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LUIZ
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A GRAFICAO ARQUITETNICA
Sempre que possvel o desenho deve estar bem paginado, dentro de pranchas padronizadas com margens
e carimbo (selo) com as informaes necessrias. Deve estar limpo e sem rasuras. Conter traos
homogneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a compreenso dos elementos
desenhados. Textos com caracteres claros e bem dimensionados, que no gerem dvidas ou dupla
interpretao. Dimenses e demais indicaes que permitam a boa leitura e perfeita execuo da obra.
A base para a maior parte do desenho arquitetnico a linha, cuja essncia a continuidade. Em um
desenho constitudo somente de linhas, a informao arquitetnica transmitida (espao volumtrico;
definio dos elementos planos, cheios e vazios; profundidade) depende primordialmente das diferenas
discernveis no peso visual dos tipos de linhas usados.
AS LINHAS
As linhas so os principais elementos grficos do desenho arquitetnico. Alm de definirem o formato,
dimenses e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, escadas, etc., tambm informam
as caractersticas e dimenses de cada elemento projetado. Sendo assim, devero estar perfeitamente
representadas dentro do desenho.
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legveis (visveis) e devem possuir contraste
umas com as outras. Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma
gradao no traado em funo do plano onde se encontram. As linhas em primeiro plano (plano mais
prximo) sero sempre mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais planos visualizados
(mais afastados) sero menos intensas. Tambm se diferem as espessuras das linhas dos elementos
seccionados (transpassados pelos planos de corte) das linhas dos elementos em vista (que esto alm do
plano de corte), representandose com maiorintensidade visual os primeiros (elementos em seo) em
relao aos ltimos (elementos em vista).
Espessuras das linhas
As espessuras das linhas utilizadas no desenho arquitetnico podem ser classificadas em grossas, mdias
e finas. As espessuras variam conforme o uso (elemento representado) e a escala de representao.
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Trao forte: As linhas grossas e escuras so utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes, as
paredes e os elementos estruturais (pilares, vigas, lajes) interceptados pelo plano de corte.
Trao mdio: as linhas de espessura mdias, representam elementos em vista, ou seja, tudo que esteja
abaixo (planta baixa) ou a alm (cortes) do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobilirio, ressaltos no
piso, vos de aberturas, paredes em vista, etc. Tambm so utilizadas para representar elementos
seccionados de pequenas dimenses, tais como marcos e folhas de esquadrias.
Trao fino: as linhas finas so utilizadas principalmente para representar hachuras e texturas, tais como asque representam os elementos de concreto e madeiras, e as que representam os pisos e paredes
revestidas, por exemplo, com pedras e cermicas. Tambm so utilizadas para representar as linhas de
cotas e de chamadas.
* Linhas nas representaes das fachadas: nas representaes das fachadas (elevaes) de uma
edificao so utilizadas linhas de diversas espessuras, que, entre outros fatores, variam seu traado
conforme: a distncia relativa dos planos de fachadas ao observador; representarem contornos de planos
ou linhas internas; representarem vos ou elementos internos e externos a esses, etc.
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* comum observarse o uso de linhas tracejadas (4) na representao de elementos emprojeo, ao
invs da linha trao e dois pontos recomendada pela NBR 6492.
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A Escala
No desenho tradicional, a escala, seja ela absoluta, como nas projees ortogonais (tais como corte,
fachadas, plantas baixas) e nas axonometrias, ou relativa como nas perspectivas cnicas, um dado
fundamental da representao. A escala tem de ser previamente definida antes da representao, e sua
alterao, no meio ou no fim do processo, representa o redesenho de tudo que o que j foi representado.
No CAD a definio prvia da escala deixou de ser necessria. O projetista ou desenhista no trabalha
mais com medidas previamente escaladas. Representa os elementos da edificao atravs de suas
medidas reais, escolhendo para isto a unidade de representao, se metro ou centmetros, por exemplo.
Posteriormente o desenho pode ser impresso em mais de uma escala, bastando para isso apenas
configurar os parmetros de impresso.
Enquanto o desenho digital executado, ou seja, antes de sua impresso, a escala uma simples questo
de propores entre os elementos que vemos na tela. Aproximamos e afastamos os elementos do
desenho conforme a necessidade, alterando a escala visual, mas mantendo sua proporo e
principalmente a unidade de medida do desenho.
