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LÚPUS E SUAS MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS
Fernanda Bebber Reunião Reumatologia - Dermatologia
Maio/2010
Lúpus EritematosoIntrodução
• Doença inflamatória crônica• Mais freqüente no sexo feminino• Etiologia auto-imune• Predisposição genética• Fatores ambientais desencadeantes: UV,
drogas e tabaco• Doença com caráter espectral– Quadro exclusivamente cutâneo– Quadro sistêmico grave - LES
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus EritematosoIntrodução
• Quadro cutâneo – Acometimento na maioria dos casos - 80%
dos casos– 25% é manifestação inicial da doença– Associado ou não a quadro sistêmico– Inespecíficas• Podem ser encontradas em outras doenças
– Específicas• Quadro clínico e histopatológico característico
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus EritematosoIntrodução
• Quadro cutâneo – Inespecíficas
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Vasculites Vasculopatias
Telangectasias periungueal
Livedo reticular
Fenômeno de Raynaud Eritromelalgia
Esclerodactilia Nódulos reumatóides
Calcinose Lesões bolhosas
Urticária Mucinose pápulo-nodular
Cútis laxa/anetodermia Acantose nigricante
Eritema multiforme Úlceras de pernas
Líquen plano Alopécia não-cicatricial
Lúpus EritematosoIntrodução
• Quadro cutâneo – Específicas • Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC) ou
lúpus eritematoso discóide (LED)– Mais encontradas nas formas exclusivamente cutâneas
• Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECSA)– Podem haver sintomas sistêmicos discretos
• Lúpus eritematoso cutâneo agudo (LECA)– Freqüentemente encontrada associada ao LES
Reunião Reumatologia – Dermatologia
LUPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO CRÔNICO
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoINTRODUÇÃO
• Evolução crônica• Forma clínica mais comum• Ocorre em todas as raças• Mais freqüente em mulheres acima dos 40
anos• Raro em crianças• Desencadeadas ou agravadas por radiação
UV, frio ou drogas
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Apresentação mais comum é placa discóide • Iniciam como máculas ou pápulas
persistentes, eritematosas ou violáceas, com bordas bem definidas e superfície descamativa
• Crescem centrifugamente e adquirem forma de disco
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Tornam-se placas eritematosas cobertas por escamas aderentes, estendem-se até folículos pilosos dilatados
• As placas discóides podem crescer e coalescer
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Envolvimento do folículo piloso, com hiperceratose é um sinal proeminente
• Expansão das lesões– Cicatriz deprimida central– Eritema/Atividade inflamatória periférica
• Desaparecimento da hiperceratose folicular
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Aparecem telangectasias e discromia– Hipopigmentação central– Hiperpigmentação periférica
• Discromia é bem mais acentuada na raça negra
• Cicatrização atrófica central em lesões com maior tempo de evolução
• Sobre as lesões cicatriciais muito antigas pode surgir o carcinoma espinocelular
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Localização– Maior frequência: na face, couro cabeludo,
orelhas, “V do decote”, nas superficíes extensoras dos MMSS
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Localização– No couro cabeludo ocasionam áreas de alopecia
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Localização– Menor frequência: lábios, mucosas e membros
inferiores
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Distribuição das lesões– Localizações incomuns – Fenômeno de Koebner– Localizado
• Somente na cabeça e pescoço• Não ocorrem sintomas gerais
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoQUADRO CLÍNICO
• Distribuição das lesões– Disseminado/generalizado
