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Unidade I - Direito Romano

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DIREITO ROMANO

UNIDADE INSTRUCIONAL I

Autoria: Prof. Especialista Ludmila Medeiros Revisão: Fábia Pimentel

Especialista em EAD

Brasília – DF 2006

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DIREITO ROMANO

UNIDADE I: Origem do Direito Romano, sua história e o status

libertatis

• A história de Roma e sua divisão política; • O estudo do Direito Romano em periodização; • Fontes do Direito Romano; • O direito das pessoas; • Pessoa natural; • Capacidade jurídica; • Pessoa jurídica; • Fontes da escravidão; • Aquisição da libertas; • Mancipium; • Colonato.

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UNIDADE I – Origem do Direito Romano, sua história e o status libertatis

Objetivos Ao final desta Unidade, o aluno será capaz de:

• Descrever a origem e a história do Direito Romano; • Identificar os princípios do Direito Romano; • Identificar as fontes do Direito Romano; • Reconhecer a importância do status libertatis para o cidadão romano.

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A DIVISÃO POLÍTICA DE ROMA, FONTES DO DIREITO ROMANO E DIREITO DAS PESSOAS

Os romanos eram possuidores de um orgulho nobre, eles queriam ser a cabeça do mundo (caput mundi). Buscavam deixar legados para a história. Um espírito de proteção aos indivíduos, autonomia da família, prestígio do paterfamilias1 e valorização da palavra empenhada eram parte das suas ideologias.

Fundação de Roma (segundo a lenda, Rômulo e Remo foram alimentados por uma loba)

1) HISTÓRIA DE ROMA: DIVISÃO POLÍTICA A história da urbs2 se divide em Realeza (da fundação de Roma até 510 a.C), República (de 510 a.C até o ano de 27 a.C) e Império. 1.1. A Realeza e suas instituições políticas

A fundação de Roma, com os gêmeos Rômulo e Remo, é datada de 753 a.C. Nos séculos seguintes, assim como as outras cidades-estado da região, era governada por um rei.

A realeza em Roma era vitalícia, porém efetiva e, principalmente, não hereditária.

As assembléias, chamadas comicios curiatos, escolhiam o rei cujo nome havia sido proposto pelo Senado, investiam-no no imperium, poder total que abrangia os âmbitos civil, militar, religioso e judiciário. Este soberano era o juiz supremo, não havendo apelação contra suas sentenças.

Reuniões do Senado Romano

1 Paterfamilias: o chefe da comunidade familiar romana. 2 urbs: cidade

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Senatus vem da palavra senis, que quer dizer ancião. No final da realeza, o Senado era composto por 300 membros, que eram conselheiros do rei. Durante este período, o Senado não tinha poder, aconselhava quando era solicitado, mas o rei não era obrigado a seguir seus conselhos. Já os comicios curiatos eram reuniões de todos os homens considerados como “povo”, ou seja, patrícios e clientes, ficando de fora os plebeus e escravos.

Os patrícios, cidadãos de Roma, constituíam a aristocracia romana, a elite. Descendentes das famílias mais antigas da cidade, eram donos das maiores e melhores terras e os únicos a possuir direitos políticos.

Os plebeus (do latim plebem, que significa multidão), eram homens livres, podiam possuir terras, pagavam impostos e prestavam serviços militares. Alguns, a fim de melhorar sua situação, colocavam-se sob a tutela de uma família patrícia, na qualidade de “clientes”. A princípio, os plebeus não possuíam direitos políticos, nem civis.

1.2. A República e suas instituições políticas Quando da fundação da República (Res + Publicae = coisa do povo), os romanos decidiram pulverizar o Poder Executivo para as mãos de muitos, com mandatos curtos, um ano, assim evitando que alguém pudesse ter um poder exacerbado nas mãos. Somente o Senado permanecia vitalício, entretanto, sua função primordial durante este período foi a de cuidar de questões externas. Contudo, devido à temporariedade do mandato dos cargos executivos da política republicana frente à vitaliciedade do Senado, este acabara possuindo uma autoridade permanente, sendo o centro do governo. Estes, que detinham o Poder Executivo na Roma Republicana, eram chamados magistrados e cada qual tinha sua função específica. Note-se que a palavra magistrado hoje em dia tem apenas uma conotação de membro do judiciário. Este termo em Roma é utilizado de forma muito mais abrangente e não exclusivamente para aqueles que cuidam da Justiça, mesmo porque a divisão do Estado em 3 poderes é moderna. Eles eram divididos entre magistrados ordinários e extraordinários.

