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REFER˚ NCIA EM LOG˝STICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal ComØrcio Exterior Movimentaçªo Armazenagem Automaçªo Embalagem J O R N A L E D I ˙ ˆ O  N 6 4 J U N H O 2 0 0 7 Informe Publicitário R. Barão de Penedo, 450 Cumbica Guarulhos SP CEP 07222-015 Av. Santos Dumont, 2.153 Cumbica Guarulhos SP CEP 07220-000 www.fulguris.com.br e-mail: [email protected] Tels.: 11 6412-1922 6413-5605 Fulguris: Liderança de mercado em baterias industriais

Log LogWebWeb - Notícias e informações sobre logística ... · Construir e manter requerem cuidados especiais Para que as salas de baterias ... na área de movimentação de materiais,

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R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

J O R N A L

E D I Ç Ã O   N º 6 4 � J U N H O � 2 0 0 7

Informe Publicitário

R. Barão de Penedo, 450 ● Cumbica ● Guarulhos ● SP ● CEP 07222-015

Av. Santos Dumont, 2.153 ● Cumbica ● Guarulhos ● SP ● CEP 07220-000

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Fulguris:

Liderançade mercadoem bateriasindustriais

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Natura eRapidão

Cometa fazemparceria emPernambuco

(Página 3)

ABCIntegratedLogistics

completa umadécada(Página 14)

Retrak eHaulotte

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(Página 9)

EMPILHADEIRAS

Treinamento éfundamental

Afinal, a empilhadeiramal conduzida pode re-presentar riscos à segu-rança operacional, alémde problemas de avariados produtos transporta-dos, consumo excessivode combustível e outros.(Página 4)

OPERADORES LOGÍSTICOS

AS ATRIBUIÇÕESVÃO MUITO ALÉMDO TRANSPORTE(Página 24)

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PLATAFORMAS NIVELADORAS DE DOCA

Garantia de segurançana carga e descarga

Com o uso destas plataformas, evita-se acidentes com a queda das mercadorias transportadas ereduz-se o custo da operação de carga e descarga, aumentando a produtividade. (Página 20)

SALAS DE BATERIAS

Construir emanter

requeremcuidadosespeciais

Para que as salas de bateriasatendam às necessidades demanter a produtividade –permitindo que os veículosindustriais elétricos operemsem paradas – alguns cui-dados devem ser tomados.(Página 10)

O Jornal

Mudou(veja na pág. 15) ✍

LogWeb

LOGÍSTICA SETORIZADA

AS EXIGÊNCIASDA LOGÍSTICAFARMACÊUTICA(Página 34)

COMÉRCIO EXTERIOR

(Página 30)

É PRECISO UMA“MEXIDA GERAL”PARA MELHORAR

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4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Palavrado Leitor

TRANSPORTEHIDROVIÁRIO NOBRASIL“O modal hidroviário é umasolução logística de transpor-te viável para a economiabrasileira, e que enfrenta al-gumas dificuldades de ex-pansão e exploração por fal-ta de estrutura e investimen-to no setor. Sabemos que abacia fluvial brasileira é bas-tante extensa, que precisaser mais aproveitada, poden-do vir a ser um facilitador parasuprir as deficiências domodal rodoviário. Isto tam-bém se aplica aos portos,onde temos estruturas precá-rias, alguns navios de gran-de porte não atracam em de-terminados portos, ‘inclusiveno porto de Salvador’, faltaminvestimentos em equipa-mentos de movimentação decarga e contêineres, poucosarmazéns devidamenteestruturados, operadoresportuários e terminais ope-rando no limite máximo emseus pátios para contêineres,etc. Mas não podemos per-der a esperança, o papel dotransporte no desenvolvimen-to da economia é de grandeimportância. Quando nãoexiste um bom sistema detransporte, as extensões demercado ficam limitadas, ele-vando os custos de produçãoe impactando diretamentenos preços. Entretanto, commelhores níveis de serviços,os custos ficam mais compe-titivos, gerando uma maiorcompetição. À medida que osserviços de transportes comcustos menores vão sedisponibilizando, a estruturaeconômica começa a asse-melhar-se à de uma econo-mia desenvolvida, ou seja,contribui para o aumento dacompetitividade no mercado,garantindo menores preçosdos produtos.”

Wendel LealCoordenador de

Operações - EADISalvador Logística e

Distribuição

Envie suas opiniões,sugestões e críticas para o

jornal LogWeb:[email protected]

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 5EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

J O R N A L

Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conjunto 12 - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

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DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

MarketingJosé Luíz Nammur

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Diretoria ExecutivaValeria Lima

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Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

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Os artigos assinados e os anúnciosnão expressam, necessariamente,

a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L Assistente Comercial

(Estagiária)Maui Nogueira

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Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

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Representante Comercial:

SP: Nivaldo ManzanoCel.: (11) 9701.2077

[email protected]

AD

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

Natura e RapidãoCometa fazemparceria emPernambuco

Natura – empresa dosetor de cosméticos eprodutos de higiene e de

perfumaria – acaba de expandirseu processo logístico para oNordeste e inaugurar um Centrode Distribuição em Jaboatão dosGuararapes, PE, para atender oRecife, a Região Metropolitanae parte do interior de Pernam-buco.

O responsável pela operaçãodo novo espaço, desde o trans-porte diário de produtos da fá-brica em Cajamar, SP, paraPernambuco, até a separação eentrega dos pedidos das consul-toras do Estado, é o provedor desolução logística Rapidão Co-meta (Fone: 81 3464.5317).

Para o vice-presidente daoperação Brasil, MaurícioBellora, a instalação do CD mar-ca a continuação do projeto deexpansão da logística da Natura.“Estamos descentralizando alogística da empresa em busca damelhoria dos serviços prestadose da redução no prazo de entre-ga dos nossos produtos às con-sultoras”, explica.

Este é o segundo CD da em-presa fora de São Paulo. O pri-meiro foi inaugurado em outu-bro último, em Matias Barbosa,MG, também para atender o Nor-deste.

Com a inauguração do novoespaço em Pernambuco – queopera com uma equipe de maisde 80 funcionários, em 3.000 m2

de área, e tem capacidade para

120 caixas por hora – o centromineiro atenderá os demais es-tados da Região. “O projeto émais uma iniciativa da Naturapara estar ainda mais próxima deseus consumidores e auxiliar nodesenvolvimento da comunidadelocal”, ressalta Bellora.

Américo Filho, diretor co-mercial do Rapidão Cometa, des-taca que essa é uma parceria demais de quatro anos com apenaso trabalho de transporte de mer-cadoria. “Depois do desafio demontar a unidade de Matias Bar-bosa, conseguimos junto ao Go-verno do Estado os incentivospara a instalação desse CD que,além de emprego, gera tambémdesenvolvimento econômicopara Pernambuco”, declara.●

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Américo Filho, do RapidãoCometa: novo CD gera empregoe desenvolvimento econômicopara Pernambuco

iversos equipamentos e serviços per-tinentes ao setor são destacados neste

número do jornal LogWeb, na forma degrandes reportagens. Por exemplo, no quese refere a equipamentos, temos como des-taques as empilhadeiras – cujo enfoque dareportagem é o treinamento dos operado-res; as salas de baterias, ressaltando itenscomo os cuidados especiais na hora deconstruir e manter, além da manutenção dasbaterias e dos carregadores de baterias; eas plataformas niveladores de doca, ondesão abordados os tipos, os problemas gera-dos pela falta de uso destes equipamentose os aspectos legais relacionados ao uso.

No caso dos serviços, são três as maté-rias especiais. A primeira está focada nasatribuições dos operadores logísticos.A segunda, voltada para o comércio exte-rior, analisa os problemas logísticos na áreae os efeitos da ampliação do comércio commercados não tradicionais e das visitas deautoridades estrangeiras na ampliação domercado externo para o Brasil. A últimaenvolve a logística farmacêutica: os proble-mas enfrentados para a contratação de fre-te por parte da indústria farmacêutica, asobrigações e exigências em relação ao trans-porte e manuseio destes produtos.

Como os nossos leitores fiéis podemconstatar, a cada edição buscamos apre-sentar sempre assuntos novos, por maisabrangente que seja o segmento de logística.

E aproveitamos para também convidarestes mesmos leitores a enviarem sugestõesde temas a serem abordados, a indicaremcases e também a fazerem críticas às nossasabordagens.

Como sempre destaca-mos, o jornal é feito para ecom os nossos leitores.

Wanderley G. Gonç[email protected]

EQUIPAMENTOSE SERVIÇOSDIVERSOS

6REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

EMPILHADEIRAS

Treinamentodos operadores éfundamentalAfinal, a empilhadeira mal conduzida pode representar riscos à segurança operacional, além de problemas de avariados produtos transportados, consumo excessivo de combustível e outros.

Soncini – é inaceitável que umcolaborador seja designado aoperar uma empilhadeira semque tenha sido treinado adequa-damente. Além disso, a empresatem por obrigação identificar anecessidade de reciclar este trei-namento para cada um de suaequipe. “Neste ponto, creio queuma reciclagem pelo menosanual seja ideal”, completa ogerente de pós-venda da Linde.

Outro que aponta a importân-cia do treinamento é RenatoDezen Arena, engenheiro deassistência técnica sênior daNacco Materials Handling GroupBrasil (Fone: 11 5683.8500).

“O treinamento dos operado-res de empilhadeiras é um itemextremamente importante para aNMHG Brasil, como fabricantede empilhadeiras, e deve ser con-siderado como prioritário, na áreade movimentação de materiais,em qualquer empresa. Operado-res treinados para operar corretae adequadamente seus equipa-mentos conseguem o máximorendimento, além de propiciaruma grande economia, ao anali-sarmos os custos de operação emanutenção dos mesmos. Istoocorre porque operadores treina-dos recebem instruções básicassobre capacidade residual, estabi-lidade e utilização de acessórios.”

Ainda de acordo com Arena,a necessidade de treinamentocontínuo é baseada no fato de osequipamentos de movimentaçãoe armazenagem evoluírem rapi-damente, assim, o treinamentobusca evitar que vícios de opera-ção, adquiridos em equipamen-tos antigos, possam prejudicar orendimento operacional, explicao engenheiro.

Valentim Maia, supervisortécnico da Retrak (Fone: 11

6431.6464), diz que o treinamen-to de operadores de empilha-deiras deve visar sempre a valo-rização e o desenvolvimento téc-nico-profissional, buscando seuconhecimento do sistema logísticoimplantado e ferramentas disponí-veis, respeitando e praticando to-das as normas de segurança exis-tentes e agregando as necessáriaspara a operação do Centro de Dis-tribuição em questão.

“O treinamento de operado-res, em regra geral, tem seu con-teúdo voltado para a parte técni-ca operacional e o uso dos recur-sos das empilhadeiras. Tambémse faz necessário agregar a esteuma forte conscientização atra-vés de ações, palestras e campa-nhas”, diz Maia.

Ele também considera impor-tante o uso diário de ferramentascapazes de medir a eficácia dasações e propor novas ações, se ne-cessárias. “Temos vários tipos detreinamentos, todos com doisfocos: um que prioriza a empilha-deira e seus recursos e outro que

prioriza a operação e suas neces-sidades. Devemos priorizar a ne-cessidade específica do CD emquestão, familiarizando os ope-radores com os recursos e as li-mitações das empilhadeiras dis-poníveis para as necessidades daoperação”, completa o supervisorda Retrak.

Para Luiz Gallo, gerente co-mercial da Skam EmpilhadeirasElétricas (Fone: 11 4582.6755),treinar operadores é um dever eum ato de segurança. “Sabemosque conscientizando os operado-res de empilhadeiras muitostranstornos serão evitados. A se-gurança nas operações e o usocorreto das máquinas previnemacidentes e que as máquinas se-jam mal utilizadas”, conta.

Ainda de acordo com o ge-rente comercial da Skam, areciclagem dos treinamentosdeve ser feita uma vez por anoem um período de um dia pararelembrar os operadores das suasobrigações quanto à segurança,pois, na prática, eles sabem as

funções adequadas nas manobrasdas empilhadeiras, mas no que-sito segurança todos precisam es-tar sempre conscientes dos peri-gos que podem incorrer quando sepratica brincadeiras ou disputas abordo de uma empilhadeira.

Marcos Tausendfreund, coor-denador de engenharia de servi-ços da Still Brasil (Fone: 114066.8100), informa que a im-portância do treinamento do ope-rador de uma empilhadeira deveser vista por dois aspectos impor-tantes: a aplicação da NR11 –Transporte, Movimentação, Ar-mazenagem e Manuseio de Mate-riais e a necessidade de se conhe-cer o equipamento a ser utilizado.

De acordo com ele, a neces-sidade de um treinamento de for-ma oficial é imposta pela Norma,mas o procedimento e os detalhesnão são nela trabalhados, permi-tindo uma gama de interpretaçõese formas de aplicação. “Um trei-namento de operação em equipa-mentos de movimentação e arma-zenagem de material requer ins-trução sobre regras de segurançade operação e do próprio equi-pamento, direção defensiva e,principalmente, o correto mane-jo da máquina. Hoje temos usuá-rios para diversos tipos e mode-los, que se classificam diferen-ciadamente quanto à técnicaconstrutiva e quanto à aplicação,e isso confunde muito o usuárioquando este não tem o preparoadequado.”

Tausendfreund também afir-ma que no mercado existem em-presas de cursos para habilitaçãode operadores que, de maneirageral, enfocam treinamento emequipamentos contrabalançadosa combustão. Estes treinamentosservem como base para operaçãode equipamentos elétricos, ondese necessita uma adequação, quepode ser feita pelo fabricante ouserviço autorizado do equipa-mento.

“O primeiro treinamentopode ser feito por iniciativa dointeressado à função/profissão deoperador de empilhadeira aocontatar a Still. Porém, na maio-ria dos casos, o cliente empresa-rial solicita o treinamento na

D irigir uma empilhadeirarequer atenção especial,mais ainda que um sim-

ples veículo, considerando a vi-sibilidade, as características damáquina e a carga transportada.Por isso, o treinamento dos ope-radores das empilhadeiras é fun-damental, avalizam vários profis-sionais do setor entrevistadospelo jornal LogWeb.

Por exemplo, Jean RobsonBaptista, da Empicamp Comér-cio e Serviços de Empilhadeiras(Fone: 19 3289.3712), diz quesão vários os fatores que definema importância do treinamento deoperadores. “Em minha opinião,os principais são atender à legis-lação vigente e conscientizar osoperadores sobre a importânciada segurança”.

Por sua vez, o gerente de pós-vendas da Linde Empilhadeiras(Fone: 11 3604.4772), Luiz Clau-dio Cintra Soncini, considera queum operador bem treinado sabe-rá tirar melhor proveito das ca-racterísticas do equipamento queopera, além de estar preparadopara manuseá-lo de forma segura,evitando, assim, custos com danosou perda da carga ou até, em al-guns casos, ônus trabalhistas.

Sendo assim – continua

Falta de treinamento também provoca o uso indevido das funções damáquina, aumentando o custo de manutenção

Geralmente, o cliente solicita otreinamento na aquisição deequipamentos novos

Amaral, da Brasif: é comum aocorrência de acidentes devido àfalta de habilitação

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 7EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

J O R N A L

aquisição de equipamentos no-vos. A chamada ‘reciclagem’ detreinamento não é obrigatória,mas em muitos casos é aplicadano período de reavaliação médi-ca anual, no chamado ExameMédico Periódico”, completa ocoordenador da Still.

PROBLEMASSobre os problemas que po-

dem ocorrer pela falta de treina-mento dos operadores de empi-lhadeiras, José Renato da CostaCorrêa, supervisor rental daBauko (Fone: 11 3693.9340), ale-ga que o mais crítico é o relacio-nado à segurança operacional, ha-vendo ainda os problemas de ava-ria dos produtos transportados,consumo excessivo de combustí-vel, operação inadequada, geran-do danos ao equipamento, baixaprodutividade e outros.

De fato, na opinião de Mau-ricio Amaral, diretor da BrasifRental (Fone: 0800 709.8000),um dos maiores problemas gera-dos envolve os acidentes.

“A Brasif Rental possui emsua frota mais de 1.200 equipa-mentos, todos com operação dosclientes. É comum a ocorrênciade acidentes, quase sempre devi-do à falta de habilitação dos ope-radores, problema esse que aBrasif Rental vem combatendoatravés de um programa chama-do ‘Pegue leve com o equipamen-to pesado’, que visa treinar econscientizar os operadores parauma melhor utilização.”

Ainda segundo Amaral, ou-tras desvantagens que a falta detreinamento provoca incluem,além dos já citados, o uso inde-vido de suas funções, acarretandoum maior custo de manutenção.

“Um operador sem treina-mento pode gerar vários proble-mas para a operação, como aci-

dentes com pedestres, tomba-mentos, queda de carga, colisões,ritmo inadequado ao trabalho –muito lento – e danos precocesao equipamento por uma opera-ção, só para citar as mais impor-tantes”, completa Fabiano Fagá,gerente de vendas da Clark(Fone: 19 3881.1599).

Durval Farias, diretor daCommat (Fone: 21 3867.1723),também destaca que o principalproblema com a falta de treina-mento para cada tipo de empilha-deira e operação é a segurança,além do custo que o mau uso cau-sa por problemas com acidentes,quebras de estruturas, quebra deempilhadeiras e perda de pneus.“Na Commat, para nossos opera-dores terceirizados, procuramosaprender o que nosso parceirofaz, qual a velocidade que eleprecisa para dimensionar a frotae treinar nossos operadores”,explica Farias.

Dovílio Ferrari, vendedor daMapel - Manutenção, Peças,Empilhadeiras (Fone: 19 3278.1822), lista os problemas em ris-co de acidentes com o própriooperador e com outras pessoas,queda da carga e até tombamen-to da empilhadeira. De acordocom ele, os problemas tambémestão ligados ao desconhecimen-to da capacidade de carga daempilhadeira, dos critérios desegurança de operação e do

Treinamento em duas categorias

1.TREINAMENTO OPERACIONAL GENÉRICO

Treinamento mais voltado para a segurança

Trata-se daquele treinamento em que o operador re-cebeu a capacitação para o serviço e que, segundo alegislação vigente, deverá ocorrer anualmente, em for-ma de reciclagem. Este treinamento provê ao operadoras regras básicas de operação, habilitando-o a operar aempilhadeira com segurança. Apesar de ser considera-do básico, devido às condições que são apresentadasao profissional – qualidade dos equipamentos, ambien-te de operação, pressão operacional –, bem como emfunção do “relaxamento” do profissional, deve tambémser incansavelmente reciclado e rememorado, para quetraga bons resultados. É comum ver operadores já expe-rientes cometendo erros grosseiros de operação devidoa diversas circunstâncias, por vezes sem o seu controle,e em outros momentos por sua própria negligência.

Tal treinamento deverá capacitar, de forma simples,o operador de empilhadeira a avaliar as condições dacarga, bem como a sua habilitação – pessoal e do equi-pamento – de poder manuseá-la. Conceitos básicos deequilíbrio da carga, centro de gravidade da carga, velo-cidade segura de operação, forma de operação – fren-te ou ré, conforme as características da carga, condiçãoe inclinação do piso e visibilidade –, procedimentos bá-sicos de segurança e os riscos inerentes da operação,que são bastante grandes, devem ser sempreenfatizados, para que sejam bem aculturados.

2.TREINAMENTO OPERACIONAL ESPECÍFICO

Conteúdo focado no desempenho e produtividade

É o treinamento em que o operador de empilhadeira,já capacitado para lidar com este tipo de equipamento ecarga de forma segura, recebe a orientação específicada operação pela qual será responsável. Normalmentecomposto de um conteúdo que explica as característi-cas da carga a ser transportada e, também, proporcio-nando o conhecimento da área de atuação específica,o treinamento deverá capacitá-lo a desenvolver suasatividades de forma mais produtiva. Prende-se muito aproporcionar o conhecimento do fluxo dos materiais, bemcomo das diversas fases de produção do seu serviço –seja ele ligado à manufatura ou à logística interna derecebimento e expedição.

Este treinamento deverá contemplar, ainda, aspec-tos particulares da operação a ser realizada, como des-crição dos riscos específicos – situação e locais de maiorrisco –, explicitação das conseqüências de as ativida-des não atingirem o desempenho esperado em produti-vidade – em casos de operação just-in-time, por exem-plo –, assim como as necessidades de cuidados com ascargas, dando-lhe a noção exata dos custos dos mate-riais transportados, de forma a se exigir o cuidado espe-cífico para não danificá-los.

Fonte: Tradimaq

Maia, da Retrak: treinamentodeve visar a valorização e odesenvolvimento técnico-profissional

8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

n LogWeb n

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significado de centro de carga, o quepoderá levar até a acidentes em casode operação em rampas e plataformas.Também é preciso saber sempre se olocal comporta o peso da carga mais opeso da empilhadeira.

Luiz Alberto Souza de Jesus, ins-trutor/demonstrador da Motiva Máqui-nas (Fone: 71 2101.9234), tambémaponta o desconhecimento das normasde segurança na utilização das empi-lhadeiras e dos limites de capacidadesdas empilhadeiras em função do tipode torre e opcionais.

