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Mercado de Trabalho para o Engenheiro e Tecnólogo no Brasil SUMÁRIO ANALÍTICO Analítica Consultoria

Mercado de Trabalho Engenheiro Abr13

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  • Mercado de Trabalho para o Engenheiro e Tecnlogo no Brasil

    SUMRIO ANALTICO

    Analtica Consultoria

  • A Estrutura Empresarial Brasileira e o Mercado de Trabalho

    dos Engenheiros

    Para se poder dimensionar e entender o mercado de trabalho de engenharia no Brasil preciso analisar, em primeiro ligar, a estrutura do mercado empresarial brasileiro e, em segundo lugar, a estrutura do mercado de empresas que contrata engenheiros.

    O mercado brasileiro composto, principalmente por empresas com at 49 empregados (5.603.311 empresas ou seja 98,8% do total de empresas). Destas, 4.703.404 esto na faixa de 0 a 4 4mpregados. Na outra ponta, as empresas com mais de 500 empregados so apenas 7.360. nestas duas pontas que est concentrado o maior nmero de assalariados do Brasil. Nas empresas de at 49 empregados esto 30,57% dos assalariados. As empresas com 500 empregados ou mais empregam outros 45,86% dos assalariados do pas. Em termos de massa salarial, as empresas com 500 empregados ou mais so responsveis por 61,81% do total da massa salarial e de remuneraes, com a mdia salarial mais alta, prxima de 5 salrios mnimos, contra os 2,2 salrios mnimos das empresas com at 49 empregados. Quando se trata da contratao de engenheiros, as 7.360 empresas com mais de 500 empregados continuam sendo as maiores empregadoras, com uma

  • proporo de engenheiros contratados praticamente igual de assalariados (em percentual do total do Brasil). interessante comparar essas mesmas propores para os diversos portes de empresas no Brasil (vide quadro na pgina seguinte).

    As menores empresas so aquelas que tm a menor proporo de engenheiros, at porque a maioria delas de ramos do comrcio e prestao de servios, que no demandam engenheiros. As maiores empresas esto no ponto de equilbrio, com a classe engenheiros praticamente igual ao percentual de assalariados em relao ao total do Brasil. nas empresas de mdio porte, de 50 a 500 empregados que existe o maior emprego relativo de engenheiros (56% relativamente mais alto do que nas grandes empresas e 178% relativamente mais alto do que nas empresas at 49 empregados).

  • Outro dado relevante a concentrao de engenheiros contratados por ramo de atividade. Do total de engenheiros empregados, segundo o CAGED de 30/01/2007 (Base RAIS de 2004), quase metade est concentrada em cinco ramos de atividade, sendo que dois deles esto em reas no diretamente relacionadas produo. Um o ramo de servios prestados principalmente s empresas, ou seja empresas de consultoria, projetos ou de terceirizao de servios. O outro a administrao pblica, defesa e seguridade social, ou seja rgos do governo. O setor que mais emprega engenheiros o da construo, onde a grande concentrao de empregados est em empresas menores, de at 49 empregados. Outros 26,5 % dos engenheiros empregados esto em outros 9 ramos de atividade, com predomnio das empresas de 250 ou mais empregados (vide tabela da pgina anterior). Finalmente, os 24,3% restantes esto espalhados por 45 ramos de atividades diferentes, com forte predomnio das empresas de 250 a 499 empregados e, principalmente, empresas com 500 ou mais empregados. Seria importante traar a curva da evoluo destas tabelas, para identificar os setores e portes de empresa mais dinmicos, os estagnados e os decadentes dentro da economia nacional.

  • Na tabela abaixo temos, para cada porte de empresa os ramos de atividade que acumulam os primeiros 50% dos engenheiros empregados. A lista acaba restrita a apenas sete ramos de atividade, sendo que apenas a faixa de empregados de 250 a 499 necessita de mais de mais de quatro ramos de atividade para cobrir os primeiros 50% de engenheiros empregados. Apenas um ramo de atividade Servios prestados principalmente s empresas -- comum s quatro faixas de porte. A tabela ilustra bem a tendncia de combinao de uso de engenheiros por portes e ramos de atividade.

  • Com este tipo de estrutura compreensvel que as demandas em relao formao, treinamento e capacitao continuada de engenheiros seja diversificada e, s vezes, at aparentemente contraditria, quando vista em termos de resultados agregados da pesquisa. Dada a diversidade de ramos de atividade e a distribuio no homognea da contratao de engenheiros, seja por porte seja por ramo de atividade, o cliente optou por uma seleo e agrupamento de ramos de atividade que fosse mais relevante para sua atuao e interesses de momento. Os ramos escolhidos (s vezes agrupados) que compuseram a amostra esto na tabela abaixo. Todos os resultados apresentados fazem referncia a estes ramos de atividade. Ramos de atividade includos nesta pesquisa (selecionados e agrupados de acordo com deciso do cliente)

    Servios prestados principalmente s empresas, administrao pblica, defesa e seguridade social Construo Comrcio atacadista e varejista Fabricao de coque, produtos qumicos, borracha e plsticos, produtos de minerais no metlicos, papel e celulose Eletricidade, gs, gua quente, captao tratamento e distribuio de gua Correio, telecomunicaes, atividades de informtica e servios relacionados Agricultura pecuria e servios relacionados Metalurgia bsica, fabricao de produtos de metal excluindo mquinas e equipamentos e mquinas e equipamentos Sade, servios sociais, atividades associativas Transporte terrestre, atividades anexas e auxiliares do transporte e de viagens Fabricao de produtos alimentcios Fabricao de veculos automotores, reboques, carrocerias, e outros equipamentos de transporte Pesquisa e desenvolvimento Fabricao de mquinas, aparelhos e materiais eltricos, de informtica, eletrnicos, ticos e hospitalares Educao Extrao minerais metlicos, petrleo e relacionados Intermediao financeira

    Mercado de Trabalho dos Engenheiros

  • O mercado de trabalho fortemente dependente de um pequeno nmero de empresas que emprega uma grande quantidade de engenheiros. As empresas que empregam at cinco engenheiros representam pouco mais de 60% do mercado. As grandes empregadoras, que empregam mais de 100 engenheiro so apenas 2,8% do total de empresas.

    Do total de empresas, apenas 6% empregam 50 ou mais empregados, mas elas acabam sendo responsveis por 51,8% dos postos de trabalho de engenheiros dento do universo estudado.

    As empresas que empregam os prximos 25,5% dos engenheiros so apenas 15,8% do total das empresas estudadas. Restam 79,4% das empresas para empregarem os 22,7% dos engenheiros que restam.

    Em suma, 1 engenheiro a mais empregado em cada uma das empresas que hoje empregam at 5 engenheiros teria, em tese, muito maior possibilidade de gerar um grande volume de empregos do que um trabalho junto quelas empresas que j so grandes empregadoras. Isso gera a necessidade de se conhecer a fundo as demandas dessas empresas menores e qual o perfil de engenheiro de que elas necessitam. So tambm essa pequenas empresas que no tm programas internos de treinamento e desenvolvimento de engenheiros recm-formados, dependendo mais da qualidade do engenheiro que sai da escola.

    Relao entre empresas empregadoras e engenheiros empregados

    % das empresas

    empregadoras

    % dos engenheiros empregados

    At 5 engenheiros 61,80% 12,48% 5 a 10 engenheiros 17,60% 10,24% 11 a 50 engenheiros 15,80% 25,47% 51 a 600 engenheiros 6,00% 51,81%

    A tabela seguinte mostra claramente que em volume de empresas contratantes, a concentrao est naquelas que contratam at 5 engenheiros, independentemente do tipo de engenheiro. Essas duas faixas concentram mais de 72% a 90% das empresas contratantes, mas em volume de contratados, acabam perdendo para as grandes empresas, na maioria dos casos.

  • O quadro abaixo, mostra que, na grande maioria das empresas aparecem com destaque trs tipos de engenheiros, os civis e afins, os eletricistas e eletrnicos e os mecnicos. No total, podem no ser as categorias mais contratadas, mas so as de presena mais constante em todos os portes de empresa. Apenas nas empresas que contratam de 51 a 100 engenheiros, os engenheiros mecnicos cedem sua posio aos pesquisadores de engenharia e tecnologia.

