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    Noes de Direito Processual Penal - PF: Agente de Polcia - 2014

    Professor: Wisley Santos

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    NOES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    Caros alunos,

    Iniciamos nossa preparao para o concurso de Agente de Polcia Federal. o

    momento de preparao.

    Este material complementar as aulas disponibilizadas pelo Aprova

    Concursos. Nesse material, h um pequeno resumo dos assuntos mais cobrados nas

    provas da Polcia Federal.

    importante que vocs assistam as aulas, leiam este material, a legislao

    seca e respondam exerccios. Vocs devem, tambm, fazer revises constantes das

    matrias j estudas.

    Nosso objetivo obter a sua aprovao. E para isso, toda a equipe do Aprova

    Concursos est sua disposio.

    Bons estudos!

    Um abrao,

    Prof. Wisley

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    PLANO DE AULAS

    Aula Tema da aula

    Aula 01 Inqurito Policial

    Aula 02 Inqurito Policial

    Aula 03 Inqurito Policial

    Aula 04 Inqurito Policial

    Aula 05 Inqurito Policial

    Aula 06 Prova

    Aula 07 Prova

    Aula 08 Prova

    Aula 09 Prova

    Aula 10 Prova

    Aula 11 Prova

    Aula 12 Prises

    Aula 13 Prises

    Aula 14 Prises

    Aula 15 Prises

    Aula 16 Prises

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    INQURITO POLICIAL

    1. CONCEITO

    o procedimento administrativo inquisitivo e preparatrio, presidido pela autoridade

    policial com o objetivo de colher elementos de informao quanto autoria e

    materialidade de infrao penal, a fim de se permitir que o titular da ao penal possa

    ingressar em juzo.

    2. NATUREZA JURDICA

    Procedimento administrativo, pois dele no resulta a imposio direta de nenhuma

    sano.

    PERSECUO CRIMINAL: Atividade desenvolvida pelo Estado para impor

    uma sano a algum.

    Contempla a 1 fase Investigativa e a 2 fase Judicial.

    Vcios do Inqurito contaminam o Processo? Eventuais vcios constantes no

    Inqurito Policial no contaminam de nulidade o processo a que der origem,

    salvo se trata de provas ilcitas, em eventual ilicitude por derivao.

    Smula 444 STJ: vedada a utilizao de inquritos policiais e aes penais

    em curso para agravar a pena base.

    Smula 397 STF: O poder de polcia da cmara dos deputados e do senado

    federal, em caso de crime cometido em suas dependncias, compreende,

    consoante seu regimento, a priso em flagrante do acusado e a realizao do

    inqurito.

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    Smula 234 STJ: A participao de membro do Ministrio Pblico na fase

    investigatria criminal no acarreta o seu impedimento ou suspeio para o

    oferecimento da denncia.

    3. FINALIDADE

    Colheita de elementos de informao quanto autoria e materialidade da infrao

    penal. E contribui, tambm, para decretao de medidas cautelares, como a priso

    preventiva.

    Art. 155. O juiz formar sua convico pela livre apreciao da prova

    produzida em contraditrio judicial, no podendo fundamentar sua deciso

    exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigao,

    ressalvadas as provas cautelares, no repetveis e antecipadas.

    * ELEMENTOS INFORMATIVOS:

    aquele colhido na fase investigativa

    No obrigatria a observncia do contraditrio e da ampla defesa

    O juiz s intervm quando necessrio e desde que provocado

    Objetivo: so teis para a decretao de medidas cautelares e servem para a

    formao da convico do titular da ao penal (opinio delicti)

    Art. 155 exclusivamente: Elementos informativos, isoladamente

    considerados, no podem fundamentar uma sentena. Porm, tais elementos

    no devem ser desprezados durante a fase judicial, podendo somar-se a prova

    judicial produzida para auxiliar a convico do juzo (STF, HC 83.348, Rel.

    Joaquim Barbosa).

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    *PROVA:

    Via de regra, produzida na fase judicial, mediante o contraditrio e ampla

    defesa.

    A prova produzida na presena do juiz: vigora o princpio da identifica fsica

    do juiz (art. 399, 2, CPP)

    A finalidade auxiliar na formao da convico do juzo

    Durante o curso do processo o juiz dotado de iniciativa probatria exercida de

    maneira residual

    Provas Cautelares, No Repetveis e Antecipadas so provas e podem ser

    produzidas no curso do inqurito policial, uma vez que o contraditrio

    exercido de modo postergado/diferido ou at mesmo real (este, no caso da

    prova antecipada), por meio do exame das referidas provas durante a

    instruo.

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. JUIZ SUBSTITUTO TJ/PI. O membro do MP possui legitimidade para

    proceder, diretamente, colheita de elementos de convico para subsidiar a

    propositura de ao penal, incluindo-se a presidncia do inqurito policial.

    2. AGU 2010/CESPE. Embora o inqurito policial tenha natureza de

    procedimento informativo, e no de ato de jurisdio, os vcios nele existentes

    podem contaminar a ao penal subsequente, com base na teoria norte-

    americana dos frutos da rvore envenenada, ou fruits of the poisonouss ter.

    1. Incorreta 2. Incorreta

    4. PRESIDNCIA DO INQURITO POLICIAL

    O Inqurito Policial presidido pela Autoridade Policial.

    AUTORIDADE POLICIAL: Funes de Polcia Judiciria + Polcia Investigativa

    Polcia Judiciria: a que auxilia o Poder Judicirio no cumprimento de

    mandados de busca a apreenso, priso, etc.