“Os problemas que podem ocorrersão acidentes ocasionados por falta deorientação de uso correto do equipa-mento, podendo até mesmo compro-meter a integridade física do operadore dos companheiros de trabalho que seencontrarem próximos ao equipamen-to. Também a falta de treinamentooperacional pode prejudicar a vida útildo equipamento, fazendo com que omesmo não tenha um desempenho deacordo com o esperado. É importanteconsiderar que todo operador de má-quinas com força motriz é obrigado porlei (NR11) a possuir habilitação deoperador de empilhadeira.” A avaliaçãoé de Éder Tadeu Thomazini Alves, ge-rente de pós-vendas da Paletrans (Fone:16 3951.9999).

Carlos Henrique Filizzola, gerentede logística, qualidade e segurança daTradimaq Logística (Fone: 31 2104.8012), distribuidora das empilhadeirasYale em Minas Gerais, é bastante didá-tico em sua análise sobre os problemasque podem ocorrer pela falta de treina-mento dos operadores de empilhadeiras.

Para ele, o treinamento de opera-dores de empilhadeiras é fundamentalpara o bom andamento da logística in-terna das empresas. Visando a seguran-ça ou a produtividade, deve ser umaatividade considerada crítica pelosgestores de operações. “Ocorre que aatividade deste profissional, apesar deser normalmente rotineira, é cercada desituações imprevistas, que a cada mo-mento testam sua capacidade de adap-tação e flexibilidade, podendo ser divi-dida em duas categorias distintas”, dizFilizzola (ver quadro na página 5).

TREINAMENTO:QUEM DEVE EFETUAR?

Sobre quem deve efetuar o treina-mento – a própria empresa, o fabrican-te/distribuidor das empilhadeiras ouempresas especializadas em treinamen-to – e como escolher, Baptista, daEmpicamp, alerta que o primeiro trei-namento deve ser feito por empresaespecializada. “Ela deve ser bem sele-cionada, não apenas pensando em ha-bilitar o operador, já que a empresa es-pecializada e capacitada tem a visãovoltada a verificar se a pessoa está ounão apta a operar empilhadeiras, e istopode ser verificado através de testesescritos e exames médicos.”

O representante da Empicamp tam-bém afirma que é difícil encontrar umaempresa de treinamento que tenha osequipamentos disponíveis com as con-figurações que o cliente tem em suasdependências, mas também seria pou-co proveitoso dar um curso deempilhadeiras a combustão para umoperador de equipamentos retráteis –neste exemplo, apesar das normas desegurança serem similares, o equipa-mento não é, o que não ensinaria ooperador a utilizar baterias tracionáriase carregadores, bem como aprendersobre a dirigibilidade do equipamen-to. “Para solucionar isto, o dono doequipamento pode ceder o mesmo parao treinamento, de forma que o opera-dor aprenda no equipamento que utili-zará. Mas é importante verificar, antes,se o instrutor conhece o equipamentono qual ele treinará o operador”, dizBaptista.

Ele destaca ainda que as demaisreciclagens podem ser feitas nas depen-dências da empresa, especializando ooperador no equipamento que ele ope-ra. Neste caso, além da segurança, é im-portante enfatizar os itens que influen-ciam no rendimento do equipamento,como bateria tracionária, check-list,carregador de baterias e periféricos emgeral. “Para equipamentos elétricos, sepossível também enviar os operadorespelo menos uma vez às fábricas ou cur-sos de baterias tracionárias, para que sefamiliarizem com o equipamento e sai-bam como operá-lo”, completa.

Por sua vez, o gerente de pós-ven-das da Linde afirma que os treinamen-tos devem iniciar-se com a contrataçãode empresas especializadas, isentas devícios e aptas a transmitir os princípiosbásicos de operação. Na conclusãodesta primeira etapa, a empresa fabri-cante de empilhadeiras deve ser envol-vida para que apresente a seu clienteas características específicas de seuequipamento.

Depois de tudo isso – ainda segun-do Soncini –, “creio ser interessanteque a equipe de supervisão de opera-ção tenha capacitação suficiente paraidentificar possíveis desvios durante aoperação das máquinas, orientandoseus colaboradores a seguir à risca asinstruções dadas anteriormente”.

Arena, da Nacco, também alega queo treinamento deve ser ministrado pre-

Gallo, da Skam: é preciso consciênciados perigos das brincadeiras a bordoda empilhadeira

ferencialmente por empresas especia-lizadas com sólido conhecimento dosequipamentos ou pelo fabricante/dis-tribuidor das empilhadeiras.

Apesar de muitas empresas terempessoal capacitado a ministrar um trei-namento para operadores, isto deve serevitado para que vícios de operação nãosejam transmitidos às novas gerações,diz o engenheiro de assistência técni-ca sênior.

“Finalmente, para escolhermosquem deverá ministrar o treinamento,devemos levar em consideração o graude conhecimento que a instituição/trei-nador que o fará possui dos equipamen-tos em questão. Normalmente, o fabri-cante/distribuidor seria a primeira op-ção e, na seqüência, instituições espe-cializadas nesta função”, completa.

Bento Gonçalves Neto, gerente defilial da Retec Comércio Serviços e Re-presentação (Fone: 34 3231.9226), afir-ma que, “para efetuar os treinamentos,indicamos empresas especializadas e,quando não forem fabricantes ou re-presentantes dos equipamentos,que conheçam integralmente as carac-terísticas e funções específicas dasmáquinas. Na escolha do prestador deserviços em treinamento devemos sem-pre verificar se este possui capacidadetécnica necessária, devendo tambémdispor de material e método didáticoque consiga alcançar o público alvo,transmitindo integralmente o conteú-do proposto”.

Maia, da Retrak, já considera quea escolha deve ser interna, levando sem-pre em consideração as duas caracte-rísticas básicas oferecidas por váriasempresas idôneas e, também, por fa-bricantes e distribuidores, não esque-cendo das necessidades específicas doCD em questão.

“O treinamento pode ser ministra-do por diversos profissionais da área.O Senai, por exemplo, dispõe de cursos

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 9EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

J O R N A L

Baptista, da Empicamp:o primeiro treinamento deve serfeito por empresa especializada

Alves, da Paletrans: operador demáquinas com força motriz éobrigado por lei a ter habilitação

Fagá, da Clark: um operador semtreinamento pode gerar danosprecoces ao equipamento

específicos para o treinamento de ope-radores de empilhadeiras, tanto elétri-cas como a combustão, todos certifica-dos. Os fabricantes também dispõemdesse serviço e os cursos podem ser mi-nistrados ainda por representantesespecializados – as empresas que se uti-lizam de máquinas elétricas e desejaremcursos de operadores, podem entrar emcontato com a Skam que agendaremosdatas”, completa Gallo, da Skam.

Tausendfreund, da Still Brasil, des-taca que a possibilidade dos treinamen-tos de operação serem ministrados pormultiplicadores internos em empresascom estrutura adequada é plausível, des-de que os mesmos tenham sido prepara-dos especificamente para o fato. “Noentanto, o fabricante é quem conhecemelhor o seu produto e consegue, inclu-sive, melhorar a produtividade, aumen-tando a disponibilidade do equipamen-to e reduzindo, com isto, os custos demanutenção do equipamento. Na Still,o cliente, ao comprar um equipamento,pode adquirir um treinamento opera-cional conforme sua necessidade”, com-pleta.

PROCEDIMENTOS

Diante do exposto, quais os pro-cedimentos para treinar o operador?

Corrêa, da Bauko, explica que éfundamental a reciclagem constantedos operadores com cursos e vídeosde treinamento, priorizando os proble-mas mais freqüentes e buscando sem-pre minimizá-los. A exigência do cum-primento dos procedimentos de segu-rança e operacionais adotados na ope-ração é importante para gerar discipli-na operacional.

“Além do programa implementadopela Brasif Rental mencionado, a BrasifMáquinas oferece também treinamen-tos nas instalações do cliente ou no Cen-tro de Treinamento da Brasif Máquinas,incluindo uma parte teórica e outra prá-tica, com ênfase na segurança”, ressaltaAmaral.

Fagá, da Clark, diz que a sua em-presa também disponibiliza, juntamen-te com todo equipamento novo, o vídeo“A segurança começa em você” com 32minutos de duração, que contempla in-formações essenciais sobre InspeçãoDiária, tanto visual como funcional, Ins-truções de Segurança e Avisos, Opera-ção correta em Rampas e capacidade decarga. Além disso, os distribuidoresClark oferecem cursos focando não sóa segurança na operação, como, tam-bém, através de atos seguros, obter amelhor produtividade da máquina.

Já o diretor da Commat ressalta queeste tipo de treinamento começa com ahigiene pessoal e do equipamento, poismãos ou pés sujos com óleo podem tra-zer prejuízos enormes, lembrando daimportância do operador estar ciente desua importância dentro da operação queparticipa. “Já tivemos casos de contra-tarmos um quarteto de cordas (violão)para que, no treinamento, nossos ope-radores entendessem como um instru-mento (operador/empilhadeira) faz fal-ta quando falha”, diz Farias, lembran-do, ainda, da importância em se conhe-cer a parte mecânica, hidráulica eeletrônica das empilhadeiras, pois so-mente assim haverá um bom conjuntooperador/empilhadeira.

Já Ferrari, da Mapel, afirma que oprimeiro critério é saber se o operador éhabilitado, se não tem problemas de vi-são e audição. Outros itens apontadospor ele incluem: informar durante o trei-namento ao operador todo critério deoperação e segurança, o que deve e oque não deve ser feito com a empilha-deira e que ele deve respeitar os crité-rios de segurança estabelecidos pelaempresa. “O operador deverá saber o quedeve ser feito antes de iniciar a opera-ção e o que fazer caso constate algumairregularidade na empilhadeira. Tambémdeve saber sempre a capacidade da má-quina que está operando, o peso e o ta-manho da carga a ser transportada e oque é centro de carga, para avaliar se aempilhadeira tem a capacidade neces-sária para a operação. Finalizando, o ins-trutor deve avaliar cada participante para

ter certeza de que o que foi apresentadodurante o treinamento foi entendido”,completa o representante da Mapel.

Entre os procedimentos para trei-nar o operador citados pelo instrutorda Motiva estão: ter um plano de aula,preparar material didático, disponibilizaruma empilhadeira e uma sala de treina-mento e preparar local para realizar aulaprática, além de que, os operadoresdevem possuir carteira de habilitação.Também se deve limitar o número deoperadores em no máximo seis.

“Os procedimentos envolvem apre-sentar ao operador todo o equipamen-to, incluindo a máquina propriamentedita, o carregador e a bateria, e ensiná-lo a utilizar os itens de segurança,simular operação com e sem carga,orientar quando é necessária a manu-tenção preventiva e a forma correta deoperação do equipamento para obteruma maior vida útil e que tenha o de-sempenho desejado”, explica Alves, daPaletrans.

Filizzola, da Tradimaq, entende queos procedimentos a serem treinadosdevem ser os genéricos e os específi-cos. “É bom lembrar que qualquer trei-namento, segundo as boas práticas dossistemas de qualidade, deve ter: con-teúdo e carga horária compatíveis;equilíbrio entre teoria e prática; lingua-gem adequada; técnicas de ensino maispragmáticas, de forma a apresentarludicamente situações do dia-a-dia dooperador com ilustrações, fotos, filmese desenhos; avaliação dos treinandospelo instrutor; avaliação do treinamen-to e do instrutor por parte dos alunos;registro formal com assinatura dos par-ticipantes e do instrutor; e avaliação daaderência do treinamento por parte dossuperiores depois da realização do trei-namento – verificação da eficácia.” ●

10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Julho 2007

Agenda

Feiras

Alitech1ª Feira dos Fornecedores

e Tecnologia para aIndústria de Alimentação

Período: 3 a 6 de julhoLocal: Lajeado – RSRealização: EFEP

Informações:www.efep.com.br

[email protected]: (51) 3357.3131

Gourmet & Cia.7ª Feira de Tecnologia,

Equipamentos, Alimentose Bebidas para Bares,Restaurantes, Hotéis e

SimilaresPeríodo: 9 a 12 de julho

Local: Pinhais – RSRealização: Fispal

Informações:www.diretriz.com.br

[email protected]: (41) 3075.1100

Agrishow Semi-ÁridoPeríodo: 10 a 14 de julho

Local: Petrolina - PERealização: Publiê

Informações:www.agrishow.com.br

[email protected]: (11) 5591.6326

Fispal Food Service’200723ª Feira Internacional deProdutos e Serviços paraAlimentação Fora do LarPeríodo: 23 a 26 de julho

Local: São Paulo – SPRealização: Fispal

Informações:www.fispal.com

[email protected]: (11) 5694.2666

Fipan’200713ª Feira Internacional dePanificação, Confeitaria e

do Varejo independente deAlimentos

Período: 24 a 28 de julhoLocal: São Paulo – SP

Realização: Associação dosIndustriais de Panificação e

Confeitaria de São PauloInformações:

[email protected]

Fone: (11) 3291.3700

Expoportos’20074ª Feira de Logística e

Comércio ExteriorPeríodo:

31 de julho a 2 de agostoLocal: Serra - MS

Realização: Rota ServiceInformações:

[email protected]

Fone: (27) 3319.8110

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 11EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

J O R N A L

PARCERIA

Retrak e Haulotte unemempilhadeira e plataformaelevatória

A Retrak (Fone: 11 6431.6464), do segmento delocação de empilha-

deiras, e a Haulotte Group (Fone:11 4208.4206), fabricante euro-péia de plataformas elevatórias,acabam de fechar parceria.

De acordo com Miguel B.Almeida, responsável pela divi-são plataformas da Retrak, a par-ceria se deu em consideração àcrescente solicitação de algunsclientes de empilhadeiras por pla-taformas. “Por isso, agregamosum novo produto e atendemos auma necessidade de mercado, jáque os atuais locadores de plata-formas focam, principalmente,empresas de engenharia, emprei-teiras, etc”, conta. A Retrak temcomo foco principal atender àdemanda na indústria e no comér-cio, segmentos que representam

Metodologia Prática paraDimensionamento de

Estoques - MPDEPeríodo: 3 e 4 de julhoLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Curso de Extensão deLogística Empresarial –Ênfase em Transportes,

Gerenciando a Cadeia deSuprimentos (Supply Chain)Período: 4, 11, 18 e 25 de julho

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com.br

[email protected]: (11) 5581.7326

Introdução ao Código deBarras e à Identificação

(Curso Gratuito)Período: 16 de julho

Local: São PauloRealização: GS1 Brasil

Informações:www.gs1brasil.org.br

[email protected]: (11) 3068.6229

Logística em ArmazénsRefrigerados – Cadeia do Frio

Período: 16 de julhoLocal: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Missão Técnica Internacional– MBA Logística

Período: 16 a 20 de julhoRealização:

CEL - Coppead/RFRJInformações:

[email protected]

Fone: (21) 2598.9812

Formação de Custos deArmazéns com Excel

Período: 31 de julhoLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Cursos

mais de 80% do seu faturamento.“O espírito jovem e empreen-

dedor dos dirigentes da Retrak, avisão de futuro e o vislumbre de

novos mercados fizeram com queela abrisse seu leque de produtos,aproveitando o know-how adqui-rido com a locação de empilha-deiras e entrasse no novo e cres-cente mercado de locação de pla-taformas elevatórias”, avalia AngelMaestro, diretor geral da Haulotte.

Segundo ele, a frota de plata-formas elevatórias no mercadobrasileiro, apesar de em francocrescimento, ainda é muito pe-quena se comparada a de outrospaíses e ao potencial do merca-do local. “A abertura do segmen-to de locação de plataformaselevatórias por uma empresa deprestígio reconhecido no merca-do aportará ao mercado nacional,carente de plataformas eleva-tórias, uma grande opção em ter-mos de disponibilização destesequipamentos”, declara.

Com a parceria, que Maestro,da Haulotte, chama de relaçãosimbiótica – na qual ambas asempresas obtêm ganhos –, aRetrak, destaca Almeida, se for-talece, agregando um novo pro-duto em uma atividade semelhan-te, utilizando a mesma equipe devendas, manutenção, etc. “Para aHaulotte, a parceria significa queterá um forte locador de equipa-mentos em São Paulo, que a aju-dará a desenvolver a marca noBrasil”, complementa o represen-tante da Retrak. Ele aproveitapara revelar que um dos motivosda escolha do parceiro é que aHaulotte tem mostrado no Brasiluma política bastante agressiva,principalmente com prazos deentrega, a fim de atender à cres-cente demanda por este tipo deproduto. ●

No portalwww.logweb.com.br ,em “Agenda”, estão

informações completassobre os diversos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2007.

12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

SALAS DE BATERIAS

Construire manter requeremcuidados especiaisPara que as salas de baterias atendam às necessidades de manter a produtividade nas áreas de movimentação earmazenagem de materiais – permitindo que os veículos industriais elétricos operem sem paradas – alguns cuidadosdevem ser tomados no seu planejamento e operação.

mércio e Serviço (Fone: 116905.4108), Ivan Pegoretti, che-fe de departamento técnico, eMarcelo Mota de Bitencourt, ge-rente de vendas, estes dois daAcumuladores Moura (Fone: 812121.1653). Porém, para Ravazi,a sala se faz necessária quando aquantidade de baterias for maiordo que 10 peças, enquanto queos representantes da Moura afir-mam que se faz necessária aconstrução de uma sala de bate-rias sempre que a máquina utili-zar mais que uma bateria. Alémdisto, Pegoretti e Bitencourtapontam dois outros fatores quejustificam a construção: quandoo ambiente de operação e recargadas baterias tiver temperaturasacima de 35º C ou abaixo de 0º Ce o ambiente de trabalho for deprodutos perecíveis.

“Além disso, deve-se projetar

a sala prevendo facilidade de lo-comoção de máquinas e manu-tenção das baterias. Outro fatorimportante é a redução do tempode troca de bateria das máquinas,proporcionando, também, umarápida manutenção preventiva ecorretiva dentro das salas, aumen-tando a vida útil das mesmas e,conseqüentemente, reduzindo oscustos e agilizando o processologístico”, destaca NestorMitsuhashi, engenheiro da NifeBaterias Industriais (Fone: 116155.3800).

Outros profissionais do setorapontam fatores diferentes dos jámencionados que indicam a ne-cessidade de se ter uma sala debaterias.

Fernando Cunha, diretor daDistribuidora Allbat (Fone: 112828.7636), diz que ela é funda-mental quando a empresa neces-

sita de uma operação rápida econfiável de substituição de ban-cos de baterias, além da condi-ção de armazenamento e manu-tenção adequada das baterias.

“A sala de baterias é funda-mental quando houver a necessi-dade de concentração e contro-les em um único espaço do ma-nuseio, carga e manutenção debaterias, dedicando atenção ne-cessária a um bem de alto valoragregado – bateria tracionária –,oferecendo condições adequadasde segurança, de limpeza, de flu-xo de movimentação, de higieni-zação e de exaustão, refletindoem aumento de produtividade emelhoria de processo, evitandocondições extremas de trabalho”,explica, por sua vez, CarlosAlberto Alves Fonseca, gerentegeral da Easytec Indústria e Co-mércio (Fone: 21 2683.2483).

Por último, quanto a este as-pecto, Simei Trindade de Ávila,desenhista/projetista da SaturniaSistemas Energia (Fone: 153235.8136), acrescenta aos itensjá citados: a logística da empresa,a localização e a limitação paraestabelecer-se a sala de carga.

FATORES A SEREMCONSIDERADOS

Sobre os fatores a serem ana-lisados na hora de construir a salade baterias, Novaes, da Aesa, des-taca que devemos considerar oponto na planta onde a sala seráconstruída. Ele diz que a distân-cia entre o ponto de maior fluxodas empilhadeiras e a sala de ba-terias não deve ser muito grande:quanto mais próxima da opera-ção for a sala, menor será o tem-po da troca de uma bateria semcarga e maior será a disponibili-dade da empilhadeira. Outro be-nefício importante é a autonomiada bateria, que não perderá suacarga pelo fato de o equipamen-to não trafegar grande distânciada sala ao local da operação.

“Construir a sala de bateriasem layout plano e no mesmo an-dar de operação das empilha-deiras garante uma maior segu-rança no deslocamento dos equi-pamentos até a sala e contribuipara aumentar a autonomia detrabalho dos equipamentos. Ou-tro fator importante é a seguran-ça: uma sala de baterias não pode,em hipótese alguma, ser cons-truída em local fechado, sem ven-tilação, com pé direito baixo edesprotegida das intempéries na-turais. Baterias produzem gasese estes, encapsulados em ambien-te fechado, são prejudiciais à saú-de”, ensina o supervisor de logís-tica e pós-venda da Aesa.

Ele também destaca que mes-mo construída em condições cor-retas para que os gases produzi-dos pelas baterias se dissipem noambiente, é ideal que a sala te-nha um sistema de exaustãoeólico ou elétrico que canalizemais rapidamente os gases paraa área externa da planta coberta.

“A rede elétrica deverá, tam-bém, estar preparada para rece-ber os carregadores de baterias,normalmente trifásicos, em ten-são de 220 a 440 V. Qualquer de-ficiência na tensão elétrica doscarregadores prejudicará a cargadas baterias e, conseqüentemen-te, sua autonomia de trabalho”,complementa Novaes.

Pegoretti e Bitencourt, daMoura, apontam fatores parecidos:localização próxima ao maiorfluxo de trabalho das empilha-deiras e uma boa ventilação natu-ral, além de que é preciso ter umaárea mínima suficiente para con-ter todos os requisitos necessáriospara movimentação, manutenção,limpeza das baterias, equipamen-tos de trabalho diário e de prote-ção individual e prever possíveisampliações futuras. A estes, Cu-nha, da Allbat, acrescenta siste-ma de carga e destinação adequa-da dos resíduos líquidos.