    Quando se trata de nmero de engenheiros contratados e no de empresas contratantes, nota-se claramente como um nmero menor de grandes empresas

  • (as que contratam 21 engenheiros ou mais) acaba sendo responsvel pelo maior nmero de contrataes, independentemente do tipo de engenheiro.

    Em todos os portes de empresa, dominante a presena de engenheiros eletricistas e eletrnicos, engenheiros civis e afins e de engenheiros mecnicos, os ramos mais tradicionais da engenharia. importante notar que em quarto lugar vm os pesquisadores de engenharia e tecnologia, bem distribudos por todos os portes de empresa. Valeria pena verificar como vem sendo a evoluo da participao desse tipo de engenheiro no total de engenheiros durante os ltimos anos. Em quinto lugar, mas com uma distribuio menos homognea do que os pesquisadores, esto os engenheiros agrossilvipecurios, indicando o peso do setor agropecurio na economia brasileira.

    Num sexto lugar, prximo dos agrossilvipecurios, vm os engenheiros de produo, qualidade e segurana, com concentrao acima da mdia entre as empresas que contratam de 1 a 5 engenheiros, mostrando a preocupao crescente da micro e pequena empresa com qualidade e processos.

  • A contratao e a carreira dos engenheiros dentro da empresa

    O caminho mais comum para entrada dos engenheiros na empresa pela participao em programas de estgio (junto com o estudo) ou aps um perodo como trainee. A necessidade de estgios apontada como crucial por boa parte dos entrevistados como forma de superar a barreira da falta da prtica no ensino de engenharia. A empresa vista como participante do processo de formao real do engenheiro para as necessidades do mercado. Quando se fala nas correes ou ajustes que a educao de engenharia deveria sofrer, a questo da prtica aparece sempre com destaque. A necessidade de estgios to grande que so poucos os engenheiros que se formam no tempo mnimo de cinco anos, face necessidade de dividir o tempo entre estudos e estgios se quiserem ter chances reais de bons empregos quando formados.

  • Se a entrada nas empresas depende de um perodo de estgio e treinamento, a permanncia depender cada vez mais de atualizao e adaptao a novas tcnicas e tecnologias. No panorama atual, um engenheiro pode esperar mudar de emprego 4 vezes entre a formatura e a aposentadoria, j que seu tempo de permanncia mdio na empresa de 8,2 anos.

    Em relao contratao de Engenheiros:

    18%

    21%

    41%

    64%

    89%

    82%

    79%

    59%

    36%

    11%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    Programas para reteno de engenheiros paraevitar que eles saiam da empresa

    Programas para atrao de engenheiros em finalde formao ou recm formados ou no?

    Treinamentos especficos dos engenheiros recm-contratados pela empresa

    Contrata como estagirio ou trainee

    Contrata engenheiros recm-formados

    Sim No

    Mesmo com programas de estgios e de trainees, 41% das empresas ainda declaram realizar programas de treinamento especficos para os engenheiros recm contratados. Por outro lado so relativamente poucas as que tm programas de atrao de engenheiros recm formados ou prestes a se formarem. A integrao na empresa tende a comear mais cedo. Tambm pequena a proporo de empresas que tm programas de reteno de engenheiros. At recentemente o mercado de trabalho no tinha problemas de oferta de mo-de-obra. Com o aquecimento da economia e em setores especficos como energia, minerao, petrleo, construo e telecomunicaes, por exemplo, passou a haver escassez de engenheiros qualificados e experientes. Nas grandes empresas (1.000 funcionrios ou mais) os programas de contratao de estagirios ou trainees, de atrao de recm-formados ou de reteno de engenheiros so menos freqentes, provavelmente por terem mais facilidade de contratao de engenheiros mais experientes. Fora dos eixos industriais mais tradicionais, tambm so menos freqentes os programas de estgios, trainees e atrao de recm formados.

  • Em relao contratao de Engenheiros por porte e por regio:

    At 49 De 50 a 249De 250 a 499

    De 500 a 999

    De 1000 ou

    mais

    RMs, RJ,

    SP,MG

    Outras regies

    Contrata engenheiros estagirios ou trainees 65% 63% 65% 72% 49% 67% 57%

    Tem programa para atrao de engenheiros em final de formao e recm-formados

    19% 23% 23% 23% 14% 23% 16%

    Contrata recm formados 94% 86% 80% 69% 100% 89% 87%

    Tem programas, cursos ou seminrios para recm-contratados 44% 38% 38% 45% 27% 43% 37%

    Tem programas para a reteno de engenheiros 18% 18% 20% 25% 9% 17% 19%

    Porte - Funcionrios Regio

    Bases Porte: At 49 (328); de 50 a 249 (328); de 250 a 499 (202);

    de 500 a 999 (109); de 100 ou mais (89)

  • Dentre as formas de atrao de jovens engenheiros, h trs dominantes:

    Estgios remunerados: 35% Parceria e integrao com escolas: 22% Programas de trainees: 21%

    interessante a proporo de empresas que est adotando a parceria com escolas. Pelas sugestes para melhoria do ensino de engenharia no Brasil, essa parceria uma forma de introduzir o aluno a prticas importantes para as empresas j durante o processo de formao, superando, em parte a falta de equipamentos e laboratrios nas escolas. De alguma forma ajuda, ainda, a superar as alegadas deficincias de corpos docentes afastados do mercado ou sem a prtica necessria. Os problemas que a falta um ensino voltado para o mercado ocasionam levam 41% das empresas a oferecerem treinamento dentro e fora da empresa, com trs propsitos principais: adaptao a processos e produtos especficas da empresa, certificao de qualidade (ISO) e complementao em reas no relacionadas engenharia (administrao, finanas, relacionamento humano, liderana, vendas e uso de softwares)

  • Cursos, seminrios e treinamento oferecidos a engenheiros recm-contratados

    1 de 2

    BASE: 41% que oferecem esse tipo de programas

    Palestyras de convidados(4), Participao em seminrios (3), Participao em congressos (1)

    PALESTRAS, SEMIRIOS E CONGRESSOS (8%)

    Cursos em reas especficas no diretamente relacionadas situao da empresa (24) Planejamento, administrao, administrao de projetos, administrao da produo, oramentao e administrao de custos (12) Cursos sobre produtos da empresa (7), Cursos bsicos nas reas de atuao especfica da empresa (5), Cursos de softwares genricos (5), Habilidades comerciais e de vendas (5) Cursos de segurana no trabalho (4), Cursos de liderana e administrao de pessoas (4) Cursos sobre processos especficos da empresa (3),

    CURSOS E TREINAMENTO FORA DA EMPRESA (56%)

    Teinamento direcionado situao especfica da empresa (15),Treinamento para controle e certificao de qualidade (14), Treinamento para adaptao cultura da empresa (4), Treinamento externo (4)

    TREINAMENTO NA EMPRESA (55%)

    Os programas de reteno de engenheiros procuram resolver o problema de ascenso do engenheiro a postos mais altos dentro da administrao da empresa. Como o engenheiro , na maioria das vezes, usado em funes mais tcnicas, chega uma hora em que ele bate num teto dentro da empresa. Para resolver esse problema e no perder os engenheiros j treinados e adaptados empresa, muitas delas tm planos de carreira e salariais especficos para os engenheiros, baseados em avaliao de desempenho. Uma segunda forma de reteno feita pela distribuio de lucros, aumentos salariais por tempo de empresa e bnus associados ao desempenho da empresa como um todo. Um terceiro bloco de incentivos consiste em bolsas de estudo para extenso, treinamentos especficos no ramo de atividade, cursos de lnguas, cursos n o exterior e treinamento em habilidades no diretamente relacionadas engenharia.

