Manual Ufcd 0563 - Legislação Comercial (1)

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UFCD 0563

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ATENDIMENTO PRESENCIAL E ENCAMINHAMENTO

Legislao Comercial

ndice

Introduo3mbito do manual3Objetivos3Contedos programticos3Carga horria41.Noes fundamentais de direito51.1.Fontes de direito61.2.Caractersticas da norma jurdica81.3.Distino entre direito pblico e direito privado92.A empresa e o Direito162.1.Tipos de empresas202.1.1.Singulares212.1.1.1.Empresrio em nome individual212.1.1.2.EIRL222.1.2.Colectivas242.1.2.1.Sociedades comerciais242.1.2.2.Sociedade em nome coletivo252.1.2.3.Sociedade por quotas262.1.2.4.Sociedade em comandita282.1.2.5.Sociedade annima292.1.2.6. Sociedade unipessoal332.1.6.7.Sociedades civis333.Contratos comerciais mais usuais353.1.Contrato de compra e venda373.2.Contrato de locao463.3.Contrato de prestao de servios50Bibliografia55

Introduo

mbito do manual

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio unidade de formao de curta durao n 0563 Legislao comercial, de acordo com o Catlogo Nacional de Qualificaes.

Objetivos

Interpretar a legislao comercial relevante para a atividade da empresa.

Contedos programticos

Noes fundamentais de Direito As fontes de Direito Caractersticas da norma jurdica Distino entre direito pblico e direito privado A empresa e o Direito Tipos de empresas - Singulares - Empresrio em nome individual - EIRL - Coletivas - Sociedades comerciais - Sociedade em nome coletivo - Sociedade por quotas - Sociedade em comandita - Sociedade annima - Sociedade unipessoal - Sociedades civis Contratos comerciais mais usuais Contrato de compra e venda Contrato de locao Contrato de prestao de servios

Carga horria

25 horas

1.Noes fundamentais de direito

Para alm de normas sociais, morais e religiosas, a sociedade humana teve necessidade de criar normas jurdicas. Em termos muito simples, o Direito pode ser descrito como um conjunto de normas jurdicas.

Um leigo tende a ligar o conceito de Direito a fenmenos como sentena, aplicao de penas, tribunais, etc. Mas, o certo que o Direito funciona, e o nosso comportamento conforma-se com ele espontnea e naturalmente, sem que nos apercebamos.

O Direito tem a funo de disciplinar as relaes entre os indivduos e de solucionar os conflitos de interesses que entre eles surgem. Contudo, tem, tambm, a funo de disciplinar a constituio e funcionamento dos rgos do poder.

Na verdade, impensvel viver em sociedade sem um mnimo de princpios que regulem o agir humano, tanto mais que so inevitveis os conflitos de interesses, quer individuais, quer coletivos, emergentes da raridade de certos bens (a sua insuficincia para satisfazer todas as necessidades que os solicitam).

, ento, necessrio que na vida social existam regras que determinem a cada indivduo as suas formas de colaborao com os outros, por meio de atos ou omisses, na prossecuo dos fins sociais.

1.1.Fontes de direito

Constituem fontes do direito: A Lei (sentido amplo); A Jurisprudncia (o conjunto das decises judiciais); A Doutrina (os contributos dos jurisconsultos na resoluo dos problemas jurdicos); Os Usos e Costumes (valem apenas se a Lei lhes conferir eficcia).

A LeiEm sentido amplo, a Lei a manifestao do poder legislativo: Norma escrita proveniente dos rgos estaduais competentes.

A Lei (em sentido amplo) pode assumir vrias formas. Existe uma hierarquia destas formas: Constituio Lei Decreto-Lei Decreto Regulamentar Portaria Postura Etc.

JurisprudnciaConjunto das Decises dos Tribunais. No nosso sistema, o juiz independente, e por isso no tem de respeitar as decises anteriores dos Tribunais.

As decises dos Tribunais no fazem precedente com exceo dos Acrdos do Tribunal Constitucional que declaram a inconstitucionalidade de uma Lei. Essas anulam a Lei e, por isso, so obrigatrias para todos.

DoutrinaConceito: conjunto de opinies, estudos e pareceres jurdicos elaborados por professores e tcnicos de Direito de reconhecida competncia sobre a forma adequada e correta de aplicar, articular e interpretar as normas jurdicas.

Esta fonte indireta do Direito resulta de investigaes e reflexes tericas e de princpios metodicamente expostos, analisados e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis. Em determinadas fases da cultura jurdica sobressaem escritores, a cujos trabalhos todos recorrem de tal forma que as suas opinies se convertem em preceitos obrigatrios...

Obrigatrios no sentido de que essas orientaes so pacificamente seguidas, pela sapincia revelada pelos doutrinadores e pela consistncia e razoabilidade de suas tomadas de posio. Em todo o caso, entre ns, a Doutrina no uma fonte de Direito de carcter vinculativo.

O seu valor importantssimo: Determina os Princpios Normativos; Participa na feitura e interpretao das leis; Tem um importante papel na formao dos Juristas.

Usos e costumesO Costume tem dois elementos: Prtica Social constante (corpus) Sentimento ou Convico da sua obrigatoriedade (animus).

Sendo bastante discutvel a admisso do Costume como fonte de Direito, a tendncia vai no sentido de os usos e costumes relevantes na ordem social serem acolhidos pelo legislador sob a forma de Direito escrito, posto que a efetividade deste tanto maior quanto maior for a sua coincidncia com as regras e prticas sociais aceites e consensualmente numa Comunidade.

Se, pelo contrrio, as normas jurdicas forem totalmente alheias aos costumes prevalecentes na sociedade, a aplicao daquelas pode engendrar conflitos e revelarem-se de difcil aplicabilidade social.

1.2.Caractersticas da norma jurdica

A ordem jurdica expressa-se atravs de normas jurdicas, que so regras de conduta social gerais, abstratas e imperativas, adotadas e impostas de forma coercitiva pelo Estado, atravs de rgos ou autoridades competentes.

A norma jurdica o elemento bsico do Direito. Correspondem a normas de conduta social mas que exprimem a ligao da situao da vida necessidade de uma conduta, concluindo com uma consequncia para a sua violao.

A norma jurdica uma regra, uma frmula, mas acima de tudo um modelo de comportamento; esta caracterstica (entre outras, nomeadamente a da coercibilidade) que a distingue de outras regras (matemticas, cientficas, etc.).

O Direito integra normas jurdicas. O que que as normas jurdicas tm de peculiar que as distingam de outras normas de conduta?

Imperatividade:A norma jurdica conte um comando, porque impe um certo comportamento e no se limita a dar conselhos.

Generalidade:A norma jurdica refere-se a todas as pessoas e no a destinatrios singularmente determinados.

Abstrao:A norma jurdica diz respeito a um nmero indeterminado de casos do mesmo tipo, e no a situaes concretas ou individualizadas.

Coercibilidade:Consiste na suscetibilidade de aplicao coativa de sanes, se a norma for violada.

1.3.Distino entre direito pblico e direito privado

Uma distino muito antiga a que divide o Direito em DIREITO PRIVADO e DIREITO PBLICO.

Direito Privado : O conjunto das normas reguladoras das relaes entre os particulares ou entre os particulares e o Estado, quando este intervm despido de Imperium.

Direito Pblico : O conjunto de normas reguladoras das relaes entre os Estados ou entre o Estado e os particulares.