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    Polcia Investigativa: a que atua na apurao das infraes penais e de sua

    autoria.

    Art. 4 A polcia judiciria ser exercida pelas autoridades policiais no territrio

    de suas respectivas circunscries e ter por fim a apurao das infraes

    penais e da sua autoria.

    Pargrafo nico. A competncia definida neste artigo no excluir a de

    autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funo.

    Art. 107. No se poder opor suspeio s autoridades policiais nos atos

    do inqurito, mas devero elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer

    motivo legal.

    5. LEI 12.830/2013

    Essa Lei disps sobre a Investigao Criminal conduzida pelo Delegado de Polcia.

    Disciplinou no art. 2, 1 que o delegado de polcia a autoridade policial e

    que lhe cabe a conduo da investigao criminal por meio do inqurito policial

    ou outro procedimento previsto em Lei.

    ADI 5043, com pedido de Liminar: - PGR 12/09/2013

    Relator Min. Luiz Fux

    Segundo a PGR, o art. 2, pargrafo 1, da lei induz a interpretao de que a

    conduo de qualquer procedimento investigatrio de natureza criminal ser atribuio

    exclusiva da autoridade policial. Essa norma e interpretao afrontam o art. 129, VI,

    da CF .

    - Amicus Curiae: Federao Nacional dos Policiais Federais - FENAPEF

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    6. TERMO CIRCUNSTANCIADO DE CONDUTA

    Procedimento investigatrio de infraes de menor potencial ofensivo.

    Previsto para os crimes de menor potencial ofensivo, uma pea despida de

    rigor formar, contendo breve e sucinta narrativa que descreve sumamente os

    fatos e indica os envolvidos e eventuais testemunhas, devendo ser remetido,

    incontinente aos Juizados Especiais Criminais (TVORA, Nestor; ALENCAR,

    Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 7 ed. Salvador:

    JusPodivm, 2012, p. 145).

    Infrao de Menor Potencial Ofensivo: so as contravenes penais e

    crimes com pena mxima no superior a dois anos, apenados ou no com

    multa. E sob enfoque processual penal, so submetidos (ou no) a

    procedimento especial, ressalvadas s hipteses de violncia domstica e

    familiar contra a mulher.

    7. ATRIBUIO PARA O INQURITO POLICIAL

    - Depende do Crime Praticado

    Crime Militar de Competncia da Justia Militar da Unio: - Foras Armadas:

    Oficial encarregado IPM

    Crime Militar de Competncia da Justia Militar Estadual: PM-Bombeiros:

    Oficial encarregado IPM

    Crime Eleitoral: Polcia Federal

    Observao: O TSE, nas localidades em que no h Polcia Federal, permite que os

    crimes eleitorais possam ser investigados pela Polcia Civil.

    Crime Federal: Polcia Federal

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    - art. 109, CF

    Hipteses: SOMENTE CRIMES

    a) Crimes Contra Unio, Autarquias Federais, Empresas Pblicas Federais

    (administrao direta e indireta)

    Ex.: Crime contra o Ministrio da Justia, INSS, Banco Central do Brasil (Bacen),

    Ibama, Receita Federal (Crimes contra a ordem Tributria), Ordem Previdenciria,

    Contrabando, Descaminho, CEF, ECT, BNDES, Casa da Moeda do Brasil

    Observaes:

    I Crime contra Sociedade de Economia Mista (Banco do Brasil, Petrobrs), a

    competncia da Justia Comum Estadual.

    Ver. Smula 42 STJ

    II SE o crime praticado contra uma agncia dos correios FRANQUEADA, a

    competncia da Justia Comum.

    b) Trfico Internacional/Exterior: STF, S. 522

    c) Crime praticado CONTRA funcionrio pblico federal; ou POR funcionrio

    Pblico Federal, todos no exerccio das funes;

    d) Crime distncia

    e) Crime praticado a bordo de navio ou avio

    f) Crime contra o sistema financeiro nacional

    g) Crime de permanncia de estrangeiro

    h) Crime contra os Direitos Indgenas, assim considerados em sua coletividade

    i) Crime contra a organizao do trabalho (coletividade)

    Crime Comum de Competncia da Justia Estadual: Polcia Civil

    Observao:

    A Polcia Federal investigar crime comum da Justia Federal, desde que

    tenha repercusso interestadual ou internacional que exija repercusso

    uniforme;

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    Rol Exemplificativo: Ver Lei 10.446/02

    No impede que os rgos estaduais continuem investigando os delitos.

    Uma vez que o inqurito policial procedimento administrativo, ainda que

    presidido pela autoridade desprovida de atribuies, no impede o

    oferecimento da pea acusatria.

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    3. DELEGADO DE POLCIA-PR/UEL/2013. A polcia judiciria ser exercida

    pelas autoridades policiais em todo territrio nacional, independente de

    circunscrio, com o fim de apurar as infraes penais e sua autoria.

    4. PROCURADOR BACEN/2009. Com relao ao inqurito policial,

    presidido pela autoridade policial, da chamada polcia judiciria, pois atua

    em face do fato criminoso j ocorrido.

    3. Incorreta 4. Correta

    8. CARACTERSTICAS

    ESCRITO: O inqurito, por determinao legal, deve ser escrito. Os atos orais

    devem ser reduzidos a termo.