  • Programas de reteno de engenheiros

    BASE: 18% QUE TM ESSES PROGRAMAS

    Investimento em ambiente de trabalho agradvel (3), Escolha de tarefas e rotao de funes (2)

    BOM AMBIENTE DE TRABALHO (4%)

    Curso no ramo de atividade (7), Cursos de liderana (3), Cursos de anlise risco (2), Cursos de lnguas (1), Outros cursos (3)

    CURSOS (14%)Treinamento especfico no ramo de atividade (14), Treinamento no exterior (3)

    TREINAMENTO (16%)

    Prmios especiais (sem especificar quais) (15), Bolsas e apoio para continuar os estudos (9), Plano mdico e dentrio (5), Carro da empresa (2), Previdncia privada (2), Frias no exterior (1),

    BENEFCIOS ADICIONAIS (24%)

    Distribuio de lucros (12), Aumento salarial (11), Salrios acima do mercado (10), Plano de bnus baseado no desempenho da empresa (7)

    SALRIOS, BNUS E DISTRIBUIO DE LUCROS (38%)

    Plano de carreira e salarial (35), Avaliao de desempenho(13), Programa de retenoode talentos (1)

    PROMOES E AVALIAO POR MRITO (46%)

    O quadro abaixo ilustra o baixo nmero de engenheiros que consegue ascender a altos e mdios cargos administrativos, no diretamente relacionados a projetos ou atividades de engenharia, tornando necessrios outros esquemas de promoo dentro do campo de atuao especfico do engenheiro.

  • Se, hoje, o engenheiro ainda enfrenta restries, que o colocam dentro de um plano de carreira mais tcnico (com exceo da engenharia de produo), as demandas do mercado para a contratao de engenheiros e alteraes sugeridas no ensino da engenharia indicam uma valorizao cada vez maior do profissional que traga na bagagem experincia ou cursos relacionados administrao de empresas, finanas, habilidade no tratamento dos recursos humanos e gerenciamento de projetos. Ao mesmo tempo em que querem conhecimento aprofundado na rea de atuao, processos e produtos especficos da empresa, as empresas procuram tambm um profissional de viso mais ampla, dinmico, que consiga relacionar-se com outras reas da empresa. Se a experincia e conhecimentos anteriores so os principais critrios de contratao (mencionados por 77% dos entrevistados), as caractersticas pessoais ocupam o segundo lugar (69% de menes), com destaque para caractersticas como:

    Liderana e capacidade de soluo de problemas, com habilidades gerenciais (22%)

    Esprito de equipe a capacidade de trabalhar em grupo (14%) Habilidade no relacionamento humano (12%) Liderana (11%) Iniciativa e disposio para aprender coisas e tarefas novas (11%) Facilidade de comunicao (8%) Facilidade de adaptao a situaes novas (6%) Dinamismo e vontade de crescer dentro da empresa (6%)

    engenheirosCrit rios para CONTRATAR

    EXPERINCIA E CONHECIMENTO ANTERIOR DO RAMO (77%)

    PERSONAL PROFESSIONAL APTITUDE (47%)

    POLTICAS CONTRATAO DA EMPRESA (27%)

    LIDERANA E CAPACIDADE DE SOLUO DE PROBLEMAS (22%)lIDERANA (11), Habilidades gerenciais (5), Capacidade de identificar e resolver problemas(5),Capacidade de aprendizado e adaptao a inoves(4)

    TRAOS PESSOAIS (9%)

    FLEXIBILIDADE PARA VIAGENS E DE HORRIO DE TRABALHO (4%) atitude e comportamento adequados (6), Honestidade tica (4)

    Esprito de equipe (14), Habilidade no relacionamento humano (12), Iniciativa, disposio para aprender coisas e tarefas novas (11), Capacidade de comunicao (8),Facilidade de adaptao a situaes novas (6) Ambio, vontade de crescer dentro da empresa (6), Dinamismo (5), Facilidade em lidar com clientes

    Experincia anterior no ramo (41), Conhecimento especfico do ramo, produtos da emporesa (24), Conhecimento tcnico geral (18), Conhecimento de lnguas: Ingls, Espaanhol, Francs, Alemo (9) Base terica slida (8), Conhecimento de computao (4), Capacidade de desenvolvimento de projetos (2)Familiaridade com diversidade de reas (2) Administrar recursos humanos (1) Habilidade comercial (1)

    Avaliao de currculo (7), Realizao de concurso pblico (6), Entrevista pessoal (4), Perfil adequado para a empresa e tarefas (3), Referncias pessoais (3) Empresas em que trabalhou ou foi trainee (3) Notas escolares (2), Tempo em ficou em empregos anteriores (1) Salrio esperado (1) Testes especficos (1),

    PERFIL ACADMICO (25%)Qualidade e reputao da escola (7), Cursos no ramo especfco da empresa (9), Cursos de especializao e ps-graduao (4)

  • Os fatores personalidade, atitude e comportamento tambm aparecem como to importantes quanto as questes de conhecimento e experincia anteriores, entre as razes para no contratar um engenheiro, como mostra a tabela da pgina seguinte. Enquanto a falta de conhecimentos e de experincia citada por 53%, os problemas de atitude e pessoais recebem 41% de menes e atitudes e comportamentos inadequados mais 18%.

  • Razes para NO CONTRATAR engenheiros

    1 de 2

    FALTA DE CONHECIMENTO E EXPERINCI ANTERIOR NO RAMO (53%)

    PROBLEMAS DE ATITUDE E PESSOAIS (41%)

    ATITUDE E COMPORTAMENTO INADEQUADOS (18%)

    Falta de experincia profissional (21), Falta de conhecimento do ramo especfico da empresa (19), Falta de habilidade e conhecimentos tcnicos (18), No fala lnguas estrangeiras (4)

    Falta de dinamismo, iniciativa, envolvimento, saber lidar com problemas (22), Dificuldade em se relacionar com pessoas(10), Referncias pessoais negativas, problemas ticos (10), Falta de habilidade de trabalhar em grupo e falta de esprito de equipe (7), Dificuldades de comunicao (6), Falta de liderana (5),

    Problemas de personalidade (4), Arrogncia (3), Desonestidade (3), Aparncia desleixada (2), pula de emporego em emprego (2), Desorganizado (2)

    Notas baixas, desempenho acadmico fraco (7), Falta de formao na rea especfica da empresa (4),

    PERFIL ACADMICO FRACO (10%)

    Quando esta pesquisa foi realizada, o horizonte era o mais rseo possvel, com aumento do consumo causado pelo crdito fcil, saldo positivo da balana de pagamentos, investimento estrangeiro forte tanto no mercado de capitais quanto em investimentos diretos e crescimento do PIB perto dos 5%. Hoje, o quadro mudou, com o desaquecimento do mercado americano e as perdas dos bancos no mercado imobilirio sub-prime. No ambiente do momento da pesquisa o ambiente geral era favorvel contratao de mais profissionais especializados, tanto engenheiros quanto tecnlogos.

    A contratao de Engenheiros nos prximos 3 anos vai:

    2%

    2%

    1%

    33%

    40%

    22%

    0% 10% 20% 30% 40% 50%

    No sabe/norespondeu

    Diminuir muito

    Diminuir um pouco

    Ficar igual

    Aumentar umpouco

    Aumentar muito

  • Mercados fortemente aquecidos e grandes empregadores como a construo, a minerao, a energia e o setor petrolfero geraram uma forte demanda por mo-de-obra especializada, gerando a perspectiva de um forte movimento de procura por engenheiros. Se as condies mudaram, o peso das principais razes indicadas para achar que a contratao aumentaria, ficaria estvel ou diminuiria pode servir para projetar o que esperar com uma mudana de condies da economia brasileira e mundial. As trs tabelas seguintes trazem bons indicadores a serem acompanhados para estimar a demanda futura por engenheiros. Assim, se os pedidos de propostas, projetos e o nmero de propostas da empresa ou do setor comearam a cair, bem provvel que as contrataes tambm tenham seu ritmo reduzido. O mercado brasileiro tende a reagir com grande rapidez a ameaas de crise, pelo histrico passado. Seus horizontes de investimento em mo-de-obra tendem a ser relativamente curtos e justificados por ganhos de curto e mdio prazo. A falta de mo de obra no mercado da construo um bom exemplo disso. O mesmo pode ser dito com relao a setores que se viram rapidamente aquecidos pela facilidade de crdito e prazos de pagamento mais longos. A criao de estoque de mo de obra, mesmo especializada, para ganhos de longo prazo muito cara para um pas com a carga tributria brasileira.

