Manual de Elaboração de Textos - sartori.orgfree.comsartori.orgfree.com/docs/manualdeelaboracaodetextos.pdf · Comunicação em prosa moderna. 17. ed. Rio de Janeiro : FGV, 1998

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  • Senado Federal

    Consultoria Legislativa

    Manual de Elaborao de Textos

    Braslia 1999

  • Senado Federal Presidente Senador Antonio Carlos Magalhes 1 Vice Presidente 3 Secretrio Senador Geraldo Melo Senador Nabor Junior 2 Vice Presidente 4 Secretrio Senador Ademir Andrade Senador Casildo Maldaner 1 Secretrio Senador Ronaldo Cunha Lima Suplentes de Secretrio Senador Eduardo Suplicy 2 Secretrio Senador Ldio Coelho Senador Carlos Patrocnio Senador Jonas Pinheiro Senadora Marluce Pinto Diretor-Geral Agaciel da Silva Maia Consultor-Geral Legislativo Dirceu Teixeira de Matos Grupo de Redao: Augusto Csar Bittencourt Pires Cleide de Oliveira Lemos Dinair Cavalcanti Mundim Joo Bosco Bezerra Bonfim

    Grupo de Reviso: Edilenice J. Lima Passos Humberto Teixeira Aveiro Jos Patrocnio da Silveira Jos Roberto Bassul Campos Lilian Mrcia Simes Zamboni Orlando Jos Leite de Castro Srgio F. P. O. Penna

    Endereo para correspondncia Consultoria Legislativa Anexo II - Bloco B - 2 andar 70165-900 Braslia, DF Tel.: (061) 311-3896 e-mail: [email protected]

    Brasil. Senado Federal. Consultoria Legislativa. Manual de elaborao de textos / Apresentao de Dirceu Teixeira

    de Matos. Braslia : Senado Federal, Consultoria Legislativa, 1999. 88p.

    1.Redao Tcnica. 2. Redao Oficial. 3. Redao - Lngua Portuguesa. Ttulo

    CDU 469.5 CDD 806.90-5

  • 3

    SUMRIO

    Apresentao .............................................................................................................................. 5 Seo 1 Orientaes bsicas.................................................................................................... 6

    1 Procedimentos a serem observados .................................................................................... 6 2 Bibliografia de referncia ................................................................................................... 7 3 Observaes relativas a estilo............................................................................................. 9

    Seo 2 Instrues especficas............................................................................................... 11 1 Atualizao de minuta de parecer de medida provisria reeditada ................................... 12 2 Disposies legais sobre redao ..................................................................................... 14 3 O emprego das iniciais ..................................................................................................... 15

    3.1 Inicial maiscula......................................................................................................... 15 3.2 Inicial minscula ........................................................................................................ 19

    4 A escrita dos numerais...................................................................................................... 23 4.1 Grafia dos numerais em proposies legislativas....................................................... 24 4.2 Grafia dos numerais em discursos .............................................................................. 24 4.3 Grafia dos numerais em textos tcnicos ..................................................................... 24

    5 Apresentao de citaes e notas de rodap..................................................................... 28 5.1 Citaes ...................................................................................................................... 29

    5.1.1 Citao direta....................................................................................................... 29 5.1.1.1 Citao de at trs linhas .............................................................................. 30 5.1.1.2 Citao com mais de trs linhas ................................................................... 30 5.1.1.3 Supresses em citao .................................................................................. 30 5.1.1.4 Interpolaes e comentrios em citao ....................................................... 31 5.1.1.5 Citao em rodap ........................................................................................ 32

    5.1.2 Citao indireta.................................................................................................... 32 5.1.3 Outras formas de citao ..................................................................................... 33

    5.1.3.1 Citao de citao......................................................................................... 33 5.1.3.2 Traduo em citao..................................................................................... 33

    5.1.4 Indicao das fontes citadas ................................................................................ 33 5.1.4.1 Sistema autor-data ........................................................................................ 34

    5.1.4.1.1 Vrias obras citadas de um mesmo autor .............................................. 34 5.1.4.1.2 Vrios autores com o mesmo sobrenome .............................................. 35

    5.1.4.2 Sistema numrico ......................................................................................... 35 5.1.4.2.1 Mais de uma nota da mesma obra ou obras diversas do mesmo autor.. 36

    5.2 Notas de rodap .......................................................................................................... 37 5.2.1 Notas de contedo ............................................................................................... 37 5.2.2 Notas de referncia .............................................................................................. 38

    6 Referncias bibliogrficas ................................................................................................ 38 6.1 Apresentao .............................................................................................................. 39 6.2 Transcrio dos elementos ......................................................................................... 40

    6.2.1 Entrada................................................................................................................. 40

  • 4

    6.2.1.1 Um s autor .................................................................................................. 40 6.2.1.2 Mais de um autor .......................................................................................... 41 6.2.1.3 Pseudnimos................................................................................................. 41 6.2.1.4 Autoria de entidades coletivas...................................................................... 42 6.2.1.5 Congressos e eventos assemelhados............................................................. 42 6.2.1.6 Coletneas..................................................................................................... 42 6.2.1.7 Tratados, acordos e similares ....................................................................... 43

    6.2.2 Ttulo ................................................................................................................... 43 6.2.3 Edio .................................................................................................................. 44 6.2.4 Imprenta............................................................................................................... 45

    6.2.4.1 Local ............................................................................................................. 45 6.2.4.2 Editora .......................................................................................................... 45 6.2.4.3 Data............................................................................................................... 46

    6.3 Ordem dos elementos ................................................................................................. 48 6.3.1 Monografias consideradas no todo...................................................................... 49

    6.3.1.1 Livros, folhetos e separatas .......................................................................... 49 6.3.1.2 Teses, dissertaes e outros trabalhos acadmicos ...................................... 50 6.3.1.3 Relatrios oficiais......................................................................................... 50 6.3.1.4 Anais............................................................................................................. 51

    6.3.2 Obras inditas ...................................................................................................... 51 6.3.3 Partes de monografias.......................................................................................... 51 6.3.4 Publicaes peridicas consideradas no todo...................................................... 53 6.3.5 Partes de revistas e outros peridicos.................................................................. 54

    6.3.5.1 Artigos e reportagens de revistas e outros peridicos .................................. 54 6.3.5.2 Artigos e reportagens de jornal..................................................................... 55 6.3.5.3 Artigos de suplemento de jornal................................................................... 56

    6.3.6 Normas tcnicas................................................................................................... 57 6.3.7 Leis, decretos e demais instrumentos normativos ............................................... 57 6.3.8 Acrdos.............................................................................................................. 57 6.3.9 Pareceres, resolues e indicaes ...................................................................... 58 6.3.10 Atas de reunies ................................................................................................ 58 6.3.11 Programas eletrnicos ....................................................................................... 59

    7 Formato grfico dos trabalhos elaborados no mbito da Consultoria Legislativa ........... 60 8 Abreviao vocabular ....................................................................................................... 64 9 O uso de destaques grficos e sinais................................................................................. 68

    9.1 Destaques grficos...................................................................................................... 69 9.1.1 O uso do itlico.................................................................................................... 69 9.1.2 O uso do negrito .................................................................................................. 69

    9.2 Os sinais...................................................................................................................... 69 9.2.1 As aspas ............................................................................................................... 70 9.2.2 A vrgula .............................................................................................................. 70 9.2.3 O travesso .......................................................................................................... 75 9.2.4 Os parnteses ....................................................................................................... 76 9.2.5 Os colchetes......................................................................................................... 77 9.2.6 O ponto-e-vrgula ................................................................................................ 77 9.2.7 O hfen ................................................................................................................. 78

    ndice ........................................................................................................................................ 84

  • 5

    APRESENTAO Este MANUAL DE ELABORAO DE TEXTOS trata de diversos aspectos de redao, indicando convenes de uso corrente e fornecendo orientaes de linguagem e estilo para os trabalhos de consultoria e assessoramento legislativo. Destina-se a uso interno e faz parte de um conjunto de medidas para aperfeioar a qualidade dos trabalhos e aumentar a eficincia da Consultoria Legislativa do Senado Federal. A adoo deste guia redacional, no mbito do rgo, tem como principais objetivos:

    racionalizar o trabalho de quem redige e de quem revisa os textos, mediante o uso de referenciais padronizados de redao, de conhecimento de todos; privilegiar a clareza, a preciso, a coerncia, a conciso e a consistncia, como qualidades relevantes de linguagem e estilo dos trabalhos de consultoria e assessoramento legislativo; consagrar uma forma de expresso compatvel com os princpios constitucionais da impessoalidade e da publicidade e favorecer a mxima transparncia dos atos do poder pblico e da prpria atuao parlamentar.

    O documento reflete a larga experincia da Consultoria Legislativa na elaborao de textos relacionados ao trabalho parlamentar, adquirida em mais de quarenta anos de funcionamento. Adotado formalmente a partir de agora, ele permanece aberto aos aperfeioamentos decorrentes de sua utilizao cotidiana, que podero constar em edies futuras.

    O manual , sobretudo, fruto do trabalho participativo dos servidores da Consultoria Legislativa. Aos que concorreram para sua elaborao, os agradecimentos desta direo.

    Dirceu Teixeira de Matos Consultor-Geral Legislativo

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  • 6

    Seo 1 Orientaes bsicas

    Estas orientaes tm por objetivo central explicitar as bases sobre as quais se ancora a redao de textos no mbito da Consultoria Legislativa do Senado Federal. O conhecimento de tais bases revela-se imprescindvel para o controle da qualidade dos referidos textos, sendo, pois, enfaticamente recomendado a todos.

    1 Procedimentos a serem observados

    Todo trabalho elaborado pelo consultor considerar-se- concludo somente depois de revisado por ele, o que se comprovar, necessariamente, com a sua rubrica na ficha anexa ao trabalho. Atendida essa formalidade, o trabalho ficar na Mecanografia para que seja entregue ao revisor do Ncleo.

    Caso identifique a necessidade de alteraes no contedo do

    trabalho, o revisor o enviar ao consultor com as sugestes que julgar adequadas. Aps a manifestao do autor, o trabalho voltar ao revisor do Ncleo para a reviso final.

    No havendo consenso entre o revisor do Ncleo e o consultor

    sobre as alteraes a fazer, o trabalho ser encaminhado ao Coordenador do Ncleo para que defina a redao final. Este, se julgar necessrio, poder submeter as alteraes ao exame do Consultor-Geral

    Mesmo no ocorrendo alteraes de contedo, o revisor do Ncleo

    poder solicitar ao consultor, por escrito, na ficha anexada ao trabalho, que proceda ao reexame do texto revisado.

