31
1 Licenciatura em Gestão Hoteleira Responsável da Unidade Curricular: Cláudia H.N. Henriques MANUAL Unidade Curricular Economia II Ponto Programático: Política de Turismo

MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

1

Licenciatura em Gestão Hoteleira

Responsável da Unidade Curricular: Cláudia H.N. Henriques

MANUAL

Unidade Curricular

Economia II

Ponto Programático:

Política de Turismo

Planeamento e Gestão

FI

Page 2: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

2

TURISMO - PLANEAR E GERIR: O QUÊ?

Turismo: conceitos

Elementos de Discussão:

Turismo como a) movimento de pessoas; b) setor económico ou indústria, c) sistema de relações entre pessoas, suas necessidades e a oferta que supre essas necessidades (Chadwick, 1994; in Gunn, 2002)

Turismo como sistema (Cuervo, 1967; Gunn, 1972; Leiper, 1979; Mill e morrison, 1985; Jafari, 1989; in Gunn, 2002)

Turismo como conjunto de produtos (Gunn, 2002)

Turismo como experiencia (Pine & Guilmore, 1998)

Cluster Turístico (GEPE, 1993)

Cadeia de Valor Turístico

Mercado Turístico

Industria das Viagens & Turismo e Economia das Viagens & Turismo (WTTC, 2014)

Page 3: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

3

Page 4: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

4

Page 5: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

5

TURISMO – POLÍTICA E PLANEAMENTO

Enquadramento

No que se reporta ao domínio mais abrangente da política de turismo, diríamos, tal

como Crozier (1964), que o estudo da política de turismo envolve a consideração das

seguintes áreas:

- natureza política do processo de elaboração da política de turismo;

Page 6: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

6

- participação pública no planeamento turístico e processo político;

- fontes de poder na elaboração da política;

- exercício da escolha por funcionários do sector público no complexo da política do

ambiente;

- perceções da eficiência das políticas turísticas (in Hall e Jenkins, 1995: 3; in

Henriques, 2003).

Neste âmbito de ideias, distinguimos o modelo de política turística de Edgell (1990): P

= f(G) + f( R) + f(E), onde: P = desenvolvimento da política turística, G = objectivos e

metas, R = recursos disponíveis, E = condições pré-existentes, f = função de (Costa C.,

1996: 82; in Henriques, 2003).

Para Edgell (1990), o modelo de política do turismo estabelece uma série de objectivos

em função por um lado, de um conjunto de metas associadas às necessidades dos

destinos e por outro, em função de condicionantes externas (clima, economia,

mercado, energia, …) e internas (qualidades das atracções e facilities, disponibilidade

do investimento, disponibilidade de terra, mão-de-obra) (in Burns, 1995: 186). Estes

objectivos tendem a ser satisfeitos através de um conjunto de políticas, programas ou

estratégias. Os responsáveis do processo de decisão, no desenvolvimento de uma

política de turismo, devem ter em consideração os aspectos referidos, ou seja, as

metas, as necessidades e as condicionantes. Neste quadro lógico, fica então implícito

que quem define e elabora as políticas também é por sua vez influenciado pelas

condições sócio-culturais prevalecentes (in Henriques, 2003).

A formulação de uma política no destino, por parte da autoridade pública do destino,

tem segundo Lickorish (1994) os seguintes estádios:

1º) revisão da situação actual, da sua recente evolução, do seu estado no ciclo de

desenvolvimento e mudanças;

2º) análise dos pontos fracos e fortes (SWOT);

3º) identificação do(s) produto(s) e mercados prioritários: identificação mais alargada

das oportunidades do mercado e sua comparação com recursos e capacidades do(s)

produto(s);

4º) selecção de prioridades e examinação de custos e benefícios;

5º) formulação de opções políticas (em processo de comunicação com o sector privado

e operacional, outras agências do governo - locais ou nacionais, residentes);

6º) estabelecimento de objectivos e alvos;

7º) preparação do plano de desenvolvimento e de marketing;

Page 7: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

7

8º) estabelecimento do processo de monotorização para medir a performance (In

Henriques, 2003)

No contexto das políticas de turismo, o planeamento detém um papel fundamental,

enquanto processo dinâmico de determinação de metas, seleção sistemática de

opções de ação para atingir essas metas, implementação das opções ou alternativas

escolhidas e avaliação das escolhas para determinar se foi de suceso. Planeamento é

uma atividade multidimensional que procura ser integrativa. Incorpora fatores sociass,

políticos, psicológicos, antropológicos e técnicos. Está preocupado com o passado,

presente e futuro.

Porém, gestão e planeamento não são neutrais nem ocorrem num vácuo político, planear é político, planear é pluralístico. É por isso que o planeamento turístico tenderá a ser influenciado principalmente pela ideologia do Estado/nação e respectiva interpretação de metas económicas, sociais, ambientais, entre outras. Neste contexto, assume-se com frequência a coincidência entre o planeamento e a política de turismo. Tal tem a ver com o facto de na elaboração da política, o planeamento se assumir como um processo político essencial, onde é necessário gerir a dominância de determinados interesses e valores protagonizados por diferentes grupos (Hall, 1994: 35; Hall, 2000: 7). O estudo dos aspectos do poder é vital para a política de turismo porque o poder governa em interacção com os indivíduos e organizações, influenciando ou tentando influenciar a formulação da política de turismo e a forma como é implementada. Hall (2007) reforçar estes pressupostos ao referir que o planeamento turístico não se reporta apenas ao desenvolvimento e promoção do turismo, embora eles sejam tidos como importantes. Na sua ótica o turismo deve ser integrado num processo de planeamento mais alargado com vista a atingir ou maximizar determinadas metas e objetivos económicos, sociais e ambientais que podem ser atingidos através de um desenvolvimento adequado deste setor de atividade económica. Planeamento é “uma actividade eminentemente política, e por isso, deverá ser estratégico e integrador, orientado para a acção, proactivo e com continuidade. Planear já não é mais a mera feitura de planos, mas antes o assumir da flexibilidade e dinamismo que acompanham as crescentes complexidades e mutações dos nossos dias” (Gunn, 1988: 16; in Henriques, 2003). Se fizermos uma breve retrospectiva sobre a evolução do planeamento turístico, verificamos que até meados da década de 20, período em que vigorava o planeamento clássico, o planeamento turístico é praticamente inexistente. De acordo com Torkinsen (1992) é difícil observar uma componente de distinção entre o planeamento turístico e planeamento global no período clássico, principalmente porque nessa fase não se pode falar de turismo mas sim de recreação (in Costa C., 1996: 31; in Henriques, 2003). É após a década de 20 que o planeamento turístico começa a ganhar identidade própria, uma vez que o turismo passa a ser visto através de um ponto de vista