A rea Grfica ou de Desenho
Diferentemente do processo tradicional, onde o espao do desenho est limitado pelo tamanho da folha
de papel, no desenho digital rea grfica no possui um tamanho definido, e seus limites podem ser
configurados para qualquer tipo ou organizao de desenho. Este recurso possibilita o desenho de
objetos das mais diferentes dimenses no mesmo espao grfico. Desta forma o desenhista pode
representar um detalhe do edifcio, o prprio edifcio, a quadra aonde este se situa, o entorno desta
quadra, ou seja, objetos de diferentes escalas de medidas, em uma mesma rea ou espao de
desenvolvimento do modelo.
Outra caracterstica importante da rea ou espao de desenho e/ou modelagem , no caso dos
programas com suporte 3D, sua tridimensionalidade. Sendo o espao tridimensional, os objetos podem
ser representados no apenas atravs de suas projees em um nico plano de trabalho (plano de
desenho ou projeo), mas atravs de suas alturas, larguras e profundidades, utilizando-se um sistema
cartesiano triaxial de coordenadas.
O Desenho em Layers (camadas)
Os programas CAD possibilitam a organizao dos vrios elementos de um desenho de arquitetura em
distintas camadas (layer). Este recurso permite o agrupamento das geometrias de acordo com os
elementos do desenho que representam, ou seja, em temas. Assim, por exemplo, as linhas, arcos, crculos
e outros elementos geomtricos que representam as paredes de uma planta baixa, podem fazer parte de
uma nica camada, nomeada de forma a identificar os elementos do desenho que a compe (paredes ou
alvenarias).
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A organizao do desenho em camadas possibilita uma srie de operaes que facilitam sobremaneira o
processo de representao. Alm de facilitar o desenho, a sobreposio de camadas (que podem a
qualquer momento ser ligadas ou desligadas, bloqueadas e desbloqueadas) permite representarse sobre
uma mesma base, como a planta baixa de uma edificao, diversos temas referentes a esta edificao.
Assim, por exemplo, podese sobreporinformaes dos diversos projetos complementares, verificandose
as compatibilidades e os reflexos de uns sobre os outros.
A cada camada criada pode ser atribuda uma cor diferente e, os elementos nela desenhados, por
configurao padro, recebero a cor escolhida. O uso de cores diversas possui mais de uma utilidade: em
primeiro lugar permite identificar visualmente na tela do computador os elementos pertencentes
determinada camada ou determinada categoria de informao e, em segundo, possibilita, nos programas
que se utilizam do estilo de impresso baseado na cor (Colordependent plot style), diferenciar
previamente as espessuras de impresso dos elementos.
Cabe ao desenhista e/ou projetista, estabelecer uma metodologia prpria, ou de preferncia utilizar um
sistema padronizado para criar, nomear e atribuir cores as camadas de seus desenhos, de forma a tornar
possvel a integrao entre seus diversos trabalhos e a troca de informao e integrao com outros
profissionais que porventura interajam com o desenho/projeto da edificao.
A busca por uma padronizao nos desenhos e projetos digitais de arquitetura, que permita a
intercambialidade na informao entre profissionais e projetos, j gerou, no Brasil, diversas discusses,
estudos, e trabalhos. O mais significativo deles o da AsBEA (Associao Brasileira de Escritrios de
Arquitetura), a qual prope, baseado no modelo das normas americanas/canadense e europias, um
sistema de nomenclatura de layers, diretrios, e arquivos de projetos (ASBEA, 2000).
Uso de Biblioteca de Blocos
Outra significativa diferena entre o desenho tradicional e o auxiliado por computador reside na
representao dos elementos repetitivos do desenho arquitetnico. No desenho digital, ao contrrio do
tradicional, no h necessidade da representao mltipla desses elementos, o que simplifica
enormemente o processo. Os programas CAD oferecem o recurso de uso de blocos ou gabaritos
eletrnicos (em analogia aos gabaritos do desenho tradicional), que nada mais so do que estruturas
geomtricas compostas. Nessas estruturas, possvel agrupar diversas entidades de qualquer tipo e
atribuirlhe um nome de identificao e um ponto para sua insero em um oumais desenhos.