    No caso de reedio de medida provisria, devero ser observadas

    as recomendaes relativas atualizao de textos com mltiplas verses, nos termos do segundo captulo da Seo 2.

    Na elaborao de proposta de emenda Constituio, projeto de lei,

    decreto legislativo e resoluo, bem como de emenda a essas proposies, os consultores devero observar as disposies da Lei Complementar n 95, de 26 de fevereiro de 1998. Tambm devem ser obedecidas as regras constantes do Manual de Tcnica Legislativa desta Consultoria.

  • 7

    2 Bibliografia de referncia

    A atividade de reviso, quanto ao aspecto formal, ser feita com base nas obras que serviram de fonte para a elaborao deste trabalho. Para que se alcance a mxima atualidade na feitura da reviso, procurar-se- utilizar sempre as edies mais recentes dos livros citados adiante.

    Na hiptese de discordncia de abordagens entre manuais

    especficos, por um lado, e gramticas, e dicionrios, por outro, ser dada preferncia aos ltimos. Quanto grafia, sero sempre acatadas as solues da segunda edio do Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. J no que toca gramtica normativa, considerar-se- o fato de o trabalho de Celso Cunha e Lindley Cintra ser reconhecidamente o mais consentneo com a realidade lingstica contempornea.

    Integram, pois, a bibliografia de referncia para os trabalhos de

    reviso as seguintes obras:

    1 ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulrio ortogrfico da lngua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro : Imprensa Nacional, 1998.

    2 ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Referncias bibliogrficas : NBR 6023. Rio de Janeiro, 1989.

    3 _____. Apresentao de citaes em documentos, NBR 10520. Rio de Janeiro, 1992.

    4 _____. Entrada para nomes de lngua portuguesa em registros bibliogrficos, NBR 10523. Rio de Janeiro, 1992.

    5 BECHARA, Evanildo. Moderna gramtica portuguesa. 35. ed. So Paulo : Nacional, 1994.

    6 CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionrio de dificuldades da lngua portuguesa. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1996.

    7 CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramtica do portugus contemporneo. 2. ed. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1998.

    8 FERNANDES, Francisco. Dicionrio de regimes de substantivos e adjetivos. 24. ed. So Paulo : Globo, 1997.

  • 8

    9 _____. Dicionrio de sinnimos e antnimos da lngua portuguesa. 37. ed. rev. e ampl. So Paulo : Globo, 1998.

    10 _____. Dicionrio de verbos e regimes. 42. ed. So Paulo : Globo, 1998.

    11 GARCIA, Othon Moacir. Comunicao em prosa moderna. 17. ed. Rio de Janeiro : FGV, 1998.

    12 HOLLANDA, Aurlio Buarque de. Novo dicionrio da lngua portuguesa. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1998.

    13 LUFT, Celso Pedro. Dicionrio prtico de regncia nominal. 3. ed. So Paulo : tica, 1998.

    14 _____. Dicionrio prtico de regncia verbal. 6. ed. So Paulo : tica, 1998.

    15 MARTINS, Eduardo. Manual de redao e estilo. 3. ed. rev. e aum. So Paulo : O Estado de S. Paulo, 1998.

    16 MENDES, Gilmar Ferreira et al. Manual de redao da Presidncia da Repblica. Braslia : Presidncia da Repblica, 1991.

    17 MICHAELIS : Moderno dicionrio da lngua portuguesa. So Paulo : Melhoramentos, 1998.

    18 BRASIL. Senado Federal. Manual de padronizao de textos : normas bsicas de editorao para a elaborao de originais, composio e reviso. Braslia : Secretaria Especial de Editorao e Publicaes, 1997.

  • 9

    3 Observaes relativas a estilo

    H quem pretenda justificar como particularidade de estilo o uso sistemtico de figuras de retrica, de expresses enviesadas e de tantos outros enfeites lingsticos que normalmente comprometem a clareza do texto e dificultam sua compreenso.

    Se tal uso admissvel nas peas literrias e nos discursos, que

    amide se utilizam de linguagem refinada e grandiloqente, ele se revela inadequado redao de textos tcnicos e legais, que devem primar pela clareza e objetividade. Alis, o princpio constitucional da publicidade, que tambm rege a feitura das leis, est longe de esgotar-se na mera publicao do texto, estendendo-se, ainda, ao alcance delas por todo e qualquer cidado.

    Logo, ao elaborar pronunciamentos, proposies legislativas,

    pareceres, estudos ou notas tcnicas, o consultor (emissor) h de ter em mente que o texto a redigir (mensagem) deve ser compreendido e aprovado pelo destinatrio (receptor), mesmo porque resulta, quase sempre, de solicitao por este formulada. Da a necessidade de uma interao equilibrada e harmoniosa entre a Consultoria e quem lhe solicita o trabalho.

    Cabe destacar, entretanto, que o processo comunicacional s se

    realizar plenamente, satisfazendo s expectativas do emissor e do receptor, quando o texto for exposto em linguagem que atenda aos seguintes requisitos, alguns deles definidos no art. 11 da Lei Complementar n 95, de 26 de fevereiro de 1998:

    a) clareza, que torna o texto inteligvel e decorre:

    do uso de palavras e expresses em seu sentido comum, salvo quando o assunto for de natureza tcnica, hiptese em que se empregaro a nomenclatura e terminologia prprias da rea;

    da construo de oraes na ordem direta, evitando preciosismos, neologismos, intercalaes excessivas, jargo tcnico, lugares-comuns, modismos e termos coloquiais;

    do uso do tempo verbal, de maneira uniforme, em todo o texto;

    do emprego dos sinais de pontuao de forma judiciosa, evitando os abusos estilsticos;

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  • 10

    b) preciso, que complementa a clareza e caracteriza-se pela:

    articulao da linguagem comum ou tcnica para a perfeita compreenso da idia veiculada no texto;

    manifestao do pensamento ou da idia com as mesmas palavras, evitando o emprego de sinonmia com propsito meramente estilstico;

    escolha de expresso ou palavra que no confira duplo sentido ao texto;

    escolha de termos que tenham o mesmo sentido e significado em todo o territrio nacional ou na maior parte dele, evitando o emprego de expresses regionais ou locais;

    c) coerncia, que implica a exposio de idias bem elaboradas,

    que tratam do mesmo tema do incio ao fim do texto em seqncia lgica e ordenada. Isso significa que o texto deve conter apenas as idias pertinentes ao assunto proposto;

    d) conciso, alcanada quando se apresenta a idia com o mnimo

    de palavras possvel, o que importa no uso de frases breves, na eliminao dos vocbulos desnecessrios e na substituio de palavras e termos longos por outros mais curtos;

    e) consistncia, decorrente do emprego do mesmo padro e do

    mesmo estilo na redao do texto, o que evita a contradio ou dubiedade entre as idias expostas.

    Para o exame mais aprofundado e extenso das questes estilsticas,

    recomenda-se a consulta ao livro Comunicao em Prosa Moderna, de Othon M. Garcia, ao Manual de Tcnica Legislativa desta Consultoria e supracitada Lei Complementar n 95/98.

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  • 11

    Seo 2 Instrues especficas

    As instrues especficas destinam-se a padronizar os trabalhos o mximo possvel, sem ferir as escolhas de estilo. Trata-se de uma conveno, estabelecida segundo orientaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas e de autores especializados. Por isso, est permanentemente sujeita a novos aprimoramentos.

    Longe de serem exaustivas, as instrues a seguir buscam apenas

    facilitar um pouco a atividade de redao dos consultores, ordinariamente tumultuada pela fixao de prazos exguos e pela enorme variedade temtica dos trabalhos solicitados.

    Nessa perspectiva, procura-se colocar disposio imediata dos

    consultores as informaes necessrias para a reviso e atualizao de minutas de parecer de medidas provisrias reeditadas, o conhecimento do disposto no ordenamento jurdico acerca da redao legislativa, o emprego de iniciais maisculas e minsculas, a escrita de numerais, a apresentao de citaes, notas de rodap e referncias bibliogrficas, o formato grfico adequado para os trabalhos da Consultoria Legislativa1, o emprego de mecanismos de abreviao vocabular (siglas, acrnimos e abreviaturas) e o uso de destaques grficos e sinais (negrito, itlico, aspas, travesso, ponto-e-vrgula, etc.).

    1 Em relao a esse tpico especfico, o Captulo 7 reproduz, adiante, os padres fixados pelo Manual de Tcnica Legislativa desta Consultoria.

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  • 12

    1 Atualizao de minuta de parecer de medida provisria reeditada2

    O Conselho Tcnico da Consultoria Legislativa do Senado Federal recomenda a utilizao do recurso marcas de reviso, do aplicativo Word, no caso de emisso de minuta de parecer sobre admissibilidade ou constitucionalidade e mrito referente a medida provisria (MPV) reeditada.

    A recomendao tem por objetivo facilitar a tarefa tanto do autor da

    minuta quanto do revisor do Ncleo. Como a minuta de parecer de MPV reeditada envolve, no mais das vezes, reduzida modificao no texto anteriormente elaborado, o emprego das marcas de reviso serve para dar destaque aos pontos alterados pela mais recente reedio da MPV. Com isso, economiza-se tempo e esforo do autor e do revisor, que esto obrigados a revisar o trabalho antes do seu encaminhamento.

    Para tanto, o autor da minuta deve proceder da seguinte forma: a) abrir o texto da minuta de parecer elaborada para a verso

    anterior da MPV; b) clicar em FERRAMENTAS; c) clicar em MARCAS DE REVISO; d) selecionar as janelas correspondentes a

    Marcar revises durante a edio (Objetivo: ressaltar qualquer texto ou elemento grfico que tenha sido inserido, excludo ou movido. O boto OPES em MARCAS DE REVISO, da janela anterior, oferece sugestes de como podem ser essas marcas. Assim, para texto inserido, marque sublinhado; para texto excludo, marque tachado; para linhas revisadas, marque borda esquerda.)

    Exibir revises na tela (Objetivo: mostrar, na tela, as alteraes no texto, medida que forem sendo efetuadas.)

    Exibir revises no documento impresso (Objetivo: apresentar as marcas de reviso no documento impresso.)

    e) clicar OK; 2 O texto original das recomendaes do Conselho Tcnico foi ligeiramente adaptado, em termos redacionais, a fim de ser includo no presente trabalho.

