art. 71. Compete à secção pessoal processar as promoções, devendo fazer afixar a lista de classificação geral, pelo menos 15 (quinze) dias antes da homologação pela Autoridade Municipal de modo que venha a ser de conhecimento pleno de todos os interessados.

Parágrafo único. Da lista de classificação geral no processamento das promoções caberá recurso ou impugnação do funcionário à Autoridade Municipal no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de afixação da referida lista.

CAPÍTULO IV

DA TRANFERÊNCIA E DA REMOÇÃO

Art. 72. Transferência é a mudança do funcionário de um para outro cargo; remoção é mudança do funcionário de uma para outra repartição ou de um para outro órgão.

Art. 73. A transferência far-se-á:

I – a pedido do funcionário, atendida a conveniência do serviço; II – “ex-officio”, no interesse da administração; III – a transferência só se efetivará respeitada sempre a habilitação profissional do funcionário para as funções do cargo.

Parágrafo único. A transferência para o cargo de carreira ou para cargo isolado só poderá ser feita no mês seguinte ao processamento das promoções.

Art. 74. O funcionário poderá ser transferido:

I – de uma para outra carreira; II – de um cargo isolado de provimento efetivo para outro cargo de carreira; III – de um cargo de carreira para outro isolado de provimento efetivo; IV – de um cargo isolado de provimento efetivo para outro da mesma natureza

Parágrafo único. No caso do item III a transferência só poderá ser feita a pedido escrito do funcionário.

Art. 75. São condições indispensáveis para a transferência:

a) para os casos previstos nos itens I e II do Art. anterior, o parecer do Diretor ao qual esteja subordinado o funcionário e a satisfação de condições de habilitação para o cargo;

b) para os casos previstos nos itens III e IV, a satisfação dos requisitos exigidos para o provimento do cargo pretendido.

Art. 76. A transferência “ex-officio “só poderá ser feita para cargo de igual remuneração“.

Art. 77. O interstício para a transferência será de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, na classe ou no cargo isolado.

Art. 78. A remoção que se processará a pedido do funcionário ou “ex-officio”, só poderá ser feita:

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I – de um para outro Departamento; II – de um para outro órgão de Departamento.

§ 1º- A remoção prevista no item I será feita mediante decreto do Prefeito ou ato do Presidente da Câmara, ouvidos os Diretores dos respectivos Departamentos; a prevista no item II, mediante ato do Diretor do Departamento.

§ 2º- A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada Departamento, salvo caso de interesse do serviço, procedendo-se então, à competente relotação dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 79. A transferência e a remoção por permuta serão processados a pedido escrito de ambos os interessados e de acordo com o prescrito neste capítulo.

CAPÍTULO V

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 80. A reintegração que decorrerá de decisão administrativa ou judiciária transitada em julgado é o reingresso no serviço público com ressarcimento de prejuízos decorrentes do afastamento e vantagens atinentes ao cargo.

Art. 81. A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado; se este houver sido transformado, a reintegração se dará no cargo resultante da transformação; se houver sido extinto, será designado para cargo equivalente ao anteriormente ocupado, atendida a habilitação profissional.

Art. 82. Reintegrado judicialmente o funcionário, quem lhe houver ocupado o lugar será destituído de plano ou reconduzido ao cargo anterior sem direito à indenização.

Art. 83. O funcionário será submetido à inspeção médica e aposentado, quando incapaz.

CAPÍTULO VI

DA READMISSÃO

Art. 84. Readmissão é o ato pelo qual o funcionário demitido ou exonerado reingresse no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos.

§ 1º O readmitido contará tempo de serviço público anterior para efeito de disponibilidade e aposentadoria.

§ 2º A readmissão dependerá de prova de capacidade, mediante inspeção médica.

Art. 85. A readmissão deverá ser feita em cargo inicial de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo, compatíveis com a habilitação profissional do admitido.

Parágrafo único. Far-se-á preferência à readmissão no cargo anteriormente ocupado ou em outro de atribuições análogas e de vencimentos ou remuneração equivalente

CAPÍTULO VII

DA REVERSÃO

Art. 86. Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, após verificação de que não substituem os motivos determinados da aposentadoria.

§ 1º A reversão far-se-á a pedido ou “ex-officio”.

§ 2º O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de 60 (sessenta) anos de idade.

§ 3º A reversão dependerá de prova de capacidade, mediante inspeção médica.

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Art. 87 A reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo.

Parágrafo único. A reversão “ex-officio” não poderá ter lugar em cargo de vencimento de remuneração inferior ao provento da inatividade.

Art. 88. A reversão dará direito, para fins de aposentadoria e disponibilidade, à contagem do tempo em que o funcionário esteve aposentado.

CAPÍTULO VIII

DO APROVENITAMENTO

Art. 89. Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade.

Art. 90. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário estável em cargo de natureza e vencimentos ou remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 91. Extinto o cargo o funcionário estável ficará em disponibilidade remunerada, com vencimentos integrais, até o seu obrigatório aproveitamento em cargo equivalente.

Parágrafo único. O aproveitamento dependerá de prova de capacidade mediante inspeção médica.

Art. 92. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga terá preferência o de maior tempo de disponibilidade, e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público.

Art. 93. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o funcionário não tomar posse no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do recebimento de aviso pessoal, salvo saco de doença comprovada em inspeção média.

Parágrafo único. Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada a aposentadoria.

CAPÍTULO IX

DA READAPTAÇÃO

Art. 94. Readaptação é a investidura em função mais compatível com a capacidade do funcionário, e dependerá sempre de inspeção médica.

Art. 95. A readaptação não acarretará decesso e nem aumento de vencimentos ou remuneração e será feita mediante transferência.

CAPÍTULO X

DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 96. Haverá substituição no impedimento de ocupante de cargo isolado, de provimento efetivo ou em comissão, e de função gratificada.

Art. 97. A substituição será automática ou dependerá de ato da Autoridade Municipal.

§ 1º A substituição automática será gratuita; quando, porém exceder de 30 (trinta) dias será remunerado e por todo o período.

§ 2º A substituição remunerada dependerá de ato da autoridade competente para nomear ou designar.

§ 3º O substituto perderá, durante o tempo da substituição, os vencimentos ou remuneração do cargo de que for ocupante efetivo, salvo no caso de função gratificada e opção.

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CAPÍTULO XI DA VACÂNCIA

Art. 98. Vacância é o estado de um cargo público que não tem titular.

Art. 99. A vacância do cargo decorrerá de:

I – exoneração; II – demissão; III – promoção; IV – transferência; V – disponibilidade; VI – aposentadoria; VII – posse em outro cargo; VIII – falecimento

Art. 100. Dar-se-á a exoneração:

I – a pedido;

II – “ex-officio”;

a) quando se tratar de cargo em comissão; b) quando não satisfeitas às condições de estágio probatório.

Art. 101. A demissão aplicar-se-á como penalidade.

TÍTULO III

DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 102. Será feita em dias a apuração do tempo de serviço.

