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VIVÊNCIAS DE INTERCÂMBIO NA UNIVERSIDADE DA CAROLINA DO SUL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Anderson Souza Rocha¹ ¹Graduando do curso de Engenharia de Computação da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS Feira de Santana, Ba Tel. (75) 91257325 E- mail: [email protected] om Resumo. A mobilidade acadêmica tem ganhando cada vez mais espaço como parte complementar na formação acadêmica, cultural, e pessoal de estudantes de ensino superior, possibilitando aos mesmos a troca de conhecimentos e experiências que transcendem o meio acadêmico. Este trabalho objetiva relatar as experiências vividas pelo autor durante o intercâmbio realizado nos Estados Unidos pelo programa Ciência sem Fronteiras no período de 2014/2015 e discutir como essa experiência favoreceu ao crescimento não somente profissional, mas também pessoal e cultural do estudante. Essa experiência propiciou ao estudante não somente o aprendizado de conhecimentos relacionados ao seu campo de estudo durante a vivência em uma universidade estrangeira, mas também uma profunda imersão em uma diversidade cultural através do estudo da língua inglesa, e também da interação com estudantes intercambistas de diversos outros países presentes no mesmo curso. O programa ainda propiciou ao estudante a oportunidade de participar e vivenciar o desenvolvimento de um projeto de pesquisa em outro país, ampliando a visão do estudante acerca de como a pesquisa é desenvolvida em um país polo em tecnologia. Ao final do processo o estudante observou que o valor dessa experiência não se restringiu somente a vida profissional, mas também na vida pessoal estabelecendo laços entre pessoas que transcendem as fronteiras geográficas, por exemplo. Palavras-chave: mobilidade acadêmica, internacionalização, educação superior

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VIVNCIAS DE INTERCMBIO NA UNIVERSIDADE DACAROLINA DO SUL: UM RELATO DE EXPERINCIAAnderson Souza RochaGraduando do curso de Engenharia de Computao da Universidade Estadual de Feira de Santana -UEFS Feira de Santana !a"el# $%&' ()*&%+*& E-mail,andersonecomp-().gmail#comResumo. A mo/ilidade acad0mica tem ganhando cada vez mais espao como partecomplementar na 1ormao acad0mica cultural e pessoal de estudantes de ensino superiorpossi/ilitando aos mesmos a troca de conhecimentos e e2peri0ncias 3ue transcendem omeio acad0mico# Este tra/alho o/4etiva relatar as e2peri0ncias vividas pelo autor durante ointerc5m/io realizado nos Estados Unidos pelo programa Ci0ncia sem Fronteiras noper6odo de *-)78*-)& e discutir como essa e2peri0ncia 1avoreceu ao crescimento nosomente pro1issional mas tam/9m pessoal e cultural do estudante# Essa e2peri0nciapropiciou ao estudante no somente o aprendizado de conhecimentos relacionados ao seucampo de estudo durante a viv0ncia em uma universidade estrangeira mas tam/9m umapro1unda imerso em uma diversidade cultural atrav9s do estudo da l6ngua inglesa etam/9m da interao com estudantes intercam/istas de diversos outros pa6ses presentes nomesmo curso# : programa ainda propiciou ao estudante a oportunidade de participar evivenciar o desenvolvimento de um pro4eto de pes3uisa em outro pa6s ampliando a visodo estudante acerca de como a pes3uisa 9 desenvolvida em um pa6s polo em tecnologia# Ao1inal do processo o estudante o/servou 3ue o valor dessa e2peri0ncia no se restringiusomente