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  • 13

    f) fazer a atualizao do texto. Desse modo, facilita-se sobremaneira o trabalho do revisor, que

    examinar no papel ou diretamente no Word as correes efetuadas antes de propor as modificaes que julgar pertinentes. Caso faa a reviso diretamente no Word, o revisor poder operar tambm com os recursos descritos, seguindo basicamente o mesmo procedimento.

    Ao receber o texto com as marcas de reviso, dever, inicialmente,

    fazer as alteraes que julgar pertinentes. Ao acatar ou rejeitar todas as modificaes introduzidas no texto, dever abrir a caixa MARCAS DE REVISO e clicar o boto aceitar todas ou rejeitar todas. Caso acate parcialmente as modificaes, dever clicar revisar e aceitar ou rejeitar uma a uma, por meio do boto localizar. Ressalte-se que todas as alteraes inclusive as efetuadas pelo revisor entraro no rol daquelas passveis de aceitao ou de rejeio. Por isso, os botes aceitar todas e rejeitar todas devero ser utilizados com bastante cautela.

    Um texto com marcas de reviso ficar assim:

    Nota oficial explica medidas

    O Ministrio da FazendaEducao optou por uma nota oficial para divulgar o decreto e a medida provisriao projeto de lei que fixam metas fiscais para os prximos meses. Na nota, o governo informa que at o dia 15 de novembro outubro ser enviadoa ao Congresso Cmara dos Deputados um programa de ajuste fiscal para o trinio 1999-2001. O decreto editado hoje cria a Comisso de Controle e Gesto Fiscal, que ter a atribuio de garantir o alcance das metas fiscais propostas, acompanhar e avaliar o desempenho das contas pblicas e propor a adoo das medidas necessarias obteno dos demais objetivos fiscais estabelecidos para cada exerccio.

    Diante das novas circunstncias decorrentes das turbulncias no mercado financeiro internacional, oO governo resolveu agir de forma ainda mais determinada em relao ao ajuste das contas pblicas, dando continuidade aos esforos de mudana no regime fiscal desenvolvidos pela presente administrao e recentemente reafirmados pelo presidente da Repblica em mensagem encaminhada ao Congresso Nacional, por ocasio da entrega do Projeto de Lei Oramentria para 1999.

    Aceitas todas as recomendaes (opo aceitar todas), o texto

    ficar assim:

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  • 14

    Nota oficial explica medidas

    O Ministrio da Fazenda optou por uma nota oficial para divulgar o decreto e a medida provisria que fixam metas fiscais para os prximos meses. Na nota, o governo informa que at o dia 15 de novembro ser enviado ao Congresso um programa de ajuste fiscal para o trinio 1999-2001. O decreto editado hoje cria a Comisso de Controle e Gesto Fiscal, que ter a atribuio de garantir o alcance das metas fiscais propostas, acompanhar e avaliar o desempenho das contas pblicas e propor a adoo das medidas necessrias obteno dos demais objetivos fiscais estabelecidos para cada exerccio.

    Diante das novas circunstncias decorrentes das turbulncias no mercado financeiro internacional, o governo resolveu agir de forma ainda mais determinada em relao ao ajuste das contas pblicas, dando continuidade aos esforos de mudana no regime fiscal desenvolvidos pela presente administrao e recentemente reafirmados pelo presidente da Repblica em mensagem encaminhada ao Congresso Nacional, por ocasio da entrega do Projeto de Lei Oramentria para 1999. 2 Disposies legais sobre redao

    No ordenamento jurdico brasileiro, existem dois diplomas legais que tratam especificamente da redao de leis e atos normativos: a Lei Complementar n 95, de 26 de fevereiro de 1998, e o Decreto n 2.954, de 29 de janeiro de 1999, republicado no Dirio Oficial da Unio de 24/2/99.

    Ao contrrio da lei, que a todos obriga, o referido decreto s vincula

    os rgos do Executivo. Contudo, recomenda-se que ele tambm seja observado quando da redao de minutas de proposies legislativas, pois traz regras valiosas sobre o assunto.

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    InnovaTypewriterDecreto n 4.176, de 28 de maro de 2002.

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  • 15

    3 O emprego das iniciais

    O uso das iniciais deve observar o disposto no Formulrio Ortogrfico da Academia Brasileira de Letras, no qual se baseou a elaborao deste captulo.

    3.1 Inicial maiscula Alm do emprego nas situaes abaixo discriminadas, a inicial

    maiscula costuma ser utilizada para realar determinados nomes, sendo este um recurso estilstico valioso, especialmente se usado com parcimnia. Lembre-se, a propsito, que a apresentao do texto tambm deve ser padronizada quanto utilizao de iniciais maisculas ou minsculas. Assim, se o autor opta por grafar Estado com maiscula, mesmo desacompanhado do seu determinante, esse uso deve ser mantido em todo o texto.3

    Assim, emprega-se a letra inicial maiscula:

    a) no comeo de perodo, artigo ou pargrafo de lei, verso ou citao direta

    Exemplos: Disse o Padre Antnio Vieira: Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda

    que seja no Inferno, estar no Paraso. Art. 215. O Estado garantir o pleno exerccio dos direitos culturais e

    acesso s fontes da cultura nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais.

    1 O Estado proteger as manifestaes das culturas populares, indgenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatrio nacional.

    Hoje quedamos ss. Em toda parte, Somos muitos e ss. Eu, como os outros. J no sei vossos nomes nem vos olho Na boca, onde a palavra se calou.

    (Carlos Drummond de Andrade)

    3 Note-se que, nesse caso, o termo tambm poder ser entendido como o conjunto de poderes de uma nao. Exemplo: Cada Estado deve indicar um representante para o encontro de direitos humanos.

  • 16

    Observao: Alguns poetas usam, espanhola, a minscula no princpio de cada verso, quando

    a pontuao o permite. Exemplo:

    Aqui, sim, no meu cantinho, vendo-me rir-me o candeeiro, gozo o bem de estar sozinho e esquecer o mundo inteiro.

    (Castilho) b) nos substantivos prprios de qualquer espcie: antropnimos, topnimos,

    patronmicos, cognomes, alcunhas, tribos e castas, designaes de comunidades religiosas e polticas, nomes sagrados e relativos a religies, entidades mitolgicas e astronmicas, etc. Exemplos: Jos, Maria, Macedo, Freitas, Brasil, Amrica, Guanabara, Tiet, Atlntico, Antoninos, Afonsinhos, Conquistador, Magnnimo, Corao de Leo, Sem Pavor, Deus, Jeov, Al, Assuno, Ressurreio, Jpiter, Baco, Crbero, Via Lctea, Canopo, Vnus. Observaes:

    As formas onomsticas que entram na composio de palavras do vocabulrio comum escrevem-se com inicial minscula quando constituem, com os elementos a que se ligam por hfen, uma unidade semntica. Quando no constituem unidade semntica, devem ser escritas sem hfen e com inicial maiscula: gua-de-colnia, joo-de-barro, maria-rosa (palmeira); alm Andes, aqum Atlntico.

    Os nomes de povos escrevem-se com inicial minscula, no s quando designam habitantes ou naturais de um estado, provncia, cidade, vila ou distrito, mas ainda quando representam coletivamente uma nao: amazonenses, baianos, estremenhos, fluminenses, guarapuavanos, jequieenses, paulistas, pontalenses, romenos, russos, suos, uruguaios, venezuelanos.

    c) nos nomes prprios de eras histricas e pocas notveis

    Exemplos: Hgira, Idade Mdia, Quinhentos (o sculo XVI), Seiscentos (o sculo XVII). Observao:

    Essa regra no se aplica palavra sculo, grafada com inicial minscula sempre que no iniciar perodo.

    d) nos nomes de vias e lugares pblicos

    Exemplos: Avenida Rio Branco, Beco do Carmo, Largo da Carioca, Praia do Flamengo, Praa da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de So Francisco, Travessa do Comrcio.

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  • 17

    e) nos nomes que designam altos conceitos religiosos, polticos ou nacionalistas

    Exemplos: Igreja (Catlica, Apostlica, Romana), Nao, Estado, Ptria, Pas, Raa.

    Observao:

    Esses nomes se escrevem com inicial minscula quando so empregados em sentido geral ou indeterminado.

    f) nos nomes que designam artes, cincias ou disciplinas, bem como nos que sintetizam, em sentido elevado, as manifestaes do engenho e do saber

    Exemplos: Agricultura, Arquitetura, Educao Fsica, Filologia Portuguesa, Direito, Medicina, Engenharia, Histria do Brasil, Geografia, Matemtica, Pintura, Arte, Cincia, Cultura.

    Observao:

    Os nomes idioma, idioma ptrio, lngua, lngua portuguesa, vernculo e outros anlogos escrevem-se com inicial maiscula quando empregados com especial relevo.

    g) nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou postos

    Exemplos: Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo, Patriarca, Vigrio, Vigrio-Geral, Presidente da Repblica, Ministro da Educao, Governador do Estado, Embaixador, Almirantado, Secretrio de Estado.

    Observaes:

    Justifica-se o emprego de iniciais maisculas em tais nomes pela deferncia especial que merecem os ocupantes desses cargos, dignidades ou postos. O emprego no se justifica, entretanto, quando os termos so usados de modo vago ou geral: Sonha ser papa; Candidatou-se a governador do Estado do Par; Aspira ao cargo de presidente da repblica; Ser promovido a embaixador.

    No caso de termos compostos, todas as palavras devem ser grafadas com iniciais maisculas, exceto as partculas (artigos, preposies, advrbios, conjunes e palavras inflexivas): Capito-de-Mar-e-Guerra, Consultor-Geral.

    h) nos nomes de reparties, corporaes ou agremiaes , edifcios e estabelecimentos pblicos ou particulares

    Exemplos: Diretoria-Geral do Ensino, Inspetoria do Ensino Superior, Ministrio das Relaes Exteriores, Academia Paranaense de Letras, Crculo de Estudos Bandeirantes, Presidncia da Repblica, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, Tesouro do Estado, Departamento Administrativo do Servio Pblico, Banco do Brasil, Imprensa Nacional, Teatro de So Jos, Tipografia Rolandiana, Edifcio Palcio do Rdio II..

