Mandado de Segurança Portador de Hepatite C

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Modelo de Ao Judicial (MANDADO DE SEGURANA COM PEDIDO DE LIMINAR) que pode ser impetrada para conseguir o tratamento de qualquer gentipo com o Interferon Peguilado pelo SUS

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Grupo Otimismode Apoioao PortadordeHepatiteONG - Registro n.: 176.655 - RCPJ-RJ - CNPJ: 06.294.240/0001-22Rio de Janeiro (21) 4063.4567 - So Paulo (11) 3522.3154(das 11.00 s15.00horas)e-mail: [email protected] - Internet: www.hepato.com

Modelo de Ao Judicial (MANDADO DE SEGURANA COM PEDIDO DE LIMINAR) que pode ser impetrada para conseguir o retratamento dos infectados com o gentipo 1 da hepatite C que tenham indicao para a utilizao do inibidor de proteases VICTRELIS (Boceprevir)

(Leia atentamente com seu advogado, faa as alteraes necessrias a seu caso especifico, inclusive quanto ao procedimento judicial a ser utilizado, e anexe copias autenticadas de todos os documentos solicitados)

Ateno aos trechos em vermelho, onde dever colocar seu caso especifico.

Os trechos em azul devero ser completados.

AVISO LEGAL

O Modelo de Ao a seguir um modelo genrico para o retratamento da hepatite C com o Interferon peguilado, ribavirina e inibidor de proteases Victrelis (Boceprevir), incluindo tambm todos os medicamentos necessrios para os efeitos colaterais e adversos.

O Advogado dever adaptar o modelo situao particular do paciente completando as partes sublinhadas ou marcadas na cor vermelha.

Tente anexar a maior quantidade possvel dos documentos que citamos como anexo quando empregamos a expresso (Documento n), pois eles ajudam o Juiz na deciso.

O Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces publicado pelo Ministrio da Sade em janeiro de 2013 pode ser encontrado em http://hepato.com/p_protocolos_consensos/protocolo_IP_2013.pdfO Grupo Otimismo se exime de qualquer problema que possa acontecer, no recomenda nem incentiva as aes judiciais nem recomenda advogados. A deciso de solicitar tratamento via o Judicirio uma iniciativa individual de cada indivduo. O Grupo Otimismo exercitando o Controle Social e a cidadania por meio de aes do chamado advocacy simplesmente fornece informaes que auxiliam os infectados com hepatite.

IMPORTANTE:

1- Colabore com sugestes que possam melhorar este modelo de ao. Envie suas sugestes e colaboraes por e-mail.

2- Nos informe sobre o julgamento da sua ao pelo e-mail [email protected] Carlos Varaldo

Grupo Otimismowww.hepato.com

[email protected] SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CVEL DE FAZENDA PBLICA) DA COMARCA DE XXXXXXXX - XX.

FULANO DE TAL, brasileiro, casado, (.....profisso.......), identidade nmero ..................................................... e inscrito no Cadastro de Pessoas Fsicas sob o nmero ...............................................................domiciliado nesta cidade de ........................., Estado do .........................., onde reside na rua ................................................................, n. ..........., bairro .........................................., vem, por seu procurador, infra-assinado, conforme instrumento de mandato anexo (Documento 1), douta presena de vossa Excelncia, com fundamento no art. 5o, "caput"; 6o; e 196 e seguintes da Constituio da Repblica, art. 6o, I, letra "d" e art. 7o , II da Lei 8.080 de 19.09.90 (Lei Orgnica da Sade), e da Portaria 34 de 28 de setembro de 2007 do Ministrio da Sade, impetrar MANDADO DE SEGURANA COM PEDIDO DE LIMINAR, na forma do art. 5, LXIX e nos artigos 1 e seguintes da Lei 12.016/2009, contra ato ilegal praticado pelo EXMO. SR. SECRETARIO ESTADUAL DA SADE DO ESTADO DE ..........................., e pelo EXMO. Sr. SECRETARIO MUNICIPAL DA SADE DA CIDADE DE ..........................., que integram a Pessoa Jurdica do Estado do ....... e Municpio do ........., e renem competncia para dar cumprimento integral pretenso do Impetrante, que faz lastreado pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:

DOS FATOS

O Autor portador de "hepatite crnica pelo gentipo 1 do vrus C da hepatite, com replicao viral (RNA positivo) e atividade inflamatria com dano histolgico confirmado por biopsia heptica", conforme faz certo a declarao firmada pelo profissional mdico que o assiste, e que ora anexada a esta (Documento 2).

O profissional mdico que lhe assiste, Dr. ............................................... conceituado especialista em doenas hepticas e diante da vanicidade da terapia convencional, j ministrada ao impetrante sem sucesso, determinou a utilizao combinada dos medicamentos Interferon Peguilado Alfa-2 a ou Alfa-2 b, ribavirina e o inibidor de protease Victrelis (Boceprevir), como forma unicamente vivel, face s conquistas atuais da medicina acerca da severa enfermidade aqui considerada, de se evitar o agravamento da doena da qual o impetrante padece.

A patologia de que o Autor portador, sobre estar comprovada com os resultados dos exames a que se submeteu (inclusive bipsia) e ora anexos por cpias reprogrficas autenticadas, daquelas que, segundo lhe foi informado pelo profissional mdico que o assiste, exigir um acompanhamento mdico constante, vez que o vrus poder ceder medicao e, tempos aps, retornar.

So gravssimas, portanto, as condies de sade que afligem o Impetrante.

A hepatite crnica do tipo C, se no combatida com eficcia, pode provocar a cirrose e risco de carcinoma hepatocelular.

Neste sentido discorre um dos mais renomados mdicos do pas sobre a matria ora enfocada, a saber, Dr. Henrique Srgio Moraes Coelho, seno vejamos:

Um longo perodo de hepatite crnica, com graus variveis de fibrose observados na biopsia heptica que antecede a evoluo para a cirrose, permite nestes casos una interveno teraputica. Mesmo naqueles com cirroses constituda, clinicamente compensada, o tratamento esta indicado, pois, quando h sucesso, previne-se a descompensao e a evoluo para o cncer no fgado (Livro: Gastroenterologia Hepatites, RJ, 2001, Dr. HENRIQUE SERGIO MORAES COELHO, Edio da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro, p. 195).

Durante o ano de .........., o Impetrante j utilizou, para combate epigrafada enfermidade, o medicamento Interferon peguilado combinado com a Ribavirina, ambos com distribuio normatizada pela Portaria N 221, de 13 de Julho de 2011 do Ministrio da Sade.Consoante comprova o requerimento anexo (Documento 2), e a declarao do tratamento j realizado (Documento 3), esse remdio foi fornecido gratuitamente pelo SUS.

Ocorre que, a molstia no foi contida e o vrus continua ativo, conforme comprova o exame PCR Quantitativo (Carga Viral), realizado em .../.../201..., anexo (Documento 4), sendo que o Impetrante est com uma carga viral de XX.XXX.XXX ull/m., que considerada preocupante pelos especialistas.

Tambm em .../.../..... foi feito o exame de genotipagem do vrus (Documento 5), descobrindo que o vrus inoculado no Impetrante do Gentipo tipo 1.

Diante da atividade do vrus o Impetrante realizou diversos exames que comprovam o avano da molstia e a degradao do fgado chegando ao estado de dano heptico em grau XX, conforme demonstram os exames abaixo relacionados:

Reviso Histopatolgica (Biopsia do fgado) (Documento 6)

Ultra-sonografia do Abdmen (Documento 7)

O mdico do Impetrante, Dr. XXXXXXXXXXXXXXXXX, Medico do Hospital XXXXXXXXXXXXXXXX, prescreveu ao Impetrante um novo tratamento com interferon peguilado alfa 2 a ou alfa 2 b, associado a Ribavirina, e ao inibidor de protease Victrelis (Boceprevir) e emitiu uma declarao (Documento 3) onde ratifica que:

COLOCAR OS TERMOS DO PARECER MDICO QUE RECOMENDA O TRATAMENTO

Fato , que importantes avanos no tratamento aconteceram antes da publicao do Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces publicado pelo Ministrio da Sade em janeiro de 2013, j aceitos pelos consensos cientficos das sociedades mdicas nas suas recomendaes para o tratamento da hepatite C, todos os quais recomendam a utilizao do inibidor de protease Victrelis (Boceprevir) no tratamento da hepatite C a partir de um grau de fibrose igual ou superior a F2 ou, com qualquer grau de fibrose no caso de pacientes que no responderam a um tratamento anterior realizado com interferon peguilado e ribavirina.

Estes avanos em relao ao grau de fibrose F2 ou ainda menor em caso de retratamento foram ignorados pelo Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces, contendo as recomendaes do Ministrio da Sade para a abordagem clnica e teraputica dos portadores de hepatite C sob a tica da medicina baseada em evidncia cientfica. Evidncias estas que no momento da publicao j se encontravam totalmente defasadas e obsoletas em funo do avano da cincia.

Ante tais avanos indiscutveis, o Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces, j nasceu totalmente defasado com as novas evidencias cientficas adotadas no mundo inteiro.

Frise-se, que a bula aprovada pela ANVISA para uso no Brasil (Documento 8) autorizando a comercializao no Brasil aconteceu em 25 de julho de 2011, aprovando textualmente que o VICTRELIS (boceprevir) indicado para tratamento de infeco crnica por hepatite C (HCV) gentipo 1, em combinao com alfapeginterferona e ribavirina, em pacientes adultos (18 anos ou mais) com doena heptica compensada previamente no-tratada ou que no tenham respondido ao tratamento anterior.