    Art. 9o Todas as peas do inqurito policial sero, num s processado,

    reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela

    autoridade.

    DISPENSVEL: se o titular da ao penal contar com elementos informativos

    obtidos a partir de procedimento investigatrio diverso do inqurito, ele poder

    ser dispensado.

    O inqurito no imprescindvel para o ajuizamento da ao penal.

    Caso seja ajuizada a ao penal com base no IP, este deve acompanhar a

    denncia.

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    PEAS DE INFORMAO: Todo e qualquer procedimento que contenha

    elementos informativos diversos do Inqurito Policial.

    Art. 27. Qualquer pessoa do povo poder provocar a iniciativa do Ministrio

    Pblico, nos casos em que caiba a ao pblica, fornecendo-lhe, por escrito,

    informaes sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os

    elementos de convico.

    Art. 39: 5o O rgo do Ministrio Pblico dispensar o inqurito, se com a

    representao forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ao

    penal, e, neste caso, oferecer a denncia no prazo de quinze dias.

    Ex. Sindicncias administrativas

    SIGILOSO

    Em regra, um procedimento sigiloso.

    O sigilo e a conseqente surpresa so indispensveis para se assegurar a eficcia das

    investigaes.

    No se ope o sigilo: Juiz

    MP

    Advogado

    ADVOGADO:

    -Art. 5, LXIII, CF

    LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer

    calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado;

    -Art. 133, CF

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    Art. 133. O advogado indispensvel administrao da justia, sendo

    inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites

    da lei.

    -Art. 7, XIV, Lei 8.906/94

    XIV - examinar em qualquer repartio policial, mesmo sem procurao, autos

    de flagrante e de inqurito, findos ou em andamento, ainda que conclusos

    autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos;

    - Smula Vinculante 14

    DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO REPRESENTADO, TER

    ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, J DOCUMENTADOS

    EM PROCEDIMENTO INVESTIGATRIO REALIZADO POR RGO COM

    COMPETNCIA DE POLCIA JUDICIRIA, DIGAM RESPEITO AO

    EXERCCIO DO DIREITO DE DEFESA.

    PROCURAO: no h necessidade, salvo se houver informaes relativas a vida

    privada/intimidade do investigado

    ACESSO: - Limitado as informaes j documentas

    - No tem acesso as diligncias em andamento

    INQUISITIVO: as atividades de investigao so concentradas unicamente nas

    mos da autoridade policial. E no h oportunidade para o contraditrio e

    ampla defesa.

    Corrente Majoritria: no obrigatria a presena/observncia do contraditrio e da

    ampla defesa

    DISCRICIONRIO: a autoridade policial conduz o IP do modo que melhor lhe

    aprouver, nos limites da Lei (legalidade)

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    Discricionariedade: Liberdade de atuao nos limites da lei.

    Medidas Restritivas de Direitos: Somente o Juiz pode decretar

    Art. 6 e 7: rol exemplificativo de diligncias que podem ser realizadas

    Art. 14 + 184: essa discricionariedade no tem natureza absoluta, pois h diligncias

    cuja realizao obrigatria, como o exame de corpo de delito.

    Leitura Rpida:

    Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prtica da infrao penal, a autoridade

    policial dever:

    I - dirigir-se ao local, providenciando para que no se alterem o estado e

    conservao das coisas, at a chegada dos peritos criminais;

    II - apreender os objetos que tiverem relao com o fato, aps liberados pelos

    peritos criminais;

    III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas

    circunstncias;

    IV - ouvir o ofendido;

    V - ouvir o indiciado, com observncia, no que for aplicvel, do disposto no

    Captulo III do Ttulo Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado

    por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

    VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareaes;

    VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a

    quaisquer outras percias;

    VIII - ordenar a identificao do indiciado pelo processo datiloscpico, se

    possvel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

    IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,

    familiar e social, sua condio econmica, sua atitude e estado de nimo antes

    e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que

    contriburem para a apreciao do seu temperamento e carter.

    Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infrao sido praticada de

    determinado modo, a autoridade policial poder proceder reproduo

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    simulada dos fatos, desde que esta no contrarie a moralidade ou a ordem

    pblica.

    Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado podero requerer

    qualquer diligncia, que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade

    policial negar a percia requerida pelas partes, quando no for necessria ao

    esclarecimento da verdade.

    INDISPONVEL: uma vez iniciado o inqurito policial, no pode a autoridade

    policial dispor dele.

    A autoridade policial no pode mandar arquivar autos de Inqurito Policial

    Art. 17. A autoridade policial no poder mandar arquivar autos de inqurito.

    TEMPORRIO: o Inqurito Policial tem prazo para se findar.

    Em se tratando de investigado solto, o prazo para concluso do inqurito policial pode

    ser prorrogado.

    Art. 10, 3o Quando o fato for de difcil elucidao, e o indiciado estiver solto,

    a autoridade poder requerer ao juiz a devoluo dos autos, para ulteriores

    diligncias, que sero realizadas no prazo marcado pelo juiz.

    Observao: A garantia da razovel durao do processo aplicvel ao

    processo judicial e ao Inqurito Policial (HC 96.666, STJ)

    9. FORMAS DE INSTAURAO DO INQURITO POLICIAL

    Crime de Ao Penal Privada: Depende de Requerimento da Vtima

    - Dano, Crimes contra a hora

    Crime Ao Penal Pblica Condicionada Representao: Representao da

    Vtima

    Ex.: Leso Corporal Leve e Culposa,

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    Crimes de Ao Penal Pblica Incondicionada:

    a) DE OFCIO: ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do crime e

    determina sua investigao;

    b) APF

    c) REQUISIO DO MP/JUIZ

    - A Requisio do Juiz viola a garantia da imparcialidade e o prprio sistema

    acusatrio.