Direito Pblico:

Direito Internacional Pblico o conjunto de preceitos reguladores das relaes estabelecidas entre os diversos Estados: Acordos, Tratados, Praxes Internacionais, etc.

Direito ConstitucionalConjunto de normas que regulam a organizao fundamental do Estado e que fixam os direitos e obrigaes recprocas do Estado e dos cidados.

Direito AdministrativoConjunto de normas que regulam a formao, competncia e funcionamento dos rgos administrativos e disciplinam a atividade administrativa.

Direito CriminalConjunto de normas que fixam os pressupostos da aplicao de sanes criminais. Considera-se direito pblico porque protege fundamentalmente interesses de segurana e de tranquilidade social.

Direito Processual (civil, penal, fiscal)Conjunto de regras que fixam os termos a observar na propositura das aes cveis, na instaurao e desenvolvimento da ao penal.

Direito Privado:

Direito Civil ou Direito Privado Comum o direito regra, o direito geral cujo campo de ao tende a estender-se a todas as relaes de direito privado.

Direito Comercial Direito privado especial que regula os atos de comrcio.

Direito Internacional Privado fundamentalmente constitudo por aquelas normas que apenas se limitam a indicar a lei reguladora das relaes que esto em conexo com mais do que um sistema jurdico, normas de conflitos.

O direito comercial

Noo e mbitoDireito Comercial ramo de direito em que tradicionalmente so abordadas e estudadas as Sociedades Comerciais, na sua qualidade de sujeitos de Direito Comercial.

O Direito Comercial regula a atividade dos sujeitos econmicos mais relevantes no mercado: os comerciantes, ou seja, empresrios mercantis em nome individual ou organizados em sociedades comerciais, que se caracterizam essencialmente pela profissionalidade dos seus atos.

O Direito Comercial no cuida, por isso, dos que exercem outras profisses, liberais (advogados, mdicos, engenheiros, arquitetos) ou manuais (pedreiros, marceneiros, eletricistas, canalizadores, etc.), nem dos empresrios civis, designadamente agrcolas ou pequenas indstrias familiares, exceto se organizados sob a forma de sociedade comercial.

Por isso, a lei comercial exclui expressamente do mbito do comrcio a agricultura, os ofcios mecnicos diretamente exercidos (a chamada pequena empresa) e a atividade literria, bem como as atividades que lhes sejam acessrias, tais como empresas de transformao acessrias de empresas agrcolas (i.., delas primordialmente dependentes) e a edio de obras prprias.

Mas o Direito Comercial trata tambm dos negcios que instrumentalizam a atividade econmica dos comerciantes e de todos aqueles que com estes se relacionam, no exerccio dessa atividade e ainda de certos negcios que, por serem tpicos da vida mercantil, esto sujeitos a um regime prprio, independentemente da qualidade dos respetivos sujeitos e da intensidade (repetida ou espordica) com que so praticados.

De acordo com o artigo 1. do Cdigo Comercial:A lei comercial rege os atos do comrcio, sejam ou no comerciantes as pessoas que nele intervm.

O direito comercial no , pois, simplesmente o direito dos comerciantes, mas, sim, o direito da matria comercial.

No , apenas, o comrcio propriamente dito que disciplinado por este direito. Tambm, algumas indstrias, como a transformadora e a de transportes so reguladas pelo direito comercial.

O direito comercial como direito privado especialNo mbito do direito privado foi includo o direito comercial, definido como direito privado especial regulador dos atos do comrcio.

Diz-se que o direito comercial especial perante o direito civil, porque retira do mbito do direito comum determinadas categorias que prev e rege atravs de normas, por vezes opostas s regras comuns.

No sistema jurdico portugus, o direito comercial tem autonomia formal e substancial. um direito formalmente autnomo, porque as suas normas fundamentais se encontram num Cdigo prprio.

um direito substancialmente autnomo, porque a matria mercantil foi retirada ao direito privado comum para se reger pelos preceitos do Cdigo Comercial.

A autonomizao do direito comercialApesar de existir atividade comercial nas sociedades antigas, s a partir da Idade Mdia, com o aparecimento das corporaes associaes profissionais organizados para a defesa dos interesses comuns se foi diferenciando do direito civil, um direito autnomo regulador do exerccio do comrcio.

As razes que levaram autonomizao de um conjunto de preceitos que regulassem a atividade comercial esto relacionadas com as caractersticas particulares desta atividade: Rapidez das transaes Necessidade de crdito

Requisitos que as normas do Direito Civil no tinham em conta.

Caractersticas do Direito Comercial Simplicidade Facilidade de crdito Universalidade Uniformidade

Se as questes sobre direitos e obrigaes comerciais no puderem ser resolvidos, nem pelo texto da lei comercial, pelo seu esprito, nem pelos casos anlogos neles prevenidos, sero decididos pelo direito civil.

O Direito civil , pois, subsidirio do direito comercial, ou seja, quando determinado caso no possa ser solucionado luz da lei comercial (Cdigo Comercial e todas as leis avulsas que versem sobre matria comercial), recorrer-se- ao direito civil.

2. A empresa e o Direito

A palavra empresa traduz um conceito atual que qualquer pessoa tende a identificar com a ideia de negcio, estabelecimento, organizao para a explorao de uma atividade, como contraponto s antigas oficinas, ateliers.

No obstante ser generalizadamente aceite a importncia da empresa, no foi ainda aceite por todos um conceito jurdico de empresa, que rena as vrias perspetivas por que pode ser olhada.

Na perspetiva da economia, empresa uma unidade de produo, ou uma unidade de explorao econmica, ou uma unidade tcnica de produo, uma organizao com o objetivo de criar utilidades, sob a forma de bens ou servios, para obter o lucro.

A empresa no Direito Comercial Portugus.Haver-se-o por comerciais as empresas, singulares ou coletivas, que se propuserem:

1. Transformar por meio de fbricas ou manufaturas, matrias-primas, empregando, para isso, ou s operrios, ou operrios ou mquinas.2. Fornecer, em pocas diferentes, gneros quer a particulares, quer ao Estado, mediante preo convencionado.3. Agenciar negcios ou leiles por conta de outrem em escritrio aberto ao pblico, e mediante salrio estipulado.4. Explorar quaisquer espetculos pblicos.5. Editar, publicar ou vender obras cientficas, literrias ou artsticas.6. Edificar ou construir casas para outrem com materiais subministrados pelo empresrio.7. Transportar, regular e permanentemente, por gua ou por terra, quaisquer pessoas, animais, alfaias ou mercadorias de outrem

da disposio do Cdigo Comercial de que se acabou de transcrever uma parte que h-de resultar o conceito de empresa no nosso Direito Comercial.

Em primeiro lugar, a empresa o comerciante, isto , o empresrio que exerce as atividades enumeradas de 1 a 7. Mas a empresa tambm a atividade do empresrio.

Os ns 1 a 7 no aludem a um ato, mas a uma atividade, ou seja, conjunto de atos entre si coordenados para a realizao do mesmo fim.

A atividade do empresrio h-de exercer-se atravs de uma organizao que lhe sirva de instrumento.

Resumindo, empresa : Em sentido subjetivo, o comerciante; Em sentido objetivo, a atividade que o comerciante exerce profissionalmente, servindo-se de uma organizao que o estabelecimento comercial.Referiu-se que a atividade do empresrio se realiza atravs de uma organizao. Esta organizao que o instrumento da atividade comercial o estabelecimento comercial.