Desta forma, um elemento repetitivo, tal qual o desenho de uma esquadria ou de um equipamento
sanitrio, necessita ser representado uma nica vez, e aps ser estruturado e armazenado como um bloco
pode ser utilizado inmeras vezes, em um ou mais projetos. A possibilidade de organizar os blocos na
forma de uma biblioteca permite aos usurios dos programas CAD colecionarem blocos na forma de
arquivos em disco. Na WEB, por exemplo, possvel obter uma infinidade de blocos prontos. O usurio, a
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medida de sua necessidade, poder ampliar a sua biblioteca de blocos. Tambm existe a possibilidade de
organizar a biblioteca de blocos forma de menu de cones, o que torna a manipulao de uma quantidade
relativamente grande de blocos, algo bastante simples e organizado.
Mas o uso de blocos de forma eficiente e correta demanda uma rgida padronizao das layers e das cores
de seus elementos.
O usurio ao criar um bloco e, principalmente, ao utilizar um bloco feito por terceiros deve verificar se as
cores e as layers se adaptam a sua metodologia e padro de desenho. Como j foi citado os programas
CAD, em geral, utilizamse do sistema de estilo deimpresso vinculado a cor. Tal sistema determina que
as espessuras de linhas sejam relacionadas s suas cores.
Desta forma pode acorrer conflito entre as cores das geometrias e textos presentes nos blocos e as
utilizadas como padro pelo usurio. Exemplificando: determinado usurio utiliza por padro a cor branca
para representao das alvenarias e, por conseguinte, a mesma esta vinculada a uma espessura grossa de
linha. Esse usurio pretende utilizar um bloco de uma porta cuja representao foi feita com a mesma
cor. Tal situao gera um conflito de cores e espessuras.
No que se refere nomenclatura das layers tambm pode haver conflito. Se o usurio tem por padro,
por exemplo, utilizar a layer ARQEsquadrias para representao de portas e janelas no projeto
arquitetnico, e pretende utilizar um bloco de uma janela que foi criado na layer Janelas, igualmente
ocorrer um conflito, desta vez na nomenclatura das layers.
Desta forma, a incorporao de blocos elaborados por terceiros a biblioteca de blocos exige uma prvia
edio para padronizao dos mesmos.
Por outro lado, o trabalho com blocos permite uma padronizao do desenho entre arquivos e usurios.
Evitase, com a utilizao de blocos, que cada usurio desenhe de forma distinta de certo padro
estabelecido.
Associao Brasileira de Escritrios de Arquitetura, que serviu como base para outros estudos. O trabalho
da AsBEA prope a padronizao dos nomes de layers, diretrios e arquivos e sugere a adoo do
seguinte esquema de cores/espessuras de plotagem (ASBEA, 2000):
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DESENHOS UTILIZADOS NA REPRESENTAO DO PROJETO ARQUITETNICO DE UMA EDIFICAO.
Na representao dos projetos de edificaes so utilizados os seguintes desenhos:
Planta(s) baixa(s)
Cortes
Fachadas
Planta de Localizao
Planta de Cobertura
Planta de Situao
Desenhos de Detalhes
Perspectivas
PLANTA BAIXAA Planta baixa , genericamente, uma vista ortogrfica seccional do tipo corte, feita em cada pavimento
atravs de um plano projetante secante horizontal imaginrio, posicionado de maneira a seccionar o
maior nmero possvel de elementos, normalmente em uma altura entre as vergas das portas e os
peitoris das janelas (mdia 1.50m).
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A poro da edificao acima do plano de corte eliminada e representase o que um observador
imaginrio posicionado a uma distncia infinita veria ao olhar do alto a edificao cortada. Esta
representao acompanhada de todas as informaes necessrias a correta construo da edificao.
Veja a seguir exemplo de representao da planta baixa na escala 1/50 da edificao apresentada
anteriormente.
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DENOMINAO E QUANTIDADE
Qualquer construo de um nico piso ter a necessidade bvia de uma nica planta baixa, que ser
denominada simplesmente de PLANTA BAIXA.
