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Manual de Iluminação  Agosto/2011

Manual de Iluminacao - Procel_epp -Agosto 2011

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Manual de Iluminaccedilatildeo

Agosto2011

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ELETROBRASAv Presidente Vargas 409 ndash 13deg andarCentro ndash Rio de Janeiro ndash 20071-003Caixa Postal 1639 ndash Tel 21 2514 5151wwweletrobrascom

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TODOS OS DIREiTOS RESERVADOS - Eacute proibida a reproduccedilatildeo total ou parcial de qualquer formaou por qualquer meio A violaccedilatildeo dos direitos de autor (Lei no 961098) eacute crime estabelecidopelo artigo 184 do Coacutedigo Penal

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ELETROBRAS PROCEL

Divisatildeo de Eficiecircncia Energeacutetica em EdificaccedilotildeesClovis Jose da SilvaEdison Alves Portela JuniorElisete Alvarenga da CunhaEstefania Neiva de MelloFrederico Guilherme Cardoso Souto Maior de CastroJoao Queiroz KrauseLucas de Albuquerque Pessoa FerreiraLucas Mortimer Macedo

Luciana Campos BatistaMariana dos Santos OliveiraVinicius Ribeiro Cardoso

Diagramaccedilatildeo Programaccedilatildeo VisualAnne Kelly Senhor CostaAline Gouvea SoaresKelli Cristine V Mondaini

ELETROBRAS

Presidecircncia

Joseacute da Costa Carvalho Neto

Diretor de TransmissatildeoJoseacute Antocircnio Muniz Lopes

Secretaacuterio Executivo do Procel

Ubirajara Rocha Meira

Departamento de Projetos de Eficiecircncia Energeacutetica

Fernando Pinto Dias Perrone

Divisatildeo de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees

Maria Teresa Marques da Silveira

Equipe Teacutecnica

ELETROBRAS CEPEL

CoordenaccedilatildeoJoatildeo Carlos Rodrigues Aguiar

AutoresAna Cristina Braga MaiaPaulo Ricardo Villar Tyrone Dias de OliveiraViviane Almeida

Revisatildeo

Rebeca Obadia Pontes

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Sumaacuterio1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO7

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO 21

21 LAcircMPADAS 21

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO 26

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS 28

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081 29

232 ABERTAS 29

233 SPOTS 30

234 PROJETORES 30

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR 31

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE32

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO 34

314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL 37

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO 39

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA 39

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO 40

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO 40

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES 41

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA 43

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO 46

6 CUIDADOS ESPECIAIS 47

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES 47611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 47

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 49

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

62 RECICLAGEM 50

63 DESTINACcedilAtildeO 52

7 BIBLIOGRAFIA 53

8 SITES 54

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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ELETROBRASAv Presidente Vargas 409 ndash 13deg andarCentro ndash Rio de Janeiro ndash 20071-003Caixa Postal 1639 ndash Tel 21 2514 5151wwweletrobrascom

PROCEL - Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia EleacutetricaAv Rio Branco 53 ndash 14deg 15deg 19deg e 20deg andaresCentro ndash Rio de Janeiro ndash 20090-004wwweletrobrascomprocelproceleletrobrascom

PROCEL EDIFICA - Eficiecircncia Energeacutetica em EdificaccedilotildeesAv Rio Branco 53 ndash 15deg andarCentro ndash Rio de Janeiro ndash 20090-004wwweletrobrascomprocelproceleletrobrascomFax 21 2514 5767

TODOS OS DIREiTOS RESERVADOS - Eacute proibida a reproduccedilatildeo total ou parcial de qualquer formaou por qualquer meio A violaccedilatildeo dos direitos de autor (Lei no 961098) eacute crime estabelecidopelo artigo 184 do Coacutedigo Penal

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ELETROBRAS PROCEL

Divisatildeo de Eficiecircncia Energeacutetica em EdificaccedilotildeesClovis Jose da SilvaEdison Alves Portela JuniorElisete Alvarenga da CunhaEstefania Neiva de MelloFrederico Guilherme Cardoso Souto Maior de CastroJoao Queiroz KrauseLucas de Albuquerque Pessoa FerreiraLucas Mortimer Macedo

Luciana Campos BatistaMariana dos Santos OliveiraVinicius Ribeiro Cardoso

Diagramaccedilatildeo Programaccedilatildeo VisualAnne Kelly Senhor CostaAline Gouvea SoaresKelli Cristine V Mondaini

ELETROBRAS

Presidecircncia

Joseacute da Costa Carvalho Neto

Diretor de TransmissatildeoJoseacute Antocircnio Muniz Lopes

Secretaacuterio Executivo do Procel

Ubirajara Rocha Meira

Departamento de Projetos de Eficiecircncia Energeacutetica

Fernando Pinto Dias Perrone

Divisatildeo de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees

Maria Teresa Marques da Silveira

Equipe Teacutecnica

ELETROBRAS CEPEL

CoordenaccedilatildeoJoatildeo Carlos Rodrigues Aguiar

AutoresAna Cristina Braga MaiaPaulo Ricardo Villar Tyrone Dias de OliveiraViviane Almeida

Revisatildeo

Rebeca Obadia Pontes

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Sumaacuterio1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO7

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO 21

21 LAcircMPADAS 21

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO 26

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS 28

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081 29

232 ABERTAS 29

233 SPOTS 30

234 PROJETORES 30

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR 31

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE32

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO 34

314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL 37

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO 39

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA 39

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO 40

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO 40

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES 41

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA 43

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO 46

6 CUIDADOS ESPECIAIS 47

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES 47611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 47

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 49

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

62 RECICLAGEM 50

63 DESTINACcedilAtildeO 52

7 BIBLIOGRAFIA 53

8 SITES 54

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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ELETROBRAS PROCEL

Divisatildeo de Eficiecircncia Energeacutetica em EdificaccedilotildeesClovis Jose da SilvaEdison Alves Portela JuniorElisete Alvarenga da CunhaEstefania Neiva de MelloFrederico Guilherme Cardoso Souto Maior de CastroJoao Queiroz KrauseLucas de Albuquerque Pessoa FerreiraLucas Mortimer Macedo

Luciana Campos BatistaMariana dos Santos OliveiraVinicius Ribeiro Cardoso

Diagramaccedilatildeo Programaccedilatildeo VisualAnne Kelly Senhor CostaAline Gouvea SoaresKelli Cristine V Mondaini

ELETROBRAS

Presidecircncia

Joseacute da Costa Carvalho Neto

Diretor de TransmissatildeoJoseacute Antocircnio Muniz Lopes

Secretaacuterio Executivo do Procel

Ubirajara Rocha Meira

Departamento de Projetos de Eficiecircncia Energeacutetica

Fernando Pinto Dias Perrone

Divisatildeo de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees

Maria Teresa Marques da Silveira

Equipe Teacutecnica

ELETROBRAS CEPEL

CoordenaccedilatildeoJoatildeo Carlos Rodrigues Aguiar

AutoresAna Cristina Braga MaiaPaulo Ricardo Villar Tyrone Dias de OliveiraViviane Almeida

Revisatildeo

Rebeca Obadia Pontes

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Sumaacuterio1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO7

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO 21

21 LAcircMPADAS 21

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO 26

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS 28

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081 29

232 ABERTAS 29

233 SPOTS 30

234 PROJETORES 30

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR 31

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE32

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO 34

314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL 37

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO 39

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA 39

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO 40

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO 40

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES 41

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA 43

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO 46

6 CUIDADOS ESPECIAIS 47

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES 47611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 47

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 49

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

62 RECICLAGEM 50

63 DESTINACcedilAtildeO 52

7 BIBLIOGRAFIA 53

8 SITES 54

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Sumaacuterio1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO7

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO 21

21 LAcircMPADAS 21

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO 26

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS 28

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081 29

232 ABERTAS 29

233 SPOTS 30

234 PROJETORES 30

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES 31

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR 31

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE32

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO 34

314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL 37

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO 39

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA 39

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO 40

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO 40

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES 41

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA 43

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO 46

6 CUIDADOS ESPECIAIS 47

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES 47611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 47

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 49

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

62 RECICLAGEM 50

63 DESTINACcedilAtildeO 52

7 BIBLIOGRAFIA 53

8 SITES 54

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 24

Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 40

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA 43

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO 46

6 CUIDADOS ESPECIAIS 47

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES 47611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 47

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 49

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO 50

62 RECICLAGEM 50

63 DESTINACcedilAtildeO 52

7 BIBLIOGRAFIA 53

8 SITES 54

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 7

MANUAL DE ILUMINACcedilAtildeO

1 CONCEITOS E TERMOS FUNDAMENTAIS DE ILUMINACcedilAtildeO

ACOMODACcedilAtildeO VISUAL

Eacute o processo pelo qual o oacutergatildeo visual muda o seu foco quando observa objetos situados emdistacircncias diferentes

AMBIENTE VISUAL

Tudo que esteja dentro do campo visual que natildeo seja a tarefa visual

CAMPO VISUAL

Cada olho percebe uma imagem que eacute transmitida ao ceacuterebro sendo antes captada de modoproacuteprio por cada olho com suas desigualdades e peculiaridades Essas imagens quandosuperpostas e invertidas1 datildeo a sensaccedilatildeo de profundidade e tridimensionalidade

Campo visual eacute a percepccedilatildeo de todos os espaccedilos capazes de transmitir estiacutemulos agrave retina quandoem situaccedilatildeo estaacutetica com fixaccedilatildeo em um ponto determinado O campo visual monocular eacutede 135 graus na vertical (60 graus superior 75 graus inferior) e 90 graus na horizontal sendoportanto o campo visual binocular de 135 graus na vertical e 180 graus na horizontal

Figura 1 - Campo Visual

Pela distribuiccedilatildeo diversa de foto-receptores na camada de cones e bastonetes da retina nemtodos os objetos satildeo percebidos no campo visual com mesmo grau de nitidez e cor

Os objetos percebidos com maacutexima nitidez e cores satildeo os que estatildeo focalizados pela foacutevea

regiatildeo de maior concentraccedilatildeo de cones enquanto os de menor nitidez seratildeo os focalizadospelos de maior concentraccedilatildeo de bastonetes

Satildeo limites anatocircmicos do nosso campo visual os ossos da oacuterbita superciacutelios malares e nariz

CONTRASTE

Eacute a relaccedilatildeo entre refletacircncias de um objeto e o ambiente de fundo sobre o qual ele eacute visto

1 Percebidas invertidas em cada olho

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Manual de Iluminaccedilatildeo 35

Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 40

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

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httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo8

INTENSIDADE LUMINOSA 983080I983081

A intensidade luminosa eacute a parcela do fluxo luminoso de uma fonte luminosa contida num

acircngulo soacutelido numa dada direccedilatildeo Sua unidade eacute a candela (cd)A candela eacute a intensidade luminosa em uma dada direccedilatildeo de uma fonte que emite radiaccedilatildeomonocromaacutetica de frequecircncia de 540 x 1012 Hz e que tem uma intensidade radiante nestadireccedilatildeo de (1683) watt por esterradiano

Radiaccedilatildeo monocromaacutetica radiaccedilatildeo caracterizada por uma frequecircncia ou comprimento deonda uacutenico

O acircngulo soacutelido

bull O radiano (rad) Acircngulo central que subtende um arco de ciacuterculo de comprimento igualao do respectivo raio (Figura 2A)

bull O esterradiano (sr) Acircngulo soacutelido que tendo veacutertice no centro de uma esfera subtendena superfiacutecie uma aacuterea igual ao quadrado do raio da esfera (Figura 2B)

a = r (radiano) A = r2 (esterradiano)

Figura 2A e 2B - O radiano(a) e o esterradiano (b)

Obs A aacuterea da superfiacutecie no acircngulo soacutelido pode ter qualquer formato