Page 8: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

8

sistémico e enquadrado nas políticas governamentais. Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade do turismo gerar lucros, um vasto número de organizações privadas e públicas são atraídas para este sector. As privadas visando o lucro, as públicas visando potenciar beneficamente o impacte económico do turismo sobre a balança de pagamentos, rendimento, emprego, investimento, em suma potenciar os efeitos multiplicadores do turismo. É neste contexto que o turismo se organiza, com os privados a tentar atingir o objectivo lucro e com o sector público a tentar generalizar esse lucro à sociedade. As décadas de 60 e 70 assistem a um planeamento turístico dominado por objectivos económicos e pela designada racionalidade económica: - o lucro impõe-se (sempre) ao social, as estratégias ambientais primam ainda pela ausência (Costa, C., 1996: 47-49). Como salienta um balanço da OMT (1980), dos anos 60 até finais dos anos 70, existem sérias lacunas relativamente ao planeamento turístico, nomeadamente na falta de integração do turismo nos objectivos sociais e económicos e na articulação das questões ambientais às políticas turísticas. O planeamento turístico ganha ênfase fundamentalmente a partir da década de 80. A década de 80 é marcada pelo acelerar de um processo de mutação e maturação do planeamento turísticoi. Vários são os modelos estruturados valorizadores do contexto integracional: - integração espacial, integração sectorial e integração intra e inter-grupos. Destacam-se o modelo de planeamento do lazer de Baud-Bovy (1982 – PASOLP: Products analysis sequence for outdoor leisure planningii), o modelo sistémico integrativo de Getz (1986 - Integrative systems model of tourism theory and practiceiii), o modelo de planeamento turístico de Mill e Morrison (1985), o processo de planeamento regional estratégico de Gunn (1988) e uma abordagem compreensiva do planeamento do desenvolvimento do turismo (Inskeep, 1991), entre outros. Ainda no relativo à década de 80, Brindley et al. (1989) referem a existência de seis grandes filosofias/correntes de planeamento “pós-racional” a operar em simultâneo, são elas: - regulative planning (adaptado a circunstâncias em mutação); - trend planning (estabelecendo linhas de orientação/conduta para o sistema); - popular planning (acentuando o papel das comunidades); - leverage planning (por estimulação do mercado); - public investment planning (direccionado para as mudanças a nível urbano); - private-managing planning (como suporte à actividade privada). As últimas três correntes referidas tendem a deter uma maior expressividade na década seguinte (in Costa C., 1996: 63-64). Na década de 90, embora o sector público tenha perdido representatividade em vários domínios (exemplo: desnacionalização de empresas), nos domínios sociais e ambientais a sua influência tende a aumentar. Costa C. (1996) destaca um conjunto de tendências, entre as quais se salientam: - os processos de planeamento tendem a ser mais pragmáticos, isto é, preocupam-se em não perder de vista a resolução dos problemas;

Page 9: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

9

- a relação entre organizações públicas e privadas tendem a conduzir a que o planeamento assuma um papel de coordenação dos investimentos do sector privado; - a aprendizagem do processo de globalização tende a constituir-se como fundamental, uma vez que muitas empresas detêm hoje relações privilegiadas mais a nível transnacional do que nacional. Hall (2000: 11), fazendo uma retrospectiva da investigação no domínio do planeamento turístico, depois de referir que nos anos 80 e inícios dos anos 90 o planeamento era perspectivado no âmbito da tradição do planeamento regional e urbano (Getz, 1986, 1987; Inskeep, 1991), salienta que nos anos mais recentes, com a ascensão do ecoturismo e da sustentabilidade no contexto económico-político-ambiental, o planeamento turístico tem vindo a ser simultaneamente influenciado por desenvolvimentos analíticos no domínio do planeamento ambiental (Inskeep, 1987; Dowling, 1993, 1997; Hunter e Green, 1995) à medida que tem vindo a ser dada atenção crescente à sua relação com a política (Hall e Jenkinsm, 1995; Davidson e Maitland, 1997; Hall et. Al., 1997). Esta evolução, conduziu a que na actualidade se conceba planeamento turístico não apenas como um exercício de planeamento e ordenamento do território (land use planning), quer a nível regional quer a nível local, mas que vá mais além (in Henriques, 2003). Planeamento turístico ocorre sob uma variedade de formas (desenvolvimento, infraestruturas, uso da terra e dos recursos, organização, recursos humanos, promoção e marketing), estruturas (diferentes governos, organizações quase e não governamentais), escalas (internacional, transnacional, regional, local, de lugar) e em diferentes tempos (para desenvolvimento, implementação, avaliação e o atingir satisfatório dos objectivos de planeamento) (Hall, 2000; in Page e Hall, 2003: 249). As actividades relacionadas com o turismo precisam de ser concebidas como ocorrendo num continuum de planeamento de actividades relacionadas da escala local para a global e de um planeamento e ordenamento do território a nível local até uma política orientada a nível global.

PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

Caixa de texto - Phillips e Moutinho (2014) In light of the continued popularity of strategic planning in strategy development (Wolf & Floyd, 2013), we feel it is appropriate to take stock of the major developments, which originate with a series of influential strategy work (e.g. Andrews, 1971; Ansoff, 1965; Chandler, 1962; Hofer & Schendel, 1978; Steiner, 1979). Five decades after the seminal work of Chandler (1962), empirical studies still demonstrate that strategic planning remains deeply embedded in organizations (Grant, 2003). Since its earliest days, strategic planning approaches were

Page 10: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

10

preoccupied with the economic and planningperformance perspective (e.g. Fulmer & Rue, 1974; Grinyer & Norburn, 1975; Herold, 1972; Thune & House, 1970) and the process of strategy formulation (e.g. Mintzberg & Waters, 1985; Pascale, 1984). (…) Mintzberg, Ahlstrand, and Lampel (2008) provide an excellent critique of the ten strategy schools, with the strategy literature emphasizing deliberate rather than emergent approaches (e.g. Bower & Gilbert, 2005). Mintzberg et al. (2008) distinguish between prescriptive schools: design, planning and positioning (e.g. Andrews, 1971; Ansoff, 1965; Chandler, 1962; Farjoun, 2002) and descriptive schools: cognitive, cultural, environmental, learning and power (e.g. Bower, 1970; Lovas & Ghoshal, 2000; Quinn, 1980). The two schools have elements of both configuration and entrepreneurial. Prahalad and Hamel (1990) dynamic capabilities approach including core competences, strategic intent and stretch, overlap across the schools. Mintzberg and Lampel (1999) categorize the resource-base view (e.g. Barney, 1991; Grant, 1991; Wernerfelt, 1984) as descriptive, and a hybrid of cultural and learning school. Contrary to some opinions, the ten schools do not have to be viewed as fundamentally different. For this study we adopt a strategic planning definition based on the design school, and assume that the purpose of strategic planning is not solely to generate plans. We concur with Jarzabkowski and Balogun (2009) who assert that formal strategic planning is concerned with defining, determining and implementing strategic initiatives. The design school adopts a deliberate approach to the setting of objectives and goals, formulating targets and metrics, and allocating resources (Ansoff, 1991). Mintzberg, Brunet, and Waters (1986) argue that the reality of strategic planning processes bore little resemblance to the advocated formal, rational, strategic planning process. Mintzberg and Lampel (1999) state that scholars and consultants should continue to probe into the design school. The strategy literature appears captivated by the notion of ‘‘design versus process’’, which encapsulates the differences between deliberate and emergent strategies (Mintzberg & Waters, 1985). Emergent strategies can derive from strategic patterns in the absence of intentions (Mintzberg & McHugh, 1985). The absence of human actors together with their actions and effects on outcomes has led to a change of focus. At first during the earlier studies, the human factor was seen more as a potential source of trouble (Lyles & Lenz, 1982), rather than a source of value contribution. For Eppler and Platts (2009), strategic planning processes are demanding tasks for managers and pose a number of cognitive, social and emotional challenges. Relatively little is known about the actual activities, which lead to the formation of a strategic plan, or the purposes that these activities serve within the organization (Spee & Jarzabkowski, 2011). (…) Recent research on practice theories is becoming increasingly influential in the management literature (e.g. Tengblad, 2012), organizations (e.g. Miettinen, Samra-Fredericks, & Yanow, 2009), management learning (e.g. Gherardi, 2009), and technology (e.g. Orlikowski, 2007). Practice approaches can be categorized as being empirical, theoretical and philosophical (Feldman & Orlikowski, 2011).

