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Luana Magalhães Morais MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA PARA CIRURGIÕES DENTISTAS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO Palmas TO 2018

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA PARA … · 2019. 2. 5. · prevenção afim de reduzir e prevenir a gravidade dessas complicações bucais assim promovendo e mantendo

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Luana Magalhães Morais

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA PARA CIRURGIÕES

DENTISTAS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO

Palmas – TO

2018

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Luana Magalhães Morais

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA PARA CIRURGIÕES

DENTISTAS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO

Trabalho de conclusão de curso (TCC) II elaborado e

apresentado como requisito parcial para obtenção do

título de bacharel em odontologia pelo Centro

Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Prof. MS Luciana Marquez

Palmas – TO

2018

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Luana Magalhães Morais

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA PARA CIRURGIÕES

DENTISTAS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO

Trabalho de conclusão de curso (TCC) II elaborado e

apresentado como requisito parcial para obtenção do

título de bacharel em odontologia pelo Centro

Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Prof. MS Luciana Marquez

Aprovado em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof. MS Luciana Marquez

Orientador

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

____________________________________________________________

Prof. Dra Tássia Silvana Borges

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

____________________________________________________________

Prof. MS Marília Zeczkowski

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

Palmas – TO

2018

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Dedico esse trabalho a meu pai Miron que já

se foi, mas continua sendo minha força e

inspiração na vida

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado força para superar todas as dificuldades ao longo desse trabalho;

A minha família pelo apoio, incentivo nas horas difíceis de desânimo e cansaço;

A minha orientadora pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho;

Enfim, agradeço a todos as pessoas que fizeram parte dessa etapa decisiva em minha vida.

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“Não importa o que aconteça, continue a nadar. ” (WALTERS,

GRAHAM; PROCURANDO NEMO, 2003).

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RESUMO

MORAIS, Luana Magalhães. Manual de orientação e prevenção odontológica para

cirurgiões dentistas no tratamento antineoplásico. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso

(Graduação) – Odontologia, Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas/TO, 2018.

O câncer corresponde a um grupo de doenças que tem em comum a proliferação

descontrolada de células anormais e que podem ocorrer em qualquer local do organismo. Na

literatura, cerca de 70% dos pacientes com câncer farão uso de quimioterapia durante o

tratamento. Destes, 40% desenvolverão complicações bucais, uma vez que os quimioterápicos

atuam nas células em proliferação, sem distinguir as células malignas das células normais da

mucosa bucal, esses pacientes oncológicos requerem cuidados e acompanhamento

odontológico antes e durante a terapia antineoplásica com isso, objetiva-se neste estudo

elaborar um manual de orientação e prevenção odontológica para os cirurgiões dentistas assim

auxiliando o mesmo nos cuidados adequados antes e durante o tratamento antineoplásico.

Este trabalho caracteriza-se como revisão bibliográfica, tendo como base de dados o Google

acadêmico e Scielo.

Palavras-chave: neoplasias, manifestações bucais, cirurgião-dentista.

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ABSTRACT

MORAIS, Luana Magalhães. Dental prevention and guidance manual for dental

surgeons in anticancer treatment. 2018. Work of conclusion of course (graduation) –

dentistry, Lutheran University Center of clap/TO, 2018.

Cancer is a group of diseases that have in common the uncontrolled proliferation of

abnormal cells that may occur anywhere in the body. In the literature, about 70% of cancer

patients use of chemotherapy during the treatment. Of these, 40% will develop oral

complications, since the chemotherapeutic Drugs Act in the cells on proliferation, without

distinguishing the malignant cells of the normal cells of the oral mucosa, these cancer patients

require care and monitoring Dental before and during therapy with anticancer that, this study

aims to develop a guidance manual and dental prevention for dental surgeons so assisting the

same appropriate care before and during treatment antineoplastic. This work is characterized

as literature review, based on the Google Scholar data and Scielo.

Key words: Neoplasms, oral manifestations, dental surgeon.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

INCA Instituto Nacional do Câncer

CEULP Centro Universitário Luterano de Palmas

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................ 10

1.2 HIPÓTESES: ................................................................................................................. 10

1.3. OBJETIVOS ................................................................................................................. 10

1.3.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 10

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................... 10

2.REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 11

2.1 CÂNCER ........................................................................................................................ 11

2.2 MANIFESTAÇÕES BUCAIS DECORRENTES DOS TRATAMENTOS

ANTINEOPLÁSICOS ........................................................................................................... 12

2.2.1 mucosites .................................................................................................................... 12

2.2.2 xerostomia .................................................................................................................. 14

2.2.3 neurotoxicidade ........................................................................................................... 14

2.2.4 Infecções oportunistas ................................................................................................ 14

2.3 MANEJO DO PACIENTE ANTES E DURANTE A QUIMIOTERAPIA ............ 15

3. METODOLOGIA .......................................................................................................... 16

4. RESULTADOS .............................................................................................................. 17

5. DISCUSSÃO .................................................................................................................. 30

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 32

7.REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 33

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1 INTRODUÇÃO

O câncer corresponde a um grupo de doenças que tem em comum a proliferação

descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo

(INCA, 2009). De acordo com os dados da base populacional do Brasil, os tumores mais

frequentes no país na população masculina são próstata, pulmão, estômago, cólon e reto e

esôfago. Em mulheres, são o câncer de mama, seguido pelos cânceres de colo uterino, cólon e

reto, pulmão e estômago (INCA, 2003).