    Art. 40. Quando, em autos ou papis de que conhecerem, os juzes ou

    tribunais verificarem a existncia de crime de ao pblica, remetero ao

    Ministrio Pblico as cpias e os documentos necessrios ao oferecimento da

    denncia.

    O delegado obrigado a atender a requisio do MP? No h hierarquia

    entre o MP e a Polcia. O delegado deve instaurar o inqurito por fora do

    Princpio da Obrigatoriedade, salvo requisies ilegais;

    d) REQUERIMENTO DA VTIMA/ REPRESENTANTE LEGAL

    Indeferimento pela autoridade policial:

    Requerimento ao MP

    Recurso Inominado ao Chefe de Polcia (Delegado Geral ou Secretrio de

    Segurana Pblica)

    e) NOTCIA OFERECIDA POR QUALQUER DO POVO: Delatio Criminis

    Art. 5o Nos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado:

    I - de ofcio;

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    II - mediante requisio da autoridade judiciria ou do Ministrio Pblico, ou a

    requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo.

    1o O requerimento a que se refere o no II conter sempre que possvel:

    a narrao do fato, com todas as circunstncias;

    a individualizao do indiciado ou seus sinais caractersticos e as razes de

    convico ou de presuno de ser ele o autor da infrao, ou os motivos de

    impossibilidade de o fazer;

    a nomeao das testemunhas, com indicao de sua profisso e residncia.

    2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inqurito caber

    recurso para o chefe de Polcia.

    3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existncia de

    infrao penal em que caiba ao pblica poder, verbalmente ou por escrito,

    comunic-la autoridade policial, e esta, verificada a procedncia das

    informaes, mandar instaurar inqurito.

    4o O inqurito, nos crimes em que a ao pblica depender de

    representao, no poder sem ela ser iniciado.

    5o Nos crimes de ao privada, a autoridade policial somente poder

    proceder a inqurito a requerimento de quem tenha qualidade para intent-la.

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. POLCIA FEDERAL/CESPE/2004. Verificando que o fato evidentemente no

    constitui crime, o delegado poder mandar arquivar o inqurito policial,

    desde que o faa motivadamente.

    2. POLCIA FEDERAL/CESPE/2004. A reproduo simulada dos fatos ou

    reconstituio do crime pode ser determinada durante o inqurito policial,

    caso em que o indiciado obrigado a comparecer e participar da

    reconstituio, em prol do princpio da verdade real.

    3. POLCIA FEDERAL/CESPE/2009. No inqurito policial, o ofendido, ou seu

    representante legal, e o indiciado podero requerer qualquer diligncia,

    que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    4. JUIZ SUBSTITUTO TJ/RJ/VUNESP/2012. irrecorrvel o despacho da

    autoridade policial que indefere o requerimento de abertura de inqurito.

    5. PROMOTOR DE JUSTIA MPE/FCC/2012. Nos crimes processados

    mediante ao penal de iniciativa pblica condicionada representao,

    necessria a formulao desta para que o inqurito seja instaurado.

    1. Incorreto 2. Errado 3.Correto 4.Incorreto 5.Certo

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    10. NOTICIA CRIMINIS

    a cincia pela autoridade policial da ocorrncia de um fato criminoso (NUCCI, 2008,

    p. 152);

    o conhecimento, espontneo ou provado, de um suposto fato criminoso.

    a) De cognio imediata/espontnea: a autoridade policial toma conhecimento do

    crime atravs de suas atividades rotineiras;

    b) De cognio mediata: a autoridade policial toma conhecimento do crime

    atravs de um expediente escrito (requisio do MP, notcia de qualquer um

    do povo; requerimento da vtima)

    c) De cognio coercitiva: a autoridade toma conhecimento do fato atravs da

    apresentao do indivduo (APF)

    Noticia Criminis Inqualificada ou Denncia Annima: Por si s no serve

    para fundamentar a instaurao de um inqurito policial. Porm, a partir dela

    deve a autoridade policial realizar diligncia preliminares para verificar a

    procedncia das informaes e, aps, ento, instaurar o inqurito policial.

    STF: EMENTA: HABEAS CORPUS. DENNCIA ANNIMA SEGUIDA DE

    INVESTIGAES EM INQURITO POLICIAL. INTERCEPTAES

    TELEFNICAS E AES PENAIS NO DECORRENTES DE DENNCIA

    ANNIMA. LICITUDE DA PROVA COLHIDA E DAS AES PENAIS

    INICIADAS. ORDEM DENEGADA. Segundo precedentes do Supremo

    Tribunal Federal, nada impede a deflagrao da persecuo penal pela

    chamada denncia annima, desde que esta seja seguida de diligncias

    realizadas para averiguar os fatos nela noticiados (86.082, rel. min. Ellen

    Gracie, DJe de 22.08.2008; 90.178, rel. min. Cezar Peluso, DJe de 26.03.2010;

    e HC 95.244, rel. min. Dias Toffoli, DJe de 30.04.2010). No caso, tanto as

    interceptaes telefnicas, quanto as aes penais que se pretende

    trancar decorreram no da alegada notcia annima, mas de

    investigaes levadas a efeito pela autoridade policial. A alegao de que

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    Aulas 01 a 16

    o deferimento da interceptao telefnica teria violado o disposto no art. 2, I e

    II, da Lei 9.296/1996 no se sustenta, uma vez que a deciso da magistrada de

    primeiro grau refere-se existncia de indcios razoveis de autoria e

    imprescindibilidade do monitoramento telefnico. Ordem denegada. (HC

    99490, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em

    23/11/2010, DJe-020 DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 01-02-2011 EMENT VOL-