CURVA DE DISTRIBUICcedilAtildeO DE INTENSIDADE LUMINOSA

Curva geralmente polar que representa a variaccedilatildeo da intensidade luminosa de uma fontesegundo um plano passando pelo centro em funccedilatildeo da direccedilatildeo

Figura 3 ndash Esquema de curvas de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosas em dois planos ortogonais

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 9

Satildeo apresentadas geralmente superpostas como na figura abaixo

Figura 4 - Curva de distribuiccedilatildeo de intensidade luminosa em dois planos ortogonais de uma luminaacuteria de duas lacircmpadas

fluorescentes tubulares (valores em cd 1000 lm)

FLUXO LUMINOSO

Representa uma potecircncia luminosa emitida ou observada ou ainda representa a energia emitidaou refletida por segundo em todas as direccedilotildees sob a forma de luz

Em uma analogia com a hidraacuteulica seria como um chafariz esfeacuterico dotado de inuacutemeros furosna sua superfiacutecie Os raios luminosos corresponderiam aos esguichos de aacutegua dirigidos a todas

as direccedilotildees e decorrentes destes furos

Unidade lumen (lm)

Figura 5 - Fluxo luminoso em lacircmpada fluorescente compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo10

DEPRECIACcedilAtildeO DO FLUXO LUMINOSO 983080LUMEN L983081 DE UMA LAcircMPADA

Eacute o percentual de reduccedilatildeo do fluxo luminoso (ou emissatildeo de luz) de uma lacircmpada durante um

periacuteodo de operaccedilatildeo Esta reduccedilatildeo eacute inerente a todas as lacircmpadas eleacutetricas

ILUMINAcircNCIA 983080E983081

Eacute o fluxo luminoso incidente numa superfiacutecie por unidade de aacuterea (msup2) Eacute medido por umaparelho chamado luxiacutemetro

Um lux corresponde agrave iluminacircncia de uma superfiacutecie plana de um metro quadrado de aacutereasobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um luacutemen

O melhor conceito sobre iluminacircncia talvez seja o de uma densidade de luz necessaacuteria para arealizaccedilatildeo de uma determinada tarefa visual Os valores relativos a iluminacircncia foram tabelados

por atividade No Brasil eles se encontram na NBR 5413 - Iluminacircncia de interioresUnidade lux (lx)

Figura 6 ndash Iluminacircncia

LUMINAcircNCIA983080L983081

A luminacircncia se refere a uma intensidade luminosa que atinge o observador e que pode serproveniente de reflexatildeo de uma superfiacutecie ou de uma fonte de luz ou simplesmente de umfeixe de luz no espaccedilo Em linguagem coloquial eacute o brilho de um objeto que pode ser percebidopelo olho humano Ela eacute dada como a relaccedilatildeo entre a intensidade na direccedilatildeo considerada e aaacuterea aparente da superfiacutecie real ou imaginaacuteria de onde proveacutem o fluxo luminoso

Sua unidade eacute candela por metro quadrado [cdmsup2]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Manual de Iluminaccedilatildeo 35

Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 40

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

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httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 11

Figura 7 ndash Luminacircncia

Onde

L = Luminacircncia cdm2

I = Intensidade Luminosa em cd

A = Aacuterea projetada em m2

α = acircngulo considerado em graus

EFICIEcircNCIA DA LUMINAacuteRIA

Eacute a razatildeo entre os lumens emitidos por uma luminaacuteria divididos pelos lumens emitidos pelalacircmpada ou lacircmpadas em uso da luminaacuteria

EFICIEcircNCIA LUMINOSA

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso emitido e a energia eleacutetrica consumida por unidade de

tempo (potecircncia) por uma fonte de luz Quanto maior a eficiecircncia luminosa de uma lacircmpadae equipamentos menor seu consumo de energia

Unidade lmW

L = I A cos α

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo12

Figura 8 ndash Eficiecircncia energeacutetica de equipamentos para iluminaccedilatildeo

IacuteNDICE DO RECINTO OU IacuteNDICE DO AMBIENTE

O Iacutendice do Recinto eacute a relaccedilatildeo entre as dimensotildees do local dada por

Siacutembolo K

Para iluminaccedilatildeo direta

Para iluminaccedilatildeo indireta

K = C L

h (C + L)

K = 3 C L

2hp (C L)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 13

Sendo

C = comprimento do recinto

L = largura do recinto

H = peacute-direito do recinto

h = peacute-direito uacutetil

hp = distacircncia do teto ao plano de trabalho

Peacute-direito uacutetil Eacute o valor do peacute-direito total do recinto (H) menos a altura do plano de trabalho(ht) menos a altura do pendente da luminaacuteria (hs) Isto eacute a distacircncia real entre a luminaacuteria e oplano de trabalho

Figura 9 ndash Representaccedilatildeo das variaacuteveis para o caacutelculo do Iacutendice do Recinto

EFICIEcircNCIA DO RECINTO OU EFICIEcircNCIA DO AMBIENTE

O valor da Eficiecircncia do Recinto eacute dado por tabelas contidas no cataacutelogo do fabricante onde

se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexatildeo do teto paredes e piso com a Curva deDistribuiccedilatildeo Luminosa da luminaacuteria utilizada e o Iacutendice do Recinto

Siacutembolo ηR ou η

A

COEFICIENTE OU FATOR DE UTILIZACcedilAtildeO

Nos caacutelculos de iluminaccedilatildeo geral eacute a fraccedilatildeo do fluxo luminoso inicial da lacircmpada que alcanccedila oplano de trabalho Ele eacute uma funccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da intensidade da luminaacuteria do coeficientede reflexatildeo da superfiacutecie do lugar e seu formato

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 24

Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 40

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

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Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo14

O produto da Eficiecircncia do Recinto (ηR) pela Eficiecircncia da Luminaacuteria (η

L) nos daacute o Fator de

Utilizaccedilatildeo (U)

IacuteNDICE DE REPRODUCcedilAtildeO DE COR 983080IRC983081

Representa a capacidade de reproduccedilatildeo da cor de um objeto diante de uma fonte de luz O IRCfaz uma correspondecircncia entre a cor real de um objeto e a que ele estaacute apresentando diante dafonte de luz Convencionalmente o IRC varia entre 0 e 100 e de acordo com a fonte luminosado ambiente a que se destina Quanto mais alto o IRC melhor eacute a fidelidade das cores

Unidade porcentagem ()

As diferenccedilas de IRC entre lacircmpadas de maneira geral natildeo satildeo significantes ou seja visiacuteveis a

olho nu a menos que a diferenccedila seja maior que trecircs a cinco pontos

Figura 10 ndash Reproduccedilatildeo de cores e seus iacutendices

TEMPERATURA DE COR 983080CROMATICIDADE983081

Expressa a aparecircncia de cor da luz emitida pela fonte de luz A sua unidade de medida eacute o Kelvin(K) Quanto mais alta a temperatura de cor mais clara eacute a tonalidade de cor da luz Quandofalamos em luz quente ou fria natildeo estamos nos referindo ao calor fiacutesico da lacircmpada e sim atonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente Luz com tonalidade de cor mais suave torna-

se mais aconchegante e relaxante luz mais clara mais estimulante

Muito embora isto natildeo possa ser considerado fisicamente uma temperatura de cor mais alta(K) descreve uma fonte de luz azulada visualmente ldquofriardquo As temperaturas de cores tiacutepicas satildeoapresentadas a seguir

U = ηL η

R

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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Manual de Iluminaccedilatildeo 15

Tabela 1 ndash Temperatura de cor

Temperatura Fonte de Luz

1200 K Luz do fogo

1700 K CandeeiroLuz de vela

2000 K Lacircmpada de vapor de soacutedio (iluminaccedilatildeo puacuteblica)

2680 K Lacircmpada incandescente comum de 40W

3000 K Lacircmpada incandescente comum de 200W

3000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca quenterdquo

3200 K NascerPocircr do Sol

3200 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo B (haloacutegena)

3400 K Lacircmpada de estuacutedio photoood tipo A

4000 K Lacircmpada de ash (bulbo)

4100 K Luz do luar em noite de lua cheia

4500 K Arco voltaacuteico (projetores antigos de cinema)

5000 K Lacircmpadas de xenocircnio (projetores atuais de cinema)

5000 a 5500 K Luz do sol ao amanhecer ou entardecer

5500 a 5600 K Flash eletrocircnico

5500 a 6000 K Luz do sol durante a maior parte do dia

5800 K Ceacuteu aberto ao meio-dia

6000 K Lacircmpada uorescente ldquobranca friardquo

6000 K Lacircmpada de mercuacuterio

6500 K Lacircmpada uorescente ldquoluz do diardquo

6500 a 7500 K Ceacuteu encoberto

Selo Procel

Morna lt 3300 K

Neutra ge 3300 K e lt 5000 K

Fria ge 5000 K

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Manual de Iluminaccedilatildeo 35

Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

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httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo16

FATOR DE FLUXO LUMINOSO OU FATOR DO REATOR

Eacute um fator que determina qual seraacute o fluxo luminoso emitido pela lacircmpada e varia dependendo

do tipo do reator Se o fator de reator for de 90 significa que uma lacircmpada operando comesse reator iraacute emitir 90 do seu fluxo luminoso Quanto maior o fator de reator maior o fluxoluminoso gerado pela lacircmpada

A maioria das lacircmpadas de descarga opera em conjunto com reatores Neste caso observamosque o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator Estedesempenho eacute chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordocom a equaccedilatildeo

Siacutembolo BF

Unidade

ESPECTRO VISIacuteVEL

Eacute a porccedilatildeo do espectro eletromagneacutetico cuja radiaccedilatildeo pode ser captada pela visatildeo humanaIdentifica-se esta radiaccedilatildeo como sendo a luz visiacutevel ou simplesmente luz uma sucessatildeo contiacutenuade irradiaccedilatildeo magneacutetica e eleacutetrica que pode ser caracterizada pela frequecircncia ou comprimentoda onda A luz visiacutevel abrange uma parte pequena do espectro eletromagneacutetico na regiatildeo decerca de 380 nanocircmetros (violeta) ateacute 770 nanocircmetros (vermelho) de comprimento da ondaPara cada frequecircncia da luz visiacutevel eacute associada uma cor

Figura 11 ndash Espectro Eletromagneacutetico

BF = fluxo luminoso obtido fluxo luminoso nominal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 24

Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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Manual de Iluminaccedilatildeo36

REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 37

314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

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Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

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Manual de Iluminaccedilatildeo 17

Figura 12 ndash Curva de sensibilidade do olho a radiaccedilotildees monocromaacuteticas

IRRADIACcedilAtildeO INFRAVERMELHA

Energia eletromagneacutetica irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106nanocircmetros A energia nessa faixa natildeo pode ser vista pelo olho humano poreacutem pode ser sentidacomo calor pela pele

IRRADIACcedilAtildeO ULTRAVIOLETA 983080UV983081

Energia irradiante na faixa de cerca de 100-380 nanocircmetros (nm) Para aplicaccedilotildees praacuteticas abanda UV eacute dividida como Produzindo Ozocircnio 180 ndash 220 nm Bactericida (germicida) 220 ndash 300nm Eritema (avermelhamento da pele) 280 ndash 320 nm Luz ldquonegrardquo 320 ndash 400 nm A ComissatildeoInternacional da Iluminaccedilatildeo (CIE) define as bandas UV como UV-A (315-400 nm) UV-B (280-315nm) e UV-C (100-280nm)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento eacute o prejuiacutezo na funccedilatildeo visual causado pela presenccedila de uma fonte de luzlocalizada no campo visual pode ser um ofuscamento direto (visualizaccedilatildeo direta da lacircmpada)ou um ofuscamento indireto (refletido atraveacutes de superfiacutecies refletoras ou brilhantes)