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  • 18

    i) nos ttulos de livros, jornais, revistas, produes artsticas, literrias e cientficas

    Exemplos: Imitao de Cristo, Horas Marianas, Correio da Manh, Revista Filolgica, Transfigurao (de Rafael), Norma (de Belini), O Guarani (de Carlos Gomes), O Esprito das Leis (de Montesquieu).

    Observao:

    No se escrevem com maiscula inicial as partculas monossilbicas que se acham no interior de vocbulos compostos ou de locues ou expresses que tm iniciais maisculas: Queda do Imprio, O Crepsculo dos Deuses, Histrias sem Data, A Mo e a Luva, Festas e Tradies Populares do Brasil.

    j) nos nomes de tributos, acordos, cartas e declaraes internacionais

    Exemplos: Imposto Sobre Produtos Industrializados, Taxa de Limpeza Urbana, Conveno Americana de Direitos Humanos, Pacto Internacional dos Direitos Econmicos, Sociais e Culturais, Carta das Naes Unidas, Declarao Universal de Direitos Humanos.

    l) nos nomes de fatos histricos e importantes, de atos solenes e de grandes empreendimentos pblicos

    Exemplos: Centenrio da Independncia do Brasil, Descobrimento da Amrica, Questo Religiosa, Reforma Ortogrfica, Acordo Luso-Brasileiro, Exposio Nacional, Festa das Mes, Dia do Municpio, Glorificao da Lngua Portuguesa.

    m) nos nomes de escolas de qualquer espcie ou grau de ensino

    Exemplos: Faculdade de Filosofia, Escola Superior de Comrcio, Ginsio do Estado, Colgio de Pedro II, Colgio Marista de Braslia, Instituto de Educao, Grupo Escolar de Machado de Assis.

    n) nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados, e de seres morais ou fictcios

    Exemplos: A Capital da Repblica, a Transbrasiliana, moro na Capital, o Natal de Jesus, o Poeta Cames, a cincia da Antigidade, os habitantes da Pennsula, a Bondade, a Virtude, o Amor, a Ira, o Medo, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga. Observao:

    Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades pblicas, quando empregados em correspondncia ou documentos oficiais, desde que devidamente identificados: A Lei de 13 de maio, o Decreto-Lei n 292, o Decreto n 20.108, a Portaria de 15 de junho, o Regulamento n 737, o Acrdo de 3 de agosto.

    Se o ato for designado por palavra composta, todos os seus termos componentes (exceto as partculas) devem ser grafados com inicial maiscula: Decreto-Lei.

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  • 19

    o) nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regies

    Exemplos: os povos do Oriente; o falar do Norte diferente do falar do Sul; a guerra do Ocidente.

    Observao:

    Os nomes dos pontos cardeais escrevem-se com inicial minscula quando designam direes ou limites geogrficos: Percorri o pas de norte a sul e de leste a oeste; Portugal est limitado a leste pela Espanha e a oeste pelo Atlntico.

    p) nos nomes, adjetivos, pronomes e expresses de tratamento ou reverncia

    Exemplos: D. (Dom ou Dona), Sr. (Senhor), Sra. (Senhora); DD. ou Digmo. (Dignssimo), MM. ou Mmo. (Meritssimo), Revmo. (Reverendssimo), V.Reva. (Vossa Reverncia), S. E. (Sua Eminncia), V. M. (Vossa Majestade), V. A. (Vossa Alteza), V. Sa. (Vossa Senhoria), V. Exa. (Vossa Excelncia), V. Exa. Revma. (Vossa Excelncia Reverendssima), V. Exas. (Vossas Excelncias).

    Observao:

    As formas que se acham ligadas a essas expresses de tratamento devem ser tambm escritas com iniciais maisculas: D. Abade, Exma. Sra. Diretora, Sr. Almirante, Sr. Capito-de-Mar-e-Guerra, MM. Juiz de Direito, Exmo. e Revmo. Sr. Arcebispo Primaz, Magnfico Reitor, Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, Eminentssimo Senhor Cardeal, Sua Majestade, Sua Alteza Real.

    q) nas palavras que, no estilo epistolar, dirigem-se a um amigo, a um colega, a uma pessoa respeitvel, as quais, por deferncia, considerao ou respeito, se queira realar

    Exemplos: meu bom Amigo, caro Colega, meu prezado Mestre, estimado Professor, meu querido Pai, minha adorvel Me, meu bom Padre, minha distinta Diretora, caro Doutor, prezado Capito.

    3.2 Inicial minscula

    Por contraposio, os termos no referidos no tpico anterior devem

    vir em minscula (ou caixa baixa). As instrues abaixo buscam facilitar o emprego da inicial minscula e inspiram-se quase exclusivamente no Manual de Padronizao de Textos, da Secretaria Especial de Editorao e Publicaes do Senado Federal.

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  • 20

    Emprega-se, pois, a inicial minscula:

    a) nos nomes dos dias da semana, dos meses e das estaes do ano b) nos nomes de festas pags ou populares

    Exemplos: carnaval, saturnais, bumba-meu-boi, entrudo. c) nos compostos em que o nome prprio torna-se comum, formando uma s unidade semntica

    Exemplos: castanha-do-par, pau-brasil, deus-nos-acuda, joo-ningum. d) nas palavras derivadas de nomes estrangeiros

    Exemplos: bachiano, kantismo, beethoveniano, byronismo, comtiano, freudiano, goethismo.

    Observao:

    Esses derivados permanecem na grafia original, exceto na terminao. e) nos intitulativos gerais de doutrinas, correntes e escolas de pensamento, religies e regimes polticos

    Exemplos: positivismo, romantismo, barroco, marxismo, catolicismo, cristianismo, parlamentarismo, presidencialismo.

    f) na seqncia de alneas e de incisos, que devem ter incio na altura do pargrafo do texto

    Exemplos: So benefcios concedidos pelo IPC: a) auxlio-doena; b) auxlio-funeral; c) peclio. A escolha de seus membros compete: I ao Senado Federal; II Assemblia Geral; III ao Conselho Deliberativo.

    g) depois do sinal de dois-pontos que no precede citao ou nome prprio e depois de pontos de interrogao ou exclamao, se o sentido est incompleto at essas anotaes (que valem, no caso, por vrgula, ponto-e- vrgula e dois-pontos, cumulativamente)

    Exemplos:

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  • 21

    Oh! no vale a pena repetir: coisa de somenos. Que isso! que que tem? Quem s tu? que esse estupendo corpo certo me tem maravilhado. Vs, peralta? assim que um moo deve zelar o nome dos seus?

    h) nas partculas intermedirias (artigos, preposies, advrbios, conjunes e palavras inflexivas) monossilbicas dos onomsticos compostos (ttulo de obras, acordos, conferncias, congressos, etc.)

    Exemplos: Crnicas de Risos e Lgrimas, Ningum Escreve ao Coronel, Triste Fim de Policarpo Quaresma, II Congresso Nacional de Biblioteconomia, Pacto Internacional dos Direitos Civis e Polticos.

    Observao:

    Assim, alm de serem grafadas com inicial maiscula quando contam com duas ou mais slabas, essas partculas tambm o so quando abrem o onomstico composto: Os Sinos da Agonia, O General em seu Labirinto, Com Acar e com Afeto, Conveno Sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao Contra a Mulher.

    i) nos adjetivos gentlicos e ptrios e na designao de grupos tnicos

    Exemplos: brasileiros, ingleses, xavantes, tamoios, paulistanos, mato-grossenses, mineiros.

    Observao:

    Em Antropologia, recomenda-se o uso com inicial maiscula, e no singular, da designao de tribos e castas indgenas: os Mau, e no os maus.

    j) nos nomes prprios tornados comuns (por antonomsia)

    Exemplos: O ditador daquele pas comportou-se como um nero. A atriz apresentou-se como uma eva. Cantava feito uma diva.

    Observaes:

    Quando, porm, os nomes prprios empregados como apelativos indicam genericamente uma classe de indivduos semelhantes aos designados por aqueles nomes, a inicial maiscula: Vrios poetas tm-se comportado como se Homeros fossem.

    Incidentemente, o plural normal nos nomes prprios: os Brasis, os Portugais, os Cabrais, os Salazares.

    l) no substantivo que designa a espcie de acidente geogrfico e obra civil

    Exemplos: oceano Atlntico, mar Mediterrneo, rio Amazonas, baa de Guanabara, cordilheira dos Andes, vale do Paraba, deserto do Saara, gruta de

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  • 22

    Maquin, ilha do Bananal, floresta da Tijuca, lago Parano, canal de Suez, ponte RioNiteri, viaduto do Ch, aeroporto de Cumbica, usina de Itaipu, rodovia BR-116 (RioBahia), estrada RioPetrpolis, tnel Rebouas, porto de Santos, barragem de Sobradinho.

    m) nos eptetos dos topnimos, nas preposies que os relacionam no espao, bem como nos adjuntos que lhes delimitam a extenso ocasional em que so tomados

    Exemplos: alto Amazonas, mdio So Francisco, baixo Tapajs, alm Atlntico, aqum Andes, Brasil meridional.

    Observaes:

    Quando tais elementos se incorporam aos topnimos, fazendo parte de seu nome oficial ou de nome consagrado pelo uso, grafam-se com inicial maiscula: Recncavo Baiano, Pantanal Mato-Grossense, Oriente Mdio, Trs-os-Montes, frica Equatorial Francesa, Coria do Sul, Planalto Central, Baixada Fluminense, Mata Atlntica, Floresta Amaznica.

    Tambm as zonas geoeconmicas do Nordeste e as designaes de ordem geogrfica ou poltico-administrativa so grafadas com maiscula: Meio-Norte, Zona da Mata, Agreste, Serto, Amaznia Legal, Polgono das Secas, Tringulo Mineiro. Porm, quando se trata de adjetivo qualificativo, e no de designativo oficial, grafam-se com inicial minscula: regio amaznica, floresta atlntica, hilia amaznica, costa atlntica.

    n) na palavra raios, que deve ser sempre pluralizada

    Exemplos: raios X, raios alfa, raios beta, raios delta, raios gama, raios infravermelhos, raios ultravioleta. Observaes:

    Grafa-se sempre com maiscula o x, de raios X. Nos adjetivos compostos designativos de cores, o segundo elemento s varia se

    for adjetivo, o que explica a diferena entre raios ultravioleta e infravermelhos: violeta nome (de planta); vermelho legtimo adjetivo.

    o) nos seguintes termos desacompanhados de determinante (adjetivo qualificador ou nmero): lei, decreto, projeto, resoluo, medida provisria, emenda, plano, simpsio, seminrio, conferncia, etc.