Continua atestando a sua eficcia: A eficcia de VICTRELIS como tratamento para infeco crnica por hepatite C (gentipo 1) foi avaliada em aproximadamente 1.500 indivduos adultos no tratados anteriormente (SPRINT-2) ou sem resposta ao tratamento anterior (RESPOND-2) nos estudos clnicos Fase III. Em ambos os estudos, a adio de VICTRELIS ao tratamento-padro atual (alfapeginterferona e ribavirina) aumentou significativamente as taxas de resposta virolgica sustentada (RVS) em comparao com o tratamento-padro atual administrado isoladamente. Por conseguinte, conforme os estudos publicados em revistas cientificas e aceitos pelas Agencias Reguladoras, inclusive a ANVISA, tem-se que pacientes submetidos a retratamento por no terem respondido a um tratamento anterior utilizando interferon peguilado combinado a ribavirina, a resposta sustentada, considerada a cura da hepatite C, utilizando o inibidor de protease, chega aos 70% no genotipo 1-b e a 64% no genotipo 1-a do vrus da hepatite C, contra somente 18% no genotipo 1-b e 24% no genotipo 1-a, se utilizado o tratamento preconizado no atual protocolo do Ministrio da Sade, por no incluir os inibidores de proteases.

O Impetrante, aps o diagnostico da doena, se encontra em estado depressivo o que o impossibilita de levar de uma vida social e laborativa normal, encontrando-se nesse caso amparado pelo descrito no item 7.2 do Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces publicado pelo Ministrio da Sade em 18 de julho de 2011, conforme a Portaria N 221, de 13 de Julho de 2011, publicada no Dirio Oficial da Unio em 18 de julho de 2011 se encontram listados os objetivos a serem alcanados com o tratamento, sendo a Resposta virolgica sustentada; Aumento da expectativa de vida; Melhora da qualidade de vida; Reduo da probabilidade de evoluo para insuficincia heptica terminal que necessite de transplante heptico e Diminuio do risco de transmisso da doena, os quais configuram a necessidade do tratamento, independentemente do grau de fibrose, sem necessidade de ser necessrio aguardar o agravamento do quadro de sade.

Ainda, estudos cientficos publicados na literatura mdica mostram que a menor fibrose maior so as possibilidades de cura.

O estudo POWeR (PEGINTRON Prospective Optimal Weight-based Dosing Response), realizado com milhares de pacientes demonstrou que o grau de fibrose e fator importante na possibilidade de sucesso no tratamento.

Os pacientes com fibrose F1 ou F0 obtiveram 74% de resposta sustentada; nos pacientes com fibrose F2 a resposta foi de 64%; nos pacientes com fibrose F3 a resposta foi de 41% e, nos pacientes com fibrose F4 (cirrose) a resposta conseguida foi de 38%.

No obstante, ao ter que aguardar piorar o quadro de dano no fgado conforme estabelece a Portaria 34/2007, a maior idade do paciente tambm um fator prognostico negativo para a possibilidade de cura. O estudo WIN-R (Weight-Based Dosing of PEG-INTRON and REBETOL) realizado em milhares de pacientes encontrou que os pacientes de 25 anos de idade respondem 57%, j os que tm entre 25 e 35 respondem 41%. Um paciente de 35 anos de idade tem muito menos (40% a menos) possibilidades de cura. No realizar o tratamento na fase atual resultar na condenao ao fracasso do tratamento no futuro.

Dai a necessidade do uso do Interferon Peguilado Alfa-2 a ou Alfa-2 b, ribavirina e o inibidor de protease Victrelis (Boceprevir), no tratamento acima normatizado, como alternativa ltima de se evitar os agravos da molstia e a consumio da vida do paciente.

Ocorre que, tal tratamento por demais custoso para as modestas posses do Impetrante, o qual precisaria dispor de mais de R$. 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais) mensais diante da necessidade de sete meses e quinze dias de tratamento com a combinao dos trs medicamentos para a aquisio dos mesmos, necessitando, ainda, outros trs meses e quinze dias de tratamento com interferon peguilado e ribavirina ao custo de R$. 5.700,00 mensais.

certo, que a dose de interferon peguilado a ser utilizado conforme a recomendao do mdico e da qual necessita o Impetrante, poder ser de 180 mcg., do Interferon Peguilado Alfa-2a, na marca comercial Pegasys, fabricado por Produtos Roche Qumicos e Farmacuticos S.A., tendo aproximadamente o preo de R$. 1.297,10 por dose semanal, conforme o preo autorizado da ampola semanal do PEGASYS pela ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Documento 9), durante um perodo considerado 36 ou 48 semanas, conforme a resposta teraputica. Com o agravante de se tratar de um medicamento em embalagem hospitalar de uso restrito a hospitais e clnicas no podendo ser comercializado diretamente ao pblico.

Por seu turno, na hiptese da utilizao do Interferon Peguilado Alfa-2b, na marca comercial Peg-Intron, fabricado por MSD, tem o mesmo o preo mdio de R$. 1.215,12 por dose semanal, conforme o preo autorizado da ampola semanal do Peg-Intron pela ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Documento 10), durante um perodo considerado 36 ou 48 semanas, conforme a resposta teraputica, ambas fornecedoras do medicamento referido.

Prosseguindo, a dose diria do medicamento ribavirina representa o consumo de 2 (dois) frascos por ms com 60 cpsulas cada, ao preo de R$ 156,98, conforme o preo autorizado do frasco pela ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Documento 11)O inibidor de protease Victrelis (Boceprevir), dever ser administrado durante 32 semanas, tendo o preo de R$. 9.180,70 por dose mensal, conforme oramento anexo (Documento 12).

O custo mensal dos medicamentos representa uma quantia absolutamente insuplantvel para quem, como o Impetrante, angaria, como ....(coloque aqui sua profisso).... a insignificante soma de R$.: ............. mensais ....(coloque aqui seu rendimento mensal), totalmente necessrios para seu sustento e o da sua famlia.

Nas condies econmicas mais que debilitadas do Impetrante, o acesso aos medicamentos, que lhe garantiriam a preservao da vida, se mostra absolutamente impossvel.

necessrio um acompanhamento mdico constante, como j dito alhures, posto que a doena daquelas que exige medicamentos de uso de contnuo, e, por tempo at mesmo indeterminado, tendo em vista a possibilidade de retorno do vrus.

De qualquer modo, a previso para o uso da medicao, no estgio atual da patologia, varivel pelo perodo de 36 semanas a 48 semanas, tudo conforme estipulado pelo famigerado Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces, conforme a Portaria N 221, de 13 de Julho de 2011, (Documento 13), dependendo da resposta clnica e bioqumica do tratamento.

E, por no ter condies financeiras de adquirir a medicao de que necessita como demonstrado acima, que no resta ao Impetrante outra alternativa que a de vir propor a presente ao.

Por derradeiro, o Autor esclarece que formulou administrativamente o pedido que ser feito por meio do presente, contudo, no obtive xito em seu desiderato, (se tiver documento escrito sobre a negativa anexe o mesmo, caso contrario coloque copia do protocolo na secretaria da sade (Documento 14) e cite que transcorridos mais de 45 dias fica configurada a recusa do fornecimento pelos meios administrativos), vez que, pelo que foi informado pelos Impetrados, que no h verbas oramentrias para custear seu tratamento, ou, alegando de forma errnea, ou tentando confundir o cidado, de no constar indicao do referido medicamento da Portaria N 221/2011 para casos de retratamento apesar de ser um medicamento licenciado no Brasil pela ANVISA, indicado pelo prprio Ministrio da Sade para o tratamento da doena, protraindo no tempo e nos recnditos do sistema burocrtico da administrao da sade, a concretizao da promessa constitucional que o Estado deveria suportar e garantir ao solicitante o inalienvel direito vida.

Assim negado o fornecimento do remdio ao Impetrante no restou outra soluo seno socorrer-se do Judicirio impetrando o Presente Mandato de Segurana para poder dar continuidade ao tratamento.

O custo do retratamento da hepatite C iniciativa privada e pblica - utilizando "Victrelis" (boceprevir)

No Brasil o preo autorizado pela ANVISA do Victrelis (boceprevir) de R$. 22.310,00 para 24 semanas de tratamento, R$. 29.747,00 para 32 semanas de tratamento e de R$. 40.903,00 para 48 semanas de tratamento, o tempo de tratamento e determinada conforme a resposta teraputica observadas nas primeiras semanas de administrao dos medicamentos, a esse custo devem ser somados os custos com o interferon peguilado e a ribavirina, j que ambos os medicamentos devem ser utilizados conjuntamente.

Mas necessrio diferenciar o custo do tratamento realizado de forma particular com o custo que o governo paga pelos medicamentos, ao realizar a compra centralizada no ministrio da sade.

O preo de referncia ou preo de registro autorizado ao fabricante para venda na farmcia e no o preo a que realmente os medicamentos so vendidos ao governo.

A tal preo deve ser aplicada a Resoluo n 3/2011, da Cmara de Regulao do Mercado de Medicamentos do Ministrio da Sade, pelo qual o governo compra os medicamentos aplicando o CAP - COEFICIENTE DE ADEQUAO DE PREOS ( http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/resolucao_cmed_03-2011.pdf ), metodologia adotada pela Organizao das Naes Unidas - ONU, sobre o Preo Mximo de Venda de Medicamentos aos Governos, comprando por um preo 24,98% menor que o menor preo praticado no mundo.

Assim, o preo mximo pago pelo governo pelo Victrelis (boceprevir) 200 mcg de R$ 929,62 por semana de tratamento (Publicado o registro de preo no Dirio Oficial da Unio Seo 3 - N 25, tera-feira, 5 de fevereiro de 2013).De outro lado, por ampola de interferon peguilado est sendo pago uma mdia de R$ 357,00 e R$ 0,50 por cpsula de ribavirina, o que resulta num custo de R$ 5.221,48 por ms no retratamento realizado no SUS ao se utilizar a combinao com o Victrelis (Boceprevir).