FATOR DE DEPRECIACcedilAtildeO

Todo o sistema de iluminaccedilatildeo apoacutes sua instalaccedilatildeo tem uma depreciaccedilatildeo no niacutevel de iluminacircnciaao longo do tempo Esta eacute decorrente da reduccedilatildeo do fluxo luminoso da lacircmpada com o tempoe do acuacutemulo de poeira sobre lacircmpadas e luminaacuterias Para compensar parte desta depreciaccedilatildeoestabelece-se um fator de depreciaccedilatildeo que eacute utilizado no caacutelculo das quantidades de luminaacuterias

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo18

VIDA DE UMA LAcircMPADA

O conceito de vida de uma lacircmpada eacute dado em horas e eacute definido por criteacuterios preestabelecidos

por normas teacutecnicas considerando sempre um grande lote testado sob condiccedilotildees controladase de acordo com as normas pertinentes

VIDA MEacuteDIA

Eacute a meacutedia aritmeacutetica do tempo de duraccedilatildeo de cada lacircmpada ensaiada

VIDA MEDIANA

Eacute o nuacutemero de horas resultantes onde 50 das lacircmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas

VIDA UacuteTIL

Eacute o nuacutemero de horas decorrido quando se atinge 70 da quantidade de luz inicial devido agravedepreciaccedilatildeo do fluxo luminoso de cada lacircmpada somado ao efeito das respectivas queimasocorridas no periacuteodo ou seja 30 de reduccedilatildeo na quantidade de luz inicial

REFLEXAtildeO

O fenocircmeno da reflexatildeo ocorre quando os raios que incidem sobre uma superfiacutecie voltam parao meio no qual ocorreu a incidecircncia (figuras 13 e 14)

Quando vocecirc estaacute diante de um espelho enxerga a sua imagem por reflexatildeo tudo que vocecircenxerga (uma mesa uma pessoa uma paisagem e outros) enxerga por reflexatildeo

REFLEXAtildeO ESPECULAR

Estando diante de um espelho pode-se observar que se natildeo ficar em uma determinada posiccedilatildeonatildeo vai conseguir enxergar a sua imagem Isso acontece porque os raios satildeo refletidos em umauacutenica direccedilatildeo ou seja eles satildeo paralelos entre si (figura 13) Esse tipo de reflexatildeo ocorre emsuperfiacutecies polidas tais como espelhos metais a aacutegua parada de um lago e eacute denominadareflexatildeo especular (figura 14)

Figura 13 - Esquema para reflexatildeo especular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 19

Figura 14 - Exemplo de reflexatildeo especular

REFLEXAtildeO DIFUSA

Quando algueacutem estaacute enxergando uma mesa pode ficar em qualquer posiccedilatildeo ao redor damesa que a continua enxergando Isso acontece porque os raios estatildeo sendo refletidos emtodas as direccedilotildees Esse tipo de reflexatildeo ocorre em superfiacutecies irregulares microscopicamente eeacute denominada reflexatildeo difusa (figura 15)

Figura 15 - Esquema para reflexatildeo difusa

TRANSMISSAtildeO

Transmissatildeo eacute a passagem de raios de luz atraveacutes de um meio sem qualquer modificaccedilatildeo nafrequecircncia dos componentes monocromaacuteticos da radiaccedilatildeo Este fenocircmeno eacute uma caracteriacutesticade certos tipos de vidro cristal aacutegua e outros liacutequidos

Enquanto passa atraveacutes do material um pouco de luz se perde pela absorccedilatildeo A razatildeo do fluxotransmitido pelo fluxo incidente eacute chamada de transmitacircncia ou fator de transmissatildeo do material

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Manual de Iluminaccedilatildeo 20

REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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8 SITES

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httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

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pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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REFRACcedilAtildeO

Saindo de um meio e entrando em outro um raio de luz poderaacute ter modificada a sua direccedilatildeo

Esta modificaccedilatildeo na direccedilatildeo eacute causada por uma modificaccedilatildeo na velocidade da luz A velocidadediminui se o novo meio eacute mais denso do que o primeiro e aumenta quando este meio eacutemenos denso Esta modificaccedilatildeo na velocidade sempre eacute acompanhada por um desvio da luze eacute conhecida como refraccedilatildeo

FATOR DE ABSORCcedilAtildeO

Eacute a relaccedilatildeo entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfiacutecie e o fluxo luminoso que incidesobre a mesma

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2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 21

2 TECNOLOGIAS APLICADAS EM ILUMINACcedilAtildeO

21 LAcircMPADAS

LAcircMPADA INCANDESCENTE

Lacircmpada que proporciona luz quando um filamento eacute aquecido ateacute a incandescecircncia poruma corrente eleacutetrica As lacircmpadas incandescentes satildeo a forma mais antiga de tecnologia deiluminaccedilatildeo eleacutetrica

LAcircMPADA HALOacuteGENA

Nome de forma abreviada para uma lacircmpada de tungstecircnio-haloacutegeno

As lacircmpadas haloacutegenas satildeo lacircmpadas incandescentes de pressatildeo alta e que contecircm gases

haloacutegenos como o iodo ou o bromo os quais permitem que os filamentos operem emtemperaturas mais altas e que tenham eficiecircncias luminosas maiores resultando em umalacircmpada com vantagens adicionais quando comparada agraves incandescentes comuns

bull Luz mais branca e uniforme durante toda vida

bull Vida uacutetil mais longa variando entre 2000 e 4000 horas

bull Dimensotildees menores

LAcircMPADA HALOacuteGENA 983085 IR 983080HIR983081

Designaccedilatildeo GE

2

para uma forma nova da lacircmpada tungstecircnio-haloacutegeno de alta eficiecircnciaAs lacircmpadas HIR utilizam tubos com formato especial onde eacute colocado o filamento em seuinterior revestidos com numerosas camadas de materiais que seletivamente refletem a energiainfravermelha e transmitem a luz Refletindo o infravermelho de volta para os filamentos reduzema energia necessaacuteria para manter o filamento aquecido

LAcircMPADA PAR

PAR eacute um acrocircnimo para um Refletor Aluminizado Paraboacutelico

A lacircmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente um tubo de filamento haloacutegeno ou

tubo de arco HID3

Eacute uma lacircmpada refletora com preciso facho de luz e maior pressatildeo internados gases Eacute fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass) e controla o seu facho de luzpor meio do seu refletor interno e de uma lente com prismas e difusores

Satildeo lacircmpadas que produzem uma descarga eleacutetrica de alta intensidade em seu interior gerandouma grande quantidade de luz

2 GE ndash General Electric

3 HID ndash High Intensity Discharge

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

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httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 22

LAcircMPADA REFLETORA

Pode ser uma lacircmpada incandescente fluorescente compacta ou HID com bulbo com superfiacutecie

refletora

LAcircMPADA REFLETORA ELIacutePTICA

Lacircmpada incandescente com um refletor de formato eliacuteptico Este formato produz um pontofocal agrave frente da parte frontal da lacircmpada o que reduz a absorccedilatildeo da luz em alguns tiposde luminaacuterias Isto eacute particularmente positivo quando a lacircmpada eacute utilizada em luminaacuteriasembutidas pois reduz a perda de luz no interior da luminaacuteria

LAcircMPADA MISTA

Como o proacuteprio nome diz satildeo lacircmpadas compostas de um filamento e um tubo de descarga

Funcionam em tensatildeo de rede 220V sem uso de reator

LAcircMPADA FLUORESCENTE

As lacircmpadas fluorescentes contecircm em seu interior vapor de mercuacuterio e gases inertes Com apassagem da corrente eleacutetrica os eleacutetrons chocam-se com os aacutetomos de mercuacuterio e devido aochoque a energia eacute transferida para os eleacutetrons do mercuacuterio que iratildeo passar para uma oacuterbitasuperior em torno do aacutetomo

Quando estes eleacutetrons regressam agrave sua oacuterbita original eles emitem energia na forma de radiaccedilatildeoultravioleta que seraacute convertida em luz pelo poacute fluorescente que reveste a superfiacutecie interna do

bulbo Eacute da composiccedilatildeo deste poacute fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas decor de luz adequadas a cada tipo de aplicaccedilatildeo Eacute ele que determina a qualidade e a quantidadede luz aleacutem da eficiecircncia na produccedilatildeo de cor

Figura 16 - Nomenclatura Internacional das caracteriacutesticas da lacircmpada fluorescente tubular

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Manual de Iluminaccedilatildeo 23

LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Manual de Iluminaccedilatildeo 25

Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 26

Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

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httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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LAcircMPADA FLUORESCENTE TUBULAR

Estas lacircmpadas satildeo a forma claacutessica para uma iluminaccedilatildeo econocircmica A alta eficiecircncia e a longa

durabilidade garantem suas aplicaccedilotildees nas mais diversas aacutereas comerciais e industriaisAlguns fabricantes possuem duas versotildees deste tipo de lacircmpada

bull Fluorescente Comum - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 70 lmW temperatura de corvariando entre 4100 K e 6100 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de 48 a 78

bull Fluorescente Trifoacutesforo - apresenta eficiecircncia energeacutetica de ateacute 100 lmw temperatura decor variando entre 3000 K e 6000 K e iacutendice de reproduccedilatildeo de cor ateacute 90

A grande evoluccedilatildeo da lacircmpada fluorescente ao longo dos anos refere-se agrave reduccedilatildeo do seudiacircmetro Quanto menor maior eacute a possibilidade do desenvolvimento oacutetico dos refletorespermitindo melhor eficiecircncia das luminaacuterias

As versotildees tradicionais destas lacircmpadas satildeo produzidas em T12 (38mm) ou T10 (33mm) Asversotildees mais modernas em T8 (26mm) e T5 (16mm)

O passo mais recente para otimizaccedilatildeo global dos sistemas fluorescentes eacute a miniaturizaccedilatildeo obtidacom a versatildeo T5 que aleacutem do diacircmetro de 16mm teve uma reduccedilatildeo de 50mm no comprimentototal Aleacutem da compactaccedilatildeo houve aumento na eficiecircncia energeacutetica (104 lmW ) somado aofato de terem sido desenhadas para operaccedilotildees diretas em reatores eletrocircnicos

O desempenho desta famiacutelia de lacircmpadas eacute otimizado atraveacutes das instalaccedilotildees e modernosreatores eletrocircnicos - de alta frequecircncia proporcionando grande economia maior conforto evida uacutetil mais longa

Branco Branco quente

Figura 17 - Exemplos de distribuiccedilatildeo espectral de lacircmpada fluorescente tubular

LAcircMPADA FLUORESCENTE COMPACTA

Satildeo lacircmpadas fluorescentes agraves quais foram incorporadas todas as caracteriacutesticas e tecnologiasdas lacircmpadas fluorescentes tubulares consideradas de nova geraccedilatildeo poreacutem em proporccedilotildeesreduzidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 24

Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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Manual de Iluminaccedilatildeo 24

Podem ser classificadas em dois grupos

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas integradas o reator eacute integrado ao corpo da lacircmpadaambos fazendo parte de uma mesma unidade Satildeo as convencionais lacircmpadas compactas

com basesoquete E27 similar agrave da lacircmpada incandescente proporcionando instalaccedilatildeoimediata em substituiccedilatildeo agraves lacircmpadas incandescentes

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo integradas o reator e lacircmpada natildeo satildeo integradosfazendo-se necessaacuteria a instalaccedilatildeo de reator agrave parte na luminaacuteria Satildeo as convencionaislacircmpadas compactas com basesoquete de 2 ou 4 pinos