O câncer é um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em

desenvolvimento, sendo a causa de seis milhões de mortes a cada ano, representando cerca de

12% de todas as causas de óbitos no mundo. Apesar de que as maiores taxas de incidência do

mesmo sejam encontradas em países desenvolvidos, dos dez milhões de casos novos anuais

de câncer, cinco milhões e meio são diagnosticados nos países em desenvolvimento

(SALUDE PUBLICA, 2002).

Na literatura, cerca de 70% dos pacientes oncológicos farão uso de quimioterapia

durante o tratamento. Destes, 40% desenvolverão complicações bucais, uma vez que os

quimioterápicos atuam nas células em proliferação, sem distinguir as células malignas do

câncer das células normais da mucosa bucal (MARTINS et al., 2002).

Vômitos, emagrecimento, febres, sangramentos, adenomegalias generalizadas, dor

óssea generalizada e palidez são os sinais e sintomas mais informado pelos pacientes com

câncer (BRASIL, 2009).

O tratamento de neoplasias pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia ou

quimioterapia e a escolha do tratamento vai depender do estágio do tumor, podendo provocar

diferentes tipos de efeitos colaterais, dependendo de cada caso da doença (CHILDERS et al.,

1993).

De acordo com NAYLOR E TEREZHALMY, (1988) a quimioterapia do câncer é

usada para destruir rapidamente ás células proliferativas neoplásicas. Porém, células normais

do corpo com alta taxa mitótica também são afetadas por essa intervenção, especialmente

aquelas que estão na mucosa oral, gastrointestinal e no sistema hematopoiético.

Segundo SANTOS, (2005) os pacientes oncológicos apresentam manifestações orais

em consequência da intensa imunossupressão obtida através de quimioterapia. Essas

manifestações orais podem ser graves e interferir nos resultados do tratamento médico,

levando a complicações sistêmicas, que podem aumentar o tempo de internação hospitalar e

os custos do tratamento e afetar diretamente a qualidade de vida desses pacientes.

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As manifestações bucais são influenciadas por fatores relacionados ao tratamento

(tipo, dosagens, duração e intervalo da administração dos quimioterápicos), e relacionados ao

paciente (idades inferiores há 12 anos, higiene bucal precária e deficiente e doença

periodontal (SONIS et al., 1996). Esses fatores interferem no aparecimento de efeitos

colaterais bucais como mucosite, xerostomia, dor por neurotoxocidade, infecções oportunistas

e hemorragias gengivais.

O objetivo deste trabalho é elaborar um Manual odontológico de orientação é

prevenção afim de reduzir e prevenir a gravidade dessas complicações bucais assim

promovendo e mantendo a integridade da mucosa bucal desses pacientes oncológicos.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Qual a importância de elaborar um manual de orientação e prevenção odontológica

para os cirurgiões dentistas antes e durante o tratamento antineoplásico?

1.2 HIPÓTESES:

O presente estudo levanta a seguinte hipótese: o manual de orientação e prevenção

odontológica vai informar e contribuir de forma positiva os cuidados corretos para a

manutenção da cavidade bucal, principalmente devido ás complicações bucais antes, durante e

depois do tratamento antineoplásico.

1.3. OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVO GERAL

Elaborar um manual de orientação e prevenção odontológica para informar e

contribuir com a saúde da cavidade bucal dos pacientes antes e durante o tratamento

antineoplásico.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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Identificar as principais complicações bucais provenientes dos tratamentos

antineoplásicos.

Construir um manual de condutas e manejo odontológica para orientação e prevenção

de pacientes antes e durante o tratamento antineoplásico.

2.REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CÂNCER

Atualmente, a definição de câncer refere-se ao termo neoplasia, especificamente aos

tumores malignos, como sendo uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de

células anormais, os quais se diferenciam pela capacidade de invadir tecidos e órgãos,

vizinhos ou distantes (INCA, 2003).

Estatisticamente, o câncer é a terceira causa de óbitos no mundo com 12%, matando

cerca de 6,0 milhões de pessoas por ano. Atualmente, é a segunda causa de mortes por doença

no Brasil, estimando-se em 2002, 337.535 casos novos e 122.600 óbitos (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 1971).

Segundo NASCIMENTO et al., (2005) apresenta repercussões diretas na qualidade de

vida. Seu crescimento é relativamente rápido, com período de latência reduzindo e

possibilidade de ser altamente invasivo (BRASIL, 2008).

De acordo com a literatura, já foi considerado uma doença aguda e de evolução

invariavelmente fatal, constituindo-se em uma das principais causas de morte frequentes no

Brasil. Nos dias atuais, é considerada uma doença crônica, com perspectivas de cura na

maioria dos casos (VALLE, 1998).

O câncer, como uma doença multifatorial, exige uma abordagem multiprofissional,

para que todas as áreas da saúde trabalhem juntas, trazendo melhorias tanto no tratamento e

na cura do paciente com câncer quanto na redução dos fatores emocionais e psicológicos que

envolvem esse paciente (GRINBERG et al., 2010).

Os pacientes com neoplasias manifestam risco elevado de apresentar complicações

bucais devido a seu estado debitado de saúde e de higiene bucal deficiente (GORDÓN-

NÚNEZ et al., 2005).