    Exemplos: O projeto dispe sobre o reajuste das mensalidades escolares. A resoluo que determina o critrio da proporcionalidade partidria tem

    boas chances de ser aprovada. Com essa medida provisria, o Governo pretende alterar a legislao do

    Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

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  • 23

    Foram abordados vrios assuntos de interesse da populao durante o simpsio.

    Observaes:

    Lembre-se que o texto da Lei Complementar n 95, de 26 de fevereiro de 1998, que trata da elaborao, redao, alterao e consolidao das leis, sugere o uso de inicial maiscula para indicar auto-referncia em lei, medida que deve ser adotada no caso de minuta de proposio legislativa. Exemplo: Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Vale enfatizar a obrigatoriedade do uso da inicial maiscula sempre que um dos termos retromencionados aparecer seguido de determinante ou nmero: Medida Provisria n 2.733/99, Lei de Combate ao Crime Organizado, Lei Antitruste.

    p) nas expresses senhor(es) e senhora(s) empregadas como vocativo, devendo ser grafadas por extenso

    Exemplos: Senhor Presidente, senhores Senadores, senhores representantes de

    sindicatos, senhores visitantes, meus senhores, minhas senhoras... Observei, senhores, que havia muito interesse na aprovao desse projeto.

    q) nos seguintes termos quando no estiverem no incio do perodo: trpico, hemisfrio, plo, continente, meridiano, paralelo, equador, latitude, longitude, crculo polar rtico e antrtico, etc. 4 A escrita dos numerais

    A forma de escrita do numeral (classe de palavra que exprime quantidade, nmero de ordem, mltiplo ou frao) varia em funo do texto em que ele se insere, sendo distintas as regras impostas sua grafia em proposies legislativas, discursos e textos tcnicos.

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  • 24

    4.1 Grafia dos numerais em proposies legislativas No caso de minuta de proposio legislativa, a escrita dos numerais

    obedece ao disposto no art. 11, II, f, da Lei Complementar n 95, de 26 de fevereiro de 1998. Assim, deve-se grafar sempre por extenso toda e qualquer referncia a nmero e percentual.

    Exemplos: O imposto referido no caput passa a vigorar com a alquota de trinta

    inteiros e trs dcimos. Esta Lei entra em vigor cento e oitenta dias aps sua publicao. A Unio responder por quarenta e cinco inteiros e trinta e cinco

    centsimos por cento do montante previsto no pargrafo anterior.4

    4.2 Grafia dos numerais em discursos Na hiptese da elaborao de discursos e outros textos destinados

    leitura em voz alta, a grafia dos numerais balizada, sobretudo, pelo critrio da melhor visualizao para o leitor/orador. Por isso, adota-se com mais freqncia a apresentao algbrica dos numerais, embora tambm seja comum o emprego de combinaes, como a que ocorre em 10 mil e 300 pessoas.

    4.3 Grafia dos numerais em textos tcnicos No caso de textos tcnicos (estudos, pareceres ou notas tcnicas), a

    grafia dos numerais deve observar uma srie de regras, diferentemente do que acontece nas hipteses anteriores. Assim: a) no se inicia perodo com algarismo arbico, devendo o nmero ser grafado por extenso, independentemente de ser cardinal ou ordinal

    Exemplos: Dezesseis anos era a idade da moa que trazia o cu nos olhos. Sexagsimo aniversrio da fundao da escola era a comemorao do dia.

    4 Os numerais mencionados por extenso nos exemplos correspondem, respectivamente, s seguintes notaes: 30,3; 180; 45,35%.

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  • 25

    b) grafam-se por extenso os numerais expressos num nico vocbulo e em algarismos aqueles que exigem mais de uma palavra para serem veiculados Exemplo: Mais de quinhentas pessoas compareceram cerimnia de posse do Presidente da Repblica, mas apenas 250 tinham sido convidadas. Destas, apenas vinte representavam Estados estrangeiros.

    Observaes:

    A mesma regra vlida para as percentagens, utilizando-se a expresso por cento ou o smbolo % conforme o numeral seja veiculado por uma ou mais palavras: quinze por cento, cem por cento, 42%, 57%. O smbolo, entretanto, deve vir grafado imediatamente depois do algarismo, sem qualquer espao em branco.

    Especificamente para a transcrio de numerais acima do milhar, pode-se recorrer tanto aproximao do nmero fracionrio quanto ao desdobramento dos termos numricos: 23,6 milhes ou 23 milhes e 635 mil.

    Para maior garantia, os valores monetrios devem ser expressos em algarismos seguidos da indicao da quantia, por extenso, entre parnteses: R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Se o valor mencionado estiver localizado no final da linha, no o separe: coloque o cifro em uma linha e o numeral na seguinte.

    c) nenhum numeral leva hfen, salvo postos e graduaes da hierarquia militar e da diplomacia

    Exemplo: Dois servidores deixaram de receber o adiantamento do 13 salrio em junho: o 2 -tenente responsvel pela segurana do prdio, Sr. Antnio Leite, e o 1--secretrio responsvel pela chefia do cerimonial, Sr. Camilo Marques.

    d) no se emprega artigo antes do numeral, a menos que o numeral anteceda substantivo

    Exemplos: Todos quatro estudam. Todos os quatro filhos dele estudam.

    Observaes:

    O pronome indefinido todos s se emprega de trs em diante. Considerados numerais duais, os termos ambos e ambas so usados no lugar

    de dois e duas e s dispensam o artigo que ordinariamente os segue quando no acompanhados por substantivo: Ambos os alunos so estudiosos. Marido e mulher, ambos graduaram-se em Direito.

    e) tanto grficos, gravuras, ilustraes, fotografias, figuras, esquemas, tabelas e quadros constantes dos textos, como idades, datas, escores de jogos, vereditos e contagem de votos devem ser numerados com algarismos arbicos

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  • 26

    Exemplos: A Tabela 5 mostra a evoluo da taxa de mortalidade nos ltimos meses. Marcelo tem 30 anos. No plebiscito, foram 200 votos contra a reeleio e 100 a favor dela. O Jri absolveu-o por 4 a 3.

    Observaes:

    Em tais casos, no se aplica a regra referida na letra b. Lembre-se, porm, que o decurso de tempo ser sempre grafado por extenso:

    Marcelo nasceu h trinta anos; A reunio durou duas horas e meia. f) nas datas escritas por extenso, indicam-se o dia e o ano em algarismos arbicos e o ms pelo nome correspondente. Nas abreviadas, os trs elementos so expressos em algarismos arbicos e aparecem separados por hfen ou barra5

    Exemplos: 14 de maro de 1997; 5 de julho de 1995; 12 de outubro de 1984; 1 de maio de 1999; 13-12-41; 27/1/92.

    Observaes:

    No se utiliza o zero esquerda dos numerais que indicam dia e ms nem se usa ponto para separar os algarismos que expressam ano.

    O primeiro dia do ms ao contrrio dos demais que so expressos na forma cardinal sempre indicado pela abreviatura do nmero ordinal: 1/11/98, 1 de fevereiro de 1915; 1-1-2000.

    No se utiliza a forma abreviada da data quando s se faz referncia a ano ou a ms e ano: 1980; 2001; agosto de 1937; janeiro de 1989; junho de 1891; abril de 1713.

    g) embora sejam minoria, alguns numerais esto sujeitos flexo de nmero e gnero, desde que no apaream substantivados

    Exemplo: Refiro-me procurao que se encontra a folhas trinta e duas.

    h) as fraes so invariavelmente indicadas por algarismos numricos se decimais, mas tambm podem ser escritas por extenso quando ambos os elementos designados esto entre um e nove

    Exemplos: 0,3; 12,75; 4/12; 7/25; 5/6; dois teros; um quarto.

    5 Embora o Vocabulrio Ortogrfico prescreva apenas o uso do hfen, o emprego da barra acha-se consagrado pelo uso corrente, j sendo recomendado por algumas obras, a exemplo do Manual de Redao e Estilo, do jornal O Estado de So Paulo.

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  • 27

    i) os algarismos romanos so usados normalmente na indicao de sculos; reis, imperadores, papas; grandes divises das Foras Armadas; congressos, seminrios, reunies, e outros acontecimentos repetidos periodicamente; dinastias; paginao de prefcio; numerao de livro, ttulo, captulo, seo e subseo de diplomas legais Exemplos: sculo XIX, sculo IV a.C.; Filipe IV, Napoleo I, Joo XXIII; I Comando do Exrcito, IV Distrito Naval; XV Bienal de So Paulo, XX Copa do Mundo; I Dinastia Maia; Seo III do Captulo I do Ttulo V da Constituio Federal.

    Observaes:

    S se pode lanar mo do uso de caracteres minsculos no caso da numerao das pginas de prefcio: i, ii, iii, iv.

    Para fins de leitura, os algarismos romanos de I a X so tidos por ordinais, estejam eles antepostos ou pospostos ao termo que qualificam. J a partir do XI, eles s recebem tal leitura se antepostos: sculo I (sculo primeiro) ou I sculo (primeiro sculo) sculo X (sculo dcimo); mas sculo XI (sculo onze) ou XI sculo (dcimo primeiro sculo); XX Salo do Automvel (vigsimo); IV Bienal do Livro (quarta).

    Na redao legislativa, entretanto, o nmero dez sempre cardinal, independentemente de aparecer sob a forma de algarismo arbico ou romano: art. 10 (artigo dez), inciso X (inciso dez).

    j) o Cdigo de Endereamento Postal (CEP) constitui-se obrigatoriamente de cinco dgitos, sem ponto nem espao entre eles, seguidos de um hfen, mais trs dgitos, que servem para indicar a localizao do logradouro, sendo arbicos todos eles

    Exemplo: CEP 70165-900. l) utiliza-se o numeral ordinal abreviado para designar artigos e pargrafos de

    leis e proposies legislativas at o nono, inclusive. A partir da, emprega-se o algarismo arbico, seguido de ponto. Exemplos: arts. 2 e 7; 5 e 9; art. 12.; 10.; art. 227.

    Observaes:

    Seja qual for o numeral empregado, os termos artigo e pargrafo devem ser grafados de forma abreviada: art. e para o singular e arts. e para o plural.