Em construes com vrios pavimentos, ser necessria uma planta baixa para cada pavimento
arquitetonicamente distinto. Vrios pavimentos iguais tero como representao uma nica planta baixa,
que neste caos ser denominada de PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TIPO.
Quanto aos demais pavimentos, o ttulo da planta inclui a denominao do piso. Por exemplo, planta
baixa do 1 pavimento (ou pavimento trreo), planta baixa do segundo subsolo, planta baixa da
cobertura, planta baixa da sobre loja, e assim por diante.
Para adequao a norma NB140, so utilizadas as denominaes PISO e PAVIMENTO. Nopodendo
ser empregada a terminologia ANDAR.
A denominao do nmero dada:
nos subsolos 1, 2, 3, etc no sentido de quem desce;
nos pavimentos 1 (ou trreo), 2, 3, etc no sentido de quem sobe.
ESCALA
A escala usual para impresso (representao) das plantas baixas a de 1:50. Ocorre que para
determinadas edificaes, em funo de suas dimenses, essa escala pode ser muito grande e de difcil
impresso. Nesses casos, costumase utilizar as escalas de 1:75 e 1:100. Escalas menores doque estas, em
projetos executivos, no devem ser utilizadas, sendo prefervel a representao (impresso) da planta
baixa por partes, atravs de pranchas articuladas. Escalas maiores do que 1:50, como por exemplo 1:20 e
1:25, so utilizadas para representao de plantas baixas de compartimentos e/ou reas da edificao
que por suas caractersticas necessitem de um maior detalhamento construtivo, o que geralmente feito
em desenho(s) a parte (que compem as pranchas de detalhes).
Como j foi dito, no CAD a definio prvia da escala deixou de ser imprescindvel, pois os objetos so
representados atravs de suas reais dimenses, escolhendose para isso uma unidade de medio.
Posteriormente o desenho pode ser impresso em mais de uma escala, bastando para isso apenas
configurar os parmetros de impresso.
Esta caracterstica do CAD aplicase perfeitamente a representao dos elementos construtivos de uma
edificao, mas no pode ser estendida as informaes textuais, tais como os nomes e a reas dos
compartimentos, as cotas e dimenses, e outras. Estas devem manter seu principal requisito, qual seja: a
legibilidade. Um texto configurado para impresso na escala 1:50 no deve ser impresso na escala 1:100,
pois restaria muito pequeno e de difcil leitura. Desta forma, existe a necessidade de reconfigurao dos
elementos textuais para diferentes escalas de impresso.
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As espessuras das linhas tambm devem ser configuradas de forma distinta para diferentes escalas de
impresso, obedecendose a regra de que quanto menor a escala, menores so asespessuras das linhas.
A seguir apresentada uma referncia de relaes entre espessuras (em milmetros) de linhas para as
escalas de 1:50, 1:75 e 1:100.
Nesta apostila as referncias as espessuras, espaamento de linhas, tamanhos de textos e outros, so
feitas para a escala 1:50, utilizandose o metro como unidade de medida.
ELEMENTOS DE UMA PLANTA BAIXA
Os elementos de uma planta baixa podem ser divididos em:
a) Elementos Construtivos:
Paredes e elementos estruturais; aberturas (portas, janelas, portes, etc.); pisos e seus componentes
(degraus, rampas, escadas, etc.); equipamentos de construo (aparelhos sanitrios, armrios, lareiras,
etc.); aparelhos eltricos de porte (foges, geladeiras, mquinas de lavar, etc.) e elementos de
importncia no visveis (dutos de ventilao, reservatrios, etc.).
b) Informaes:
Nome dos compartimentos, reas teis dos compartimentos, nveis, posies dos planos de corte vertical,
dimenses das aberturas, cotas, e outras informaes.
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Paredes
As paredes, geralmente em alvenaria, seccionadas pelo plano de corte que gera a planta baixa, so
representadas atravs de linhas paralelas de espessura grossa. Podem aparecer preenchidas ou no por
textura slida (cor), e/ou com ou sem representao do revestimento das alvenarias (reboco ou outros).
A seguir aparecem representaes dos tipos mais comuns de paredes.
Abaixo so apresentadas variaes na representao e no tom da cor (tom de cinza) de paredes de
alvenaria. No aconselhvel utilizar cores diversas dos tons de cinzas, pois algumas cores so associadas
aos diferentes tipos (estados) de paredes em um projeto de reforma e/ou ampliao (p.ex: paredes a
demolir, paredes a conservar, paredes a construir).