Quando comparadas agraves incandescentes comuns apresentam as seguintes vantagens

bull Consumo de energia ateacute 80 menor

bull Durabilidade ateacute dez vezes maior implicando em uma enorme reduccedilatildeo nos custos demanutenccedilatildeo e reposiccedilatildeo de lacircmpadas

bull Design moderno leve e compacto

bull Aquecem menos o ambiente representando uma forte reduccedilatildeo na carga teacutermica dasgrandes instalaccedilotildees proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas dear condicionado

bull Excelente reproduccedilatildeo de cores com iacutendice de 85

bull Tonalidade de cor adequada para cada ambiente obtida atraveacutes da tecnologia dopoacute trifoacutesforo com as seguintes opccedilotildees 2700 K com aparecircncia de cor semelhanteagraves incandescentes e portanto indicadas para ambientes onde se deseja atmosferaaconchegante e tranquila como residecircncias hoteacuteis etc 4000 K a 6000 K com aparecircncia decor mais branca indicada para ambientes ativos onde se pretende estimular a produtividade

ou o consumo como restaurantes do tipo ldquofast foodrdquo lojas shopping centers escritoacuteriosclubes academia de ginaacutestica escolas hospitais etc

Integrada Natildeo Integrada

Figura 18 - Exemplos de lacircmpadas fluorescentes compacta

LAcircMPADA DE DESCARGA EM ALTA PRESSAtildeO

As modernas lacircmpadas de descarga em alta pressatildeo tecircm um princiacutepio de funcionamentocompletamente diferente das incandescentes

Uma descarga eleacutetrica entre os eletrodos leva os componentes internos do tubo de descargaa produzirem luz

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 40

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

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Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Esta famiacutelia de lacircmpadas funciona atraveacutes do uso de reatores e em alguns casos soacute partemcom o auxiacutelio de ignitores

Os reatores satildeo equipamentos auxiliares necessaacuterios para manter a estabilizaccedilatildeo da descargaeleacutetrica

Os ignitores proporcionam picos de tensatildeo da ordem de 5000 V necessaacuterios para o acendimentodas lacircmpadas de descarga

Dependendo do tipo necessitam de 2 a 15 minutos para a estabilizaccedilatildeo total do fluxo luminosoapoacutes a partida

Consiste de uma grande famiacutelia diversificada no que diz respeito agraves caracteriacutesticas de luzeconomia potecircncia e durabilidade o que permite o uso em locais internos externos ousituaccedilotildees especiais

LAcircMPADA DE VAPOR DE MERCUacuteRIO EM ALTA PRESSAtildeO

Lacircmpadas de descargas com aparecircncia branco-azulada eficiecircncia de ateacute 55 lmW apresentadasem potecircncias de 80 a 1000 W

Satildeo utilizadas normalmente na iluminaccedilatildeo de vias puacuteblicas e aacutereas industriais

LAcircMPADA DE VAPOR DE SOacuteDIO EM ALTA PRESSAtildeO

Satildeo lacircmpadas com altiacutessima eficiecircncia energeacutetica ateacute 130 lmW longa durabilidade econsequentemente longos intervalos para reposiccedilatildeo

Estatildeo gradualmente substituindo as lacircmpadas ineficientes em iluminaccedilatildeo puacuteblica como as devapor de mercuacuterio

Apresentam-se em versotildees tubulares e elipsoidais Estas uacuteltimas se diferem pela emissatildeo douradaindicada para iluminaccedilatildeo de locais onde a reproduccedilatildeo de cor natildeo eacute um fator importante

Amplamente utilizadas na iluminaccedilatildeo externa avenidas auto-estradas viadutos complexosviaacuterios etc tecircm seu uso ampliado para aacuterea industriais sideruacutergicas e ainda para locais especiacuteficoscomo aeroportos estaleiros portos ferrovias paacutetios e estacionamentos

LAcircMPADA DE MULTIVAPORES METAacuteLICOS

Satildeo lacircmpadas que combinam iodetos metaacutelicos apresentando alta eficiecircncia energeacutetica eexcelente reproduccedilatildeo de cor Sua luz extremamente branca e brilhante realccedila e valoriza espaccedilose ilumina com intensidade aleacutem de apresentar longa durabilidade e baixa carga teacutermica

Alta Potecircncia Para a iluminaccedilatildeo de grandes aacutereas com niacuteveis de iluminacircncia elevados eprincipalmente em locais onde alta qualidade de luz eacute primordial as lacircmpadas de multivaporesmetaacutelicos de 250 a 3500W satildeo ideais As lacircmpadas multivapores metaacutelicos apresentamdurabilidade variada com iacutendice de reproduccedilatildeo de cor de ateacute 90 eficiecircncia energeacutetica de ateacute100 lmW temperatura de cor de 3000 a 6000K em versotildees elipsoidais tubulares e compactas

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

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Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

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Satildeo indicadas para iluminaccedilatildeo de estaacutedios de futebol ginaacutesios poliesportivos piscinas cobertasinduacutestrias supermercados salas de exposiccedilatildeo salotildees saguotildees de teatros e hoteacuteis fachadaspraccedilas monumentos aeroportos locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos

a exemplo dos ldquosamboacutedromosrdquo

Baixa Potecircncia Baseando-se nas caracteriacutesticas das lacircmpadas de multivapores metaacutelicos de altapotecircncia foram desenvolvidas as de baixa potecircncia de 20 a 70W em versotildees compactas Todassem exceccedilatildeo apresentam pequenas dimensotildees alta eficiecircncia oacutetima reproduccedilatildeo de cor vidauacutetil longa e baixa carga teacutermica

Cada uma dentro de sua caracteriacutestica eacute recomendada tanto para uso interno como externona iluminaccedilatildeo geral ou localizada Ideais para shopping centers lojas vitrines hoteacuteis standsmuseus galerias jardins fachadas e monumentos

LAcircMPADA DE LEDrsquoS 983080DIODO EMISSOR DE LUZ983081

O LED (diodo emissor de luz) eacute constituiacutedo por uma seacuterie de camadas de material semicondutor

Diferentemente do que ocorre com as lacircmpadas incandescentes o LED emite luz em umadeterminada cor A cor da luz depende do material utilizado em sua composiccedilatildeo e varia entreas cores vermelho amarelo verde e azul A cor branca pode ser produzida atraveacutes da mistura dascores azul vermelha e verde ou atraveacutes do LED azul com foacutesforo amarelo O LED azul proporcionauma excitaccedilatildeo do foacutesforo fazendo com que ele emita luz amarela resultando na luz branca

Com o avanccedilo tecnoloacutegico a eficiecircncia dos LEDrsquos aumentou consideravelmente nos uacuteltimosanos Dependendo do tipo de cor obtemos em torno de 50 a 60 lmW incrementando ainda

mais a cada ano A tensatildeo de operaccedilatildeo do LED tambeacutem varia em funccedilatildeo da cor variando de 2Va 4V para uma corrente de conduccedilatildeo de ateacute 70mA A eficiecircncia maacutexima eacute obtida pelo uso deuma fonte de corrente contiacutenua (DC) A utilizaccedilatildeo intensiva de fontes eletrocircnicas em grandesinstalaccedilotildees deve merecer atenccedilatildeo especial para aspectos como distorccedilatildeo harmocircnica e fatorde potecircncia

Os LEDrsquos estatildeo sendo utilizados em semaacuteforos de tracircnsito na iluminaccedilatildeo interna de automoacuteveise em outros equipamentos de sinalizaccedilatildeo Jaacute existem iniciativas de utilizaccedilatildeo em iluminaccedilatildeopuacuteblica

22 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINACcedilAtildeO

SOQUETEBASE

Tem como funccedilatildeo garantir fixaccedilatildeo mecacircnica e a conexatildeo eleacutetrica da lacircmpada

TRANSFORMADOR

Equipamento auxiliar cuja funccedilatildeo eacute converter a tensatildeo de rede (tensatildeo primaacuteria) para outrovalor de tensatildeo (tensatildeo secundaacuteria) Um uacutenico transformador poderaacute alimentar mais de umalacircmpada desde que o somatoacuterio das potecircncias de todas as lacircmpadas a ele conectadas natildeoultrapasse a potecircncia maacutexima do mesmo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 27

REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

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REATORES

Tem por finalidade provocar um aumento de tensatildeo durante a igniccedilatildeo e uma reduccedilatildeo na

intensidade da corrente durante o funcionamento da lacircmpada Em termos construtivos podemse apresentar de duas formas reatores eletromagneacuteticos ou reatores eletrocircnicos

REATORES ELETROMAGNEacuteTICOS

Satildeo os mais comuns nas instalaccedilotildees antigas Geralmente compostos de nuacutecleo de ferro bobinasde cobre e capacitores para correccedilatildeo do fator de potecircncia Devido agraves suas perdas eleacutetricasemissatildeo de ruiacutedo audiacutevel efeito flicker e carga teacutermica elevada natildeo contribuem para o usoeficiente da energia eleacutetrica

REATORES ELETROcircNICOS

Satildeo os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da energia Trabalham emalta frequecircncia (20 kHz a 50 kHz) sendo mais eficientes que os eletromagneacuteticos na conversatildeode potecircncia eleacutetrica em potecircncia luminosa A qualidade do produto no entanto eacute um fatorque deve ser levado em consideraccedilatildeo para que se obtenha sucesso na execuccedilatildeo do projeto

Os aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo o fator de potecircncia (FP) e a distorccedilatildeo harmocircnica(THD)

STARTER

Elemento bimetaacutelico com funccedilatildeo de preacute-aquecer os eletrodos das lacircmpadas fluorescentes e

fornecer em conjunto com reator eletromagneacutetico convencional um pulso de tensatildeo necessaacuteriopara o acendimento da lacircmpada Os reatores eletrocircnicos e partida raacutepida natildeo utilizam starter

IGNITOR

Dispositivo eletrocircnico com funccedilatildeo de fornecer agrave lacircmpada um pulso de tensatildeo necessaacuterio parao seu acendimento

CAPACITOR

Acessoacuterio com funccedilatildeo de corrigir o fator de potecircncia de um sistema que utiliza reatoreletromagneacutetico Da mesma forma que para cada lacircmpada de descarga existe seu reator

especiacutefico existe tambeacutem um capacitor especiacutefico para cada reator

DIMMER

Tem como funccedilatildeo variar continuamente a intensidade da luz de acordo com a necessidade

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SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

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Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

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Manual de Iluminaccedilatildeo 28

SENSOR DE PRESENCcedilA

A utilizaccedilatildeo destes equipamentos pode gerar economias significativas Estes dispositivos

asseguram que as luzes permaneccedilam apagadas quando as salas estatildeo desocupadas sendo suasaplicaccedilotildees mais apropriadas em locais com perfil de ocupaccedilatildeo intermitente ou imprevisiacutevel

O sistema eacute composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-socircnicas ouradiaccedilatildeo infravermelha) uma unidade de controle eletrocircnica e um interruptor controlaacutevel(releacute) O detector de presenccedila sente o movimento e envia o sinal apropriado pra a unidade decontrole A unidade de controle entatildeo processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o releacuteque controla a potecircncia da luz

SISTEMA DE CONTROLE FOTOELEacuteTRICO

Este sistema possui sensores que identificam a presenccedila de luz natural fazendo a devida

diminuiccedilatildeo ou ateacute mesmo bloqueio da luz artificial atraveacutes de dimmers controladosautomaticamente Quando maior a quantidade de luz natural disponiacutevel no ambiente menorseraacute a potecircncia eleacutetrica fornecida agraves lacircmpadas e vice-versa

MINUTERIAS

Dispositivo que aciona a iluminaccedilatildeo por periacuteodo de tempo preestabelecido suficiente para ousuaacuterio chegar ao seu local de destino Apoacutes o tempo programado o temporizador desativaas lacircmpadas evitando o desperdiacutecio de energia

LUMINAacuteRIA

Abriga e fixa a lacircmpada e direciona a luz

Satildeo equipamentos que acoplam a fonte de luz (lacircmpada) e modificam a distribuiccedilatildeo espacialdo fluxo luminoso produzido pela luminaacuteria Suas partes principais satildeo receptaacuteculo para a fonteluminosa refletores difusores e carcaccedila

23 TIPOS DE LUMINAacuteRIAS

A seguir relacionamos os tipos de luminaacuterias caracteriacutesticas e aplicaccedilotildees