A ttulo de comparao, o custo semanal do retratamento particular de R$ 1.700,00 por ampola de interferon peguilado, R$ 192,00 da ribavirina e aproximadamente R$ 2.400,00 do Victrelis (boceprevir), totalizando R$ 17.168,00 por ms de retratamento.

Ressalte-se, que o custo unitrio do retratamento mensal para o paciente ao realizar o tratamento de forma particular trs vezes superior ao custo do tratamento pelo SUS, uma brutal penalidade para o cidado.Ao calcular como ficam os valores de retratamento, e qual o custo efetivo do retratamento, conforme a teraputica indicada na bula do medicamento aprovada pela ANVISA, isto , o custo por paciente infectado com o gentipo 1 da hepatite C,se observa que oretratamento utilizando o Victrelis (boceprevir) no ser um custo a mais para o governo,ainda mais quando se considera que oconceito da sade pblica estabelecido na Constituio Federal e na Lei 8.080 o de curar o paciente.

E assim o , porque ao se retratar no SUS 100 pacientes com Victrelis (boceprevir), interferon peguilado e ribavirina, conforme aprovao na ANVISA,tem-se que 50% dos pacientesutilizaro 32 semanas de Victrelis (boceprevir), 36 semanas de interferon peguilado e ribavirina e, outros 50% dos pacientesutilizaro 32 semanas de Victrelis (boceprevir) e 48 semanas de interferon peguilado e ribavirina, resultando num gasto total para o SUS de R$ 5.775.000,00 com uma efetividade de 60% dos tratamentos realizados, assim, 60 pacientes resultaram curados a um custo por paciente curado de R$ 96.250,00 utilizando o Victrelis (boceprevir).

J ao se retratar 100 pacientes com interferon peguilado e ribavirina, conforme se encontra indicado na Portaria 221 de 13 de julho de 2011, sero necessrias 72 semanas de retratamento, sendo que os 100% dos pacientes utilizaro 72 semanas de interferon peguilado e ribavirina ao custo total para o SUS de R$ 2.671.200,00, contudo, com uma efetividade de somente 20% dos tratamentos realizados, assim, 20 pacientes resultaram curados a um custo por paciente curado de R$ 133.560,00, se no for utilizado o Victrelis (boceprevir).

ECONOMIA PARA O SISTEMA DE SADE!

O custo para o Sistema Pblico da Sade ao utilizar o Victrelis (boceprevir) no retratamento da hepatite C R$ 37.310,00 menor por paciente curado que se for o mesmo paciente for retratado conforme indicado na Portaria 221 de 13 de julho de 2011 utilizando somente interferon peguilado e ribavirina, sendo absurdo e ilgico obrigar o paciente a receber um tratamento de baixa efetividade com poucas possibilidades de cura e, ainda, com um gasto maior para o governo.

O clculo detalhado do custo efetividade do retratamento pode ser encontrado em http://hepato.com/p_geral/custo-do-tratamento-com-victrelis-2011-08-06.html O DIREITO

A manuteno da sade, e, consequentemente da prpria vida, direito lquido e certo do Impetrado, haja vista que sem fazer uso da medicao mencionada no presente Mandamus, suportar prejuzo incomensurvel, qui a morte.

Sobre ser direito inerente a todo ser humano, portanto, natural, inalienvel, irrenuncivel, e impostergvel, sua inviolabilidade est garantida pela nossa Constituio Federal, atravs do seu art. 5, "caput" e 6, ambos abaixo transcritos :

"Art. 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes"Art. 6 - So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio"

Da relevncia desse direito, que h de ser preservado em quaisquer circunstncias, parece ao Impetrante ser desnecessrio tecer maiores consideraes, posto que intuitivo e instintivo.

A responsabilidade do Imperado, quanto ao fornecimento da medicao est disposta nos arts. 6, inciso I, alnea "d", e art. 7, inciso II, da Lei 8.080 de 19.09.90, esta editada em atendimento ao comando dos arts. 196 e seguintes. da Constituio Federal, que repassou para os Estados e Municpios a direo e organizao do sistema de sade, por meio do denominado SUS (Sistema nico de Sade), o que foi feito pelo art. 9, incisos II e III, da Lei 8.080/90, seno vejamos:

Art. 196. A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

III - participao da comunidade.

1. O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, com recursos do oramento da seguridade social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes.

Art. 9 A direo do Sistema nico de Sade (SUS) nica, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituio Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes rgos:

I - no mbito da Unio, pelo Ministrio da Sade;

II - no mbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente; e

III - no mbito dos Municpios, pela respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente.

Art. 7 As aes e servios pblicos de sade e os servios privados contratados ou conveniados que integram o Sistema nico de Sade (SUS), so desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituio Federal, obedecendo ainda aos seguintes princpios:

II - integralidade de assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema;

Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade (SUS):

I - a execuo de aes:

d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica;

Pela leitura dos artigos acima colacionados, se verifica que a responsabilidade pelo fornecimento da medicao que o Impetrante necessita , efetivamente, dos Impetrados, vez que so deles a obrigao de adotar os meios necessrios s aes e servios para promoo, proteo e recuperao da sade, prestando assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica, sendo a integralidade de assistncia, entendida como um conjunto articulado e contnuo de aes e servios preventivos e curativos, individuais exigidos para cada caso, no lhe sendo lcito, portanto, permanecer na negativa, prtica que, at mesmo, considerando a condio de mdico de seu Presidente, se constitui em verdadeiro ilcito penal, qual seja a omisso de socorro, tipificada pelo art. 135 do Cdigo Penal.

Outrossim, reconhece aos Impetrados a sua responsabilidade pelo que se depreende do texto da Portaria N 221/2011 do Ministrio da Sade e no texto do protocolo (Documento 13) publicada no Dirio Oficial de 18 de julho de 2011, atestando que o tratamento do portador sempre consegue benefcios na sua sade e na sua qualidade de vida, direito este, garantido pela Constituio ao afirmar e reconhecer que :Na maioria dos portadores do HCV, as primeiras duas dcadas aps a transmisso caracterizam-se por evoluo insidiosa, com ausncia de sinais ou sintomas. Os nveis sricos de ALT apresentam elevaes intermitentes em cerca de 60-70% daqueles que tm infeco crnica.

Nos casos mais graves, ocorre progresso para cirrose e descompensao heptica, caracterizada por alteraes sistmicas e hipertenso portal cursando com ascite, varizes esofgicas e encefalopatia heptica. Na ausncia de tratamento, ocorre cronificao em 60 a 85% dos casos; em mdia, 20% podem evoluir para cirrose e 1 a 5% dos pacientes desenvolve carcinoma hepatocelular (CHC).

A maioria dos estudos sugere que a cirrose heptica ocorre em 20% dos pacientes com hepatite C crnica, em um perodo de 20 a 30 anos. A evoluo fatal geralmente decorre de complicaes da hepatopatia crnica, tais como insuficincia hepatocelular, complicaes referentes ao desenvolvimento de hipertenso portal - varizes esofgicas, hemorragia digestiva alta, ascite e encefalopatia heptica - alm de trombocitopenia e desenvolvimento de CHC.

As evidncias que demonstram a associao da infeco crnica pelo HCV com o desenvolvimento de cirrose e CHC reforam a necessidade da identificao precoce da doena e do tratamento dos pacientes com risco para complicaes relacionadas ao HCV, a fim de diminuir a morbidade e mortalidade.

O tratamento tem como objetivo controlar a progresso da doena heptica por meio da inibio da replicao viral. De forma geral, a reduo da atividade inflamatria impede a evoluo para cirrose e CHC.

A deciso de iniciar o tratamento deve considerar o risco de progresso da doena, a probabilidade de resposta teraputica, os efeitos adversos do tratamento e a presena de comorbidades.

No item 7.2 so listados os objetivos do tratamento: Resposta virolgica sustentada; Aumento da expectativa de vida; Melhora da qualidade de vida; Reduo da probabilidade de evoluo para insuficincia heptica terminal que necessite de transplante heptico; Diminuio do risco de transmisso da doena.Destarte, inegvel que deve ser acolhida a presente demanda, pelos argumentos acima expostos.DO AMPARO DOUTRINRIO PRETENSO DO IMPETRANTE

Como explicita CARLOS VARALDO, a hepatite C uma doena do fgado adquirida pelo contato com sangue contaminado ou outros fluidos corporais infetados. causada pelo vrus HCV, conhecido anteriormente como vrus no A/no B. Foi descoberta recentemente (1989) e sua forma de atuar ainda conhecida por um reduzido nmero de mdicos (Livro Convivendo com a hepatite C, RJ, 2000, edio do autor, p.11).

Conforme a Organizao Mundial da Sade OMS, a prevalncia da hepatite C no mundo, publicada no Weekly Epidemiological Record, nmero 3, 2000, 75, 17-28, pgina 3, aproximadamente 200 milhes de pessoas esto contaminadas, o que torna a hepatite C a maior epidemia da historia da humanidade. A prevalncia no Brasil, conforme a OMS, situa-se entre 2,5 e 4,9% da populao.

O Dr. ADVIO DE OLIVEIRA SILVA esclarece que cerca de 33% dos portadores crnicos do vrus da hepatite C progridem rapidamente para cirrose, em menos de 20 anos de infeco (Livro Hepatite Viral C, SP, 2000, Pizarro Farmacutica Ltda.).

A evoluo da doena leva a perda das funes hepticas, quando somente um transplante possibilita a sobrevida do paciente, no significando a cura da doena.