§ 1º O número de dias será convertido em anos, considerando-se o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

§ 2º Feita à conversão, os dias restantes até 182 (cento e oitenta e dois), não serão computados, arredondando-se para 1 (um) ano, quando excederem esse número, casos de cálculo para efeito de aposentadoria.

Art. 103. Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:

I – férias; II – casamento até 8 (oito) dias; III – luto até 8 (oito) dias, por falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmãos e sogros; IV – luto até 2 (dois) dias, por falecimento de tios e cunhados; V – exercício em outro cargo municipal de provimento em comissão; VI – convocação para o serviço militar; VII – júri e outros serviços obrigatórios por lei; VIII – desempenho de função legislativa federal, estadual ou municipal; IX – licença especial; X – licença a funcionária gestante, a funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional ou moléstias enumeradas no Art. 69 do presente Estatuto; XI – missão de estudos no estrangeiro ou no território nacional, quando o afastamento tiver sido expressamente autorizado pela Autoridade Municipal; XII – afastamento, quando obrigatório por lei, em virtude de candidatura a cargo eletivo;

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XIII – o exercício, de cargos é funções, de chefia ou direção, em serviços da União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, e, de suas autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Art. 104. Para efeito de aposentaria e disponibilidade, computar-se-á integralmente:

I – o tempo de efetivo exercício em serviço público federal, estadual ou municipal; II – o período de serviço ativo nas forças armadas prestado durante a paz, computando-se pelo dobro do tempo em operações de guerra; III – o tempo de serviço prestado em autarquias, como extranumerário ou sob qualquer forma de admissão, desde que remunerada pelos cofres públicos; IV – o período de trabalhos prestado a instituições de caráter privado que tiver sido transformado em estabelecimento do serviço municipal; V – o tempo em que o funcionário esteja em disponibilidade ou aposentado

Art. 105. É vedada a acumulação do tempo de serviço prestado concomitantemente aos serviços públicos ou entidades enumeradas no Art. Anterior.

CAPÍTULO II

DA ESTABILIDADE

Art. 106. São estáveis:

I – depois de 2 (dois) anos de exercício os funcionários nomeados por concurso; II – os atuais funcionários da administração, pública municipal, centralizada ou autárquica, que completarem pelo menos 5 (cinco) anos de serviço na data da promulgação desta lei.

§ 1º O disposto neste Art. não se aplica aos cargos em comissão.

§ 2º A estabilidade diz respeito a o serviço público e não ao cargo.

Art. 107. Ninguém poderá ser efetivado ou adquirir estabilidade como funcionário se não prestar concurso público, ressalvado o disposto no item II do Art. Anterior.

Art. 108. O funcionário perderá o cargo:

I – quando estável, em virtude de sentença judiciária ou mediante processo administrativo, em que se lhe tenha assegurada ampla defesa; II – quando em estágio probatório, só será demitido do cargo após a observância do Art. 18 e parágrafos, deste Estatuto, ou mediante inquérito administrativo, quando este se impuser antes de concluído o estágio, ressalvado sempre o direito de defesa do interessado.

CAPITULO III DAS FÉRIAS

Art. 109. Férias é o período de descanso anual do funcionalismo municipal.

Art. 110. O funcionário gozará obrigatoriamente 30 (trinta) dias consecutivos de férias por ano, de acordo com a escala organizada pela secção pessoal ou repartição competente, ouvido o Diretor do respectivo Departamento a que pertence o funcionário.

§ 1º Caberá ao Diretor de Departamento providenciar no mês de dezembro a escala de férias para o ano seguinte, que poderá alterar de acordo com a conveniência do serviço.

§ 2º É proibido legar em conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3º Somente depois do primeiro ano de exercício, adquira o funcionário o direito as férias.

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§ 4º O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias úteis se o servidor, no exercício anterior, tiver:

a) mais de 8 (oito) faltas abonadas; b) considerados em conjunto mais de 5 (cinco) não comparecimentos correspondentes à faltas justificadas e injustificadas ou às licenças previstas nos itens II, V e VII do Art. 114 deste Estatuto.

Art. 111. A acumulação de férias só será permitida pelo máximo de 2 (dois) anos, assim mesmo dependendo de imperiosa necessidade de serviço.

Art. 112. Ao entrar em gozo de férias, o funcionário terá direito a perceber adiantadamente, os seus vencimentos.

Art. 113. Ao entrar em férias o funcionário comunicará ao Diretor ou à secção pessoal o seu endereço eventual.

CAPITULO IV

DAS LICENÇAS

SECÇÃO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 114. Conceder-se-á licença ao funcionário:

I – para tratamento de saúde; II – por motivo de doença em pessoa da família; III – à gestante, no caso previsto no Art. 133 deste Estatuto; IV – para serviço militar obrigatório; V – para o trato de interesse particular; VI – em caráter especial, como prêmio à assiduidade; VII – para o desempenho de mandato eletivo; VIII – à funcionária casada, no caso previsto no Art. 150 deste Estatuto.

Art. 115. Ao funcionário interino não se concederá, nessa qualidade, licença para o trato de interesse particular e em caráter especial.

Art. 116. A licença que depender de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado no laudo ou atestado.

Parágrafo único. Findo o prazo, haverá nova inspeção médica e o laudo ou atestado, concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

Art. 117 Terminada a licença, o funcionário reassumirá imediatamente o exercício, ressalvado o disposto no Parágrafo único. do Art. 118º deste Estatuto.

Art. 118. A licença poderá ser prorrogada “ex-officio “ou a pedido”“.

Parágrafo único. O pedido poderá ser apresentado antes de findo o prazo de licença; se indeferido contar-se-á como licença o período compreendido entre a data do término e a de conhecimento oficial do despacho.

Art. 119. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias, contados do término da anterior, será considerada como prorrogação.

Art. 120. O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a 2 (dois) anos, salvo nos casos previstos no item IV do Art. 114, e nos casos das moléstias previstas no Art. 130 deste Estatuto.

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Art. 121. Expirado o prazo previsto no Art. anterior o funcionário será submetido à nova inspeção médica e aposentado, se for julgado inválido para o serviço público em geral.

Parágrafo único. Na hipótese deste Art. o tempo necessário à inspeção médica será considerado como prorrogação.

Art. 122. Contar-se-á como efetivo exercício o tempo em que o funcionário estiver licenciado, exceto para o caso previsto no item V do Art. 114 deste Estatuto.

Art. 123. O funcionário em gozo de licença comunicará à Autoridade Municipal o local onde pode ser encontrado.

Art. 124. As licenças por qualquer tempo, só poderão ser concedidas pela Autoridade Municipal.

SECÇÃO II

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE.

Art. 125. A licença para tratamento de saúde será a pedido ou “ex-officio”.

Parágrafo único. Num ou noutro caso, é indispensável à inspeção médica, que deverá realizar-se sempre que necessário na residência ou funcionário.