• Além da cabeça e pescoço,• Pode haver febre, adinamia, cefaléia e artralgias • Permanência dos sintomas sugere evolução para forma
sistêmica da doença
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Hipertrófica ou Verrucosa– Hiperceratose acentuada– Mais freqüente na face, nas superfícies extensoras dos
braços e na parte superior do dorso– Associação de lesões típicas do LE em outros locais– Excluir CEC que pode surgir em lesões crônicas de LED
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Hipertrófica ou Verrucosa– Lupus erythematosus hypertrophicus et
profundus• Variedade ainda mais rara• Associação de paniculite subjacente às lesões
verrucosas da pele
Bechet PELupus erythematosus hypertrophicus et profundus
Arch Dermatol 1942;45:33-39
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Túmida– Lesões edematosas e infiltradas, com superfície
eritematosa, de tamanhos variados– Não há hiperceratose folicular, discromia, atrofia
e cicatriz central
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Túmida– Variedade muito rara– Diferenciar de erupção polimorfa à luz e
pseudolinfoma cutâneo
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Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Folicular– Pápulas eritematosas, por vezes discretamente
umbilicadas– Sempre deixam seqüela atrófico-cicatricial
(acneiforme ou varioliforme)– Localizadas freqüentemente na região perioral
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Folicular– Mulher, japonesa, 30 anos – Portadora de LES– Apresentando eritema e petéquias
foliculares em extremidades– Associado apresenta alopécia difusa– HMF: Mãe portadora LES– Histologia: LE
Morihara K et alFollicular lupus erythematosus: a new cutaneous manifestation of systemic lupus
erythematosusBritish Journal of Dermatology 2002; 147: 157–159
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Rosaceiforme– Lesões papulosas ou nodulares, eritematosas,
distribuídas pelo nariz, fronte, regiões genianas e, às vezes, na região do mento,
– Associadas a eritema difuso da face e flushing– Normalmente não há pústulas, como na rosácea
verdadeira
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Chilblain Lupus– Ocorre raramente – Predomina em mulheres– Lesões aparecem principalmente no dorso de
quirodáctilos e pododáctilos, mas também pode ocorrer em calcanhares, joelhos, cotovelos, nariz e orelhas
– Lesões papulosas, eritematovioláceas, infiltradas, no início pruriginosas e mais tardiamente dolorosas
– Diferenciar de sarcoidose e liquen plano
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedade Chilblain Lupus– Manifestação-se no inverno– Evoluim deixando cicatriz central– Normalmente, surgem após alguns anos do
aparecimento das lesões discóides típicas na face
– Podem ocorrer também no LES e no LECS
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Mucosas– 25 % dos pacientes – Mucosa oral é a mais freqüentemente envolvida– Pode afetar as mucosas nasal, ocular e genital
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECC
• Variedades muito raras– Placas anulares atróficas*– LECC elastolítico ou anetodérmico*– LECC telangiectóide**
*Jablonska S et al. The red face: lupus erythematosus. Clin Dermatol 1993; 11:253-60** Rowell NR et al. The connective tissue diseases. In: Champion RH et al. Textbook of
dermatology, 1992
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoHISTOPATOLOGIA
• Lesões mais recentes mostam alterações que não são diagnósticas
• Necessidade de se coletar a biópsia em lesões mais antigas– Hiperceratose com “rolhas córneas”– Adelgaçamento e achatamento da camada de
Malpighi– Degeneração hidrópica das células basais– Infiltrado mononuclear com tendência à
disposição em torno dos apêndices cutâneos– Aumento da espessura da membrana basal, mais