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• Os Ordinários - que mais interessam neste estudo - Cônsules, Pretores, Edis, Questores, eram permanentes e eram eleitos anualmente.

• Os Extraordinários, como os censores, eram temporários e somente eram escolhidos

quando havia necessidade.

Os candidatos a determinada magistratura tinham que obedecer a determinadas condições. Primeiramente, deveriam ser cidadãos plenos (optimu iure) e, dependendo do cargo almejado, já terem exercido outras atividades públicas do cursus honorum. O cursus honorum ou caminho da honra era uma escalada de cargos que deviam ser alcançados sucessivamente, a saber: primeiro, devia-se alcançar a questura e depois edilidade, a pretura e o consulado. No século 1 a.C. ficou estabelecida uma idade mínima para o desempenho de cada uma destas magistraturas:

• questura (31 anos); • edilidade (37 anos); • pretura (40 anos); • consulado (43 anos).

Candidatos a magistrados

1.2.1) Cônsules Eram sempre em número de dois, com poderes equivalentes (princípio da colegialidade). Eles comandavam o Exército, presidiam o Senado e os comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas e em questões administrativas. Eles eram os superintendentes dos funcionários. 1.2.2) Pretores São os magistrados mais importantes para nosso estudo porque sua atuação era relativa à Justiça. Eram dois tipos: o Pretor Urbano, que cuidava de questões envolvendo apenas romanos na cidade e o Pretor Peregrino, que cuidava de questões de justiça no campo e aquelas envolvendo estrangeiros. É importante salientar que não há, hoje dia, equivalência possível quando se trata das funções do Pretor. Este cuidava da administração da justiça, mas não era juiz. Tratava da primeira fase do processo entre particulares, verificando as alegações das partes e fixando os entes da disputa judicial. Feito isso, o Pretor remetia o caso a um juiz particular para que este julgasse o caso.

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A partir da Lei Aebutia 3 (séc II a.C) que modificou o processo, os pretores tiveram aumentado ainda mais seus poderes discricionários4, visto que, a partir de então, eles podiam fixar os limites da contenda e dar instruções ao juiz particular em como este deveria proceder. 1.2.3) Edis Com a função de cuidar fisicamente da cidade, velavam pela segurança pública e pelo tráfico urbano; vigiavam aumentos abusivos dos preços e a exatidão dos pesos e medidas do mercado, cuidavam da conservação de edifícios e monumentos públicos, da pavimentação da cidade, organizavam e promoviam jogos públicos. 1.2.4) Questores Durante a República, estes magistrados cuidavam, principalmente, das questões da fazenda. Custodiavam o tesouro público, cobravam os devedores e denunciavam à justiça. Seguiam generais e governadores como tesoureiros. 1.2.5) Censores Embora não fizesse parte do cursus honorum, era um cargo cobiçado como um dos mais respeitados da República e, geralmente, só era ocupado por cidadãos respeitadíssimos e que já tivessem ocupado o cargo de cônsul. Eram eleitos de cinco em cinco anos, em número de dois, mas um só permanecia no cargo por, no máximo, dezoito meses. Os censores eram responsáveis pelo censo (recenseamento), que era realizado de 5 em 5 anos. Os cidadãos se apresentavam com seus bens móveis diante da repartição dos censores (villa publica), instalada no Campo de Marte, para fazerem a declaração (fassio) do estado civil, relações de serviço e riqueza perante os censores. As mulheres, os filhos e clientes eram representados pelo chefe da família. Comissários do censo eram enviados aos exércitos que se encontravam em campanha. Eles eram responsáveis, também e, principalmente, pelo Regimen Morum, o policiamento dos costumes. Eles podiam devassar a vida de um indivíduo e denunciavam, nas Assembléias Públicas, maus exemplos e filosofias não condizentes para um cidadão romano. Caso um acusado pelo censor tivesse sua culpa comprovada, poderia, inclusive, perder por algum tempo seus direitos políticos. 1.3. O Império e suas Instituições Públicas Durante o Império, a figura principal do governo romano era, obviamente, o Imperador. Este nome, Imperatos, significava que o princeps (primeiro homem de Roma) possuía o imperium em todos os aspectos: o civil, o militar e o judiciário.