Art. 126. Para licença até 60 (sessenta) dias, a inspeção deverá ser feita por médico oficial, e quando não foi possível, desde que com prévio assentimento da Autoridade Municipal, atestado passado por médico particular.

Art. 127. A licença superior a 60 (sessenta) dias, a critério da Autoridade Municipal, dependerá de inspeção por junta médica composta de facultativos pertencentes ao quadro do funcionalismo municipal ou especialistas designados por estes, ou ainda, por médicos previamente designados pela Autoridade Municipal.

Art. 128. Será punido disciplinarmente o funcionário que se recusar à inspeção médica, cessando os efeitos da pena logo que se verifique a inspeção.

Art. 129. Considerado apto, em inspeção médica, o funcionário reassumirá o exercício sob pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.

Parágrafo único. No curso da licença poderá o funcionário requerer inspeção médica caso se julgue em condições de reassumir o exercício.

Art. 130. A licença a funcionário atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplastia maligna, cegueira Lepra, paralisia ou cardiopatia grave, será concedida quando a inspeção médica não concluir pela necessidade imediata da aposentadoria.

Art. 131. Será integral os vencimentos ou remuneração do funcionário licenciado pra o tratamento de saúde, acidentado em serviço, atacado de doença profissional ou das moléstias indicadas no Art. Anterior.

SECÇÃO III

DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 132. O funcionário poderá obter licença por motivo de doença em pessoas de ascendente, descendente e cônjuge, provando, porém ser indispensável sua assistência pessoal e permanente, e, esta, não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.

§ 1º provar-se-á a doença mediante inspeção médica.

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§ 2º A licença de que trata este Art. se dará com 2/3 (dois terços) dos vencimentos ou remuneração até o prazo de 1 (um) ano.

SECÇÃO IV

DA LICENÇA À GESTANTE

Art. 133. À funcionária gestante, será concedida, mediante inspeção médica, licença por 4 (quatro) meses com vencimentos ou remuneração integrais.

Parágrafo único. Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação.

SECÇÃO V

DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 134. O funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos da segurança nacional Será concedido licença com vencimentos ou remuneração.

§1º A licença será concedida à vista de documento oficial que prove a incorporação.

§2º Dos vencimentos ou remuneração descontar-se-á a importância que o funcionário perceber na qualidade de incorporado, salvo se optar pelas vantagens do serviço militar.

§3º Ao funcionário desincorporado, conceder-se-á prazo não excedente de 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício sem perda dos vencimentos ou remuneração.

Art. 135. Ao funcionário, oficial da reserva das forças armadas será também concedida licença com vencimentos ou remuneração durante os estágios previstos pelos regulamentos militares, quando pelo serviço militar não perceber qualquer vantagem pecuniária.

Parágrafo único. Quando o estágio for remunerado assegurar-se-á o direito da opção.

SECÇÃO VI

DA LICENÇA PARA O TRATO DE INTERESSE PARTICULAR

Art. 136. Depois de 2 (dois) anos de efetivo exercício o funcionário poderá obter licença, sem vencimentos ou remuneração, para tratar de interesse particular, por prazo não superior a 2 (dois) anos.

§ 1º A licença será negada quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao interesse do serviço.

§ 2º O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.

Art. 137. Não será concedida licença para tratar de interesse particular ao funcionário nomeado, removido ou transferido antes de assumir o exercício.

Art. 138. Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 2 (dois) anos da terminação da anterior, desde que tenha sido gozado o prazo máximo previsto nesta secção.

Art. 139. O funcionário poderá a qualquer tempo, reassumir o exercício, desistindo da licença.

Art. 140. Concedida à licença, esta não mais poderá ser cassada pela Autoridade Municipal.

SECÇÃO VII

DA LICENÇA ESPECIAL

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Art. 141. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o funcionário gozará de licença especial de 90 (noventa) dias corridos, com todos os direitos e vantagens de seu cargo efetivo, uma vez requerida.

§ 1º No computo do tempo de serviço público efetivo serão observadas as seguintes normas:

I – entende-se como tempo de serviço público de efetivo exercício o que tenha prestado em cargo ou função, ininterruptamente ou não, em órgão de administração direta ou autárquica, apurada à vista dos registros de frequência, certidões, folhas de pagamento ou de elementos regularmente averbados no assentamento individual do funcionário; II – será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:

a) – férias; b) – casamento; c) – luto; d) – exercício em outros cargos municipais de provimento em comissão; e) – convocação para o serviço militar; f) – júri e outros serviços obrigatórios por lei; g) – desempenho de função legislativa federal, estadual ou municipal; h) – licença especial; i) – licença à funcionária gestante, ao funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional ou moléstias enumeradas no presente Estatuto; j) – missão de estudos no estrangeiro ou no território nacional quando o afastamento tiver sido expressamente autorizado pela Autoridade Municipal; l) o exercício, de cargos e funções, de chefia ou direção, em serviços da União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, e, de suas autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista; m) – afastamento em virtude de candidatura a cargo eletivo, quando obrigado por lei.

III – É vedado a acumulação de tempo de serviço prestado concomitantemente em dois ou mais cargos ou funções públicas;

§ 2º Para que o funcionário em comissão goze de licença especial, com as vantagens deste cargo, deve ter nele 2 (dois) anos de estágio;

§ 3º Não se concederá licença especial se houver o funcionário em cada quinquênio:

I – sofrido pena de suspensão; II – falta ao serviço por mais de 6 (seis) dias sem justificação, consecutivos ou não; III – gozado licença:

a) para tratamento de saúde por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias consecutivos ou não; b) por motivo de doença em pessoa da família, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias consecutivos ou não; c) para o trato de interesse particular; d) por motivo de afastamento do cônjuge, quando o funcionário ou militar, por mais de 90 (noventa) dias

Art. 142. A pedido do funcionário a licença especial poderá ser gozada em 3 (três) parcelas não inferiores a 30 (trinta) dias.

Art. 143. É facultado à Autoridade Municipal, tendo em vista, as razões de ordem pública, devidamente fundamentada, determinar dentro dos 12 (doze) meses seguintes ao pedido da apuração do direito, a data de início do gozo da licença especial no seu todo ou em parte, conforme o requerido.

Art. 144. O funcionário guardará em exercício a concessão da licença especial.

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Art. 145. Ao entrar em gozo de licença especial o funcionário terá direito a receber antecipadamente, os vencimentos correspondentes ao tempo da licença.

Art. 146. A licença especial, se assim optar o funcionário e mediante requerimento, poderá ser convertida em dinheiro.

Parágrafo único. A opção feita na forma deste Art. poderá se referir a período total, a dois terços e a um terço da licença especial a que tiver direito o funcionário.

Art. 147. Para efeito do cálculo da conversão, serão considerados os vencimentos referentes ao cargo ou função que o funcionário estiver exercendo, no ato do pagamento.

Parágrafo único. Na conversão incluir-se-ão todas as vantagens pessoais e as referentes ao cargo ou função.