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As complicações orais mais frequentes associadas ao tratamento neoplásico são:

mucosite, infecções, disfunções glandulares, alterações no paladar e dor, podendo estas levar

a complicações secundárias como disgeusia e desnutrição (DIAS, 2007).

As manifestações na mucosa bucal podem ser divididas em estomatoxicidade direta,

que são complicações resultantes da ação direta da droga sobre os tecidos bucais (mucosite,

xerostomia e neurotoxicidade) e indireta, onde são as complicações bucais são causados pela

modificação de outros tecidos, tais como a medula óssea, infecções e sangramento bucal

(SONIS et al., 1996).

2.2 MANIFESTAÇÕES BUCAIS DECORRENTES DOS TRATAMENTOS

ANTINEOPLÁSICOS

2.2.1 MUCOSITES

A mucosite possui etiologia multifatorial e sua prevalência está entre 40% a 76% dos

pacientes em quimioterapia. É definida como uma resposta inflamatória da mucosa bucal ás

altas doses da terapia da quimioterapia, é caracterizada pelo aparecimento de lesões

eritematosas, seguidas de ulcerações, sangramento e edema, acompanhamento de dor intensa,

que provoca resultados negativos ao paciente como desconforto, má higienização oral,

disfagia, diminuição da qualidade de vida, distúrbios do sono e debilidade sistêmica (LOPES

et al., 2012)

Segundo MARTINS et al (2002) os primeiros aparecimentos da mucosite ocorrem

entre 5-10 dias após a administração da droga e apresenta resolução em cerca de 90% dos

casos em 2-3 semanas após o término do tratamento.

Segundo ALVES et al., (2003) a mucosite pode apresentar várias formas e em

diferentes graus de intensidade. Desta forma, pode ser classificada de acordo com sua

apresentação clínica de acordo com a tabela apresentada a seguir:

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Mucosite Características clínicas

Grau I Eritema clinicamente visível e/ou paciente

menciona sensação de ardência na cavidade

oral

Grau II Eritema e ulceração ou mancha branca

presente ao exame clínico, além disso, há

queixa de dor

Grau III Eritema e ulceração ou mancha branca

presente ao exame clínico, paciente queixa-

se de dor intensa e está impossibilitado de

ingerir alimentos sólidos

Grau IV

Eritema e ulceração ou mancha branca

presente ao exame clínico, paciente queixa-

se de dor extrema e está impossibilitado de

ingerir alimentos sólidos e líquidos

tabela 1: classificação da mucosite de acordo com sua apresentação clínica

O tratamento é variado e apenas paliativo. Inclui bochechos com solução salina a

0,9%, fármacos protetores do epitélio, anestésicos tópicos, analgésicos e anti-inflamatórios

não esteroidais (PETERSON et al., 2004).

Outra alternativa para o tratamento de mucosite é a utilização de laser de baixa

intensidade que vem sendo utilizada na cicatrização da mucosite oral e tem obtido respostas

positivas. O laser age estimulando a atividade celular, acarretando à liberação de fatores de

crescimento por macrófagos, proliferação de queratinócitos, aumento da população e

degranulação de mastócitos e angiogênese (RIBEIRO, 2004).

Segundo BENSADOUN et al., (1999) o uso do laser de baixa potência He-Ne

(632,8nm, 60mW, 2J/cm2) aplicado diariamente, antes de cada sessão de radioterapia, durante

sete semanas, é um tratamento simples e não-traumático para a prevenção da mucosite, sendo

capaz de reduzir a gravidade e a duração da mucosite oral associada à radioterapia. Seus

resultados mostraram uma redução da dor e uma melhora na habilidade de ingestão.

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2.2.2 XEROSTOMIA

A xerostomia na quimioterapia é uma alteração transitória no funcionamento das

glândulas salivares, terminando logo após a conclusão do tratamento. Quanto à radioterapia,

ocorre um comprometimento do parênquima glandular e a xerostomia poderá tornar-se

permanente (CABRERIZO et al., 1998).

A xerostomia pode causar desconforto, perda de apetite e contribuir para o risco de

infecção orais e risco de cáries e alteração no paladar, ressaltando que a saliva é importante na

manutenção da saúde bucal e hemostasia da cavidade oral (SCULLY, EPSTEIN, 1996)

Como tratamento alternativo, o fluxo salivar poderá ser estimulado pela ingestão de

gomas de mascar e pastilhas de limão, ambos sem açúcar. Poderão também ser usados

substitutos de saliva e drogas sialogogas, que aliviam temporariamente o desconforto (DIB et

al., 2000).

2.2.3 NEUROTOXICIDADE

A neurotoxicidade representa 6% das complicações bucais. Decorre do uso de

alcalóides vegetais envolvendo os nervos bucais causando dor odontogênica, que pode ser

aguda localizada ou generalizada, sem sinais clínicos de cárie, doenças periodontais ou outras

infecções bucais, chegando a desencadear necrose pulpar e podendo evoluir para um quadro

de abcesso dento-alveolar. O tratamento é sintomático e a solução se dá após a suspensão da

medicação (SONIS et al., 1996).