Uma sala de baterias não pode ser construída em local fechado, semventilação e desprotegida das intempéries naturais

Há vários tipos de bateriastracionárias no mercado

Fundamentais onde operamveículos industriais elétri-cos, as salas de baterias se

tornam parte fundamental dasplantas das empresas dos maisdiversos segmentos e setores.

Mas, quando optar pela cons-trução de uma sala de baterias?

Ora, parece óbvio que o pri-meiro fator determinante para seter uma sala de baterias na plan-ta é a quantidade de equipamen-tos em operação e a carga/horade trabalho destes equipamentos.

“Quando temos até três equi-pamentos em operação em ape-nas um turno, é comum o própriooperador – treinado – responsa-bilizar-se pela troca e carga dasbaterias. Mas, com uma frotasignificante – mais de cincoempilhadeiras elétricas – traba-lhando em três turnos, intervalosde troca cada vez menores e emmédia três baterias por equipa-mento, é necessário um local ade-quado que disponha de todoferramental e suporte, como emum pit-stop. Isso agiliza a trocadas baterias, aumenta a disponi-bilidade dos equipamentos epermite um controle da carga,além da manutenção preventiva ecorretiva das baterias e carregado-res.” A avaliação é de Alberto San-tos Novaes, supervisor de logísticae pós-venda da Aesa Empilha-deiras (Fone: 11 3488.1466).

Com relação à quantidade debaterias utilizadas como fatorbásico para a construção da salade baterias concordam SandroLuis Ravazi, gerente comercialda Newpower Sistemas de Ener-gia – Baterias Fulguris (Fone: 116413.5604), Edmilson AnjosFerreira, diretor, e AntonioDonizetti Mazzetti, gerente co-mercial, ambos da Matrac Co-

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 13EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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Outro profissional que fazuma ampla análise dos fatores aserem considerados é Fonseca, daEasytec. Segundo ele, devemser levados em conta: segurança,otimização de processo, reduçãode custo operacional, melhoriano controle de performance decada bateria e equipamentos dequalidade assegurada.

“Aproveito para adicionar al-guns pontos importantes no pro-

jeto da sala de baterias: a tempe-ratura deve ser de 5º a 25º C edeve haver baixa umidade relati-va do ar; é preciso ter, no míni-mo, 2,5 m de altura do nível dabateria em carga até o teto; asdistâncias apropriadas entrecarregadores alinhados lado alado são de 50 mm entre eles e a100 mm da parede (mínimo);para baterias alinhadas emracks, a distância deve ser de20 mm (mínimo); em ambientescom ventilação e exaustão força-das, a diferença de altura entre oinsuflador e o exaustor deve serde 2 m para haver o correto mo-vimento de fluxo de ar.”

Ravazi, da Newpower, expõeos seguintes fatores: ergonomia,facilidade de entrada e saída dasmáquinas, facilidade na troca debaterias, aparelhos destinados aessa troca, exaustores, etc.Ferreira e Mazzetti, da Matrac,já apontam a área disponível, omodelo das máquinas e o tama-nho das baterias.

“Também devem ser observa-das as normas de segurança in-ternas da empresa, como saídasde emergência, iluminação eambiente bem ventilado, comáreas adequadas para o manuseio

e a movimentação dos equipa-mentos e baterias”, explica, porseu lado, Mitsuhashi, da Nife.

Ávila, da Saturnia, revela queos fatores a serem ponderadosincluem os requisitos adequadosde projeto, estudar a localizaçãoe as limitações para a sala de ba-terias e atender aos requisitosmínimos de ventilação necessá-rios para a operação segura, comodimensionamento da troca de ar

da sala, que deve ser calculadoem função da quantidade e tipodas baterias a serem carregadasem conjunto.

O QUE PODE DARERRADO?

Com base no que foi apresen-tado, os entrevistados falam so-bre o que pode dar errado na horade construir uma sala de bateriase como evitar os erros.

“A falta de um planejamentodetalhado por conta do não co-nhecimento de todas as necessi-dades do cliente para o dimen-sionamento é o principal motivode erros na construção das salasde baterias. Geralmente não sãoprevistas ampliações, troca de ardas salas, área adequada para la-var as baterias, localização ade-quada da sala e ampliação darede elétrica. Para evitar os erros,deve-se solicitar o suporte ‘gra-tuito’ de empresas especializadasno assunto, como fabricantes debaterias, carregadores e empilha-deiras, além de obter todas asinformações sobre as máquinas,baterias, carregadores e a cargaa ser movimentada”, explicam ochefe de departamento técnico e

o gerente de vendas da Moura.Novaes, da Aesa, lembra que

os erros comuns estão relaciona-dos às dimensões da área e à ten-são da rede elétrica.

“Para evitar estes erros, noprojeto da construção da sala épreciso prever um aumento dademanda nas operações logís-ticas e, conseqüentemente, au-mento no número de equipamen-tos, ou seja, construir uma sala

O que uma sala de baterias deve conter

Área➲ Layout de fácil acesso para as empilhadeiras,

corredores e box que permitam à empilhadeira parar omais próximo possível das baterias, o que garanteuma troca rápida e segura

➲ Piso preparado e pintado com tinta especial queresista à ação do ácido sulfúrico produzido pelasbaterias

➲ Piso sem irregularidades muito grandes, tipo fendas dedilatação, para não provocar acidentes com oscarrinhos

➲ Cobertura, evitando contato direto dos equipamentoscom água da chuva e exposição ao sol

➲ Pé direito alto, para melhorar a ventilação do ambiente,inibindo a ação dos gases produzidos pelas bateriasque estão em processo de carga

➲ Sistemas de energia elétrica, hidráulica, ar comprimidoe tratamento de efluentes adequados

➲ Área reservada para lavagem e manutenção dasbaterias

➲ Sinalização de área restrita

➲ Considerar que para cada bateria com capacidademédia de 300 Ah/24 VCC é necessário 1,5 m² e, parabaterias maiores (600 Ah/48VCC), deve-se acrescen-tar mais 1 m² de área útil por bateria, incluindocarregador, área para circulação, troca da bateria epequenas manutenções, como limpeza das baterias

Equipamentos➲ Carregadores de baterias em quantidades adequadas

➲ Talhas elétricas ou pneumáticas, guinchos, pontesrolantes ou pórticos com capacidade ideal para removeras baterias de lugar e alocá-las nas empilhadeiras

➲ Carro transportador para sacar a bateria da máquina,devendo-se para este considerar o peso da bateria a serremovida, bem como o projeto da máquina, pois háalgumas nas quais a retirada da bateria é por cima e abateria é içada, e em outras a retirada é lateral, utilizando-se, neste caso, carrinhos com roletes para sacar a bateria

➲ Equipamentos de lavagem para limpeza das baterias e daárea, caso ocorra contaminação por derramamento deácido

➲ Equipamentos de medição, teste e aferição da carga edescarga das baterias – deionizador, densímetro,multímetro, alicate-amperímetro, termômetro, etc.

➲ Suportes para as baterias, evitando que fiquem emcontato direto com o piso

➲ Suporte para os carregadores, instalados de forma apermitir fácil acesso aos seus comandos e tomadas

➲ Estrados

➲ Coluna de água destilada/desmineralizada para reposiçãode água das baterias

➲ Sistema de Gerenciamento da Rotina (PDCA, TPM,Gestão á vista, etc.)

Segurança➲ Chuveiro e lava-olhos de emergência para serem

utilizados pelos operadores da sala ou operadores dasempilhadeiras, caso ocorra acidente com o ácido ou osgases da bateria

➲ Sistema de ventilação e exaustão eólico ou elétricopara remover os gases da sala e injetar oxigênio purono ambiente

➲ EPIs para os usuários e operadores da sala (óculos desegurança, capacete, botas com biqueira, aventais eluvas)

➲ Roupa em tecido que não permita contato fácil docorpo do operador com o ácido

➲ Drenos de escoamento, bandejas e bacias decontenção para evitar o derramamento direto do ácidono piso, evitando contaminação e corrosão

➲ Depósito para contenção e neutralização de águaacumulada

➲ Painel elétrico de fácil acesso, que garanta ligar edesligar os carregadores em caso de acidente oumanutenção

➲ Carregadores com sistema eletrônico inteligente queautoprograme o tempo de carga, descanso dasbaterias e desarmem automaticamente em caso detérmino do ciclo de carga e acidente por curto-circuito

➲ Extintor de incêndio para equipamentos elétricos

➲ Produto para neutralização de solução ácida

A manutenção das bateriasrequer cuidados especiais

Geralmente, o próprio fabricanteoferece treinamento

Tratamento de efluentes éfundamental na sala de baterias

14REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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de baterias otimizando o layoutnem sempre é um bom caminho,é preciso prever a necessidade dea sala receber 20% a 30% do nú-mero de baterias utilizadas nasoperações”, informa o supervisorde logístico e pós-venda.

Novaes também destaca queé comum problemas com a redeelétrica que alimenta a sala de ba-terias. Para minimizá-los é im-portante observar no projeto deconstrução o modelo e a tensãodos carregadores que irão equi-par a sala. Caso isso não seja pos-sível, por ainda não existirem osequipamentos que irão operar naplanta, considerar, através de umapesquisa de mercado, os carrega-dores que necessitam de uma ten-são menor ou maior.

Cunha, da Allbat, é outro queaponta o dimensionamento comoo principal erro: área inadequa-da para manobras, tanto dos equi-pamentos quanto dos bancos debaterias a serem substituídos.

Já Fonseca, da Easytec, acon-selha que, para obtenção de su-cesso na construção da sala, semchance de erros, é necessáriocontratar empresas idôneas eespecializadas neste segmentoque tenham know-how, profis-sionais treinados e capacitadospara atender à real necessidadedo cliente, objetivando a melhorrelação custo/benefício.

“Deve-se seguir os conselhosdos técnicos, não existe uma nor-ma que diga como se fazer a sala,o que existe é uma linha de con-duta a ser adotada”, completaRavazi, da Fulguris, com a con-cordância de Ferreira e Mazzetti,da Matrac, que aconselham a pro-curar sempre orientações de es-pecialistas.

Mitsuhashi, da Nife, informaque acidentes ou necessidade dereparos em baterias e máquinaspela falta de treinamento dos fun-cionários ou terceirização paraempresas não especializadas,impossibilidade de ampliaçõesfuturas em razão da localização,não observação das principaisnormas de segurança e tratamen-to ambiental são os erros possí-veis de serem cometidos. “Talprejuízo pode ser evitado solici-tando a ajuda dos fabricantes debaterias e carregadores. Alguns

fabricantes têm feito um ótimotrabalho com respeito ao assun-to, inclusive fornecendo dese-nhos sugestivos de salas de bate-rias e treinamento técnico”, com-pleta o engenheiro da Nife.

Ávila, da Saturnia, alerta queum planejamento incompleto,sem abordagem sistemática, fal-ta de precisão nas estimativas, jáque envolve custos, recursos etempo, onde não se preveja todosos parâmetros para o corretodimensionamento e execução desala de bateria, pode levar a umprojeto que não atenderá as ex-pectativas do cliente.

Assim, segundo ele, é reco-mendável obter-se primeiramentetodas as informações referentes àsbaterias, carregadores/retificado-res, máquinas, área disponível evisão futura para ampliação.

MANUTENÇÃO DASBATERIAS ÉFUNDAMENTAL PARA APRODUTIVIDADE

Considerando a importânciada baterias no processo logísticoda empresa, quando é preciso fa-zer a manutenção das mesmas –como saber a hora de fazer estamanutenção?

O supervisor de logística epós-venda da Aesa diz que, nor-malmente, quem opera a sala debaterias deve estar treinado parafazer manutenções preventivasperiódicas nas baterias (limpeza,troca de bornes e cabos, tomadas,troca da tampa dos vasos, medi-ção da densidade e nível eletro-lítico e pintura das caixas).

“Mas, o que determina o tem-po de parar uma bateria para umamanutenção mais complexa oucorretiva normalmente é a redu-ção da autonomia. A informaçãodo operador no check-list diáriofacilita o diagnóstico das condi-ções da bateria em relação àsoutras e à empilhadeira. Normal-mente controlamos a vida útil deuma bateria utilizando planilhas,gráficos de tempo de descarga,carga, tempo de descanso, au-mento e redução na autonomia.É extremamente importante estecontrole para garantir a durabili-dade e a hora certa de parada paraas manutenções. Os fabricantesde baterias tracionárias fornecemtreinamento e manuais de manu-tenções e segurança que infor-mam passo a passo os cuidadosque se deve ter com uma bateriadurante sua utilização – estesmanuais contêm tabelas de inter-valos para execução de manuten-ções. Também é importante, sem-pre que adquirir uma bateria, pro-curar manter contato com o fa-

bricante e seu departamento depós-venda”, aconselha Novaes.

Ravazi, da Newpower, diz queé aconselhável que a manutençãode baterias seja feita pelo menosuma vez ao mês, levando-se emconsideração que não haja ne-nhum tipo de problema extra. Oscontroles de carga devem ser diá-rios – é por eles que são identifi-cados problemas maiores. Quan-do se aponta nos controles diáriosque uma bateria, por exemplo, está

com a carga desequalizada, estána hora certa de aplicar-se a ma-nutenção.

“Deve-se começar pela cargade equalização, que precisa serfeita com a bateria já plenamen-te carregada e por profissional daárea. Caso a bateria tenha algumperiférico quebrado, este deve sertrocado. Prestar atenção aos ca-bos e conectores é importantepara que danos não permitammau contato e, por fim, a limpe-

za. Deve-se lavar externamente abateria com solução de água e bi-carbonato de sódio, usando-seuma diluição de 10%. As rolhasda bateria devem estar bem fe-chadas para não permitir a entra-da dessa solução nos elementos.Após a neutralização da sujeiracom essa solução, deve-se enxa-guá-la com água normal e secarcom pano limpo”, ensina o ge-rente comercial da Newpower.

Já os representantes daMatrac aconselham que a manu-tenção deve ser feita por empre-sas especializadas e, de preferên-cia, autorizada por fabricantes.

O engenheiro da Nife ponde-ra que a correta manutenção, queinclui a preventiva e a corretiva,é um fator que irá influenciar naperformance e no tempo de vidaútil das baterias. Por isso, o trei-namento dos funcionários é im-prescindível para um bom pro-grama de manutenção. Os itensde verificação de manutençãopreventiva podem ser semanais,mensais ou anuais.

“Os maiores problemas en-frentados pelos usuários de ba-terias tracionárias são: procedi-mentos inadequados de manuten-ção e má utilização, decorrentesdo desconhecimento geral emrelação a um dos itens mais críti-cos das empilhadeiras elétricas,as baterias, que são diretamenteresponsáveis pelo seu desempe-nho. Os fabricantes podem auxi-liar os usuários fornecendo os itensde manutenção necessários paraestabelecer um programa de ma-nutenção adequado, sua periodi-cidade e as recomendações neces-sárias em caso de falha do equipa-mento”, afirma Mitsuhashi.

Os representantes da Mouratambém lembram que todas asbaterias tracionárias têm de teruma manutenção preventiva diá-ria e manutenções corretivasquando for identificada a neces-sidade. “Na utilização das bate-rias deve haver um acompanha-mento diário das suas condições.Existem manutenções como, porexemplo, a dessulfatação, quedeve ser realizada periodicamen-te para evitar a queda da autono-mia e vida útil das baterias. Noscasos mais complexos, como afalha de uma célula, é precisoentrar em contato com o fabrican-te”, explicam. Pegoretti e Biten-court também informam que aprincipal causa da falha prema-tura da bateria é decorrente da fal-ta de uma manutenção preventi-va – em diversos casos, quando asolicitação da assistência técni-ca do fabricante é acionada, oproblema já está irreversível.

Ávila, da Saturnia, tambémavalia que a manutenção é umitem imprescindível para a vida

Como executar amanutenção das baterias

Manutenção preventiva◆ Limpeza externa da caixa e parte superior na região das tampas de

enchimento – normalmente, na limpeza, utiliza-se bicarbonato desódio diluído em água, o que inibe a ação do ácido, evitando aciden-te com o operador e corrosão de outros materiais

◆ Efetuar aperto nos bornes entre vasos, nos terminais e nas toma-das, evitando que um mau contato forneça, nos testes, medidas quenão sejam reais

◆ Conferir o nível dos vasos, completando, caso necessário. Normal-mente, o nível eletrolítico deve cobrir as placas de chumbo contidasem cada vaso

◆ Efetuar todos os testes possíveis utilizando o carregador, o densímetroou os próprios componentes da empilhadeira

◆ Anotar todas as medidas necessárias antes, para conferência comas médias após a manutenção e carga, certificando-se que a bateriaestá em perfeita condição para ser utilizada

Manutenção corretiva◆ Os testes e procedimentos devem ser executados semelhantes aos

da manutenção preventiva

◆ Proceder a testes na rede elétrica, nos carregadores, na empilhadeirae em seus fios e cabos antes de condenar uma bateria a uma manu-tenção corretiva: pode ocorrer do defeito não ser da bateria

◆ Caso a manutenção requeira a remoção parcial ou total dos vasos,remover o ácido com ferramentas ideais e armazenar em recipientesapropriados, evitando acidentes corporais ou materiais ou de ordemambiental

◆ Baterias tracionárias produzem gases devido ao aquecimento dosvasos, portanto é indispensável que o profissional na manutençãoutilize os equipamentos de proteção individual necessários para esteprocedimento

◆ A desmontagem e montagem de uma bateria pedem mão-de-obraespecializada. Caso a empresa não disponha deste profissional,recomenda-se acionar a assistência técnica do fabricante

Fonte: Aesa

A sala de baterias deve oferecercondições de segurança

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 15EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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da bateria. Para determinar-sequando fazer a manutenção – se-gundo ele – deve-se, a princípio,conhecer como a bateria opera,qual a profundidade de descargaque a mesma atinge em seu ciclode trabalho, pois a manutençãoestá diretamente associada à con-dição de operação, que pode serleve, média ou pesada, o que de-termina quando e como realizara manutenção na bateria.

O desenhista/projetista daSaturnia também lembra que épreciso sempre seguir o contidono manual da bateria e o reco-mendado pelo fabricante, obede-cendo-se os requisitos de segu-rança, utilizando-se EPIs, toman-do os devidos cuidados com asegurança individual, coletiva etambém com o meio ambiente.

CARREGADORESTAMBÉM DEVEMPASSAR PORMANUTENÇÃO

Não somente as bateriastracionárias devem passar pormanutenção: os seus carregado-res também.

“As manutenções preventivaspara os carregadores de bateriasdevem ser efetuadas no mínimoa cada 6 meses, ou corretivamen-te, quando for percebida algumadas anomalias: aquecimento ex-cessivo; cheiro de queimado; pre-sença de fumaça; desligamentoantes do período normal de

recarga (geralmente 8 horas);baterias com eficiência deoperação abaixo do normal; apre-sentação nos displays, no casodos eletrônicos, de indicações defalhas de funcionamento; edesativamento constante dosdisjuntores térmicos da rede elé-trica”, explica Bento GonçalvesNeto, gerente de filial da RetecComércio Serviços e Represen-tação (Fone: 34 3231 9226).

Ele também ensina que asmanutenções dos carregadoresdevem sempre seguir os manuaisde instrução dos fabricantes, quede forma geral indicam a verifi-cação dos seguintes itens: estadogeral dos cabos, tomadas e pinosde ligação às baterias; estado docabo e da tomada de ligação àrede predial; verificação da cor-

Baterias tracionárias têm de termanutenção preventiva diária

Manutenção em carregadores de baterias tracionárias

Freqüência de ManutençãoAs recomendações que seguem têm o caráter de sugestão edevem ser adaptadas para cada nova situação que seapresente.

Semanal:✓ Inspeção visual

Mensal:✓ Verificação de tensão e corrente de saída quando da

aplicação de cargas variáveis no sistema✓ Verificação do sistema de ventilação forçada✓ Verificação das condições de contato de barramentos de

troca de tensão, teclado de membrana e cabos

Anual:✓ Toda a lista de verificações da inspeção mensal✓ Verificação e simulação das sinalizações, alarmes de

proteções, verificação dos sensores e as respectivasatuações

✓ Teste de materiais sobressalentes✓ Revisão das conexões de interligações de potência✓ Revisão das interligações internas

Fonte: Powerbras

LimpezaDeve ser feita limpeza com pincelmacio, a seco, ou espanador, depen-dendo de cada caso, ou, se possível,com jato de ar seco, com os cuidadosnecessários para evitar danos aoscomponentesEm caso de peças móveis comproblema de funcionamento porpresença de poeira, é recomendávelsua substituição por peça sobressalen-te. Para contatos elétricos é recomen-dável a limpeza com pano umedecidocom benzina ou solvente e untado emvaselina. Deve-se tomar cuidado emdesenergizar os circuitos envolvidos namanutenção

Inspeção VisualDeve ser feita com muita freqüência,pois da verificação do estado dassinalizações depende a indicação dasocorrências no equipamento e seuscomponentes. Os pontos das conexõesdos cabos, fixações e módulos emgeral devem ser observados quanto àexistência de mau contato - coloraçõesescuras nos pontos de conexõesindicam mau contato. Vazamento emcapacitores eletrolíticos e contatos emconectores de encaixe devem integraruma adequada inspeção visual. Todosos apertos necessários devem serfeitos sempre com as ferramentasadequadas, especialmente nossemicondutores e seus dissipadores.