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231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 29

231 FECHADAS 983080LAcircMPADAS FLUORESCENTES983081

Satildeo luminaacuterias que possuem difusores que podem ser de vidro temperado ou acriacutelico Podem serhermeacuteticas ou tambeacutem podem ser encontradas com vaacuterios tipos de elemento de controle de luz(refletores espelhados com proteccedilatildeo visual difusor prismaacutetico colmeias etc) sua manutenccedilatildeoeacute difiacutecil Podem ser fixadas sobre a superfiacutecie do teto e em alguns casos podem ser embutidas

Tecircm rendimentos moderados dependendo do tipo de elemento de controle da luz Os tiposque dispotildeem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor rendimento

Figura 19 - Luminaacuterias fechadas de embutir e sobrepor

232 ABERTASPodem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz apresentam rendimentosuperior ao das luminaacuterias fechadas faacutecil manutenccedilatildeo podem ser suspensas embutidas oufixadas sobre a superfiacutecie do teto Utilizadas para iluminaccedilatildeo geral de ambientes de escritoacuterioscomerciais depoacutesitos e iluminaccedilatildeo localizada (balcotildees)

Figura 20 - Luminaacuterias abertas de embutir e sobrepor com e sem controle de ofuscamento

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo30

233 SPOTS

Satildeo utilizados com vaacuterios tipos de lacircmpadas incandescentes refletoras haloacutegenas lacircmpadascoloridas e outros dispositivos como filtros e refletores satildeo utilizados para iluminaccedilatildeo direcionalapresentando grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso possuem faacutecilmanutenccedilatildeo a fixaccedilatildeo pode ser feita sobre superfiacutecies ou embutida

Tambeacutem se aplicam agrave Iluminaccedilatildeo geral com controle de ofuscamento

Figura 21 - Luminaacuterias abertas de sobrepor tipo spot

234 PROJETORES

Satildeo encontrados em vaacuterios tamanhos possuem bom rendimento luminoso satildeo fixados sobreas superfiacutecies ou suspensos podem ser usados com diversos tipos de lacircmpadas desde as

incandescentes comuns haloacutegenas ateacute as lacircmpadas de vapor de soacutedio satildeo de faacutecil manutenccedilatildeodependendo das condiccedilotildees do local

Podem ser aplicados a fachadas depoacutesitos estacionamentos

Figura 22 - Luminaacuterias fechadas de sobrepor tipo projetor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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Manual de Iluminaccedilatildeo36

REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Manual de Iluminaccedilatildeo38

Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

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Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 31

3 PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

Nos projetos luminoteacutecnicos eficientes devemos sempre buscar

bull Boas condiccedilotildees de visibilidade

bull Boa reproduccedilatildeo de cores

bull Economia de energia eleacutetrica

bull Facilidade e menores custos de manutenccedilatildeo

bull Preccedilo inicial compatiacutevel

bull Utilizar iluminaccedilatildeo local de reforccedilo

bull Combinar iluminaccedilatildeo natural com artificial

31 ETAPAS DE PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE INTERIORES

1) Determinaccedilatildeo dos objetivos da iluminaccedilatildeo e dos efeitos que se pretende alcanccedilar

2) Apuraccedilatildeo de dados pertinentes ao ambiente

3) Anaacutelise dos Fatores de Influecircncia na Qualidade da Iluminaccedilatildeo

4) Caacutelculo da iluminaccedilatildeo geral

5) Adequaccedilatildeo dos resultados ao projeto

6) Caacutelculo da iluminacircncia meacutedia

7) Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

8) Avaliaccedilatildeo do consumo energeacutetico

311 DETERMINACcedilAtildeO DOS OBJETIVOS DA ILUMINACcedilAtildeO E DOS EFEITOS QUE SEPRETENDE ALCANCcedilAR

Definir o niacutevel de iluminacircncia no local de acordo com a utilizaccedilatildeo do ambiente Para isso existemnormas teacutecnicas brasileiras e internacionais que orientaratildeo o projetista O niacutevel recomendadovaria tambeacutem com a duraccedilatildeo do trabalho sob iluminaccedilatildeo artificial devendo ser mais elevadopara as longas jornadas

Obter uma distribuiccedilatildeo razoavelmente uniforme das iluminacircncias nos planos iluminados

Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local O deslumbramento eacute a impressatildeode mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxo luminoso de uma fonte degrande intensidade luminosa Sua consequecircncia imediata eacute a perturbaccedilatildeo da capacidade visualdo indiviacuteduo sendo capaz de dificultar e mesmo impedir a funccedilatildeo visual perfeita

Obter uma correta reproduccedilatildeo das cores dos objetos e ambientes iluminados A impressatildeo dacor de um objeto depende da composiccedilatildeo espectral da luz que o ilumina de suas refletacircnciasespectrais e do sentido da visatildeo humana Portanto a cor natildeo eacute exatamente uma propriedade

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo32

fixa e permanente em um objeto mas o que se enxerga como cor eacute o fluxo luminoso refletidopelo mesmo

Escolher com criteacuterio os aparelhos de iluminaccedilatildeo e o tipo de lacircmpada a ser empregada paraque se verifiquem as condiccedilotildees anteriores de uma forma econocircmica e que essas condiccedilotildeesnatildeo se degradem sensivelmente com o tempo

Lembrar que a iluminaccedilatildeo eacute parte de um projeto global devendo se harmonizar com o mesmoEla define em muitos casos as caracteriacutesticas de um ambiente Em resumo ao se projetar ailuminaccedilatildeo de um ambiente natildeo se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativosmas tambeacutem os qualitativos de modo a criar uma iluminaccedilatildeo que responda a todos os requisitosque o usuaacuterio exige do espaccedilo iluminado

312 APURACcedilAtildeO DE DADOS PETINENTES AO AMBIENTE

A iluminaccedilatildeo eacute um fator determinante para a boa produtividade no ambiente de trabalho epara as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais Em um local bemiluminado haacute menos fadiga menor incidecircncia de erros reduccedilatildeo de problemas com a visatildeoconforto visual melhor desempenho visual das atividades e realce das texturas e cores atraveacutesda reproduccedilatildeo com fidelidade

Um projeto de iluminaccedilatildeo eficiente deve comeccedilar com uma anaacutelise criteriosa do ambiente emprojeto abordando os seguintes itens

bull Caracteriacutesticas do ambiente

bull Componentes do sistema e da instalaccedilatildeo eleacutetrica

bull Forma e horaacuterio de funcionamento

bull Niacutevel de iluminacircncia nos planos de trabalho

bull Faixa etaacuteria das pessoas que trabalham no local

bull Tarifa de energia

CARACTERIacuteSTICAS DO AMBIENTE

Refletacircncias Deve-se estimar a refletacircncia das paredes teto e piso para subsidiar caacutelculos futurosEacute importante a adoccedilatildeo de cores claras que aumentam o rendimento do sistema diminuindoa variacircncia entre iluminacircncias miacutenimas meacutedias e maacuteximas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Manual de Iluminaccedilatildeo 35

Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 33

Tabela 2 - Iacutendice de reflexatildeo

ou simplificadamente

Tabela 3 - Refletacircncias

Contribuiccedilatildeo da luz natural Deve ser avaliada atraveacutes de sua contribuiccedilatildeo no plano de trabalhoCom a iluminaccedilatildeo desligada pode-se medir o niacutevel de iluminacircncia no plano de trabalho devido

agrave luz natural e assim avaliar sua contribuiccedilatildeo

COMPONENTES DO SISTEMA E DA INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

Luminaacuteria Principal item para aplicaccedilatildeo da revitalizaccedilatildeo podendo ser substituiacuteda ou reformadaEacute importante verificar seu estado de conservaccedilatildeo possibilidades de reforma e forma de fixaccedilatildeoRecomenda-se a retirada de uma luminaacuteria de cada modelo para subsidiar os estudos juntoao fabricante que iraacute fornecer as luminaacuterias eficientes para a revitalizaccedilatildeo

Lacircmpada Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliaccedilatildeo do rendimento no sistemaatual Grandezas tais como temperatura de cor iacutendice de reproduccedilatildeo de cor fluxo luminoso

Superfiacutecie Refetacircncia

Muito Clara 70

Clara 50

Meacutedia 30

Escura 10

Preta 0

Material ou cor Valor Material ou cor Valor

Azul claro 30 - 55 Madeira clara 30 - 50 Azul escuro Oct-25 Madeira escura Oct-25

Azulejo branco 60 - 75 Maacutermore claro 60 - 70

Amarelo 65 - 75 Marrom Oct-25

Branco 70 -85 Ocre 30 - 50

Cimento claro 35 - 50 Preto 5

Concreto claro 30 - 40 Rocha 60

Concreto escuro 15 - 25 Rosa 45 - 60

Cinza claro 45 - 65 Tijolo claro 20 - 30

Cinza escuro Oct-20 Tijolo escuro Oct-15

Cinza meacutedio 25 - 40 Verde claro 30 - 55

Esmalte branco 65 - 75 Verde escuro Oct-25

Gesso 70 - 80 Vermelho claro 25 - 35

Granito 15 - 25 Vermelho escuro Oct-20

Laranja 25 - 35 Vidro transparente 5-Oct

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo34

potecircncia e eficiecircncia energeacutetica devem ser levantadas atraveacutes de consultas a cataacutelogos defabricantes

Reator Elemento responsaacutevel pela quase totalidade das perdas no sistema atual Deveratildeoser verificados seus modelos fabricante tensatildeo nominal fator de potecircncia e perdas nominais

FORMA E HORAacuteRIO DE FUNCIONAMENTO

Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horaacuterio de ocupaccedilatildeoe tambeacutem atraveacutes de acionamentos automatizados (tais como sensores de presenccedila)

NIacuteVEL DE ILUMINAcircNCIA NOS PLANOS DE TRABALHO

O niacutevel de iluminacircncia atual deveraacute ser mapeado de forma simples com o objetivo de se teruma noccedilatildeo do niacutevel meacutedio Este valor seraacute o ponto de partida para os estudos de alternativasde revitalizaccedilatildeo Recomenda-se medir o niacutevel de iluminacircncia sobre as mesas de trabalho

abrangendo todo o ambiente por amostragem

FAIXA ETAacuteRIA DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO LOCAL

A norma NBR 5413 ndash Iluminacircncia de Interiores em sua ldquoTabela 2 ndash Fatores determinantes daIluminacircncia Adequadardquo estabelece a ldquoFaixa Etaacuteria dos Usuaacuteriosrdquo como um desses fatores eatribui-lhe um ldquopesordquo A soma dos ldquopesosrdquo desses diferentes fatores determina qual dos trecircs niacuteveisapresentado na norma eacute o mais adequado

TARIFA DE ENERGIA

Deve-se verificar junto ao usuaacuterio qual a classe tarifaacuteria a que estaacute submetida a instalaccedilatildeo paraque os possiacuteveis ganhos com a reduccedilatildeo do consumo possam ser avaliados Eacute recomendaacutevelobter uma coacutepia das contas de energia do local nos uacuteltimos 12 meses e se possiacutevel avaliar aparticipaccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo no total