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recomendvel diminuir a espessura das linhas conforme o tom de cinza utilizado: quanto mais escuro,
mais fina devem ser as linhas de contorno. A cor preta somente deve ser utilizada para escalas pequenas
(1/100 ou menor), pois na escala 1/50 esta cor confere a representao das paredes um peso excessivo.
A seguir apresentada tabela com as espessuras de linhas e as cores utilizadas no exemplo anterior
(escala 1/50).
Paredes baixas (menor do que 1.50m de altura) no so cortadas pelo plano e por consequncia so
representadas em vista, com linhas de espessura mdia, conforme exemplo abaixo.
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Elementos em projeo
Os elementos da construo situados a cima do plano de corte da planta baixa, e por conseqncia, no
visveis, devem ser representados em projeo atravs de linhas tracejadas ou de linha trao dois pontos.
So assim representados: beirais das coberturas, vos de aberturas e esquadrias (incluindo iluminao
zenital), elementos da estrutura (vigas), chamins, alapes, mezaninos, caixa dgua, escadas, etc.
As linhas que a representam os elementos em projeo devem ser finas a mdias (0,25 mm a 0,30 mm) e
recomendase o tamanho do tracejado entre 0.15 m e 0.10 m.
Esquadrias
As esquadrias, em geral portas e janelas, podem ser representadas de forma simplificada, ou mais
detalhada. O desenho CAD permite a utilizao de blocos1, desta forma os elementos repetitivos nos
desenhos de arquitetura, tais como as esquadrias, as louas sanitrias, equipamentos de servio e outros,podem ser desenhados uma nica vez, e formarem uma biblioteca de desenhos, a serem inseridos em
diversas representaes.
Abaixo so apresentadas representaes simplificadas de porta e janela formadas por linhas
independentes, e representaes mais detalhada das mesmas esquadrias, as quais foram desenhadas
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com a finalidade de compor um bloco para uso repetitivo. Quanto menor a escala de impresso mais
simplificada deve ser a representao da esquadria.
Ao representar os elementos das esquadrias que faceiam as paredes, tais como marcos e guarnies,
devemos lembrar que se essas ltimas forem representadas por linhas grossas, as mesmas iro
parcialmente se sobrepor as linhas desses elementos, diminuindo suas dimenses visuais (aps a
impresso).
Nestes casos, marcos e guarnies devem ser representadas com dimenses maiores do que as reais, de
forma a compensar a sobreposio das linhas representativas das paredes. Abaixo so apresentadas duas
figuras ilustrando essa situao. Pode-se observar que na figura da direita os marcos e as guarnies da
porta foram representados com suas medidas reais e por conseqncia os mesmos tem suas linhas
parcialmente sobrepostas pelas das paredes.
Equipamentos fixos
Os equipamentos fixos, tais como louas sanitrias, balces de banheiros e cozinhas, pias, tanques e
outros, podem ser representados utilizandose tanto blocos como linhas individuais. Por exemplo: na
representao do lavatrio de um banheiro podem ser utilizadas linhas para definir o balco, e um bloco
para a loua do lavatrio propriamente dito. As linhas de contorno, da grande maioria dos equipamentos
fixos, so de espessura mdia (entre 0,30 e 0,40 mm) e seus detalhes so representados por linhas finas
(entre 0,1mm e 0,2mm).
Devese ter cuidado especial com a compatibilidade entre o nvel de detalhamento dos blocos e aescala
de representao. Blocos muito detalhados (com muitas linhas) quando impressos na escala 1/50 ou
menor, ficam carregados demais, chegando at mesmo a aparecerem como borres no desenho. A
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figura seguinte apresenta a impresso do mesmo bloco de um tanque com dois nveis de detalhamento,
ilustrando a questo.
Outros equipamentosEquipamentos tais como geladeira, fogo, frezer, mquina de lavar e secar roupas, podem ser
representados na planta baixa, indicando suas posies e orientando a execuo dos projetos
complementares (eltrico e hidrossanitrio). Tambm para esses equipamentos as linhas de contorno
devem ser de espessura mdia (entre 0,30 mm e 0,40 mm) e seus detalhes representados por linhas finas
(entre 0,1mm e 0,2 mm).