3 A Lei Aebutia, criada no ano de 520, em Roma, concedia ao pretor o poder de criar ações não previstas pelo direito honorário. 4 Discricionários: poderes sem condições

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Neste período, as magistraturas republicanas subsistem, mas não têm mais a força e importância anterior. O consulado, por exemplo, continua existindo até Justiniano, entretanto, é um cargo apenas honorífico. O Senado continua existindo, entretanto, a cada dia com atribuições mais limitadas. Por outro lado, teve sua competência ampliada nos terrenos legislativo, eleitoral e judicial, já que podia, conforme a vontade dos senadores, conhecer qualquer delito, principalmente atentado contra o Estado ou a pessoa do Imperador.

1.4. As mudanças em Roma após as conquistas Dividimos a História Romana em três partes, todas elas políticas: Realeza, República e Império. Vale a pena destacar, principalmente para um entendimento panorâmico mais eficaz da História deste povo, que há também uma outra forma de dividirmos o caminho dos romanos. É preciso apenas considerar que Roma começou como uma pequena cidade do Lácio5 e tornou-se a capital do mundo conhecido. Era uma cidade de agricultores que se tornaram os donos do mundo. Antes das grandes conquistas, eram muito mais tradicionais. Depois, tornaram-se cosmopolitas, mais voltados para o mundo e abertos a mudanças. 1.5. Direito Romano Como um todo, o Direito Romano é o conjunto de normas vigentes em Roma da Fundação (século VIII a.C) até Justiniano (século VI d.C.). Trata-se de uma criação deste povo, e graças a ele, hoje habitamos países que se intitulam “Estado de Direito6”. Para os romanos, a definição de Direito passava por seus mandamentos que são:

“viver honestamente, não lesar ninguém e

dar a cada um o que é seu’’. Um simples olhar a um manual de Direito Romano revela-nos seu espírito: proteção, prestígio e poder do paterfamilias, além da valorização da palavra empenhada.

5 O Lácio é uma região da Itália central com 5 milhões de habitantes e 17 203 km², cuja capital é Roma. 6 Estado de Direito significa que nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, está acima da lei. Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão eles próprios sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei, que deve expressar a vontade do povo.

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1.6. Periodização do Direito Romano Podemos identificar três períodos ou fases de evolução do Direito Romano. Estas fases são distintas entre si e cada uma tem características próprias. Esta divisão, de certa forma didática, ajuda-nos a compreender panoramicamente o Direito Romano. São três os períodos:

• o Período Arcaico ou Pré- Clássico, • o Período Clássico, • o Período Pós- clássico.

A família romana

1.6.1) Período Arcaico Vai da fundação de Roma, no século VIII a.C até o século II a.C. Neste, o Direito caracteriza-se pelo formalismo, pela rigidez, pela ritualidade, mesmo porque o Estado Romano, somente depois de algum tempo, tornou-se mais presente no dia-a-dia da cidade. O Estado tinha funções limitadas. A família era o centro de tudo, até mesmo do Direito. Os cidadãos romanos eram vistos essencialmente como membros de uma unidade familiar, e, em segundo plano, como indivíduos. Até a segurança dos cidadãos dependia muito mais do grupo a que eles pertenciam do que do Estado. A plebe romana lutou durante séculos por igualdade civil e política com os patrícios e obteve vitórias importantes como a Lei das XII Tábuas e a Licínia Sextia - Século IX a.C., que proibia a escravidão por dívidas.

O mais importante marco deste período é a Lei das XII Tábuas, feita em 451 e 450 a.C. como resposta a uma das revoltas da plebe romana. Esta legislação foi a codificação de regras costumeiras e, mesmo entrando rapidamente em desuso, foi chamada durante toda a História de Roma como a fonte de todo direito.