Art. 148. Para efeito de aposentadoria e de adicional por tempo de serviço, será contado em dobro o tempo de licença especial que o funcionário não houver gozado.

Art. 149. Ao atual funcionário, para efeito de licença especial fica assegurada a contagem integral do tempo de serviço, desde sua posse, tendo assim direito a gozar tantas licenças especiais quantos forem os quinquênios de efetivo exercício, podendo optar na forma dos Art. 146 e 148 deste Estatuto.

SECÇÃO VIII

DA LICENÇA À FUNCIONÁRIA CASADA

Art. 150. A funcionária casada terá direito à licença sem vencimentos ou remuneração pelo prazo máximo de 2 (dois) anos, quando o marido, funcionário civil ou militar, for mandado servir "ex-officio", em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro.

Parágrafo único. A licença dependerá de requerimento devidamente instruído.

CAPITULO V

DOS VENCIMENTOS OU REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGENS

SECÇÃO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 151. Além dos vencimentos ou remuneração, o funcionário terá direito as seguintes vantagens:

I - abono anual que terá como teto o salário percebido pelo funcionário; II - diárias; III - auxilio para diferença de caixa; IV - salário família; V - auxílio doença; VI – gratificações; VII - auxílio natalidade

Art.152. Os vencimentos, remuneração ou provento do funcionário não poderá sofrer outros descontos que não forem os obrigatórios ou autorizados em lei.

SECÇÃO II

DOS VENCIMENTOS OU REMUNERAÇÃO

Art.153. Vencimento é a retribuição pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei.

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Art. 154. Remuneração é a retribuição para o funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei, acrescido das vantagens pessoais de que é titular.

Art. 155. Somente nos casos previstos em lei, poderá perceber vencimentos ou remuneração, o funcionário que não estiver no exercício do cargo.

Art. 156. Perderá os vencimentos ou remuneração do cargo efetivo o funcionário:

I - nomeado para cargo em comissão, salvo o direito de optar; II - quando no exercício de mandato eletivo remunerado ou não; III - quando designado para servir em autarquia, sociedade de economia mista ou estabelecimento de serviço público.

Parágrafo único. Ao funcionário titular de cargo técnico ou científico quando à disposição dos governos da União ou dos Estados, será licito optar pelos vencimentos ou remuneração da função federal ou estadual, sem prejuízo de gratificação concedida pela administração municipal.

Art. 157. O funcionário perderá:

I - os vencimentos ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço, salvo os casos previstos neste Estatuto; II - um terço dos vencimentos ou remuneração do dia, quando comparecer ao serviço, dentro da hora se a marcada para o inicio dos trabalhos ou quando se retirar uma hora antes de findo o período de trabalho; III - a remuneração equivalente à soma das impontualidades ou saídas do mês, desde que esta soma, exceda de três horas; IV - um terço dos vencimentos ou remuneração durante o afastamento por motivo de prisão preventiva, pronúncia por crime comum ou ainda de denúncia por crime funcional, ou ainda condenação por crime inafiançável, em processo no qual não de pronúncia com direito à diferença se absolvido; V - dois terços dos vencimentos ou remuneração durante o período de afastamento em virtude de condenação por sentença definitiva, a pena que não determine demissão.

Art. 158. Compete ao Diretor antecipar ou prorrogar o período de trabalho, quando necessário, respondendo pelos abusos que cometer.

Art.159. As reposições e indenizações ao erário municipal serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes da 10ª (décima) parte dos vencimentos ou remuneração.

Parágrafo único. Não caberá o desconto parcelado quando o funcionário solicitar exoneração ou abandonar o cargo.

Art.160. Os vencimentos, remuneração ou qualquer vantagem pecuniária atribuída ao funcionário não será objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo quando se tratar:

I - de prestação de alimentos; II - de dívida à Fazenda Publica

SECÇÃO III DO PONTO

Art.161. Ponto é o registro pelo qual se verificarão diariamente, a entrada e saída do funcionário em serviço.

§ 1º Nos registros de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração de frequência.

§ 2º Para registro de ponto serão usados, de preferência meios mecânicos.

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§ 3º Salvo nos casos expressamente previstos neste Estatuto, é vedado dispensar o funcionário de registro de ponto e abonar faltas ao serviço.

§ 4º A infração do disposto no parágrafo anterior determinará a responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da ação disciplinar que for cabível.

Art.162. São isentos de qualquer registro de ponto os Diretores de Departamentos, Presidentes de Autarquias e o Chefe do Gabinete do Prefeito Municipal.

SECÇÃO IV

ABONO ANUAL

Art. 163. No mês de dezembro de cada ano, a todo do funcionário ativo ou inativo será paga usa gratificação salarial, de conformidade com o Art. 151, inciso I deste Estatuto, independentemente dos vencimentos ou remuneração a que fizer jus.

Parágrafo único. Por decisão da Administração Municipal e havendo disponibilidade em caixa, o abono poderá ser dividido em duas ou mais parcelas anuais e que serão pagas mensalmente ao funcionário, juntamente com os seus vencimentos.

SECÇÃO V

DAS DIÁRIAS

Art. 164. Ao servidor Municipal que se deslocar temporariamente do Município, no desempenho de suas atribuições será concedida, além do transporte a diária a título de indenização das despesas de alimentação e pousada, nas bases fixadas em decreto.

SECÇÃO VI DO AUXILIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA

Art. 165. A diferença de caixa e a bonificação de 10 % (dez por cento) que poderá ser concedida ao funcionário que no desempenho de suas atribuições pague ou receba em moeda corrente.

SECÇÃO VII

DO SALÁRIO FAMÍLIA

Art. 166. O salário família será concedido ao funcionário ativou ou inativo:

I - por filho menor de 14 (quatorze) anos; II - por filho inválido; III - por filha solteira sem economia própria; IV - por filho estudante, que frequentar curso secundário ou superior, em estabelecimento de ensino oficial ou particular, e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos.

Parágrafo único. Compreende-se neste Art. os filhos de qualquer condição, os enteados, os adotivos e o menor que, mediante autorização judicial, viver sob a guarda e sustento do funcionário.

Art. 167. A cada filho ou dependente, nas condições previstas no Art. anterior, corresponderá uma quota de salário família no valor de 5 % (cinco por cento) do salário mínimo local, arredondando-se este o múltiplo de um cruzeiro novo seguinte, para efeito de cálculo.

Art. 168. Quando pai e mãe forem funcionários ativos ou inativos e viverem em comum, o salário família será concedido ao pai.

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§ 1º Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver os dependentes sob a sua guarda.

§ 2º Se ambos os tiverem, será concedido a um e outro dos pais, de acordo com a distribuição dos dependentes sob a sua guarda.

Art. 169. Ao pai e a mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 170. Para se habilitar à concessão ao sal rio família, o funcionário ainda não habilitado, deverá requerer à Autoridade Municipal, indicando o cargo ou função que exerce, e á prova de filiação que será feita mediante certidão do registro civil de nascimento, ou para os casos especiais de filiação ilegítima pelas demais provas admitidas na legislação civil.