Isto porque, o Dr. J. GALVO ALVES, presidente da sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro, assinala que O transplante heptico a nica alternativa de restaurar a funo normal nos pacientes com doena heptica grave (p. 331) No Brasil, como o transplante heptico ainda realizado em poucos centros, e a disponibilidade de rgos ainda um problema importante (p. 332) (Livro, Emergncias em Gastroenterologia, RJ, 2001, Editora Livraria Rubio).

Consoante os conceituados autores acima indicados, se observa que a enfermidade tratada na presente demanda extremamente letal, sendo que em 85% dos casos torna-se crnica, como, infelizmente, ocorre com o ora Impetrante, podendo evoluir para a cirrose ou cncer heptico, caso no seja debelada de forma eficaz.

Saliente-se que a doena heptica crnica e a cirrose representam a quinta causa de bito para pacientes do sexo masculino na faixa etria de 44 a 64 anos, sendo responsvel por 44 mil bitos/ano, apenas no Estado de So Paulo, segundo o DATA-SUS do Ministrio da Sade.

Pode-se, ainda, citar as recomendaes do CDC Centro de Controle de Doenas, rgo oficial do Governo Americano para tratamento standard da populao americana so as seguintes:

A terapia da hepatite C evoluiu continuamente desde que o interferon foi autorizado dez anos atrs. Na atualidade, o regime de tratamento timo parece ser de 36 ou 48 semanas usando a combinao de interferon peguilado, ribavirina e o inibidor de protease.

As recomendaes do Governo Americano esto baseadas nos estudos do National Digestive Diseases Information Clearinghouse (NDDIC), que o Centro Coordenador Nacional de Informao sobre Doenas Digestivas, um servio do Instituto Nacional da Diabetes e das Doenas Digestivas e do Rim (NIDDK). O NIDDK, e parte dos Institutos Nacionais da Sade, , depende do Departamento da Sade e Servios Humanos dos EE.UU - http://www.niddk.nih.gov/index.htmConforme estudo que se encontra publicado na edio de maio de 2002 da conceituada revista cientifica "Gastroenterology", a fibrose e a cirrose provocada pela hepatite C no irreversvel como se acreditava, e pode regredir com o tratamento, conforme um estudo da equipe do Dr. Thierry Poynard do hospital Piti-Salpetrier, de Paris, realizado em mais de 3.000 pacientes com hepatite C, que seguiam distintos tratamentos com ribavirina (retroviral) combinada com o interferon (antiviral e modulador das defesas imunes).

Como primeiro resultado observado, o avano da fibrose apresentada no fgado foi detido no seu avano ou apresentou melhoras histolgicas durante o tratamento. Os melhores resultados, com at 73% de respostas positivas, se obtiveram com a combinao de ribavirina e interferon peguilado.

O Dr. Thierry Poynard afirma que "o que realmente nos h surpreendido o ndice de regresso na cirrose, quase na metade de 153 doentes", acrescentando, ainda, que os pacientes que apresentam elevado dano heptico causado pela hepatite C, tambm podem ser submetidos a este tratamento.

Outro estudo realizado pelo Dr. Stanislas Pol, do hospital Necker, tambm de Paris, confirma que os pacientes que respondem ao tratamento, a cirrose causada pelas hepatites A ou B como a associada doena autoinmune, regridem em 30% dos casos em que o tratamento obtm xito.

O estudo do conceituado Dr. Poynard em relao hepatite C, confirmando os realizados pelo Dr. Pol nas hepatites A e B, trs uma nova esperana para todos aqueles que j desenvolveram um dano heptico preocupante, ou chegaram a uma cirrose. Pode-se, assim, ter a esperana que no necessariamente ser necessrio um transplante de fgado ou a condena a uma morte segura.

Por influxo desse calamitoso quadro epidmico, o Ministrio da Sade emitiu o Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces publicado pelo Ministrio da Sade em 18 de julho de 2011, conforme a Portaria N 221/2011, publicada no Dirio Oficial da Unio em 18 de julho de 2011, reafirmando o j colocado na extinta antiga Portaria nmero 34/2007, e na Portaria 639/2000, que foi substituda pela Portaria 863/2002, sendo que em todas elas no somente reconhecida oficialmente a gravidade da situao adstrita propagao dessa molstia e a severidade da sua evoluo clnica, como regulamentado a distribuio em massa, aos portadores da considerada anomalia, dos medicamentos com a denominao genrica de Interferon, Interferon Peguilado e Ribavirina, incluindo-os na listagem de informaes ambulatoriais do Sistema nico de Sade, excluindo, porm, sem ainda ter contemplado a introduo dos inibidores de proteases.Ainda, reconhecendo o grave problema de sade, com risco de morte e perda da sua capacidade produtiva que enfrenta o paciente com o vrus ativo, em 23 de agosto de 2001 os ento Ministro da Sade, Dr. Jos Serra e da Previdncia e Assistncia Social, Dr. Roberto Brant, assinaram conjuntamente a PORTARIA INTERMINISTERIAL N 2.998, excluindo a exigncia de carncia para a concesso de auxlio-doena ou de aposentadoria por invalidez aos segurados do Regime Geral de Previdncia Social RGPS, para os portadores de hepatopatia grave,Aqui vlido esclarecer que o Impetrante preenche todos os requisitos previstos na aludida portaria ministerial para acessar a dispensao, gratuita, do enfocado tratamento, apresentando, acostados, no s a comprovao laboratorial da gentipagem determinadora do vrus, como provendo todas as cautelas insertas no protocolo clnico veiculado em meio dita portaria (documentos anexos), tendo, ainda, sido recomendado utilizao do inibidor de protease por mdico altamente conceituado no tratamento da patologia, profissional amplamente ciente do atendimento, pelo Impetrante, de todas as exigncias clnicas embutidas na norma em test-la.

Assentadas em tais premissas, resta patente a ilegalidade que reveste a recusa dos Impetrados em possibilitar ao Impetrante o acesso ao medicamento solicitado, calcada na estril argumentao de no ser o sobredito remdio constante da indicao da Portaria 221/2011, e/ou no ter verbas oramentrias para fornec-lo.

Portanto, a alegao que embasa a recusa dos Impetrados em fornecer ao Impetrante o inibidor de protease, no passa de mais um neoliberal e anti-social subterfgio, visando esquivar a administrao da sade de suas obrigaes constitucionais de garantir, aos hipossuficientes, o direito to comezinho como o de simplesmente existir.

Talvez por caracterizar atividade por demais dispendiosa, merc das diretrizes recessivas e inumanas impostas ao pas pelos arautos dos FMIs da vida, que nossos neoliberais governantes no divulguem, como deveriam fazer a par da relevncia que deveria informar os cargos que ocupam, a situao to grave forcejada da epidemia de hepatite C, que grassa pelas bases de nossa depauperada populao.

Do ponto de vista neoliberal, compreensvel que a ampla divulgao da recndita e to relevante Portaria 221/2011 do Ministrio da Sade seja reprimida, para se prevenir, nos balancetes vistados pelos credores internacionais verdadeiros destinatrios dos rumos desta nao despesas inoportunas como essas, ou pior ainda, da dificuldade que encontram os cidados de conseguir na rede pblica de sade a realizao do simples teste de deteco da hepatite C, que tenderiam, se fossem efetivamente concretizadas, a primar pelo esteio da vida humana em detrimento de imperativos econmicos que s a eles interessam.

Conforme recente deciso do Presidente do Superior Tribunal de Justia, para tratamento de uma doente com distrofia muscular, negou o recurso da Unio, que alegava ser o tratamento experimental, no havendo certeza de xito. Em seu despacho o Ministro afirmou que o tratamento, alem de poder estagnar a doena e garantir uma melhor qualidade de vida paciente tem um custo cujo potencial no suficiente a causar danos a todo o sistema de sade.

Devem ser respeitados os direitos bsicos do Impetrante, estes que so garantidos no texto constitucional aps reproduo interna de disposies encontradas em tratados internacionais de direito pblico, que ordenam a atuao dos gestores governamentais na direo convergente manuteno daquela dignidade humana tantas vezes trucidada pelas omisses e atos estatais.

Exemplo disto pode-se extrair logo no art. 1 da Constituio desta Repblica, cujo inciso III proclama como um dos seus fundamentos a materializao da dignidade humana, constituindo objetivos fundamentais desta nao, segundo o subsequente art. 3 da mesma Carta Poltica, a construo de uma sociedade livre, justa e solidria (inciso I); bem como, dentre outros escopos, a erradicao da pobreza, da marginalizao, a reduo das desigualdades sociais (inciso III), com a promoo do bem de TODOS, sem quaisquer discriminao. (inciso IV).

Estabelecidas tais metas de transformao concreta no meio social, a mesma Constituio, em seu art. 5, caput, garante, entre outros bens igualmente significativos, a inviolabilidade do direito VIDA e, para tanto, em seu art. 196 disponibiliza instrumento jurdico assaz amplo, ao impor textualmente ao Estado (compreendido aqui em seu sentido lato, incorporando, portanto, todas as suas facetas como a executiva, legislativa e, em especial, a judiciria) o dever impostergvel de propiciar a todos os seres viventes nesta ptria o acesso universal do direito sade, como consectrio lgico do j anteriormente assegurado direito VIDA.Toda esta sistematizao constitucional tendente a dar concretude aos direitos fundamentais da pessoa humana no pode ser vista como mero acervo de boas intenes, dessas que jamais extrapolam o letargo tpico do arcabouo das inutilidades jurdicas concebidas nesta ptria.

No.

Para evitar que isso ocorra mediante interpretaes mais moderadas dessa messe de direitos, a prpria constituio, logo no pargrafo 1 de seu j mencionado art. 5 proclama que esses direitos e garantias fundamentais tem aplicao imediata.