313 ANAacuteLISE DOS FATORES DE INFLUEcircNCIA NA QUALIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

QUANTIDADE DE LUZ NIacuteVEIS DE ILUMINAMENTO

As tarefas visuais desempenhadas pelos nossos olhos satildeo tatildeo diversas como as atividades dohomem Podem estar relacionadas com a produtividade a seguranccedila o lazer a exposiccedilatildeo evenda a aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo ou para a criaccedilatildeo de uma atmosfera apropriada Nestas e emoutras circunstacircncias a quantidade de luz (medida em lux) deve ser orientada especificamentepara a superfiacutecie que pretendemos ver Quanto menor for o detalhe ou mais baixo o contrastemaior quantidade de luz necessitam os nossos olhos para o seu difiacutecil trabalho A iluminaccedilatildeodeficiente tem um efeito negativo no bem estar humano aleacutem de conduzir a uma execuccedilatildeoineficiente ou perigosa das tarefas humanas incluindo circulaccedilatildeo nos edifiacutecios e estradasaumentando o risco de acidentes Deacutecadas de investigaccedilatildeo cientiacutefica internacional conduziramao estudo dos niacuteveis luminosos necessaacuterios a vaacuterias tarefas especiacuteficas Em locais onde estasrecomendaccedilotildees natildeo forem seguidas a iluminaccedilatildeo pode prejudicar o conforto humano aseguranccedila e produtividade A Norma Brasileira NBR5413 por exemplo indica os niacuteveis adequadosde iluminacircncias de interiores para a execuccedilatildeo de tarefas em diversos tipos de ambientes

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Manual de Iluminaccedilatildeo 35

Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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Manual de Iluminaccedilatildeo36

REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Tabela 4 - Iluminacircncias por classe de tarefas visuais (em lux)

OFUSCAMENTO

O ofuscamento (seja direto da fonte de luz ou refletido) resulta normalmente em desconfortoou em casos extremos pode conduzir agrave incapacidade de visatildeo (ofuscamento provocadopor faroacuteis de automoacutevel) O ofuscamento desconfortaacutevel eacute geralmente experimentado porpessoas expostas a um pequeno ofuscamento durante periacuteodos de tempo prolongados Eacutefrequentemente acompanhado por sensaccedilotildees de fadiga ou dor de cabeccedila sem que a pessoaidentifique a causa

UNIFORMIDADE DA ILUMINACcedilAtildeO

A distribuiccedilatildeo adequada da iluminaccedilatildeo eacute muito importante para evitar sombras acentuadase assegurar o conforto e a seguranccedila para a praacutetica da atividade exercida na aacuterea O contrastedemasiado produziraacute um efeito de agitaccedilatildeo que por vezes pode ter resultados desastrosos noque diz respeito ao desempenho visual Por outro lado sombras em demasia natildeo proporcionamboa impressatildeo tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos tornando mais difiacutecil a suaidentificaccedilatildeo A uniformidade de uma iluminaccedilatildeo eacute medida pela relaccedilatildeo entre a iluminacircnciamiacutenima e a meacutedia obtida na aacuterea iluminada

Atividade E (miacutenima) E (meacutedia) E (maacutexima)

Orientaccedilatildeo simples para permanecircncia curta 50 75 100

Recintos natildeo usados para trabalho

contiacutenuodepoacutesitos saguatildeo sala de espera100 150 200

Tarefas com requisitos visuais limitados

trabalho bruto de maquinaria auditoacuterios200 300 500

Tarefas com requisitos visuais normais

trabalho meacutedio de maquinaria escritoacuterios500 750 1000

Tarefas com requisitos especiais gravaccedilatildeo

manual inspeccedilatildeo1000 1500 2000

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REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo36

REPRODUCcedilAtildeO DE CORES

Existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados iacutendicesdependendo da atividade a ser desempenhada no local assim como para Iluminacircncia meacutedia

Figura 23 - Iacutendices de reproduccedilatildeo de cor e ambientes

EFEITOS LUZ E SOMBRA

Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaacuteria para se evitar que essacrie sombras perturbadoras lembrando poreacutem que a total ausecircncia de sombras leva agrave perdada identificaccedilatildeo da textura e do formato dos objetos Uma boa iluminaccedilatildeo natildeo significa luzdistribuiacuteda por igual

TONALIDADE DE COR DA LUZ OU TEMPERATURA DE COR

Temperatura de cor Eacute a grandeza que expressa a aparecircncia de cor da luz sendo sua unidade oKelvin Quanto mais alta a temperatura de cor mais branca eacute a cor da luz A ldquoluz quenterdquo eacute a quetem aparecircncia amarelada e temperatura de cor baixa 3000 K ou menos A ldquoluz friardquo ao contraacuteriotem aparecircncia azul-violeta com temperatura de cor elevada 6000 K ou mais A ldquoluz brancanaturalrdquoeacute aquela emitida pelo sol em ceacuteu aberto ao meio-dia cuja temperatura de cor eacute 5800 K

Figura 24 ndash Temperatura de Cor

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Manual de Iluminaccedilatildeo 37

314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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Manual de Iluminaccedilatildeo 40

317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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314 CAacuteLCULO DA ILUMINACcedilAtildeO GERAL

Sequecircncia de caacutelculo

Escolha da lacircmpada adequadaEscolha da luminaacuteria adequada

Caacutelculo da quantidade de luminaacuterias

Supondo que os dois primeiros itens jaacute sejam de domiacutenio do leitor analisaremos neste item aetapa subsequente

OBS

Determinados cataacutelogos indicam tabelas de Fator de Utilizaccedilatildeo para suas luminaacuterias osvalores nelas encontrados natildeo precisam ser multiplicados pela Eficiecircncia da Luminaacuteria umavez que cada tabela eacute especiacutefica para uma luminaacuteria e jaacute considera a sua perda na emissatildeo doFluxo Luminoso

Figura 25 - Diagrama de distribuiccedilatildeo de intensidades luminosas

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Tabela 5 - Fator de Utilizaccedilatildeo de Luminaacuteria

CAacuteLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINAacuteRIAS

ETAPAS DE CAacuteLCULO

1- Iacutendice do local (K)

Onde

C ndash Comprimento do ambiente

L ndash Largura do Ambiente

h ndash Altura do peacute direito (peacute direito do ambiente ndash altura do plano de trabalho ndash altura desuspensatildeo da luminaacuteria)

Figura 26 ndash Caracteriacutesticas do ambiente

K= CL [h(C+L)]

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Manual de Iluminaccedilatildeo 39

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

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httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 39

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Este fator eacute apresentado na forma de tabela (Tabela 5) para cada tipo de luminaacuteria existente Daiacute

a necessidade de se escolher a luminaacuteria para aplicaccedilatildeo no projeto antes do iniacutecio dos caacutelculosPara escolher o fator de utilizaccedilatildeo mais adequado faz-se necessaacuterio conhecer as refletacircncias(Tabelas 2 e 3) do teto parede e piso aleacutem do iacutendice do local (K) calculado no item 1

3- Fator de Perdas Luminosas (Fpl)

As perdas luminosas consideram o acuacutemulo de poeira nas luminaacuterias e a depreciaccedilatildeo daslacircmpadas

4- Niacuteveis de Iluminacircncia

O niacutevel de Iluminacircncia projetado para o ambiente deve estar de acordo com os recomendadospela NBR 5413 (Tabela 4)

5- Caacutelculo da Quantidade de Luminaacuterias

Onde

N = Quantidade de luminaacuterias

E = Iluminacircncia (lux) - item 4

C = Comprimento do ambiente (m)

L = Largura do ambiente (m)

n = Quantidade de lacircmpadas por luminaacuteria

f = Fluxo luminoso da lacircmpada (lm) - ver tabela no cataacutelogo do fabricante

U = Fator de utilizaccedilatildeo - item 2

Fpl = Fator de perdas luminosas - item 3

315 ADEQUACcedilAtildeO DOS RESULTADOS AO PROJETO

O valor calculado para N pode natildeo ser um nuacutemero inteiro recomenda-se quando isto acontecerarredondaacute-lo de forma a obter uma distribuiccedilatildeo de luminaacuterias o mais uniforme possiacutevel

316 CAacuteLCULO DA ILUMINAcircNCIA MEacuteDIA

Dependendo da distribuiccedilatildeo definida no item anterior a quantidade de luminaacuterias pode seralterada sendo necessaacuterio calcular a iluminacircncia meacutedia

E = ( Nnf UFpl) CL

Limpo = 080Meacutedio = 070Sujo = 060

N = ( ECL ) ( nf UFpl)

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

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317 DEFINICcedilAtildeO DOS PONTOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Recomenda-se que o espaccedilamento entre as luminaacuterias seja o dobro do espaccedilamento entreelas e as paredes laterais

318 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ENERGEacuteTICO

Eacute muito usual a utilizaccedilatildeo de iacutendices de Eficiecircncia Energeacutetica para avaliar o grau de eficiecircnciaenergeacutetica de uma determinada instalaccedilatildeo ou projeto O valor da ldquoPotecircncia por msup2rdquo ou daldquoDensidade de Potecircncia Relativardquo satildeo iacutendices amplamente divulgados para tanto calcula-seinicialmente a potecircncia total instalada

POTEcircNCIA TOTAL INSTALADA

Siacutembolo Pt

Unidade kW

Eacute o somatoacuterio das potecircncias de todos os aparelhos instalados na iluminaccedilatildeo

Ou seja eacute a soma do nuacutemero de lacircmpadas de mesma potecircncia multiplicada pelo valor dapotecircncia de cada unidade e da potecircncia consumida de todos os reatores transformadores eou ignitores quando for o caso Os valores da potecircncia consumida pelos reatores relacionadosaos diversos tipos de lacircmpadas podem ser encontrados nos cataacutelogos dos fabricantes

A Potecircncia Total Instalada (Pt) eacute geralmente expressa em quilowatts (kW)

Sendo w = potecircncia consumida pelo conjunto lacircmpada e equipamentos auxiliares em watts

Temos

DENSIDADE DE POTEcircNCIA

Siacutembolo D

Unidade Wm2

Eacute a Potecircncia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

Sendo

Pt = Potecircncia Total Instalada (kW )

A = Aacuterea do ambiente Iluminado (m2)

Temos

A eficiecircncia energeacutetica de um determinado sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico soacute pode ser avaliada quando comparada com outro que apresente mesmoniacutevel meacutedio de iluminacircncia ou seja um sistema de iluminaccedilatildeo jaacute instalado ou de projetoluminoteacutecnico eacute mais eficiente que outro se apresentar mesmo niacutevel meacutedio de iluminacircncia emenor Densidade de Potecircncia

D = Pt 1000 Wm2

A

Pt = nw (kW)

100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

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httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 41

Essa grandeza eacute muito uacutetil para os caacutelculos de dimensionamento e revitalizaccedilatildeo de sistemas dear-condicionado ou mesmo dos projetos eleacutetricos de uma instalaccedilatildeo

DENSIDADE DE POTEcircNCIA RELATIVASiacutembolo Dr

Unidade Wm2 p 100 lux

Eacute a Densidade de Potecircncia Total Instalada para cada 100 lux de Iluminacircncia

Sendo

D = Potecircncia total Instalada em watt para cada metro quadrado de aacuterea

E = Iluminacircncia meacutedia obtida no ambiente iluminado

A = Aacuterea do ambiente Iluminado

ou

32 EXEMPLO DE CAacuteLCULO DE PROJETO DE ILUMINACcedilAtildeO EFICIENTE DE

INTERIORES

Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes caracteriacutesticas

Comprimento = 8m

Largura = 48mPeacute direito = 28m

Altura de suspensatildeo da luminaacuteria = 0

Plano de trabalho = 08m

A cor do teto e das paredes eacute branca

Trata-se de um escritoacuterio e pretende-se utilizar no local luminaacuterias com duas lacircmpadas de 32We reator eletrocircnico Com base nestes dados calcule a quantidade de luminaacuterias necessaacuterias paraatender os niacuteveis de iluminacircncia recomendados pela norma

1- Iacutendice do local (K)

k= 848 [2(8+48)] = 15

2- Fator de Utilizaccedilatildeo (U)

Refletacircncia do teto = 70

Refletacircncia da parede = 50

Refletacircncia do piso = 10

Dr= D

E100

Dr= D 100E100

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

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httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

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pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 42

Com os coeficientes de refletacircncias TetoParedePiso devemos localizar na Tabela 5 - Fator deutilizaccedilatildeo de luminaacuteria paacutegina 51 sua coluna correspondente Neste caso escolhemos a coluna751 A interseccedilatildeo desta com a linha que corresponde ao iacutendice local calculado (15) nos daacute o

fator de utilizaccedilatildeo U = 051

3- Fator de perdas luminosas (Fpl)