Manutenção PreventivaVerificar: ✓ disjuntores de entrada CA

✓ barramento de troca de tensão da rede CA✓ limite de corrente/tensão✓ instrumentos de medidas CA e CC do painel✓ circuitos de proteções e sinalizações✓ teclado de membrana✓ equilíbrio das fases✓ sistema de ventilação forçada✓ temperatura do transformador e da ponte retificadora✓ e testar peças sobressalentes (se houver)

rente fornecida às baterias nosestágios de recarga; reaperto dosconectores e terminais elétricose eletrônicos; e verificação da ali-mentação predial quanto a osci-lações dentro dos limites indica-dos pelo fabricante.

“A falta de manutenção ou amanutenção incorreta dos carre-gadores afeta diretamente a vidaútil das baterias tracionárias, bemcomo provoca o consumo desne-cessário de energia elétrica. Oscarregadores são projetados paraque, em um determinado tempo,seja enviada às baterias uma cor-rente que, naquele estágio, venhasuprir a necessidade da recarga.Dentre os estágios de recarga te-mos também a equalização doselementos das baterias que pro-porcionam, quando em funciona-mento ‘ideal’, a melhor eficiênciade trabalho da bateria e, também,maior longevidade desta”, com-pleta Gonçalves Neto.

Pelo seu lado, Seiji Sato,diretor da Powerbras IndústriaEletrônica (Fone: 21 2562.0652),destaca que, como todo equipa-

mento, os carregadores de bate-rias têm de receber manutençõespreventivas periódicas, em inter-valos de tempo e níveis de deta-lhes diferentes. Principalmentepor se tratar de um equipamentoque, em sua grande maioria, tra-balha 24 horas por dia. “As prin-cipais conseqüências da falta deuma manutenção correta, execu-tada por técnico habilitado e coma periodicidade necessária, são:no caso de um funcionamentoinadequado do circuito de con-trole do carregador, todo o pro-cesso de carga da bateria estarácomprometido, o que, com todacerteza, irá prejudicar a bateria ediminuir sua vida útil; pela mes-ma ocorrência, o próprio carrega-dor poderá ser danificado, atémesmo inviabilizando sua recu-peração; e ainda, como conse-qüência da mesma falha, os usuá-rios, principalmente os que utili-zam um grande número de equi-pamentos, terão um elevado con-sumo de energia, aumentando ocusto de sua operação, desneces-sariamente”, finaliza. ●

Inovadoor lançaporta industrialpara frigoríficos

A Inovadoor (Fone: 41 3365.5682), fabricante de portasindustriais, acaba de lançar aporta flexível Isofrio, indicadapara ambientes refrigeradoscomo indústrias, frigoríficos, su-permercados e centros dearmazenagem, processamentoe distribuição. A Isofrio é resis-tente a choques e possui velo-cidade de abertura e fechamen-to de até 1 m/s, o que reduz atroca térmica entre a antecâ-mara e a câmara frigorífica. Écomercializada em duas ver-sões: 707, indicada para am-bientes refrigerados positivos(até 0º C) e temperatura am-biente sem risco de gelo, e 708,indicada para ambientes nega-tivos (até -25º C). Além disso,interrompe automaticamente ociclo através de sistema desegurança contra acidentes,possui capacidade de 240 aber-turas/fechamento por hora evedação completa contra luz evento. Também oferece prote-ção e esterilidade contra con-taminações, poeira e insetos,baixo consumo de energia eisenção de ruídos e raios UV. “Olançamento das portas Isofrio dealto tráfego representa uma evo-lução no mercado de portas paracâmaras frias. Elas oferecem de-sempenho superior às portas decorrer automáticas em retençãoe recuperação de frio, economi-zando energia”, declara Miguelde Paiva Rezende, diretor co-mercial da empresa.

Notíciasr á p i d a s

16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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OPERADOR LOGÍSTICO

ABC Integrated Logisticscompleta dez anos

A ABC Integrated Logistics(Fone: 11 4125.8007) – empre-sa que oferece soluções perso-

nalizadas em transporte rodoviário,logística integrada e de eventos – com-pleta este ano uma década de existência.

Com sede em São Bernardo doCampo, SP, filiais em Rezende, RJ,Curitiba, PR, representantes emUruguaiana e São Borja, RS, parceirosno Chile e escritórios na Argentina eno Peru, a empresa conta atualmentecom 90 funcionários, frota com 18 ca-minhões, 21 pranchas e 37 baús. Alémdisso, nos últimos anos, apresentou umcrescimento anual médio de 20%.

Danilo Guedes, diretor administrati-vo-financeiro da ABC IntegratedLogistics, conta que a trajetória da em-presa começou com operações voltadas

Guedes: empresa opera com grandesmontadoras de caminhões

para o transporte internacional decargas, atendendo principalmente aArgentina e o Chile.

“Em busca contínua por novos seg-mentos de mercado, a ABC Cargas pas-sou a operar com as grandes monta-doras de caminhões e encarroçadoresde ônibus, transportando caminhões eônibus por meios próprios para o Bra-sil e América do Sul, através de pran-chas hidráulicas, equipamentos produ-zidos especificamente para essa finali-dade”, continua o diretor.

Hoje, a ABC Integrated Logisticsroda mais de 91 mil quilômetros

diários, 2,730 milhões mensalmente e33,360 milhões de quilômetros por ano.

Entre as principais vocações dacompanhia estão o transporte interna-cional de cargas e os transportes na-cional e internacional de caminhões eônibus. Com média de 1.000 veículostransportados por mês, a empresa temforte presença no mercado de veículosnovos, oferecendo duas modalidadesneste segmento: sobre prancha (embar-cados) e rodando.

Além disso, a ABC também realizao transporte de praticamente todo tipode carga e organiza a gestão de eventose a participação de seus clientes, sejana área de vendas, divulgação de no-vos produtos ou na fixação de imagem.

Como diferencial da companhia,Guedes cita o conceito de posiciona-mento de carga no transporte de veícu-los zero quilômetro. É construído umhistórico de todos os pontos de checa-gem, chegadas e saídas de fronteiras,postos alfandegários, passagens poraduanas intermediárias, até a entregafinal do produto em seu destino. “Emtodos os processos, a tecnologia tem sefeito presente para melhor nos prepa-rar para o futuro e disponibilizar a in-formação de forma ágil e de qualida-de”, completa o diretor. ●

OPERADOR LOGÍSTICO

CSI Cargo e Renaultfecham contrato

Para Orlando Bruggër, diretor delogística da Renault Mercosul, o quelevou a CSI Cargo a vencer os demaisconcorrentes foi a demonstração físicade capacidade técnica aliada a custoscompetitivos.

Além disso, o fator proximidadetambém foi levado em consideração,uma vez que as duas empresas sesituam em São José dos Pinhais.

André Ceballos, diretor presidenteda CSI Cargo, acredita que a empresaconquistou o contrato em virtude, prin-cipalmente, do know-how comprovadopelos serviços prestados à própriaRenault Argentina, a Volkswagen/Audie a Scania.

O ponto principal desse contrato,avalia a Renault, será a redução de cus-tos logísticos. E, para atingir esse ob-jetivo, o diretor-presidente da operadoralogística anuncia que contará com umquadro de profissionais altamente qua-lificados que integram a área de plane-jamento logístico.

“Abordando a definição de layout,dimensionamento de equipamentos eredesenho dos processos de movimen-tação de materiais teremos impacto noscustos logísticos da planta. Isto irá tra-zer, também, redução de dano de ma-terial e/ou equipamentos, interrupçãode produção e estoques elevados, entreoutros”, finaliza Ceballos.●

Nos próximos três anos, a CSICargo (Fone: 41 3381.2314) –controlada pelo Grupo Cargo –

será responsável pela logística internada Renault, de acordo com contrato fir-mado em março último.

A operação envolverá aproximada-mente 350 pessoas e serão investidos pelaoperadora logística R$ 4 milhões emequipamentos de movimentação, comoempilhadeiras, rebocadores e transpa-leteiras. As áreas de atuação serão alogística industrial das três fábricas docomplexo Ayrton Senna, em São José dosPinhais, PR, da qual fazem parte a CVP(veículos de passeio), a CVU (veículosutilitários) e a CMO (motores).

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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A

EMPILHADEIRAS

Clark comemora90 anos de atuação

marca de empilhadeiras Clark,que atua no mercado brasilei-ro desde 1958, está completan-

do 90 anos.A primeira empilhadeira foi inven-

tada em 1917 por Eugene Badley Clarke, desde então, a empresa vem intro-duzindo conceitos como transmissõesautomáticas, utilização de protetoresdos operadores, cinto de segurançapadrão para todos os equipamentos,aba de segurança contra tombamentolateral e válvulas hidráulicas para pro-teção do sistema, em caso de pane,entre outras.

Além de presente no Brasil, a Clark(Fone: 19 3881.1599) conta com ins-talações e fábricas na China, EstadosUnidos, Coréia, Costa Rica, Espanhae Alemanha.

E, falando em Brasil, desde 2003pertencendo ao grupo coreano Young,An, a empresa está situada na cidadede Valinhos, SP, oferecendo operaçõesde vendas de máquinas e uma rede dedistribuidores composta por 13 empre-sas tradicionais no ramo de equipamen-tos, totalizando 23 pontos em todo oterritório nacional. Também fornecesuporte técnico e peças de reposiçãopara toda a frota.

Como parte da comemoração dos90 anos, a empresa apresenta sua novalinha de empilhadeiras para o merca-do brasileiro: os modelos a combustãoC60/70/80 e C20/25/30/35 e o mode-lo elétrico-pneumático GEX25.

Daniela Gomes, coordenadora demarketing da Clark, explica que osmodelos C60/70/80 oferecem umanova oportunidade para o mercado demáquinas de oito toneladas no que serefere à questão custo x benefício. “Ogrande diferencial da linha está na altacapacidade de carga e em sua estrutu-ra compacta, que permite o trabalho emáreas de difícil acesso: uma grande van-tagem em relação aos modelos simila-res”, destaca. É equipada com motorde 100 HP, transmissão automática detrês velocidades, freio a disco em ba-nho de óleo e chassi robusto.

Já os modelos C20/25/30/35 sãomáquinas compactas e robustas que

proporcionam conforto e ergonomiacom baixo custo operacional, declaraDaniela. Os modelos de duas a três to-neladas da linha elétrica da Clark fun-cionam em corrente alternada de 80 Ve operam em qualquer terreno – mes-mo em operações severas –, utilizandoas mesmas condições de uma empilha-deira a combustão. As máquinas, quetambém trabalham sem restrição quan-to ao tipo de piso, têm capacidade paravencer rampas com inclinação de até38%. “São totalmente blindadas e aten-dem à demanda de redução de ruídos epoluição em áreas fechadas, um gran-de diferencial para o mercado alimen-tício”, salienta a coordenadora demarketing, lembrando que além des-sas novidades, a Clark anuncia areformulação do site, com espaço paracotações on-line.

Entre as tendências na área, Danielacita o crescimento da competitividadeentre as marcas de empilhadeiras e osnovos modelos lançados, que aumen-tam as oportunidades para as empre-sas de todos os segmentos.

Sobre as perspectivas da Clark emrelação ao mercado brasileiro deempilhadeiras, a coordenadora demarketing relata que elas são bastantepositivas, pois novas contratações se-rão realizadas a partir do segundo se-mestre deste ano, além do início damontagem de parte das máquinas naunidade em Valinhos, principalmentedos modelos a combustão. “Algunsacessórios das empilhadeiras estão sen-do adquiridos no Brasil, em vez de se-rem importados, e a tendência pelaaquisição de produtos brasileiros cres-cerá na medida do crescimentoda demanda do mercado. Todas essasmudanças melhorarão nossa competi-tividade e contribuição com o merca-do brasileiro e, com certeza, trarãomelhores custos”, finaliza.●

CONTROLE DE ARMAZÉNS

MWMInternationalMotoresimplementaSAGA

A MWM International Motores(Fone: 11 3882. 3200), que atuano desenvolvimento de tecnolo-

gia diesel, acaba de implementar o Sis-tema Automatizado de Gerenciamentode Armazém, o SAGA, em sua plantade Santo Amaro, na capital paulista.

Trata-se de uma ferramenta deWMS – Warehouse ManagementSystem que opera integrada ao SAP,possibilitando o controle de toda a mo-vimentação, estocagem, abastecimen-to e a rastreabilidade de itens produti-vos e motores.

Para tanto, foram adquiridos 32coletores, instaladas 16 antenas e con-figurados 2.500 endereços de estoca-gem e abastecimento na planta. A em-presa espera amortizar o investimentopara a instalação do SAGA, que foi deUS$ 206 mil entre hardware, softwaree serviços, em até 18 meses de operação.

Segundo comenta Carlos Panitz, ge-rente de Planejamento e Logística daMWM, o SAGA não é apenas uma fer-ramenta de controle de estoques, elegerencia de maneira inteligente aalocação dos recursos. “Além disso,adequamos a ferramenta para suportaro processo de abastecimento das linhaspor kanban e por kits”, diz.

O gerente também lembra que umdos diferenciais do SAGA é o conceitode convocação ativa, ou seja, as tarefassão alocadas automaticamente para osrecursos disponíveis. “Se um lote depeças foi consumido na linha, o siste-ma gera uma convocação automáticapara que um usuário disponível realizea tarefa.” Por outro lado, ele destaca quea utilização do sistema de radiofre-qüência permite que toda comunicaçãoaconteça em tempo real. ●

O mudou de endereço!Agora estamos na Rua dos Pinheiros, 240 - cj. 12

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LogWebJ O R N A L

18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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INVESTIMENTO

Tito investe emmelhoria de seusprocessos e tecnologia

Bermúdez: “Com a nossaestrutura, oferecemos uma

solução completa paratodas as Américas”

Os maiores fluxos demercadorias são deIllinois, Ohio, NovaJersey, Nova Iorque eCalifórnia para Viraco-pos, Guarulhos, Manaus,Vitória, Curitiba, Recife,Buenos Aires, Cidade doMéxico, Guatemala, Pa-namá, entre outras loca-lidades.

Já no modal maríti-mo, a empresa utiliza,principalmente, os por-tos de Miami, LosAngeles, Norfolk, NovaIorque e Houston. Osprincipais destinos dascargas de exportação dos

EUA são: Santos, Vitória, Manaus, Suape eBuenos Aires. “Um dos grandes diferen-ciais da Tito é a capilaridade das operações.Com a nossa estrutura, oferecemos uma so-lução completa para todas as Américas”,ressalta Bermúdez.

DESEMBARAÇO ADUANEIROReinaldo dos Santos, gestor operacional

da Tito, também destaca que a empresa éreferência na gestão aduaneira de liberaçãode mercadorias importadas do setorautomotivo no Aeroporto de Guarulhos.“Conforme ranking da Infraero, a Tito foi amais eficiente no mês de abril. O tempomédio registrado foi de 18h27m”, diz ele.

O gestor operacional também informaque, de janeiro a abril, a empresa reduziuem 35,8% o tempo de desembaraço dasimportações em Guarulhos. Segundo aInfraero, em janeiro, a operação totalizou28h46m; em fevereiro, 21h34m, e, em mar-ço, registrou 23h01m.

Ainda segundo Santos, trata-se de pro-cessos aéreos de uma grande montadora,cujo braço logístico mundial contratou aTito para a execução de seus procedimen-tos aduaneiros, também nos modais marí-timo e rodoviário. “Os principais benefí-cios com a redução do tempo de desemba-raço aduaneiro para a empresa são dimi-nuição no custo de armazenagem, baixonível de inventário e atendimento de formarápida e eficiente ao cliente final, pois sãopeças de reposição posteriormente envia-das para lojas e oficinas”, explica.

O gestor operacional completa afirman-do que, com relação aos processos aéreos,a Tito já conquistou sete vezes a liderançano ranking de melhor performance no Ae-roporto de Viracopos, também em impor-tações do setor automotivo. ●

A Tito Global TradeServices (Fone: 112102. 9300), provedo-

ra de serviços em logística in-ternacional, comércio exteriore gestão aduaneira, anuncia in-vestimentos da ordem de US$1 milhão nas áreas de Quali-dade e Melhoria de Processos,Gerenciamento de Projetos(PMO) e TI. Além disso, a em-presa está otimista com a pre-visão de negócios para 2007 eprevê um crescimento de 30%.

Desde 1999, para atendersolicitações específicas de al-guns de seus clientes, a Titotem expandido sua atuação noexterior com a abertura defiliais na Argentina, México e EstadosUnidos (Miami e Doral) para ofereceroperações alicerçadas nas legislações decomércio internacional dos países em queatua, além de contar com uma rede conso-lidada de agentes.

“Como se sabe, diversos acordos e tra-tados internacionais vêm incrementando ocomércio entre países e regiões por todo omundo. A empresa assessora ainda seusclientes quanto à melhor forma de usar asnormas e as regras desses acordos comerciaise capitalizar oportunidades de negócios”,declara Hermeto Bermúdez, CEO da Tito.

Ele também informa que a empresa foiapontada pela Infraero como a mais ágiloperadora aduaneira nas importações dosegmento automotivo através do AeroportoInternacional de Viracopos (Campinas,SP), o que valeu a indicação para o Prê-mio Fênix – 2006 e o título Destaque Ca-deia Logística Viracopos do mesmo ano.

Há 72 anos no mercado, a Tito desen-volve atividades na área de gestão econsultoria aduaneira, agenciamento decargas, outsourcing e gerenciamento deprojetos especiais em logística interna-cional. Entre os seus principais clientesestão empresas do setor automobilístico,químico e alimentício.

A companhia possui escritórios em SãoCaetano do Sul, Santos, Suzano, Viracopose Guarulhos, SP; Porto Alegre, Uruguaia-na, São Borja, Novo Hamburgo e Rio Gran-de, RS; e Salvador, BA. Na Argentina, temunidades em Buenos Aires, Zarate e Pasode Los Libres, e no México, na Cidade doMéxico.

Para operações nos Estados Unidos, aTito conta ainda com um hub em Miami,que coordena os fluxos de todas as regiõesdo país para todas as Américas.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 19EDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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UNITIZAÇÃODE CARGAS

“Cumprimento o JornalLogWeb pela publicação damatéria ‘Unitização de Car-gas’ [Edição 63, maio de2007]: abrangente, direta emuito útil... e também opor-tuna, porque há muitospalpiteiros no mercado. Ago-ra temos ordem na casa.”

Mauro V. de ChermontSócio-Gerente

Chermont Engenhariae Consultoria Ltda.

MATÉRIA SOBREFAST-FOOD

“Na edição nº 62, de abril de2007, na matéria ‘Fast Food:Rapidez na mesa e na estra-da’, respondi aos questiona-mentos para a reportagem,no entanto, foi citado quetoda a nossa estrutura (4º pa-rágrafo do sub-item ‘infra-es-trutura’) atende 125 pontosde venda. Na verdade, 125pontos estão relacionadosao número de lojas do Chinain Box, e no total atendemosquase 600 pontos de venda.”

Daniel GarciaGerente de operações

da Fast & Food,responsável pela logística

e distribuição dosinsumos e produtos

negociados daChina in Box

Palavrado Leitor

“... gostaria de parabenizarsobre a matéria em referên-cia [unitização de cargas].Tema e informações relevan-tes, além de excelente abor-dagem... contribui muito paraa atualização dos profissio-nais de logística e embala-gens no Brasil.”

Marcelo GasparManaging DirectorNefab Embalagens

Envie suas opiniões,sugestões e críticas para o

jornal LogWeb:[email protected]

20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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Agilidade, respeito ao meioambiente, ao colaborador, aofornecedor e ao cliente, garantia,qualidade, melhoria contínua,evolução. Todas estas característi-cas raras de serem encontradasem um fabricante de bateriaspodem ser constatadas naNewpower Sistemas de Energia,fabricante das baterias Fulguris.

Em primeiro lugar, valedestacar que a empresa estámudando para uma nova plantafabril, com mais de 40.000 m2 deárea, contando com 365 funcioná-rios, estações de tratamento deefluentes e de resíduos, doislaboratórios – um químico e umelétrico –, máquinas de últimageração e as mais modernas domundo. Esta nova instalação jáestá sendo considerada a maior daAmérica do Sul em termos deprodução de baterias industriais.

DIVERSIDADEDIVERSIDADEDIVERSIDADEDIVERSIDADEDIVERSIDADEMarco Antonio Vac Junior,

diretor da Fulguris, explica que aempresa é fabricante de bateriasindustriais, e que, portanto, não sededica apenas à produção debaterias tracionárias para empilha-deiras, paleteiras e rebocadores.“Também fabricamos bateriasestacionárias para o setor detelecomunicações, usinashidroelétricas e outras aplicações,além de baterias especiais paratrens do Metrô, sistemas deemergências, locomotivas elétricase para partida de locomotivas adiesel, sinalização marítima,sistemas de incêndio e iluminação

Informe publicitário

Fulguris: muito mais quebaterias tracionárias

de emergência, entre outras”.O diretor também conta que a

empresa está no mercado há 45anos, tendo sido fundada sob ocomando de seu avô, José Vac.“Ela nasceu fabricando bateriasautomotivas, e logo se tornou umsucesso”, explica Marco Antonio.