    Por que acha que a contratao de engenheiros vai AUMENTAR nos prximos 3 anos?

    BASE: 62% QUE ACHAM QUE CONTRATAO VAI AUMENTAR

    Aumento no nmero de projetos, contratos, propostas, trabalhos e concorrncias (27), Tendncia de crescimento do mercado (15), Crescimento do mercado de construo (8)

    Planejamento devido ao crescimento da empresa (28), Empresa est planejando expanso (8), Empresa entrando em nova rea, nova linha de produtod (5)

    Novos projetos que vo entrar (4), Algumas reas precisam mais pessoas (3), Substituio de engenheiros atuais ou que iro se aposentar (3) Mudana nos mtodos de produo (2) Proogramas de trainees (1)

    Abertura de vagas na prefeitura (1) Cidade est crescendo (1)

    TENDNCIA DO MERCADO (50%)

    TENDNCIA DA EMPRESA (41%)

    PEDIDO DO DEPARTAMENTO RECURSOS HUMANOS(17%

    CRESCIMENTO DO SETOR PBLICO (3%)

  • Por que acha que a contratao de engenheiros vai FICAR ESTVEL nos prximos 3 anos?

    BASE: 33% QUE ACHAM QUE CONTRATAES VO FICAR ESTVEIS

    SITUAA ATUAL DA EMPRESA (46%)

    Cidade muito pequena para expanso (4), Cidade j tem engenheiros suficientes (3), Cidade no pretende aumentar vagas ou investimentos (3)

    Mercado estvel ou com baixo crescimento projetado (6), Baixa demanda do mercado (9), Mercado interno restrito para linha de produtos da emporesa (1)

    No h crescimento esperado ou planejado da empresa (27), Empresa j est estruturada para prximos 3 anos (2) Empresa em fase de reduo de custos (1)

    Nmero atual de engenheiros suficiente para empresa (32), Tamanho da empresa no justifica contratao (12), Terceirizao de trabalhos de engenharia (3%), Svai repor engenheiros que se aposentarem (3%)

    FATORES RELACIONADOS AO SETOR PBLICO (11%)

    FATORES DE MERCADO (17%)

    PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA EMPRESA (32%)

  • Por que acha que a contratao de engenheiros vai

    DIMINUIR nos prximos 3 anos?

    BASE: 3% QUE ACHAM QUE CONTRATAES VO DIMINUIR

    SALRIOS (5%) 5

    POLTICAS DA EMPRESA E NUMERO ATUAL DE ENGENHEIROS (61%)

    CONSIDERAES DE MERCADO (24%)

    SITUAO DA EMPRESA (11%)

    EMPRESAS E SERVIOS PBLICOS (5%)

    Salrios de engenheiros esto muito altos (5)

    Empresa et transferindo tarefas de engenheiros para outras pessoas (35), Tipo de empresa dispensa ter mais engenheiros (16), J temos engenheiros suficientes (7), Automao de processos e sistemas tornar engenheiros desnecessrio (2)

    Queda na demanda de servios, reduo do nmero de projetos (16), Mercaso estvel ou de crescimento muito lento (5), Problemas financeiros da agricultura (3)

    Empresa ou setores da empresa em reestruturao (9), Fase de reduo de custos (1), Desenvolvimento de projetos ser feito pela matriz nos EUA (1)

    Reduo nos gastos do Governo (2), Cidades esto sem recursos (2)

    Como vemos, nos trs quadros acima, as contrataes ou demisses so fortemente influenciadas por movimentos do mercado e menos por razes estruturais ou planejamento de longo prazo.

    O atual estgio da engenharia brasileira Antes de comentar os resultados desta seo, importante fazer uma observao sobre a escala de avaliao usada. Para vrias perguntas, pediu-se ao entrevistado que desse uma nota entre 0 (zero) e 10 (dez) a diferentes aspectos da engenharia e dos cursos de engenharia no Brasil. Na grande maioria das escolas de engenharia e superiores, a mdia 7 (sete) permite ao aluno passar de ano sem exame final. Desta forma, a nota sete um separador do aceitvel e do que est abaixo do aceitvel, necessitando aprimoramento para chegar ao padro adequado. O quadro abaixo mostra que a engenharia brasileira est quase que exatamente na mdia do adequado, sem nenhuma nota que se destaque para os aspectos selecionados. Mesmo para pases com nvel de desenvolvimento semelhantes aos do Brasil, as diferenas so muito pequenas, embora consistentemente positivas. Isso se aplica tanto aos engenheiros j no mercado, quanto s escolas que formaro os futuros engenheiros.

  • Avaliao para os seguintes aspectos em pases com desenvolvimento econmico semelhante ao brasileiro:

    (Nota mdia) TABELA COMPARATIVA

    Enhenharia Brasileira

    Outros pases SALDO

    Adaptar-se as mudanas de mercado 7,2 6,8 0,4

    Engenheiros de modo geral 7,2 6,9 0,3

    Base terica (matemtica, cincias, engenharia) 7,2 7,0 0,2

    Adaptar-se s demandas especficas das empresas 7,1 6,8 0,3

    Cursos de Enhenharia 7,0 6,8 0,2

    Formao de engenheiros 6,9 6,8 0,1

    Quando se trata do elemento cada vez mais crtico da inovao, o quadro abaixo mostra que, no Brasil, os engenheiros so considerados adequados apenas na adaptao da inovao, ficando um pouco abaixo no conhecimento e na implantao e significativamente abaixo na gerao de inovao.

    Avaliao mdia dos engenheiros brasileiros nos seguintes aspectos:

    6,2

    6,6

    6,9

    7,1

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Gerao deinovao

    Implantao deinovao

    Conhecimentodas inovaes

    Adaptao deinovao

    O grau de atualizao das escolas de engenharia do Brasil fica abaixo da mdia. As respostas s perguntas sobre o que poderia ser feito para melhorar o ensino de engenharia no Brasil indicam que, no Brasil, a universidade pouco participante no processo de gerao de inovao e tem dificuldades para acompanhar a indstria. O grfico abaixo mostra que mesmo as melhores escolas no recebem uma nota muito alta no aspecto da atualizao. Isso ajuda a explicar, em boa parte, a

  • percepo da performance apenas mediana dos engenheiros brasileiros quando a questo a inovao.

    Com relao s necessidades tcnicas de engenharia, para a rea de atuao da empresa, qual o...

    6,6

    7,8

    5 6 7 8 9 10

    Grau deatualizao dos

    cursos deengenharia em

    geral

    Grau deatualizao das

    melhores escolasde engenharia do

    pas

    Como veremos no restante da avaliao da engenharia e dos cursos de engenharia do Brasil, h poucas fugas da mdia 7, ou seja do nvel adequado, porm sem brilho. Na comparao com pases de nvel de desenvolvimento econmico semelhante ao brasileiro h uma leve tendncia de achar que os cursos de engenharia do pas so melhores do que os dos outros pases: 30% acham que so muito ou um pouco melhores, contra 25% que os consideram um pouco ou muito piores.

  • Comparado com pases com grau de desenvolvimento tecnolgico e econmico equivalentes, o cursos de

    engenharia no Brasil, em geral, so:

    9%

    6%

    19%

    36%

    19%

    11%

    0% 10% 20% 30% 40%

    No sabe/No temopinio

    Muito piores

    Um pouco piores

    Iguais

    Um poucomelhores

    Muito melhores

    No quadro abaixo, essa ligeira vantagem em relao a outros pases semelhantes mantida quando se analisam aspectos mais detalhados. O que preocupa a viso de que os engenheiros novos que esto entrando no mercado estariam em patamares significativamente inferiores aos atuais, justificando a necessidade de perodos mais longos de treinamento e adaptao para se tornarem eficazes.