§ 1º Para o caso previsto no item II do Art. 166, deste Estatuto, mais o atestado de invalidez, comprovando a total e permanente incapacidade para o trabalho.

§ 2º Para o caso previsto no item IV do Art. 166 deste Estatuto, a comprovação deverá ser feita mediante a apresentação à secção competente, nos meses de março, agosto e dezembro, de atestado de frequência de estabelecimento de ensino respectivo.

Art. 171. O funcionário deverá comunicar à Autoridade Municipal, dentro de 15 (quinze) dias qualquer alteração que se verifique na situação, da qual de corra supressão ou redução do salário família.

Art. 172. O salário família será pago juntamente com os vencimentos ou remuneração, independentemente da publicação do ato de concessão.

Art. 173. O salário família será pago ainda, nos casos em que o funcionário ativo ou inativo deixar de perceber vencimentos, remuneração ou provento.

Art. 174. O salário família não está sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer contribuição, ainda que para fim de previdência social.

SECÇÃO VIII

DO AUXÍLIO DOENÇA

Art. 175. Apos12 (doze) meses consecutivos de licença para tratamento de saúde, em consequência das doenças previstas nestes Estatutos, o funcionário terá direito a um mês de vencimentos ou remuneração a título de auxilio doença.

Art. 176 O tratamento do acidentado em serviço, correrá por conta dos cofres municipais ou de instituição de assistência social, a que o mesmo seja filiado.

SECÇÃO IX

GRATIFICAÇÕES

Art. 177. Conceder-se-á gratificação:

I - pela prestação de serviço extraordinário; II - pela execução ou colaboração em trabalhos técnicos ou científicos ou de utilidade para o serviço publico, fora das atribuições normais do cargo; III - pela execução de trabalho de natureza especial com risco de vida ou saúde; IV - pela participação em órgão de deliberação coletiva; V - pelo exercício de encargo de auxiliar ou membro de banca, de comissão de concurso ou de comissão de inquérito administrativo; VI - de encargo de auxiliar ou professor em curso legalmente instituído; VII - adicional por tempo de serviço

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Parágrafo único. O disposto nos itens II, IV, V e VI deste Art., aplicar-se-á quando o serviço for executado fora do período normal ou extraordinário a que estiver sujeito o funcionário no desempenho de seu cargo.

Art.178. A gratificação adicional por tempo de serviço será sempre atualizada comprando os vencimentos nas oscilações da referência do padrão.

Art. 179. Os funcionários públicos municipais terão direito, à partir de cada período de 5 (cinco) anos contínuos ou não, de exercício, a percepção de adicional por tempo de serviço publico municipal, a razão de 15% (quinze por cento) por quinquênio, calculado sobre o valor da refe-rência do padrão dos respectivos cargos de que sejam titulares.

“Art. 179- Os funcionários públicos municipais terão direito, a partir de cada período de cinco (cinco) anos contínuos ou não, de exercício, a percepção de adicional por tempo de serviço público municipal, à razão de 5 % (cinco por cento) por quinquênio, calculado sobre o valor da referência do padrão dos respectivos cargos de que sejam titulares”. (Redaçao dada pela Lei nº 200 de 1969)

§ 1º No cômputo do tempo de serviço público efetivo, serão observadas as normas referidas no parágrafo 1º do Art. 141, deste Estatuto.

§ 2º Os adicionais de que trata este Art. se comparáveis para todos os efeitos aos vencimento serão pagos juntamente com estes ou com a remuneração.

§ 3º Fica assegurado a todo funcionário para efeito de gratificação por tempo de serviço, a contagem integral ao efetivo exercício desde a posse ainda que esta se tenha dado antes da promulgação deste Estatuto.

§ 4º A secção pessoal competirá à contagem do tempo de serviço a requerimento dos interes-sados.

Art. 180. Terá direito a gratificação por serviço extraordinário, o funcionário que for convocado para a prestação de trabalhos fora do horário normal de expediente a que estiver sujeito.

Art. 181. A prestação de serviço extraordinário será sempre determinada pela Autoridade Municipal, mediante requerimento do Diretor a que esteja subordinado o funcionário.

Parágrafo único. A convocação dos Diretores e do Chefe do Gabinete do Prefeito Municipal será feita diretamente pela Autoridade Municipal correspondente.

Art. 182. A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado.

§ 1º Em se tratando de serviço extraordinário o valor da hora será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

§ 2º Á remuneração por hora de trabalho será o resultado da relação entre o valor do padrão do cargo mais o valor do adicional por tempo de serviço e o divisor 144 (cento e quarenta e quatro).

§ 3º Na prestação de serviço extraordinário pelo Diretor, Chefe ao Gabinete do Prefeito e ocupantes de cargos de nível universitário e técnico, a remuneração Por hora de trabalho será feita tomando-se por base o custo da hora fixada no parágrafo 22 deste Art., acrescidas de 50% (cinquenta por cento).

Art. 183. A gratificação pela execução ou colaboração em trabalhos técnicos ou científicos de utilidade para o serviço público, será arbitrada pela Autoridade Municipal, após sua conclusão.

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Art. 184. A gratificação nos casos previstos nos itens III, IV, V e VI do Art. 177 e seus parágrafos, serão fixados pela Autoridade Municipal.

SECÇÃO X

DO AUXÍLIO NATALIDADE

Art. 185. O auxílio-natalidade será concedido ao funcionário, nos termos de que dispõe a regulamentação geral da Previdência Social e em conjunto com o INPS que pagará este auxílio.

CAPÍTULO VI

DAS CONCESSÕES

Art. 186. Ao funcionário licenciado para trata mento de saúde, poderá ser concedido transporte, inclusive para as pessoas de sua família.

Art. 187. Em caso de falecimento do funcionário, será concedido um auxílio funeral, nos termos da legislação da Previdência Social e em conjunto com o INPS que, pagará este auxílio.

CAPÍTULO VII

DA ASSISTÊNCIA

Art. 188. O Município prestará assistência ao funcionário e à sua família.

Art. 189. O plano de assistência compreenderá:

I - assistência médica, dentária e hospitalar; II - previdência, seguro e assistência judiciária; III - financiamento para aquisição de imóvel destinado à Casa Própria; IV - Curso de aperfeiçoamento e especialização profissional

Art. 190 Leis especiais estabelecerão os planos, bem como as condições de organização e funcionamento dos serviços assistenciais referidos neste Capítulo.

CAPÍTULO VIII

DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 191. É assegurado ao funcionarão o direito de requerer ou representar. Art. 192. O requerimento será endereçado à Autoridade competente para decidi-lo e ela encaminhado por intermédio da que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 193. O pedido de reconsideração será dirigido a Autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão não podendo ser renovado

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os Artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decidido dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis

Art. 194. A Autoridade Municipal caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração.