A neurotoxidade pode ser um fator que limitar a dose ou até mesmo o uso destas

drogas. Por isso, o correto e rápido diagnóstico deve ser realizado. Exames dentais e

periodontais certos podem eliminar a possibilidade de dor de origem dentária, pois, nestes

casos, não serão encontradas anormalidades clínicas ou radiográficas. Muitas vezes, este é um

achado curto e desaparece com a redução da dose ou termino da medicação (SCULLY,

EPSTEIN, 1996).

2.2.4 INFECÇÕES OPORTUNISTAS

O paciente sob quimioterapia, entre o quinto dia da medicação, geralmente ocorre o

desenvolvimento de um período caracterizado por granulocitopenia e linfocitopenia, assim

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aumentando a susceptibilidade a infecções bacterianas, fúngicas e virais, sendo a infecção por

cândida uma das mais frequentes (DREIZEN et al., 1986).

A candidíase é uma doença oportunista causada pela proliferação de espécies de

cândida, principalmente a C. albicans (DIAS, 2007). Segundo PETERSON E D´AMBROSIO

(1992) as lesões de candidíase geralmente são assintomáticas, no entanto pode ser relatada

sensação de queimação, dor moderada ou, até mesmo, severa quando as lesões são associadas

à presença de ulcerações.

O tratamento da candidíase oral, além do uso de antifúngicos locais, pode ser feito

com medicamentos sistêmicos, tais como cetoconazol, miconazol e nistatina (DIAS, 2007).

As infecções virais que normalmente ocorrem são as lesões herpéticas pelo herpes simples e

herpes zoster, acometendo a mucosa intrabucal ou peribucal, acompanhadas de linfadenopatia

e febre (BAGESUND et al., 2000).

As infecções bacterianas ocorrem com menos frequência, mas podem causar sepsis

pela disseminação hematógena, e estão entre os patógenos responsáveis por 85% das

septicemias no paciente oncológico, apresentando mortalidade por infecção sistêmica três

vezes maior que outras infecções (DIAS, 2007).

De acordo com LEVI-POLACK et al., (1998) um protocolo de cuidados

odontológicos, aplicados antes e durante o tratamento antineoplásico, pode levar à diminuição

das complicações bucais e redução da gravidade da mucosite, diminuição da incidência da

candidíase e sangramento gengival. A participação do cirurgião-dentista na equipe de

pediatria oncológica melhora a qualidade de vida dos pacientes e reduz as complicações

bucais, que podem levar aos transtornos sistêmicos graves.

2.3 MANEJO DO PACIENTE ANTES E DURANTE A QUIMIOTERAPIA

O cirurgião dentista deve acompanhar o paciente antes mesmo do início do tratamento

antineoplásico, eliminar focos infecciosos, assim dando orientações de rigorosa profilaxia

dental antes da terapia e soro fisiológico a 0,9% a partir do primeiro dia de quimioterapia

(ROSENBERG, 1990).

O planejamento do tratamento odontológico deve priorizar a orientação em higiene

bucal para um controle da cárie e doença periodontal. As orientações dadas sobre controle das

condições bucais contribuem para diminuir o índice de complicações decorrentes da terapia

antineoplásica (VILLELA et al., 2014).

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Para VILLELA et al., (2014) os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação

dentária completa, incluindo radiografias. Se o estado geral de saúde do paciente permitir, os

dentes sem condições de tratamentos devem ser extraídos e os outros restaurados, para reduzir

focos de infeção. O tratamento endodôntico deve ser considerado como alternativa ás

extrações. No entanto terapia endodôntica não está indicada a pacientes com granulocitopenia

e trompocitopenia.

Aproximadamente, uma semana ou 15 dias após a sessão de quimioterapia, o paciente

entra imunossupressão é qualquer foco de infecção odontogênica ou periodontal preexistente

pode representar um grande risco de o paciente desenvolver infecções bucais (EPSTEIN et al.,

2002).

De acordo com TCHERNIACOWSKI E VIGANO (2004) antes das refeições, os

pacientes podem ser instruídos a borrifar anestésicos e seguir recomendações como: ingerir

alimentos frios, comer alimentos pastosos, evitar alimentos quentes, salgados; evitar frutas

ácidas e cítricas; utilizar escova de dente com cerdas macias, em alguns casos, utilizar

algodão ou gaze enrolada no dedo, ou cotonete em vez de escova; evitar fio dental na fase

aguda.

3. METODOLOGIA

Este trabalho se caracteriza como revisão bibliográfica, tendo como base de dados o

Google Acadêmico e Scielo para a elaboração de um manual de orientação e prevenção para

cirurgiões dentistas no tratamento antineoplásico. O mesmo tem por finalidade metodológica

uma pesquisa aplicada pois será empregado na Clínica Odontológica do Ceulp/Ulbra e no

Hospital Geral de Palmas-TO. Foram incluídos artigos dos anos de 1971 ao ano de 2014, em

língua portuguesa, que abordavam sobre pacientes oncológicos sob tratamento antineoplásico,

com indivíduos de todas as idades, ambos o sexo e excluídos os de língua estrangeiras. Foram

usadas como palavras chaves para compilar os artigos: protocolo odontológico para pacientes

oncológicos; manifestações bucais em pacientes oncológicos; manejo odontológico para

pacientes oncológicos.

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17

4. RESULTADOS

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA PARA CIRURGIÕES

DENTISTAS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO

Fonte: revista abrale on-line, 2018.