a vida pro1issional mas tam/9m na vida pessoal esta/elecendo laos entre pessoas3ue transcendem as 1ronteiras geogr;1icas por e2emplo# Palavras!"ave: mo/ilidade acad0mica internacionalizao educao superiorINTRODU#$O: processo de glo/alizao tem sido respons;vel por mudanas em diversos aspectosda sociedade no se restringindo somente a mudanas comportamentais pol6ticas ousocioecongico $principalmente comunicao e transporte' tem sido o/servado3ue o Estado-=ao tem perdido seu dom6nio territorial e 3ue de acordo com ?anni $*-))' assuas 1ronteiras territoriais tem se tornado cada vez mais suscet6veis @ dom6nio estrangeiroonde setores como educao e pol6ticas econgicoeaumentar competitividade do Estado em um mercado cada vez mais glo/alizado $:liveiraCastro *-)+'# =esseconte2toesseprocessodeinternacionalizaosetornapr>priodaeducao de n6vel superior uma vez 3ue ela 9 a principal respons;vel pelo desenvolvimentotecnol>gico de um pa6s pois est; intimamente ligado @ pes3uisa e produo de conhecimento#Bessa maneira o processo de internacionalizao da educao tem sido 1ocado na tentativa depossi/ilitar 3ueestudantes einstituiAes educacionais o/tenhamacessoaoconhecimentoproduzido e disseminado mundialmente visando permitir 3ue principalmente pa6ses emdesenvolvimentose ade3uemaos re3uerimentos e din5mica impostos pela glo/alizao$:liveira e Castro *-)+'# Cisandopromover ointerc5m/iode conhecimentoe culturadiversos pa6ses t0m adotado a mo/ilidade acad0mica como meio para possi/ilitar essa troca#Como conse3u0ncia direta dos 1atores citados anteriormente programas comoERASDUS Ci0ncia sem Fronteiras dentre outros so e2emplos de programas de mo/ilidadeacad0mica desenvolvidos por pa6ses desenvolvidos e emdesenvolvimento o/4etivandopromover a internacionalizao educacional atrav9s do 1inanciamento de interc5m/ioacad0mico para alunos de ensino superior# =o !rasil o Ci0ncia sem 1ronteiras tem sido umdos maiores programas de mo/ilidade acad0mica 4; promovidos pelo governo 1ederal cu4oprincipal o/4etivo9possi/ilitaraosalunosdeensinosuperior estudaremparcialmenteouintegralmente seu programa de graduao e8ou p>s-graduao em outros pa6ses promovendoassima e2panso da internacionalizao cient61ica e tecnol>gica da inovao e dacompetitividade /rasileira#=este tra/alho 9 apresentada as e2peri0ncias vividas pelo autor durante o intercam/iorealizado na cidade de Colum/ia Carolina do Sul nos Estados Unidos pelo programa Ci0nciasem Fronteiras no per6odo de *-)78*-)& al9m de discutir o impacto no somente pessoalmas tam/9m cultural proveniente dessa e2peri0ncia#RESULTADOS E DISCUSS$OAs atividades no e2terior 1oram iniciadas em maro de *-)7 na University of SouthCarolina $USC' em Colum/ia South Carolina 3uando o autor dei2ou o !rasil para ingressaro1icialmenteemmo/ilidadeacad0micapeloprogramaCi0nciasem1ronteiras $CSF' emparceria coma Universidade Estadual de Feira de Santana $UEFS'# : cronogramainicialmentedeterminadopela CoordenadoriadeAper1eioamentode Eessoal doEnsinoSuperior $CAEES F 1omentadora do programa CSF' estipulava uma diviso do per6odo deintercam/io do estudante em duas partes, G meses de estudo da l6ngua inglesa em uma escoladeingl0sparainternacionais$EnglishErogram1or?nternationals-EE?'daUSC e)anodesenvolvendo atividades acad0micas na pr>pria universidade an1itri#: estudante iniciou seu interc5m/io ingressando no EE? o/4etivando aprimorar o seudom6nio da l6ngua inglesa uma vez 3ue a USC e2igia um m6nimo score