Page 11: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

11

PLANEAMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL

Planeamento do turismo sustentável: definições e princípios

A definição e princípios de desenvolvimento do turismo sustentável (DTS) remete-nos para a consideração de um conjunto de marcos mundiais e europeus de referência que têm vindo a contribuir para o estabelecimento de práticas de gestão e planeamento sustentável.

Caixa de Texto - Henriques (2003) Há cerca de 40 anos atrás, em Estocolmo (1972), há o estabelecer da necessidade de dar resposta à crescente degradação ambiental. Dez anos mais tarde, na Cimeira Mundial sobre o Ambiente e Desenvolvimento (Rio, 1992), reconhece-se que a protecção ambiental e o desenvolvimento económico-social são fundamentais ao desenvolvimento sustentável (DS). Para atingir este tipo de desenvolvimento foram adoptados um programa de acção global designado “Agenda 21”iv e a Declaração do Rio. Entre a Cimeira do Rio (1992) e a de Joanesburgo (2002) decorreram algumas conferências, sob os auspícios das Nações Unidas, determinadas em consolidar uma visão compreensiva do futuro da humanidade. Na Cimeira de Joanesburgo - Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Report of the World Summit on Sustainable Development, Joanesburgo, 2002) - há o reafirmar de uma “visão de DS”. Quanto à política da União Europeia (EU) para o DS, ela foi introduzida através do 5º Programa de Acção em Matéria de Ambiente (1992) e reforçada com a adopção do Tratado de Amsterdão e com o 6º Programa de Acção em Matéria de Ambiente. Em 1992, na Cimeira do Rio, após a adopção do 5º Programa de Acção em Matéria de Ambiente, a Comunidade Europeia e os seus Estados membros assinaram a Agenda 21. Uma condição prévia na via da sustentabilidade consiste na necessidade de avaliar o impacto das actividades urbanas e de monitorizar os progressos referentes à Agenda 21 local. A Carta de Aalborg (1994), o Plano de Acção de Lisboa (1996), o relatório “Cidades Europeias Sustentáveis” (1996), a comunicação “Desenvolvimento Urbano sustentável na União Europeia: um quadro de acção” (1998) são marcos de referência, quando se equaciona a questão da sustentabilidade em espaço urbano. O conceito “desenvolvimento sustentável” conheceu uma crescente divulgação, no vocabulário comum, nomeadamente a partir dos anos 80, com o reconhecimento da importância do meio ambiente e da sua preservação. O conceito nem sempre foi fácil de precisar, uma vez que não existe uma definição única e incontroversa de desenvolvimento sustentável. Reter, por exemplo, que Pearce, Markandya e Barbier (1989), no apêndice do seu livro Blueprint for a Green Economy, avançam com … 24 definições! (in Hall, 1991: 108). A definição mais disseminada é a proposta no relatório da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (WCED - World Commission on Environment and Development, 1987) também conhecido como Relatório Brutland: - “desenvolvimento sustentável é aquele que reconhece as necessidades do presente

Page 12: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

12

sem comprometer a possibilidade (e capacidade) das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (Hall, 1991: 109). Distingue-se também a definição adoptada pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente e pelo Fundo Mundial para a Natureza (1991) e a do International Council for Local Environment Iniciatives (ICLEI, 1994). Quanto ao conceito de desenvolvimento sustentável, aplicado ao turismo, ele também começou a receber ênfase internacional desde os princípios dos anos 80, embora muitos planos anteriores a essa data incorporem, com frequência, a preocupação com a conservação dos recursos turísticos (WTO, 1994: 7). A OMT (1993a: 11) define turismo sustentável como um modelo de desenvolvimento económico designado fundamentalmente para: - melhorar a qualidade de vida da comunidade anfitriã; - providenciar uma qualidade elevada na experiência do visitante; - manter a qualidade do ambiente da qual dependem tanto a comunidade anfitriã como o visitante; - assegurar uma distribuição equitativa dos benefícios e dos custos; - encorajar a compreensão dos impactos do turismo nos ambientes material, cultural e humano; - melhorar as infraestruturas sociais e de cuidados de saúde; - melhorar a qualidade de vida com benefícios económicos e sociais para os residentes e empresas. A sustentabilidade no turismo deverá então: - ser sensível às necessidades e aspirações das comunidades locais, em termos de melhoria dos padrões de vida, tanto no curto como no longo prazos. Sob esta assumpção o turismo sustentável deve assentar na comunidade: - por um lado, o suporte da comunidade pode ser pensado em termos de manutenção do capital social dentro do destino; por outro, a existência da comunidade pode ser pensada como a manutenção do capital físico e cultural do destino; - satisfazer a procura de um fluxo (quantitativo e qualitativo) crescente de visitantes, e continuar a atraí-los para assim satisfazer o primeiro objectivo; - respeitar as características do meio físico para levar a cabo os anteriores objectivos, pois os recursos naturais e culturais têm valores intrínsecos que não podem ser postos em causa pela actividade turística; - fazer parte de um ciclo económico equilibrado, ou seja não deve prejudicar outras actividades económicas, para conseguir atingir os objectivos referidos anteriormente. Para que estes fins sejam atingidos, deverá recorrer-se ao planeamento do turismo sustentável assente na cooperação e integração entre os diferentes agentes envolvidos no desenvolvimento (Dowling, 1993). A sustentabilidade advém de, através do turismo, se conseguir a satisfação da procura turística, no tempo e espaço, através da manutenção da oferta turística. Os recursos ambientais contribuem para a criação de recursos económicos ao mesmo tempo que os últimos devem contribuir para a manutenção e melhoria da quantidade e qualidade dos recursos naturais e culturais existentes (Bueno et. al., 1995: 58). Este circuito fechado e bi-orientado deverá ser assegurado para que se concretize o desenvolvimento do turismo sustentável.