Esse direito primitivo, intimamente ligado às regras religiosas, fixado e promulgado pela publicação das Leis das XII Tábuas, já representava um avanço na sua época, mas com o passar do tempo e pela mudança de condições, tornou-se antiquado e superado. Mesmo assim, o tradicionalismo dos romanos fez com que esse direito arcaico nunca fosse considerado como revogado: o próprio Justiniano, dez séculos depois, fala dele com respeito.

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1.6.2) Período Clássico Este período do século II a.C. até o século III d.C. foi o auge do Direito Romano. O poder do Estado foi centralizado e dois personagens - pretores e jusconsultos - adquirindo mais poder de modificar as regras existentes, puderam revolucionar constantemente o Direito. 1.6.3) Período Pós-Clássico Do século III d.C. até o século VI d.C, o Direito Romano não teve grandes inovações. Vivia-se do legado da fase áurea. Entretanto, para acompanhar as novas situações, o Direito vulgarizou-se e sentiu-se a necessidade de fixarem-se, definitivamente, as regras por meio de uma codificação que, a princípio, era muito mal vista pelos romanos. Depois da Lei das XII Tábuas, século V a.C, nenhuma codificação foi empreendida pelos romanos, por não considerarem uma codificação necessária. Houve algumas tentativas, neste período, de codificação do Direito vigente, porém, estas eram feitas de forma restrita, como por exemplo, Codex Gregorianus7. Somente após a queda do Império no Ocidente, Justiniano, Imperador do Oriente, conseguiu empreender tal feito. A codificação Justinianéia, chamada Corpus Juris Civilis - foi considerada conclusiva, pois praticamente todos os códigos modernos trazem a marca desta obra.

Elaboração do código Justiniano

O Corpus Juris Civilis é composto por quatro obras:

• Codex - reunião das Constituições Imperiais;

• Digesto (também chamado de Pandectas) - seleção das obras dos Jusconsultos;

• Institutas - manual de Direito para estudantes;

• Novelas - publicação das leis do próprio Justiniano.

7 Codex Gregorianus (Código Gregoriano) foi uma das primeiras compilações das leis existentes na época; dividia-se em 15 livros, compreendendo as constituições desde o tempo de Adriano até o ano de 291.

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2) FONTES DO DIREITO ROMANO Algumas fontes do Direito Romano são gerais, independentemente da época, outras são mais específicas a um período da História de Roma. A forma mais espontânea e mais antiga de constituição do direito é o costume. Este não pode ser entendido apenas como fonte específica do Direito, mas, entre os romanos, pode ser visto também como adjetivos obrigatórios ao bom romano. Os romanos tinham como suporte fundamental e modelo do seu viver comum a tradição, no sentido de observância dos costumes dos antepassados. A título de exemplo, podemos citar:

• A fides, muito usada no Direito e que tem como sentido o cumprimento de um juramento que compromete ambas as partes na observância de um pacto. Trata-se de uma qualidade imprescindível do bom romano e existe no Direito, no mínimo, desde as Leis das XII Tábuas.

• A pietas justifica o poder do paterfamilias, visto que ela se define como um sentimento

de obrigação para com aqueles a quem o homem está ligado pelo sangue.

• Gravitas era uma das qualidades mais utilizadas para a defesa de um indivíduo no tribunal. Era usada no sentido de indicar que um homem era sério, compenetrado.

Outras qualidades que podemos apontar são as dignitas, que são relacionadas com a dignidade e com o exercício de cargos públicos. 2.1. Leis e Plebiscitos Para o Direito Romano, a palavra lex tem significado mais amplo do que se tem modernamente. Para eles, a lex indicava uma deliberação de vontade com efeitos obrigatórios. Desta forma, referia-se a uma cláusula de contrato como leges privatae (leis privadas), para referir-se ao estatuto de uma cidade, os romanos falavam em lex colegii e, para deliberações dos órgãos do Estado, lex publica.

No período republicano há duas espécies de leis, dependendo de onde se origina: a lex rogata e a lex data. A lex data era a lei proveniente do Senado ou de algum magistrado. A lex rogata eram as leis votadas pelos cidadãos romanos, reunidos em comício. Eram propostas pelos magistrados e somente entravam em vigor após a ratificação pelo Senado. Caso a aprovação fosse feita somente pelos plebeus (parte da sociedade romana) nos plebiscitos, eram válidas, a princípio, somente para os próprios plebeus, porém, após a Lei Hortência de 286 a.C., as decisões do Plebiscito tinham força de lei para a sociedade como um todo.

