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    Uma mquina foi retirada do setor de produ-o e levada para o setor de manuteno porque havia atingido o seu ponto dereforma. A equipe de manuteno escolhida para a reforma constatou, por meio

    da anlise geomtrica, que havia necessidade de restaurar as guias de deslizamentodo barramento.

    Como a equipe de manuteno procedeu para recuperar as guias dedeslizamento?

    Nesta aula estudaremos como se faz para restaurar guias de deslizamento.

    Conceito de guias ou vias

    Guias so elementos de mquinas que permitem o direcionamentodo movimento executado por outros elementos mecnicos nelas condicionados.Os movimentos de rotao executados por eixos so direcionados pelos man-cais nos quais se apiam.

    Porm, em muitas mquinas, vrios elementos executam movimento retilneoque direcionado pelas guias constitudas por prismas deslizantes.

    As figuras a seguir mostram guias prismticas em corte e uma fresadorana qual eles so aplicados.

    As guias tambm so conhecidas pelo nome devias de deslizamentovias de deslizamentovias de deslizamentovias de deslizamentovias de deslizamento ou viasviasviasviasviasdeslizantes.deslizantes.deslizantes.deslizantes.deslizantes.

    Recuperao de guiasou vias deslizantes I

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    A U L AMaterial usado na fabricao de vias deslizantes

    As vias deslizantes esto sujeitas ao desgaste por abraso; solda a frio;sinterizao ou vitrificao. Por causa desses fenmenos, os materiais utilizadosna fabricao de vias deslizantes devem apresentar a capacidade de sofrerdesgastes mtuos.

    Entre os materiais existentes para fabricar vias deslizantes, o ferro fundido o mais empregado, que pode, conforme o caso, formar vias brandas ou duras.

    As vias duras so tratadas por chama ou por induo e retificadas.

    Possibilidades de emparelhamento de vias deslizantes

    Existem as seguintes possibilidades de emparelhamento de vias deslizantes: carro brando sobre via branda; carro duro sobre via dura; carro brando sobre via dura.

    O emparelhamento de carro brando sobre via dura o mais conveniente,pois o carro brando, sendo pea menor, funciona como pea de desgaste.Este emparelhamento deve contar com a superfcie de contato da via duraretificada para manter o atrito minimizado, mesmo com lubrificao deficiente.

    Em algumas mquinas, no lugar de vias deslizantes temperadas, utilizam-se tiras de ao temperado que so encaixadas e aparafusadas ao barramento,conforme mostra a figura a seguir.

    Atrito de rolamento no lugar do atrito de deslizamento

    Consideremos um bloco de madeira apoiado sobre a superfcie horizontal

    de uma mesa, tambm de madeira. Se tentarmos deslocar o bloco, surgir entreas superfcies de contato a fora de atrito esttico opondo-se ao deslocamentodo bloco. Essa fora adquire valores crescentes que vo desde 0 N at atingirum valor mximo. a etapa do arranque.

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    A U L A Quando a fora de atrito esttico atinge o valor mximo, o bloco comeaa se deslocar; porm, agora, sujeito a fora de atrito dinmico de deslizamento,que menos intensa que a fora de atrito esttico mxima.

    Pode-se concluir que mais difcil fazer um corpo comear a se movimentarsobre a superfcie de outro do que manter o movimento do corpo depois que elese iniciou.

    De acordo com a Fsica, alm da fora de atrito de deslizamento estticoou dinmico, existe tambm a fora de atrito de rolamento, que aparece sempreque uma superfcie rola sobre outra sem deslizar.

    Como os pontos de contato entre o corpo rolante e a superfcie na qual ele seapia so muito pequenos, a fora de atrito de rolamento tambm de pequenaintensidade.

    De fato, a fora de atrito de rolamento muito menor que a fora de atrito dedeslizamento, seja ela esttica ou dinmica. Por essa razo, sempre que possvel,usam-se corpos rolantes em mquinas, pois melhor lidar com o atritode rolamento do que com o atrito de deslizamento esttico ou dinmico.

    Considerando todos esses argumentos, criaram-se as vias deslizantesrolamentadas, aplicadas inicialmente em mquinas de medio e, atualmente,em mquinas CNC.

    Vantagens das vias deslizantes rolamentadas

    a espessura da pelcula de leo de lubrificao mantm-se praticamenteconstante entre as esferas de rolamento e suas vias;

    para velocidades pequenas (1 mm/min) as vias no deslizam porsolavancos;

    a exatido inicial das vias ficam durveis por um longo tempo; o nvel da mesa permanece invarivel, j que no existe variao da camada

    de lubrificante.

    As figuras a seguir mostram elementos mecnicos de mquinas que tm viasdeslizantes com corpo rolamentado.

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    A U L AProtetores das vias deslizantes

    As vias deslizantes das mquinas de usinagem esto expostas aode cavacos, xidos metlicos, p de fundio e partculas abrasivas diversas.Por esse motivo, elas devem ser protegidas. O melhor protetor para as viasdeslizantes so os foles tipo acordeo. As vias deslizantes podem ser protegidascom rodos ou raspadores de borracha pressionados contra o barramento.