    02454-02 PP-00459)

    11. IDENTIFICAO CRIMINAL

    Com a CF/1988, a identificao criminal passou a ser exceo, pois o civilmente

    identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas hipteses previstas

    em lei (art. 5, LVIII, CF).

    HIPTESES

    - Se o indivduo no se identificar civilmente, poder ser sujeito a identificao

    criminal;

    - O Civilmente Identificado no ser submetido identificao criminal, salvo

    nas hipteses previstas em lei.

    Observao: A Smula 568/STF, segundo o qual a identificao criminal no

    constitui constrangimento ilegal, ainda que identificado civilmente, foi

    superada pelo art. 5, LVII, da CF.

    IDENTIFICAO CRIMINAL: abrange

    - Identificao Fotogrfica

    - Identificao Datiloscpica

    - Identificao do Perfil Gentico

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    Aulas 01 a 16

    LEI: - Lei 12.037/09: art. 31

    * Quando a identificao for essencial as investigaes policiais, poder

    abranger a identificao do perfil gentico, mediante prvia autorizao judicial.

    12. INCOMUNICABILIDADE

    Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depender sempre de despacho

    nos autos e somente ser permitida quando o interesse da sociedade ou a

    convenincia da investigao o exigir.

    Pargrafo nico. A incomunicabilidade, que no exceder de trs dias, ser

    decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade

    policial, ou do rgo do Ministrio Pblico, respeitado, em qualquer hiptese, o

    disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil

    (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963).

    Previso de incomunicabilidade por at 3 dias, por despacho fundamentado do juiz.

    Este dispositivo no foi recepcionado pela CF/88, uma vez que a Constituio no

    autoriza a incomunicabilidade sequer no Estado de Defesa (art. 136, 3, IV, da CF).

    13. INDICIAMENTO

    atribuir a algum a autoria de determinada infrao penal na fase do inqurito

    policial;

    1 Art. 3 Embora apresentado documento de identificao, poder ocorrer identificao criminal

    quando: I o documento apresentar rasura ou tiver indcio de falsificao; II o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informaes conflitantes entre si; IV a identificao criminal for essencial s investigaes policiais, segundo despacho da autoridade judiciria competente, que decidir de ofcio ou mediante representao da autoridade policial, do Ministrio Pblico ou da defesa; V constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificaes; VI o estado de conservao ou a distncia temporal ou da localidade da expedio do documento apresentado impossibilite a completa identificao dos caracteres essenciais. Pargrafo nico. As cpias dos documentos apresentados devero ser juntadas aos autos do inqurito, ou outra forma de investigao, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.

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    Aulas 01 a 16

    Indiciar um juzo de certeza de autoria maior do que suspeito ou investigado.

    No cabvel no TCC

    MOMENTO:

    Realizado durante as investigaes, pois um ato prprio do IP;

    STJ: aps o incio do processo (recebimento da denncia) no possvel o

    indiciamento;

    ESPCIES:

    Indiciamento Direto: Na presena do investigado (regra)

    Indiciamento Indireto: ocorre quando se trata de investigado ausente

    PRESSUPOSTOS:

    Elementos informativos quanto a autoria e materialidade

    O indiciamento deve ser fundamentado, mediante anlise tcnico-jurdica do

    fato, indicando autoria, materialidade e suas circunstncias

    ATRIBUIO: Ato Privativo da Autoridade Policial

    Art. 2, 6, Lei 12.830/2013: O indiciamento, privativo do delegado de polcia,

    dar-se- por ato fundamentado, mediante anlise tcnico-jurdica do fato, que

    dever indicar a autoria, materialidade e suas circunstncias.

    DESINDICIAMENTO: desconstituio de anterior indiciamento.

    Realizado pela prpria polcia ou pelo Poder Judicirio

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    Aulas 01 a 16

    SUJEITO PASSIVO: Em regra, qualquer pessoa pode ser indiciada

    * No podem ser indiciados: Membros do MP, e Magistrados

    **Os titulares de Foro por Prerrogativa de Funo (Deputados, Senadores, etc) no

    podem ser investigados nem indiciados sem previa autorizao do Tribunal

    competente (STF, Questo de ordem, Inq. 2411)

    14. PRAZO

    CPP IP Federal

    Ru Preso 10 Dias 15 + 15 dias

    Ru Solto 30 dias 30 dias

    Art. 10. O inqurito dever terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver

    sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o

    prazo, nesta hiptese, a partir do dia em que se executar a ordem de priso,

    ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiana ou sem ela.

    Em se tratando de investigado solto, possvel a prorrogao do prazo: art. 10, 3.