Ambiente limpo Fpl = 080

4- Iluminacircncia recomendada

Conforme NBR 5413 na Tabela 4 paacutegina 47 temos E = 500 lux

5- Quantidade de luminaacuterias (N)

Pela tabela do fabricante o fluxo luminoso da lacircmpada fluorescente de 32W eacute 3050 lm

N = (500848) (2305005108) = 77 luminaacuterias

Apoacutes arredondamento define-se que seratildeo utilizadas 8 luminaacuterias

6- Iluminacircncia meacutedia

E = ( 823050051080 ) (848) = 519 lux

7- Definiccedilatildeo dos pontos de iluminaccedilatildeo

Como temos que distribuir oito luminaacuterias em um ambiente retangular com medidas de8m de comprimento e 48m de largura e as distacircncias das luminaacuterias agraves paredes devem sermetade das distacircncias entre luminaacuterias a melhor opccedilatildeo eacute distribuiacute-las em duas fileiras com 4

luminaacuterias cada e paralelas agraves paredes de 8m Toma-se a luminaacuteria em seu comprimento comobase para o paralelelismo

8- Avaliaccedilatildeo do Consumo Energeacutetico

Potecircncia Total Instalada

Considerando-se luminaacuterias com duas lacircmpadas mais reator eletrocircnico para uma tensatildeo de127 V do manual do fabricante temos uma potecircncia por luminaacuteria de 70 W

Como temos 8 luminaacuterias

Pt = 870 1000 kW =056 kW

Densidade de Potecircncia

Como a aacuterea eacute dada por C x L temos A = 848 = 384 m2

D = (0561000) 384 Wm2 = 146 Wm2

Densidade de Potecircncia Relativa

Para uma iluminacircncia meacutedia de 519 lux

Dr = ( 146 519 )100 = 281 Wm2 p 100 lux

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 43

4 SELOS QUE GARANTEM EFICIEcircNCIA

O objetivo do Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - PROCEL eacute promover

a racionalizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de energia eleacutetrica para que se eliminem osdesperdiacutecios e se reduzam os custos e os investimentos setoriais

Figura 27 ndash Selo Procel de eficiecircncia

O SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA ou simplesmente Selo Procel foi instituiacutedo porDecreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993 Eacute um produto desenvolvido e concedidopelo Programa Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia Eleacutetrica - Procel coordenado peloMinisteacuterio de Minas e Energia ndash MME com sua Secretaria-Executiva mantida pela Eletrobras

O Selo Procel tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra indicando osprodutos que apresentam os melhores niacuteveis de eficiecircncia energeacutetica dentro de cadacategoria proporcionando assim economia na sua conta de energia eleacutetrica Tambeacutemestimula a fabricaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de produtos mais eficientes contribuindo para o

desenvolvimento tecnoloacutegico e a preservaccedilatildeo do meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 44

O PROCEL concede o selo para os seguintes itens

bull Condicionadores de ar de janela

bull

Condicionadores de ar tipo split-system hi-wallbull Condicionadores de ar tipo split-system piso-teto

bull Coletores solares

bull Congeladores

bull Lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Lacircmpadas fluorescentes compactas

bull Lavadoras de roupa automaacuteticas

bull Lavadoras de roupa semi-automaacuteticas

bull Lavadoras automaacuteticas lava-e-seca

bull Motor de alto rendimento

bull Motor padratildeo

bull Reatores eletromagneacuteticos para lacircmpadas a vapor de soacutedio

bull Reatores eletrocircnicos para lacircmpadas tubulares

bull Refrigeradores e combinados

bull Reservatoacuterios teacutermicos

bull Televisores LCD

bull Televisores LED

bull Televisores tradicionais

bull Televisores plasma

bull Ventiladores de teto

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 45

ENCE 991251 ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA

No processo de concessatildeo do Selo Procel a Eletrobraacutes conta com a parceria do Instituto Nacional

de Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial - Inmetro executor do Programa Brasileiro deEtiquetagem-PBE cujo principal produto eacute a Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia ndashENCEsendo tambeacutem a Eletrobraacutes parceira do Inmetro no desenvolvimento do PBE Normalmente osprodutos contemplados com o Selo Procel satildeo caracterizados pela faixa ldquoArdquo da ENCE

Figura 28 ndash Etiqueta Nacional de Conservaccedilatildeo de Energia - Modelo de Etiqueta para Lacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo 46

5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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5 PLANILHA PARA PROJETOS DE ILUMINACcedilAtildeO

Sugestatildeo de planilha para caacutelculo de custos e rentabilidade a ser utilizada em projetos de

iluminaccedilatildeo internaTabela 6 - Caacutelculo de Rentabilidade em Projetos de Iluminaccedilatildeo

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 47

6 CUIDADOS ESPECIAIS

61 DESTINO DAS LAcircMPADAS FLUORESCENTES

As lacircmpadas que contecircm mercuacuterio satildeo as do tipo fluorescentes fluorescentes compactaslacircmpadas mistas contendo Hg lacircmpadas haloacutegenas lacircmpadas de vapor de mercuacuterio emercuacuteriosoacutedio Largamente utilizadas estaslacircmpadas podem causar impactos ambientaisimportantes pela contaminaccedilatildeo do ar aacutegua esolo pelo mercuacuterio desprendido das mesmase os consequentes malefiacutecios para sauacutedehumana

A fabricaccedilatildeo o transporte a armazenagem

separaccedilatildeo acondicionamento reciclageme reutilizaccedilatildeo devem ser feitos de formatecnicamente segura e adequada e adisposiccedilatildeo final dos produtos em aterros deveser evitada ateacute ser totalmente eliminada comvistas a prevenir os riscos agrave sauacutede humana dosanimais e do meio ambiente terrestre aeacutereo eaquaacutetico

No Brasil eacute incipiente a legislaccedilatildeo especiacutefica que abarca os diversos aspectos de modo a preveniros riscos advindos do uso de mercuacuterio em lacircmpadas Entretanto existem fundamentos legaisque datildeo embasamento para se estabelecer padronizaccedilotildees de procedimentos e exigecircncias

Tambeacutem natildeo existe determinaccedilatildeo legal da quantidade de mercuacuterio que deve ser utilizada portipo de lacircmpada de modo a reduzir os riscos para a vida

611 FABRICACcedilAtildeO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os procedimentos a seguir estatildeo destinados agraves empresas que fabricam armazenam importamexportam ou comercializam lacircmpadas com mercuacuterio conforme atividades desenvolvidas emseus estabelecimentos

1 Substituir a tecnologia de utilizaccedilatildeo de introduccedilatildeo (injeccedilatildeo) de mercuacuterio liacutequido no tubo poroutras tecnologias como por exemplo a de caacutepsula de mercuacuterio e a de mercuacuterio amalgamadoque permitem melhor controle de exposiccedilatildeo na produccedilatildeo

2 Substituir o processo de diluiccedilatildeo do poacute fluorescente que utiliza solventes agrave base de xilolacetato de butila e etila ou outros similares por processo que utilize aacutegua como solvente

3 Padronizar a quantidade de mercuacuterio utilizado por lacircmpada de acordo com tipo tamanhoe modelo podendo variar de 3 mg de Hg (ou menos) ateacute no maacuteximo 10 mg por lacircmpada Aquantidade de mercuacuterio nas lacircmpadas fluorescentes compactas natildeo deve exceder a 5 mg porlacircmpada nas lacircmpadas fluorescentes simples de halofosfato a 10 mg por lacircmpada nas lacircmpadastrifosfato de vida meacutedia normal a 5 mg e nas lacircmpadas trifosfato de vida meacutedia longa a 8 mg

Figura 29 - Lacircmpadas Fluorescentes Tubular e Compacta

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 48

4 Produzir lacircmpadas fluorescentes tubulares que natildeo excedam 150 m de comprimento emfunccedilatildeo dos riscos no manuseio fabricaccedilatildeo transporte e reciclagem

5 Imprimir de forma visiacutevel no corpo da lacircmpada o nome do fabricante o valor quantitativo demercuacuterio contido na mesma e a advertecircncia ldquonatildeo quebre conteacutem elemento toacutexicordquo visandoagrave orientaccedilatildeo ao consumidor

6 Embalar as lacircmpadas por unidade e colocaacute-las em caixas inclusive as transportadas importadasexportadas e comercializadas Manter as caixas dispostas em pallets com empilhamento emquantidade e altura que natildeo ofereccedilam risco de acidente queda ou rompimento armazenando-as em local especiacutefico para esta finalidade

7 Providenciar para que as embalagens contenham informaccedilotildees em destaque e facilmentelegiacuteveis relativas ao risco do mercuacuterio os cuidados a serem adotados em caso de quebra aorientaccedilatildeo ao consumidor para natildeo quebrar as lacircmpadas apoacutes o uso e devolvecirc-las embaladasadequadamente de preferecircncia dentro da embalagem original bem como os cuidados aserem adotados em caso de quebra acidental

8 Acondicionar as lacircmpadas defeituosas (refugo) em embalagens resistentes em bom estadode conservaccedilatildeo que natildeo possibilite a evaporaccedilatildeo do mercuacuterio corretamente empilhadas e emlocal especiacutefico dotado de ventilaccedilatildeo eficiente

9 Adotar os mesmos procedimentos e as mesmas medidas de proteccedilatildeo previstas para asempresas de reciclagem no tratamento dado agraves lacircmpadas reprovadas no processo de produccedilatildeoou quebra acidental em local especiacutefico para esta finalidade sendo vedada quebra de lacircmpadana linha de produccedilatildeo

10 Realizar processo de purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeo do mercuacuterio em local adequadoespeciacutefico para o desenvolvimento seguro dessa atividade e isolado dos demais setores deproduccedilatildeo Este processo deve ser enclausurado com a utilizaccedilatildeo de uma cabine fechadaou equivalente e dotada de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora O ar capturado atraveacutes daexaustatildeo deve receber tratamento preacutevio empregando-se a melhor tecnologia disponiacutevel nomercado para retenccedilatildeo do mercuacuterio antes de ser lanccedilado no ambiente externo Devem sereliminados quaisquer processos manuais de limpeza do mercuacuterio tais como lavagem comprodutos quiacutemicos ou similares separaccedilatildeo atraveacutes de funil ou outros Nenhum equipamentomaacutequina recipiente ou produto desnecessaacuterio ao processo purificaccedilatildeodestilaccedilatildeorecuperaccedilatildeodo mercuacuterio deve permanecer no local

11 Impermeabilizar os pisos paredes e teto dos locais de trabalho onde exista mercuacuterio comprodutos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

12 Tomar todas as medidas necessaacuterias para impedir que caacutepsulas e amaacutelgamas fiquemespalhados pelas bancadas ou pelo chatildeo durante o processo produtivo

13 Monitorar a temperatura ambiente dos setores de produccedilatildeo de lacircmpadas a fim de assegurarconforto teacutermico aos trabalhadores Dotar os ambientes de trabalho de sistema de ventilaccedilatildeocom constante renovaccedilatildeo de ar ambiente que contenha um sistema de filtros com retenccedilatildeode mercuacuterio e com monitoraccedilatildeo permanente do ar lanccedilado para o meio ambiente

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo 49

14 Dotar as maacutequinas e equipamentos que utilizem mercuacuterio de um sistema de ventilaccedilatildeolocal exaustora eficiente com recuperaccedilatildeo de mercuacuterio e com filtros de retenccedilatildeo devendoos efluentes gasosos do sistema referido serem monitorados permanentemente antes do

lanccedilamento no meio ambiente

15 Realizar monitoramento constante de mercuacuterio do ar ambiente e das possiacuteveis emissotildeesatraveacutes de fontes e de pontos de escape nos locais de trabalho e em todos os ambientes sujeitosagrave contaminaccedilatildeo Em caso de verificaccedilatildeo de escapamento ou de ultrapassagem dos valoresprevistos no presente documento devem ser adotadas pela empresa medidas imediatas deeliminaccedilatildeo do risco