Estabelecimento comercial , assim, o conjunto de bens ou servios organizado pelo comerciante com vista ao exerccio da sua atividade.

uma universalidade de facto e de direito: rene todos os elementos necessrios atividade, como sejam, as instalaes onde funciona, as licenas respetivas, os trabalhadores, a clientela.

Requisitos da atividade comercialO Cdigo Comercial diz quais so os atos de comrcio:Todos os que se encontrem especialmente regulados no Cdigo Comercial, ou seja, aqueles que so sempre comerciais, independentemente da qualidade de comerciante de quem os pratica - so os atos de comrcio objetivos.

Todos os atos praticados pelos comerciantes, exceto se: a sua natureza for exclusivamente civil (por exemplo, o casamento), se provar que no tm relao com o comrcio (como por exemplo, se o comerciante compra uma casa para a habitao da sua famlia, este ato no ter relao com o comrcio). Estes so os atos de comrcio subjetivos.

A atividade do empresrio realiza-se atravs de uma organizao que o instrumento da atividade comercial: o estabelecimento comercial. Estabelecimento comercial , assim, o conjunto de bens ou servios organizado pelo comerciante com vista ao exerccio da sua atividade.

uma universalidade de facto e de direito: rene todos os elementos necessrios atividade, como sejam, as instalaes onde funciona, as licenas respetivas, os trabalhadores, a clientela.

Os Comerciantes so: As pessoas que, tendo capacidade para praticar atos do comrcio, fazem desta profisso os comerciantes em nome individual. As sociedades comerciais.

Obrigaes dos comerciantesOs comerciantes esto vinculados a determinadas obrigaes. Adotar uma firma; Ter uma escriturao; Efetuar o registo de determinados atos; Dar balano e prestar contas.

Estas obrigaes a que os comerciantes esto vinculados tm por objetivo geral o exerccio do comrcio de uma forma segura. Especialmente, os objetivos destas obrigaes so os seguintes:

A firma tem por fim distinguir os comerciantes uns dos outros; A escriturao, o balano e a prestao de contas tm por fim dar a conhecer a situao econmica do comerciante; O registo tem a finalidade de publicitar os atos dos comerciantes.

2.1.Tipos de empresas

2.1.1.Singulares

As empresas singulares so aquelas que apenas tm um indivduo como proprietrio, o qual, para alm de deter a totalidade do capital, contribui com o seu trabalho na direo da empresa.

O empresrio individual pode assumir uma responsabilidade limitada se optar pelo estatuto de Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (Maria Manuela E.I.R.L). Neste caso, h uma separao entre os patrimnios particular e comercial e apenas este responder pelas dvidas contradas pela empresa.

2.1.1.1.Empresrio em nome individual

Uma empresa individual ou um empresrio em nome individual consiste numa empresa titulada apenas por um s indivduo ou pessoa singular, que afeta bens prprios explorao do seu negcio.

O Empresrio em Nome Individual pode exercer a sua atividade na rea comercial, industrial, de servios ou agrcola.

O Proprietrio e gestor so uma e a mesma pessoa, que pessoalmente responsvel por todas as atividades da empresa. Responde ilimitadamente perante os credores pelas dvidas (incluindo dvidas fiscais e no caso de falncia) contradas no exerccio da sua atividade.

Nem sempre estas empresas individuais assumem uma forma jurdica regular e raras as vezes tm contabilidade organizada.

Apesar da sua muito pequena dimenso e aparente fragilidade, as empresas em nome individual so muito numerosas, mesmo nas economias consideradas mais desenvolvidas.

A firma dever ser constituda pelo nome civil completo ou abreviado do proprietrio, seguido ou no da atividade a que se dedica.

ExemplosMaria Jos AbreuM. J. AbreuMaria Jos Abreu Artesanato

VANTAGENS Ser proprietrio nico poder manter um controlo pronto, direto e completo sobre a empresa e as suas atividades.

DESVANTAGENS A dimenso da empresa fica sempre limitada ao volume de recursos que o nico proprietrio pode dispor; O nico proprietrio responsvel, perante a lei, por todas as dvidas da empresa, podendo ser citado judicialmente.

2.1.1.2. EIRL

Esta figura foi criada em Portugal em 1986 e, com a criao da figura de sociedades unipessoais, o Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL) passa a ser escassa importncia.

titulada por um nico indivduo ou pessoa singular e composto por um patrimnio autnomo ou de afetao especial ao estabelecimento atravs do qual uma pessoa singular explora a sua empresa ou atividade, mas ao qual no reconhecida personalidade jurdica.

O capital social no pode ser inferior a 5.000 e pode ser realizado em numerrio, coisas ou direitos que possam ser alvo de penhora. Contudo, a parte em dinheiro no pode ser inferior a 2/3 do capital mnimo.

Existe uma separao entre o patrimnio pessoal do empreendedor e o patrimnio afeto empresa, pelo que os bens prprios do empreendedor no se encontram afetos explorao da atividade econmica.

Pelas dvidas resultantes da atividade econmica respondem apenas os bens a ela afetos. Em caso de falncia do empreendedor, e caso se prove que no decorria uma separao total dos bens, o falido responde com todo o seu patrimnio pelas dvidas contradas.

As entradas em espcie devero constar de um relatrio elaborado por revisor oficial de contas, que dever instruir o pedido de registo, ou que dever ser apresentado ao notrio no caso de constituio por escritura pblica. A constituio do estabelecimento obrigatoriamente registada no Registo Comercial e publicada no Dirio da Repblica.

Dever ser destinada uma frao dos lucros anuais no inferior a 20% a um fundo de reserva, at que este represente metade do capital do estabelecimento.

A firma deve ser composta pelo nome civil, por extenso ou abreviado, do empreendedor. Este nome pode ser acrescido, ou no, da referncia ao ramo de atividade, mais o aditamento obrigatrio Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada ou E.I.R.L.

Constituise mediante documento particular, estando dispensado de celebrao de Escritura Pblica.

ExemplosR. F. Andrade, E.I.R.L.R. F. Andrade, comrcio de equipamentos, E.I.R.L.

2.1.2.Colectivas

2.1.2.1.Sociedades comerciais

As sociedades comerciais so a estrutura tpica da empresa nas economias de mercado, embora a empresa possa revestir outras formas jurdicas.

A sociedade comporta duas realidades diferentes que se justapem: Sociedade como contrato, atravs do qual se prosseguem determinados objetivos e que supe a participao de pessoas; Sociedade como instituio, a sociedade que resulta do ato de constituio, que ser uma estrutura devidamente organizada.

O contrato de sociedade definido no Cdigo Civil como:aquele em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou servios para o exerccio em comum de certa atividade econmica, que no seja a de mera fruio, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa atividade.

A sociedade tem, assim, como caractersticas: Uma pluralidade de pessoas como seu substrato; A ideia de colaborao entre as pessoas numa atividade com vista a um objetivo que o lucro; Conjugao de bens, isto , um fundo comum que constituir o patrimnio social; Uma organizao que seja a base de realizao dos objetivos.

De referir que os scios das sociedade, tanto podem ser pessoas singulares, como pessoas coletivas, como por exemplo outras sociedades.