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2.2. Edito dos magistrados Os pretores, ao iniciar seu mandato, publicavam um edito para tornar pública a maneira pela qual administrariam a justiça durante seu ano. Com os editos, os pretores acabavam criando novas normas e estes acabavam por estratificar-se, visto que os pretores que entravam utilizavam-se largamente das experiências bem sucedidas dos editos dos pretores anteriores. Estes editos eram chamados edictum tralacium e eram diferenciados dos editos que continham inovações propostas pelo pretor, chamados edictum repentinum. O resultado dessas experiências foi um corpo estratificado de regras aceitas e copiadas pelos pretores que se sucediam e que finalmente, por volta de 130 a.C. foram codificadas pelo jurista Sálvio Juliano, por ordem do Imperador Adriano. Este direito pretoriano chamado de honorarium nunca foi equiparado ao jus civile, haja que este último era o direito aplicado aos cidadãos romanos. 2.3. Jurisconsultos No princípio da História Romana, somente os sacerdotes conheciam as normas jurídicas e somente eles as interpretavam. A partir do século IV a.C., esse monopólio sacerdotal passou a não mais existir e peritos leigos apareceram, eram os jurisconsultos.

Os jurisconsultos, principalmente no período clássico do direito romano, foram personagens da mais profunda importância para o desenvolvimento do Direito. Eles eram considerados como pertencentes a uma aristocracia intelectual, distinção essa devida aos seus dotes de inteligência e aos seus conhecimentos técnicos. A atividade destes homens, chamada prudente, consistia em indicar as formas dos atos processuais aos magistrados e às partes. Eles também auxiliavam na elaboração escrita de instrumentos jurídicos. Era ainda da parte dos jurisconsultos a obrigação de responder, que consistia em emitir pareceres jurídicos sobre questões a pedidos de particulares e magistrados.

Até pelo menos o fim da República, a atividade dos jurisconsultos não era utilizada como fonte do Direito, tinha apenas valor para o caso específico apresentado a ele. Entretanto, a partir do século I a.C., com Augusto, seus pareceres passaram a responder, ou seja, com a mesma autoridade do príncipe. A jurisprudência passou a ser considerada, então, como fonte do Direito.

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2.4. Senatus-Consultos São deliberações do Senado, mediante proposta dos magistrados. Estas somente passam a ser fontes de Lei após o principado (século I a.C). No período anterior, isto é, durante a República, o Senado não legislava, entretanto, indiretamente, influenciava o Direito à medida que aconselhava os magistrados para que seguissem determinadas prescrições administrativas da Justiça.

Quando os imperadores passaram a centralizar mais fortemente o poder, os Senatus-Consultos passaram a ser somente um formalismo que era desejado pelo imperador quando este queria fazer valer uma decisão que era impopular.

2.5. Constituições Imperiais Depois do imperador Adriano, as decisões dos imperadores passaram a ser fontes do Direito. Durante o Império, com o poder cada vez mais centralizado, o imperador passou a substituir as outras fontes do Direito pelas suas providências legislativas. As providências legislativas do imperador eram chamadas constitutiones e podem ser na forma de:

• edicta - deliberações de ordem geral; • mandata - instruções dadas pelo imperador aos funcionários imperiais e governadores

de províncias; • decreta - decisões do imperador proferidas em um processo no exercício do supremo

poder jurisdicional; • rescripta - respostas solicitadas ao imperador a respeito de casos jurídicos a ele

submetidos pelos magistrados ou particulares. 3) DIREITO DAS PESSOAS No Direito Romano, a condição de homem, por si só, não garante a capacidade jurídica. Exemplo: escravos não possuíam paridade com os outros seres humanos. Há três requisitos para se considerar uma pessoa no Direito Romano: nascimento com vida, revestir forma humana e viabilidade fetal. Para adquirir capacidade jurídica, o cidadão romano tinha que ter o status civilis (libertas, civitas, familia).