Elaborado pela acadêmica do curso de odontologia do centro universitário Luterano de

Palmas: Luana Magalhães Morais

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Palmas-TO

2018

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1

Surgimento do câncer……………………………………………………………………4

Tratamentos antineoplásicos……………………………………………………………..4

CAPÍTULO 2

Orientações de prevenção odontológica antes do tratamento antineoplásico……………6

Orientações de prevenção odontológica durante o tratamento antineoplásico…………..7

Orientações de prevenção odontológica após o tratamento antineoplásico……………...8

CAPÍTULO 3

Orientações de cuidados odontológicos para as principais manifestações bucais em

Pacientes oncológico…………...……………………………………………..................9

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INTRODUÇÃO

Os pacientes oncológicos necessitam de cuidados odontológicos rigorosos na

manutenção da cavidade bucal, principalmente nos aparecimentos de complicações bucais

advindas do tratamento antineoplásico.

Sendo assim, com a preocupação de melhor orientar e tratar esses pacientes,

elaboramos um manual com o objetivo de informar e contribuir com os cirurgiões dentistas

quanto as condutas e os tratamentos corretos em seu ambiente de trabalho.

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CAPÍTULO 1

SURGIMENTO DO CÂNCER

O câncer se desenvolve quando um grupo de células sofrem modificação no material

genético e passa a apresentar crescimento e multiplicação desordenados. Ao deixar de

responder aos mecanismos de controle do organismo, as células se duplicam continuamente,

criando tumores capazes de invadir estruturas próximas e se espalhar para diversas regiões do

organismo, o que chamamos de metástases (WEBER et al, 2013)

TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO

A radioterapia age quando o paciente recebe radiações para destruir ou impedir que as

células de um tumor aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação o

paciente não sentirá nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia

ou outros recursos usados no tratamento dos tumores (WEBER et al, 2013)

A radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida. As aplicações

diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros

sintomas, proporcionando alívio aos pacientes. Para muitos, ela é bastante eficaz, fazendo

com que o tumor desapareça e a doença fique controlada, possibilitando até mesmo a cura. A

radiação permanece no corpo do paciente apenas durante o tempo em que o mesmo fica no

aparelho. O paciente pode abraçar, beijar ou manter relações sexuais sem risco de expor

outras pessoas à radiação. Também não há necessidade de se afastar de crianças ou gestantes

durante seu tratamento (WEBER et al, 2013)

A quimioterapia age destruindo as células cancerígenas, fazendo com que o

crescimento ou a multiplicação celular paralisem. Durante o tratamento, as células saudáveis

também podem ser danificadas, especialmente aquelas que se dividem rapidamente. Essa

destruição de células saudáveis é que provoca os efeitos colaterais. Estas células geralmente

se refazem após a quimioterapia. Algumas medicações agem melhor em associação do que

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sozinhas, por isso duas ou mais drogas são dadas ao mesmo tempo. Isto chama-se

quimioterapia combinada (WEBER et al, 2013)

A quimioterapia pode curar, controlar ou aliviar os sintomas do câncer. Algumas vezes

a quimioterapia é o único tratamento que o paciente recebe, mas frequentemente ela é usada

juntamente com a cirurgia, radioterapia ou terapia biológica para: Diminuir o tumor antes da

cirurgia ou radioterapia (WEBER et al, 2013)

ORIENTAÇÕES DE PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA ANTES DO TRATAMENTO

ANTINEOPLÁSICO

O instituto nacional do câncer (2005) preconizar o seguinte protocolo para os pacientes

oncológicos

Conduzir uma avaliação oral pré tratamento.

Programar todo o tratamento odontológico juntamente com oncologista.

Realizar as cirurgias orais 7 a 10 dias antes de o paciente ficar

mielossuprimido.

Pacientes com cânceres hematológicos, consultar oncologista antes de conduzir

qualquer procedimento oral.

Fonte: Pacientes oncológicos devem ir ao dentista antes de iniciar tratamento disponível em: 06/06/18

ORIENTAÇÕES DE PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA DURANTE O

TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO

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O INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (2005) preconiza o seguinte protocolo para os

pacientes oncológicos

Consultar oncologista, antes de executar qualquer procedimento, incluindo

profilaxia.

Requisitar ao oncologista, um exame de sangue, 24 horas antes de qualquer

cirurgia oral ou procedimentos invasivos. Esses devem ser adiados quando: - a

contagem de plaquetas esteja inferior a 50.000/mm3 ou fatores de coagulação

estejam anormais. - a contagem de neutrófilos seja inferior a 1.000/mm3.

Pacientes que apresentam febre de origem desconhecida, verificar fontes

bacterianas, virais ou fúngicas de infecções.

Enfatizar sempre as medidas de higiene oral.