Esta noo de sociedade que nos dada pelo Cdigo Civil relevante para o Direito Comercial, pois a sociedade comercial uma espcie de sociedade.O contrato de sociedade para que seja vlido, alm dos requisitos de validade gerais, deve conter os seguintes requisitos:

Capacidade das partes; Objeto possvel e legal; Mtuo consentimento. Adotar a forma escrita.

As sociedades so pessoas coletivas que, semelhana das pessoas fsicas, tm personalidade jurdica, isto , so sujeitos de direitos e obrigaes. As sociedades compram, vendem, intentam aes em Tribunal.

Mas, porque so pessoas fictcias, no podem, como as pessoas fsicas, agir, por si.So os seus representantes que praticam atos, que agem em nome da sociedade.

So, assim, duas as condies para que se possa qualificar a sociedade como comercial:

O fim (exerccio do comrcio); A forma (adoo de um dos tipos previstos na lei).

2.1.2.2.Sociedade em nome coletivo

Este tipo de sociedade no exige um montante mnimo obrigatrio para o capital social, visto que os scios respondem ilimitadamente pelas obrigaes sociais da empresa.

uma sociedade de responsabilidade ilimitada em que os scios respondem ilimitada e subsidiariamente em relao sociedade e solidariamente entre si perante os credores sociais.

O scio para alm de responder individualmente pela sua entrada, responde pelas obrigaes sociais, subsidiariamente em relao sociedade e solidariamente com os outros scios, ou seja, o seu patrimnio pessoal pode ser afetado.

A firma pode ser composta pelo nome, completo ou abreviado, o apelido ou a firma de todos, alguns ou, pelo menos, de um dos scios, seguido do aditamento obrigatrio por extenso "e Companhia", abreviado e "Cia" ou qualquer outro que indicie a existncia de mais scios, nomeadamente "e Irmos";

ExemplosMarques & PereiraMarques & CMarques E Companhia

2.1.2.3. Sociedade por quotas

uma sociedade de responsabilidade limitada ou seja apenas o patrimnio da sociedade responde perante os credores pelas dvidas da sociedade. Este tipo de sociedade composta por dois ou mais scios, no sendo admitidas contribuies de indstria e a firma deve terminar pela palavra "Limitada" ou sua abreviatura (Lda).

Na Sociedade por Quotas o capital social est dividido em quotas e a cada scio fica a pertencer uma quota correspondente sua entrada. Os scios so solidariamente responsveis por todas as entradas convencionadas no contrato social.

As sociedades por quotas at 2011 eram obrigadas a apresentar um capital social superior a 5.000. Desde esse ano deixou de haver um limite mnimo para o capital social, podendo os scios fixar livremente o valor do capital. O capital social representado por quotas, que podero ter ou no um valor idntico (mas nunca inferior a 1 cada), ou seja, na pratica o capital social mnimo nunca ser inferior a . 2.

No caso de a realizao do capital social ser superior ao mnimo legal, no tem de ser integralmente realizado no momento da constituio, podendo ser diferidas entradas em dinheiro que no ultrapassem 50% do capital social por um perodo mximo de cinco anos a contar da data da constituio da sociedade.

Contudo, o capital realizado em dinheiro data da constituio deve perfazer o capital mnimo fixado na lei e deve ser depositado em instituio de crdito, numa conta em nome da futura sociedade.

S o patrimnio social responde para com os credores pelas dvidas da sociedade, salvo acordo em contrrio, sendo que nesse caso se pode estipular que um ou mais scios, alm de responderem para com a sociedade respondem tambm perante os credores sociais at determinado montante (responsabilidade que pode ser solidria com a sociedade ou subsidiria em relao a esta e a efetivar apenas na fase de liquidao).

A firma deve ser formada:a) Com ou sem sigla, pelo nome ou firma de todos, algum ou alguns scios, aditando-lhes ou no expresso que d a conhecer o objeto social;b) Por denominao particular, aditando-lhe ou no expresso que d a conhecer o objeto social;c) Pela reunio de a) e b);d) Deve terminar sempre pela expresso "Limitada" ou pela abreviatura "Lda".

ExemplosAlves, Pereira & Freitas, Lda.A.P.F. - Alves, Pereira & Freitas, Lda.TexLar Comrcio de Txteis, Lda.

2.1.2.4.Sociedade em comandita

Cada um dos scios comanditrios responde apenas pela sua entrada. Os scios comanditados respondem pelas dvidas da sociedade nos termos da sociedade em nome coletivo.

O trao distintivo reside na circunstncia de terem duas espcies de scios, com regimes de responsabilidade diferentes:

Os scios comanditados assumem responsabilidade pelas dvidas da sociedade, nos mesmos termos dos scios das sociedades em nome conectivo; Os scios comanditrios no respondem por quaisquer dvidas da sociedade, semelhana do que acontece com os scios das sociedades annimas. Respondem, apenas, pelas suas entradas.

Mas dentro deste tipo de sociedades, e pelo que toca s participaes sociais, surgem-nos dois sub-tipos:

Nas sociedades em comandita simples: as participaes de ambas as espcies de scios, comanditados e comanditrios, denominam-se partes sociais; e, tal como as participaes homlogas das sociedades em como coletivo, no so representadas por quaisquer ttulos;

Nas sociedades em comandita por aes: as participaes dos scios comanditados so igualmente partes sociais; mas as participaes dos scios comanditrios so aes tituladas e regidas pelos preceitos prprios do regime das sociedades annimas, tal como decalcada no das Sociedades Annimas o seu regime organizacional. No pode constituir-se com menos de 5 scios comanditrios.

Nas sociedades em comandita um capitalista prov um empresrio comercial dos meios de que este carece para impulsionar o seu negcio. Realmente, tal fenmeno ocorre tanto no mtuo, como na associao ou conta em participao e na sociedade em comandita, apenas com diversificao do grau de envolvimento do capitalista no empreendimento comercial.

A firma formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos scios comanditrios e o aditamento Em Comandita ou & Comandita (para a comandita simples) / "Em Comandita por Aes" ou "& Comandita por Aes".

Subsidiariamente, aplica-se o regime das sociedades annimas a este tipo de sociedade.

2.1.2.5.Sociedade annima

uma sociedade de responsabilidade limitada em que os scios limitam a sua responsabilidade ao valor das aes por si subscritas, pelo que os credores da sociedade s se podem fazer pagar pelo patrimnio da sociedade.

O elemento fundamental deste tipo de sociedades o capital, que o titulado por um grande nmero de pequenos acionistas ou por um pequeno nmero de grandes acionistas com poder financeiro. Assim, o tipo de sociedade adequado realizao de grandes investimentos.

O capital social est dividido em aes que se caracterizam pela facilidade de transmisso.

O nmero mnimo de scios, normalmente chamados acionistas, cinco, no sendo admitidos scios de indstria. possvel constituir uma sociedade annima com um s scio, desde que este seja uma sociedade (os scios das sociedades podem ser pessoas singulares ou pessoas coletivas, nomeadamente sociedades).O capital social no pode ser inferior a . 50 000 e encontra-se dividido em aes, cujo valor nominal no pode ser inferior a um cntimo.

As aes tm todas o mesmo valor nominal e so representadas por ttulos. Os subscritores das aes devero realizar, o mnimo de 30% do valor nominal das aes.