    Economia Popular Drogas

    Ru Preso 10 dias 30 + 30 dias

    Ru Solto 10 Dias 90 + 90 dias

    Priso Temporria em crimes hediondos e equiparados

    (T/T/T)

    Ru Preso 30 dias + 30 Dias

    Ru Solto No se aplica

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    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. JUIZ SUBSTITUTO TJ/BA/CESPE/2012. Segundo entendimento dos

    tribunais superiores, em hiptese nenhuma, admitida a persecuo

    penal iniciada com base em denncia annima.

    2. DEFENSOR PBLICO AC/2012. Estando o investigado preso, o inqurito

    policial deve ser encerrado impreterivelmente no prazo de quinze dias.

    1. Incorreto 2. Incorreto

    15. CONCLUSO: Relatrio

    Art. 10, 1:

    - meramente descritivo: relata as providncias tomadas no IP; indicar testemunhas que

    no foram inquiridas

    O delegado deve se abster de realizar juzos de valores quanto o mrito do caderno

    investigativo, pois o titular da ao penal o Ministrio Pblico.

    16. DESTINATRIO DOS AUTOS DE IP

    So encaminhados ao Poder Judicirio.

    cada vez mais comum a expedio de portarias e resolues dos Tribunais

    determinado a tramitao direta entre Polcia e Ministrio Pblico, salvo se houver

    medidas urgentes que dependem de autorizao judicial (reserva de jurisdio), como

    pedido de priso preventiva.

    Ao Penal Privada: Permanncia dos autos em cartrio para que o ofendido

    tome iniciativa.

    Art. 19. Nos crimes em que no couber ao pblica, os autos do inqurito

    sero remetidos ao juzo competente, onde aguardaro a iniciativa do ofendido

    ou de seu representante legal, ou sero entregues ao requerente, se o pedir,

    mediante traslado.

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    Aulas 01 a 16

    Ao Penal Pblica: encaminha-se ao MP

    17. PROVIDENCIAS DO MP

    Ao Penal Pblica:

    Oferecer Denncia

    Art. 12. O inqurito policial acompanhar a denncia ou queixa, sempre que

    servir de base a uma ou outra.

    Requisio de Diligncias, desde que indispensveis a formao da

    opinio delicti

    Art. 16. O Ministrio Pblico no poder requerer a devoluo do inqurito

    autoridade policial, seno para novas diligncias, imprescindveis ao

    oferecimento da denncia.

    Promoo do Arquivamento:

    18. ARQUIVAMENTO

    Art. 17. A autoridade policial no poder mandar arquivar autos de inqurito.

    NATUREZA JURDICA: Deciso Judicial que resulta do consenso entre MP e a

    autoridade judiciria.

    O arquivamento um procedimento complexo, porque depende de

    manifestao do MP e do Juiz.

    FUNDAMENTOS:

    1. Ausncia dos pressupostos essncias ou das condies da ao

    2. Ausncia de lastro probatrio (justa causa) para o oferecimento da denncia

    3. Manifesta atipicidade formal/material

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    Aulas 01 a 16

    4. Causa Excludente da Ilicitude: legitima defesa, estado de necessidade,

    exerccio regular de um direito, estrito cumprimento do dever legal,

    consentimento da vtima

    5. Causa Excludente da Culpabilidade, salvo inimputabilidade

    6. Causa Extintiva da Punibilidade

    PROCEDIMENTO:

    - MPF pede o arquivamento ao Juiz: Se concorda, homologa o arquivamento.

    - MPF pede o arquivamento ao Juiz: Se discorda, aplica o art. 28 CPP

    Art. 28. Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia,

    requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de

    informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas,

    far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, e este

    oferecer a denncia, designar outro rgo do Ministrio Pblico para

    oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar o

    juiz obrigado a atender.

    Juiz: Exerce a funo anmala de fiscal do Princpio da Obrigatoriedade

    PGJ: Justia Estadual

    Cmara de Coordenao e Reviso do MPF [2]: Justia Federal

    - Oferecimento da Denncia

    - Designar outro membro do MP para oferecer a denncia

    - Insistir no arquivamento

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    Aulas 01 a 16

    RECURSOS CABVEIS NO ARQUIVAMENTO

    Via de regra, o arquivamento uma deciso irrecorrvel, no sendo possvel

    ao penal privada subsidiria da pblica.

    19. DESARQUIVAMENTO

    O Desarquivamento do IP a reabertura das investigaes.

    E para o desarquivamento necessrio a existncia de PROVAS NOVAS.

    PRESSUPOSTO: Notcia de Provas Novas (aquela substancialmente inovadora,

    capaz de produzir uma alterao no contexto probatrio)

    O desarquivamento realizado pela Autoridade Policial.

    Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pela autoridade

    judiciria, por falta de base para a denncia, a autoridade policial poder

    proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notcia.

    STF Smula n 524 - Arquivado o inqurito policial, por despacho do juiz, a

    requerimento do Promotor de Justia, no pode a ao penal ser iniciada, sem

    novas provas.

    20. TRACAMENTO DO INQURITO POLICIAL

    O arquivamento do IP resultada do consenso entre MP e o Juiz.

    J o Trancamento uma medida de fora que acarreta a extino prematura dos atos

    de investigaes quanto a mera tramitao do IP, pois configura constrangimento

    ilegal.

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    Aulas 01 a 16

    Obs.: O Trancamento medida excepcional.

    CASOS:

    - Manifesta Atipicidade Formal ou Material da Conduta Delituosa

    - Quando j estiver Extinta a Punibilidade (Prescrio ou Decadncia)

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. POLCIA FEDERA/CESPE/2009. Depois de ordenado o arquivamento do

    inqurito pela autoridade judiciria, por falta de base para a denncia, a

    autoridade policial no poder proceder a novas pesquisas se de outras provas

    tiver notifica, salvo com expresso autorizao judicial.