    Avaliao comparando com outros pases e com os novos engenheiros: (Nota Mdia)

    A B C D E F

    Aspectos engenheiros

    no Brasil

    Outros pases mesmo grau de desenvolviment

    o

    Avaliao dos engenheiros que esto entrando

    no mercado

    Saldo A - B

    Saldo A -C

    Empresas que oferecem esse tipo de complementao de

    formaoSolucionar os problemas no contexto das empresas 7,6 7,2 6,2 0,4 1,4 45%

    Aplicar as tcnicas de Engenharia adequadamente, se necessrias 7,5 7,1 6,3 0,4 1,2 41%

    Diagnosticar os problemas relacionados com Engenharia 7,4 7,1 6,2 0,4 1,2 40%Criar processos que satisfaam s necessidades das empresas 7,4 7,1 6,3 0,4 1,1 36%Liderana 7,4 7,1 5,9 0,3 1,4 41%Habilidade gerencial 7,4 7,1 5,9 0,3 1,5 42%Capacidade para gerenciar processos que satisfaam s necessidades das empresas

    7,4 7,0 6,1 0,4 1,2 40%

    Esprito empreendedor na atuao como engenheiro 7,3 7,0 6,4 0,2 0,9 30%Trabalhar com grupos multidisciplinares 7,3 7,0 6,4 0,3 0,9 40%

    Conhecimento em reas correlatas 7,0 6,9 6,0 0,2 1,1 27%Conscincia da responsabilidade tica da profisso 7,0 7,0 6,6 0,0 0,4 37%Comunicar-se de modo eficaz 6,9 6,8 6,0 0,0 0,9 33%Conceber projetos de pesquisa nas empresas 6,8 6,9 6,1 -0,1 0,7 24%

    Outra revelao do quadro acima que os prprios engenheiros atuais no tm itens de destaque, que se afastem significativamente da mdia 7. O ponto mais

  • mal avaliado o de concepo de projetos de pesquisa nas empresas, confirmando a fraqueza antes mencionada de gerao de inovaes.

    Outra forma de avaliao dos cursos foi a comparao com cursos semelhantes em pases com grau de desenvolvimento econmico similar ao brasileiro. Nessa comparao, as escolas brasileiras saram-se melhor do que as de outros pases. Em todos os ramos a posio mais mencionada foi a opo pela igualdade de qualidade. Tambm em todos os ramos, aqueles que tomaram algum partido escolheram os cursos brasileiros como melhores. As menores vantagens relativas (diferena entre os que acham as escolas brasileiras melhores e os que as acham piores) ficaram por conta dos pesquisadores (10 pontos), professores de engenharia (12 pontos) e engenharia da computao (13) pontos. As maiores vantagens ficaram com a agrissilvipecuria (36 pontos), engenharia de minas (24 pontos) e engenharia civil (22 pontos).

    Avaliao dos cursos nas seguintes reas, comparando com pases de grau de desenvolvimento semelhante:

    11%

    9%

    12%

    12%

    11%

    12%

    11%

    11%

    10%

    14%

    12%

    17%

    25%

    23%

    24%

    24%

    24%

    24%

    27%

    26%

    28%

    24%

    30%

    32%

    38%

    47%

    40%

    43%

    46%

    43%

    42%

    44%

    42%

    45%

    41%

    38%

    22%

    17%

    19%

    19%

    17%

    19%

    17%

    18%

    18%

    14%

    15%

    11%

    3%

    4%

    2%

    2%

    2%

    4%

    1%

    1%

    2%

    3%

    2%

    4%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    Pesquisadores

    Professores

    Engenheiros em computao

    Engenheiros mecnicos

    Engenheiros agrimensores e cartgrafos

    Engenheiros de produo, qualidade e segurana

    Engenheiros metalurgistas e de materiais

    Engenheiros qumicos

    Engenheiros eletricistas

    Engenheiros civis e afins

    Engenheiros de minas

    Engenheiros agrossilvipecurios

    Muito melhores Um pouco melhores Iguais Um pouco piores Muito piores

  • As escolas de engenharia e as empresas O principal ponto desta pesquisa era avaliar at que ponto as empresas esto ou no vendo atendidas suas demandas pelas escolas de engenharia no Brasil e o que poderia e deveria ser feito para melhorar a situao atual. Como primeiro passo, medimos a importncia que as empresas do capacidade ou habilidade dos engenheiros em relao a 10 itens relacionados ao dia-a-dia e ao futuro das empresas. A formulao exata apresentada aos entrevistados est no quadro abaixo. Nos grficos e tabelas, usamos formas abreviadas.

    Ao se avaliar estes aspectos, importante no s a ordem de importncia para a empresa, mas tambm a distncia entre essa importncia e a percepo de capacidade dos cursos de contemplar estes aspectos na formao de novos profissionais. Abaixo temos o percentual dos que atriburam importncia entre 7 e 10 a cada item e o percentual que atribuiu notas de 7 a 10 s escolas em termos de capacitar os alunos nesses itens. H um hiato (gap) evidente: Importncia Escolas Gap

  • Habilidade de trabalhar em equipe............................................................................ 94% 65% 29% Capacidade de absorver novos conhecimentos de forma autnoma.................... 93% 78% 15% Pleno domnio sobre conceitos como qualidade total e preservao ambiental. 92% 64% 28% Aptido para desenvolver solues originais e criativas......................................... 90% 65% 25% Percepo do que acontece no mercado de sua empresa e capacidade de......90% 64% 26% identificar novos problemas e encontrar solues Conhecimento de aspectos legais e normativos...........................................................88% 55% 33% Slido conhecimento nas reas bsicas.........................................................................86% 71% 15% Capacidade de conceber e operar sistemas complexos...........................................85% 69% 16% Esprito de pesquisa para acompanhar e contribuir com desenvolvimento.......... 82% 64% 18% Domnio de lnguas estrangeiras.................................................................................... 70% 48% 22%

  • Nota entre 7 e 10 para a importncia paraa empresa dos seguintes aspectos:

    70

    82

    85

    86

    88

    90

    90

    92

    93

    94

    48

    64

    69

    71

    55

    64

    65

    64

    78

    65

    30 40 50 60 70 80 90 100

    Domnio de lnguas estrangeiras

    Esprito de pesquisa

    Capacidade de conceber e operar sistemas complexos

    Slido conhecimento nas reas bsicas

    Conhecimento de aspectos legais e normativos

    Percepo do que acontece no mercado de sua empresa ecapacidade de identificar novos problemas e encontrar solues

    Aptido para desenvolver solues originais e criativas

    Pleno domnio sobre conceitos como qualidade total epreservao ambiental

    Capacidade de absorver novos conhecimentos de formaautnoma e independente

    Habilidade para trabalhar em equipe, coordenar gruposmultidisciplinares

    Importncia para empresa Nota para escolas

    Alm do tamanho dos hiatos entre importncia e avaliao dos engenheiros formados, interessante observar que o esprito de pesquisa est em penltimo lugar em termos de importncia para as empresas e est entre as cinco mais mal avaliadas para os cursos oferecidos pelas escolas.

    A existncia destes hiatos (gaps) leva as empresas a perceberem a necessidade de fornecer complementao da formao, tanto dos engenheiros que recm formados em geral como daqueles que contrataram recentemente: A maior necessidade de cursos de atualizao promovidos internamente (83%), seguidos de cursos e simpsios oferecidos por empresas especializadas ou escolas (67%) e cursos e simpsios oferecidos pela prpria empresa (65%). Num patamar um pouco abaixo vm cursos de idiomas (56%) e cursos de ps-graduao ou especializao (49%), ambos demandando mais investimento e tempo disponvel por parte do empregado. Em ltimo lugar vm cursos ou treinamento no exterior (16%).