Mais adiante, já sob o comandode seu pai, Marco Antonio Vac, aFulguris manteve um crescimentocontínuo, apesar dos sucessivosplanos econômicos que sempredificultaram a vida do empresáriobrasileiro. “O meu pai é umprofissional bastante inteligente e,em 1975, com uma visão futurista,transformou aquela fábrica debaterias automotivas em umafábrica de baterias industriais.Naquela época, começou a haver aconcorrência das grandesempresas multinacionais na áreade baterias automotivas, e tambéma proliferação de pequenasempresas, sem garantia dequalidade, que ofereciam asbaterias na informalidade. Assim,diante de um mercado incerto àépoca, meu pai decidiu partir para afabricação de baterias industriais”.

A esta decisão seguiu-se umperíodo de sucesso e prosperidadee, em 2003, Marco Antonio VacJunior assumiu o comando dacompanhia. “Daquela época paracá, partimos para a modernizaçãodas instalações – que culminoucom a nova fábrica –, a consolida-ção da marca e o aprimoramentoda gestão dos negócios, o que noslevou à condição de líder absolutono mercado de bateriastracionárias. Tanto que já recebe-

mos um prêmio como fornecedorda Nacco e acabamos de fecharum grande contrato de OEM –Original Equipment Manufacturerpara o grupo ESA, com as marcasLinde e Still. Ou seja, dada a nossainquestionável qualidade, nostornamos líderes e referência nomercado nacional e, portanto, temoscondições de estabelecer parceriasmuito competitivas com os nossosclientes”, diz o diretor da Fulguris.

VANTAGENSVANTAGENSVANTAGENSVANTAGENSVANTAGENSCOMPETITIVCOMPETITIVCOMPETITIVCOMPETITIVCOMPETITIVASASASASAS

Quando assumiu a direção,Marco Antonio tratou de identificaros pontos fortes da empresa paratrabalhar na melhora contínua. Econseguiu destacar as grandesvantagens competitivas dela.

A primeira é a qualidade dosfuncionários. Por quê? O diretorconta que, ao contrário do queacontece em outras empresas dosetor, na Fulguris não há perda defuncionários, os quais passam porconstantes reciclagens e qualifica-ção, e também são tratados comtodo o respeito. “Temos profissio-nais em várias atividades com até30 anos de empresa. Isto é umponto forte da organização, já quecada um sabe quais são asexpectativas dos clientes e trabalhacom base em resultados”, conta.

Para o diretor, o sucesso daempresa também está baseado nofato de reunir um quadro deexecutivos na parte técnica,comercial e administrativa comlongo tempo de atuação nomercado e altamente capacitados.

Ainda em termos de ambientede trabalho, o mantido na Fulguris,ainda segundo Marco Antonio, ésaudável, buscando valorizar otratamento humano e a sinergianecessária para o bom desenvolvi-mento da organização. “Temos umambiente divertido, mas profissional,e lidamos bem com o setor humano.Também realizamos treinamentosinternos e oferecemos cursosexternos para os nossos clientes efornecedores, para que tenham amelhor produtividade”, completa.

Outro ponto forte é a qualidade.“Os produtos concorrentes foramsendo barateados para atender àsexpectativas dos acionistas, e nãodos clientes, o inverso do queocorre na Fulguris, onde buscamosatender às expectativas dos clientescom produtos de qualidade e delonga vida útil. Vale lembrar quetambém somos certificados na ISO9001 e que nossas bateriastracionárias têm uma duração médiade seis anos, contra, no máximo,quatro anos das outras. As bateriasFulguris também oferecem maishoras de trabalho/dia que a médiados concorrentes.”

Marco Antonio destaca, ainda,que o dinamismo é outra característi-ca da empresa. “Temos uma equipede profissionais técnicos bastantecompetentes e rápidos para atenderàs exigências do mercado. A Fulgurisconsegue inovar e criar ambiente desatisfação junto aos clientes, e mais:tenta exceder as expectativas detodos que estão na cadeia doprocesso produtivo, ou seja, ocolaborador, o fornecedor e ocliente.”

Resumindo, o diretor explica que,como diferencial da Fulguris para setornar uma referência no mercado,procura cuidar bem dos seusprofissionais e, em troca, pede queestes valorizem os seus clientes,fornecedores e produtos quefabricam.

Neste contexto, vale serdestacado o aspecto do pós-vendas,onde a empresa é bastante forte.“Enquanto a concorrência desenvolveprodutos mais fracos e não atendequando o cliente precisa, oferecemosprodutos mais fortes e fazemos tudopelo cliente”, diz ele.

Marco Antonio lembra quequalquer empresa pode enfrentarproblemas em seus produtos e que aFulguris não mede custos parasolucioná-los. Ou seja, executaatendimentos em garantia, de formarápida, não abandonando o cliente asua sorte, “que é uma prática comumno setor, abandonar o cliente no pós-venda, num raciocínio que parececlaro, porém errado: a ausência deassistência leva a um mau uso doproduto, à sua morte prematura e àcompra de novo produto. Ao contráriodisso, ensinamos como usar melhor abateria e como obter uma vida útilmaior. Dessa maneira, mostramos quenossas baterias são mais duráveis econfiáveis”, completa.

Ainda em termos de diferencial, aFulguris produz toda a matéria-primautilizada na fabricação das baterias,inclusive faz a extração e o proces-samento do chumbo e a suareciclagem, atendendo à demandalegal para a retirada de produtosperigosos do mercado e poupando aextração desnecessária dos mesmos.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Sandro Ravazi, gerente dadivisão tracionária, lembra que aFulguris consolidou sua posição deliderança no mercado de bateriasgraças a sua forte opção porqualidade e no pós-venda de seusprodutos. “Há poucos anos, asfábricas de baterias encontraramum divisor de águas: ou primava-sepela qualidade, usando-se bons ecaros insumos e dando bomatendimento aos produtos, ouoptava-se por fabricar bateriasmenos duráveis, com insumosmais baratos e deixando de lado oatendimento ao cliente.”

E o gerente continua: “mesmosofrendo concorrência de bateriasinferiores e com preços baixos,optamos em fabricar bateriasduráveis e dar um atendimentosoberbo aos nossos clientes, comisso, conseguimos firmar a marcaFulguris como a melhor bateria domercado. Para conseguirmosvencer a concorrência, além depossuirmos uma bateria comdesempenho superior, nosvoltamos para nossa própriaorganização e conseguimos nostornar extremamente maiscompetitivos, verticalizando nossasoperações. Com a verticalização denossos principais insumos deprodução, conseguimos baixarcustos internos e conciliar nossasfábricas às normas do CONAMA eda CETESB no que tange aoscuidados com o meio ambiente,recolhimento de baterias inservíveis,reciclagem e re-inserção dessesmateriais no processo produtivo”.

Marco Antonio concorda. “Onosso diferencial ambientaltambém é raro no setor. Não temospassivo ou pendências ambientais,atendemos a legislação ambientale de saúde dos operadores,buscando exceder qualquer limiteoperacional. Isto é muito importan-te: cuidamos da saúde do meioambiente e também aceitamos econduzimos com transparência ascríticas que possam vir a acontecer.

COM A PALAVRA, ALGUNS CLIENTES DA FULGURIS

“Com a Fulgurisencontramos qualidade,pontualidade e bonspreços. Se todos osnossos fornecedoresfossem assim,estaríamos no céu.”Flávio Canal - DiretorKontatec SistemasElétricos

“Conhecemos a Fulguris e sua historia há mais de 30 anos, e acompanhamossua progressão no mercado. Identificamos coisas que muito se assemelhamao perfil da Matrac, ou seja, qualidade, seriedade e crescimento, entre outras,que acabaram unindo nossas empresas há três anos, nos quais trilhamosaté o momento uma parceria de sucesso. O Marco Antonio mais uma vez nossurpreende com o espírito empreendedor e se lança em um novo desafio queé a nova fábrica, a qual, com certeza, já é objeto de orgulho para todos nós, oque confirma mais uma vez nossa decisão acertada em trabalhar de mãosdadas com o maior fabricante de baterias tracionárias do Brasil.”Edmilson dos Anjos - Diretor - Matrac

Somos um potencial protetor domeio ambiente, assim evitamoscometer erros que outrasempresas do setor já cometeram,e com isso abrimos os nossosprocedimentos operacionais paraos órgãos fiscalizadores do meioambiente sem ressalvas, criando,assim, uma base sólida deatuação para conduzir osnegócios de maneira saudável”,diz o diretor. Ele também destacaque toda esta força de ação járendeu à empresa dois prêmiosde preservação ambiental:

✓ Prêmio CNI - ConfederaçãoNacional da Indústria -1° lugar em “Conservaçãodos Insumos daProdução”, ano de 2004.

✓ Case premiado em 2°lugar no 3° BenchmarkingAmbiental Brasileiro em“Atitude AmbientalResponsável eCompetitiva”, ano de2005.

Concluindo, o diretor diz quea busca contínua de melhoria daqualidade, de produtividade, deprocesso produtivo – e também oinvestimento em novasinstalações e nos profissionais –garantem, por outro lado, acontinuidade da Fulguris comolíder em tecnologia e departicipação no mercado.“Também é importante destacar afidedignidade da companhia aomercado de baterias industriais.Enquanto outras empresas dosetor mudaram de dono váriasvezes, mudaram de marca eperderam a identidade, nosmantivemos fiéis aos clientes,formando uma empresatradicional e consolidada”,completa. ●

www.fulguris.com.bre-mail: [email protected]

Tels.: 11 6412-19226413-5605

“Desde o início de 2006, a ESA(Still e Linde) estava selecionandofabricantes de acessórios comobaterias, carregadores, carrinhos, etc.para as máquinas comercializadas noBrasil. A idéia era que estes parceirosfabricassem os acessórios em regimede OEM para as marcas Still e Linde,que são comercializadas pela ESA(Grupo Kion) no Brasil. Tanto a Stillcomo a Linde já trabalham há algunsanos desta forma na Europa,oferecendo uma solução completaaos seus clientes. Neste caso,máquina, bateria, carregador edemais acessórios são fornecidosaos clientes com a marca Still e/ouLinde. A grande maioria dos clientesse sente mais confortável em saberque pode comprar uma soluçãocompleta de um único fornecedor,sem se preocupar com possíveisproblemas de incompatibilidade dosprodutos adquiridos, garantia, etc.Foram consideradas questões comoconfiabilidade do fornecedor,qualidade do produto, capacidade deprodução, histórico de fornecimento,presença no mercado brasileiro ecusto no processo de seleção dosfornecedores. No caso das baterias, oprocesso de seleção demorou muitomais do que os outros acessórios,pois a bateria é o coração de umamáquina elétrica e tínhamos que tercerteza de que estávamos tomando adecisão correta antes de oferecermosesta solução aos nossos clientes.Depois de um criterioso processo deseleção, a Fulguris foi escolhida aempresa parceira da ESA nesta novaetapa, devido, principalmente, ao seuhistórico e à qualidade incontestávelde seus produtos. A relação defornecimento entre a ESA e aFulguris já perdura há muitos anos eagradecemos aos nossos clientespela confiança que depositam nestaparceria, pois tanto a ESA (Still eLinde) como a Fulguris são líderes nomercado brasileiro de equipamentoselétricos. Iniciamos o processo defabricação das baterias Still e Lindecom a Fulguris no início de 2007, eestamos certos de que fizemos aopção correta.”

Frank BenderDiretor-presidente - ESA

UTILIZAÇÃO DABATERIA PELO CLIENTE

ATÉ O TÉRMINO DAVIDA ÚTIL

PRODUÇÃO DECHUMBO EM

MINAS GERAIS

PRODUÇÃO DE LIGASE BATERIAS EM

GUARULHOS

FLUXO DO CHUMBOFLUXO DO CHUMBO

RECOLHIMENTOE RECICLAGEM DAS

BATERIAS ESGOTADAS

VALORES HUMANOSVALORES HUMANOSVALORES HUMANOSVALORES HUMANOSVALORES HUMANOSCom 42 anos, pai de 4 filhos, Marco

Antonio faz parte de uma família deempresários que há gerações dedica-se ao segmento de baterias, tendopassado grande parte da sua vidaaprendendo sobre o negócio. Hoje, eleé um grande conhecedor das atividadesda Fulguris, e existe um amploreconhecimento dos profissionais daempresa para com ele, considerado umlíder carismático e generoso queconsegue promover um grande nível defamiliaridade na companhia.

Outro destaque na Fulguris é o Dr.Guido Cyrillus Clemens Clinckspoor.“Toda a qualidade técnica das bateriasFulguris, que tanto nos ajudou a vencerobstáculos e posicionar a nossafábrica na liderança do mercado, sedeve à sabedoria e ao conhecimentodo nosso gerente de manufatura,mestre em baterias, Dr. GuidoClinckspoor, Belga, químico deformação, doutorado em química física,se tornou um nome conhecido

mundialmente graças aos trabalhos realizados em sua vida profissio-nal, na qual não mediu esforços para difundir essa sabedoria,montando uma equipe coesa e responsável”, destaca Marco Antonio.

Ainda em termos de valoreshumanos, vale destacar na equipe degerentes da Fulguris Sandro Ravazi,gerente comercial responsável pelasbaterias tracionárias. Funcionário decarreira da Fulguris, o executivo tornou-se um profissional extremamentecompetente, profundo conhecedor debaterias. Em sua gestão conseguiuimpor sua postura e imagem nomercado como uma pessoa sincera,

integra e honesta, defensor do cliente acima de tudo, considerado poreles como um amigo sempre alegre e disposto a ajudar. Responsávelpelo tratamento direto com os maiores clientes, obteve sempreresultados excelentes na condução dos negócios da Fulguris,fechando os maiores contratos do setor.

“A Fulguris agradece especialmente a todos os seusrepresentantes técnicos e comerciais, vendedores e funcionários,sem os quais não teria alcançado a posição honrada que possuihoje”, completa Marco Antonio.

22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº64�JUNHO�2007

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PLATAFORMAS NIVELADORAS DE DOCA

Garantia desegurança na cargae descargaCom o uso destas plataformas, evita-se acidentes com a queda das mercadorias transportadas e reduz-se o custo daoperação de carga e descarga, proporcionando aumento de produtividade.

to é calculada em função das al-turas da doca e dos caminhões edo comprimento da plataforma.

Aliás, sobre inclinação, Sid-nei Ferreira, gerente de vendas daArtama Metalmecânica (Fone: 473274.1111), dá um alerta. “Para autilização deste tipo de equipa-

mento, deve-se sempre orientar ocliente quanto às inclinações reco-mendadas para cada tipo de trans-portador, sejam eles com tracio-namento manual, elétrico ou a com-bustão, evitando-se, assim, esforçosfísicos desnecessários, consumoprecoce da energia acumulada em

baterias tracionárias, etc.”Segundo ele, uma inclinação

muito acentuada da plataformaniveladora de docas pode oca-sionar o travamento do transpor-tador no momento em que seucentro esteja posicionado sobreo vértice “plataforma x veículo”.

TIPOS DE DOCAS

De acordo com PauloComini, regional sales vicepresident da Rite Hite Latin Amé-rica (Fone: 11 3527.9590), osmodelos de contrapeso somentesão fabricados e vendidos no Bra-sil, em mais nenhum país domundo. “Apresentam problemasde segurança, custo de constru-ção do fosso 60% mais caro eproporcionam menos produtivi-dade que os outros modelos, emfunção do movimento verticallivre. Para trens, em função dascaracterísticas da aplicação,como deslocamento lateral ecomprimento da plataforma, seutiliza somente o modelo hidráu-lico”, explica.

A Rite Hite fabrica, basica-mente, quatro modelos de plata-formas: as tradicionais, paramontagem em fosso; as articula-das, que não necessitam de fosso– são instaladas na borda da doca;as verticais, instaladas atrás daporta da doca; e um modelo quecombina nivelador e plataformaelevatória.

Azevedo, da Tolentino, contaque o que define o tipo de acio-namento é a freqüência de utili-zação e o grau de mecanizaçãoque se deseja dar à operação.“Quanto ao posicionamento emrelação à doca, elas podem serembutidas ou externas à doca –niveladoras avançadas. Estas úl-timas, em geral, são adotadasquando a doca já existe e não sedeseja abrir nichos na mesma”,acrescenta.

A Tolentino é representantedas plataformas niveladorasfabricadas pela Cargomax Equi-pamentos Industriais (Fone: 212676.2560), que fabrica nivela-doras de embutir e avançadas,ambas com acionamento manuale eletro-hidráulico. Fabrica tam-bém as niveladoras na “face” dadoca. Para cargas leves e freqüên-cias baixas, oferece as platafor-mas portáteis, que podem serdeslocadas para qualquer pontoda doca. Além de plataformamóvel, com acionamento eletro-hidráulico. “A carga é elevadahorizontalmente até a altura dacarroçaria do caminhão e trans-ferida com a utilização de umapaleteira manual”, explica Aze-

A s plataformas niveladorasde doca são equipamen-tos utilizados para com-

pensar a diferença de altura en-tre os caminhões e o piso do pré-dio. Elas fazem uma ponte entrea doca, que tem altura fixa, e oslastros dos caminhões e contêi-neres, que têm altura variável,para que a empilhadeira ou apaleteira possa carregar ou des-carregar a carga.

“As niveladoras de doca ficamcom uma extremidade apoiada noveículo e movem-se para cima oupara baixo para se acomodar aopiso da carroçaria, permitindoque as empilhadeiras, paleteirasou cargas com rodas possam tra-fegar suavemente e com seguran-ça para dentro e para fora do veí-culo”, detalha Edison SalgueiroJunior, diretor da MKS Equipa-mentos Hidráulicos - Marksell(Fone: 11 4789.3690). Ele tam-bém acrescenta que cada tipo deveículo possui uma altura do pisoda carroçaria ao solo, que podeser acima ou abaixo do nível dadoca, que também pode ter dife-rentes alturas. “Além disso, aaltura do piso da carroçaria osci-la durante a carga e descarga, emfunção da suspensão do veículo.”

Geraldo Azevedo, sócio ge-rente da Tolentino Engenharia(Fone: 81 3441.5629), destacaque a inclinação do equipamen-

Vantagens das plataformas niveladoras de docas➥ Eliminam riscos de queda de

cargas causada por espaçosentre a doca e o veículoestacionado;

➥ Evitam acidentes comadaptações de dispositivosinadequados para a finalidade,como pedaços de chapas deaço soltas com apenas asextremidades apoiadas noveículo e no piso da doca;

➥ Eliminam degrau e preenchem afresta entre caminhão e prédio;

➥ Oferecem segurança;

➥ Oferecem economia ehigienização nas câmerasfrigoríficas;

➥ Ergonomia;

➥ Proporcionam aumento deprodutividade, pois o tempogasto para carregar/descarre-gar é muito menor do que sefeito manualmente;

➥ Possibilitam o acesso de veícu-los industriais, como empilha-deiras, transpalete e carrinhos,diretamente do depósito até ocaminhão, com menos manuseioda mercadoria e, conseqüente-mente, diminuição de avarias;

Entre as principais funções e vantagens ao se utilizar plataformas niveladoras de docas está a agilidade nacarga e descarga de veículos

➥ Pela agilidade, reduzemtambém, o custo de frete.

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vedo, da Tolentino. “Além disso,temos também plataformas eleva-tórias, niveladores articulados ebasculantes”, complementa Ale-xandra da Rocha Kyrillos, dire-tora da Cargomax.

Já a Saur Equipamentos(Fone: 11 2148.1012) fabricaniveladora embutida hidráulica ede contrapeso; niveladora avan-çada hidráulica, telescópica e decontrapeso; e niveladora comdeslocamento manual e hidráu-lico, informa Walter Macedo, ge-rente comercial da empresa. “Em2008 lançaremos a niveladorahidráulica manual”, adianta.

A Construction Specialties -CS (Fone: 31 3415.6154) traba-lha com a empresa 4Front Engi-neered Solutions, que detém asmarcas Kelley, Serco e LoadHog.Essas duas primeiras oferecemniveladoras mecânicas, hidráuli-cas e pneumáticas, patenteadaspela Kelley. “A LoadHog é umaniveladora vertical de fácil ins-talação, sem a necessidade de fos-so”, declara Antonio Carlos Ziller,diretor de vendas Brasil da CS.

A JM.Steger Soluções emMovimentação (Fone: 119951.9302) distribui niveladoraembutida hidráulica com aciona-mento hidráulico, a contrapeso;niveladora avançada com aciona-mento hidráulico e por contrape-so; niveladora avançada teles-cópica, com aba extensível paraaumentar o comprimento e deacionamento hidráulico; nivela-dora avançada com deslocamen-to lateral; e niveladora avançadacom trilho para deslocamento la-teral, conforme cita José MarcosSteger, consultor técnico da em-presa.

A Marksell produz platafor-mas niveladoras de doca comacionamento manual/mecânicoou eletro-hidráulico, frontal ou deembutir na doca de concreto, edoca móvel de carga, entre outras,além de oferecer projetos e execu-ção de equipamentos especiais.

Os produtos da Motam Indús-tria de Máquinas e Equipamen-tos (Fone: 41 3344.6000) sãoconstruídos com dispositivoseletro-hidráulicos e estrutura tipomesa elevadora, que comportacargas de até 15 toneladas, contaFernando Escorsin, gerente co-mercial e de marketing da empre-sa. “A especial vantagem da nos-sa doca tipo plataforma com te-souras é que o cliente pode cons-truir sua empresa no nível do piso,pois o equipamento fica em umfosso e eleva até 1.800 mm, aten-dendo desde pequenos utilitáriosaté contêineres”, detalha.