Para a realização de profilaxias ou procedimentos invasivos em pacientes portadores

de cateter venoso central deve-se consultar o oncologista sobre a implementação do regime de

antibioticoterapia profilática preconizado pela Associação Americana de Cardiologia,

conforme tabela abaixo:

MEDICAÇÃO CONCENTRAÇÃO VEÍCULO HORÁRIO

Amoxicilina 50mg/kg Via oral 1 hora antes do

procedimento

Clindamicina 50/mg/kg Intramuscular

ou endovenosa

30 minutos antes do

procedimento

Amicacina 150mg/kg Intramuscular ou

intravenosa

1 hora antes do

procedimento

Ticarcilin 75mg/kg Endovenoso 30 minutos antes do

procedimento

(repetindo as doses 6

horas do pós-

operatório)

tabela 2: regime de antibioticoterapia profilática preconizado pela Associação Americana de Cardiologia

[TP1] Comentário: Preencher por qual veículo

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ORIENTAÇÕES DE PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA APÓS O TRATAMENTO

ANTINEOPLÁSICO

O instituto nacional do câncer (2005) preconizar o seguinte protocolo para os pacientes

oncológicos

Incluir paciente em programa periódico de visitas ao dentista considerando a

possibilidade de realizar os seguintes procedimentos:

1. Exame bucal.

2. Radiografias de rotina.

3. Instrução de higiene bucal.

4. Eliminação dos dentes infectados.

5. Eliminação de restaurações ou próteses defeituosas ou irritantes.

6. Profilaxia dentária

CAPÍTULO 3

ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS ODONTOLÓGICOS PARA AS PRINCIPAIS

MANIFESTAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

MUCOSITE: A mucosite bucal é considerada a mais severa complicação não hematológica

da terapia do câncer, ocorrendo em 40 a 80% dos pacientes tratados com quimioterapia e em

praticamente todos os pacientes tratados por radioterapia na região da cabeça e pescoço

(BONAN et al., 2005)

CARACTERÍSTICAS DA LESÃO: A mucosite caracteriza-se por eritema, seguindo-se

ulcerações dolorosas na mucosa bucal que interferem no estado nutricional e na qualidade de

vida dos pacientes, podendo até mesmo limitar ou interromper a terapia oncológica (WONG

et al., 2006)

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Fonte: site odontomania, disponível em: 06/06/18 Fonte: câncer theraperapy disponível em: 06/06/18

ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS MUCOSITES

A motivação do paciente quanto à higiene bucal é essencial na redução de infecções e

prevenção de mucosites severas (BONAN et al., 2005). Para a escovação da cavidade bucal,

recomenda-se o uso de escovas macias, fio dental e colutórios não-alcoólicos para prevenir o

desenvolvimento de ulcerações (PRECIOSO et al., 1994)

Quando a mucosite impossibilita a escovação, alternativas como limpeza profissional

semanal e bochechos com anestésicos antes da escovação podem ser considerados (CAIELLI,

et al., 1995)

O uso tópico do flúor sobre a forma de gel ou bochecho pode ser útil para prevenir a

cárie. As formas aciduladas devem ser evitadas, pois causam ardência em pacientes com

mucosite bucal (CAIELLI et al., 1995)

Em casos de hemorragia trombocitopênica, cotonetes ou esponjas podem substituir

escovas dentais (KOSTLER et al., 2001). O uso do fio dental deve ser cuidadoso para não

ferir a gengiva (GUIMARÃES, 2005). Em alguns casos, os pacientes devem evitar o uso de

próteses dentais durante o tratamento, exceto para comer (DIB, et al.; 2000).

Aconselhamento nutricional é importante para diminuir a perda de peso e desidratação

(GUIMARÃES, 2005). Recomenda-se o consumo de alimentos líquidos e pastosos à

temperatura ambiente, evitando-se dieta cariogênica ou irritante para a mucosa, como

temperos, frutas cítricas, refrigerantes e bebidas com alto teor de ácido (refrigerantes

gaseificados) ou álcool (BONAN, et al., 2005).

Na mucosite moderada ou severa, associada à perda de peso superior a 5%, pode ser

indicada sonda nasogástrica ou nutrição parenteral (DIB et al., 2000).

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Medidas fisioterápicas como a aplicação de gelo na boca, minutos antes da

quimioterapia, podem ser orientadas. A crioterapia baseia-se na vasoconstrição temporária da

mucosa para reduzir a exposição do epitélio a agentes citotóxicos de pequena meia vida

plasmática, como o 5-flourouracil (5-FU) (KOSTLER et al., 2001). Essa modalidade também

é útil na fase inflamatória da mucosite já instalada, antes do surgimento das ulcerações

(BONAN et al., 2005).

O grande efeito antisséptico do iodopovidine (PVPI), associado à boa tolerância dos

pacientes ao seu uso, faz dessa substância uma opção na terapêutica da mucosite induzida por

radiação e quimioterapia (KOSTLER et al., 2001).

Uma vez que infecções oportunistas como a candidose agravam a mucosite, é

adequado estabelecer terapêutica local ou sistêmica dessa infecção fúngica (KOSTLER et al.,

2001). Entre os antifúngicos utilizados, foram eficazes a nistatina, o clotrimazol,a

tobramicina, o cetoconazol, o fluconazol e a anfotericina B (SYMONDS 1998). O uso local

de antifúngicos eliminou a fase ulcerativa da mucosite no estudo de SymondsHHJ.

Dentre os anestésicos locais, formulações como lidocaína viscosa, tetracaína gel e

hidrocloreto de diclonina são relatadas no tratamento da dor (KOSTLER et al., 2001).

Anti-histamínicos como o cloridrato de difenidramina são utilizáveis na forma de

bochecho após a diluição de uma colher de chá do medicamento em parte de água

(GUIMARÃES 2005).