Destarte, o instrumento processual, corporificado neste writ, se afigura como meio apto a assegurar a tutela jurisdicional almejada.

DAS RECENTES DECISES DO PODER JUDICIRIO SOBRE A PRESENTE MATRIA

Nobre Julgador, certo que em aes que j foram ajuizadas por pacientes de Hepatite, e nas quais se busca tratamento com o medicamento ora pleiteado, o Poder Judicirio j vem sinalizando de forma positiva pretenso dos pacientes, conforme se infere em decises abaixo colacionadas:2. TJ-SP

Disponibilizao: quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012.

Arquivo: 2380 Publicao: 15BAURU 2 Vara da Fazenda Pblica071.01.2011.038138-0/000000-000 - n ordem 1380/2011 - Procedimento Ordinrio (em geral) - WALDETE APARECIDA ANTONIO ZAMBONI X FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE SO PAULO - Vistos. WALDETE APARECIDA ANTONIO ZAMBONI props ao de obrigao de fazer em face da FAZENDA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO, alegando, em resumo, que portadora de hepatite "C", conforme orientao mdica, necessita de medicamentos para o tratamento; em virtude de no possuir condies financeiras para adquiri-los, sem comprometimento de outras despesas bsicas, procurou-os na Secretaria de Estado da Sade, tendo havido recusa no atendimento. Pediu a antecipao de tutela determinando que a requerida disponibilize o medicamento solicitado (fls. 02/20). Mandato fls.21. Juntou documentos (fls. 22/37). O pedido de tutela antecipada foi deferido (fls. 39). Regularmente citada, a requerida apresentou sua contestao (fls. 54/58), asseverando que o item solicitado no faz parte da relao do SUS. Pediu a improcedncia do pedido. Rplica fls. 62/66. o relatrio. FUNDAMENTO E DECIDO. Trata-se de matria de direito, sendo desnecessria a dilao probatria para o deslinde da lide, motivo pelo qual se passa ao julgamento do processo no estado em que se encontra, nos termos do art. 330, I do Cdigo de Processo Civil. No caso em exame, a autora demonstrou por meio do documento de fls.32 que necessita do item solicitado. Deste modo, se existe indicao para o uso desse medicamento, no h fundamento legal para, com base em protocolo disciplinar de generalidades, afastar a obrigao do seu fornecimento quando existe prescrio mdica, com presuno de idoneidade tcnica e veracidade sobre a necessidade do medicamento, independentemente de ter sido prescrito por mdicos do SUS, conveniados ou particulares. Portanto, deve ser fornecido em decorrncia de direito natural sade, garantido constitucionalmente. Nesse sentido: "FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - Legitimidade passiva das entidades estatais solidrias - Direito vida e sade e correspondente dever concreto do Estado, cuja incria no legitima omisso que afronte norma constitucional especfica e os princpios do art. 37 da Constituio, em especial da legalidade e da moralidade - Paciente necessitado de tratamento mdico idneo conforme prescrio mdica - direito subjetivo comprovado nos autos - Reexame necessrio improvido. (Apel. Cvel n 0017245-16.2009.8.26.0032, TJESP, DS. Rel. Leonel Costa)." "APELAO. PRESTAO DE SERVIO PBLICO E OBRIGAO DE FAZER COM TUTELA ANTECIPADA. Determinao ao Estado para que fornea medicamentos e insumos especficos autora Sentena procedente Indisponibilidade do direito sade. Norma constitucional que impe ao Estado (Gnero) a assistncia sade dos cidados, independente da burocracia estatal Prova de que portadora de molstia grave (Diabetes Mellitus Tipo I), necessitando dos medicamentos e insumos apontados na inicial. Recurso desprovido. (Apel. Cvel n 0053173-18.2008.8.26.0564, TJESP, Ds. Rel. Samuel Junior)." Assim, restou evidente a necessidade da autora na obteno do medicamento para mitigar os efeitos da doena que a acomete, e a omisso do Executivo na formulao de polticas de sade que contemplem efetivamente o integral atendimento s necessidades da populao. E essa omisso no pode ser tolerada, sob pena de causar o sacrifcio de um direito inviolvel: a vida (artigo 5, caput, da CF). Da a pertinncia do clamor pela interveno do Judicirio, diante da clara ameaa a direito (art. 5, XXXV: "a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito".). Por fim, insta salientar que no h usurpao da competncia do Executivo e dos organismos existentes para formulao das polticas pblicas afetas sade, mas sim, no caso concreto, determinao para a correo da omisso do Estado no cumprimento de seu dever constitucional. Conforme V. deciso: "No mais, certo que o direito vida no pode se submeter s possibilidades oramentrias e financeiras do ente poltico e nem ser prejudicado por normas relacionadas a protocolos clnicos e a programas do governo, sob pena de se deturpar at mesmo o escopo da lei, que por certo no se trata de impedir o respeito dignidades da pessoa humana, ressaltando-se aqui o princpio da proporcionalidade e da razoabilidade. E nesse esteio, tem-se que a lista padronizada da Secretaria da Sade, de tratamentos a serem fornecidos pelo Estado, meramente enunciativa, o que no afasta o dever constitucional de garantir a vida e o acesso sade. (Apel. Cvel n 990.10.470349-2, TJESP, Ds. Rel. Leme de Campos)." Ademais, fato notrio que o entendimento majoritrio da jurisprudncia no sentido de que o Estado tem o dever de fornecer os medicamentos e os insumos queles que demonstram deles necessitar, pois, o artigo 223, V da Constituio Estadual, no significa fornecimento de medicamentos e insumos disponveis exclusivamente no sistema de sade brasileiro, mas daqueles que sejam capazes de debelar ou minimizar as causas e conseqncias da doena apresentada pelo paciente. "Artigo 223: Compete ao Sistema nico de Sade, nos termos da lei, alm de outras atribuies: I- A assistncia integral sade, respeitadas as necessidades especficas de todos os seguimentos da populao; ... V- A organizao, fiscalizao e controlo de produo e distribuio dos componentes farmacuticos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros de interesse para a sade, facilitando populao o acesso a eles." Ainda, como muito bem ponderado pelo representante do Ministrio Pblico no Mandado de Segurana n 22/12 que tramita por esta vara especializada: "Tampouco pode o Ministrio da Sade ou a Secretaria Estadual de Sade ou a Secretaria Municipal de Sade agir de maneira cartesiana e pretender tratar a questo da sade pblica desprezando a condio mdica de cada doente, negando-se ao fornecimento de medicamentos e materiais que atendam a situao excepcional de cada paciente s porque em suas tabelas e/ou Portarias no esto contemplados e padronizados os remdios, como se estivesse a lidar com cincia exata e no com cincia mdica" Ante o exposto, ratifico a deciso de fls. 39, e JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, formulado por WALDETE APARECIDA ANTONIO ZAMBONI contra da FAZENDA PBLICA DO ESTADO DE SO PAULO, determinando que a requerida fornea requerente: BOCEPREVIR 200mg (04 comprimidos de 8/8horas durante 44 semanas), conforme prescrio mdica de fls. 32, nos termos da petio inicial. Para efeito de efetivo controle do tempo em que a requerente necessita do item a ser fornecido e para evitar compras desnecessrias pelo rgo pblico, dever apresentar prescrio mdica atualizada perante o Departamento Regional de Sade de Bauru - DRS VI, a cada 03 (trs) meses. Condeno, ainda, o vencido nos honorrios advocatcios que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais), nos termos do artigo 20, 4 do Cdigo de Processo Civil. Oficie-se ao Departamento Regional de Sade. P. R. I. Bauru, 22 de fevereiro de 2012. Elaine Cristina Storino Leoni Juza de Direito - ADV JOSE SYLVIO DE MOURA CAMPOS OAB/SP 106493 - ADV ROBERTO MENDES MANDELLI JUNIOR OAB/SP 126160

VISTOS ETC. MARIA LUCIA SANTOS DO AMARAL impetrou mandado de segurana contra ato do DIRETOR TCNICO DO DEPARTAMENTO DE SADE, alegando, em sntese, que portadora de hepatite crnica do tipo C, conforme atestado por seu mdico. Sustentou que necessita de tratamento permanente e no dispe de recursos financeiros para a aquisio do medicamento denominado Boceprevir Victrelis 200 mg. Acrescentou que houve recusa formal da Autoridade impetrada em fornecer a medicao adequada. Esse ato ilegal porque o Estado tem o dever de prestar assistncia sade da populao. Juntou documentos. A liminar foi deferida. A Autoridade impetrada apresentou as suas informaes, alegando a aquisio de medicamento similar de menor custo e a necessidade de monitorar a medicao em seus centros de referncia, evitando a descontinuidade do tratamento. O representante do Ministrio Pblico opinou pela concesso da segurana. o relatrio. DECIDO. A Constituio Federal dispe que a sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem a diminuio do risco das doenas e que seja garantido o acesso universal e igualitrio as aes de servio para a sua promoo, proteo e recuperao. Na esteira dessa norma constitucional, o Estado deve fornecer o que h de mais avanado e evoludo no mercado para o tratamento das doenas. A prova pr-constituda apontou o mal grave que aflige a impetrante e a necessidade da medicao apontada pelo profissional de sade que o atende. Portadora de patologia grave, no pode ficar a merc da burocracia. O alto custo da medicao e a destacada hipossuficincia da infortunada em suport-lo erguem-se em motivos idneos a obrigar o Estado a cumprir o seu dever de garantir a sade de seus cidados. fato incontroverso que o medicamento indicado ultrapassou a fase de testes e se encontra disposio no mercado. Ante o exposto, CONCEDO A SEGURANA e torno definitiva a liminar. Sem custas e sem honorrios. Oportunamente, remetam-se os autos ao Egrgio Tribunal de Justia para o reexame necessrio. P.R.I.C. Santos, 13 de outubro de 2011. JOS VITOR TEIXEIRA DE FREITAS Juiz de Direito (Mandado de Segurana n 562.01.2011.035203-3, da 1 Vara da Fazenda Pblica do Frum de Santos, Prolatada em 13/10/2011).