    2. POLICIAL FEDERAL/CESPE/2009. O trmino do inqurito policial

    caracterizado pela elaborao de um relatrio e por sua juntada pela autoridade

    policial responsvel, que no pode nesse relatrio, indicar testemunhas que no

    tiveram sido inquiridas.

    3. AGENTE DE POLCIA GO/UEG/2013. Quanto ao inqurito policial, segundo o

    Cdigo de Processo Penal: ser arquivado pela autoridade policial, desde que

    seja verificada a atipicidade do fato ou esteja presente causa de extino da

    punibilidade.

    4. INVESTIGADOR DE POLCIA/SP/VUNESP/2013. Caso vislumbre notria

    atipicidade da conduta investigada, a autoridade policial poder determinar o

    arquivamento dos autos de Inqurito Policial.

    1. Incorreto 2. Incorreto 3. Incorreto 4. Incorreto

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    PROVA

    1. CONCEITO

    Tudo aquilo que ser utilizado para influenciar na contribuio do

    convencimento do rgo julgador

    tudo aquilo que contribui para a formao do convencimento do magistrado,

    demonstrando os fatos, atos, ou at mesmo o prprio direito discutido no

    litgio. (Nestor Tavora e Rosmar Alencar. Curso de Direito Processual Penal. 7

    ed. JusPodivm. Salvador, 2012, p. 376).

    o processo pelo qual se verifica a exatido ou a verdade do fato alegado pela

    parte do processo (Nucci, 2007, p. 351)

    2. FINALIDADE DA PROVA

    Convencimento do juiz acerca dos fatos

    3. CARACTERSTICA DAS PROVAS

    Prova elemento de convico produzido, em regra, durante o processo

    judicial, com participao dialtica das partes, sob o manto do contraditrio e

    da ampla defesa e mediante uma superviso do rgo julgador.

    Art. 155. O juiz formar sua convico pela livre apreciao da prova

    produzida em contraditrio judicial, no podendo fundamentar sua deciso

    exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigao,

    ressalvadas as provas cautelares, no repetveis e antecipadas.

    Pargrafo nico. Somente quanto ao estado das pessoas sero observadas as

    restries estabelecidas na lei civil.

    1. Via de regra, produzida na fase judicial

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    2. obrigatria a observncia do contraditrio e da ampla defesa, com

    participao da defesa tcnica;

    3. A prova deve ser produzida na presena do juiz (Princpio da Identidade Fsica)

    4. A finalidade da prova auxiliar na formao da convico judicial

    Observao: Os elementos informativos, isoladamente considerados, no podem

    fundamentar uma sentena penal condenatria. Porm, tais elementos no devem ser

    desprezados durante a fase judicial, podendo se somar a prova produzida em juzo

    para auxiliar na formao do convencimento do magistrado.

    4. PROVAS CAUTELAR, NO REPETVEL E ANTECIPADA

    No so expresses sinnimas

    PROVA CAUTELAR: So aquelas em que h um risco de desaparecimento do

    objeto da prova em razo do lapso temporal. Podem ser produzidas tanto na

    fase investigativa como na fase judicial, e para sua produo dependem de

    autorizao judicial.

    O contraditrio postergado (diferido)

    Ex. Intercepo telefnica

    PROVA NO REPETVEL: aquela que uma vez produzida no tem como ser

    novamente coletada, em virtude do desaparecimento da fonte probatria.

    Podem ser produzidas na fase investigatria e na fase judicial, e no

    dependem de autorizao judicial.

    O contraditrio postergado (diferido).

    Ex.: Exame pericial em relao as infraes que cujos vestgios

    possam desaparecer, como exame de corpo de delito no crime de leso corporal.

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    Aulas 01 a 16

    PROVA ANTECIPADA: aquela produzida com observncia do contraditrio

    e da ampla defesa real, em momento processual distinto daquele previsto

    processualmente, ou at mesmo antes do incio do processo, em virtude da

    urgncia e relevncia.

    Dependem de autorizao judicial sendo que o contraditrio ser real

    Art. 225 Depoimento Ad Perpetuam Rei Remorium

    Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade

    ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instruo criminal j no

    exista, o juiz poder, de ofcio ou a requerimento de qualquer das partes,

    tomar-lhe antecipadamente o depoimento.

    5. CLASSIFICAO DAS PROVAS

    PROVA NOMINADA x INOMINADA

    NOMINADA: aquela prova em que h previso do nomen juris no CPP ou na

    legislao extravagante. Ex: prova testemunhal, documental, reconhecimento de

    pessoas

    INOMINADA: aquela prova em que o nomen juris no est previsto em lei.

    PROVA TPICA x ATPICA

    TPICA: aquele meio cujo procedimento probatrio est previsto em lei. Ex: art. 226

    (reconhecimento de pessoas e coisas)

    ATPICA: o procedimento de produo dessa prova no est disciplinado na lei. Ex:

    Reconstituio de fatos (art. 7, est previsto em lei mas no foi disciplinado)

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    6. SISTEMA DE AVALIAO DA PROVA

    Persuaso Racional ou Convencimento Racional ou Livre Convencimento

    motivado: o juiz tem ampla liberdade na valorao das provas, as quais

    possuem todas o mesmo valor. Assim, o juiz deve fundamentar sua deciso.