    No se usa, porm, a forma abreviada quando essas palavras aparecem acompanhadas de adjetivo, motivo pelo qual no se abrevia o termo pargrafo dentro da expresso pargrafo nico.

    m) utiliza-se o algarismo romano para designar os incisos (desdobramentos de

    artigos e pargrafos), que se separam de seus respectivos textos por travesso ladeado de espaos. Exemplos:

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  • 28

    O processo legislativo compreende a elaborao de : I emendas Constituio; II leis complementares; III leis ordinrias; IV leis delegadas; V medidas provisrias; VI decretos legislativos; VII resolues.

    n) indicam-se com algarismos arbicos, seguidos de ponto, os itens (desdobramentos das alneas)

    Exemplo: Art. 4 Toda criana tem o direito de brincar.

    1 Compete famlia, ao Estado e sociedade: I prover a criana de: a) condies de lazer que incluam:

    1. local bem ventilado; 2. equipamentos seguros; 3. assistncia de supervisor especializado.

    o) muitas so as variaes possveis para a indicao de horrios por meio de algarismos

    Exemplos: 19h; 22 horas; 20h30min; 1h17min5seg; cinco horas; s nove e meia da manh; ao meio dia e meia. Observao:

    Entre as variaes possveis, contudo, no se admite o uso da forma inglesa, representada pelo emprego do sinal de dois-pontos entre o indicador da hora e o dos minutos.

    5 Apresentao de citaes e notas de rodap

    As disposies deste captulo guardam conformidade com as regras

    fixadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), sobretudo as definidas na NBR 10520.

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    sartori

  • 29

    5.1 Citaes So as remisses feitas a informao colhida em outra fonte, para

    esclarecer o assunto em debate ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma. Assim, no deve ser objeto de citao o assunto j amplamente divulgado, rotineiro ou de domnio pblico nem a matria proveniente de publicaes que resumam os trabalhos originais.

    Podem ser diretas (transcries) ou indiretas (parfrases) e advir de

    documento escrito ou informao verbal, contanto que a origem seja devidamente identificada. Lembre-se, porm, que os dados obtidos por meio verbal (palestras, debates, comunicaes, etc.) devem indicar tal condio entre parnteses. Isso tambm vale para as citaes extradas de trabalhos em fase de elaborao ou no publicados.

    Vale dizer que tem pouca relevncia o local em que aparece a

    identificao da fonte, pois o fato de ela estar em nota de rodap, no corpo do texto ou em lista final depende fundamentalmente do sistema de chamada adotado (numrico ou alfabtico).

    De todo modo, a primeira citao de uma obra deve ter sua

    referncia bibliogrfica completa, de acordo com as normas transcritas no item 6. J as citaes subseqentes podem ser referenciadas de forma abreviada, nos termos do subitem 5.1.4.2.1. 5.1.1 Citao direta

    Trata-se da transcrio literal de um texto ou parte dele, conservando-se grafia, pontuao, uso de maisculas e idioma originais.6 A rigor, usa-se somente quando um pensamento significativo for particularmente bem expresso, ou quando for absolutamente necessrio e essencial transcrever as palavras de um autor. Essa forma de citao obedece s seguintes regras:

    6 Assim, deve-se manter o ponto-final de uma transcrio quando se chega at ele, fechando-se as aspas e encerrando o perodo. Se este no foi aberto diretamente com a citao, um novo ponto-final dever aparecer depois das aspas. No caso de citao em destaque, sem aspas, o ponto-final da citao tambm encerra o perodo.

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  • 30

    5.1.1.1 Citao de at trs linhas

    Deve ser inserida no pargrafo, entre aspas ou em itlico. Se o texto original j contiver aspas, estas sero substitudas por aspas simples.

    Exemplos: Sem medo de parecer pouco original, o referido crtico assevera que A

    expresso furiosa dessa esttua de que fala Rebelais corresponde tambm realidade. (Bakhtin, 1987, p. 388)

    Tricart constatou que na bacia do Resende, no vale do Paraba, h indcios de cones de dejeo (informao verbal).

    5.1.1.2 Citao com mais de trs linhas

    Deve aparecer em pargrafo distinto, a um centmetro da margem de pargrafo do texto, terminando na margem direita. Deve-se usar espao simples entre as linhas e um espao duplo entre a citao e os pargrafos anterior e posterior. Esse tipo de citao aparece sem aspas, destacando-se do texto pelo posicionamento diferenciado e pela utilizao de tamanho de letra menor ou itlico.

    Exemplo:

    A relao entre experincia e teoria, nas cincias exatas, corresponde, no campo da histria, s relaes entre documento e teoria. Ou seja, a ausncia de um quadro terico torna tanto a experincia cientfica quanto o documento, aglomerados cegos. Por isso encontramos em um trabalho de histria, no caso de histria das idias filosficas, uma concluso congruente com as de Einstein. (Lima, 1986, p. 198)

    5.1.1.3 Supresses em citao

    Pode-se suprimir partes da citao, desde que no se altere o sentido original do texto. As supresses so indicadas pelo uso de reticncias. No caso de poema, texto legal ou teatral, a supresso de uma linha ou mais do texto deve-se fazer indicar por uma linha pontilhada.

    Exemplos: Parece no haver dvida de que O gesto cria uma atmosfera propcia

    pardia licenciosa dos nomes dos santos e de suas funes. ... Assim, todos os santos, cujos nomes a multido grita, so travestis, seja no plano obsceno, seja no da boa mesa. (Bakhtin, 1987, p. 166)

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  • 31

    Fica decretado que todos os dias da semana ................................................................... tm direito a converter-se em manhs de domingo. (Mello, 1984, p. 216)

    Art. 11. As disposies normativas sero redigidas com clareza, preciso e ordem lgica, observadas, para esse propsito, as seguintes normas: ...........................................................................................................

    II para a obteno de preciso: ..................................................

    c) evitar o emprego de expresso ou palavra que confira duplo sentido ao texto.

    5.1.1.4 Interpolaes e comentrios em citao

    Toda sorte de interpolaes e comentrios referentes citao deve aparecer entre colchetes, imediatamente aps os termos a que diz respeito. As incorrees e incoerncias existentes devem ser indicadas pela expresso sic. As palavras ou frases que se quer destacar devem ser grifadas e seguidas da expresso sem grifo no original. J o espanto, a admirao ou a perplexidade so marcados pelo ponto de exclamao, enquanto o ponto de interrogao empregado para assinalar a dvida.

    Exemplos: No processo produtivo, pelas relaes de trabalho que so estabelecidas, os ndios que investem em suas prprias roas so rotulados pelos demais como independentes [o que os aproxima da definio de camponeses como pequenos produtores autnomos]. Esto na dependncia de conseguir uma tarefa ou jornada, disputada no mercado regional de trabalho. (Heim, 1984, p. 279)

    Essa noo de Histria contraria Foucault, porque complementa a da fundao do sujeito pela transcedncia [sic] de sua conscincia, garantindo a sua soberania em face de toda descentralizao. (Magalhes; Andrade, 1989, p. 19)

    Somente se completar a experincia comunicativa se a mensagem a ser emitida contiver ingredientes simblicos e originais [sem grifo no original] capazes de suscitar a ateno do receptor em potencial e conduzi-lo sua leitura. (Zilberman; Silva, 1988, p. 101)

    Todo grande ator jamais se esquece do seguinte: Por ser to importante quanto o seu contato inicial com a obra de um poeta [!] o momento em que vocs se deparam pela primeira vez com um papel deve ser inesquecvel. (Stanislavski, 1989, p. 126)

    No fim da dcada passada, Hlio Jaguaribe (1989, p. 75) j chamava a ateno para a pobreza crnica que assola os nordestinos: Mais uma vez a face

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  • 32

    nordestina da pobreza brasileira se mostra com clareza: quase metade dos pobres 46% [?] habitam a regio Nordeste.

    5.1.1.5 Citao em rodap

    Deve vir sempre entre aspas, independentemente de sua extenso. Exemplo:

    No texto: Num primeiro momento, reafirma a verso oficial de que o exrcito naquela

    ocasio, como de costume, apenas patrulhou a cidade. Sem qualquer amparo documental1, v-se vencida pelas evidncias levantadas em pesquisa posterior.

    No rodap: 1 Sua nica fonte comprobatria a seguinte: Vrias pessoas que moravam em

    Francisco Beltro, na poca, afirmaram isso, inclusive Walter Pecoils e Luiz Prolo, que eram da comisso. (Gomes, 1986, p. 104.)

    5.1.2 Citao indireta

    Redigida pelo autor do trabalho com base em idias de outro autor ou autores. Nesse caso, no cabe a utilizao nem das aspas nem do itlico, embora permanea a necessidade de indicao da fonte de onde se extraiu a idia. As citaes indiretas podem aparecer sob a forma de parfrase ou condensao.

    Assim, faz-se citao indireta no s quando a idia do trecho

    referido veiculada, mas tambm quando uma transcrio quase literal incorporada ao texto do trabalho que se redige, ajustando-se apenas a pontuao e a utilizao de iniciais. Trata-se, alis, de uma das formas mais corriqueiras de referenciao de ementa no interior de outra ementa.

    Exemplo: Da COMISSO DE CONSTITUIO, JUSTIA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei do Senado n 211, de 1999, que dispe sobre instrumentos de poltica urbana, nos termos do 4 do art. 182 da Constituio Federal.

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  • 33

    5.1.3 Outras formas de citao 5.1.3.1 Citao de citao

    Trata-se da meno a um documento a que no se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citao em outro trabalho. S deve ser usada no caso de absoluta impossibilidade de acesso ao documento original. A indicao feita pelo nome do autor original, seguido da expresso citado por ou apud e do nome do autor da obra consultada, aparecendo somente o nome deste nas referncias bibliogrficas.

    Exemplo: Segundo Hall e Stolcke, apud Lamounier (1984, p. 300), os fazendeiros, a

    partir da metade do sculo, j supunham que a fora de trabalho escrava teria que ser substituda.

    5.1.3.2 Traduo em citao

    Textos em lngua estrangeira podem ser citados no original ou traduzidos. Neste ltimo caso, a expresso trad. por deve aparecer logo aps a citao. Se a citao mantiver o idioma original, a traduo feita pelo autor do trabalho deve aparecer em nota de rodap.