Page 13: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

13

Caixa de Texto - UNEP/WTO (2005)

The 12 Aims: The twelve aims for an agenda for sustainable tourism are:

1) Economic Viability; 2) Local Prosperity; 3) Employment Quality; 4) Social Equity; 5) Visitor Fulfillment; 6) Local Control; 7) Community Wellbeing; 8) Cultural Richness; 9) Physical Integrity; 10) Biological Diversity; 11) Resource Efficiency; 12)Environmental Purity

UN Environment Programme & UNWTO- UN World Tourism Organisation Publication: “Making Tourism More Sustainable – A Guide for Policy Makers”. http://www.grida.no/tourism/about.aspx?id=4794

Caixa de Texto - Buckley (2012)

Cross-disciplinary publication is commonplace in tourism Table 2. Issues in Sustainable Tourism Research and Practice

Issue Fields and topics Practical

interest

Research

progress

Research

priority

IMPACTS (+ & )

Site-scale,

social &

ecological

Park management,

recreation ecology,

cultural and

community change

Med High

**

Land-use

change

Parks politics,

conservation

agreements, private

and community

reserves

High Low ***

Resource

consumption:

general

Energy and water

conservation High Med *

specific Rare species used for

souvenirs etc

Low Low **

Wastes and

pollution

Water chemistry,

microbiology

Med Med **

Climate change Climatology, climate

impacts

Med Low **

RESPONSES

Individual

Cultural contexts,

values, behaviours,

responsibility

High Low ***

Social,

government

Policy, planning, EIA,

legislation

Med Med **

Page 14: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

14

Social,

corporate

Self-regulation,

certification,

(de)marketing

High High *

Technological Energy, water,

materials

conservation,

waste treatment,

recycling

High High *

INDICATORS

Economic

Regional economies,

poverty High High *

Social Net gains, equity,

welfare

High High **

Environmental Lack of data,

incommensurable

parameters

High Low ***

Sustainability

(combined)

Scope and

definitions,

incommensurable

parameters

Low Low **

Research priorities: \, lowest; \\\, highest. Priorities reflect degree of prior research effort as well as significance of topic for sustainable tourism.

Caixa de Texto - Wickensa, Bakirb, Alvarez (2014) http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/21568316.2014.960597

Another challenge to the implementation of the sustainability paradigm to tourism relates to the need to take into consideration diverse views and conflicting interests (Blackstock, 2005; Byrd, Bosley, & Dronberger, 2009), as different understandings of what sustainable tourism development should mean emerge among the various destination stakeholders. In addition, tourism competes with other sectors for resources, so that a political solution becomes necessary to achieve a trade-off between diverse sectors and consider the greater good of the community (Berno & Bricker, 2001). Therefore, sustainable tourism involves “a holistic, integrative and long-range planning” approach (Moyle et al., 2013, p. 3). It requires an institutional framework that addresses specific issues relevant to the destination and the tourism system in the locality (Burns, 2003; Yang, 2012). Despite the many criticisms made of the concept of sustainable tourism development, some authors argue that the increasing focus and consideration to the negative impacts of tourism have resulted in much broader planning viewpoints, away from the mere consideration of tourism as an instrument of economic growth (Moyle et al., 2013). Bramwell and Lane (1993, p. 2) describe sustainable tourism as a “positive approach intended to reduce the tensions and friction created by the

Page 15: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

15

complex interactions between the tourism industry, visitors, the environment and the communities”. Its merit stands in acknowledging that there should be limits to the growth of tourism, although how these limits will be managed changes according to the destination’s institutional framework (Bramwell & Lane, 1993). Thus, sustainability also emphasizes the diversity of developmental paths that a particular society may embrace, depending on its specific political, cultural and ecological environment (Becker, Jahn, Stiess, & Wehling, 1997). The sustainability debate has also been useful to enlarge the understanding of development away from the neoliberal focus on financial and economic considerations, to encompass other aspects, including social justice and quality of life considerations (Fayos-Solà, Fuentes, & Muñoz, 2012). Thus, a more recent understanding of sustainable tourism has evolved beyond the mere protection of resources used by tourism for the use of future generations, to also encompassing such aspects as giving back to the community, increasing its welfare and quality of life (Murphy & Price, 2005). Within this perspective, destination development projects and endeavours need to answer the question of who will benefit from tourism (Afenyo & Amuquandoh, 2014), and whether the positive impacts will be greater than the negative ones.

Princípios de desenvolvimento turístico sustentável

Caixa de Texto – Henriques (2003)

Na Cimeira do Rio (1992), vários princípios para o desenvolvimento são assinalados tais como “o direito ao desenvolvimento deve ser concretizado de modo a satisfazer de forma equitativa as necessidades relativas ao desenvolvimento e ao ambiente das gerações actuais e futuras” (princípio 3), “para se atingir um desenvolvimento sustentável, a protecção do ambiente deve fazer parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente” (princípio 4) e “os Estados devem garantir às autoridades locais os meios necessários para garantir a sua participação na realização do desenvolvimento sustentável” (princípio 22). Na Cimeira de Joanesburgo a “visão de DS” definida no Report of the World Summit on Sustainable Development (2002) assenta numa perspectiva de longo prazo e numa participação de base mais alargada na formulação da política e na delimitação das decisões e respectiva implementação. Para tal prevê-se: estabelecer a cooperação internacional, o investimento estrangeiro e parcerias entre os sectores público e privado a todos os níveis; desenvolvimento de programas, incluindo programas educacionais e de formação profissional; apoiar as comunidades a gerir os fluxos de visitantes das atracções turísticas para o seu máximo benefício, enquanto se assegura o menor nível possível de impactos e riscos para as suas tradições, cultura e ambiente; promover a diversificação de actividades económicas (UN, 2002: 4). Especificamente para o turismo, o relatório da Cimeira refere a importância de “promover o desenvolvimento do turismo sustentável, incluindo eco-turismo e

Page 16: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

16

turismo não consumista, tomando em atenção o espírito do ano internacional do eco-turismo 2002, o ano das Nações Unidas para o património Cultural em 2002, o World Eco-Turismo Summit 2002 e a Declaração do Quebec, e o Código Global de Ética para o Turismo (adoptado pela OMT) com o intuito de aumentar os benefícios dos recursos turísticos para a população das comunidades receptoras enquanto se mantém a integridade do ambiente cultural e simultaneamente se estabelece a protecção ecológica de áreas ecologicamente sensíveis e do património natural. (UN, 2002: 34). Desenvolvimento sustentável pressupõe um desenvolvimento sem degradação ou esgotamento dos recursos, assim como a conservação dos recursos para as gerações presentes e futuras, procurando conciliar o desenvolvimento económico, a justiça social e a gestão eficiente dos recursos naturais e patrimoniais. Os princípios de DS aplicados ao turismo subentendem igualmente a inclusão de: “- planeamento holístico e elaboração de estratégias; - preservação do processo ecológico; - protecção da herança humana de biodiversidade; - desenvolvimento do turismo de forma a que a produtividade possa ser sustentável a longo prazo para as gerações futuras” (Bramwell & Lane, 1993; in Hinch, 1996: 95). Um modelo de desenvolvimento do turismo sustentável avança com seis princípios básicos, nomeadamente planeamento, integração, abertura, participação, durabilidade e viabilidade (Donaire, 1998: 65). São igualmente considerados os princípios de : - Princípio da equidade, - Princípio de preocupação com o longo prazo, - Princípio da capacidade de carga, - Princípio da conservação - Princípio de ênfase nas parcerias (Henriques, 2003) Na implementação destes princípios vários são os problemas que se podem encontrar na sua implementação. Aliás o fracasso em desenvolver um turismo sustentável advém, em grande parte, do seu desconhecimento e da dificuldade inerente em planeá-lo. Alguns dos problemas associados ao planeamento sustentável (Krippendorf, 1987; Hall & McArthur, 1996, 1998; Mathieson e Hall, 1992; Mckerchen, 1997, 2000; Lindberg & Mckercher, 1997) têm a ver com:

- compreensão do sistema turístico, - estabelecimento de prioridades, objectivos, metas, - atingir coordenação administrativa e política entre os sectores público e

privado, - sistemas de controlo integrados e cooperativos, - compreensão da dimensão política do turismo, - planeamento do turismo que satisfaça as necessidades locais e comercialize

num mercado competitivo (Halll, 2000: 24; in Henriques, 2003). Pode também conduzir a uma difícil coordenação entre os diferentes grupos de interesse, a qual pode gerar, em última instância, efeitos perniciosos associados ao facto da tomada de decisões, por parte de um largo conjunto de pequenos negócios nas áreas urbanas, ser contrária aos objectivos do plano turístico (Dutton e Hall, 1989; Page, 1995: 178).

Page 17: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

17

Caixa de Texto - UNEP/WTO (2005) (síntese)

1) Make optimal use of environmental resources that constitute a key element in tourism development, maintaining essential ecological processes and helping to conserve natural resources and biodiversity. 2) Respect the socio-cultural authenticity of host communities, conserve their built and living cultural heritage and traditional values, and contribute to inter-cultural understanding and tolerance. 3) Ensure viable, long-term economic operations, providing socio-economic benefits to all stakeholders that are fairly distributed, including stable employment and income-earning opportunities and social services to host communities, and contributing to poverty alleviation. Sustainable tourism development requires the informed participation of all relevant stakeholders, as well as strong political leadership to ensure wide participation and consensus building. Sustainable tourism should also maintain a high level of tourist satisfaction and ensure a meaningful experience to the tourists, raising their awareness about sustainability issues and promoting sustainable tourism practices amongst them. Considers:

1) Planning for the long term 2) Addressing global and local impacts 3) Promoting sustainable consumption 4) Equating sustainability and quality 5) Developing the approach - Reflecting all impacts in costs—polluter pays

principle 6) Sustainability Tourism and in financial costs. 7) Minimizing risk taking—precautionary principle 8) Careful risk assessment is an important component of sustainable tourism

development. 9) Taking a life cycle perspective 10) Considering functional alternatives 11) Respecting limits 12) Ensuring ongoing progress 13) Adapting to changing conditions 14) Undertaking continuous monitoring using indicators

ESCALAS DE PLANEAMENTO

Caixas de Texto – Gunn (2002) http://books.google.pt/books?id=6S6e44VhObMC&pg=PA23&hl=pt-PT&source=gbs_toc_r&cad=3#v=onepage&q&f=false

The site scale The destination scale The regional scalle

Page 18: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

18

Caixas de Texto http://www.tim.hawaii.edu/dl/Document%20Library%20%20TO%20490%20Additional%20Materials/TO490_section-5_destination-planning.pdf--- Universitim of Hawai , Manoa, TO 490, Tourism Destination Planning, pagTOURISM DESTINATION PLANNING AND DEVELOPMENT (2014)

THE TOURISM PLANNING PROCESS Levels of Tourism Planning Tourism planning is implemented at different levels from the general level which may apply to an entire country or region down to the local level which may apply to detailed planning for specific resort. What is important to emphasize is the tourism planning and development must be integrated among all levels to take into account different levels of concern and to avoid duplication of efforts and policies. Each level envolves different considerations as follows:

- International level - Tourism planning at the international level involves more than one country and includes areas such as international transportation services, joint tourism marketing, regional tourism polices and standards, cooperation between sectors of member countries, and other cooperative concerns.

- National level - Tourism planning at the national level is concerned with national tourism policy, structure planning, transportation networks within the country, major tourism attractions, national level facility and service standards, investment policy, tourism education and training, and marketing of tourism.

- Regional level – Tourism planning at the regional level generally is done by provinces, states, or prefectures involving regional policy and infrastructure planning, regional access and transportation network, and other related functions at the regional level.

- Local or community level- Tourism planning at the local level involves subregions, cities, towns, villages, resorts, rural areas and some tourist attractions. This level of planning may focus on tourism area plans, land use planning for resorts, and planning for other tourism facilities and attractions.

- Site planning level - Site planning refers to planning for specific location of buildings and structures, recreational facilities, conservation and landscape areas and other facilities carried out for specific development sites such as tourism resorts and may also involve the design of buildings, structures, landscaping and engineering design based on the site plan.

Caixa de Textos - Fazenda, Silva e Costa (2008)

Nível local As organizações turísticas locais, ao nível de um município individual ou distrito, representam a forma mais antiga de organização turística, que surgiram a partir da emergência e do crescimento de muitos resorts em diversos países. (…). Neste âmbito, as organizações locais constituem uma base sólida para a coordenação e

Page 19: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

19

defesa dos interesses turísticos locais, nomeadamente, através (i) da disponibilização de informação e serviços aos visitantes; (ii) da promoção de um maior envolvimento das populações e actores locais do trade no desenvolvimento turístico da localidade/ município; (iii) da sensibilização para a importância do turismo local e da preservação e conservação dos seus recursos; (iv) da realização de acções de promoção e de animação turístico-cultural; e (v) da implementação de medidas conducentes ao desenvolvimento turístico local. Nível Regional Um dos efeitos do turismo mais evidenciados é o seu contributo para o desenvolvimento regional. Cunha (1997:287) afirma mesmo que «nenhum outro sector económico garante, melhor que o turismo, a estreita conexão que deve existir entre o desenvolvimento regional e o desenvolvimento nacional na medida em que os efeitos económicos e sociais do turismo, verifi cados numa região, se repercutem no todo nacional». (…) Nível Nacional Segundo Burkart e Medlik (1981) cabe aos Governos a responsabilidade de defi nirem a política de Turismo, que poderá ser refl ectida num plano. Segundo esses autores essa política deverá identifi car, designadamente: (i) como o Turismo é visto na contexto da economia nacional; (ii) os objectivos a serem atingidos e como é que estes poderão ser alcançados ao nível do planeamento nacional e regional; (iii) a forma organizacional e administrativa e respectivas competências do sector público e privado; e (iv) a política fi scal a ser adoptada no sector.

O PROCESSO DE PLANEAMENTO TURISTICO

Secretariat of the Convention on Biological Diversity (2004) Guidelines on Biodiversity and Tourism Development: International guidelines for activities related to sustainable tourism development in vulnerable terrestrial, marine and coastal ecosystems and habitats of major importance for biological diversity and protected areas, including fragile riparian and mountain ecosystems. (CBD Guidelines) Montreal: Secretariat of the Convention on Biological Diversity http://www.cbd.int/doc/publications/tou-gdl-en.pdf

To be sustainable, tourism development in any destination requires coordinated policy-making, development planning and management. The policymaking, development planning and management process comprises the following steps: (a) Baseline information and review; (b) Vision and goals; (c) Objectives; (d) Review of legislation and control measures; (e) Impact assessment; (f) Impact management and mitigation;

Page 20: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

20

(g) Decision-making; (h) Implementation; (i) Monitoring and reporting; (j) Adaptive management.