bem visualizado pelo método do PASReunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoHISTOPATOLOGIA
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoHISTOPATOLOGIA
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoIMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA
• Presença de faixa imunofluorescente é comumente encontrada ao longo da junção dermoepidérmica
• Pode haver extensão desta faixa ao redor dos folículos pilosos
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoIMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA
• Presentes na faixa– Diferentes classes de imunoglobulinas (IgG, IgM e
IgA) – Componentes do sistema complemento (C3, C4, C1q)– Complexos de ataque à membrana do grupo (C5b-
C9)
• Vários fatores influenciam na positividade do teste– Idade da lesão– Localização– Tratamento prévio e atual
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoAUTO-ANTICORPOS
• Pacientes com LECC clássico, não apresentando evidências de doença sistêmica pela história ou exame clínico, poderão ter alterações imunológicas detectáveis– FAN + em 30 a 40% dos casos– Anti-DNA de hélice simples e Anti-Ro + não são
incomuns– Anti-DNA de dupla hélice, Anti-Sm e Anti-La +
são raros– Anticorpos anticardiolipinas IgG positivos em
<10%Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoEXAMES LABORATORIAIS
• Alterações presentes no LECC– Leucopenia– Anemia– Trombocitopenia– Hipergamablobulinemia– Reações falso positivas para sífilis– VHS aumentada
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoDIAGNÓSTICO
• Quadro clínico associado a histopatologia– Na biópsia, optar por lesão mais antiga, não
tratada e em áreas expostas ao sol
• Lesões típicas de LECC normalmente não causam muita dificuldade no diagnóstico
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Somente se dúvida, realizar a imunofluorescência direta
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoDIAGNÓSTICO
• Pode haver dificuldade para diagnóstico– Lesões de LECC recentes– Variedade clínicas como a forma túmida,
verrucosa, rosaceiforme e chilblain lupus– Couro cabeludo e mucosa, quando tais
localizações são exclusivas– Dentro do próprio espectro do LE, quando as
lesões eritematosas ou discóides são acompanhadas de manifestações sistêmicas ou laboratoriais
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Rosácea• Psoríase e dermatite seborréica • Queratose solar• Lesões atrófico cicatriciais do couro
cabeludo– Diferenciar de alopecia da esclerodermia, do
liquen plano pilar, pseudopelada, tinha favosa e quadros de alopecia não cicatricial.
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoRISCO DE EVOLUÇÃO
• Risco de evolução do LECC para LES– Estudos mais antigos: evolução de 5-10%– Estudos recentes – Provost em 1996: evolução
de 2%– Estudo brasileiro – Freitas em 1997: evolução de
2,7%
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Discrepância devido a descrição de LECSA em 1979
Anteriormente esses casos eram classificados como LECC generalizado
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoRISCO DE EVOLUÇÃO
• Manifestações clínicas mais intensamente relacionadas com a possibilidade de evolução– Quadros cutâneos generalizados– Alopécia não cicatricial– Linfadenopatia generalizada– Telangectasias periungueais– Fenômeno de Raynaud– Lesões de vasculite
Freitas THPLúpus eritematoso cutâneo crônico: estudo de 298 pacientes.
São Paulo:EPM,1997
Lúpus Eritematoso Cutâneo CrônicoRISCO DE EVOLUÇÃO
• Achados laboratoriais mais intensamente relacionadas com a possibilidade de evolução– Anemia inexplicável– Leucopenia grave– VDRL falso positivo– FAN positivo em títulos altos persistentes– Hipergamaglobulinemia– VHS aumentado (> 50mm/h)– Teste da banda lúpica + em pele não lesional
Freitas THPLúpus eritematoso cutâneo crônico: estudo de 298 pacientes.