    Manuteno de guias e barramentos

    A manuteno de guias e barramentos feita pela equipe de manutenovisando a no ocorrncia de desgastes, alm daqueles normais que surgemdevido ao uso.

    Nas inspees peridicas, a equipe de manuteno verifica os seguintesitens: folga das vias deslizantes, que devem ser ajustadas por meio das rguas de

    ajuste; protetores das vias, que devem ser substitudos ou reparados; folgas do sistema de acionamento, que devem ser ajustadas; sistema de lubrificao, que deve estar desobstrudo para manter as guias

    lubrificadas.

    Recuperao de vias deslizantes

    Quando as guias de barramento atingem o ponto de reforma, esta pode serexecutada por processo mecnico convencional ou por revestimento deslizante.

    O processo convencional geralmente consiste em retificar o barramentoe ajustar o carro; ou em retificar as vias do carro e usinar o barramento parainserir-lhe tiras de ao temperado.

    O revestimento deslizante feito com resina epxi aditivada em estadolquido ou pastoso.

    Caractersticas do revestimento deslizante

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    Resistncia qumica gua, a leos sintticos e minerais e a emulsesde refrigerao. No resiste ao benzol nem acetona.

    Boa resistncia ao desgaste e capacidade de embutir corpos estranhos. Coeficiente de atrito dinmico reduzido quando comparado com o coefi-

    ciente de atrito esttico, o que evita solavancos em baixas velocidades. Temperatura de servio entre -----70C e 80C. Tempo de utilizao: 1 hora. Tempo de cura a 20C: 18 horas.

    Aplicao do revestimento deslizante

    A aplicao do revestimento deslizante feita com esptula ou por injeo.No caso da aplicao com esptula, obtm-se a moldagem adequada colocando-se o carro sobre o barramento. O conjunto deve ser nivelado. As figuras a seguirmostram a seqncia de execuo desse processo.

    No caso da aplicao por injeo, o carro previamente alinhado sobreo barramento. A face a ser tratada deve ser aplainada.

    O revestimento deslizante permite, ainda, o conserto de falhas causadaspor excesso de atrito ou falhas de usinagem. Os canais de lubrificao so obtidospor meio de fresagem manual ou pr-moldagem.

    Atualmente, algumas mquinas saem das fbricas com o revestimentodeslizante j aplicado.

    A recuperao de guias de mquinas-ferramenta tambm pode ser feita

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    A U L Apor um outro processo que reduz o atrito e o desgaste e que aumenta a exatidoe a vida til do equipamento. Esse processo consiste em colar nas guiasde mesas e carros uma manta de um material especial com caractersticasespecficas.

    Esse material, aps ser colado, pode ser usinado via rasquete, fresaou retfica, por exemplo.

    Nas figuras, possvel observar como se apresentam as guias de deslizamentoaps a aplicao da manta.

    Assinale X na alternativa correta.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1As guias de mquinas tambm so conhecidas pelo nome de:a)a)a)a)a) ( ) barramento;

    b)b)b)b)b) ( ) acento;c)c)c)c)c) ( ) vias deslizantes;d)d)d)d)d) ( ) caminho;e)e)e)e)e) ( ) pista oscilante.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2As guias de deslizamento podem ser confeccionadas em:a)a)a)a)a) ( ) bronze;

    b)b)b)b)b) ( ) ao fundido;c)c)c)c)c) ( ) ao inoxidvel;d)d)d)d)d) ( ) ferro fundido;e)e)e)e)e) ( ) lato.

    Exerccios

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    A U L A Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3As modernas mquinas, como as que apresentam comandos numricoscomputadorizados (CNC), apresentam guias de deslizamento:a)a)a)a)a) ( ) com corpos rolantes;

    b)b)b)b)b) ( ) embuchadas com verniz;c)c)c)c)c) ( ) temperadas e cementadas;d)d)d)d)d) ( ) recozidas e normalizadas;e)e)e)e)e) ( ) postias de pintadas.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4A manuteno das vias de deslizamento feita por meio de inspeesperidicas, nas quais so observados os seguintes itens:a)a)a)a)a) ( ) lubrificao, temperatura e dureza das guias;

    b)b)b)b)b) ( ) nivelamento, dureza das guias e temperatura;c)c)c)c)c) ( ) folgas, lubrificao e protetores das guias;d)d)d)d)d) ( ) folgas, dureza das guias e alinhamento geomtrico;e)e)e)e)e) ( ) alinhamento geomtrico, temperatura e lubrificao.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5

    Para reformar as guias desgastadas de um barramento recomenda-se:a)a)a)a)a) ( ) substitu-las por novas e mais duras;b)b)b)b)b) ( ) rasp-las com rasquete e lix-las para dar acabamento;c)c)c)c)c) ( ) rasp-las com rasquete e soldar suas extremidades;d)d)d)d)d) ( ) usin-las convencionalmente e revesti-las com material adequado;e)e)e)e)e) ( ) usin-las com lima ou raquete e chanfr-las, no mnimo, duas vezes.