Caixa de Texto - Elaboração própria com base na OMT (1993) e Page (1995) Henriques (2003)

etapas preparação do estudo determinação de objectivos análise (survey) de todos os elementos (análise, medição, avaliação) análise e síntese dos resultados formulação de políticas e do plano considerações e recomendações implementação e monitorização do plano revisão periódica

STAKEHOLDERS – ATORES

Caixa de texto – Gunn (2002)

Caixa de Texto - (UNWTO, 2014) http://biodiv.unwto.org/content/tourism-management-planning

The involvement of many different stakeholders in the planning process is crucial if the plan is to be successfully adopted and implemented. Further, sustainable

Page 21: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

21

tourism has to be based on local resources and capacities. These local resources include assets directly linked to tourism, such as accommodation or tourism offers as well as natural and cultural assets, agriculture, infrastructure and human resources that are indirectly related. The coordination of these factors is not an easy task and the establishment of cooperation between all stakeholders needs sufficient time

Caixa de Texto - UNEP/WTO (2005)

Stakeholders in sustainable tourism Many different interests can benefit from tourism being made more sustainable: • Tourism enterprises, while seeking long term profitability, should be concerned about their corporate image, the relationship with their staff, and their impact on the global environment and that immediately around them. • Local communities are seeking increased prosperity but without exploitation or damage to their quality of life. • Environmentalists are concerned about the harmful impacts of tourism but also see it as a valuable source of income for conservation. • Tourists are seeking a high quality experience in safe and attractive environments; they are becoming more aware of the impacts of their travelling. In seeking more sustainable tourism, governments must recognize the different positions and motivations of these stakeholders and work with them to achieve common goals. Governments play a leading role Sustainability is the responsibility of all those involved in tourism. Most of the impacts of tourism are the result of actions taken by private sector enterprises and by tourists themselves. However, there is a clear need for governments to take a leading role if truly significant progress is to be achieved in making tourism more sustainable. This is because: • The tourism industry is very fragmented. It is difficult for the individual actions of many micro and small businesses to make a positive difference and coordination is required. • Sustainability relates to areas of public concern—air, water, natural and cultural heritage and the quality of life. Moreover, many of the relevant resources are managed by governments. • Governments have many of the tools that can be used to make a difference—such as the power to make regulations and offer economic incentives, and the resources and institutions to promote and disseminate good practice. Governments should provide an environment that enables and encourages the private sector, tourists and other stakeholders to respond to sustainability issues. This can best be achieved by establishing and implementing a set of policies for tourism development and management, drawn up in concert with others, that place sustainability at its centre. The principles of sustainable development put emphasis on local determination and implementation of policies and actions. This should be placed within a supportive

Page 22: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

22

national policy framework.(UNEP/UNWTO, 2005) (…) Such a multi-stakeholder structure should represent the following, amongst others: • Different government departments and agencies representing the areas of government identified above. • Regional and local authorities. • Different segments of the tourism industry—hotel associations, tour operator bodies, etc. • International travel trade. • The transport sector (all forms). • Environmental and community-based NGOs. • Cultural heritage bodies. • National parks and other protected areas. • Tourism/recreation user groups.

Caixa de Texto - Maria Manuela Guerreiro, Júlio da Costa Mendes, Patrícia Oom do Valle, João Albino Silva (2008) Turismo em Análise, v.19, n.3, dezembro 2008 488, Análise da Satisfação dos Residentes com o Turismo: o caso de uma área destino no Algarve, Portugalhttp://www.turismoemanalise.org.br/turismoemanalise/article/view/29/30

A indústria turística tem o poder de afectar a vida dos seus residentes. Este facto tem justificado, ao longo dos últimos anos, a realização de vários estudos centrados no conhecimento das atitudes dos residentes face ao turismo (ANDERECK et al, 2005; GURSOY e RUTHERFORD, 2004; KO e STUART, 2002; ANDERECK e VOGT, 2000; JUROWSKI et al, 1997; LANKFORD, 1994; PERDUE, LONG e ALLEN, 1987). (…) Apesar dos estudos desenvolvidos ao longo da última década acerca das atitudes dos residentes face ao turismo, não está compreendida a relação entre as percepções dos residentes acerca dos impactes do turismo e a satisfação da comunidade. A este propósito, Ap e Crompton (1992) e Ko e Stewart (2002) consideram que tal situação limita a compreensão do comportamento dos residentes face aos impactes do turismo. A base teórica predominante da maioria dos estudos desenvolvidos sobre esta temática tem sido a Social Exchange Theory (PERDUE, LONGO e ALLEN, 1990; AP, 1992; MADRIGAL, 1995; JUROWSKI et al, 1997; ANDEREK et al, 2005). Trata-se de uma “teoria sociológica generalista preocupada com a compreensão das relações de troca que se estabelecem entre indivíduos e grupos numa situação de interacção” (AP, 1992:668). Para Perdue, Long, e Allen (1990), a Social Exchange Theory permite

Page 23: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

23

explicar a relação entre os benefícios individuais e as percepções do desenvolvimento económico proporcionado pelo turismo. Os residentes estão disponíveis para participar nessa relação se acreditarem que os benefícios que obterão são superiores aos custos decorrentes da actividade turística no seu local de residência (ANDEREK et al, 2005; GURSOY e RUTHERFORD, 2004; GURSOY, JUROWSKI e UYSAL, 2002; TEYE et al, 2002). As diferenças de atitudes dos residentes face ao turismo, identificadas em estudos baseados na Social Exchange Theory, estão relacionadas com o nível de desenvolvimento turístico da região (LONG, PERDUE e ALLEN, 1990), os impactes económicos percebidos (WILLIAMS e LAWSON, 2001), a forte concentração de turistas em determinados lugares (MADRIGAL, 1995), o tempo de residência na região e naturalidade do residente (SHELDON e VAR, 1984), o grau de familiaridade com a actividade turística (LANKFORD, 1994), o contacto com turistas (AKIS, PERISTIANIS e WARNER, 1996), o impacte nos tempos de lazer (LANKFORD, 1994), o nível de desenvolvimento do destino e do país (SHELDON E ABENOJA, 2001; TEYE, SIRAKAYA e SÖNMEZ, 2002) e o tipo de desenvolvimento turístico (RYAN e MONTGOMERY, 1994). De um modo geral, o predomínio de atitudes positivas face ao turismo por parte dos residentes é um indício de que o desenvolvimento turístico da região é adequado às condições locais (Lepp, 2006). (…) Numa grande variedade de comunidades, os residentes estão geralmente receptivos à actividade turística desde que esta represente uma importante fonte de desenvolvimento económico para a região (BESCULIDES et al., 2002; BESTARD et al, 2006). Contudo, tal posição não implica que não existam reservas e preocupações relativamente aos efeitos na sua comunidade (ANDERECK et al, 2005). Em conformidade com o quadro teórico-conceptual proporcionado pela Social Exchange Theory, a maioria dos estudos tem permitido concluir que os residentes que dependem da indústria turística, ou que esperam obter benefícios pessoais desta actividade, tendem a revelar atitudes mais positivas (BRUNT e COURTNEY, 1999; HARALAMBOPOULOS e PIZAM, 1996; JUROWSKI et al, 1997; LANKFORD e HOWARD, 1994; MCGEHEE e ANDERECK, 2004; SIRAKAYA, TEYE e SÖNMEZ, 2002). Do mesmo modo, resulta claro que todos estão conscientes de alguns impactes negativos (KING et al, 1991; MCGEHEE e ANDERECK, 2004).