de &&- no ":EFH$teste de pro1ici0ncia comum para 3uanti1icar o dom6nio da l6ngua inglesa de um estudante'como pr9-re3uisito para aceitao de estudantes internacionais em programas acad0micos# Eorser uma instituio cu4o 1oco era a preparao de estudantes para 1uturamente ingressar emprogramas de graduao e p>s-graduao da USC o EE? no somente preparou o autor parase comunicar e dominar a l6ngua inglesa mas tam/9m tra/alhou especi1icamentevoca/ul;rios e 1ormatao de tra/alhos acad0micos utilizando padrAes acad0micos dosEstados Unidos o 3ue au2iliou o autor a lidar com a rotina acad0mica americana e a adaptaoa um novo m9todo de ensino#Al9mdoensinodal6nguainglesa oEE?au2iliouaimersodoestudanteemumadiversidade cultural devido a umprinc6pio 3ue rege o ensino da l6ngua inglesa nestainstituio onde os pro1essores sempre primam pelo incentivo a interao entre estudantesdentro e 1ora da sala de aula como 1orma de aprendizado do idioma pela pr;tica do 1alar# Al9mdisso o EE? sempre /uscou tornar as salas de aula o mais diversas poss6veis $considerandoinclusive a1inidades lingu6sticas e culturais como crit9rio de alocao de estudantes'/uscando alocar o m6nimo poss6vel de pessoas de ummesmo pa6s nas mesmas salasprovocando assim um interc5m/io cultural com uma gama de di1erentes pessoas di1erentesorigens e n6veis de educaotornando o espao de sala de aula uma inter1ace cultural entreestudantes e impulsionando o desenvolvimento lingu6stico por se tratar a l6ngua inglesa comoInica 1orma de comunicao entre os mesmos#: EE? tam/9m promoveu o interc5m/io cultural no somente entre os estudantes daescola mas tam/9m com os estudantes da USC e at9 mesmo a comunidade e2terna atrav9s de1eiras amostras culturais e eventos organizados visando promover o interc5m/io cultural e aimersodoautor tam/9mnaculturaamericana# =esteaspecto taiseventospermitiramapr;tica da pronuncia da l6ngua inglesa /em como o aprimoramento do voca/ul;rio atrav9s docontato com americanos nativos o 3ue 1oi 1undamental para o aprimoramento da pronunciadurante a conversao e tam/9m o aprendizado e imerso na cultura americana#"ratando-se da imerso lingu6stica e cultural em Colum/ia apesar de se tratar de umacapital de estado elaem nadaseparececom as megal>poles/rasileiras assemelhando-semuitas vezes com uma cidade interiorana# Apesar de seu pe3ueno porte devido ao /ai2o custode vida e 3ualidade de ensino tanto do EE? 3uanto da USC esta cidade 9 um atrativo parainternacionais 3ue decidem ingressar em mo/ilidade acad0mica para os Estados Unidos# Eorser uma cidade hist>rica e um dos principais comandos sulistas durante a guerra de cessaoColum/ia propiciou contato intensivo com a hist>ria americana# Al9m disso devido ao poucocontatocomestrangeiros$secomparadoacidadesmaiorescomoDiami e=ovaJorK'oingl0s 1alado na regio no so1reu tanta in1lu0ncia estrangeira o 3ue au2iliou o estudante a1alar e se comunicar utilizando o ingl0s mais pr>2imo poss6vel do 1alado pelos nativos#A universidadean1itritam/9mau2iliounaadaptaodoestudante@universidadeatrav9s doprogramabuddy# !asicamente a USCo1erece cr9ditos e2tra para estudantesamericanos 3ueingressamnesseprograma cu4aresponsa/ilidade9nosomenteau2iliarestudantes estrangeiros no seu processo de adaptao @ vida acad0mica na universidade mastam/9mpromover encontros semanais onde o estudante pode conversar e continuarpraticando oingl0s# Eor outrolado a USCtam/9mpromove e d; suporte a diversasassociaAes e clu/es 3ue 