A Zeloso Indústria e Comér-cio (Fone: 11 3694.6000) distri-bui niveladores de docas para se-rem acoplados à doca fixa (alve-naria), podendo contar, ainda,com guia direcional, que permi-te carregar, com apenas umadoca, um ou mais caminhões emdois ou mais locais. Estes nive-ladores de doca podem ser ma-nuais ou elétricos, sempre comacionamento hidráulico, atravésde botoeira ou alavanca. A em-presa também fornece nive-ladores de doca embutidos, queexigem um buraco em alvenariapara instalação, ficando destamaneira, quando não em uso, ni-velado no piso da alvenaria; eDPA - equipamento móvel decarregamento e descarregamen-to, “que permite ao usuário gran-de mobilidade no processo semter um local fixo para a opera-ção”, destaca o gerente da empre-sa, Luis Humberto Ribeiro.

A Artama comercializa plata-formas embutidas no piso, comsistema de acionamento porcontrabalanceamento ou aciona-mento eletro-hidráulico, nas si-tuações onde o pátio não ofereçacondições de manobra quando aplataforma for avançada, quandofor instalada em câmara fria e,também, nos casos em que as pla-taformas devem ficar dentro dogalpão com as portas fechadas;avançadas, com acionamento porsistema de mola-gás, hidráulicomanual ou eletro-hidráulico, quesão utilizadas onde não existamcondições de fazer fosso (reen-trância para instalação da plata-forma embutida); e móveis, paraoperar ao nível do piso com sis-tema de elevação eletro-hidráu-

lico, não necessitando de localfixo para estacionamento do ca-minhão ou outro meio de trans-porte.

PROBLEMAS

Quanto aos problemas gera-dos pela falta do uso das plata-formas niveladoras de docas, elesestão diretamente ligados aosacidentes, que acontecem tantocom a carga quanto com os ope-radores, conforme apontam osentrevistados.

Além desses problemas, Ale-xandra, da Cargomax, avisa queo tempo não tem preço e que ocusto das empilhadeiras será ex-tremamente elevado por operarem condições impróprias.

Falando em acidentes, Azeve-do, da Tolentino, destaca aquelesque envolvem a queda de empi-lhadeiras e/ou paleteiras da doca.

Cita, também, a baixa produtivi-dade das operações devido à di-ficuldade de acesso das paleteirase empilhadeiras e o uso excessi-vo de mão-de-obra.

“Com certeza, as empilha-deiras/paleteiras não poderãolevar/retirar a carga de dentro doscaminhões/trens. Isto leva ànecessidade de utilizar-se pes-soas ou pequenos carrinhos detransporte para os processos decarga/descarga, o que gera umtempo maior do caminhão para-do, mais custo de frete ou, emalguns casos, a impossibilidadede paletizar a carga”, discorre,por sua vez, Comini, da Rite Hite.

Sobre a questão tempo/rapi-dez também fala Escorsin, daMotam. “Hoje, a velocidade decarga e descarga pode definir osucesso ou o fracasso de umaoperação, como também deve-mos oferecer o conforto laboralaos colaboradores, evitando aci-dentes e grandes indenizaçõestrabalhistas”, expõe.

Ainda em relação a confortolaboral, Ziller, da CS Brasil, falaque, entre os principais proble-mas, está a saúde dos funcioná-rios. “É comum, em locais ondeas niveladoras não são usadas,haver um índice grande de pro-fissionais com problemas muscu-lares, dores nas costas, etc. e im-possibilitados de carregar ou des-carregar certos tipos de carga”.

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Segundo Ziller, com a criação degrandes centros de distribuição, asniveladoras de doca tornaram-se umequipamento “sine qua non”, ou seja,imprescindíveis, devido ao grande vo-lume de carga e descarga nesses CDs.“Uma posição inoperante em um CDgera um prejuízo incalculável para aempresa”, revela.

Macedo, da Saur, e José Marcos, daJM.Steger, apontam outros problemas:atraso na descarga e carga e avaria nasmercadorias. “Além de dificuldade paramanuseio das cargas entre caminhão eprédio”, acrescenta Macedo.

Por sua vez, Ribeiro, da Zeloso,inclui demora na acomodação e retira-da da carga, tanto na entrada como nasaída; má produtividade; e problemasde ergonomia dentro do processo.

ASPECTOS LEGAIS

A respeito dos aspectos legais rela-cionados ao uso das plataformasniveladoras de docas, as opiniões se di-vergem.

De acordo com Salgueiro Junior, daMarksell, atualmente, no Brasil, nãoexiste nem legislação, nem normas. “OMinistério do Trabalho regulamenta aergonomia e segurança nas operaçõesde carga/descarga, o que vai induzir àutilização das niveladoras”, declara.

Ziller, da CS Brasil, concorda. Paraele, como, infelizmente, não existemleis que regulamentem esses equipa-mentos, torna-se de fundamental im-portância uma vasta pesquisa antes dese optar por um modelo baseando-seapenas em seu custo. “Tecnologia e se-gurança devem ser itens de suma im-portância a serem considerados na horada compra de uma niveladora”, alerta.

A mesma opinião divide Comini,da Rite Hite. Segundo ele, na Europa enos Estados Unidos existem requeri-mentos mínimos de dispositivos de se-gurança no trabalho, que no Brasil osfabricantes locais vendem comoopcionais.

Ribeiro, da Zeloso, declara, porsua vez, que fica por conta de cadaempresa a regulamentação interna,“sempre observando normas deconduta e segurança”.

Também Azevedo, da Tolentino,acredita que a utilização de platafor-

mas niveladoras ainda não esteja regu-lamentada por algum órgão oficial bra-sileiro.

Já Ferreira, da Artama, apesar deexpor que não existem leis que regula-mentem o uso desses equipamentos emdocas, diz que há normas técnicas cons-trutivas a serem seguidas, principal-mente no que tange ao coeficiente de

segurança de carga, distribuição de for-ça estática e motriz “garantindo, assim,excelente desempenho, segurança elongevidade do equipamento, esteja eleem áreas cobertas ou expostas ao tem-po”, complementa.

Macedo, da Saur, cita o artigo 200,inciso 1 da CLT – Consolidação dasLeis de Trabalho, Norma Regulamen-tadora 17 – Ergonomia. “Esta é a fun-damentação legal, ordinária e específi-ca que dá embasamento jurídico à exis-tência desta NR”, declara.

NormaRegulamentadora 17

17.1. Esta Norma Regulamentadoravisa a estabelecer parâmetros quepermitam a adaptação das condiçõesde trabalho às característicaspsicofisiológicas dos trabalhadores, demodo a proporcionar um máximo deconforto, segurança e desempenhoeficiente.

17.1.1. As condições de trabalhoincluem aspectos relacionados aolevantamento, transporte e descargade materiais, ao mobiliário, aosequipamentos e às condiçõesambientais do posto de trabalho, e àprópria organização do trabalho.

Escorsin, da Motam, também citauma norma, a NM 267, da ABNT –Associação Brasileira de Normas Téc-nicas, a respeito de Elevadores hidráu-licos de passageiros – Requisitos de se-gurança para construção e instalação.É a mais utilizada, de acordo com ele.

José Marcos, da JM.Steger, forne-ce dados normatizados, como o desní-vel máximo recomendável paraempilhadeira a combustão ser de 15%;de empilhadeira elétrica, 10%; quantoao transpalete, 7%; e ao carrinho ma-nual, 5%.

Sobre esse assunto, Alexandra, daCargomax, declara que a empresa temconhecimento de que o Ministério doTrabalho andou multando empresas detransportes por utilizarem chapas –“que são pesadas e escorregam com oimpulso da paleteira, causando aciden-tes com o operador”, completa. ●

Edison, da Marksell: “a altura do pisoda carroçaria oscila durante a carga edescarga, em função da suspensão doveículo”

Tipos de plataformasniveladoras de docas

Os tipos de plataformas niveladoras dedocas podem ser divididos em três cate-gorias:

1. POR SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO:

Manual/mecânico: com contrapeso, as-sistido por molas helicoidais ou por mola-gás. É indicado para projetos com baixoorçamento ou para operações com pe-queno fluxo de carga. O tipo mecâniconão é recomendado para frigoríficos e ca-minhões de câmara fria.

Hidráulico: para operações de médiopara grande fluxo e que exijam umaniveladora com grande capacidade decarga. É recomendado para qualquersituação de nivelamento de carga.

Pneumático: para qualquer tipo de uso,mas especialmente para CDs com enor-me fluxo de carga, devido a sua durabili-dade, garantia e confiabilidade.

2. POR SISTEMA DE INSTALAÇÃO:Chumbado no concreto da doca.Aparafusado no concreto da doca,com sistema de parafuso com buchade aço soldada na guarnição metálica(cantoneiras) da doca.

3. POR TIPOS DE PESTANA:Pestana fixa (sem pestana)Pestana articuladaPestana telescópica

Macedo, da Saur: não usodas plataformas dificultamanuseio das cargas entrecaminhão e prédio

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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ARTIGO

A Receitae a ineficiênciapública

uitas empresas im-portadoras estão sen-do prejudicadas pelo

chamado procedimento especialde fiscalização pela Receita Fe-deral porque chegam a ficar atéseis meses sem mercadorias esem capital de giro. E, termina-do esse tempo, não buscam naJustiça a reparação dos danos,para fazer valer um princípioconstitucional elementar, que é oprincípio da eficiência da admi-nistração pública, por desconhe-cimento ou medo de outras repre-sálias, lícitas ou abusivas.

Esse procedimento, costu-meiramente instaurado na hora dedesembaraçar as mercadorias, éprevisto na atual legislação adua-neira pela Instrução Normativa –IN nº 228/2002, para quando hou-ver indícios de incompatibilida-de entre os volumes transaciona-

dos no comércio exterior e a ca-pacidade econômica e financeirada empresa importadora.

A IN 228/2002 fixa o prazode até 90 dias para a conclusãodessa fiscalização, mas abre apossibilidade de prorrogação porigual período em situações devi-damente justificadas pelo titularda unidade da Secretaria da Re-ceita Federal. Só que quem pagapela falta de eficiência é o impor-tador, que tem suas mercadoriasindisponíveis durante todo o tem-po que levar o procedimento.

Temos aqui, então, o absurdode uma norma administrativa quevai de encontro ao princípio daeficiência dos órgãos públicos,estabelecido pelo artigo 37 daConstituição Brasileira, e reafir-mado nas leis federais de nºs9.784/99 e 8.078/90.

Como ficam as despesas por-

tuárias como armazenagens emultas diárias pela retenção doscontêineres (“demurrage”) co-bradas pelos armadores dos na-vios? Quem responde pelo pre-juízo de não poder vender asmercadorias no momento certoem que há demanda aqui no Bra-sil, assim perdendo o importador

a oportunidade comercial quegarantiria não só o seu lucro, masa própria capacidade de pagar aofornecedor estrangeiro?

Na prática, o que se tem veri-ficado é que os auditores fiscaisignoram o exercício da represen-tação comercial, de mais de umséculo, por empresas de peque-no porte financeiro e que traba-lham com o capital de seus re-presentados, ou ainda com finan-ciamentos concedidos com pra-zos de até 180 dias para o fecha-mento de câmbio.

Esse prazo de seis meses éprática absolutamente normalpelas regras do Banco Central etempo mais que suficiente paraalguém comprar, vender e pagarseu fornecedor sem precisar pro-var capacidade econômica efinanceira compatível com os vo-lumes transacionados.

Assim, o procedimento espe-cial de fiscalização acaba sendoum crime contra as empresas depequeno porte e um bálsamo paraos grandes grupos econômicos eseus mercados cartelizados cadavez mais protegidos pelo gover-no federal. ●

Ricardo Alípio da Costa ,Advogado especializado emquestões aduaneiras e de comérciointernacional. E-mail:[email protected]

“O procedimentoespecial de

fiscalização é umcrime contra as

empresas de pequenoporte e um bálsamo

para os grandesgrupos econômicos”

Notíciasr á p i d a s

Moura lançabateria paraveículos a diesel

Para equipar cami-nhões, ônibus e trato-res movidos a óleo di-esel, a Moura (Fone:0800 7012021) lançou

a bateria LOG Diesel, que aten-de às especificações mais exi-gentes destas categorias e pro-porciona maior resistência àsvibrações intensas das longasjornadas de trabalho. “A tecno-logia de elementos blindados éo grande diferencial do produ-to, disponível nas capacidadesde 100 a 200 Ah”, destaca Mar-cos Martins Ferreira, gerente demarketing da empresa. Duran-te a sua montagem, os elemen-tos são compactados atravésde uma alta taxa de compres-são, de maneira a aprisioná-losnas cavidades da caixa. Destaforma, o conjunto não permitea desagregação do material ati-vo, mesmo quando a bateria éexposta a intensas vibraçõesmecânicas, explica o gerente.Além disso, é totalmente livre demanutenção, o que elimina anecessidade de reposição deágua e também o risco de pe-netração de impurezas no seueletrólito. “A LOG Diesel foi tes-tada e aprovada pelas maioresmontadoras de caminhões daAmérica do Sul atendidas pelaMoura”, finaliza Ferreira.

Atlas inauguraterminal de cargasem SalvadorA Atlas Transportes & Logística(Fone: 71 3244.1544) acaba deinaugurar uma filial em Salvador,BA: o terminal Ana Paula MegaleRezende Fogli. A área para mo-vimentação de cargas tem10.700 m2 e 29 docas para ca-minhões. A nova unidade pode-rá movimentar 4,5 mil toneladasde cargas ao mês, duplicando acapacidade atual. “Todo esse in-vestimento tem como base oprojeto da Atlas de não apenaspossuir filiais em todo o Brasil,mas, também, de mantê-las emprédios próprios e projetados”,declara Josairton Sombra, ge-rente local da empresa.

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OPERADORES LOGÍSTICOS

AS ATRIBUIÇÕES VÃO MUITOALÉM DO TRANSPORTEMais do que as atividades básicas, eles executam operações in-house, projetos, consultoria, integração de TI e rastreamento, al ém dereduzirem os custos e melhorarem os níveis de serviço do cliente.

uais as atribuições deum operador logístico(OL), já que, hoje, elas

se tornaram tão amplas queacabam gerando dúvidas nahora da terceirizar as ativida-des logísticas?

De acordo com AndreaLubiano Margato, coordena-dora de marketing da Abran-ge (Fone: 19 2106.8100), ooperador logístico, por ser es-pecializado naquilo que faz, éum provedor de resultadoslogísticos, capacitado a desen-volver operações personaliza-das e complexas, que atendama todas as necessidades dacadeia de abastecimento.

De acordo com ela, noatual ambiente globalizado efortemente competitivo, ondea qualidade dos produtos jádeixou de ser um mero dife-rencial, o mercado passa a exi-gir das empresas excelêncianos seus produtos e serviços.“É neste quadro que surgemos operadores logísticos, paraagregar valor e potencializartoda a cadeia logística”, aponta.

Andrea diz que ao optarpor terceirizar as atividadeslogísticas, as empresas passama ter mais tempo para focar ese dedicar às suas atividades,melhorar a competência cen-tral do seu negócio e ganharflexibilidade operacional.“Isso capacita as empresas aterem maior velocidade nassuas decisões e estratégiascom as mudanças e exigênciasde mercado, preço e deman-da”, declara.

Para Fernando Cota-relli, vice-presidente de opera-ções da DHL Express Brasil(Fone: 0800 771.3451), o OLpossui ampla capacitação deanálise e planejamento, alémda experiência operacionaladquirida por meio da presta-ção de serviços a diversosclientes dentro de um determi-

nado segmento ou como pro-vedor exclusivo em paísesdiferentes, o que permite aaplicação de conhecimento,tecnologia e processos játestados anteriormente.

Na opinião de MauricioBarbosa Pastorello, diretorgeral da Exata Logística(Fone: 11 2133.8700), a prin-cipal atribuição de um opera-dor logístico é criar soluçõespara os problemas da cadeiade abastecimento, movi-mentação interna e distribui-ção do cliente. “Ou seja, to-das as atividades relaciona-das à logística no ciclo pro-dutivo ou comercial do clien-te, incluindo, também, a ges-tão de estoque. Não basta so-mente operar esta solução,mas, também, buscar novasalternativas visando a redu-ção de custos e a excelênciade serviço”, relata.

Segundo Luiz CarlosAlcântara, superintendenteoperacional do Grupo FasterBrasex (Fone: 11 4772.8000),o OL deve gerenciar a cadeiade suprimentos das indústriasdesde a matéria-prima até aentrega ao consumidor final,agregando à operação logís-tica especialização e qualida-de por um custo competitivo– desta forma, a indústria podeobter maior foco em seu corebusiness. “É importante esco-lher um operador logístico quepossua estrutura, tecnologia eknow-how no segmento deatuação da indústria, já que eleé responsável por um proces-so primordial para o sucessodo fabricante”, sugere.

Abel Lambe, diretor ge-ral Mercosul do Grupo Gefco(Fone: 21 2103. 8100), con-sidera que os operadoreslogísticos tratam de todas asatividades de movimentaçãoe armazenagem, que facili-tam o fluxo de produtos des-

O OL deve gerenciar a cadeia de suprimentos das indústrias desde a matéria-prima até a entregaao consumidor final

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Pastorello, da ExataLogística: clientes do OLtambém buscam serviçosde gestão e movimentaçãointerna

de o ponto de aquisição damatéria-prima até o pontode consumo final, assimcomo todos os fluxos de in-formações que colocam osprodutos em movimento,com o propósito deprovidenciar níveis de ser-viços adequados aos clien-tes a um custo razoável. “Otransporte é a atividadebásica de um operadorlogístico, que trata da mo-vimentação tanto de maté-rias-primas quanto do pro-duto final, bem como damanutenção de estoques eprocessamento de pedidos”,esclarece.

Já Ricardo Gorodovits,diretor comercial da GKOInformática (Fone: 21 2533.3503), avalia que os OL´sabrangem grande variedadede serviços que podem seroferecidos em conjunto ouem separado. Vão desde asimples terceirização de ati-vidades operacionais e degestão, como a definiçãoconjunta de estratégias parao crescimento de seus cli-entes, aproveitando-se doconhecimento e especiali-zação do operador logístico,da sinergia entre seus diver-sos clientes e dos maioresvolumes contratados juntoa terceiros, até a monito-ração contínua do mercadologístico, acompanhandotodos os novos recursos dis-poníveis para a melhoria deseus serviços. “Encontrare-mos operadores logísticosque não possuem ativos pró-prios para armazenagem etransporte, e aqueles que ospossuem, que auxiliam nocasamento entre produção emercado, identificando pro-cessos de distribuiçãootimizados, e assim pordiante”, diz.

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Cotarelli, da DHL Express:o OL possui amplacapacitação de análise eplanejamento, além daexperiência operacional

EXECUTAR:

➥ A logística de pessoas einformações dentro dacadeia de abastecimento;

➥ Abastecimento de linhasde produção;

➥ Acompanhamentoconstante da evoluçãoatravés de indicadores deperformance;

➥ Alianças, fusões eaquisições de tal forma aatender, global ouregionalmente, asdemandas futuras natotalidade da cadeia deabastecimento;

➥ Armazenagem externa,dedicada ou emarmazéns multiclientes;

➥ Coleta programada emfornecedores/”MilkRunSystem”;

ATRIBUIÇÕES DO OPERADOR LOGÍSTICO

➥ Confecção de embalagensespeciais (promocionais);

➥ Consultoria de processos;

➥ Cross-docking;

➥ Gestão de frete detransporte;

➥ Gestão de pedidos;

➥ Gestão de transporte;

➥ Gestão do fluxo de peçasde reposição;

➥ Gestão e controle do nívelde estoque, sendoresponsável, inclusive,pela compra de itens;

➥ Integração de TI;

➥ Investimentos em centrosde distribuição paraacompanhar a estratégiacomercial de seus clientes;

➥ Logística global/freightforwarding;

➥ Logística reversa;

➥ Montagem de kits,conferência, separação,unitização, reembalagem,informação e roteirização;

➥ Negociação dos inventários;

➥ Operação de armazéns“in-house”;

➥ Projetos logísticos/consultoria técnica;

➥ Rastreamento de produtos(tracking);

➥ Recuperação de ativos quepor um motivo ou outroperderam os seus valorescontábeis;

➥ Serviços de valor agregadoem armazéns (paletização,re-paletização,despaletização,etiquetagem, reforço deembalagens, etc.);

➥ Soluções degerenciamento de riscos;

➥ Soluções personalizadasou serviços estendidos(pequenos reparos empeças ou produtos);

➥ Submontagem de itensque são parte doprocesso produtivo;

➥ Suporte nas áreas delogística, comercial,tributária e tecnológica;

➥ Transporte dedicado;

➥ Transporte expressoaéreo;

➥ Transportes diferencia-dos utilizando todos osmodais disponíveis oudesenhando soluções demenor custo através daintermodalidade.

De fato, na análise de An-gelo Dias, diretor de logísticae distribuição da MesquitaSoluções Logísticas (Fone: 114393.4900), o OL deve ser umparceiro estratégico na parti-cipação dos negócios de seusclientes, estando apto a inte-grar as atividades logísticas dacadeia de suprimentos.