16 Monitorar tambeacutem o mercuacuterio do entorno da empresa abrangendo inclusive o periacuteodo deinverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea da empresa bem comoas aacuteguas utilizadas devem ser monitoradas sendo que a amostragem coleta e procedimentos

deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

17 Fornecer informaccedilotildees por escrito e treinar os trabalhadores sobre os procedimentos corretosa serem adotados com relaccedilatildeo ao risco existente em todas as atividades nas quais ocorre amanipulaccedilatildeo de mercuacuterio ou de produtos contendo mercuacuterio

18 Submeter os efluentes liacutequidos e os resiacuteduos soacutelidos a processo de descontaminaccedilatildeo domercuacuterio seguindo a orientaccedilatildeo dos oacutergatildeos competentes

19 Encaminhar todo e qualquer produto contaminado tais como dispositivos de retenccedilatildeo demercuacuterio resiacuteduos das impurezas do mercuacuterio e outros para a devida descontaminaccedilatildeo emempresas especializadas e licenciadas pelos oacutergatildeos ambientais competentes

20 As empresas importadoras de lacircmpadas devem

a) Fazer constar nas lacircmpadas importadas as mesmas informaccedilotildees e advertecircncias previstas paraaquelas fabricadas no paiacutes impressas em liacutengua portuguesa

b) Possuir e disponibilizar documentos contendo a razatildeo social e endereccedilo completo doprodutor e as informaccedilotildees pertinentes na embalagem

c) Possuir cadastro no qual conste a razatildeo social CNPJ endereccedilo completo e quantidades meacutediasimportadas por ano que deveraacute estar disponiacutevel aos oacutergatildeos puacuteblicos interessados

d) Adotar todos os procedimentos previstos para as empresas fabricantes e as de reciclagem

com relaccedilatildeo agraves lacircmpadas com mercuacuterio

612 TRANSPORTE DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

Os cuidados e procedimentos para o transporte e o acondicionamento das lacircmpadas usadassatildeo de responsabilidade solidaacuteria da empresa fabricante importadora remetente e daquelaque realiza o deslocamento

O transporte de lacircmpadas com mercuacuterio ou produtos contaminados com mercuacuterio deve serfeito somente se estiverem adequadamente classificados embalados rotulados sinalizadose com declaraccedilatildeo emitida pelo expedidor constante em documentaccedilatildeo de transporte e nascondiccedilotildees regulamentares exigidas

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Manual de Iluminaccedilatildeo 53

7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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Manual de Iluminaccedilatildeo54

8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

httpwwwpucrsbrlabeloens_procelphp

httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula4

pdfsearch=22revista20lumiere22httpwwwcelesccombracessibilidadeCELESCphpp=htmldicaluminariashtm

httpwwwosramcombrservicosledsindexhtml

httpwwwieeuspbrbibliotecaproducao2004Artigos20de20Periodicosrinaldo_aula2pdf

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Manual de Iluminaccedilatildeo50

O transporte de lacircmpadas inserviacuteveis deve ser feito em separado de quaisquer outros resiacuteduosou lixo e em veiacuteculos destinados para esta finalidade Lacircmpadas quebradas natildeo poderatildeo sertransportadas sem o devido acondicionamento em embalagens especiais hermeacuteticas a fim de

evitar a contaminaccedilatildeo do condutor da carga do veiacuteculo de transporte e dos locais de passagem

As lacircmpadas novas devem ser comercializadas como produto que conteacutem elemento toacutexicoe devem ser tomados os mesmos cuidados definidos para o transporte das lacircmpadas usadas

613 ACONDICIONAMENTO DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

1 Embalar individualmente as lacircmpadas inserviacuteveis (usadas) sem danos aparentes e colocaacute-laspreferencialmente em suas embalagens originais mantendo-as intactas e protegidas contraeventuais choques que possam provocar a sua ruptura e armazenaacute-las em local seco Casonatildeo seja possiacutevel reaproveitar as embalagens originais deveraacute ser utilizado papelatildeo papel ou

jornal e fitas colantes resistentes para envolver as lacircmpadas protegendo-as contra choques

2 Acondicionar as lacircmpadas embaladas individualmente em recipiente portaacutetil ou caixaresistente apropriados para o transporte de forma a evitar a quebra das mesmas

3 Efetuar o acondicionamento de lacircmpadas quebradas ou danificadas separadamente dasdemais em recipientes hermeticamente fechados resistentes agrave pressatildeo revestido internamentecom saco plaacutestico especial para evitar sua contaminaccedilatildeo e com a informaccedilatildeo de que se tratade lacircmpada quebrada com mercuacuterio

4 Realizar o manuseio de lacircmpadas quebradas (casquilhos) somente com uso de equipamentosde proteccedilatildeo individual (EPIacutes) adequados tais como maacutescara para mercuacuterio luvas avental

impermeaacutevel e calccedilado de seguranccedila em todas as fases de movimentaccedilatildeo dos produtosrecolhimento armazenamento e transporte

614 RECOLHIMENTO E ARMAZENAGEM POacuteS983085COLETA DE LAcircMPADAS COM MERCUacuteRIO

A poliacutetica adotada pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente eacute a de responsabilidade poacutes-consumoonde se define a cadeia de responsabilidades cabendo atribuiccedilotildees aos fabricantesimportadoresdistribuidoresrevendedores e consumidores

Os consumidores tecircm a responsabilidade devolver as lacircmpadas apoacutes uso ou entregar aslacircmpadas inserviacuteveis nos estabelecimentos que as comercializam ou nos postos de coletade preferecircncia nas proacuteprias embalagens seguindo as orientaccedilotildees e tomando a precauccedilatildeo de

natildeo quebraacute-las

62 RECICLAGEM

Considera-se reciclagem de lacircmpadas com mercuacuterio o conjunto de procedimentos queabrange a decomposiccedilatildeo da lacircmpada a separaccedilatildeo dos materiais a recuperaccedilatildeo do mercuacuterioa descontaminaccedilatildeo e a destinaccedilatildeo dos materiais sem mercuacuterio para reaproveitamento emprocesso produtivo

Considera-se descontaminado o material que natildeo possua mercuacuterio ou contenha niacuteveis miacutenimosdetectaacuteveis do metal

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Manual de Iluminaccedilatildeo 51

As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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7 BIBLIOGRAFIA

Manual de Iluminaccedilatildeo Eficiente - julho2002 ndash Engordm Pierre Rodrigues

Manual Luminoteacutecnico Praacutetico ndash OSRAM

Manual de Iluminaccedilatildeo ndash PHILIPS

Manual GE ndash INCANDESCENTES

Manual GE ndash HALOacuteGENAS

Curso de Fotometria on-line aula 1 a aula 10 ndash Autor Pinto Rinaldo Caldeira

Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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8 SITES

httpwwwmspcengbrtecdivilum1Aasp

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httpeducarscuspbroticaluzhtmnatureza

httpwwwcepaifuspbrenergiaenergia2000turmaAgrupo6temperatura_corhtm

httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

httpwwwgelampadascombrsolucoesglossarioasp

httpwwwedlumierecombrstrArea=buscaamparea=iluminacao

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As recomendaccedilotildees relativas agrave reciclagem satildeo as seguintes

1 Todo e qualquer procedimento de reciclagem de lacircmpadas deve ser feito por empresa

legalmente constituiacuteda licenciada por oacutergatildeo competente e inscrita no Cadastro Teacutecnico Federaldo Ibama aleacutem de consolidada em imoacutevel edificado em endereccedilo fixo

2 Prover as aacutereas de armazenamento e reciclagem de lacircmpadas de pisos paredes e tetoimpermeabilizados com produtos que impeccedilam a impregnaccedilatildeo e a penetraccedilatildeo de mercuacuterio

3 Fica proibida a realizaccedilatildeo de quebra ou tratamento de lacircmpadas contendo mercuacuterio emunidades moacuteveis seja em veiacuteculo ou similares ou quaisquer meios passiacuteveis de deslocamentopara a realizaccedilatildeo deste tipo de atividade

4 Manter as lacircmpadas recebidas para reciclagem em local especiacutefico para tal finalidade cobertoe dotado de sistema de ventilaccedilatildeo

5 Enclausurar todos os procedimentos realizados na reciclagem de modo a impedir emissotildeesfugitivas de mercuacuterio dotados de sistema de ventilaccedilatildeo local exaustora eficiente com dispositivode captura e coleta do mercuacuterio e tratamento do ar emitido na atmosfera

6 Descontaminar as poeiras fosforadas e demais particulados retirados do interior das lacircmpadasbem como as partes metaacutelicas retiradas das lacircmpadas submetendo a processo fechado dedescontaminaccedilatildeo por meio de aquecimento suficiente para a total evaporaccedilatildeo do mercuacuterioali contido com recuperaccedilatildeo e engarrafamento do mesmo em recipiente apropriado antesda destinaccedilatildeo adequada

7 Acondicionar todo o mercuacuterio recuperado em recipientes de metal que natildeo se amalgama

com mercuacuterio nem deteriorem e ter fechamento hermeacutetico

8 Armazenar adequadamente os resiacuteduos gerados ateacute a destinaccedilatildeo adequada

9 Submeter as aacuteguas utilizadas no processo a tratamento de descontaminaccedilatildeo antes dolanccedilamento no meio ambiente mantendo monitoramento permanentemente nas mesmas

10 Os efluentes lanccedilados em qualquer curso drsquoaacutegua e no meio ambiente natildeo devem conterteores detectaacuteveis de mercuacuterio

11 Previamente ao tratamento de descontaminaccedilatildeo todos os produtos contaminados devemser acondicionados separadamente em recipientes hermeticamente fechados e armazenados

temporariamente em local especiacutefico para este fim inclusive os lotes com lacircmpadas quebradas12 Manter os comprovantes de destinaccedilatildeo do material gerado na reciclagem contendo tipopeso volume e endereccedilos do receptor agrave disposiccedilatildeo dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo e controle

13 Os materiais provenientes da reciclagem para serem reaproveitados devem ser processadosateacute remoccedilatildeo do mercuacuterio e monitorados atraveacutes de testes de controle de qualidade commetodologia que evite perdas na manipulaccedilatildeo da amostra sendo necessaacuteria a amostragemde todos os lotes a serem encaminhados para terceiros

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Manual de Iluminaccedilatildeo52

14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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Documento de recomendaccedilotildees a serem implementadas pelos oacutergatildeos competentes em todo oterritoacuterio nacional relativas agraves lacircmpadas com mercuacuterio ndash novembro2007 ndash Grupo GTLacircmpadas

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httpwwwitespspgovbrgespessoascipafontescampohtm

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14 A empresa recicladora deve emitir e encaminhar laudo da anaacutelise quantitativa do mercuacuteriodos lotes encaminhados aos receptores destes resiacuteduos comprovando a descontaminaccedilatildeodos materiais

15 As empresas recicladoras de lacircmpadas com mercuacuterio devem realizar avaliaccedilatildeo semestral paramonitoramento de mercuacuterio no ar dos locais de trabalho e do entorno da empresa abrangendoo periacuteodo de inverno para fins de avaliaccedilatildeo de qualidade do ar da regiatildeo O solo da aacuterea daempresa bem como as aacuteguas utilizadas devem ser monitorados sendo que a amostragemcoleta e procedimentos deveratildeo obedecer agraves normas estabelecidas pelos oacutergatildeos competentes

63 DESTINACcedilAtildeO

Fica vedada a disposiccedilatildeo final das lacircmpadas de mercuacuterio em aterros sanitaacuterios lanccedilamento innatura aterramento ou processo de queima ou incineraccedilatildeo devendo as mesmas ser destinadas

para reciclagem

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