São Paulo:EPM,1997
Paniculite lúpica / Lúpus profundoQUADRO CLÍNICO
• Doença de Kaposi-Irgang• Forma rara de LE, acomete mais mulheres• Pode ocorrer no LE exclusivamente
cutâneo, LES, outras doenças auto-imunes• Paniculite lúpica– Pele sobreposta normal
• Lúpus eritematoso profundo– Lesões típicas de LECC na pele sobreposta
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Paniculite lúpica / Lúpus profundoQUADRO CLÍNICO
• Caracterizada por nódulos inflamatórios, firmes, profundos, de 1 a 3 cm, localizados na derme e no tecido subcutâneo
• Áreas mais acometidas são as partes proximais dos braços,ombros, face e nádegas
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Paniculite lúpica / Lúpus profundoQUADRO CLÍNICO
• Nódulos tendem a evoluir, deixando depressões profundas decorrentes de lipoatrofia
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LUPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO SUBAGUDO
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Forma disseminada cutânea do LE • Componente de fotossensibilidade
importante – 85% dos casos• Mais comum em mulheres jovens • Associação com HLA-B8 e HLA-DR3• Pode preceder ou surgir durante a evolução
de outras doenças reumatológicas, como Síndrome de Sjögren e AR
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Iniciam como máculas eritematosas • Lesões típicas do LECSA são anulares ou
pápulo-escamosas, não cicatriciais
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Geralmente curam sem cicatrizes• Mas podem deixar leucodermia e
telangectasias
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Localização– Maior frequência: dorso superior, V do decote,
ombros, faces extensoras dos braços
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Localização
– Menor frequência: face - < 20%
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Lesões inespecíficas podem ser vistas– Alopécia– Lesões mucosas indolores– Telangectasia periungueal– Vasculite– Fenômeno de Raynaud – Livedo reticular
Sontheimer RD, Provost TT.Cutaneous manifestations of lupus eythematosus.
In: Wallace DJ, Hahn HB, Dubois lupus erythematosus. 5 ed.1997:569-623
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Cerca de 50% dos pacientes com LECSA preenchem quatro ou mais itens dos critérios do ACR
• Quadro sistêmicos mais discretos• Terapêutica menos agressiva*
• Descrição de envolvimento renal e neurológico, porém não tão graves***McCauliffe DP. Distinguishing subacute cutaneous from others types of
lupus erythematosus. Lancet 2008;351:1527**Chebus E, Wolska H, Blaszczyk M, Jablonska S. Subacute cutaneous lupus
erythematosus versus systemic lupus erythematosus: Diagnostic criteria and therapeutic implications. J Am Acad Dermatol 2008;38(3)405-412
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Verificou-se que há diferenças clínicas e imunológicas entre pacientes com LECSA do tipo anular ou pápulo-escamoso
• Pacientes com lesões anulares mais freqüentemente desenvolvem fotossensibilidade, artrite e positividade para FAN e anti-Ro*
*Black Dr, Hornung Ca, Scheneider PD, Callen JP. Frquency and severety of sistemic disease in patients with subacute cutaneous lupus erythematosus.
Arch Dermatol 2002;138:1175-1178
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoQUADRO CLÍNICO
• Frequência de achados clínicos
*Black Dr, Hornung Ca, Scheneider PD, Callen JP. Frquency and severety of sistemic disease in patients with subacute cutaneous lupus erythematosus.
Arch Dermatol 2002;138:1175-1178
Achados clínicos/Doença LECSA LES
Alterações hematológicas 8% 13%
Serosite 1% 12%
Alterações renais 16% 25%
Artrites 62% 100%
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoVARIEDADES CLÍNICAS DO LECSA
• Eritrodermia esfoliativa• Variantes pitirisiforme ou exantematosa• Lesões foliculares eritematosas• Lesões bolhosas com distribuição acral• Quadros poiquilodérmicos
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoAUTO-ANTICORPOS
• Anticorpos antinucleares + / 70% casos
• Anticorpos anti-Ro são característicos– Não estão presentes em todos os casos– Positividade em torno de 70-100%
• Anti-DNA nativo, Anti-Sm e Anti-RNP + são raros
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoAUTO-ANTICORPOS
• Auto-anticorpos no LES e no LECSA
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Exames LECSA LES
ANA 72% 98%
Anti-Ro e/ou Anti-La 70% 69%
Anti-DNA 1,2% 34%
Anti SM 3,5% 10%
Anti-RNP 1,2% 17%