  • Necessidade dos seguintes itens de complementao para os recm-formados:

    16%

    49%

    56%

    65%

    67%

    83%

    51%

    36%

    32%

    30%

    29%

    15%

    20%

    12%

    8%

    4%

    3%

    1%

    13%

    3%

    3%

    1%

    1%

    1%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    Cursos no exterior

    Cursos de ps-graduao eespecializao

    Cursos de idiomas

    Cursos e simpsios oferecidospela empresa

    Cursos e simpsios oferecidospor outras empresas ouinstituies de ensino

    Treinamentos promovidosinternamente para atualizao

    Muito necessrio Um pouco necessrio Um pouco desnecessrio Muito desnecessrio

    As reas especficas em que as empresas sentem maior necessidade de complementao de formao so as de contato com clientes (80%) e conhecimento das necessidades do mercado (75%), demonstrando que o engenheiro acaba ficando isolado do mundo externo no qual sua empresa atua. As demais complementaes requeridas so tradicionalmente oferecidas por cursos de Administrao de Empresas, mostrando que o mercado valorizaria mais um engenheiro com formao gerencial mais ampla, que entenda os problemas das demais reas das empresas.

  • Para os engenheiros recm-formados,a complementao da formao nos seguintes setores ...

    32%

    42%

    47%

    49%

    56%

    75%

    80%

    46%

    44%

    43%

    40%

    37%

    22%

    16%

    15%

    10%

    7%

    7%

    5%

    2%

    3%

    4%

    3%

    4%

    2%

    1%

    1%

    7% 1%

    1%

    0%

    0%

    1%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    Marketing

    Recursos Humanos

    Financeiro

    Comercial

    sistemas

    Conhecimento dasnecessidades do mercado

    Relacionamento com os clientes

    Muito necessrio Um pouco necessrio Um pouco desnecessrio Muito desnecessrio No sabe/No respondeu

  • Como parte da pesquisa, solicitamos que os entrevistados escolhessem as trs reas de engenharia que consideravam mais importantes para elas e que, dentro de cada uma dessas reas escolhessem as melhores escolas. Para estas melhores escolas foi solicitado que dessem uma nota pela atualizao e uma nota geral pela qualidade da formao. Desta forma, as notas s foram atribudas por pessoas com interesse na rea especfica. Verifica-se que as notas de qualidade de formao dessas melhores escolas apresentam grande uniformidade (entre 8,4 e 8,1), ficando com notas abaixo de 8 apenas a arquitetura (7,9), engenharia de produo (7,6) e dos cartgrafos e agrimensores (6,8). Embora as notas gerais tenham sido altas, ainda h a percepo de um menor grau de atualizao. Em todos os ramos a nota para o grau de atualizao foi inferior nota de qualidade geral.

    Qual o grau de atualizao dos cursos e a nota geral que daria s melhores escolas de

    engenharia nas seguintes reas... (Nota Mdia)

    7,2

    7,6

    7,3

    7,4

    7,9

    7,5

    7,3

    7,4

    7,5

    7,2

    7,5

    7,5

    6,8

    7,5

    7,9

    8,1

    8,1

    8,2

    8,3

    8,3

    8,3

    8,4

    8,4

    8,4

    5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

    Engenheiros agrimensores e engenheiros cartgrafos

    Engenheiros de produo, qualidade e segurana

    Professores de arquitetura, engenharia etc.

    Engenheiros qumicos

    Engenheiros em computao

    Engenheiros mecnicos

    Engenheiros civis

    Engenheiros de minas

    Engenheiros metalurgistas e de materiais

    Pesquisadores de engenharia e tecnologia

    Engenheiros eletricistas, eletrnicos

    Engenheiros agrossilvipecurios

    Atualizao Nota das melhores escolas

    Como visto at aqui, as empresas se vem como parte integrante do processo de formao do engenheiro para a prtica profissional, comeando com visitas s fbricas, estgios e programas de trainees. Mesmo depois de contratados, os engenheiros ainda requerem um treinamento adicional para adequao aos processos e produtos especficos das empresas. Desta maneira, a escola e a empresa se complementam. Muitos dos entrevistados acham que uma das

  • solues para melhoria do processo educacional e da engenharia seria uma aproximao ainda maior entre escola e empresas, atravs de projetos de pesquisa e desenvolvimento conjuntos. Para verificar at que ponto vai essa integrao da empresa na formao do engenheiro, pelo ponto de vista das empresas, pedimos que os entrevistados estimassem o quanto do desenvolvimento dos engenheiros que eles empregam foi feito na empresa e quanto foi feito na escola. Para isso foram selecionados 13 aspectos e solicitado que dissessem qual o percentual de contribuio da escola e da empresa. Os resultados esto nos dois grficos da pgina seguinte. Na mdia dos 13 itens, a empresa entraria com 47% do desenvolvimento e a escola com os 53% restantes, numa diviso quase que igual de contribuio. Como no possvel medir-se objetivamente essas contribuies, os nmeros podem ser interpretados como um indicador do quanto a escola est afastada das exigncias e do conhecimento total necessrio para um engenheiro funcionar plenamente no ambiente de trabalho real, pela tica das empresas.

    Onde os engenheiros da empresa desenvolveram os seguintes aspectos...

    Na formao Na empresa

    53%

    53%

    53%

    56%

    57%

    63%

    47%

    47%

    47%

    44%

    43%

    37%

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Capacidade de trabalhar com grupos multidisciplinares

    Capacidade para diagnosticar os problemasrelacionados com engenharia

    Comunicar-se de modo eficaz

    Capacidade para conceber projetos de pesquisa nasempresas

    Capacidade para aplicar as tcnicas de engenhariaadequadamente, se necessrias

    Conscincia da responsabilidade tica da profisso

    Embora as diferenas sejam pequenas em todos os itens, a leitura geral que a escola deixa o aluno potencialmente preparado, com o conhecimento bsico, mas

  • a efetivao desse potencial em resultados vem com a atuao dentro da empresa, principalmente nos aspectos gerenciais.

    Onde os engenheiros da empresa desenvolveram os seguintes aspectos...

    Na formao Na empresa

    53%

    53%

    53%

    56%

    57%

    63%

    47%

    47%

    47%

    44%

    43%

    37%

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Capacidade de trabalhar com grupos multidisciplinares

    Capacidade para diagnosticar os problemasrelacionados com engenharia

    Comunicar-se de modo eficaz

    Capacidade para conceber projetos de pesquisa nasempresas

    Capacidade para aplicar as tcnicas de engenhariaadequadamente, se necessrias

    Conscincia da responsabilidade tica da profisso

  • Quando questionadas sobre a existncia de sistemas formais de complementao de formao, cursos ou treinamento especfico para cada um dos aspectos mencionados, a oferta declarada fica um pouco abaixo do grau de contribuio estimado acima. Embora no geral as diferenas entre a contribuio estimada e os cursos ou treinamento oferecidos sejam pequenas, chama a ateno a baixa preocupao com a concepo de projetos de pesquisa (24%) e conhecimento de reas correlatas (27%). Com exceo desses dois aspectos, as empresas realmente parecem empenhadas em investir na formao de seus profissionais complementarmente ao ensino das escolas.

    A correo de rumos, aspectos crticos e sugestes A pesquisa revelou uma distncia significante entre o que as escolas ensinam e aquilo que o mercado demanda. A principal queixa, a falta de prtica profissional, parcialmente resolvida pelo esquema de estgios e programas de trainees, mas mesmo assim as empresas alegam que precisam fazer uma contribuio substantiva sob a forma de treinamento na empresa, cursos fora e tempo de adaptao do engenheiro aos processos produtos especficos da empresa. Para ajudar no diagnstico, de modo a permitir que sejam feitas as correes necessrias, pediu-se ao entrevistados que apontassem, espontaneamente, quais

  • seriam os pontos crticos do ensino a serem corrigidos para atender melhor as demandas das empresas e do mercado. As respostas dadas pelos entrevistados foram anotadas na ntegra e depois organizadas em diferentes categorias e esto nas duas pginas seguintes.

  • A presena de empresas de uma grande variedade de ramos de atividade e de diferentes portes faz com que os aspectos crticos paream, ocasionalmente, contraditrios. Na realidade, eles apenas representam a diversidade das situaes e passam por alguns eixos principais:

    Um ensino mais prtico, em que um embasamento terico firme no impea que a aplicao prtica da teoria seja aprofundada e se aproxime mais das condies utilizando instrumentos similares aos que existem no mercado.