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3.1. Capitis deminutio

Capitis deminutio era o instituto que alterava a capacidade jurídica do cidadão romano. • Capitis deminutio máxima (liberdade): o cidadão romano livre passa a ser escravo.

Exemplo: cidadão romano livre condenado às feras do circo, antes de perder a vida, já perdera sua personalidade, isso equivale a ser escravo;

• Capitis deminutio média (cidadania): o cidadão romano passa a ser peregrino.

Exemplo: desterrados condenados a trabalho perpétuo em obras públicas;

• Capitis deminutio mínima (família):

Mesmo nível: cidadão romano alieni juris de uma família passa para a mesma situação de alienis juris em outra família (adoção);

Para melhor nível: cidadão romano alienis juris passa a ser sui juris (emancipação);

Para pior nível: cidadão sui juris passa a ser alienis juris (ad-rogação).

3.2. Pessoa Jurídica Pessoas jurídicas ou morais (universitates) são conjuntos de pessoas ou coisas, a quem os romanos atribuem personalidade, tornando-os sujeitos de direitos. O agrupamento constitui um corpo distinto da pessoa individual. 3.2.1) Universitates personarum (corporações) Conjunto de pessoas físicas com personalidade diferente de seus membros. Exemplo: Estado Romano, cidades, colônias, municípios e associações.

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3.2.2) Universitates rerum (fundações) Bens personalizados dirigidos a um determinado fim. Exemplo: mosteiros, conventos, igrejas e hospitais. 3.3. O Estado de liberdade A liberdade era o bem maior para o cidadão romano. O escravo não era considerado ser humano e sim, coisa. Do mesmo modo que uma coisa, o escravo podia ser vendido e destruído. Dominica potestas é a relação jurídica que liga o dominus aos servus.

3.3.1) Fontes da escravidão

• pelo nascimento - filho de escravo, escravo é, ou seja, não se leva em conta a condição paterna;

• fatos posteriores ao nascimento: inimigos aprisionados ficam escravos do Estado Romano; soldado desertor fica escravo do Estado romano; negligentes, que não se inscrevem nos registros do censo, ficam escravos do Estado Romano; devedores insolventes caíam nas mãos de seus credores e os mesmos poderiam vendê-los; aquele pego em flagrante era entregue à vítima .

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Em todos os casos, o cidadão romano só pode ser vendido fora dos limites da cidade, ou seja, para lá do rio Tibre, pois era considerado desonra tornar-se escravo dentro da cidade de Roma.

Na fase do Império, tornavam-se também escravos os condenados a trabalho forçado (ad metalla) e às feras do circo (ad bestias).

Mais tarde, ainda se tornam escravos: a mulher livre, que manteve relações com escravo alheio; o homem livre, que com intuito de fraude, se faz vender como escravo para um cúmplice e o liberto ingrato. A princípio, escravo é coisa, mas, à medida que se passa o tempo é permitido até que o escravo represente seu senhor em certos atos jurídicos, desde que seja no sentido de aumentar o patrimônio do senhor e nunca diminuir. Na fase da República, ocorre a humanização do Direito Romano, assim, há o abrandamento da dominica potestas. Os senhores não podem abandonar escravos velhos, doentes e recém nascidos, e também era proibido atirar escravos às feras, a não ser com a autorização do magistrado. 3.3.2) Como um escravo pode ficar livre adquirindo a libertas?

• Jus postliminii - cidadão romano que, feito escravo, foge e volta à cidade de Roma;

• manumissão ou alforria - dação da liberdade;

formas solenes: censo, vindicta, testamento, in sacrosatis eclesiis;

formas não solenes: intera amicos, post mensam, per epistolam. Pelo censo, o escravo é libertado desde que o dominus lhe permita inscrever-se nos registros do recenseamento. O censo ocorria de cinco em cinco anos. Pela vindicta o senhor dirige-se ao magistrado em companhia do escravo e de um amigo. O amigo toca o escravo com a vindicta (varinha) e declara que aquele homem está livre. O dominus, calando-se, acabava consentindo com a liberdade e, assim, o magistrado declarava o escravo livre.