- Grifos no constantes do texto original -

VISTOS ETC. JOS RICARDO GOMES DOS SANTOS impetrou mandado de segurana contra ato do DIRETOR TCNICO DO DEPARTAMENTO DE SADE, alegando, em sntese, que portador de hepatite crnica do tipo C, conforme atestado por seu mdico. Sustentou que necessita de tratamento permanente e no dispe de recursos financeiros para a aquisio do medicamento denominado Boceprevir Victrelis 200 mg. Acrescentou que houve recusa formal da Autoridade impetrada em fornecer a medicao adequada. Esse ato ilegal porque o Estado tem o dever de prestar assistncia sade da populao. Juntou documentos. A liminar foi deferida. A Autoridade impetrada apresentou as suas informaes, alegando a aquisio de medicamento similar de menor custo e a necessidade de monitorar a medicao em seus centros de referncia, evitando a descontinuidade do tratamento. O representante do Ministrio Pblico opinou pela concesso da segurana. o relatrio. DECIDO. A Constituio Federal dispe que a sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem a diminuio do risco das doenas e que seja garantido o acesso universal e igualitrio as aes de servio para a sua promoo, proteo e recuperao. Na esteira dessa norma constitucional, o Estado deve fornecer o que h de mais avanado e evoludo no mercado para o tratamento das doenas. A prova pr-constituda apontou o mal grave que aflige o impetrante e a necessidade da medicao apontada pelo profissional de sade que o atende. Portadora de patologia grave, no pode ficar a merc da burocracia. O alto custo da medicao e a destacada hipossuficincia do infortunado em suport-lo erguem-se em motivos idneos a obrigar o Estado a cumprir o seu dever de garantir a sade de seus cidados. fato incontroverso que o medicamento indicado ultrapassou a fase de testes e se encontra disposio no mercado. Ante o exposto, CONCEDO A SEGURANA e torno definitiva a liminar. Sem custas e sem honorrios. Oportunamente, remetam-se os autos ao Egrgio Tribunal de Justia para o reexame necessrio. P.R.I.C. Santos, 13 de outubro de 2011. JOS VITOR TEIXEIRA DE FREITAS Juiz de Direito (Mandado de Segurana n 562.01.2011.035956-1, da 1 Vara da Fazenda Pblica do Frum de Santos, Prolatada em 13/10/2011).

- Grifos no constantes do texto original -

Neste mesmssimo sentido vem o processo abaixo colacionado, em que j foi deferida a tutela liminar perseguida por portador de Hepatite, sendo questo de tempo a concesso de segurana em favor do Impetrante daquele mandamus:

Defiro os benefcios da justia gratuita ao impetrante, anotando-se. A documentao encartada nos autos, notadamente as declaraes e exames mdicos demonstram tantun satis ser o impetrante portador de molstia grave, dependente, quanto ao adequado tratamento, do medicamento referido na petio inicial e que ala valor demasiado para as posses do demandante. No se pe em dvida o dever do Estado de cuidar da sade, porquanto a competncia a esse propsito comum aos entes da Federao. Nesse quadrante, parece legtimo afirmar que cuidar da sade no est a significar to s a manuteno de aparato hospitalar e de socorro, mas tambm municiar o administrado de todo o instrumental, noo tambm compreensiva dos medicamentos, necessrios preservao e recuperao da sade, entendida como bem estar fsico, psicolgico e social. Tal como j afirmou o Des. Ricardo Dip, do eg. Tribunal de Justia deste Estado (Ap. Cvel 564.859-5-I, desta Comarca), hospedado nas lies de ADRIANO DE CUPIS, a tutela complementar da vida, da integridade fsica e da sade reclama a garantia dos meios econmicos e financeiros idneos a prover os cuidados necessrios preservao ou reintegrao desses bens da personalidade. Observa o mesmo autor que o Estado se obriga a assegurar, no s por normativa constitucional, mas tambm pelos ditames da Lei 8.80/90, a assegurar o fornecimento desses meios para tornar possvel a gratuidade da cura dos necessitados. Posto isso, defiro a tutela liminar, para comandar a autoridade impetrada proceder ao fornecimento do medicamento relacionado na petio inicial (fls. 13) e recomendado pelo mdico que assiste o impetrante (fls.26/28) independentemente do nome fantasia do produto, vale dizer, o que interessa o princpio ativo e eficcia do medicamento indicado. Observo, porm, que fica reservada ao fornecedor a eleio do modo de fornecimento do produto, se atravs da entrega fsica dos remdios ou aplicao em unidades do servio pblico de sade, deciso que se contm na esfera discriminada do administrador. Notifique-se a autoridade s informaes. Nos termos do artigo 7, inciso II, da Lei 12.016/09, oficie-se para cincia do feito ao rgo de representao judicial da pessoa jurdica interessada, enviando-lhe cpia da inicial sem documentos. Int. (Mandado de Segurana n 562.01.2011.036929-4, da 2 Vara da Fazenda Pblica do Frum de Santos, Prolatada em 26/09/2011).

Vistos. a autora afirmou ser portador de hepatite crnica pelo vrus "C" e necessita de medicamento para o tratamento; no possui recursos para adquiri- los, pediu a concesso da tutela antecipada. a sntese necessria. DECIDO. certo que o Estado tem o dever de garantir o acesso universal e igualitrio s aes e servios para promoo, proteo e recuperao da sade (cf. artigo 196 da CF). No caso em exame, a autora demonstrou que necessita do item solicitado (fls. 32), inclusive com relatrio mdico justificando a urgncia no atendimento (fls. 26). Ante o exposto, presentes os requisitos ensejadores, verossimilhana do alegado e o risco de dano de difcil reparao, concedo a antecipao da tutela determinando que a r fornea autora: BOCEPREVIR (12 comprimidos por dia por 44 semanas), no prazo mximo de 30 (trinta) dias a contar da intimao. Intime-se, por mandado, o Diretor Tcnico da DRS VI para o fornecimento dos medicamentos. Cite-se a requerida para os termos da ao, expedindo-se o necessrio, ficando deferida a gratuidade. Int. (Publicao da deciso 19/10/2011; Comarca: 2 Vara da Fazenda Pblica de Bauru/SP; Processo n 071.01.2011.038138-0/000000-000 - n ordem 1380/2011).Diante de tudo o que foi demonstrado, resta como inegvel que seja o pleito do ora Impetrante acolhido por esse D. Juzo.

DA POSIO JURISPRUDENCIAL SOBRE QUESTES COMO A ENFRENTADAS NO PRESENTE FEITO

Membros do STJ e dos TJ dos Estados, inspirados pelos proclamas libertrios difundidos ao longo do texto constitucional, em caso anlogo ao presente, j se expressaram acerca do tema, veiculando estar mais do que acertada e bvia orientao:

STJ - CONSTITUCIONAL RECURSO ORDINRIO MANDADO DE SEGURANA OBJETIVANDO O FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO POR ENTE PBLICO PESSOA PORTADORA DE DOENA GRAVE ILEGALIDADE DA AUTORIDADE COATORA NA EXIGNCIA DE CUMPRIMENTO DE FORMALIDADE BUROCRTICA Recurso ordinrio provido para o fim de compelir o ente pblico (Estado do Paran) a fornecer o medicamento (STJ, Recurso em Mand. de Segurana n. 11.183/PR (1999/0083884-0), j.22.8.2000, 1 Turma, rel. Min. JOS DELGADO.

Ainda na esteira de precedentes judiciais, oportuno consignar os seguintes entendimentos estaduais:

Rio de Janeiro - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - PRESERVAO DA VIDA - PODER PUBLICO MUNICIPAL - TUTELA ANTECIPADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSO CIVIL E CONSTITUCIONAL ANTECIPAO DA TUTELA PARA FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. POSSIBILIDADE. Fornecimento de medicamentos a paciente em risco de vida e sade. Verossimilhana presente. Regras constantes dos artigos 196, da CF e 287, da CE, que tornam verossmil a tese autoral, de molde a permitir a antecipao dos efeitos prticos da aguardada deciso final positiva. Deciso interlocutria incensurvel. Improvimento do recurso. Unnime.Tipo da Ao: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Nmero do Processo: 2000.002.11367 - Data de Registro : 28/05/2001 - rgo Julgador: TERCEIRA CMARA CVEL - Votao : DES. MURILO ANDRADE DE CARVALHO - Julgado em 22/03/2001.

Rio de Janeiro - OBRIGAO DE DAR COISA CERTA - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - SISTEMA NICO DE SADE - S.U.S. - GARANTIA CONSTITUCIONAL - ASSISTNCIA JURDICA GRATUITA - SUCUMBNCIA DIREITO DE ISENO - ORDINRIA OBRIGAO DE DAR COISA CERTA CERTUM CORPUS - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO POR PARTE DO ESTADO A QUEM NECESSITA E NO PODE SE ACESSAR AO MESMO, OU POR DIFICULDADE, J QUE IMPORTADO, OU PELO PREO, MORMENTE SE TRATANDO DE PESSOA DE PARCOS RECURSOS FINANCEIROS NO QUE DEVE SER SUPORTADO PELO ESTADO QUE INTEGRA O "SUS". DE OUTRO MODO DEVE SER EXTIRPADA A SUCUMBNCIA EM VISTA DE SER O APELADO BENEFICIRIO DA ASSISTNCIA JUDICIRIA. Provimento em parte do recurso para afastar a sucumbncia, e, em reexame modificar em tal parte a sentena. - Tipo da Ao: APELAO CVEL - Nmero do Processo: 2000.001.12976 - Data de Registro : 30/05/2001 - rgo Julgador: DCIMA SEGUNDA CMARA CVEL Votao : DES. ANTONIO FELIPE NEVES - Julgado em 06/03/2001.