    A construo de uma base terica slida que permita ao engenheiro inovar e criar solues para novos problemas quando sair da escola. Prtica sem entendimento da teoria no a soluo esperada, principalmente se as empresas quiserem entrar no mercado de gerao de inovao. Uma base terica slida ajudaria tambm a diagnosticar as causas de problemas bem como criar as solues necessrias.

    A oferta de cursos de especializao de foco restrito porm em profundidade para reas de interesse especfico das empresas (com a sugesto de parcerias com as prprias empresas para aproximar o ensino o mximo possvel da prtica).

    Na direo quase oposta, h a demanda de uma viso ampla da engenharia e das reas de interesse dos alunos e empresas, de modo a estabelecer todas as relaes possveis com outras reas da prpria engenharia e com outras disciplinas.

    Evitar a preocupao s com os aspectos tcnicos, colocando mais nfase no trabalho em equipe, na capacidade de liderana e de gerenciamento de equipes e projetos complexos: estimular a iniciativa prpria no lugar da reatividade.

    Aumentar as chances de exposio do aluno a situaes prximas das reais, por meio de visitas a empresas, trabalhos supervisionados dentro das empresas, investimento em equipamentos e laboratrios que permitam a melhor simulao possvel do mundo real.

    Complementar o ensino com disciplinas da rea de administrao de empresas: recursos humanos, finanas, oramentos e custos, aspectos legais e regulamentao, vendas e marketing.

  • Aspectos crticos do ensino de engenharia que precisariam ser corrigidos para atender as

    demandas das empresas (1)

    MELHORAR OUTRAS HABILIDADES PROFISSIONAIS (26%)

    FALHAS DO ENSINO (55%)

    FRAQUEZA EM CONHECIMENTOS GERAIS (35%)

    Ensino muito terico, sem aplicao prtica (33), Baixo compromisso das escolas com qualidade do ensino (11), Fata de integrao do que ensinado nas escolas com a realidade do mercado (8), Engenheiros formados no tm base terica (8), Falta de cursos de liderana e desenvolvimento pessoal (5), Falta de preocupao com tica e comportamento social (5), Falta de especializao mais profunda (4), Ensino tecnologicamente defasado (3), Preocupao excessiva somente com aspectos tcnicos (2)

    Habilidades administrativas fracas (13), Mais nfase em como se relacionar e trabalhar com pessoas (9), Mais lnguas: Ingls, Espanhol, Japons (8), Aumentar conhecimento e conscincia ambiental (5), Cursos sobre aspectos legais e regulamentao 4), Cursos em finanas e anlise de custos (4)

    Melhorar trabalho em equipe, lidar com pessoas (9), Profissionais com pouca experincia (6), Aumentar capacidade de identificao e soluo de problemas (5), Melhorar gerenciamento de projetos (5), Aumentar conhecimento na rea de atuao especfica da empresa (3)

    Falta de trabalho em campo durante curso, visitas a empresas, programas de trainees (18), Falta de laboratrios para experincia prtica (2),

    MAIS PROGRAMAS DE TRAINEE E LABORATRIOS (15%)

    Aspectos crticos do ensino de engenharia que precisariam ser corrigidos para atender as

    demandas das empresas (2)

    MELHORAR CORPO DOCENTE (2%)programas conjuntos de pesquisa e para trainees (6)

    TECNOLOGIA E COMPUTAO (11%)

    MAIS CURSOS DE ESPECIALIZAO APROFUNDADA (8%)

    MAIS ATENO S NECESSIDADES DO MERCADO (8%)

    MAIS PARCERIAS ENTRE ESCOLAS E EMPRESAS (6%)

    Professores mais qualificados (1), Professores no tm experincia prtica (1)

    Aumentar infomao sobre inovaes tecnolgicas (6), Aumentar cursos sobre sistemas de informao e habilidade no uso de pacootes de software e sistemas (3)

    Falta de especializao em reas como segurana no trabalho, polticas pblicas, administrao da produo, indstria do petrleo, etc. (8)

    Ensino acadmico distante das necessidaes do mercado, falta orientao para o mercado (8)

    As sugestes para melhorias apresentam solues para eliminar os pontos crticos atuais. Ao fazer isto, colocam as prprias empresas como parte da soluo, recomendando uma aproximao delas com os estudantes e com as

  • escolas. Isso no significa que elas estejam falando em bancar os investimentos necessrios; ainda cobram das escolas e do governo mais investimento em laboratrios e equipamentos que atualizem as escolas.

    Sugestes para melhoria dos cursos de engenharia (1)

    MELHORAR CORPO DOCENTE (7%) 7

    Rever e mudar lista de cursos oferecidos (5),Melhorar a qualidade do ensino nas escolas(4), Aumentar o escopo e viso geral da engenharia (2)

    LEVAR EM CONTA NECESSIDADES DO MERCADO (12%)

    Professores mais qualificados (4), Professores com conhecimento prtico / Vivencia prtica (2), Professores mais atualizados / No ficar restrito ao meio acadmico (2), Melhorar a remunerao de professores (1)

    Ensino orientado para necessidades do mercado (5), Dar aos estudantes a oportunidade de compara a teoria com as prticas do mercado (5), Desenvolver projeto e pesquisas voltadas para as prticas do mercado (2)

    MAIS LABORATRIOS, TRABALHO DE CAMPO, ESTGIOS E TRAINEES (31%)

    INCLUIR CURSOS NOVOS NO CURRCULO (30%)

    PROGRAMAS DE INTERCMBIO E PARCERIA COM EMPRESAS (21%)

    MUDANAS NO SISTEMA EDUCACIONAL (16%)

    Mais trabalho prtico, tempo de trabalho no campo, tempo em laboratrio (23), Mais estgios e treinamento em empresas deveriam ser exigidos (7), Pouca disponibilidade de estgios (6), Baixa qualidade de superviso dos estgios (3)

    Relaes humanas (10), Administrao de empresas(5), Administrao de projetos (5), Lnguas estrangeiras, incluindo vocabulrio tcnico (4), Responsabilidade ambiental (3), Cursos em sofwares atualizados (3), Aspectos legais e regulamentao (3) Finanas e anlise custos (3)

    Intercmbio, parcerias, palestras e parcerias de pesquisa com empresas(20)

    O mais importante que apontam um caminho de integrao maior, de interao mais prxima das escolas com as empresas como uma das sadas mais viveis. No h um detalhamento ou aprofundamento de como isso seria feito, mas alguns caminhos so apontados:

    Projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento, atendendo a mercados e necessidades concretas das empresas.

    Cursos de especializao desenhados de acordo com demandas especficas das empresas e apoio destas para sua implantao.

    Melhoria e expanso dos programas de estgios e trainees, com superviso que assegure melhor qualidade.

    Apoio qualificao e atualizao de professores atravs de contato com o dia-a-dia com as empresas relacionadas a suas disciplinas.

    Flexibilizao de horrios de estudo para permitir trabalho junto com a escola.

    Estas sugestes no atingem percentuais altos, mas sugerem, no conjunto, que a reviso do ensino pode ser mais profcua se for estabelecido um dilogo mais aprofundado com as empresas, procurando formas de integrao que satisfaam os dois lados com o menor custo possvel.