    Exemplo: No texto:

    O problema ainda no foi resolvido, embora j se tenha chamado a ateno para este fato: English, therefore, is not a good language to use when programming. This has long been realized by others who require to communicate instructions.1 (Tedd, 1977, p. 29)

    No rodap: 1 Ingls, portanto, no uma boa lngua para se usar em programao. Isto j foi

    constatado por outros que precisaram transmitir instrues. 5.1.4 Indicao das fontes citadas

    Pode-se utilizar tanto o sistema numrico (seqencial) quanto o sistema autor-data (alfabtico) para indicar as citaes feitas no texto, razo pela qual ambos aparecem descritos a seguir. Mais importante do que a escolha de um ou de outro a consistncia no uso. Registre-se, por fim, a obrigatoriedade

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  • 34

    de referncia bibliogrfica completa em lista ao final do trabalho, qualquer que seja o mtodo escolhido.

    5.1.4.1 Sistema autor-data

    Trata-se do sistema em que a indicao da fonte feita no corpo do texto, logo depois da citao, pela entrada grafada com inicial maiscula (sobrenome do autor ou nome da instituio responsvel ou ttulo da obra), seguida da data de publicao do documento original e, se necessrio, do nmero da pgina, da seo, ou do captulo referido. Se a entrada estiver includa na sentena, no se deve repeti-la na indicao. Todos os elementos mencionados, entretanto, devem aparecer entre parnteses, separados uns dos outros por vrgula.

    Exemplos: Parece no haver mais dvida de que O ps-modernismo o consumo da

    prpria produo de mercadorias como processo. (Jameson, 1996, p. 14) Num estudo recente, Barbosa (1998) questiona todos os pressupostos da

    teoria do fim das narrativas mestras. Oliveira & Leonardo (1967, cap. 3) apresentam o problema sob a

    perspectiva das tenses geradas pela guerra fria. Em Teatro Aberto (1963), relata-se a emergncia do teatro do absurdo.

    5.1.4.1.1 Vrias obras citadas de um mesmo autor

    As vrias obras de um mesmo autor so diferenciadas pelas datas de publicao. Quando houver coincidncia de datas, acrescentar ao ano, letras minsculas em ordem alfabtica.

    Exemplos: (Alves, 1995) (Alves, 1997a) (Alves, 1997b)

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  • 35

    5.1.4.1.2 Vrios autores com o mesmo sobrenome

    Se houver dois autores ou mais com o mesmo sobrenome e com obras publicadas na mesma data, acrescentam-se quele as iniciais de seus prenomes.

    Exemplos: (Barbosa, C., 1956) (Barbosa, O., 1956) (Silva, J. C., 1994, cap. 2) (Silva, M. R., 1994, p. 22)

    5.1.4.2 Sistema numrico

    Sistema no qual o texto carrega a chamada numrica correspondente indicao da fonte feita em nota de rodap ou em lista nica no final do trabalho. Por conta disso, o emprego desse sistema exige o conhecimento das seguintes regras:

    a) a chamada s notas feita por nmeros arbicos, colocados entre parnteses, entre colchetes ou acima da linha do texto (em sobrescrito);

    b) a numerao das notas sempre em ordem crescente dentro de um mesmo artigo, captulo ou trabalho;

    c) no texto, o nmero deve figurar aps o sinal de pontuao que encerra uma citao direta, ou aps o termo a que se refere;

    d) o texto deve ser separado das notas de rodap por dois espaos duplos;

    e) a nota de rodap escrita em espao simples e, se possvel, com tipo de letra menor, para dar maior destaque;

    f) entre uma nota e outra, observa-se um espao duplo; g) a primeira linha da nota de rodap inicia na margem de pargrafo

    e as linhas seguintes na margem esquerda do texto; h) o indicativo numrico separado do texto da nota por um espao

    em branco.

    De modo geral, indica-se o nmero da pgina citada nas notas de rodap. Quando forem citadas pginas consecutivas, os nmeros das pginas inicial e final so separados por hfen; caso contrrio, separam-se por vrgula.

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  • 36

    Exemplo: No texto:

    Parodiando Rui Barbosa, diz Alves: Tudo viver, sobrevivendo....(15) Parodiando Rui Barbosa, diz Alves: Tudo viver, sobrevivendo....[15] Parodiando Rui Barbosa, diz Alves: Tudo viver, sobrevivendo....15

    No rodap:

    (15) ALVES, J.A. Titulao. Curitiba, 1979, p. 6 [15] ALVES, J.A. Titulao. Curitiba, 1979, p. 6. 15 ALVES, J.A. Titulao. Curitiba, 1979, p. 6.

    5.1.4.2.1 Mais de uma nota da mesma obra ou obras diversas do mesmo autor

    Em um mesmo captulo, a primeira meno a um trabalho indicada pela referncia completa. A partir desse ponto, indica-se apenas o sobrenome do autor, seguido do nmero da pgina citada. Se so citadas vrias obras do mesmo autor, pode-se abreviar os respectivos ttulos nas notas subseqentes da identificao de cada um deles, desde que no haja referncia intercalada a obras de outros autores.

    Seja como for, as seguintes expresses latinas revelam-se muito

    teis para a referenciao: apud (citado por; junto a, em); Cf. (compare; confira); ibidem ou ibid. (na mesma obra); idem ou id. (igual anterior; do mesmo autor); infra ou inf. (abaixo); loc. cit. (no lugar citado); op. cit. (na obra citada); passim (aqui e ali); seq. (seguinte ou que segue); supra (acima).

    Exemplos: No texto:

    Estevez, em sua edio preliminar, apresenta uma amostra de custos, com o objetivo fundamental de ensaiar as tcnicas metodolgicas para se determinar os custos nos servios bibliotecrios. Cita 81 documentos, dez dos quais se referem a custos unitrios e contabilidade de custos e 71 so especficos de custos de operaes tcnicas.1

    Para Stanislavski, se houver ordem, disciplina e uma adequada diviso do trabalho, o esforo coletivo ser agradvel e produtivo, pois estar baseado numa ajuda recproca.2

    O mesmo Stanislavski costuma dizer que O hbito uma faca de dois gumes: pode ser muito prejudicial quando mal utilizado e extremamente valioso se sabemos tirar proveito dele.3

    De acordo com Cohen, a performance antes de tudo uma expresso cnica: um quadro sendo exibido para uma platia no caracteriza uma performance; algum pintando esse quadro ao vivo, j poderia caracteriz-la.4

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  • 37

    Segundo E. Barbieri, o aumento da produo agrcola do Paran depende da canalizao de recursos para financiar a modernizao da agricultura.5

    Cohen tambm afirma que a performance est ideologicamente ligada no-arte, pois ambas vo contra o profissionalismo e a intencionalidade na arte.6

    No rodap: 1 ESTEVEZ, Alfredo. El planeamiento de los costos bibliotecrios. Ed.

    preliminar. Buenos Aires : Instituto Bibliotecolgico, 1969. p. 12, 21-22, 35.

    2 STANISLAVSKI, C. Manual do ator. So Paulo : Martins Fontes, 1988. p. 3.

    3 Id., ibid. p. 81.

    4 COHEN, R. Performance como linguagem : criao de um tempo-espao de experimentao. So Paulo : Perspectiva, 1989. p. 28.

    5 Opinio expressa por Enori BARBIERI na abertura do 7 Ciclo de Atualizao em Cincias Agrrias, maio de 1980.

    6 COHEN, op. cit. p. 46. 5.2 Notas de rodap

    So assim denominadas as notas que aparecem ao p da pgina e prestam-se a abordar pontos que no devem ser includos no texto para no sobrecarreg-lo. Dividem-se em notas de contedo (se trazem esclarecimentos) e notas de referncias (se so responsveis por citao de autoridade e referncias cruzadas). 5.2.1 Notas de contedo

    So usadas para apresentar comentrios, explanaes ou tradues no incorporados ao texto para no interromper a linha de pensamento. Devem ser breves, sucintas e claras.

    Exemplo: No texto:

    Segundo a contabilidade de A Nao, em 1920 o proletariado no Brasil forma um contingente de 30.428.700 pessoas1, contra 43.203 da grande burguesia.

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  • 38

    No rodap: 1 Na realidade, a cifra 30.428.700 inclui os pequenos burgueses, j que estes, na

    poca, so considerados aliados da classe operria e, mais que isso, instrumento necessrio da revoluo proletria: a revolta tenentista, isto , pequeno-burguesa, a ante-sala da revoluo proletria.

    5.2.2 Notas de referncia

    So usadas para indicar a fonte consultada, a que se fez meno no texto, ou para remeter o leitor a outras partes da obra ou outras obras em que se aborde o assunto.

    Exemplo: No texto:

    Segundo Fenelon, a estratgia capitalista de dominao do operrio fora das fbricas, [sic] foi extremamente complexa e pode ser vista sob inmeros aspectos e mltiplos ngulos.2

    Eles denunciavam que os preos dos gneros fornecidos na fazenda eram mais caros que em outros lugares e reclamavam ainda de outras taxas e multas que tambm no constavam dos contratos.3

    No rodap:

    2 FENELON, Da Ribeiro. Fontes para o estudo da industrializao no Brasil : 1899-1945. Revista Brasileira de Histria, So Paulo, v. 3, p. 79-115, mar. 1982.

    3 Para a relao das queixas dos colonos, ver o Anexo, p. 249-255. 6 Referncias bibliogrficas

    Recebe o nome de referncia bibliogrfica o conjunto de dados que permite a identificao de um documento ou parte dele. Entre esses dados, alguns so essenciais, porque indispensveis identificao da obra; outros so apenas complementares, por veicularem informaes adicionais sobre ela.

    Em nome da praticidade, este captulo s faz meno aos elementos

    essenciais na referenciao, embora a NBR 6023 da ABNT na qual ele se baseia tambm aborde os demais.

    Diga-se, a propsito, que a ABNT no fixa a pontuao a ser

    utilizada entre os elementos constantes da referncia bibliogrfica, mas

  • 39

    determina consistncia no uso. Da porque a pontuao adotada neste trabalho no coincide necessariamente com a dos exemplos constantes da aludida norma tcnica.

    Ademais, as disposies da ABNT aplicam-se exclusivamente aos

    documentos impressos ou registrados em suporte fsico, tais como: livros, peridicos e material audiovisual. Ainda no h, portanto, regra especfica e oficial para a referenciao de documentos eletrnicos no Brasil, embora o tema seja o objeto de vrias pesquisas no momento. Destaca-se, entre elas, a de Sueli Mara Ferreira e Mrcia S. Kroeff, denominada Referncias Bibliogrficas de Documentos Eletrnicos e fonte de inspirao para as sugestes feitas a seguir.