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoEXAMES LABORATORIAIS
• Alterações presentes no LECSA– Leucopenia– Anemia– Hipergamablobulinemia– VHS aumentada– Hipergamaglobulinemia– Hematúria– Proteinúria– Cilindrúria– Aumento da creatinina– Diminuição do complemento sérico
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoDIAGNÓSTICO
• Quadro clínico associado a histopatologia• Analisar auto-anticorpos
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Somente se dúvida, realizar a imunofluorescência direta
Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Forma discóide – Pela ausência de atrofia cicatricial
• Lesões anulares– Diferenciar de granuloma anular, eritema
multiforme, eritemas figurados e mucinose reticulada eritematosa
• Lesões pápulo-escamosas– Diferenciar de psoríase, dermatite seborreica,
erupção polimorfa à luz, dermatomiosite e linfoma cutâneo de células T
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LUPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO AGUDO
Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoQUADRO CLÍNICO
• As manifestações cutâneas podem estar presentes em 72-81%
• 100% dos pacientes com LES apresentavam lesões cutâneas específicas ou inespecíficas*– Fotossensibilidade – 63%– Fenômeno de Raynaud – 60%– Lesões em mucosas – 55%– Erupção em asa de borboleta – 45%– Alopécia – 40%
*Yell JA, Mbuagbaw J, Burge SM. Cutaneous manifestations of systemic lupus erythematosus. Br J Dermatol. 2006;135:355-62
Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoQUADRO CLÍNICO
• As manifestações específicas podem ser classificadas como localizadas ou generalizadas
• Lesão clássica é chamada de “asa de borboleta”, – Edema e eritema confluentes nas regiões malares– Estendendo-se para a pirâmide nasal– Sulcos nasolabiais são poupados– Fronte e “V do decote”podem ser acometidos– Pode haver intenso edema da face
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Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoQUADRO CLÍNICO
• A distribuição generalizada é menos comum• Caracteriza-se por uma erupção
exantemática ou morbiliforme disseminada
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Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoQUADRO CLÍNICO
• Presença de rash generalizado ou localizado– Representa atividade da doença do LES– Geralmente associada com alto risco de
agressividade– Incluindo risco para nefrite
• Nas formas extremamente agudas, pode haver lesões bolhosas semelhantes ao eritema polimorfo, pênfigo vulgar ou necrólise epidérmica tóxica
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Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoQUADRO CLÍNICO
• Lesões do LECA são muito fotossensíveis• Podem durar horas, dias e mais raramente
semanas• Não deixam cicatrizes • Pode haver hipercromia pós inflamatória nos
pacientes com pele morena
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Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoQUADRO CLÍNICO
• Quadros com associação de lesões de LECA na face e LECSA em outras partes do corpo
• Já a ocorrência simultânea de LECA com LECC ativo é muito rara
• Pode ocorrer ulceração da mucosa oral ou nasal– Mais freqüente na parte posterior do palato duro– Totalmente indolores ou bastante dolorosas
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Lúpus Eritematoso Cutâneo SubagudoAUTO-ANTICORPOS
• Auto-anticorpos no LES e no LECSA
Reunião Reumatologia – Dermatologia
Exames LECSA LES
ANA 72% 98%
Anti-Ro e/ou Anti-La 70% 69%
Anti-DNA 1,2% 34%
Anti SM 3,5% 10%
Anti-RNP 1,2% 17%
Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoEXAMES LABORATORIAIS
• Alterações presentes no LECA = LES– Leucopenia– Anemia– Hipergamablobulinemia– VHS aumentada– PCR aumentada– Hipergamaglobulinemia– Hematúria– Proteinúria– Cilindrúria– Aumento da creatinina e uréia– Diminuição do complemento sérico……
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Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoDIAGNÓSTICO
• Quadro clínico associado a histopatologia• Analisar auto-anticorpos• Verificar se são preenchidos 4 ou mais
critérios do ARA
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Somente se dúvida, realizar a imunofluorescência direta
Lúpus Eritematoso Cutâneo AgudoDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Acne rosácea• Dermatite seborreica• Reações alérgicas a drogas• Alteração cutânea da dermatomiosite
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