A subscrio das aes pode ser pblica ou particular. Pblica quando qualquer pessoa tem a faculdade de subscrever uma ou mais aes para o capital social e particular quando o capital social for subscrito apenas pelos scios fundadores.

As aes podem ser: Nominativas: transmitem-se pela declarao do seu titular escrito no ttulo. Ao portador: a transmisso opera-se por mera transferncia do ttulo para outrem.

A firma das sociedades annimasA firma pode ser composta pelo nome (ou firma) de algum ou de todos os scios, por uma denominao particular ou uma reunio dos dois. Em qualquer dos casos, tem que ser seguida do aditamento obrigatrio "Sociedade Annima" ou abreviado - "S.A.".

Os rgos da sociedade annima so: Assembleia geral - rgo deliberativo. Conselho de Administrao rgo executivo. Conselho Fiscal rgo fiscalizador.

A assembleia geral convocada pelo presidente da mesa atravs de publicao com antecedncia de um ms.

No caso de as aes serem todas nominativas, o contrato social pode estipular que as convocatrias das assembleias gerais sejam feitas por carta registada.

As deliberaes da assembleia geral so tomadas por maioria de votos, salvo se o contrato ou a lei exigir maior nmero de votos.Em regra, a cada ao corresponde um voto, mas o contrato pode estabelecer de modo diferente.

As deliberaes da assembleia geral so reduzidas a escrito, em atas.

A administrao e a fiscalizao da sociedade annima podem organizar-se segundo uma de duas formas:

Conselho de Administrao e Conselho Fiscal, ou Direo, Conselho Geral e Revisor Oficial de Contas.

A administrao normalmente eleita pela assembleia geral e cabe-lhe gerir as atividades da sociedade.

Os lucros apurados no final do exerccio so distribudos pelo nmero de aes. Chama-se-lhe dividendo que o rendimento de cada ao.

Cada ao detida d direito a um voto na Assembleia Geral (constituda por todos os acionistas e que rene, pelo menos, uma vez por ano) e tambm receo de um dividendo (parcela dos lucros apurados no ano anterior).

A sociedade chama-se annima porque estas aes (sendo ttulos representativos de participao no capital da empresa) podem mudar frequentemente de mos e, a cada momento, nem sempre se sabe muito bem quem que as possui. A esmagadora maioria das empresas de grande dimenso assumem esta forma jurdica.

VANTAGENS encarada pela lei como uma entidade totalmente distinta dos indivduos a quem pertence. Este processo de financiamento da sociedade annima implica normalmente que nem os possuidores da empresa possam ser os gestores, permitindo uma certa diviso das funes de deciso, oferta de capital e de aceitao de risco. Para os acionistas, o aspeto mais importante de uma sociedade por aes, a responsabilidade limitada que esta forma jurdica lhes assegura. A grande vantagem da sociedade annima a de poder atrair o dinheiro (financiamento) de um nmero muito grande de indivduos (mesmo pessoas de recursos medianos ou mesmo pequenos). Do ponto de vista da empresa: 1. Poder reunir-se e realizar-se uma grande quantidade de capital, permitindo financiar a constituio de unidades de grande dimenso e a posterior expanso das suas atividades. 2. Como as aes so fcil e diretamente transferveis de um possuidor para outro, a sociedade por aes pode ter uma vida praticamente independente das mudanas mais ou menos frequentes dos seus proprietrios acionistas.

DESVANTAGENS Do ponto de vista do investidor1. A sociedade annima, muito embora seja uma forma alternativa de aplicao de poupanas, pode ter as suas desvantagens. Uma delas a influncia do acionista individual sobre a gesto da empresa ser normalmente pequena. 2. Tributao dos rendimentos da atividade empresarial. A empresa paga impostos sobre os lucros que obtm (IRC), tal como os acionistas pagam imposto sobre os dividendos que recebem (IRS).

2.1.2.6. Sociedade unipessoal

constituda por um nico scio, pessoa singular ou coletiva, que o titular da totalidade do capital social, sendo seu mnimo de . 1. Apenas o patrimnio social responde pelas dvidas da sociedade.

A sociedade unipessoal por quotas pode resultar de:

a. Concentrao do capital de uma sociedade por quotas num nico scio;b. Transformao de um estabelecimento individual de responsabilidade limitada;c. Constituio de raiz de uma sociedade unipessoal por quotas.

A firma, para alm das regras relativas s Sociedades por Quotas, deve-se ter em conta o seguinte: antes da expresso "Limitada" ou da abreviatura "Lda." deve constar a expresso "Sociedade Unipessoal" ou "Unipessoal".

Uma pessoa singular s pode ser scia de uma nica sociedade unipessoal por quotas.Uma sociedade por quotas no pode ter como scio nico outra sociedade unipessoal por quotas.

ExemplosJoo Jos Freitas, Unipessoal, LdaJ.J.F. Joo Jos Freitas, Comrcio de Automveis, Sociedade Unipessoal, LdaJocas Comrcio de Automveis, Unipessoal

2.1.6.7.Sociedades civis

Alm de sociedades comerciais, existem Sociedades civis: aquelas que no tm por fim a prtica de atos do comrcio, nem adotaram um dos tipos previstos na lei comercial.

Distingue-se entre sociedades civis sob a forma comercial e sociedades civis simples:

Sociedades civis sob forma comercialCaracterizam-se pela circunstncia de no terem por objeto a prtica de atos de comrcio nem o exerccio de quaisquer atividades previstas no Cdigo Comercial. No entanto, a lei comercial portuguesa admite a possibilidade dessas sociedades civis adotarem as formas comerciais para efeito de estruturao das quatro formas que pode revestir a sociedade comercial.

Neste caso, passam a chamar-se sociedades civis sob forma comercial e ficam, sujeitas s disposies do Cdigo das Sociedades Comerciais. No entanto, no ficam sujeitas a um conjunto de obrigaes especficas das sociedades comerciais. So pessoas coletivas com personalidade jurdica.

Sociedades civis simplesSo aquelas que no tm por objeto a prtica de atos comerciais e esto sujeitas ao regime do Cdigo Civil. Estas sociedades civis simples, distinguem-se das sociedades civis sob forma comercial, dada a forma que revestem, que est relacionada com a sua organizao formal.Encontram-se subordinadas ao regime da lei civil (Cdigo Civil).

No que toca responsabilidade dos scios, segue-se o modelo de responsabilidade dos scios das sociedades em nome coletivo. Para alm da responsabilidade dos bens de entrada, existe responsabilidade pessoal e solidaria pelas dvidas sociais.

3.Contratos comerciais mais usuais

Podemos definir contrato como o:

Acordo vinculativo assente sobre duas ou mais declaraes de vontade substancialmente distintas que visam estabelecer uma regulamentao unitria de interesses contraditrios mas harmnicos entre si.

O contrato uma das fontes as obrigaes. Mais do que uma das fontes possveis das obrigaes, o contrato, como negcio jurdico bilateral que , pode considerar-se a fonte natural das relaes de crdito.

Sendo estas constitudas por um credor e por um devedor, por vontade de ambos (atravs do acordo contratual) que o vnculo, em princpio h-de ser constitudo.

Um dos princpios fundamentais do regime dos contratos, expresso no Cdigo Civil, o princpio da liberdade contratual.Este princpio comporta:

Liberdade de contratarConsiste na faculdade reconhecida s pessoas de criarem livremente entre si acordos destinados a regular os seus interesses recprocos.