1uncionam como espaos de integrao entre estudantes$internacionais ou no' com interesses comuns# Burante o per6odo acad0mico na USC o autoringressou em dois clu/es di1erentes um de vrio# Adicionalmente a USC o1erece um m9todo de ensino e um sistema educacionalum pouco di1erente do modelo tradicional /rasileiro notando a 1orma de avaliao do aluno3ue9realizadoatrav9snosomentedaaplicaodee2ameseaulase2positivas$modelocomum em universidades /rasileiras' mas tam/9m so consideradas como parte da nota doestudante todas as atividades e e2erc6cios resolvidos pelo estudante em seus estudos em casaestimulando assim a criao de uma rotina de estudo pelo mesmo o 3ue au2ilia na a/soro ecompreenso do conteIdo tra/alhado# Bessa 1orma essa e2peri0ncia trou2e uma novaperspectiva atrav9s de um novo processo educacional 3ue entende 3ue o aprendizado ocorreno somente durante as aulas e2positivas mas tam/9m atrav9s de toda atividade desenvolvidapelo estudante dentro e 1ora da sala de aula# "al modelo vem sendo aplicado parcialmente naUniversidade Estadual de Feira de Santana por alguns cursos como engenharia de computaopor e2emplo ondeametodologiadeaprendizado/aseadoempro/lemas4;9aplicadaere3uer do estudante o desenvolvimento de uma r6gida rotina de estudos para a resoluo dospro/lemas propostos pelos pro1essores# Entretanto a avaliao do estudante ainda continuasendorealizada principalmente so/re oproduto 1inal nocaso/aseada na soluodospro/lemas propostos en3uanto 3ue as atividades realizadas em casa pelos estudantes possuemmenor pesonanota1inal dos mesmos o3uemuitas vezes desestimulanosomenteosestudantesacontinuaremodesenvolvimentodeseuspro4etos mastam/9mdesencora4aa/usca por aprendizado de conceitos importantes para sua 1ormao 3ue so dei2ados de ladomuitas vezes por sa/erem 3ue o peso de sua nota 1inal no ser; /aseada no conhecimentoapreendidoduranteoprocessoderesoluodopro/lema mas simapenas produto1inalo/tido#Burante o semestre cursado na UniversitL o1 South Carolina o autor teve aoportunidade de cursar 3uatro disciplinas tr0s delas diretamente relacionadas com sua ;rea deestudo, ?ntroduo @ segurana de computadores Engenharia de Sistemas ComputacionaisSistemasEm/arcados eumdisciplinaindiretamenterelacionada, ?ntroduo@economia#Apesar dealgumas dessas disciplinas seremo1ertadas pelaUEFS$casodeeconomia esistemas em/arcados' as di1erenas de a/ordagem e conteIdo program;tico trou2eram umanova perspectiva para o autor acerca principalmente de como tais conhecimentos podem seraplicados em sua carreira# Al9m disso 9 importante ressaltar 3ue a in1raestrutura e materialencontrados principalmente nos la/orat>rios decomputaoda USCpropiciouaoautorduranteocursodadisciplinaSistemasEm/arcados odesenvolvimentodepro4etosmaiscomple2os assimcomooestudoeaplicaodeconteIdomaisavanadosempro/lemaspr;ticos dessa ;rea 1acilitando assim a ligao entre a teoria aprendida em sala e a aplicaodesse conhecimento em situaAes reais o 3ue muitas vezes 9 um dos maiores desa1ios paraestudantes de engenharia#Al9m docurso de disciplinasdurante umsemestreoautorteve aoportunidade detra/alharemumpro4etodepes3uisaorientadoporpes3uisadoresdauniversidadean1itridurante umper6odo de + meses# =este pro4eto de pes3uisa o autor tra/alhou nodesenvolvimento de uma rede neural capaz de reconhecer e localizar o/4etos em imagens# "alpro4eto ainda est; em 1ase inicial e visa o desenvolvimento de um prot>tipo 3ue 1uturamentepossa ser em/arcado em ro/