Sustainable Tourism

Caixa de Texto - In (SYRIA doc) http://syrleb.org/LINKS/TourismManual_eng.pdf

Page 24: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

24

Page 25: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

25

O CASO PORTUGUÊS

Caixa de Texto http://www.qren.pt/np4/2014_2020

Elementos de discussão: 1) Enquadramento histórico: Políica e Planeamento sócio Económico desde a adesão de

Portugal à União Europeia (Ex-CEE) em 1986 (Planos e quadros de apoio: PDR I/QCA I; PDR II/QCA II; PDR III/QCA III, QREN (2007-13))

2) Portugal 2020 Nota: O Quadro 2020 será aprofundado no contexto do ponto programático “Financiamento ao Turismo)

Page 26: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

26

http://www.qren.pt/np4/np4/?newsId=4209&fileName=ACORDO_DE_PARCERIA.pdf http://www.portugal.gov.pt/pt/os-temas/portugal-2020/portugal-2020.aspx

PENT

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/publicacoes/Pages/PublicacoeseRelatorios.aspx

Page 27: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

27

Elementos para discussão:

1) Visão do “destino Portugal”

2) Destino Portugal – Proposta de valor, valores essenciais e ativação da marca

3) Metas quatitativas para 2013/2015

4) Trinómio Produto, Mercados emissores e destinos

5) Estratégias de desenvolvimento de produto e Mercado, por NUT II

Bibliografia complementar: Turismo de Portugal (2013)

O CASO ALGARVE

Caixa de Texto MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, MAR, AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALGARVE (2014), Algarve, Preparar o Futuro Diagnóstico Prospetivo 2014-2020, Versão Aprovada pelo Conselho Regional (a 22-3-2013) Crescimento Sustentável – Síntese de Constrangimentos Chave − Insuficiente oferta de serviços de transportes públicos, da rede regional ferroviária e da implementação de sistemas intermodais − Subaproveitamento dos portos comerciais de Faro e Portimão − Problemas financeiros e de articulação das entidades envolvidas no setor dos transportes dificultam a concretização do metro de superfície na zona central do Algarve − Necessidade atual de importar grande parte das componentes materiais requeridas pela instalação de energias renováveis e de soluções tecnológicas alternativas − Planos de prevenção de risco regionais (incêndios, sismos, inundações/tsunamis, erosão da faixa costeira entre outros) por completar/implementar. − Ocupação disfuncional com necessidade de requalificação urbana, ambiental e paisagística da faixa litoral − Conflito de usos na faixa marinha (governança, aquicultura, pesca, navegação) − Ocupação de zonas de risco face ao cenário de alterações climáticas − Agravamento da erosão dos sistemas dunares como consequência das alterações climáticas − Crise financeira das autarquias com efeitos na dificuldade em garantir a manutenção das infraestruturas regionais. − Elevada concentração urbanística junto ao litoral e desertificação do interior − Necessidade de consolidar a articulação do sistema urbano regional − Aumento do número de fogos destinados à segunda residência nas zonas turísticas e de fogos vagos e degradados nas áreas urbanas tradicionais. − Deficiente rede de ciclovias intraurbanas – vias dedicadas − Emergência de fenómenos de exclusão social com deficiente rede de serviços de apoio social nas zonas urbanas − Risco de sustentabilidade económico-financeira da rede de equipamentos − Abandono de empreendimentos turísticos e sua degradação (questão da imagem e de segurança)

Page 28: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

28

− Pressão demográfica sazonal, prejudicando a eficiência dos serviços urbanos e a gestão de equipamentos e infraestruturas − Expansão urbanística para as periferias e zonas rurais com desertificação e degradação dos centros históricos − Problemas de sustentabilidade do mercado de arrendamento urbano − Entrave à reabilitação urbana dos centros históricos por dificuldades de financiamento de reabilitação com fins lucrativos à habitação − Falta de articulação e integração dos aspetos físicos, económicos, fiscais, oferta de emprego, inclusão social nas políticas conducentes à regeneração urbana de territórios desqualificados − Insuficiente articulação dos agentes económicos do interior com as empresas do litoral ou que aí operam − Crescente desertificação do solo e diminuição das reservas hídricas subterrâneas.

Elementos para discussão: - Constrangimentos no desenvolvimento sustentável do turismo: Quais os contributos dos planos?

PENT – Algarve

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/publicacoes/Pages/PublicacoeseRelatorios.aspx

Ao nível do produto, destacam-se as seguintes linhas de atuação: i) Ao nível do produto sol e mar, verifica-se a necessidade de desenvolver as acessibilidades no inverno e para novos mercados no verão, enriquecer a experiência, promover a requalificação das zonas urbanas e colocar o produto no mercado; ii) No golfe, verifica-se a necessidade de promover a requalificação das zonas envolventes, desenvolver conteúdos e sua disponibilização em canais e colocar o produto no mercado; iii)No turismo residencial, verifica-se a necessidade de lançar mecanismos e instrumentos específicos para a consolidação da estrutura financeira das empresas, de reforçar a promoção e comercialização do Algarve como destino de turismo residencial e de 42

Page 29: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

29

disponibilizar na Internet informação sistematizada e orientada para o cliente e de apoio à colocação do produto no mercado; iv) No turismo de natureza, verifica-se a necessidade de desenvolver conteúdos e sua disponibilização em canais, criar diversidade de experiências de passeios a pé, de bicicleta ou a cavalo, criar conteúdos e sua disponibilização em canais, especializar o serviço/ experiência, e desenvolver boas práticas de sustentabilidade em toda a cadeia de valor do produto observação de aves; v) No turismo náutico, verifica-se a necessidade de sensibilizar os serviços de estrangeiros e fronteiras e capitanias para a normalização e agilização dos procedimentos, promover a oferta das marinas e portos de recreio em função dos postos de amarração disponíveis, sensibilizar os municípios para a qualidade e boas condições de acesso às praias, divulgar os eventos internacionais e promover a oferta de surfing; vi) No turismo de negócios, verifica-se a necessidade de desenvolver infraestruturas até 3 mil pessoas e equipamentos complementares, desenvolver serviços especializados e prospetar e colocar o produto no mercado; vii) No turismo de saúde, designadamente a nível do turismo médico, verifica-se a necessidade de desenvolver e reforçar a estruturação de ofertas de serviços médicos integrados nos serviços turísticos e promover a sua colocação no mercado , viii)Nos circuitos turísticos, verifica-se a necessidade de colocar os recursos georreferenciados em valor, desenvolver conteúdos e informação para o cliente, e incentivar e diversificar as experiências; ix) No âmbito do produto gastronomia e vinhos, verifica-se a necessidade de densificar atividades, desenvolver conteúdos e experiências, nomeadamente com a integração de produtos locais na operação das unidades turísticas, e integrar a oferta em plataformas de promoção e comercialização. http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/publicacoes/Pages/PublicacoeseRelatorios.aspx

Elementos de Discussão: - a importância do PENT para a região e seu desenvolvimento turístico

BIBLIOGRAFIA

UNWTO (2014) http://biodiv.unwto.org/content/tourism-management-planning

Berno, T., Bricker, K. (2001). Sustainable tourism development: The long road from theory to

practice. International Journal of Economic Development, 3(3), 1–18.