Mas, uma vez concludo o acordo, negada a cada uma das partes a possibilidade de unilateralmente se afastar desse acordo.

Liberdade de fixar o contedo dos contratosConsiste na possibilidade de as partes celebrarem qualquer contrato tipificado na lei, de acrescentar a qualquer destes contratos as clusulas que melhor lhes convierem ou, ainda de realizar contratos distintos dos que a lei prev e regula.

Quer a liberdade de contratar quer a liberdade de fixar o contedo dos contratos comportam limites.

H situaes em que as pessoas, quer tenham vontade, quer no tenham, so obrigadas a contratar (exemplo, o seguro automvel).

No que se refere ao contedo dos contratos, a liberdade de o fixar tem, desde logo, os limites da lei (no podem estabelecer-se clusulas contrrias lei).

Do contrato nascem direitos e deveres para os contraentes.

Um contrato para ser vlido tem de conter elementos essenciais: as partes ho-de ter capacidade, ho-de querer realizar o contrato e o objeto h-de ser fsica e legalmente possvel.

Existem alguns contratos que, para alm destes elementos, tm de adotar uma forma especial para serem vlidos.

Os contratos devem ser pontualmente cumpridos. Se o no forem, quem deixa de cumprir torna-se responsvel pelo prejuzo causado outra parte.

No cumprindo o devedor, o seu patrimnio responde perante o credor, como atrs se referiu. Por isso se diz que o patrimnio do devedor constitui uma garantia geral.

Os contratos esto regulados no Cdigo Civil e alguns deles so tipificados.

Muitos destes contratos civis so considerados tambm comerciais, verificadas certas circunstncias.

3.1.Contrato de compra e venda

Em termos gerais, a compra e venda o contrato pelo qual um dos contraentes (vendedor) transmite a propriedade de um bem ou de um direito para o outro contraente (comprador), mediante um preo convencionado.

A compra e venda tem natureza comercial quando uma das partes vendedor transfere para outra comprador mediante preo convencionado, a propriedade de qualquer coisa que o comprador destine a revenda ou aluguer, ou que o vendedor tenha adquirido com o fim de revender.

Quanto a natureza dos contratos compra e venda, pode-se dizer que os contratos podem ser de: Natureza Comercial Natureza Civil

So considerados de natureza comercial:1. As compras de coisas mveis para revender, em bruto ou trabalhadas, ou simplesmente para alugar;2. As compras, para revenda, de fundos pblicos ou de quaisquer ttulos de crdito negociveis;3. A venda de coisas mveis, em bruto ou trabalhadas, e as de fundos pblicos e de quaisquer ttulos de crdito negociveis, quando a aquisio houvesse sido feita no intuito de as revender;4. As compras e revendas de bens imveis ou de direitos a eles inerentes, quando aquelas, para estas, houverem sido feitas;5. As compras e vendas de partes ou de aes de sociedades comerciais.

So considerados de natureza civil (no comercial):

1. As compras de quaisquer coisas mveis destinadas ao uso ou consumo do comprador ou da sua famlia e as revendas que porventura desses objetos se venham a fazer;2. As vendas que o proprietrio ou explorador rural faa dos produtos de propriedade sua ou por ele explorada e dos gneros em que lhe houverem sido pagas quaisquer rendas;3. As compras que os artistas, industriais, mestres e ofcios mecnicos que exercerem diretamente a sua arte, indstria ou oficio fizerem de objetos para transformarem ou aperfeioarem nos seus estabelecimentos e as vendas de tais objetos que fizerem depois de assim transformados ou aperfeioados;4. As compras e vendas de animais feitas pelos criadores ou engordadores.

O contrato referido percorre habitualmente quatro etapas essenciais, cada uma com caractersticas prprias.

1. Encomenda -Fase em que se expressa a inteno de compra por parte do comprador.2. Entrega - Fase em que se processa o envio das mercadorias pelo vendedor.3. Liquidao - Fase do apuramento e fixao dos preos a pagar pelo comprador.4. Pagamento - Fase referente ao cumprimento da obrigao por parte do comprador, mediante a entrega total ou parcial da importncia atribuda sua compra.

usual os contratos mencionarem os seguintes elementos, teis para o processamento do controlo administrativo:

1. Os elementos de identificao do fornecedor/cliente;2. O objeto do contrato, suficientemente especificado;3. O prazo durante o qual se realizar o fornecimento dos bens ou as prestaes de servios, com indicao das respetivas datas de incio e termo;4. As garantias financeiras oferecidas execuo do contrato;5. A forma, os prazos e demais aspetos respeitantes ao regime de pagamentos.

MINUTA DE CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA

Entre os aqui identificados:

____________, sociedade comercial, com sede na Av./Rua ____________, n. ____________ em ____________, matrcula/NIPC n.os ____________, com o capital social de ____________ (____________), devidamente representada para o ato pelo seu gerente/administrador/procurador com poderes para efeito, doravante designada por Promitente-Vendedora;

E

____________, sociedade comercial, com sede na Av./Rua ____________, n. ____________, em ____________, matrcula/NIPC com o capital social de ____________ (____________), devidamente representada pelo seu gerente/administrador/procurador com poderes para o ato, doravante designada por Promitente-Compradora.

celebrado de boa-f ou /e reciprocamente acordado o presente contrato promessa de compra e venda que se reger pelas seguintes clusulas:

Clusula Primeira(Objeto)1. Pelo presente contrato, a Promitente-Vendedora, na qualidade de nica e legtima proprietria do "____________", promete vender Promitente-Compradora, que por seu turno promete comprar, a "Frao" e o "Lugar de Estacionamento" acima identificados.

2. A venda ora prometida ser efetuada livre de quaisquer nus, hipotecas ou quaisquer outros encargos ou responsabilidades.

Clusula Segunda(Preo)O preo global da prometida compra e venda das referidas fraes livremente ajustado em ____________ (____________), em que ____________, (____________) correspondem "Frao" e ____________ (____________) correspondem ao "Lugar de Estacionamento".

Clusula Terceira(Condies de Pagamento)1. O preo global referido na clusula anterior ser pago de forma escalonada pela Promitente-Compradora Promitente-Vendedora da seguinte forma: a) _____________ (____________), na data da outorga deste contrato-promessa, a ttulo de sinal (ii) e princpio de pagamento, servindo o mesmo como recibo de quitao; b) ____________ (____________), em ____/____/____ a ttulo de reforo do sinal; c) ____________ (____________), em ____/____/____ a ttulo de reforo do sinal; d) O remanescente do preo, no montante de ____________ (____________), ser liquidado pela primeira segunda na data da outorga da competente Escritura Pblica de Compra e Venda ( ou documento particular autenticado).

2. Aps a entrega dos reforos acima previstos, e sua boa cobrana, a segunda contraente dever emitir o respetivo recibo de quitao.

Clusula Quarta(Escritura Pblica)A escritura de compra e venda (ou o documento particular autenticado) ser outorgada logo que se mostrem pagos os reforos previstos na antecedente clusula e mostre reunida toda a documentao necessria, e em dia, hora e local a acordar pelas partes ou, na falta de acordo, em dia, hora e local a indicar pela Promitente-Vendedora Promitente-Compradora, atravs de carta registada expedida com pelo menos 8 dias de antecedncia.