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Pelo testamento, havia uma cláusula testamentária que encarregava um herdeiro a alforriar o escravo. No Baixo Império, nova forma de manumissão8 surge no Direito Romano influenciada pelo Cristianismo (in sacrosactis eclesiis). É uma declaração solene do sacerdote diante do proprietário do escravo e dos fiéis, que servem de testemunha. Paralelamente às formas solenes, surgem as não solenes de manumissão. Pode o senhor alforriar escravos sem recorrer a nenhum processo formal solene, mas diante de amigos (inter amicos), depois da ceia (post mensam) ou por uma carta dirigida ao escravo (per epistolam). Em relação ao dominus que o libertou, o escravo, agora livre, recebe o nome de liberto, em relação às demais pessoas, tem o nome de libertino. Ingênuo é aquele que nasce livre e continua livre (cidadãos romanos, latinos e peregrinos). 3.4. Mancipium É o poder exercido por um homem livre sobre outro homem livre colocado sob suas potestas. Acham-se em mancipium:

• o alieni juris, que por haver cometido delito, é abandonado pelo paterfamilias à vítima (abandono noxal);

• o alieni júris, que é vendido por um paterfamilias com intuito de lucro pelo processo da

mancipatio (modo solene de transferência de propriedade a outro paterfamilias). Embora semelhante, a situação do escravo não se confunde com esta da pessoa em mancipium, que, ao contrário daquela, conserva a libertas e a civitas, tanto assim que, ao adquirir a liberdade, o escravo se torna liberto e a pessoa em mancipium volta à situação de ingênuo. 3.5. Colonato É a vinculação de um homem a terra. Este não é considerado escravo e sim, semi-livre, entretanto, não podia abandonar a gleba. O colono era acessório da gleba e, portanto, seguia o principal (a terra). Caso fuja, o dominus pode persegui-lo, obrigando-o a voltar como escravo fugitivo. Se a terra é vendida pelo senhor, o colono é vendido junto. 3.5.1) Fontes do colonato

pelo nascimento: filho de colono, colono é; por convenção: um homem livre na miséria, vende-se a um senhor e torna-se colono; por prescrição: um homem livre que cultiva uma gleba durante trinta anos, sem

interrupção, se torna colono; por denúncia: os mendigos tornam-se colonos de quem os denunciar;

8 Manumissão: alforria

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por iniciativa do Estado: o Estado romano, em vez de reduzir a escravidão, pode reduzi-lo à situação de colono.

3.5.2) Deixa de ser colono

por meio da compra da gleba cultivada; pela elevação do colono ao episcopado (ministros da religião).

ATIVIDADE

Faça um pequeno teste para verificar a sua compreensão sobre o conteúdo estudado nesta Unidade.

Para isto, acesse o Portal Educat UniDF e realize os exercícios correspondentes à Unidade I de Direito Romano.

VAMOS DEBATER? Reflita e discuta com os seus colegas no fórum de debates:

O Direito Romano exigia três requisitos para aquisição da capacidade jurídica:

⋅ nascimento com vida, ⋅ revestir forma humana e ⋅ viabilidade fetal.

Analise e justifique se os dois últimos requisitos são necessários no Direito Brasileiro.

FIM DA UNIDADE I

Realize as atividades propostas para a Unidade. Em caso de dúvidas, entre em contato com seu tutor.

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Referências Bibliográficas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ALVES, José Carlos Moreira. Direito romano. São Paulo: Saraiva, 2005. v. l e II. CORREIA, Alexandre. SCIASCIA, Gaetano. Manual de Direito Romano .Saraiva . CRETELLA JUNIOR, José. Curso de direito romano. Rio de Janeiro: Forense, 2004. MARKY, Thomas. Curso elementar de direito romano. 8. ed. São Paulo: Saraiva,

1995. MOREIRA, José Carlos Barbosa .Direito Romano , vol. I e II . Saraiva BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR FILARDI ,Antônio Luiz . Curso de Direito Romano . Atlas Marky , Thomas . Curso Elementar de Direito Romano . Saraiva MONCADA, Luis Cabral de. Elementos de história do direito romano. Coimbra: MEIRA, Silvio Augusto de Bastos. Instituições de direito romano. 4. ed. São Paulo:

Max Limonad, 1970.