Parágrafo único. No encaminhamento do recurso, observar-se-á o disposto na parte final do Art. 192 deste Estatuto.

Art. 195. O pedido de reconsideração e o recurso não tem efeito suspensivo; e o que for provido retroagirá, em seus efeitos à data do ato impugnado. Art. 196. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:

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I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorram demissão, cessação de aposentadoria e disponibilidade;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, o prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação oficial do ato impugnado ou, quando este for de natureza reservada, da data da ciência do interessado.

Art. 197. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis interrompem a prestação uma só vez.

Art. 198. O funcionário que se dirigir ao Poder Judiciário ficará obrigado a comunicar essa iniciativa ao seu chefe imediato.

CAPITULO IX

DAS DISPONIBILIDADES

Art. 199. Extinguindo-se o cargo, o funcionário estável ficará em disponibilidade com provento igual aos vencimentos ou remuneração até seu obrigatório aproveitamento em outro cargo de natureza e vencimentos compatíveis com o que ocupava.

Parágrafo único. Restabelecido o cargo ainda que modificada sua denominação seja obrigatoriamente aproveitado nele o funcionário posto em disponibilidade quando da sua extinção.

Art. 200. O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado.

CAPITULO X

DA APOSENTADORIA

Art. 201. O funcionário será aposentado:

I – por inválidos; II – compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade; III – voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço se do sexo masculino; ou 30 (trinta) anos de serviço se do sexo feminino.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por período não excedente de 24 (vinte e quatro) meses, salvo quando o laudo médico concluir pela incapacidade definitiva para o serviço público.

§ 2º Será aposentado o funcionário que depois de 24 (vinte e quatro) meses de licença para tratamento de saúde for considerado inválido para o serviço público.

Art. 202. O funcionário será aposentado com vencimentos ou remuneração integral:

I - quando completar 35 (trinta e cinco) anos de efetivo exercício se do sexo masculino, ou 30 (trinta) anos de efetivo exercício se do sexo feminino; II - quando invalidado em consequência de acidente no exercício de suas atribuições ou em virtude de doença profissional; III - quando acometido das moléstias especificadas no Art. 130 deste Estatuto na base das conclusões da medicina especializada.

§ 1º Acidente é o evento danoso que tiver como causa mediata ou imediata o exercício das atribuições inerentes ao cargo.

§ 2º Equipara-se a acidente a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário no exercício de suas atribuições.

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§ 3° A prova do acidente será feita em processo especial determinado, pela Autoridade Muni-cipal.

§ 4º Entende-se por doença profissional a que decorrer das condições de serviço ou de fato nela ocorrido, devendo o laudo médico estabelecer-lhe a rigorosa caracterização.

§ 5º Ao funcionário interino, aplicar-se-á o disposto neste Art., quando invalidado nos termos dos itens II e III.

Art. 203.o funcionário que em virtude de moléstia, se incapacitar para o exercício de qualquer função pública, será afastado do cargo com todos os vencimentos, ate o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses findo este prazo, se perdurar a incapacidade, será aposentado com vencimentos integrais, qualquer que seja o seu tempo de serviço, possibilitada a reversão.

Art. 204. Na aposentadoria compulsória, aos 70 (setenta) anos de idade, o provento será proporcional ao tempo de serviço, na razão de 1/35 avos por ano.

Parágrafo único. O provento da aposentadoria não será superior aos vencimentos ou remuneração da atividade e nem inferior a 1/3 (um terço).

Art. 205. Os proventos da inatividade serão revistos:

I - conjuntamente e na mesma proporção que os vencimentos dos funcionários em atividade, sempre que houver aumento nesses vencimentos; II - quando o funcionário inativo for acometido das moléstias previstas no Art.130 deste Esta-tuto, positivadas em inspeção médica, passando então, a ter como pró vento os vencimentos ou remuneração que percebia na atividade, atualizado de conformidade com o item I deste Art.

Art. 206. O funcionário que ao se aposentar esteja no exercício de cargo em comissão há mais de quatro anos, terá os proventos de sua aposentadoria calculados na base dos vencimentos deste cargo.

§ 1º Se forem 2 (dois) ou mais os cargos em comissão exercidos no período de quatro anos antecedentes a aposentadoria, o funcionário será aposentado com as vantagens da comissão de vencimentos ou remuneração de maior padrão, desde que lhe corresponda em exercício o mínimo de 2 (dois) anos; fora dessa hipótese o provento será do cargo de padrão imediatamente inferior ao do mais clavado entre os em comissão exercícios no período.

§ 2º A aplicação do regime estabelecido neste Art. exclui as vantagens instituídas no Art. 207 deste Estatuto, salvo o direito de opção.

Art. 207. A aposentadoria dependente de inspeção medica, só será decretada depois de verificada a impossibilidade de readaptação do funcionário.

Art. 208. É automática a aposentadoria compulsória.

Parágrafo único. O retardamento de decreto que declara a aposentadoria compulsória, não impedirá que o funcionário se afaste ao exercício no dia imediato ao que atingir a idade limite.

TITULO IV

DO REGIME DISCIPLINAR

CAPITULO I DA ACUMULAÇÃO

Art. 209. É vedada a acumulação remunerada exceto:

I - a de juiz e um cargo de professor; II - a de dois cargos de professor;

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III - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; IV - a de dois cargos privativos de médico

§ 1º Em qualquer dos casos, a acumulação somente permitida quando haja correlação de matérias e compatibilidade de horário.

§ 2º A proibição de cumular se extenue a cargos, funções ou empregos em autarquia, empresas publicas e sociedades de economia mista.

§ 3º A proibição de acumular proventos não se aplica aos aposentados, quando ao exercício de mandato eletivo, cargo em comissão ou ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.

CAPITULO II

DOS DEVERES

Art. 210. São deveres dos funcionários:

I – assiduidade; II - pontualidade; III – discrição; IV - urbanidade; V - lealdade às instituições constitucionais e administrativas a que servir; VI - observância cãs normas legais e regulares; VII - obediência às ordens superiores exceto quando manifestamente ilegais; VIII - levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que tiver ciência em razão do cargo; IX - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado; X - providenciar para que esteja sempre em ordem do assentamento individual a sua declaração de família; XI - atender prontamente:

a) - às requisições para defesa da Fazenda Pública; (b)- à expedição das certidões requeridas para defesa de direito

CAPITULO III

DAS PROIBIÇÕES

Art. 211. Ao funcionário é proibido:

I - referir-se de modo depreciativo em informações, parecer ou despacho às autoridades e atos da administração pública, podendo, porém, em trabalho assinado criticá-lo do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço; II - retirar sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - promover manifestação de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever lista de donativos no recinto da repartição; IV - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função; V – coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza partidária; VI - participar da gerência ou da administração de empresas industriais ou comerciais, salvo quando estiver de licença para tratar de interesse particular ou em disponibilidade e durante o período de afastamento, ou quando se tratar de cargo público de magistério; VII - praticar a usura em qualquer das suas formas; VIII - pleitear como procurador, junto às repartições públicas municipais, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos ou vantagens de parente até segundo grau; IX - receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie em razão das atribuições; X - cometer à pessoa estranha à repartição fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;

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XI - fazer greve nos serviços públicos.