Clusula Quinta(Prorrogao do prazo para Escritura Pblica)1. A Promitente-Vendedora poder, caso assim o entenda, prorrogar o prazo limite previsto na clusula anterior para a outorga da prometida escritura de compra e venda por mais ____________ meses. (

2. No entanto, se a Promitente-Vendedora vier a usar desta faculdade compromete-se a pagar Promitente-Compradora juros taxa de ____________ ao ano, calculados sobre a parte do preo que estiver j pago e pelo perodo de prorrogao e a Promitente-Compradora fica autorizada a deduzir no montante do preo em dvida o valor dos juros calculados pela mora da Promitente-Vendedora.

Clusula Sexta(Condies de Construo)A Promitente-Vendedora compromete-se a completar a construo do "____________" de acordo com o Projeto, a Licena de Construo e as Especificaes Tcnicas.

Clusula Stima(Placas Identificadoras)Eventuais alteraes ao projeto que impliquem, alteraes s fraes prometidas vender, designadamente em termos de reas, devero ser efetuadas de comum acordo com a Promitente-Vendedora.

Clusula Oitava(Tradio da Coisa)A tradio material das fraes, a concretizar com a entrega das chaves e comando da garagem, s ter lugar com o pagamento da totalidade do preo. (

Clusula Nona(Despesas do Condomnio)A partir da data em que se operar a tradio material das fraes prometidas vender, a Promitente-Compradora obriga-se a suportar e pagar todas as despesas de conservao e manuteno das partes comuns do edifcio.

Clusula Dcima(Obras e Benfeitorias)Sem prejuzo dos projetos aprovados e das especificaes tcnicas do imvel, a Promitente-Compradora poder, com o consentimento prvio e por escrito da Promitente-Vendedora, executar obras de simples adaptao na "Frao" atividade de ____________ que nela ir ser exercida.

Clusula Dcima Primeira(Despesas Contratuais)Todas e quaisquer despesas relacionadas com o presente contrato, designadamente as relativas respetiva escritura pblica, IMT, dos emolumentos Notariais e dos custos de Registo, sero de exclusiva responsabilidade da Promitente-Compradora.

Clusula Dcima Segunda(Concluso da Obra)A concluso da construo do "____________" est prevista para ____/____/____, comprometendo-se a Promitente-Vendedora a efetuar a entrega da "Frao" a favor da Promitente-Compradora at um ms aps essa data, excetuando-se eventual dilao deste prazo por motivos de fora maior, ou pela ocorrncia de casos fortuitos ou outras circunstncias no culposas, responsabilidade ou vontade da Promitente-Vendedora e que no lhe possam vir a ser imputadas e que, portanto, no constituiro incumprimento deste contrato.

Clusula Dcima Terceira(Cesso da Posio Contratual)A posio contratual e os direitos previstos no presente contrato podem ser cedidos ou transferidos, pela Promitente-Vendedora, devendo a cesso ser comunicada Promitente-Compradora no prazo de 15 dias atravs de carta registada com aviso de receo.

Clusula Dcima Quarta(Mora, Incumprimento e desistncia)1. No caso de a Promitente-Compradora, independentemente do motivo, no efetuar qualquer das prestaes de reforo do preo nas datas fixadas na clusula terceira deste contrato, poder a Promitente-Vendedora aceitar a prestao em mora no prazo mximo de 30 dias contados daquelas datas, sofrendo porm o valor em atraso o aumento correspondente aos juros de mora calculados taxa A.P.B. a 90 / 180 dias, acrescida de mais 2% (dois por cento) contados dia a dia.

2. Decorrido o prazo 30 dias fixado no nmero anterior, sem que a importncia em dvida tenha sido liquidada, constitui a Promitente-Compradora em incumprimento definitivo e confere Promitente-Vendedora o direito de resolver automaticamente o presente contrato e optar por fazer suas todas as importncias recebidas a ttulo de sinal e respetivo reforos ou solicitar da Promitente-Compradora a quantia correspondente a 50 % do preo global fixado na clusula segunda, sem prejuzo de indemnizao pelo dano excedente.

3. Sem prejuzo do disposto na clusula quinta, o incumprimento definitivo pela Promitente-Vendedora, traduzida na falta de entrega material das "Fraes" a favor da Promitente-Compradora no prazo fixado confere Promitente-Compradora o direito de resolver este contrato e de exigir da Promitente-Vendedora a restituio em dobro de todas as importncias entregues a ttulo de sinal e reforos.

4. O incumprimento do presente contrato promessa por qualquer uma das partes, no implica o afastamento da possibilidade de o Promitente no faltoso requerer, em alternativa, a execuo especfica nos termos do artigo 830. do Cdigo Civil.

Clusula Dcima Quinta(Partes Comuns)O ____________ dispe, como partes comuns, de ____________, ____________, e ____________ para utilizao dos Condminos.

Clusula Dcima Sexta(Modificaes)Este contrato-promessa e seus anexos traduzem e constitui o integral acordo celebrado entre as partes, s podendo ser alterado por escrito assinado por ambas.

Clusula Dcima Stima(Notificaes)1. As eventuais notificaes a efetuar pelas partes devero ser dirigidas para as moradas indicadas no introito.

2. As partes obrigam-se a comunicar entre si eventuais alteraes de morada atravs de carta registada.

Clusula Dcima Oitava(Foro Competente)Para qualquer litgio entre as partes emergentes da interpretao, execuo ou integrao deste Contrato-Promessa ser competente, com expressa renncia a qualquer outro, o foro da Comarca de ____________.

Em duplicado,____________ de ____________ de ____________

Pela "PROMITENTE-VENDEDORA"______________________Pela "PROMITENTE-COMPRADORA"

3.2.Contrato de locao

Locao o contrato pelo qual uma das partes se obriga a proporcionar outra o gozo temporrio de uma coisa, mediante retribuio.

Se a coisa for mvel, a locao toma o nome de aluguer. Se a coisa for imvel, a locao diz-se arrendamento.

Quando uma pessoa compra uma coisa com o objetivo de alugar o seu uso, o aluguer ter a natureza de comercial.

O arrendamento urbano est regulado no Cdigo Civil e num diploma legal que aprovou o Regime do Arrendamento Urbano.

O arrendamento para comrcio, indstria ou profisso liberal tem regras diferentes das do arrendamento para habitao:

O arrendatrio pode transmitir a sua posio no arrendamento, sem que o senhorio tenha de dar autorizao, no caso de trespasse de estabelecimento comercial. O senhorio tem, no entanto, direito de preferncia, no trespasse.

O trespasse de estabelecimento comercial consiste na transferncia de um estabelecimento comercial ou industrial e abrange, normalmente, todos os elementos que o compem.

Contrato de locao financeira (leasing)A empresa X quer comprar trs automveis. No podendo dispor, desde logo, do valor necessrio, celebra um contrato de leasing, isto , adquire o uso dos automveis, mediante o pagamento de uma prestao mensal, podendo, no final do perodo, adquirir a propriedade dos automveis.

O contrato de locao financeira ou leasing , assim:

Contrato pelo qual algum cede a outrem o gozo de uma coisa mediante o pagamento de uma retribuio a pagar periodicamente, e ao fim de determinado perodo, aquele a quem foi dado o gozo da coisa tem a faculdade de a comprar pelo valor residual.