Monica Passos, gerente dedesenvolvimento de novosnegócios da McLane do Bra-sil (Fone: 11 2108.8800), des-taca a atuação do OL em nívelnacional e internacional, des-de o inbound até a entrega nocliente final.

No entanto, Marco Anto-nio Oliveira Neves, diretor daTigerlog Consultoria e Treina-mento em Logística (Fone: 11

6694.1391), atenta que a atua-ção do OL na gestão dos esto-ques é ainda muito restrita.

Segundo Paulo Sarti, dire-tor de vendas e marketing daPenske Logistics para a Amé-rica do Sul (Fone: 11 3306.0051), as atribuições variamde acordo com os mercadosnos quais as empresas presta-doras de serviços logísticosatuam, como automotivo, far-macêutico e de bens de con-sumo, entre outros. “Em ge-ral, os operadores são respon-sáveis pelo bom funcionamen-to das cadeias produtivas deseus clientes. Eles vendemknow-how de gerenciamentodestas cadeias, baseado em

Manipulação de cargas também é atribuição dos operadoreslogísticos

DEVE SER CAPAZ DE:

➥ Assumir a responsabili-dade pela execução doscontratos firmados, pelosprejuízos resultantes deperda, por danos ouavaria das cargas sobsua custódia, assimcomo por aquelesdecorrentes de atraso emsua entrega, quandohouver prazo acordado;

➥ Oferecer variabilidadedos custos, redução dasimobilizações, melhoriana performance e ganhode velocidade;

➥ Agir com flexibilidadepara atender às varia-ções na demanda;

➥ Analisar todo o processopara identificar o querealmente é necessário àorganização do cliente;

➥ Aumentar a produtividadee gerar flexibilidade;

➥ Criar células deatendimento ao cliente eliberações alfandegárias(importação eexportação);

➥ Desvendar o que estáoculto nos processoslogísticos, além deidentificar os custosinvisíveis dessesprocessos;

É importante escolher umoperador logístico quepossua estrutura,tecnologia e know-howno segmento de atuaçãoda indústria

sistemas de informação, capa-cidade analítica e tecnologiasde ponta que lhes permiteidentificar e implementar asmelhores soluções para cadacliente”, aponta.

José Carlos D’Agostini,diretor da Target Logistics(Fone: 11 2142.9009), diz queas atribuições dos OL´s envol-vem substituir as empresas fa-bricantes, indústrias, monta-doras, etc. nas atividades dacadeia de abastecimento. “Emoutras palavras, ter quem pen-sa e se preocupa com a má-quina de abastecimento desuas linhas de produção e es-coamento dos produtos acaba-dos, com procedimentos de

acompanhamento visando aqualidade de atendimento aocliente consumidor”, conta.

Roberto Dexheimer, dire-tor do Dex Log OperadorLogístico (Fone: 11 4612.5050), por sua vez, resume: “oOL, na verdade, é um prove-dor ou fornecedor de serviçosintegrados, devidamente capa-citado para atender a todas ouquase todas as necessidadeslogísticas de seus clientes, deuma forma personalizada, queabrange múltiplas atividadesde forma integrada”.

Rodrigo Bacelar, gerentede desenvolvimento comercialda ID Logistics (Fone: 113601.1080), pondera que osoperadores logísticos estão nomercado com papéis impor-

Os OL´s podem oferecerserviços de valor agregadoem armazéns, comoseparação de pedidos emontagem de kits

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➥ Entender, claramente,que as palavras-chavepara o seu cliente são:melhoria de processos eagregação de valores eque, resumidamente,deverão ser muito maiseficientes e melhores doque seus própriosclientes, sempre equando forem terceirizarseus serviços;

➥ Gerenciar a operação docliente agregando valoratravés de inovação emtecnologia e processos;

➥ Manter seus executivose profissionais sempreatualizados e com altosníveis de formaçãoteórica e conceitual, istoé, com muita capacita-ção para o exercício dasatividades de logísticaintegrada;

➥ Melhorar a qualidade eos níveis do serviço;

➥ Melhorar o fluxo dasinformações e materiais;

➥ Possibilitar acesso aosavanços da tecnologiade informação relaciona-da à cadeia de supri-mentos e abastecimento,já que a melhoria dosserviços e a redução decustos estão intimamen-te ligadas a essacompetência;

➥ Ter recursos sempredisponíveis (financeiros,humanos, tecnológicos emateriais) e condiçõesde realizar investimentosquando necessários,seja na montagem deum novo armazém, deum novo sistema decomunicação ou nagestão de estoques;

➥ Reduzir os custos totaisda logística;

➥ Ter condições deestabelecer um conjuntode normas e procedi-mentos (e convencer ocliente para tal) que,claramente, obrigarãoseus clientes a revertoda a organização, poisos impactos ocorrerãonos campos estrutural,tecnológico ecomportamental.

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tantes de gurus e soluciona-dores de problemas, além desuas atividades básicas de exe-cutar a operação logística.Devido às necessidade e exi-gências desse mercado – ain-da segundo Bacelar –, ficamcom a responsabilidade dedesempenhar funções estra-tégicas participando de deci-sões e crescimento das res-pectivas empresas contratan-tes dos seus serviços. “Porisso, precisam melhorar acada dia, buscando inovaçõese tecnologia para oferecer umserviço de excelência e quali-dade, proporcionando melho-res resultados a seus clientes.”

TENDÊNCIASPara o diretor geral

Mercosul da Gefco, o am-biente no qual as empresasestão inseridas tem passadopor profundas transforma-ções nas variáveis que afetama prática de seus negócios.Com isso, cria-se um am-

biente competitivo, com o de-senvolvimento de novas filo-sofias de produção e ênfaseno uso de tecnologia de in-formação e integração dasatividades. “Este novo cená-rio gera a necessidade de or-ganizações mais eficazes,com competência para de-senvolver processos, produ-tos e serviços com níveis deexcelência por meio de ummelhor gerenciamento defluxos físicos e de informa-ções dentro e entre as orga-nizações, onde a logísticatem, gradativamente, obtidomaior visibilidade e impor-tância, assumindo um papelestratégico”, completa Abel.

Dexheimer, do Dex Log,acredita que diante das inúme-ras transformações sofridasnos últimos anos no ambienteeconômico e empresarial, asoperações logísticas têm setornado cada vez mais com-plexas, mais sofisticadastecnologicamente e cada vezmais importantes do ponto devista estratégico. “A necessi-dade de movimentos ‘just-in-time’ nas indústrias e de umeficiente ECR no varejo temexigido dos OL´s constantessofisticações tecnológicas,contribuindo, assim, para au-mentar a complexidade logís-tica. A área de TI, na minhamaneira de ver, tem exigido osmaiores investimentos, levan-do, assim, os OL´s a incre-mentarem novas atividades,como tecnologias em hard-wares de códigos de barras,RFI, EDI, GPS e leitores óti-cos e em softwares com datawarehouse, sistemas ERP,GIS, roteirizadores, simulado-res e planejamento de redes”,declara.

Já Pastorello, da ExataLogística, considera que osclientes sempre buscaram os

serviços básicos de logística– transporte, armazenagem edistribuição –, porém, hoje,iniciam um ciclo novo, utili-zando, também, serviços deimportação e exportação e,principalmente, os serviçosde gestão e movimentação in-terna. “Acredito ser uma ten-dência das empresas de pon-ta a utilização destes novosserviços.”

Por sua vez, Alcântara, doGrupo Faster Brasex, relataque os OL´s podem oferecerao fabricante toda a estrutu-ra de armazenagem e veícu-los, ou apenas a inteligêncialogística.

Sobre inteligência tam-bém fala Dias, da Mesquita.Para ele, caberá aos operado-res agregar inteligência aosseus processos para atenderefetivamente às variações dedemanda praticada no merca-do, mantendo a solução logís-tica competitiva em termos decusto e de serviço ao cliente.

De acordo com Gorodo-vits, da GKO Informática, as

definições de serviços presta-dos pelos operadores logís-ticos ainda não foram sufi-cientemente consolidadaspara se poder definir o que ésua atividade tradicional e oque compõe as novidadesagregadas mais recentemente.“Conhecemos casos, porexemplo, em que a parceria es-tratégica entre o operadorlogístico e seus clientes se dáa tal ponto que o primeiropode se comprometer não ape-nas com processos deprocurement, mas até se tor-nar responsável pela compra,cedendo máquinas e equipa-mentos sob a forma de aluguelaos seus clientes – o que os for-necedores de serviços comempilhadeiras, por exemplo,já faziam há tempos”, opina.

Sarti, da Penske, analisaque atualmente algunsplayers de mercado estão ofe-recendo serviços ainda maiscomplexos, como desenho eredimensionamento de rotasde distribuição e de abasteci-mento de matéria-prima,planejamento de capacidadede inventário e compra dealguns insumos relacionadosà logística, como embalagens.

D’Agostini, da TargetLogistics, considera que as ati-vidades dos OL´s abrangem,hoje em dia, além da tradicio-nal cadeia de abastecimentos,a representação perante o con-sumidor final do serviço deatendimento em nome do fa-bricante, passando a repre-sentá-lo na prestação de ser-viços. “Não podemos deixarde mencionar o envolvimentodestes operadores nas nego-ciações dos contratos com osfornecedores de matérias-pri-mas e prestadores de serviços,visando cada vez mais a redu-ção dos custos operacionais,contribuindo na finalização de

Sarti, da Penske: asatribuições variam de acordocom os mercados ondeprestadores de serviçoslogísticos atuam

Vincenzo, da CevaLogistics: OL´s devemoferecer serviçosadicionais, comoconsultoria de processos

Dexheimer, do Dex Log:“as operações logísticas têmse tornado cada vez maiscomplexas, mais sofistica-das tecnologicamente”

Gorodovits, da GKO: asdefinições de serviçosprestados pelos operadoreslogísticos ainda não foramsuficientemente consolidadas

Melo, da Coteminas: entre asnovas atividades dos OL´sestão Freight Forwarding,MilkRun System e operaçãode armazéns in-house

Dias, da Mesquita: caberáaos OL´s agregar inteligên-cia aos seus processos paraatender efetivamente àsvariações de demanda

Bacelar, da ID Logistics: osOL´s têm papéis importan-tes de gurus e solucio-nadores de problemas, alémdas atividades básicas

Abel, da Gefco: assumir aresponsabilidade pelaexecução dos contratosfirmados está entre asatribuições dos OL´s

produtos mais competitivos nomercado”, salienta.

Segundo Neves, daTigerlog, OL´s que estão seespecializando em deter-minados segmentos econô-micos estão disponibilizandonovos serviços. Como exem-plo cita o caso do setor auto-motivo, que disponibiliza ati-vidades de transportes,armazenagem, montagem dekits, seqüênciamento, proje-tos de embalagem, operaçõesCKD, importação e expor-tação, etc.

Também colaboraramcom esta matéria: RicardoConte, diretor comercial daCelote (Fone: 11 4391.8800); Giuseppe de Vin-cenzo, diretor geral da Amé-rica do Sul da Ceva Logistics(Fone: 11 4072. 6200);Ronaldo Lacerda de Melo,gerente de desenvolvimentoe logística da Coteminas(Fone: 84 4006. 2376); e Os-car Cesar Bevilacqua, geren-te geral da Log Frio Logística(Fone: 11 2175.7100). ●

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Notíciasr á p i d a s

Tocantinspretende escoarprodução peloPorto de Itajaí

O Porto Municipal de Itajaí(Fone: 47 3341.8000), SC,será o principal elo logísticopara a exportação de merca-dorias produzidas em Tocan-tins, segundo proposta apre-sentada por Paulo SalvadorMartorelli, representante doEstado e consultor em co-mércio exterior. De acordocom ele, Itajaí é peça funda-mental em um ousado planode crescimento implantadopelo governo de Tocantins.“Hoje, as dificuldades de es-coamento da produção ini-bem maiores investimentosem setores amplamente pro-missores, como pecuária,produção industrial de manu-faturados e biocombustível”,declara. Conforme destacaMartorelli, o Governo Fede-ral hoje investe pesado naconstrução de uma ferroviaque corta o Estado de nortea sul. Tocantins ainda depen-de exclusivamente da rodo-via Belém-Brasília. “Com ostrilhos será possível acessarde forma rápida e a baixocusto a malha ferroviária na-cional que passa por Goiás,além de várias outras estra-das federais, ampliando aspossibilidades logísticas”,explica. Vencido o obstáculodo escoamento, o Porto Mu-nicipal de Itajaí apresenta omelhor conjunto de vanta-gens logísticas – como segu-rança e agilidade – para ex-portar a produção, diz Mar-torelli. Em resumo, Tocantinspretende oferecer vantagenspara a ocupação de vastasáreas hoje improdutivas noEstado.

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COMÉRCIO EXTERIOR

É PRECISO UMA“MEXIDA GERAL”Redução de impostos, desburocratização e investimento em infra-estrutura estão entre as ações que ogoverno deveria tomar. Já aumento do calado dos principais portos do país e investimento em pesquisa einovação cabem à iniciativa privada. Tudo e todos “se mexendo”.

taforma web e desenvolvi-mento de soluções apoiadasna gestão colaborativa – osproblemas são: grandes con-gestionamentos nos portosem tempos de safra; impos-sibilidade de grandes navioscargueiros atracarem nosprincipais portos em razão docalado; pouca oferta deaviões de carga; congestiona-mento dos aeroportos; faltade vias de acesso aos portose estacionamento adequadopara os caminhões; armazénslotados de importações nãoliberadas (canal vermelho);

baixa profissionalização dooperacional; poucos arma-zéns na área secundária; edificuldade no transporte fer-roviário até os portos. “Masacredito que um fator críticopara o comércio exterior ain-da seja o baixo índice de ino-vação. Mesmo em feiras eeventos são poucas as novida-des funcionais que realmenteagregam, e, por fim, as dificul-dades de visualizar a cadeia desuprimentos por inteiro e per-ceber que cada processo temsua importância dentro do co-mércio exterior”, declara.

Por sua vez, Vanildo J.Benati, diretor comercial daHaidar Administradora deComércio Exterior (Fone: 113346.6911) – assessoria emComex – aponta que osmaiores problemas logísticosque entravam o comércio ex-terior envolvem “a nossa fal-ta de capacidade de atenderà demanda existente no mer-cado mundial e não estarmossequer preparados paraum eventual aumento nosvolumes”.

Sobre os problemaslogísticos portuários do Bra-

sil, Benedito de Sanctis S. P.de Almeida, superintendenteda Abracex – AssociaçãoBrasileira de Comércio Ex-terior (Fone: 11 3051.5108),diz que eles dificultam e en-carecem as exportações, poisé necessária uma “mexida ge-ral”, o que Almeida acreditaque não ocorrerá com a Se-cretaria dos Portos “que,politicamente, o presidenteLula anunciou a criação paraatender às reivindicações doPSB – Partido Socialista Bra-sileiro”, diz.

Ele declara que a logísticaé fundamental para agiliza-ção das exportações, garan-tia de preços e rápida entreganos destinos. “Além destamelhoria da estrutura e agili-zação, os exportadores e ope-radores devem conhecer todoo mecanismo e saber utilizá-lo. Mas, infelizmente, não éo que ocorre com a maioriados exportadores médios epequenos. Por sorte, as gran-des empresas que represen-tam mais ou menos 50/60%dos valores exportados sa-bem manejar os esquemas esuperam dificuldades e cus-tos”, opina.

Em razão destes fatores,o Governo Federal deveriapropor medidas para solu-cionar e/ou minimizar estesproblemas, é o que expõemos entrevistados.

Para Bonfim, da Log1Consulting, as ações devemenvolver redução da burocra-cia nos processos de liberaçãopara importação e exportação;investimento em infra-estrutu-ra; promoção de simpósioscom o intuito de buscar ino-vações radicais e incrementaisnos processos de importaçãoe exportação dos principaisprodutos nacionais; redução

D e acordo com o MDIC- Ministério do De-senvolvimento, Indús-

tria e Comércio Exterior, oBrasil alcançou em 2006 acifra recorde de US$ 228,9bilhões nas transações co-merciais com o exterior, re-sultado de exportações deUS$ 137,5 bilhões e impor-tações de US$ 91,4 bilhões.

No acumulado de 2007,de janeiro a março, as expor-tações somaram US$ 33,9bilhões, valor recorde histó-rico para o período. Sobreigual período de 2006, as ex-portações cresceram 17,3%.As importações, por sua vez,alcançaram US$ 25,2 bi-lhões, também cifra recordepara o trimestre, elevando-seem 27,3% em relação a janei-ro-março de 2006.

No acumulado de dozemeses, de abril de 2006 amarço de 2007, as exporta-ções somaram US$ 142,0 bi-lhões, aumento de 17,5% so-bre abril de 2005 a março de2006, quando as exportaçõestotalizaram US$ 123,2 bi-lhões. Trata-se do maior va-lor já alcançado nas exporta-ções brasileiras em períodosde doze meses.

Já as importações no pe-ríodo somaram US$ 96,4 bi-lhões, aumento de 26,8% so-bre o mesmo período anterior(US$ 77,5 bilhões), constitu-indo-se igualmente em valorrecorde para períodos dedoze meses.

Em números, os resulta-dos indicam crescimento dasrelações comerciais com ou-tros países, mas ainda há pro-blemas logísticos no setor.

Para Wellington Bonfim,diretor de negócios e consul-tor da Log1 Consulting(Fone: 13 3216.1967) – em-presa de consultoria para ca-deias de suprimento em pla-

Os mercados alternativos importam muito pouco, mas devem ser procurados pelos exportadoresbrasileiros

Benati, da Haidar: temosfalta de capacidade deatender à demanda domercado mundial

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de impostos; implemen-tação de uma padroniza-ção de procedimentos, afim de unificar as ativida-des e, com isso, dar in-centivos às empresas par-ticipantes; estimular amelhoria contínua dosserviços de Comex atra-vés de programa de trei-namento e consultoriaentre as próprias empre-sas, concedendo benefí-cios; e busca por parceri-as com grandes empresas(PPP) e com as universi-dades, como é o caso daEsalq – Escola Superiorde Agricultura Luiz deQueiroz, SP, com relaçãoao agronegócio.

Investir em infra-es-trutura, ampliando corre-dores para escoar merca-dorias a serem exporta-das ou mesmo importa-das, e, principalmente,desburocratizar os con-troles são os pontos des-tacados por Benati, daHaidar, como ações quedeveriam ser tomadaspelo Governo.

Segundo Almeida, daAbracex, por meio doMDICE – Ministro deDesenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exteriore da APEX – Agência dePromoção de Exporta-ções e Investimentos, ogoverno deve divulgarexaustivamente os meca-nismos e ensinar os expor-tadores a utilizarem alogística. “A atuação dasempresas que operam nalogística é fundamentalpara superar esse relativodesconhecimento”, diz.

Pelo lado da iniciati-va privada, a respeito doauxílio na questão dosproblemas logísticos,Bonfim, da Log1 Consul-ting, acredita que os pon-tos fundamentais sejaminvestimentos nas rodo-vias e ferrovias, aumen-to do calado dos princi-pais portos do país, pos-sibilidades de novos ser-viços através dos couriers,que poderiam desafogaros aeroportos em momen-tos de gargalos, e, princi-palmente, investir em pes-quisa e inovação, buscan-do um diferencial peranteo que é feito no mundo.

Já Benati, da Haidar,avalia que a iniciativaprivada deve, por meio deentidades de classe,

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demonstrar os problemasexistentes e fazer sugestões aoGoverno Federal, Estadual eMunicipal apresentandopropostas para resolvê-los.

Além dos problemaslogísticos, ainda há outrosque o Comex enfrenta, con-forme cita Bonfim, da Log1Consulting: Receita Federalextremamente burocrática,lenta e com poderes absolu-tos; redução nas classifica-ções fiscais dos produtos (darobjetividade), que provocamdivergências nos fiscais e aca-bam atrasando um processointeiro. “Já vi a mesma peçater sua classificação alteradatrês vezes por fiscais em pro-cessos de importação distin-tos, acarretando atrasos e mul-tas. A preocupação da maio-ria dos empresários ainda estávoltada para a redução de cus-tos, o que leva à contrataçãodo transporte rodoviário dapior qualidade e sem confia-bilidade”, acrescenta.

De acordo com Benati, daHaidar, a carga tributária ain-da é muito alta e deve ser re-duzida com a maior urgênciapara diminuir os efeitos do“custo Brasil”.

“No momento, a taxa deUS$ é um desestímulo paraos pequenos e médios expor-tadores, tanto que muitos de-sistiram de exportar em 2006,como mostram os númerosda Secex – Secretaria de Co-mércio Exterior”, destacaAlmeida, da Abracex.

Segundo ele, se, de umlado, a facilidade nas impor-tações com a taxa atual deUS$ ajuda a composição deprodutos de exportação, re-duzindo os seus custos, deoutro lado incentiva a impor-tação do produto final, redu-zindo ou eliminando a produ-

ção nacional desse insumo.“Hoje é grande o número deempresas brasileiras que ven-dem no mercado nacional emesmo internacional os ‘seusprodutos’ fabricados na China,na Índia, etc.”, diz.

PARCEIROSCOMERCIAIS

Em 2006, a exemplo deanos anteriores, o Brasil ob-teve destaque na ampliaçãodas vendas para mercadosnão tradicionais e com pe-quena participação na pauta.Fato esse que, de acordo como MDIC, tem sido um dosfatores do aumento das ex-portações brasileiras. Cresce-ram as vendas para países doOriente Médio, América La-tina, África e Ásia. O Brasilfoi um parceiro importantepara Cuba, cujo PIB – Pro-duto Interno Bruto mais cres-ceu em 2006: 12,5%. Valeaqui uma reflexão: será quea ampliação do comérciocom mercados não tradicio-nais pode realmente ser van-tajosa para o Brasil?