O hidrocloridrato de benzidamina, que exibe ação anti-inflamatória, antimicrobiana e

anestésica, é eficaz no controle tópico da dor na mucosite, recomenda-se a diluição de duas

colheres de sopa em uma parte de água morna para bochechos diários (KOSTLER et al.,

2001).

Os corticosteroides, também sob colutórios, são indicados para amenizar o processo

inflamatório pela inibição de leucotrienos e prostaglandinas (BERGER; KILROV 2001)

XEROSTOMIA: na quimioterapia é uma alteração transitória no funcionamento das

glândulas salivares, cessando logo após o término do tratamento. Quanto à radioterapia,

ocorre um comprometimento do parênquima glandular e a xerostomia poderá tornar-se

permanente (CABRERIZO; ONATE; GARCIA, 1998).

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: A saliva torna-se espessa e viscosa, prejudicando a

mastigação, a fala e o paladar. Dessa forma, a mucosa bucal estará susceptível à colonização

de microrganismos oportunistas (FONSECA, 1998).

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Fonte: site netrasal disponível em: 10/06/18

ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA XEROSTOMIA

O que pode ser feito neste caso é instruir o paciente a ter uma higiene bucal adequada,

informá-lo quanto à redução do consumo de açúcar e instituir fluoreto tópico neutro (SIMON

et al,1991)

O método utilizado para estimular o fluxo salivar: uso de balas ou chicletes sem

açúcar, excetuando aromas irritantes como hortelã e canela, e bochechos com soluções salinas

alcalinas. A limpeza mecânica do dorso da língua é aconselhável, pois permite melhor

estimulação dos receptores gustativos e consequente melhora do estímulo salivar (KOSTLER,

et al, 2001).

Os substitutos de salivas artificiais podem ser usados como paliativos (DIB, CURI,

1993). Outros agentes naturais, como a camomila, glicerina, salva e mirra, de ação

antimicrobiana, foram mencionados na literatura para utilização na forma de bochechos, cerca

de quatro vezes ao dia (Karthaus et al,1999).

NEUROTOXICIDADE

Representa 6% das complicações bucais, sendo bastante incômodo para os pacientes

que se queixam de desconforto relacionado com os dentes. Decorre do uso de alcalóides

vegetais envolvendo os nervos bucais causando dor odontogênica, que pode ser aguda

localizada ou generalizada, sem sinais clínicos de cárie, doenças periodontais ou outras

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infecções bucais, chegando a desencadear necrose pulpar e podendo evoluir para um quadro

de abcesso dento-alveolar (SONIS et al,1996)

O tratamento é sintomático e a solução se dá após a suspensão da medicação (SONIS

et al., 1996). A neurotoxidade pode ser um fator que limitar a dose ou até mesmo o uso destas

drogas. Por isso, o correto e rápido diagnóstico deve ser realizado. Exames dentais e

periodontais certos podem eliminar a possibilidade de dor de origem dentária, pois, nestes

casos, não serão encontradas anormalidades clínicas ou radiográficas. Muitas vezes, este é um

achado curto e desaparece com a redução da dose ou termino da medicação. (SCULLY,

EPSTEIN, 1996)

INFECÇÕES BACTERIANAS

São infecções muito sérias que podem acometer dentes, gengiva e mucosa e requerem

cuidados antes de se planejar um atendimento odontológico. Existe um protocolo para atender

estes pacientes e sua análise baseia-se na solicitação de um exame de sangue completo

(LOBÃO et al., 2008)

ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Em primeiro lugar deve-se avaliar a contagem de leucócitos e a contagem plaquetária

e o paciente que apresentar uma contagem de leucócitos maior que 3.500/mm3 e contagem

plaquetária acima de 100.000/mm3 pode ser atendido segundo os padrões normais ao se

realizar procedimentos invasivos (ROSENBERG, 1990).

De acordo com as recomendações do INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER,

(2005) os pacientes com contagem de neutrófilos acima de 2.000/mm3 podem ser atendidos

sem que haja necessidade de uso profilático de antibióticos. Em contrapartida, aqueles que

apresentam contagem entre 1.000 e 2.000/ mm3 deve ser administrado antibioticoterapia uma

hora antes do procedimento na seguinte dosagem: amoxicilina 50mg/kg, dose máxima de 2

gramas via oral. E para pacientes alérgicos, deve-se administrar clindamicina ou cefalosporina

de primeira geração. Já para os pacientes com neutrófilos abaixo de 1.000/mm3 a

antibioticoterapia deve ser realizada por via endovenosa e a transfusão de plaquetas deve ser

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indicada antes das exodontias para aumentar o número de plaquetas para50.000/mm3. Além

desses cuidados deve-se ressaltar a atenção que deve ser dada à higienização bucal diária

INFECÇÕES FÚNGICAS

Ocorrem com frequência durante o tratamento quimioterápico principalmente devido

à imunossupressão, higiene bucal insatisfatória, uso indiscriminado de antibióticos, nutrição

deficiente e falta condicionamento físico. O principal agente etiológico é a Candida albicans

(SIMON, 1991)

Tratamento é realizado com antifúngicos principalmente de uso tópico como é o caso

da nistatina e do clotrimazol que são os mais utilizados. É preciso atentar-se para o uso destes

dois medicamentos, pois ambos possuem açúcar em sua composição podendo desencadear

uma atividade cariogênica (SIMON, 1991)