Rio de Janeiro - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - PRESERVAO DA VIDA - DOENA GRAVE - AO PROPOSTA CONTRA O MUNICPIO - RESPONSABILIDADE SOLIDRIA - TUTELA ANTECIPADA - -DEFERIMENTO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO DESPROVIDO - Agravo. Antecipao de tutela. Fornecimento de medicamento, pelo Municpio, a doente portador de doena grave, incurvel, no dispondo de recurso. Responsabilidade solidria do Municpio, que no se pode afastar.Desprovimento do recurso. Ao Municpio, como um dos entes federativos, no panorama constitucional brasileiro, compete, entre outros, e conjuntamente com as demais pessoas jurdicas que compem o pacto federativo, zelar pelo respeito ao direito vida e sade, direitos esses constitucionalmente assegurados, cabendo-lhe, inclusive, e para o desempenho dessa tarefa, o fornecimento de remdios queles portadores de doenas crnicas, graves incurveis e que levam morte se no receberem o tratamento correto e indispensvel. Tipo da Ao: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Nmero do Processo: 2000.002.05903 - Data de Registro : 22/03/2001 - rgo Julgador: DCIMA TERCEIRA CMARA CVEL - Votao : DES. AZEVEDO PINTO - Julgado em 11/01/2001.

Rio Grande do Sul - RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO - NUMERO: 70001489657 - RELATOR: WELLINGTON PACHECO BARROS - EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SADE PUBLICA. HEPATITE C. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS (RIBAVIRINA 250 MG E INTERFERON ALFA). AO ORDINRIA C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. Deferimento na origem. manuteno em grau recursal. no-provimento. e concebido que a sade publica e obrigao do estado em abstrato, desimportando qual a esfera de poder que, efetivamente, a cumpre, pois a sociedade que contribui e tudo paga, indistintamente, ao ente publico que lhe exige tributos cada vez mais crescentes, em todas e quaisquer esferas de poder estatal, sem que a cada qual seja especificada a destinao desses recursos. portanto, o indeferimento da tutela causaria dano ao agravante, pondo em risco a sua vida. AGRAVO DE INSTRUMENTO NO PROVIDO. (AGRAVO DE INSTRUMENTO N 70001489657, QUARTA CMARA CVEL, TRIBUNAL DE JUSTIA DO RS, RELATOR: DES. WELLINGTON PACHECO BARROS, JULGADO EM 29/11/2000)TRIBUNAL: TRIBUNAL DE JUSTIA DO RS - DATA DE JULGAMENTO: 29/11/2000 - RGO JULGADOR: QUARTA CMARA CVEL - SEO: CVEL

Rio Grande do Sul - ASSUNTO: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. - RECURSO: APELAO CVEL - NUMERO: 70001086073 - RELATOR: NELSON ANTONIO MONTEIRO PACHECO - EMENTA: DIREITO PUBLICO NO ESPECIFICADO - FORNECIMENTO DE MEDICAO A PACIENTE PORTADORA DE HEPATITE "C" CRNICA E SEM RECURSOS PARA SUA AQUISIO - Direito a sade e a vida que e deve do estado como afirmado na sentena - preliminares de nulidade da sentena e de carncia rejeitadas - explicitao da sentena para adequ-la aos limites do pedido inicial.APELAO IMPROVIDA. SENTENA CONFIRMADA E EXPLICITADA EM REEXAME. (12FLS) (APC N 70001086073, TERCEIRA CMARA CVEL, TJRS, RELATOR: DES. NELSON ANTONIO MONTEIRO PACHECO, JULGADO EM 03/08/2000) - TRIBUNAL: TRIBUNAL DE JUSTIA DO RS - DATA DE JULGAMENTO: 03/08/2000 - RGO JULGADOR: TERCEIRA CMARA CVEL - COMARCA DE ORIGEM: PORTO ALEGRE - SEO: CVEL

So Paulo - Fornecimento de PEG-INTRON (Interferon Peguilado) - N do Proc. 001.0219.000.568 / 01 - FRUM de Santos - Liberao da Importao: LI - 01/0810678-8 - Declarao da Importao : 01/0845112-1 - SEC. dO Estado de Sade - Assessria de Com. Exterior - Dr. Fuvia M. Martinelli - Local de Instalao e Armazenamento DIR Baixada Santista - A primeira caixa com 04 doses foram entregues pelo M.Sade em um setor do Hospital das Clnicas em S.Paulo.

Rondnia - DOENA GRAVE. MEDICAO DE ALTO CUSTO. IMPOSSIBILIDADE FINANCEIRA PARA A COMPRA. DIREITO VIDA E SADE. DEVER DO ESTADO. A vida e a sade so direitos assegurados pela Lei Maior, e cabe ao Estado, como garantidor destes, proporcionar a todos os cidados o seu completo desfrute. Destarte, estando o indivduo acometido de doena grave que poder lev-lo a bito, e sendo de valor elevado a medicao indicada, o Poder Executivo deve arcar com o custo de seu tratamento." Deciso: Como consta da ata de julgamentos, a deciso foi a seguinte: "SEGURANA CONCEDIDA. UNNIME." Presidente o Excelentssimo Desembargador Renato Mimessi. Relator o Excelentssimo Desembargador Valter de Oliveira. Tomaram parte no julgamento os Excelentssimos Desembargadores Valter de Oliveira, Sebastio T. Chaves, Srgio Lima, Cssio Rodolfo Sbarzi Guedes, Jos Pedro do Couto, Roosevelt Queiroz Costa, Dimas Fonseca, Eurico Montenegro, Antnio Cndido e Eliseu Fernandes de Souza. Ausentes justificadamente os Desembargadores Zelite Andrade Carneiro e Gabriel M. de Carvalho. Data: Porto Velho, 18/12/2000 - Bel. Juclio Scheffmacher de Souza - Diretor do Departamento Judicirio Pleno 18/12/2000 - TRIBUNAL PLENO - 00.003264-6 Mandado de Segurana - Impetrante: Gilberto de Souza Silva e outros Impetrado: Secretrio de Estado da Sade de Rondnia - Relator: Desembargador Valter de Oliveira - Acrdo: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores do Tribunal Pleno do Tribunal de Justia do Estado de Rondnia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigrficas, em CONCEDER A SEGURANA, UNANIMIDADE.

So Paulo - CONSTITUCIONAL - DIREITO A VIDA - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS - PORTADOR DE HEPATITE CRNICA ATIVA POR VRUS - POSSIBILIDADE - 1. Legitima-se o estado do rio grande do sul, passivamente, em demanda em que algum pleiteia o fornecimento de medicamentos, pois se obrigou a semelhante prestao, nos termos do art. 1 da Lei n 9.908/93. Preliminar de nulidade de citao afastada, ante o ingresso do estado nos autos. Preliminares rejeitadas. 2. O direito a vida (CF/88, art. 196), que de todos e dever do estado, exige prestaes positivas, e, portanto, se situa dentro da "reserva do possvel", ou seja, das disponibilidades oramentrias. No entanto, e passvel de sano a ausncia de qualquer prestao, ou seja, a negativa genrica a fornecer medicamentos. 3. Agravo desprovido. (TJRS - AI 599083508 - RS - 4 C.Cv. - Rel. Des. Araken De Assis - J. 31.03.1999) - Acrdo: AI 133.677-4 - Comarca: So Paulo - Relator: Juiz Rodrigues de Carvalho - Cmara: 5 CDPriv.

So Paulo - TUTELA ANTECIPADA - Plano de sade - Concesso para fins de realizao de transplante de fgado, ante a deteco da presena de vrus da hepatite C - Verossimilhana das alegaes - Existncia de evidncia do direito, urgncia e prova inequvoca - Perigo de irreversibilidade superado ante o interesse em jogo - Deciso mantida - Recurso no provido. (TJSP - AI 133.677-4 - So Paulo - 5 CDPriv - Rel. Juiz Rodrigues de Carvalho - 11.11.1999 - m.v.)

Rondnia - MANDADO DE SEGURANA. ATO OMISSIVO. DOENA GRAVE. MEDICAMENTOS. ALTO CUSTO. FORNECIMENTO PELO ESTADO. - A garantia do direito sade imposio constitucional a que no pode furtar-se o Estado. Se o necessitado no dispe de meios para aquisio dos medicamentos essenciais ao tratamento de doena grave (hepatite "C") a que esteja acometido, em razo do elevado custo, dever intransfervel do Estado, fornecer-lhe gratuitamente tais remdios, de forma regular e constante, durante todo o perodo de tratamento. - 3/4/2000 TRIBUNAL PLENO 00.000052-3 Mandado de Segurana Origem: Tribunal de Justia Impetrantes: Moacir Gomes do Nascimento e outros - Advogado: Znia Luciana Cernov de Oliveira (OAB/RO 641) e Hlio Vieira da Costa (OAB/RO 640) - Impetrado: Secretrio de Estado da Sade de Rondnia - Relator: Desembargador Antnio Cndido Acrdo: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores do Tribunal Pleno do Tribunal de Justia do Estado de Rondnia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigrficas, em CONCEDER A ORDEM, UNANIMIDADE. Data:Porto Velho, 3/04/2000 - Acrdo: AI 599083508 - Relator: Des.Araken De Assis - 4 C.Cv. : J. 31/03/1999.