MINUTA DE CONTRATO DE LOCAO COM OPO DE COMPRA

Entre:F1 ____________ (adiante designado Locador)eF2 ___________ (adiante designado Locatrio) celebrado o presente contrato, que se rege pelos termos e condies das clusulas seguintes:

Clusula 1O Locador d de aluguer ao Locatrio a/o (Identificao da coisa dada de aluguer).________ para (descrio do fim a que se destina o aluguer da coisa).

Clusula 21. O prazo do aluguer de _____ meses, no renovvel, findo o qual termina automaticamente sem necessidade de qualquer comunicao entre as partes.2. No final do prazo do aluguer, o Locatrio dever entregar o _______ em _____, ou noutro local que venha a ser indicado pelo Locador.

Clusula 31. O Locatrio pagar um aluguer mensal de _____ __ ( ___________ euros), vencendo-se o primeiro aluguer na data da celebrao do presente contrato e os restantes no primeiro dia til de cada ms a que respeita.2. Os alugueres devero ser pagos no domiclio/sede do Locador [ou por depsito na conta ____________ junto do Banco_______].

Clusula 41. O Locador obriga-se a vender ao Locatrio, no final do prazo do contrato e caso este manifeste a vontade de o adquirir o bem locado, pelo preo de ___________.2. O Locatrio dever manifestar a vontade de adquirir o bem locado por carta registada com aviso de receo, enviada com uma antecedncia mnima de 30 dias relativamente ao prazo final do contrato.3. O preo referido no nmero um da presente clusula ser pago no termo do contrato de aluguer, considerando-se a propriedade do bem transmitida para o Locatrio na data do pagamento do preo correspondente.4. O direito do Locatrio a comprar o bem locado cessar se este no cumprir, temporria ou definitivamente, o contrato de locao.

Clusula 5Fica expressamente proibida a sublocao ou a cedncia, a qualquer ttulo, do bem alugado sem o consentimento prvio e escrito do Locador.

Clusula 6Para todas as questes emergentes do presente contrato fica estipulado como competente o tribunal da Comarca de ______, com expressa renncia a qualquer outro.

Feito em ________, em dois exemplares, sendo um para cada parte.

O Locador,___________________

O Locatrio,__________________

3.3.Contrato de prestao de servios

o contrato pelo qual uma das partes se obriga a proporcionar outra certo resultado do seu trabalho intelectual ou manual, com ou sem retribuio.

Modalidades de Contrato de Prestao de Servios

Contrato de Mandato

Noo o contrato pelo qual uma das partes se obriga a praticar um ou mais atos jurdicos por conta de outra.

Nesta modalidade a empresa, mandante, incumbe outrem, mandatrio, de praticar um ou mais atos jurdicos por conta daquela, ou seja no seu interesse, retribuindo este de acordo com o combinado entre ambos, quando o mandatrio no o faa gratuitamente.

Para tanto a empresa poder conferir ao mandatrio poderes de representao (mandato com representao) atravs de procurao (ato pelo qual algum atribui a outrem, voluntariamente, poderes representativos).

Contrato de Empreitada

Noo o contrato pelo qual uma das partes se obriga em relao outra a realizar certa obra, mediante um preo.

Trata-se de um contrato cujo objeto consiste num produto ou resultado e no uma atividade ou disponibilidade da fora de trabalho.

Mandato Comercial

Noo o contrato pelo qual uma pessoa se encarrega de praticar um ou mais atos de comrcio por mandato de outrem (art. 231. Cdigo Comercial). O mandato comercial, embora contenha poderes gerais, s pode autorizar atos no mercantis por declarao expressa.

O mandatrio comercial aquele que pratica uma massa de atos mercantis, fazendo disso sua profisso, mas atuando em nome, por conta e no interesse do mandante, que o comerciante.

Os atos e negcios em que intervm o mandatrio so de natureza comercial, ou seja a sua comercialidade provm do facto de se ajustarem a um tipo de atos previstos pela lei comercial e no da qualidade de comerciante de quem os pratica.

So mandatrios comerciais o gerente, o auxiliar do comerciante, o caixeiro do estabelecimento e o caixeiro-viajante.

Para alm destes tipos de mandatrios, que trabalham por conta e nome do mandante e cuja situao jurdico-comercial pode ser absorvida por um contrato individual de trabalho, outros existem que agem no interesse e por conta do mandante mas em nome prprio, como o caso do comissionista e do representante do comrcio ou agente comercial. Esta figura encontra-se regulada pelo D.L. n 178/86, de 3 de Julho.

MINUTA DE CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS Entre:

A . (denominao da sociedade), (tipo de sociedade), com sede em ... (morada completa), pessoa coletiva N.., matriculada na Conservatria do Registo Comercial de sob o N , aqui representada pelo seu gerente B . (nome completo), doravante designada como primeira contraente;

E

B (nome, naturalidade, estado civil e profisso), residente em , portador do Bilhete de Identidade N , emitido em .. (data), pelo .. , contribuinte N ..; doravante designado como segundo contraente,

Entre os contraentes celebrado e reciprocamente aceite, um Contrato de Prestao de Servios, que se reger pelas seguintes clusulas:

Clusula PrimeiraO segundo contraente obriga-se a prestar primeira, servios como profissional por conta prpria, compreendendo a .. (atividade realizada).

Clusula SegundaO segundo contraente obriga-se a no prestar os servios indicados na clusula primeira a empresas concorrentes da primeira contraente.

Clusula TerceiraO segundo contraente exercer os seus servios na sede da primeira contraente.

Clusula QuartaA atividade do segundo contraente ser desenvolvida de 2 a 6 feira em horrio livre.

Clusula QuintaO segundo contraente tem direito ao gozo de 30 dias de frias anuais que devero ser comunicados primeira contraente com antecedncia no inferior a 30 dias.

Clusula SextaComo contrapartida dos servios prestados, e identificados na clusula primeira, a primeira contraente pagar ao segundo contraente o correspondente a ..% de todas as vendas realizadas pela primeira contraente

Clusula StimaCorrero por conta do segundo contraente todas as despesas que ele houver de efetuar no desempenho das suas funes, nomeadamente, .. (Ex.: deslocaes, alimentao e estadias).

Clusula OitavaO presente contrato tem o seu incio de vigncia em . (data) e vigorar pelo perodo de um ano, tacitamente renovvel.

Clusula NonaQualquer dos contraentes poder denunciar o presente contrato, independentemente de quaisquer motivos, desde que a denncia revista a forma escrita e seja efetuada com a antecedncia mnima de 90 dias.

Clusula DcimaA falta de aviso prvio estabelecido na clusula anterior obriga a parte faltosa ao pagamento, a ttulo de indemnizao, dos honorrios respeitantes ao perodo em falta.

Clusula Dcima PrimeiraA primeira e o segundo contraentes obrigam-se a cumprir na ntegra o presente contrato, aceitando-o nos exatos termos constantes das clusulas expressas.

............................., ........ de .............. de ..........

A Primeira Contraente _________________________

O Segundo Contraente _________________________

Bibliografia

AA V., Formalidades para a criao de empresas: tipos de sociedades, Ed. ANJE Gabinete de apoio jurdico, s/d

Correia, Miguel, Direito Comercial Direito de Empresa, Ed. Almedina, 2001

Ferreira, Abel, Documentao comercial Guia do formando, ISG/ IEFP, 2004

Ferreira, Abel, Legislao comercial Guia do formando, ISG/ IEFP, 2004

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