Para Bonfim, da Log1Consulting, a resposta é sim.“O Brasil precisa do estímu-lo ao novo! Estamos acostu-mados a fazer o trivial e nosassustamos quando vemospossibilidades diferentes. Aquebra deste paradigma é im-portante porque podemosdescobrir competências quenão imaginávamos ter ou

prestar/fornecer serviços/produtos que achávamos quenão seríamos capazes. Nes-se momento se alcança umimportante diferencial com-petitivo”, aposta.

Benati, da Haidar, con-corda. Segundo ele, a amplia-ção do comércio em merca-dos não tradicionais deve serimediatamente buscada como objetivo de se encontrar ni-chos para os produtos brasi-leiros. “Após focar o mercadoe os produtos com potencial,devemos estudar os usos e acultura do país, o que certa-mente será a chave para o su-cesso da iniciativa”, declara.

Por sua vez, Almeida, daAbracex, acredita que os mer-cados não tradicionais podeme devem ser uma alternativa.“Mas se verificarmos os nú-meros de 2006 iremos cons-tatar que o maior volume denossas vendas envolve osEUA, a China e a Argentinapara manufaturados, e produ-tos primários para a Europa.Os mercados alternativos im-portam muito pouco, mas de-vem ser procurados pelos ex-portadores brasileiros”, opina.

Já a respeito da visita aoBrasil dos presidentesGeorge W. Bush, dos EstadosUnidos, e Horst Köhler, daAlemanha, em março desteano, Benati, da Haidar, acre-dita que visitas desses tipospodem melhorar o relaciona-mento comercial do Brasilcom outros países. “Visitas

de presidentes ou autoridadesmáximas estrangeiras simbo-lizam prestígio e interesse emnosso país e nos nossos pro-dutos. Pode ainda significarum potencial incremento nasatividades comerciais e di-plomáticas de ambos os paí-ses”, relata.

Já para Bonfim, da Log1Consulting, a melhoria é “em

parte”. Para ele, a visita des-tes presidentes dá a certeza deque existe um interesse realnas oportunidades que o Bra-sil pode oferecer. “Com isso,devemos enaltecer a indústrianacional e nos impor em rela-ção ao nosso produto”, diz.

Por outro lado, avalia queuma relação de interessemútuo pode transmitir maiorcredibilidade à negociação epossibilidades de parceriasduradouras. “O Brasil preci-sa ter uma visão macro e veressas oportunidades não sócom o olhar da venda em si,mas em se posicionar comouma rota necessária ao bomfuncionamento do comérciointernacional”, afirma.

Na opinião de Almeida,da Abracex, as visitas de pre-sidentes e altas autoridadesde países amigos geralmenteselam contratos e negocia-ções conduzidas pelas áreasadministrativas e políticasdas nações. De acordo comele, os entendimentos são fei-tos com bastante antecedên-cia e podem ser concluídascom êxito ou não. “Se sãoacertados os pontos de vista,preparam-se os documentose as autoridades maiores as-sinam por ocasião das visi-tas. Se não há conclusão dasnegociações, são aprovadasdeclarações conjuntas de cu-nho exclusivamente político.

As grandes empresas, que representam mais ou menos 50/60% dos valores exportados, superam dificuldades e custos

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Bonfim, da Log1: o baixoíndice de inovação ainda éum fator crítico para ocomércio exterior

A ampliação do comércio em mercados não tradicionais deve ser imediatamente buscada

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É o que aconteceu porocasião da visita do Bushao Brasil”, salienta.

No caso de Köhler,Almeida diz que nem issoocorreu e que a visita pas-sou quase incógnita noBrasil, o que, segundoele, foi uma pena, pois aAlemanha é grande ami-ga e parceira do Brasil.

Especificamente sobrea visita de Bush, HenriqueRzezinski, presidente daseção brasileira doCEBEU – Conselho Em-presarial Brasil-EstadosUnidos, avalia que o fatorepresenta um real avançonas relações entre Brasil eEstados Unidos, umaoportunidade para acele-rar a retomada de umaagenda mais ambiciosa.

Para Rzezinski, o me-morando de entendimen-to sobre o álcool assina-do pelos presidentes Lulae W. Bush pode levar aacordos em outras áreas,ainda que a sobretaxa queos EUA adotam sobre obiocombustível brasileirovendido naquele merca-do não seja retirada an-tes de 2009. “A questãodo etanol é estratégica epode ser um trampolimpara diversos setores. Osdois países podem fazeroutras alianças”, declara.

Rzezinski tambémafirma que tem trabalha-do em conjunto com ou-tras entidades para cons-truir uma visão única so-bre a importância da re-lação entre as duas na-ções. “Esse é um esforçoimportante de unificação,de coordenação, porque ointeresse é comum – en-tre empresários e gover-nos. Os EUA não só sãoo nosso maior parceirocomercial, como tambémsão o que nos oferece asmelhores oportunidadesestratégicas”, salienta opresidente do CEBEU.

Pedro da Motta Veiga,consultor da CNI – Con-federação Nacional da In-dústria considera que asvisitas do Bush e do Lula– que foi para Washingtonem abril último – servemcomo estreitamento doslaços. “A visita do Bush aoBrasil abre possibilidades.O etanol é uma agenda emcomum que até então nãoexistia”, completa.●

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LOGÍSTICA SETORIZADA

AS EXIGÊNCIAS DA LOGÍSTICAFARMACÊUTICAOs operadores logísticos e as transportadoras estão sujeitos às normas da Anvisa e das próprias empresas do setor farmacêutico,que se mostram cada vez mais exigentes no que diz respeito à área técnica e legal da empresa de logística. Os caminhões precisa mser climatizados e os armazéns necessitam de controle de temperatura e umidade, por exemplo.

Já com relação à partefinanceira, o problema de ummodo geral, de acordo comele, esbarra na própria nego-ciação do valor – em relaçãoà freqüência e ao volume decarga –, bem como nas re-giões atendidas pela trans-portadora.

Ivan da Glória Teixeira,presidente do Sindicato dasIndústrias Farmacêuticas noEstado de Goiás – Sindifargo

(Fone: 62 3098.3006), por suavez, diz que existem essasdificuldades porque o Brasil éum país continental e o meiode transporte mais eficiente ecompetitivo é o terrestre.“Hoje não são todas as trans-portadoras que possuem auto-rização junto à Anvisa – Agên-cia Nacional de VigilânciaSanitária para transportar me-dicamentos, ficando na mãode poucas”, expõe.

Falando na Anvisa, exis-te uma tendência de as em-presas farmacêuticas estoca-rem seus produtos nos ope-radores logísticos para fugirdas exigências da agência?

Segundo Silva, daAlanac, a tendência de asempresas farmacêuticas sevalerem dos operadoreslogísticos não se deve às exi-gências da Anvisa, mas, sim,por questões de estratégia decada empresa. Ele explicaque isso pode ser constatadoao notar que existem diferen-tes situações dentro do mer-cado farmacêutico, como,por exemplo: há empresasgrandes e pequenas queterceirizam todo o seu esto-que e transporte para um ope-rador logístico; algumas em-presas de variados portesterceirizam apenas o trans-porte, mas mantêm o seu es-toque dentro da própria em-presa; e existem empresasque não terceirizam nada,nem mesmo o transporte,mantendo toda a operaçãologística.

“Sendo assim, é possívelobservarmos que essa tendên-cia à terceirização do estoquepara os operadores logísticosnão depende da necessidadede ‘fugir’ das exigências daAnvisa, mas, sim, das questõesestratégicas e econômicas dasempresas”, sintetiza.

Teixeira, da Sindifargo,concorda. “As empresas fa-zem a opção por operadoreslogísticos para melhorar asua competitividade nadistribuição. Em Anápolis,GO, temos a DHL, que já faza distribuição para o Labora-tório Roche”, exemplifica.

E, afinal, quais as exigên-cias da Anvisa, tanto paratransporte quanto para arma-zenagem de produtos farma-cêuticos?

Para Silva, da Alanac, asexigências estão descritas emsuas legislações específicas enas relacionadas. Algumasdas principais legislações re-lacionadas a transporte e ar-mazenagem estão no quadro.

“Estas exigências auxi-liam a logística do setor, poiso intuito maior é a manuten-ção da qualidade do produtoaté o consumidor final e, comelas, dá-se um ‘norte’ paraque sejam minimizados osriscos de prejuízo da quali-dade do medicamento esto-cado e transportado”, consi-dera.

Já para uma transportado-ra e um operador logístico notransporte e armazenagem deprodutos farmacêuticos, Sil-va relata que não há exigên-cias especiais, além daquelasexistentes nas normativas queregem o setor de estoque etransporte desses produtos.“O que é preciso é que astransportadoras e os operado-res logísticos entendam taisnormativas e saibam traba-lhar dentro delas para que seconsiga manter a mesma qua-lidade do produto que acabade sair da produção, até achegada do mesmo ao con-sumidor final”, diz.

Manusear, transportar,gerenciar e armazenarprodutos farmacêuti-

cos. Quais as exigências pró-prias? Como atuam as em-presas deste setor? Uma as-sociação, um sindicato e doisoperadores logísticos des-membram a operação logísticado segmento nessa matériaespecial do jornal LogWeb.

Vamos começar pelas di-ficuldades. Quais os maioresproblemas enfrentados para acontração de frete por parteda indústria farmacêutica?

De acordo com CássioRibeiro Leal Silva, coordena-dor de assuntos regulatórios daAlanac - Associação dos La-boratórios Farmacêuticos Na-cionais (Fone: 11 5506. 8522),as maiores dificuldades para acontratação envolvem ques-tões financeiras e legais.

No que diz respeito àquestão legal, ele aponta aqualificação de fornecedor,seguindo a RDC 210/03 - re-solução que institui as nor-mas das Boas Práticas de Fa-bricação, Armazenamento eDistribuição de Produtos eArtigos Médico-Hospitalares– Produtos para a Saúde – ea presença de todas as auto-rizações e documentaçõesnecessárias à transportadoracomo alguns dos pontos le-gais que dificultam acontratação desta.

“Ainda no campo das exi-gências legais, há algumasdelas feitas pelo próprio se-tor farmacêutico, tais comonão permitir o repasse de car-gas – conhecido como‘cabritagem’ –, a necessida-de de uma série de medidasque garantam a qualidade doproduto durante o transportee uma correta manutenção dacadeia fria para o transportede produtos perecíveis, entreoutras”, destaca Silva.

ALGUMAS DAS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕESRELACIONADAS A TRANSPORTE E

ARMAZENAGEM➠ Portaria Anvisa 802/98 – Institui o sistema de controle e

fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos;

➠ Resolução Anvisa 329/99 – Institui o Roteiro de Inspeçãopara transportadoras de medicamentos, drogas e insumosfarmacêuticos;

➠ Resolução RDC Anvisa 210/03 – Dispõe sobre as BoasPráticas de Fabricação de Medicamentos – nesta hátratativas sobre armazenagem, recepção e expedição deprodutos, entre outras questões inerentes ao estoque deprodutos farmacêuticos;

➠ Resolução RDC Anvisa 25/2007 – Dispõe sobre aterceirização de etapas de produção, de análises de con-trole de qualidade e de armazenamento de medicamentos.

Silva, da Alanac: questõesestratégicas fazem asempresas farmacêuticas sevalerem dos operadoreslogísticos

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Teixeira, da Sindi-fargo, destaca que as exi-gências da Anvisa para astransportadoras envolvema autorização dos veícu-los, que passam por vis-torias, e o custo da auto-rização, que depende doporte da empresa. Nocaso dos caminhões, de-vem ser climatizados,com controle de tempera-tura e umidade e em bomestado de conservação. Jápara a armazenagem, sãonecessários armazénscom controle de tempera-tura e umidade, separaçãode classes terapêuticas,limpeza e higiene deles,ou seja, estruturas físicasadequadas para tal.

OPERADORESLOGÍSTICOS

Depois dessa análise,é interessante saber dospróprios operadores lo-gísticos quais as obriga-ções e exigências em re-lação ao transporte e ma-nuseio destes produtos.

Fernando P. Muller,gerente comercial da TALogística (Fone: 19 2101.7511), diz que as exigên-cias são muitas, de ordemlegal, operacional e técni-ca. Ele deixa de lado aslegais, relativas às licen-ças necessárias, e analisaas questões técnicas eoperacionais. “A operaçãologística de produtos far-macêuticos é, em geral,bastante complexa e into-lerante em relação aos er-ros operacionais. A suacomplexidade decorre defatores como o grandefracionamento, a quanti-dade de SKU’s e o con-trole FEFO, que precisaser absolutamente perfei-to. Assim, é necessárioque o operador tenhagrande know-how e tec-nologia de ponta, muitomais do que em outrossegmentos. Não é traba-lho que possa ser feito porempresas que não tenhammuito conhecimento, ex-periência e tecnologia deponta”, frisa.

Na opinião de LarissaRossi de Migueli, farma-cêutica da Transcole Trans-portes Urgentes (Fone: 114366.6100), além daregulamentação perante osórgãos competentes, comoAnvisa, Vigilância Sanitá-

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ria Municipal e outros, a empre-sa deve atender às exigências dosclientes através de um sistema demonitoramento e rastreamentoaltamente eficaz, frota diversi-ficada e adequada para atender àsdiversas situações, centro opera-cional de distribuição com infra-estrutura que atenda às necessi-dades das operações logísticas eprofissionais qualificados. “A re-lação custo x qualidade e a efi-ciência da cadeia de fornecimen-to são importantes para garantiro sucesso da empresa como ope-rador logístico”, declara.

Sobre existir uma tendênciade as empresas farmacêuticas es-tocarem seus produtos nos ope-radores logísticos para fugir dasexigências da Anvisa, Muller, daTA Logística, afirma a tendênciade as indústrias farmacêuticasutilizarem operadores logísticosnão advém de uma possível me-nor exigência da Anvisa. “As exi-gências da agência em relaçãoaos operadores logísticos tam-bém são muito elevadas, seme-lhantes às aplicadas aos arma-zéns de propriedade da indústriafarmacêutica”, ressalta.

De acordo com ele, a procu-ra pelos operadores logísticosdecorre da especialização e daqualidade dos serviços destes,bem como da redução dos custostotais da cadeia. “Os operadoresrealizam uma operação de altaqualidade, apresentam ganhos deperformance e têm custo consi-deravelmente menor”, garanteMuller.

Segundo Larissa, da Trans-cole, as empresas farmacêu-ticas podem utilizar este recursopor questões burocráticas ou atémesmo para reduzir custos.“Uma empresa farmacêutica que

Teixeira, do Sindifargo: hoje nãosão todas as transportadorasque possuem autorização juntoà Anvisa

Muller, da TA: a logística deprodutos farmacêuticos écomplexa e intolerante emrelação aos erros

opte por utilizar um operadorlogístico para estocar seus pro-dutos deve estar atenta se todosos requisitos necessários e obri-gatórios para armazenamento sãocumpridos, para que a qualidadee integridade dos produtos sejammantidas até chegarem ao seudestino”, alerta.

Quanto às maiores dificulda-des enfrentadas pelo operadorlogístico na área farmacêutica,Muller, da TA Logística, diz quecomo o mercado de logística paraprodutos farmacêuticos está emfase final de consolidação, osgrandes players do segmento játêm solução logística desenhada,muitas vezes já possuindo ope-rador logístico contratado. Emconseqüência disso, ele diz quenão há mais grande espaço paracrescer neste mercado sem “tirar”clientes de outros operadores. “Aconcorrência, em virtude disso,tem se acirrado cada vez mais,pois o fechamento de um novonegócio para um operadorlogístico necessariamente signi-fica o encerramento de um con-trato em outro operador. Isso trazdiversos efeitos, como, por exem-plo, a corrosão das margens delucro, que já se iniciou. O mer-cado está muito mais disputado,com fornecedores de serviçoslogísticos bastante competentes,que precisam oferecer preçoscada vez menores”, avalia.

Por sua vez, Larissa, daTranscole, declara que as empre-sas farmacêuticas mostram-secada vez mais exigentes no quediz respeito à área técnica e legalda empresa de logística. “Comoa empresa opera com logística emdiversas áreas e não só a farma-cêutica, a presença de um farma-cêutico supervisionando as ope-rações é imprescindível para re-alizar um trabalho sofisticado ediferenciado para este segmento,uma vez que este profissional está

envolvido em várias atividadescomo controle do estoque, veri-ficação da documentação docliente, controle das condições doambiente, etc. Aliado a isso, trei-namento constante da equipe en-volvida, implantação de métodosinformatizados constantementeatualizados e adoção de estraté-gias inovadoras contribuirão paraa superação das dificuldades, ga-rantindo a excelência do traba-lho”, salienta.

No caso de uma empresa far-macêutica atuar com um opera-dor logístico que não seja espe-cializado na área, Muller, da TALogística, diz que os riscos se-rão muito grandes, mesmo quepossa haver alguma economiaimediata, em função de algumeventual melhor preço. “Um des-controle operacional na logísticapode trazer conseqüências desas-trosas para uma indústria farma-cêutica. A tolerância ao erro, nes-te segmento, é próxima de zero,e é muito difícil para um opera-dor pouco especializado não er-rar. Isso gera exposições merca-dológicas e legais às indústrias,algo que está fora de cogitaçãopara a maioria delas. A operaçãologística de produtos farmacêu-ticos possui características e exi-gências únicas”, revela.

Larissa, da Transcole, concor-da. De acordo com ela, produtosfarmacêuticos requerem atençãoespecial durante o transporte e ar-mazenagem – temperatura, umi-dade, empilhamento, compatibi-lidade, etc. Portanto, a logísticado setor necessita de um trata-mento especial. “Deve-se respei-tar as especificações técnicas decada tipo de produto, bem comoatender criteriosamente às exi-gências da empresa farma-cêutica. O operador não especia-lizado nesta área pode compro-meter a eficácia do processologístico por desconhecer ou ig-norar procedimentos que são deextrema importância para exce-lência do serviço prestado”, con-clui. ●

“As empresasfarmacêuticas

mostram-se cada vezmais exigentes noque diz respeito à

área técnica e legalda empresa de

logística”

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Sadia inauguraterminal noPorto deParanaguá

Com investimentos deR$ 19 milhões, a Sadia(Fone: 0800 7028800) inau-gurou, em maio último, umarmazém no Porto de Para-naguá, PR.Instalado ao lado do pontode embarque dos navios, anova unidade soma-se àatual estrutura já existente.Com ele, a empresa passoua contar com um potencialde armazenagem de 8,5 miltoneladas, o que represen-ta um crescimento de 170%em comparação à antigacapacidade.A nova planta será respon-sável pelo armazenamentode grande parte dos produ-tos exportados pela empre-sa para mais de 60 paísesda América Latina, Europa,Ásia e Oriente Médio, amaioria deles produzida noEstado do Paraná.E, ainda, possui sistema declimatização totalmenteinformatizado, onde traba-lharão cinco empilhadeiraselétricas climatizadas de úl-tima geração. “Vamos supe-rar significativamente a ve-locidade de embarque exi-gida pela prancha da admi-nistração do Porto, que é de1.800 toneladas diárias, nocaso da Sadia”, afirma o di-retor-presidente da empre-sa, Gilberto Tomazoni.Já o diretor de relaçõesinstitucionais, Felipe Luz,diz que com este novoarmazém a empresa terácondições de atender aqualquer navio e ganharáem produtividade, “porquepassaremos a operar, tam-bém, com contêineres”.

Notíciasr á p i d a s

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Transportadoraspodemeconomizarcom pneusreformadosAs transportadoras podemeconomizar até cerca de 5,2bilhões de reais por anousando pneus reformados,informa a ABR – AssociaçãoBrasileira do Segmento deReforma de Pneus (Fone: 115543.8400). “Minimizar oscustos é um dos grandesobjetivos das empresas. Nocaso específico do setor detransportes, combustível epneus representam os maio-res gastos. Como muitas ve-zes não é possível economi-zar no primeiro, uma boasaída é a utilização de pneusreformados”, declara Hersíliode Moura, presidente da en-tidade. Segundo ele, dois ter-ços do total de pneus de ca-minhões e ônibus utilizadossão reformados. “O rendi-mento quilométrico é seme-lhante ao novo, com custo70% menor, e proporcionamuma redução de 57% no cus-to por quilômetro”, afirma.

Guerra cresce33% em vendasA Guerra Implementos Rodo-viários (Fone: 54 3218.3500)registrou um crescimento de33% nas vendas do primeiroquadrimestre de 2007, com-parado ao mesmo período de2006. A produção na linhaleve e pesada para o merca-do interno e externo somou2.940 unidades em 2007,contra 2.213 em 2006. Estesnúmeros superam os regis-trados pela Associação Na-cional dos Fabricantes deImplementos Rodoviários -Anfir, que divulgou um cres-cimento de 30,30% no mer-cado interno de reboques esemi-reboques no períodocitado. “O desempenho posi-tivo da economia nestes pri-meiros meses alavancou asprojeções de 2007, devemossuperar oito mil unidadesfabricadas até o final do ano”,conta a gerente de marketing,Melissa Guerra.