Textos
Os textos devem ser representados em letras e nmeros tcnicos, evitandose fontes artsticas e
rebuscadas. Recomendase a utilizao de fontes do tipo true type as quais j possuemespessura
definida na prpria fonte e que se ajustam automaticamente a altura do texto, dispensando assim anecessidade de configurar a espessura das letras e nmeros quando da impresso.
Os textos devem ser dispostos sempre no sentido de leitura, ou seja, de baixo para cima e da esquerda
para direita.
A altura dos textos deve variar seguindo uma hierarquia de informao, ser compatvel com a escala de
impresso, e obedecer a critrios visuais e de legibilidade. Desta forma, devemse evitar textos
exageradamente grandes e desproporcionais aos desenhos aos quais se relacionam, ou textos muitos
pequenos e por conseqncia de difcil leitura. A seguir so apresentados dois exemplos de alturas de
textos em uma mesma planta baixa que representam, respectivamente, textos exageradamente grandese pequenos.
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A seguinte tabela apresenta uma sugesto de alturas mnimas e mximas de textos para os principais
elementos de uma planta baixa a ser impressa na escala 1/50.
Devese atentar que apesar do modelo (elementos da edificao) poder ser impresso em diferentes
escalas, os textos a ele relacionado no podem sofrer o mesmo escalonamento, pois deve ser mantida a
sua legibilidade e proporcionalidade em qualquer escala de impresso.
Ilustrando: se os textos foram dimensionados para uma impresso na escala 1/50 e por algum motivo omodelo (representao da edificao) for impresso na escala 1/100, os textos devem ter suas alturas
redimensionadas, pois no podem simplesmente serem impressos com a metade de seus tamanhos
originais sem comprometer a clareza de leitura.
Como os tamanhos dos textos devem levar em conta no s a questo da legibilidade, mas tambm
considerar a proporo entre esses e os elementos da edificao, indicase os seguintes fatores de
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ampliao aplicveis as alturas apontadas para a escala 1/50: 1.30 para escala 1/75 e 1.60 para escala
1/100.
Pisos
Os pisos frios e/ou especiais devem ser representados com linhas finas (0.09 mm a 0.15 mm) na cor preta,
ou em tom de cinza. Neste ltimo caso, recomendase o aumento gradual da espessura das linhas
proporcionalmente a diminuio do nvel de cinza (linhas mais espessas para tons de cinzas mais claros).
Abaixo so apresentados exemplos de representaes de pisos com diferentes espessuras e nveis de
cinza.
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Na representao de pisos tambm deve ser observado densidade das hachuras, ou seja, o
distanciamento entre suas linhas em relao ao tamanho do compartimento onde os mesmos so
aplicados. Devese evitar a utilizao de hachuras muito densas em compartimentos de grandes
dimenses e de hachuras pouco densas em compartimentos pequenos. As primeiras sobrecarregam
visualmente o desenho, e as ultimas tornam difcil sua leitura.
Devese, sempreque possvel, manter uma proporo entre a densidade da hachura e o tamanho (rea)
do compartimento, observandose, claro, uma certa proximidade com as dimenses reais dosmateriais
representados.
A figura seguinte mostra um exemplo de hachuras com dimenses desproporcionais (esquerda) e
proporcionais (direita).
Cotas e referncias de nvel
As cotas ou dimensionamentos seguem as determinaes da NBR 10126 (Cotagem em desenho tcnico) e
NBR 6492 (Representao de projetos de arquitetura). As contas so formadas pelos seguintes
elementos:
Linha de cota: a linha que contm a dimenso daquilo que est sendo contado e na qual na qual
posicionado o valor numrico da cota.
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Linha de extenso (ou auxiliar ou de chamada): a linha que liga a cota ao elemento que est sendo
cotado. Na representao de arquitetura so utilizadas linhas de extenso de comprimento fixo, ao
contrrio das linhas de comprimento varivel utilizadas em projetos de outras reas.
Finalizao das linhas de cota: o encontro da linha de conta com a linha de extenso.