INFECÇÕES VIRÓTICAS

Tornam graves em crianças acometidas por neoplasias, pois a resposta imune fica

comprometida. Grupos como o herpes zoster, citomegalovírus e herpes-vírus aparecem com

frequência em razão da imunossupressão provocando principalmente lesões intrabucais que

ulceram com facilidade( SIMON,1991)

O tratamento para herpes simples em pacientes imunossuprimidos deve ser realizado

com o aciclovir via oral e se a infecção for grave deve-se optar por administração venosa. O

tratamento para o varicela-zoster também deve ser feito com aciclovir venoso. (VIANA et al.,

2000). Um outro tipo de tratamento de escolha é a utilização do laser de baixa intensidade que

promove a diminuição nos sintomas e involução da doença quando é utilizado nos estágios

iniciais da infecção (CATÃO, 2004)

SANGRAMENTO GENGIVAL

Pode ocorrer em pacientes com contagem plaquetária em torno de 20.000/mm3 e

abaixo de 10.000/mm3 e é pouco provável de ocorrer com contagem plaquetária acima de

20.000/mm3. O paciente que apresentar níveis reduzidos na contagem de suas plaquetas pode

utilizar solução de clorexidina para controle do seu biofilme dentário e também para o

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tratamento da gengivite (ROSENBERG,1990). Quando ocorre sangramento gengival

espontâneo uma maneira eficaz de controlar o sangramento é utilizar uma gaze embebida em

solução de trombina tópica. A transfusão de plaquetas deve ser considerada caso as medidas

apresentadas não foram eficazes (MENDONÇA et al., 2005).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todas as medidas preventivas e terapêuticas relatadas exigem conhecimento e

habilidades do profissional. Este manual foi elaborado para os cirurgiões dentistas com a

finalidade de informar e orientar os protocolos corretos de abordagem em cada etapa do

tratamento antineoplásico e as condutas de prevenção e tratamento nas principais

manifestações bucais.

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5. DISCUSSÃO

Sabe-se que os pacientes sob tratamento antineoplásico apresentam a imunidade

comprometida pelo fato do mecanismo de ação dos agentes da quimioterapia não serem

seletivos, e por esse motivo é necessária uma orientação e cuidados adequados da parte do

cirurgião dentista na prevenção das manifestações bucais.

De acordo com LEVI-POLACK et al., (1998), um protocolo de cuidados

odontológicos, sistematicamente aplicado, antes e durante o tratamento antineoplásico, leva a

uma redução no surgimento de complicações bucais, melhoria da saúde bucal. A participação

do cirurgião dentista na equipe oncológica melhora a qualidade de vida dos pacientes.

A presença do cirurgião dentistas na equipe multidisciplinar deve ser considerada, pois

os pacientes que recebem atendimento odontológico têm sua qualidade de vida melhorada, já

que a atenção odontológica pode impedir o surgimento de várias doenças na mucosa bucal

(SILVA, 2013). A manifestação mais frequente encontrada na literatura são as mucosites.

As complicações orais mais frequentes associadas ao tratamento do câncer são:

mucosite, infecções, disfunções glandulares, alterações no paladar e dor, podendo estas levar

a complicações secundárias como disgeusia e desnutrição (HESPANHOL, 2010).

Os principais efeitos colaterais da terapêutica antineoplásica são a mucosite, a

xerostomia temporária e a imunodepressão, possibilitando infecções dentárias ou oportunistas.

Observam-se também hemorragias gengivais decorrentes da plaquetopenia e distúrbios na

formação dos germes dentários, quando a quimioterapia é administrada na fase de

odontogênese (REY, MICHELET, 1994).

Segundo SILVA (2013) as complicações mais frequentes no efeito direto da

quimioterapia são a mucosite e xerostomia.

O manual educativo deve ser planejado e construído considerando-se técnicas para se

minimizar os possíveis obstáculos na comunicação. Motivar o paciente, como forma de

despertar e manter o seu interesse pelo material, é muito importante, e tal motivação deve ser

adquirida por meio da adoção de linguagem simples e ilustrações coerentes para a

compreensão do texto, como desenhos, imagens e fotografias (MOREIRA; NÓBREGA;

SILVA, 2003).

Oferecer informações e orientações ao paciente e seus familiares por meio de materiais

educativos impressos pode ser uma importante estratégia para aumentar a adesão ao

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tratamento, além de facilitar a aquisição de habilidades de enfrentamento e tomada de decisão

por parte do paciente (SOUSA; TURRINI, 2012).

É fundamental a utilização de linguagem acessível a todas as camadas da sociedade,

independentemente do grau de instrução da população-alvo, uma vez que o material precisa

ser de fácil compreensão. Assim, a utilização de imagens torna-se importante por transformar

as informações textuais em linguagem visual, como forma de estimular a leitura e facilitar o

seu entendimento (ECHER, 2005).

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As manifestações bucais limitam o tratamento do câncer e interfere na cura desse

paciente. Por isso, um manual com medidas de orientação para prevenção e tratamento é

indispensável para auxiliar o cirurgião dentista no sucesso da terapia oncológica e na

qualidade de vida do mesmo. Manutenção de boa higiene bucal, controle da mucosite e da

xerostomia e tratamento de infecções oportunistas adequados são essenciais para diminuir sua

severidade.

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