    6.1 Apresentao

    As referncias bibliogrficas podem aparecer em nota de rodap, em lista bibliogrfica e no incio de resumos ou recenses. No primeiro caso, elas seguem as disposies apresentadas no item 5.1.4.2 do captulo anterior. Nos demais casos, h uma disposio grfica distinta: a segunda linha e subseqentes iniciam sob a terceira letra da primeira linha de cada uma das referncias. Observe-se que, diferentemente das regras de escrita em lngua portuguesa, possvel iniciar qualquer das linhas subseqentes primeira com pontuao.

    A lista bibliogrfica apresentada ao final do texto pode ser

    alfabtica, sistemtica (por assunto) ou cronolgica, com as referncias numeradas consecutivamente em algarismos arbicos. Em tais listas, no se repete a mesma entrada (autor ou ttulo), que substituda por um travesso equivalente a cinco espaos, tambm usado para indicar, sucessivamente, o ttulo de vrias edies de uma mesma obra a partir da segunda referncia.

    Em todo caso, porm, os vrios elementos da referncia

    bibliogrfica entrada (autor ou instituio responsvel), ttulo, edio e imprenta (local, editora e data) devem ser separados por ponto, seguido de dois espaos.

    Exemplo: FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala. _____. Sobrados e mocambos. _____. _____. 2. ed.

  • 40

    6.2 Transcrio dos elementos

    Devem ser transcritos na referncia bibliogrfica o nome do autor ou responsvel pelo documento, o ttulo do documento, a edio e respectiva imprenta (local, editora e data de publicao).

    6.2.1 Entrada

    Denomina-se entrada ao elemento de abertura da referncia bibliogrfica, que o nome do autor ou, quando este no determinado, o ttulo da obra.7 Em nenhum caso, porm, utiliza-se o termo annimo para indicar autoria desconhecida.

    Exemplos: GARCIA, Othon M. Comunicao em prosa moderna. ESTUDOS filolgicos: homenagem a Serafim da Silva Neto.

    6.2.1.1 Um s autor

    Faz-se a entrada, geralmente, pelo ltimo sobrenome do autor, em caixa alta (letras maisculas), seguido de vrgula e do(s) prenome(s) e sobrenome(s), levando-se em conta que:

    a) acompanham o ltimo sobrenome os distintivos como Jnior, Filho ou Neto (SILVA NETO, Serafim; CARVALHO FILHO, Vicente);

    b) sendo composto o ltimo sobrenome, a entrada ser feita pela expresso composta (ESPRITO SANTO, Pedro; MONTE ALEGRE, Jos; LVI-SRAUSS, Claude);

    c) se o ltimo sobrenome precedido de partculas como de, da, e, a entrada se faz sem a partcula (SOUZA, Julio Csar de Mello e);

    d) se for espanhol o nome do autor, a entrada feita pelo penltimo sobrenome (MENENDEZ PIDAL, Ramn).

    7 Recomenda-se a consulta NBR 10523 da ABNT, denominada Entrada Para Nomes de Lngua Portuguesa em Registros Bibliogrficos, para sanar dvidas relativas ao assunto.

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  • 41

    O nome do autor transcrito tal como figura na publicao referenciada. Todavia, ainda que nela figurem os ttulos de ordens religiosas, formao profissional e cargos ocupados, eles no fazem parte do nome e no devem ser includos na referncia bibliogrfica.

    Exemplos: BILAC, Olavo (e no BILAC, Olavo Brz Martins dos Guimares). MOSER, Marvin (ainda que na obra figure Marvin Moser, M.D.).

    Ressalte-se, contudo, que costume padronizar o nome do autor nas bibliografias, citando a forma mais recorrente ou completa. Assim, por exemplo, utiliza-se FREYRE, Gilberto, mas se faz remisso a FREIRE, Gilberto; entre MAESTRELLI, Therezinha Pedrosa e MAESTRELLI, Therezinha, adota-se o primeiro. 6.2.1.2 Mais de um autor

    Quando a obra tem at trs autores, mencionam-se os nomes de todos na entrada, na ordem em que aparecem na publicao, utilizando-se ponto-e-vrgula para separ-los. Se h quatro ou mais, utiliza-se a expresso latina et al. (abreviatura de e outros) depois da meno ao nome de um, dois ou at trs dos autores da obra.

    Exemplos: CRESPIGNY, Anthony de; MINOGUE, Kenneth R. MAMEDE, Marli Villela; CARVAIHO, Emlia Campos; CUNHA, Ana

    Maria. ALMEIDA, Jos da Costa; VARGAS, Feliciano; LOBATO, Maria Luiza et

    al. ALMEIDA, Jos da Costa; VARGAS, Feliciano et al. ALMEIDA, Jos da Costa et al.

    6.2.1.3 Pseudnimos

    Obras escritas sob pseudnimos devem ter entrada pelo pseudnimo. Conhecendo-se o nome verdadeiro, indic-lo entre colchetes, depois do pseudnimo.

    Exemplo: TUPINAMB, Marcelo [Fernando Lobo].

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  • 42

    6.2.1.4 Autoria de entidades coletivas

    Sociedades, organizaes, entidades e instituies podem ser autores, tendo seus nomes escritos em maisculas. As unidades subordinadas so mencionadas aps o nome da instituio, separadas por ponto e com iniciais maisculas. As entidades de natureza cientfica, cultural ou artstica entram por seu prprio nome. Os rgos governamentais de funo executiva, legislativa e judiciria entram pelo nome do local de sua jurisdio.

    Exemplos: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN. Biblioteca Central. SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. BRASIL. Ministrio da Economia. Secretaria de Contabilidade.

    6.2.1.5 Congressos e eventos assemelhados

    Congressos, reunies, simpsios, conferncias e assemelhados tm entrada pelo nome do evento, seguido de nmero, data (ano) e local, separados uns dos outros por vrgula.

    Exemplos: ENCONTRO BRASILEIRO SOBRE INTRODUO AO ESTUDO DA

    HISTRIA, 1968, Nova Friburgo. CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E

    DOCUMENTAO, 10, 1979, Curitiba. 6.2.1.6 Coletneas

    Em caso de coletneas, existindo um editor, diretor, organizador ou compilador responsvel, em destaque na folha de rosto, efetuar a entrada por seu nome, seguido da abreviatura da funo editorial, na lngua da publicao, com inicial maiscula, entre parnteses. No havendo indicao de responsabilidade, a entrada deve ser feita pelo ttulo.

    Exemplos: SIMONSON, H. P. (Ed.). CADERMATORI, Lgia (Org.).

  • 43

    6.2.1.7 Tratados, acordos e similares

    A entrada feita pelo nome pelo qual o documento ficou conhecido, seguido da data entre parnteses.

    Exemplos: Tratado da Antartica (1959). Tratado de No-Proliferao de Armas Nucleares (1968).

    6.2.2 Ttulo

    Reproduz-se o ttulo tal como ele figura na obra referenciada, transcrevendo-o em itlico. Letras maisculas s so usadas na inicial da primeira palavra e em nomes prprios.8 O subttulo deve ser transcrito aps o ttulo quando necessrio para esclarec-lo e complet-lo sem qualquer destaque grfico, precedido de espao, dois pontos, espao. Em bibliografias, quando necessrio, aparece a traduo do ttulo, entre colchetes, logo depois deste.

    Exemplos: ARAJO, Jorge Sequeira de. Administrao de materiais. BAGOLINI, Luigi. O trabalho na democracia : filosofia do trabalho.

    Se h mais de um ttulo, ou se o ttulo aparece em mais de uma lngua, registra-se o ttulo que estiver em destaque ou em primeiro lugar.

    Exemplo: Na folha de rosto:

    Aline T. Bernardes Angelo B. M. Machado Anthony B. Rylands

    FAUNA BRAZILIAN FAUNA BRASILEIRA THREATENED AMEAADA WITH DE EXTINO EXTINCTION

    Na referncia:

    BERNARDES, Aline T.; MACHADO, Angelo B. M.; RYLANDS, Anthony B. Fauna brasileira ameaada de extino.

    8 Essas regras no se aplicam ao caso de obra mencionada no interior do texto. Em tal hiptese, deve-se empregar o grifo para destacar o ttulo, que pode aparecer todo transcrito em iniciais maisculas.

    InnovaHighlight

  • 44

    6.2.3 Edio

    Sempre que a obra trouxer registro da edio, esta dever ser indicada nas referncias bibliogrficas. Enquanto se transcreve o nome da edio tal qual ele aparece na obra, o nmero deve ser indicado em algarismo arbico, seguido de ponto e da abreviatura da palavra edio na lngua da obra referenciada. Tambm as emendas e os acrscimos edio devem ser transcritos, abreviando-se o que for possvel.

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    Exemplos: ARAJO, Jorge Sequeira de. Administrao de materiais. 5. ed. HISTRIA de Napoleo : imperador dos franceses. 3. ed. rev. e aum. ATTALI, Jacques. Bruits : essai sur lconomie politique de la musique. 2.

    d. ALENCAR, Jos de. lracema. Ed. do Centenrio.

    6.2.4 Imprenta

    Tambm denominada notas tipogrficas, a imprenta compe-se dos seguintes elementos: local, editora e data de publicao. 6.2.4.1 Local

    Deve-se indicar o nome da cidade em que se publicou a obra, de forma completa e por extenso, no idioma da publicao. Na hiptese de cidades homnimas, acrescenta-se o nome do pas ou estado, separando-os por vrgula. Se h mais de um local para o mesmo editor, deve-se transcrever o mencionado em primeiro lugar ou o que estiver em destaque. Caso o nome da cidade no aparea na obra, mas seja possvel determin-lo, sua transcrio ser feita entre colchetes. Na impossibilidade de determinar o local, adota-se a abreviatura s.l. (da expresso latina que significa sem local) tambm entre colchetes.

    Exemplos: ARAJO, Jorge Sequeira de. Administrao de materiais. 5. ed. So

    Paulo. MIRANDA, Arlete P. Comentrios ao Cdigo de Defesa do Consumidor.

    2. ed. Viosa, RN. BOOTH, MARK W. The experience of song. Cambridge, Mass. GROOSBERG, Lawrence (Org.). The in-difference of television. [S.l.] :

    1992. 6.2.4.2 Editora

    O nome da editora deve ser transcrito, como aparece na obra referenciada, logo depois do local, separado deste por espao, dois pontos, espao. No caso de editoras com nomes pessoais, indicam-se os prenomes por iniciais maisculas seguidas de ponto, suprimindo-se os elementos que designam a natureza jurdica ou comercial, desde que dispensveis su