Abstraindo-se do iderio sempre lastimavelmente afrontado que medeia todo o ordenamento constitucional, e retornando realidade que circunda a vivncia do postulante, carente de recursos para adquirir o medicamento delineado pelo profissional que lhe assiste, e se o impetrante sobreviver todas as vicissitudes defluentes do descaso Estatal para com tema to relevante como o inerente a salvaguarda de sua vida, nos defrontamos, ento, com ele vivo, porem membro de um cl de desterrados pela sorte de misrias derivadas da desastrosa atuao do Poder Pblico no esquecido campo das necessidades sociais.

Todavia, conforme explanado ao longo deste arrazoado, toda essa compungncia pode ser evitada atravs do provimento da tutela mandamental aqui postulada.

DO PEDIDO DE LIMINAR

Com fundamento no artigo. 273, I, do Cdigo de Processo Civil, assim como do artigo 7, 12.016/2009, requer, liminarmente, e inaudita altera pars, no sentido de determinar os Impetrados forneam ao Impetrado, num prazo mximo de 72h (setenta e duas horas), o tratamento determinado pelo profissional mdico que lhe assiste.

certo, que o Impetrado preenche todos os requisitos para a concesso da liminar ora pleiteada.

O requisito genrico, que a verossimilhana do Direito, o direito sade - inalienvel e irrenuncivel - e o custeio de seu tratamento como obrigao imposta constitucionalmente e legalmente ao Poder Pblico, restou sobejamente demonstrado e provado com as razes de fato e de direito expostas.

O requisito especfico - juzo de plausibilidade quanto existncia de dano jurdico de difcil ou impossvel reparao, tambm se encontra identificado, e tem lugar no estado de sade do Impetrado e na necessidade vital do mesmo em fazer uso da medicao indicada ao seu caso - "hepatite crnica pelo vrus C da hepatite, com infeco viral (RNA positivo) pelo gentipo do tipo 1 e atividade inflamatria com dano histolgico confirmado por biopsia heptica", cujo retratamento se no for seguido rigorosamente trar enormes riscos a sua sade - risco, inclusive, de fibrose ou cirrose no fgado, (patologia que provoca o endurecimento daquele rgo, sem possibilidade de recuperao) com paralisao de suas funes, que podem lhe ser fatais, tratamento esse que, pelo seu alto custo financeiro, lhe inacessvel, o que ficou sobejamente demonstrado e provado.

Inobstantre, tem-se que considerando que, diante da patologia de que o Impetrante portador, poder haver a necessidade do uso de outros medicamentos que no os que at agora lhe foram prescritos - o que poder vir a ocorrer at mesmo por conta do avano da medicina, com o eventual surgimento de novas drogas mais eficazes; Considerando que, como o exposto quando do relato dos fatos, o vrus de que portador poder retornar a qualquer tempo; Considerando que, em ocorrendo qualquer das hipteses antes enumeradas, o Impetrante teria que vir novamente a Juzo, com outra medida, de modo a obter o fornecimento de nova medicao ou, at mesmo, desta mesma, ora objeto deste pedido, tudo acabando por vir onerar e sobrecarregar o Judicirio; que requer que, deferida a liminar ora requerida, nela fique consignado a obrigao dos Impetrados de fornecer todo e qualquer medicamento de que o Impetrante venha a necessitar, desde que haja prescrio do profissional mdico que assiste ao Impetrante, caso em que, tambm, o receiturio mdico lhe ser exibido.

DOS PEDIDOS

Ex positis, a presente para requerer a V.Exa. que se digne a:

(i) Notificar os Impetrados dos termos da presente demanda, a fim de que no prazo de 10 (dez) dias prestem as competentes informaes;

(ii) Cientificar do presente feito a Procuradoria Geral do Municpio e a Procuradoria Geral do Estado, que representam judicialmente as pessoas jurdicas a que esto vinculados os Impetrados, para que, querendo, ingressem no feito;(iii) Dar vista dos autos ao Ministrio Pblico;(iv) Diante da relevncia dos fundamentos da demanda, bem como do receio da consumao de prejuzos irreparveis esfera da sade do impetrante, DEFERIR A LIMINAR DA SEGURANA PLEITEADA, a fim de ordenar aos Impetrados a dispensao ao postulante do tratamento com os medicamentos Interferon Peguilado Alfa-2 a ou Alfa-2 b, ribavirina e o inibidor de protease Victrelis (Boceprevir), por tempo indeterminado e de maneira ininterrupta, enquanto perdurar a necessidade de sua ingesto, garantindo-se, ainda, o fornecimento do produto do mesmo fabricante durante toda a durao do tratamento, cumprindo-se, tambm, os outros itens da Portaria 221 de 13 de julho de 2011 do Ministrio da Sade, como nica forma de garantir-lhe o direito vida, sob pena de aplicao de multa de R$ 5.000,0 (cinco mil reais), por dia de atraso;

(v) Conceder, em sentena, a segurana ora perseguida ao Impetrante, confirmando-se os pedidos formulados acima, em sede e pedido liminar, conforme item (iv) supra;.

(vi) Deferir a gratuidade de justia ao Impetrante, por ser este carente de recursos diante do elevado custo dos medicamentos indicados, nos termos da Lei 1060/50, juntando, desde logo, a declarao de carncia bem como o comprovante de seus rendimentos, tudo de modo a deixar induvidoso que no dispe de recursos financeiros, seja para arcar com o custo dos medicamentos, seja para arcar com despesas de custas processuais;

(vii) Condenar os Impetrados ao pagamento dos nus sucumbenciais;

Atribui-se causa o valor estimativo de R$ 100,00 (cem reais).

DATA

nome e assinatura do Advogado ou do Defensor Pblico - OAB-xx.xxx

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Use este modelo como base para impetrar o pedido de Liminar.

Imprima e mostre a seu mdico para que o mesmo realize o pedido do medicamento e os laudos correspondentes informando da necessidade imediata de retratamento.

Procure um escritrio de advocacia ou o servio gratuito na faculdade de direito, ou a Defensoria Pblica, ou o Ministrio Publico de seu estado.

Anexe todos os resultados dos exames, biopsia, receitas, etc. que considerar necessrios.

Documentos que devem ser anexados a petio citados no texto:

Documento 1 Procurao para o advogado.

Documento 2 Declarao do mdico atestando a hepatite C e o grau de fibrose/cirrose.

Documento 3 Declarao do mdico informando que o paciente j realizou o tratamento e explicando o porqu da necessidade do retratamento.

Documento 4 Resultado do exame de carga viral.

Documento 5 Resultado do exame de genotipagem do vrus comprovando ser o tipo 1.

Documento 6 Laudo da Biopsia ou atestado sobre a impossibilidade de realizao da mesma

Documento 7 Ultra-sonografia do Abdmen

Documento 8 Bula dos mdicos para o Victrelis aprovada na ANVISA Encontrada em www.hepato.com/p_acoes_judiciais/Victrelis_bula_medico_ANVISA.doc

Documento 9 Preo do Pegasys (Oramento ou copia do preo autorizado pela ANVISA) Encontrado em www.hepato.com/p_acoes_judiciais/Documento_9_Preco_do_Pegasys.pdf Documento 10 Preo do PegIntron (Oramento ou copia do preo autorizado pela ANVISA) - Encontrado em www.hepato.com/p_acoes_judiciais/Documento_10_Preco_do_Pegintron.pdf Documento 11 Preo da Ribavirina (Oramento ou copia do preo autorizado pela ANVISA) - Encontrado em www.hepato.com/p_acoes_judiciais/Documento_11_Preco_do_Virazole.pdf Documento 12 Preo do Victrelis (Boceprevir) (Oramento ou copia do preo autorizado pela ANVISA) - Encontrado em www.hepato.com/p_acoes_judiciais/documento_12_preco_victrelis.pdf

Documento 13 Copia do Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas para Hepatite Viral C e Co-infeces. Encontrado em http://hepato.com/p_protocolos_consensos/protocolo_IP_2013.pdf Documento 14 Protocolo da solicitao dos medicamentos na Secretaria da Sade ou resposta, caso tenha sido a negativa por escrito.

Aps ganhar a liminar, por favor, nos envie o nmero do processo e o frum outorgante, a fim de termos o maior banco de jurisprudncia possvel. - Enviar para Grupo Otimismo pelo e-mail: [email protected]

Permitida a reproduo deste texto na forma impressa ou na internet, tendo a gentileza de indicar como finte o GRUPO OTIMISMO WWW.HEPATO.COM

Observao: De preferncia utilize a justia gratuita, solicitando os servios de alguma faculdade de direito ou da defensoria publica ou do Ministrio Pblico, anexando declarao de carncia em funo do preo do tratamento. Alguns juzes podem interpretar que se existem condies de pagar um advogado devem existir recursos para a compra do medicamento, motivo pelo qual dever se informar o preo ao solicitar a justia gratuita.

Ateno: Para no ser contestado, no solicite uma marca comercial. Solicite simplesmente os princpios ativos, colocando: INTERFERON PEGUILADO ALFA 2-a OU ALFA 2-b, ribavirina e inibidor de protease. Sendo contestado no ter como provar que uma marca comercial superior a outra.

IMPORTANTE:

1 -Colabore com sugestes que possam melhorar este modelo de ao. Envie suas sugestes e colaboraes por e-mail. [email protected] Este modelo foi elaborado por um grupo de juristas que por motivos profissionais no podem aparecer. Correes finais foram realizadas pelo Dr. Eduardo Rodrigues Junior, telefone (21) 9677-0205.

O Victrelis (Boceprevir) e os demais medicamentos podem ser encontrados na SAR MEDICAMENTOS ESPECIAIS que envia para todo Brasil. Telefone 0800 778 58 58 ou (11) 5593.2200 ou na internet pelo site WWW.SAR.COM.BR

Carlos Varaldo

Grupo [email protected] PAGE 28