  • Sugestes para melhoria dos

    cursos de engenharia(2)

    Mais tempo na sla de aula (3), Exigir mais horas de estgio (1),Aumentar o nmero de anos para se formar (1), Flexibilidade de horrio para o estudante poder trabalhar

    A escola deve dar ao aluno uma viso ampla de sua rea de interesse (6),Pesquisa e desenvolvimento de produtos em sua rea de interesse(1)

    LEVAR EM CONTA REA EM QUE ESTUDANTES VO TRABALHAR (7%)

    CARGA HORRIA (6%)

    Ministrio da Educao e CREA deveriam desenvolver um exame padro a ser aplicado aos estudantes antes lhes dar a licena para exerccio da profisso(6)

    Governo deveria investir mais no ensino, equipamentos, laboratrios (2), Escolas deveriam investir mais em pesquisas e laboratrios (2)

    Aumentar quantidade e variedade de cursos de especializao (4)

    CREA deveria aumentar fiscalizao da qualidade do ensino nas escolas (3)

    CREA deveria promover mais palestras e seminrios n as escolas(4)

    AUMENTAR CONTROLE DA QUALIDADE DO ENSINO (3%)

    EXAMES DE QUALIFICAO APS TRMINO DO CURSO-6%

    INVESTIR MAIS NAS ESCOLAS (4%)

    CURSOS DE ESPECIALIZAO (4%)

    ATUAAO DO CREA (4%)

  • A questo dos tecnlogos

    A indstria brasileira vem enfrentando o problema de mo-de-obra qualificada para postos intermedirios, de chefia e superviso algo como os antigos mestres das diversas reas com um nvel de formao e atualizao adequado. A resposta do sistema educacional veio atravs das escolas tcnicas e da formao de tecnlogos, com um perfil mais focado para atividades especficas e tempo de formao mais curto. Do ponto de vista do mercado contratante tambm acabou sendo uma soluo de custo mais razovel. Do total das empresas entrevistadas 39% disseram j ter contratado tecnlogos. Na mdia, so 7,5 tecnlogos por empresa, em comparao com os 12,7 engenheiros por empresa, um nmero significativo para uma categoria profissional em comeo de massificao.

    Contratao de tecnlogos pelas empresas:

    39%

    61%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

    Sim

    No

  • Quantidade de tecnlogos empregados:

    21%

    2%

    0%

    1%

    2%

    5%

    11%

    58%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

    No sabe

    Mais de 50 tecnlogos

    De 41 a 50 tecnlogos

    De 31 a 40 tecnlogos

    De 21 a 30 tecnlogos

    De 11 a 20 tecnlogos

    De 6 a 10 tecnlogos

    At 5 tecnlogos

    Mdia: 7,5

    BASE: 39% (Contrata tecnlogos) A necessidade dessa mo de obra confirmada pela concentrao da contratao pelos setores em expanso mais acelerada, como mostra o grfico abaixo. Com um tempo de formao mais curto, esse setor do ensino pode adaptar-se mais rapidamente demanda do que o ensino superior tradicional, mais moroso e controlado na criao de vagas. O tempo de formao mais curto do tecnlogo tambm permite, segundo parte dos entrevistados, que ele esteja mais atualizado ao se formar.

  • Quantidade de tecnlogos empregados nas seguintes reas:

    5%

    11%

    11%

    13%

    23%

    26%

    99%

    96%

    94%

    84%

    87%

    83%

    74%

    70%

    1%

    3%

    1%

    1%

    1%

    1%

    1%

    1%

    2%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    Turismo e Hospitalidade - Lazer e desenvolvimento social

    Artes - Comunicao- Design

    Comrcio- Gesto

    Agropecuria - Recursos Pesqueiros

    Meio Ambiente - Tecnologia da Sade

    Indstria - Qumica - Minerao

    Informtica - Telecomunicaes

    Construo Civil - Geomtica - Transportes

    De 1 a 5 De 6 a 10 De 11 a 15 Mais de 15 Nenhum

    BASE: 39% (Contrata tecnlogos) At o momento, a qualidade dos tecnlogos formado parece estar satisfazendo o mercado, que lhes d uma mdia de 7,1, com 70% dos que fizeram a avaliao atribuindo-lhes notas entre 7 e 10.

    Nota para a formao dos tecnlogos:

    1%

    16%

    3%

    9%

    25%

    22%

    12%

    7%

    2%

    1%

    1%

    0%

    0%

    0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

    No respondeu

    No sabe

    Nota Dez

    Nota Nove

    Nota Oito

    Nota Sete

    Nota Seis

    Nota Cinco

    Nota Quatro

    Nota Trs

    Nota Dois

    Nota Um

    Nota Zero

    Mdia: 7,1

  • As reas em que os tecnlogos vm obtendo maior reconhecimento so a mecnica, a informtica e reas relacionadas construo civil (setor de grande expanso recente).

    reas da formao dos tecnlogos que se destacam positivamente:

    1%1%1%1%2%2%2%2%2%2%2%2%

    4%4%

    6%7%

    9%

    0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

    P ro duo

    P ro cessamento D e D ado s

    M etalrgica

    A mbiental

    Qu mica

    T eleco munica es

    A gro pecuria

    A gr co la

    Eletro tecnia

    C o ncreto A rmado

    M ecatr nica

    Eletr nica

    T cnico D e Edif ica es

    Eltrica

    Info rmtica

    C ivil/ C o nstruo civ il

    M ecnica

    1 de 2 Com o sucesso em termos de qualidade de formao e agilidade no atendimento das demandas do mercado, a predisposio de aumento de contrataes um pouco mais alta do que para a contratao de novos engenheiros (65% contra 62% dos engenheiros). Dos entrevistados, 22% disseram que a contratao de engenheiros vai aumentar muito, enquanto 34% dizem o mesmo para os tecnlogos.

    A contratao de tecnlogos vai:

    10%

    6%

    5%

    13%

    31%

    34%

    0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

    No sabe/ no respondeu

    Diminuir muito

    Diminuir um pouco

    Ficar igual

    Aumentar um pouco

    Aumentar muito

  • As razes apontadas como principais vantagens da contratao de tecnlogos so uma combinao de foco, especializao e prtica aliadas a um custo adequado e maior flexibilidade de uso no dia-a-dia das empresas conforme suas necessidades de momento (em comparao com os engenheiros). Seu tempo de adaptao empresa tambm tende a ser mais curto, resultando em maior produtividade mais rapidamente (o que natural dado o maior foco de sua atuao em tarefas mais especficas em comparao com o engenheiro). Parte dessa percepo resultado do fato de que o tecnlogo est mais envolvido em tarefas de produo, com resultados mensurveis, ao passo que o engenheiro tem mais tarefas de formulao, com resultados de mensurao mais difcil. Por outro lado, uma mo de obra que tem menor potencial de crescimento e desenvolvimento futuro, servindo como base de apoio aos engenheiros, porm com menor grau de responsabilizao do que a que pode ser cobrada destes e com restries a reas s vezes especficas demais.

    Principais VANTAGENS da contrataode tecnlogos

    Adaptao mais rpida ao trabalho (5) Maior potencial de crescimento, desenvolve-se mais rpido (4), Empresa pode encaminhar em maior nnero de direes conforme demanda, maior flexibilidade para utilizao em variedade de funes (5)

    base educacional (7%)

    NO TEM VANTAGENS (9%)NO SABE (14%)

    Boa base educacional (3), Mais atualizado, j que o tempo de formao mais curto(3), Cursos mais orientados para o mercado (1)

    CONHECIMENTOS E EXPERINCIA (38%)

    BOM CUSTO-BENEFCIO (38%)

    MAIOR PRODUTIVIDADE (15%)

    ASPECTOS PROFISSIONAIS (13%)

    Mais especializados, melhor focados em uma s rea (15), Profissionais com melhores habilidades e experincia prtica (12), Boa base tcnica e de conhecimentos (11)

    Mo-de-obra mais barata, melhor relao custo-benefcio (37), Mais fcil de achar no mercado (1)

    Maior produtividade, comea a produzir nais rpido do que engenheiros recm-formados (6), Mais receptivo a trabalho prtico, pesado(4), Necessrio para auxiliar engenheiros (4),

  • Principais DESVANTAGENS da contrataode tecnlogos

    NENHUMA DESVANTAGEM (39%)NO SABE (18%)

    FALTA DE CONHECIMENTOS E EXPERINCIA (30%)

    RELAO CUSTO-BENEFCIO (3%)

    ASPECTOS PROFISSIONAIS (17%)

    PRODUTIVIDADE (2%)No consegue desenvolver projetos mais complexos(1) No tem capacidade de desenvolvimento (1)

    Falta de base, conhecimento mais restrito, ensino mais fraco (33), Pouca experincia profissional (2)

    Menor capacidade de se responsabilizar pelo trabalho (8), Restrito a reas muito especficas (5), Menos qualificados do que engenheiros (2), Limitao de crescimento, evoluo dentro da empresa (1)

    Necessidade de gastos com especializao (2), Custo benefcio baixo (1)