CAPITULO IV DA RESPONSABILIDADE

Art. 212. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.

Art. 213. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo para a Fazenda Municipal ou de terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízos causados à Fazenda Municipal no que exceder as forças da fiança, poderá ser liquidada mediante o desconto em prestações mensais não excedentes da décima parte e aos vencimentos ou remuneração, na falta de outros bens que respondam pela indenização.

§ 2º Tratando-se de danos causados a terceiros, respondera o funcionário perante a Fazenda Municipal em ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão da última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado.

Art. 214. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário nessa qualidade.

Art. 215. A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticados ao desempenho das atribuições funcionais.

Art. 216. As cominações civis, penais, disciplinares, poderão acumular-se sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativas.

CAPITULO V

DAS PENALIDADES

Art. 217. São penalidades disciplinares:

I - advertência; II - repressão; III - multas; IV - suspensão; V - destituição de função; VI - demissão; VII - cassação de aposentadoria e disponibilidade

Art. 218. Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público.

Art. 219. Será punido o funcionário que sem ia esta causa deixar de submeter-se à inspeção médica determinada por autoridade competente.

Art. 220. A pena de advertência será aplicada verbalmente em casos de natureza leve, de desobediência ou falta de comprimento dos deveres.

Art. 221. A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de desobediência ou falta de cumprimento dos deveres, devendo constar do assenta, mento pessoal do funcionário.

Art. 222. A pena de suspensão, que não excedera de 90 (noventa) dias, será aplicada em casos de falta grave ou reincidência.

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Parágrafo único. Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa até 50 % (cinquenta por cento) por dia dos vencimentos da remuneração, obrigado, neste caso o funcionário a permanecer serviço.

Art. 223. A destituição de função terá por fundamento a falta de exação no cumprimento do dever:

Art. 224. A pena de demissão será aplicada nos casos de:

I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - incontinência pública e escandalosa, vício de jogos proibidos e embriaguez habitual; IV - insubordinação grave em serviço; V - ofensa física em serviço contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa; VI - aplicação irregular dos dinheiros públicos; VII - revelação de segredo que o funcionário conheça em razão do cargo; VIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal; IX - corrupção nos termos da Lei Penal; X - transgressão nos termos dos itens IV e X do Art. 211 deste Estatuto.

§ 1º Considera-se abandono do cargo, a ausência em serviço, sem justa causa, por mais de 30 (trinta) aias consecutivos.

§ 2º Será ainda demitido o funcionário que auras te o período de 12 (doze) meses, faltar ao serviço 60 (sessenta) dias interpolada mente, sem causa justificada.

Art. 225. O ato de demissão mencionara sempre a causa da penalidade.

Art. 226. Atenta a gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota de “A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO”.

Art. 227. Para a imposição de a pena disciplinar são competentes:

I - a Autoridade Municipal nos casos de demissão, multa, cassação de aposentadoria e disponibilidade e suspensão por mais de 30 (trinta) dias; II - os Diretores de Departamentos e o Chefe do Gabinete do Prefeito Municipal, nos demais casos.

Parágrafo único. A pena de destituição de função caberá a Autoridade que houver feito à designação do funcionário.

Art. 228. Será cassada a aposentadoria e disponibilidade se ficar provado que o inativo:

I - praticou falta grave no exercício do cargo; II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública: III - aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do Presidente da República; IV - praticou usura em qualquer das suas formas.

Art. 229. Prescreverá:

I - em 2 (dois) anos a falta sujeita às penas de repreensão, multa ou suspensão; II - em 4 (quatro) anos a falta sujeita:

a) - a pena de demissão no caso do parágrafo 2º do Art. 224, deste Estatuto; b) - cassação de aposentadoria e disponibilidade

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Parágrafo único - A falta também prevista na Lei Penal como crime, prescreverá juntamente com este.

CAPITULO VI

DA PRISÃO ADMINISTRATIVA

Art. 230. Gabe a Autoridade Municipal, ordenar a prisão administrativa de qualquer responsável pelos valores e dinheiros pertencentes à Fazenda Municipal, ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.

§ 1º A Autoridade que ordenar a prisão comunicará o fato imediatamente a autoridade judiciária competente, para os devidos efeitos e providenciará no sentido ser realizado com urgência o processo de tomada de contas.

§ 2º A prisão administrativa não poderá exceder a 90 (noventa) dias.

Art. 231. Durante o período da prisão administrativa o funcionário perderá 1/3 (um terço) dos vencimentos ou remuneração

CAPITULO VII

DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 232. A suspensão preventiva, até 30 (trinta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta) dias, poderá ser ordenada pela Autoridade Municipal, em despacho motivado, desde que o afastamento do funcionário seja necessário, para que este não venha influir na apuração da falta cometida, findo o qual cessarão os respectivos efeitos ainda que o processo não esteja concluído.

Art. 233. O funcionário terá direito:

I - Á contagem do tempo de serviço relativo ao período em que tenha estado preso ou suspenso, quando do processo, não houver resultado pena disciplinar ou esta se limitar à repreensão; II - à contagem de período do afastamento que exceder do prazo da suspensão disciplinar aplicada; III - À Contagem do período de prisão administrativa ou suspensão preventiva e ao pagamento dos vencimentos ou remuneração e de todas as vantagens ao exercício, desde que reconhecida a sua inocência; IV - A assistência judiciária quando a ação resultou do desempenho da função

Art. 234. Durante o período de suspensão preventiva o funcionário perderá 1/3 (um terço) aos vencimentos ou remuneração

TITULO V

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E SUA REVISÃO

CAPITULO I DO PROCESSO

Art. 235. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público, obrigada a promover-lhe a apuração imediata em processo administrativo, assegurando-se ao acusado ampla defesa.

Parágrafo único. O processo precedera à aplicação das penas de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão e cassação de aposentadoria e disponibilidade.

Art. 236. Compete à Autoridade Municipal, determinar a instauração de processo administrativo, mencionando no ato a falta ou irregularidade a ser apurada.

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Art. 237. O processo Administrativo será realizado por uma comissão designada pela Autoridade Municipal, composta de 3 (três) membros, de preferência funcionários estáveis, do quadro administrativo, de categoria igual ou superior a do indiciado.

§ 1º A Autoridade Municipal indicará no ato da designação um dos funcionários para dirigir como Presidente, o trabalho da comissão.

§ 2º O presidente da comissão designara o funcionário para servir de secretário.

Art. 238. A Comissão, sempre que necessário, dedicará todo o tempo aos trabalhos o inquérito ficarão seus membros em tais casos dispensados ao serviço na repartição, durante o curso das diligencias e elaboração do relatório.