Usualmente na representao dos projetos de arquitetura as linhas de cota e de extenso se cruzam e so
adotados pequenos traos inclinados a 45 ou pontos (com uma espessura mais grossa que as linhas de
cotas e chamadas) neste cruzamento2.
A figura seguinte mostra uma cota com seus elementos.
As linhas de cota e de extenso so representadas atravs de linhas finas (0.09mm a 0.15mm) e o projeto
da edificao deve ter seus elementos cotados de forma que seja possvel identificar todas as medidas
necessrias a sua execuo sem recorrer a instrumento de medio do desenho (rgua ou escalmetro).
Distribuio das linhas de cotas: usual no desenho arquitetnico cotas em srie, posicionadas tanto pelo
lado externo da planta baixa, quanto, quando necessrio, internamente ou cruzando a mesma. As cotas
devem ser acumuladas de forma a tambm representarem as medidas externas da edificao. Devese
evitar cotas repetidas e repetitivas.
Unidade de cotagem: na representao de projetos de arquitetura os elementos usualmente so cotados
em metros ou em centmetros. Devese escolher uma dessas unidades, e adotla emtodo o projeto. A
NBR 6492/94 permite que um desenho seja cotado em metros e que as dimenses que forem menores
que a unidade (1 metro) sejam cotadas em centmetros.
Dimensionamento de esquadrias: No dimensionamento de esquadrias so representadas trs diferentes
dimenses, sempre na mesma ordem: largura da esquadria, altura da esquadria e altura do peitoril
(distncia da parte inferior da esquadria at o piso interno da edificao). No caso das portas e/ou portas,
sendo a altura de peitoril igual a zero, a mesma no informada. Alm das dimenses das esquadrias
usual que sejam informados cdigos para as mesmas, utilizados para identificlas na planilha e nos
desenhos de detalhes de esquadrias, que frequentemente acompanham os projetos.
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Tamanho dos textos de cotas: sugerese a utilizao dos seguintes tamanhos de textos paraimpresses
na escala 1/50Cotas das paredes: 0.11m; dimenses das janelas: 0.11m; dimenses das portas: 0.09m.
A seguir apresentada figura com as cotas de uma pequena edificao.
SEQUNCIA DE MONTAGEM DE UMA PLANTA BAIXA
A seguir apresentada uma seqncia de representao de uma planta baixa. Tratase de umaseqncia
genrica, podendo variar em funo da prtica do desenhista e do tipo de edificao representada.
1 Representao das paredes: so demarcadas as paredes da edificao atravs das linhas horizontais,
verticais, inclinadas e curvas que as representam;
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2 Representao dos vos das aberturas
3 Representao dos desnveis e transies de tipos de pisos: so representados desnveis, degraus,
rampas, soleiras, balces, e linhas de transio de pisos.
4 Representao atravs de linhas tracejadas da projeo dos beirais, marquises e demais elementos
necessrios (localizados acima do plano de corte da planta baixa).
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5 Representao das esquadrias: so desenhadas, nos respectivos vos, as portas, janelas e outros tipos
de esquadrias que porventura houver. As esquadrias podero ser representadas linha a linha ou inseridas
como blocos previamente definidos;
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JANELAS
6 Representao esquemtica das circulaes verticais: elevadores (com suas dimenses internas) e
escadas (nmero de degraus, pdireito, base e altura dos degraus, sentido de subida)
7 Representao dos equipamentos fixos dos banheiros (louas sanitrias, balco(es) de lavatrio(s),
chuveiro(s), etc.), da(s) cozinha(s) (pia(s), balces e outros), rea de servio (tanque(s) e balces),
churrasqueiras (pia(s) e balces) e de outros compartimentos de servio que houverem;
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8 Representao dos principais equipamentos de servio, tais como fogo(es), geladeira(s), frezer(s),
mquina(s) de lavar e secar roupas, etc. A representao desses equipamentos no obrigatria no
projeto arquitetnico, mas comum, servido como referncia para execuo dos projetos
complementares (hidrossanitrio, eltrico e gs).
9 Representao dos principais textos: nome e reas dos compartimentos, dimenses das esquadrias.
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10 Representao dos pisos (pisos frios e outros pisos especiais) atravs de hachuras quadriculadas e
outras.
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11 Representao das cotas