Blackstock, K. (2005). A critical look at community based tourism. Community Development

Journal, 40(1), 39–49.

BMZ (2012), Federal Ministry for Economic Cooperation and development, The contribution of

tourism to sustainable development and achieving the Millenium Development Goals.

Bramwell, B., & Lane, B. (1993), Sustainable tourism: An evolving global approach. Journal of

Sustainable Tourism, 1(1), 1–5.

Burns, P. (2003), Tourism planning: A third way? Annals of Tourism Research, 30(1), 24–45.

Page 30: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

30

Byrd, E. T., Bosley, H. E., Dronberger, M. G. (2009). Comparisons of stakeholder perceptions of

tourism impacts in rural eastern North Carolina. Tourism Management, 30(5), 693–703.

Costa, C. (1996), Towards the improvment of the efficiency and efetiveness of tourism

planning and development at the regional level: planning, organisations and networks.

The case of Portugal «, Thesis sumitted in fulfilment of the requirements for the award

of PHD degree, Department of Management Studies, University of Surrey.

Cunha, L, (2013), Economia e Política do Turismo, 3ª edição, LIDEL – Edições Técnicas.

Cunha, L. (2003), Introdução ao Turismo, 2º edição, Editorial Verbo, Lisboa – São Paulo.

Dimitrios Stylidisa, D., Biranb, A., Sitb J., Szivasc, E., (2014), Residents' support for

tourism development: The role of residents' place image and perceived tourism impacts,

IN Tourism Management, Volume 45, December 2014, Pages 260–274.

Fayos-Solà, E., Fuentes, L. & Muñoz, A. (2012), Tourism for development. In E. Fayos-Solà, J. A.

Silva, & J.Jafari (Eds.), Knowledge management in tourism: Policy and governance applications

Bingley:Emerald Group Publishing, pp. 3–31.

Fazenda, N., Silva e Costa, C. (2008), In Revista Portuguesa Estudos Regionais, nº 18, 2º

Quadrimestre, 2008.

Governo de 2020 (2014), Acordo de Parceria Portugal 2020. (On line). In

http://www.qren.pt/np4/np4/?newsId=4209&fileName=ACORDO_DE_PARCERIA.pdf.

Governo de Portugal (2014), A política de Coesão no Periodo de Programação 2014-2020. (On

line). In http://www.qren.pt/np4/2014_2020.

Guerreiro, M., Júlio da Costa Mendes, Patrícia Oom do Valle, João Albino Silva (2008) Turismo

em Análise, v.19, n.3, dezembro 2008 488, Análise da Satisfação dos Residentes com o

Turismo: o caso de uma área destino no Algarve Portugal. (On line). In

http://www.turismoemanalise.org.br/turismoemanalise/article/view/29/30.

GUNN, C.A. (2002), Tourism Planning: Basic Concepts, Cases, 4th edition, Routledge, New York.

Hall, C. M. (2011), Policy learning and policy failure in sustainable tourism governance: From

first- and secondorder to third-order change?, Journal of Sustainable Tourism, 19(4–5), 649–

671.

Hall,M. 2007, Tourism Planning: Policies, Processes and Relationships Inskeep, E. (1994), National And Regional Tourism Planning: Methodologies And Case Studies, Routledge. Mill, R. e Morrison, A. (2013), The tourism System (cap 5 – Tourism Planning), 6ª ed.

Kendal Hunt Publishing Company.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, MAR, AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO,

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALGARVE

(2014), Algarve, Preparar o Futuro Diagnóstico Prospetivo 2014-2020, Versão Aprovada pelo

Conselho Regional, a 22-3-2013.

Page 31: MANUAL - pro-thor.compro-thor.com/wp-content/uploads/2015.MANUAL.Planeamento-2015-e... · Com o pós-guerra, a partir de meados dos anos 50 e 60, confirmada a crescente capacidade

31

Moyle, B. D., McLennan, C. J., Ruhannen, L., & Weiler, B. (2013), Tracking the concept of

sustainability in Australian tourism policy and planning documents. Journal of Sustainable

Tourism, 22(7), 1037–1051.

Murphy, P. E., & Price, G. G. (2005). Tourism and sustainable development. In W. F. Theobald

(Ed.), Global tourism (pp. 163–167). Burlington, MA: Routledge.

Phillips, P., Moutinho, L. (2014), Critical review of strategic planning research in

hospitality and tourism. (On line). In

https://books.google.pt/books?id=kbXcAAAAQBAJ&pg=PA84&lpg=PA84&dq=%22Integ

rative+tourism+planning%22&source=bl&ots=0zqwK4hbVE&sig=eul6bjgkM6pL-

lwcgfr5W7XdzYk&hl=pt-PT&sa=X&ei=l1

School of Tim (Travel Industry Management), Tourism Destination Planning and Development.

(On line). In

http://www.tim.hawaii.edu/dl/Document%20Library%20%20TO%20490%20Additional%20Ma

terials/TO490_section-5_destination-planning.pdf--- Universitim of Hawai , Manoa, TO 490.

Secretariat of the Convention on Biological Diversity (2004), Guidelines on Biodiversity and

Tourism Development: International guidelines (CBD Guidelines) Montreal: Secretariat of the

Convention on Biological Diversity. (on Line) In http://www.cbd.int/doc/publications/tou-gdl-

en.pdf

SYRIA doc. (On Line). In http://syrleb.org/LINKS/TourismManual_eng.pdf

Turismo de Portugal (2013), Plano Estratégico Nacional de Turismo – Horizonte 2013-15. (On

line) In

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/publicacoes/Pages/P

ublicacoeseRelatorios.aspx

UNEP/WTO, 2005, MAKING TOURISM MORE SUSTAINABLE - A Guide for Policy Makers, United

Nations Environment Programme, Division of Technology, Industry and Economics.

UNWTO (2014), Tourism and Biodiversity. (On line). In

http://biodiv.unwto.org/content/tourism-management-planning

Wickensa, E., Bakirb, A., Alvarezc, M. (2014), Sustainable Destination Development: Issues and

Challenges, Sustainable Destination Development:Issues and Challenges (On line)

http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/21568316.2014.960597

Yu, C-P., Chancellor, C., & Cole, S. T. (2011), Measuring residents’ attitudes toward sustainable

tourism: A reexamination of the sustainable tourism attitude scale, Journal of Travel Research,

50(1), 57–63.