Parágrafo único. O prazo para o inquérito será de 60 (sessenta) dias, prorrogado por mais 30 (trinta), mediante autorização da Autoridade Municipal, nos casos de força maior.

Art. 239. A Comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorrendo quando preciso, à técnicos ou peritos

Art. 240. Ultimado o inquérito a Comissão mandara, dentro de 48 (quarenta e oito) horas citar o acusado para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar defesa.

Parágrafo único. Achando-se o acusado em lugar incerto, a citação será feita por edital publicado em órgão oficial, durante 8 (oito) dias consecutivos Neste caso, o prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa será contado da data da ultima publicação do edital.

Art. 241. No caso de revelia, será designado "ex-officio", pelo Presidente da Comissão, um funcionário para se incumbir da defesa.

Art. 242. Esgotado o prazo referido no Art. 240 e parágrafo, a Comissão apreciará a defesa produzida, e, então, apresentará o seu relatório dentro do prazo de 10 (dez) dias.

§ 1º Neste relatório a Comissão apreciará em relação a cada indicação, separadamente, as irregularidades de que forem acusados, as provas colhidas no inquérito, razões de defesa, propondo então, justificadamente, a absolvição ou punição, e indicado, neste caso, a pena que couber.

§ 2º Deverá também a Comissão, em seu relatório, sugerir quaisquer outras providencias que lhe pareçam de interesse ao serviço público.

Art. 243. Apresentado o relatório, a Comissão ficará à disposição da Autoridade Municipal para prestação de qualquer esclarecimento julgado necessário, dissolvendo-se 10 (dez) dias após a data em que for proferido o julgamento.

Art. 244. Entregue à Autoridade Municipal o relatório da Comissão, acompanhado do processo, essa autoridade deverá proferir o julgamento dentro do prazo improrrogável de 20 (vinte) dias.

Parágrafo único. Se o processo não for julgado no prazo indicado neste Art., o indiciado reassumirá automaticamente o exercício de seu cargo ou função, e aguardará em exercício o julgamento, salvo o caso de prisão administrativa que ainda perdure.

Art. 245. Â Autoridade Municipal mandará publicar, em órgão oficial dentro do prazo de 8 (oito) dias, a decisão que proferir e promoverá a expedição dos atos decorrentes do julgamento e as providências necessárias à sua execução.

Art. 246. No caso de alcance ou malversação de dinheiro público, apurados no inquérito, o afastamento se prolongará até a decisão final do processo administrativo.

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Art. 247. Quando o ato atribuído ao funcionaria foi considerado criminoso, será o processo remetido à autoridade competente.

Art. 248. O funcionário só poderá ser exonerado a pedido, após a conclusão ao processo administrativo a que responder, desde que reconhecida a sua inocência.

Art. 249. No caso de abandono de cargo ou função, a Autoridade Municipal promoverá a publicação, em órgão oficial do edital de chamamento, concedendo prazo de 20 (vinte) dias.

Parágrafo único. Findo o prazo fixado neste e Art. e não tendo sido feita a prova da existência de forma maior ou de coação ilegal, a Autoridade Municipal expedirá o decreto ou ato de demissão por abandono de cargo ou função.

CAPITULO II DA REVISÃO

Art. 250. A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do processo administrativo de que resultou pena disciplinar quando se aduzam fatos ou circunstâncias susceptíveis a justificar a inocência do requerente.

Art. 251. Correrá a revisão em apenso ao processo originário.

Parágrafo único. Não constituem fundamentos para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.

Art. 252. O requerimento será dirigido a Autoridade Municipal, que determinará uma comissão composta de 3 (três) funcionários estáveis ao quadro administrativo, de categoria igual ou superior à do indiciado, o reexame do processo.

Art. 253. Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 254. Concluído o encargo da Comissão, em prazo que não excederá de 30 (trinta) dias, será o processo com o respectivo relatório, encaminhado à Autoridade Municipal, que o julgará no prazo de 20 (vinte) dias.

Art. 255. Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito a penalidade imposta, restabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.

TÍTULO VI

CAPITULO ÚNICO DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 256. O dia 28 de outubro, ponto facultativo municipal, será consagrado ao Servidor Público.

Art. 257. Consideram-se da família do funcionário, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem de assentamento indivíduos.

Art. 258. É assegurada pensão, na base dos vencimentos ou remuneração do servidor, à família do mesmo quando o falecimento se verificar em consequência de acidente no desempenho de suas funções.

Art. 259. Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos neste Estatuto.

Parágrafo único. Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando- se o vencimento que incidir em domingo ou feriado para o primeiro dia útil seguinte.

Art. 260. É vedado ao funcionário servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até o segundo grau, salvo em cargo de confiança, não podendo exceder de dois o seu número.

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Art. 261. Para concessão das vantagens emanadas dos Artigos 141 e 181 e seus parágrafos, deste Estatuto, o tempo de serviço do funcionário se contará da data de sua admissão.

Art. 262. São isentos de selos os requerimentos certidões e outros papeis que, na ordem administrativa, interessarem à qualidade do servidor público, ativo ou inativo.

Art. 263. Por motivo de convicção filosófica, religiosa ou política, nenhum servidor poderá ser privado de qualquer de seus direitos nem sofrer alteração em sua atividade funcional.

Art. 264. É vedado exigir atestado de ideologia como condição para a posse ou exercício de cargo ou função publica

Parágrafo único. Será responsabilidade administrativa e originalmente a autoridade que infringir o disposto neste Art.

Art. 265. Nenhum funcionário poderá ser transferido "ex-officio" no período de 6 (seis) meses anterior e no de 3 (três) meses posteriores às eleições.

§ 1º É vedada a remoção ou transferência “ex-officio” do comprador investido, em cargo eletivo, desde a expedição do diploma até o término do mandato.

§ 2º Será responsabilizada a autoridade que infringir o disposto neste Art.

Art. 266. Tratando-se de promoção, é livre ao funcionário permanecer na repartição onde estiver lotado, durante os prazos estabelecidos no "caput" do Art. 265 deste Estatuto.

Art. 267. A relação de emprego, inclusive salário de pessoal não incluído no quadro administrativo, reger-se-á pela Consolidação das Leis Trabalhistas.

Art. 268. O Poder Executivo expedirá a regulamentação necessária à perfeita execução deste Estatuto, observados os princípios gerais nele consignados e de conformidade com as exigências, possibilidades e recursos Municipais.

Art. 269. Este Estatuto entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se a todos os funcionários municipais nomeados anteriormente a sua publicação, todas as vantagens, direitos, deveres e outras cominações cabíveis e contidas no mesmo.

Art. 270. Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Arujá, 20 de junho de 1969.

BENJAMIN MANOEL Prefeito

Registrada e publicada nesta Secretaria, na data acima.

LUIZ PAULO COLANGELO NOBREGA Secretário

Este texto não substitui o publicado e arquivado pela Câmara Municipal