    Art. 155. O juiz formar sua convico pela livre apreciao da prova

    produzida em contraditrio judicial, no podendo fundamentar sua deciso

    exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigao,

    ressalvadas as provas cautelares, no repetveis e antecipadas.

    Pargrafo nico. Somente quanto ao estado das pessoas sero observadas as

    restries estabelecidas na lei civil

    CONSEQUNCIAS:

    - No h prova de valor absoluto: todas as provas tm valor relativo

    - Deve o magistrado valorar todas as provas produzidas no processo

    - Somente so consideradas vlidas as provas produzidas no processo

    PROVAS QUANTO AO ESTADO DAS PESSOAS: pargrafo nico do art. 155

    No processo penal vigora a ampla liberdade probatria, podendo as partes

    valerem-se das provas inominadas e nominadas;

    Quanto ao Estado das Pessoas, a prova est submetida as restries

    estabelecidas na lei civil.

    Prova da Morte do acusado: certido de bito

    Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente vista da

    certido de bito, e depois de ouvido o Ministrio Pblico, declarar

    extinta a punibilidade.

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    STJ Smula n 74: Para efeitos penais, o reconhecimento da

    menoridade do ru requer prova por documento hbil.

    7. DISPOSIO FINAL

    Art. 156. A prova da alegao incumbir a quem a fizer, sendo, porm,

    facultado ao juiz de ofcio:

    I ordenar, mesmo antes de iniciada a ao penal, a produo antecipada de

    provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade,

    adequao e proporcionalidade da medida;

    II determinar, no curso da instruo, ou antes de proferir sentena, a

    realizao de diligncias para dirimir dvida sobre ponto relevante;

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. DELEGADO DE POLCIA-PR/UEL/2013. O juiz formar sua convico pela

    apreciao da prova judicial, estando impedido de fundamentar sua

    deciso nos elementos informativos colhidos na investigao.

    2. DELEGADO DE POLCIA RJ/FUNCAB/2012. Todos os elementos de

    convico (meios de prova) produzidos ou obtidos em sede policial

    atravs de inqurito policial so valorveis na sentena, sem a

    necessidade de serem reproduzidos na fase de instruo criminal.

    3. PROMOTOR DE JUSTIA/MPE/RR/CESPE. No sistema processual

    brasileiro, adotada a regra da liberdade probatria, admitindo-se todos

    os meios de prova legais e moralmente legtimos, ainda que no

    especificados no CPP, sendo a nica restrio probatria o estado das

    pessoas.

    1. Incorreto 2. Incorreto 3. Correto

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    8. PRINCPIOS RELACIONADOS PROVA

    a) PRINCPIO DA PRESUNO DE INOCNCIA

    Art. 5, LVII, CF: Ningum ser considerado culpado at o transito em julgado

    da sentena penal condenatria;

    Trs Regras:

    - Regra Probatria: nus da prova recai a acusao

    - Regra de Tratamento: Excepcionalidade das Prises

    O acusado deve ser tratado como inocento, sendo

    excepcional as medidas restritivas de direitos

    B) PRINCPIO DO NEMU TENETUR SE DETEGERE

    Ningum obrigado a produzir (fazer/comportamento ativo) provas contra si mesmo.

    o princpio da no auto-incriminao.

    Art. 5, LXIII, CF: O preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de

    permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de

    advogados.

    Embora a CF fale em preso, a interpretao desse dispositivo no sentido de

    que esse direito pode ser exercido pelo suspeito (algum abordado na rua),

    pelo investigado (no inqurito), e pelo acusado (processo penal). Tambm

    pode ser exercido pelos investigados em CPIs.

    DESDOBRAMENTOS:

    1. Advertncia quanto ao direito de no produzir provas contra si mesmo;

    - O preso deve receber nota de cincia das garantias constitucionais

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    2. Direito ao Silncio ou de Ficar Calado

    Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da

    acusao, o acusado ser informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatrio,

    do seu direito de permanecer calado e de no responder perguntas que lhe

    forem formuladas.

    Pargrafo nico. O silncio, que no importar em confisso, no poder ser

    interpretado em prejuzo da defesa.

    3. Direito de No ser Constrangido a Confessar a prtica de um ilcito criminal

    4. Inexigibilidade do sujeito dizer a verdade

    5. Direito de No Praticar Qualquer Comportamento Ativo que possa Incrimin-lo

    Ex: Participao na Reconstituio de fato delituoso, Reproduo Simulada dos Fatos,

    Fornecer material para Exame Grafotcnico; Exame de sangue

    Obs. I: Renato Brasileiro entende que o Reconhecimento do Acusado obrigatrio;

    Obs. II: No se enquadraria essa garantia no caso de Provas No Invasivas, em que

    no h penetrao do corpo humano ou extrao de parte dele, como no exame do

    lixo de algum, exame de matrias fecais, fio de cabelo.

    9. PROVAS ILCITAS

    O Direito prova no tem natureza absoluta, motivo pelo qual esto proibidas as

    provas ilcitas.

    H regras processuais para a produo da prova.

    Art. 5, LVI: So inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios

    ilcitos

    FUNDAMENTOS:

    - Tutela e proteo dos direitos fundamentais

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    - Dissuadir as autoridades quanto s prticas probatrias ilegais

    CONCEITO:

    Prova ilegal: aquela obtida por meio de violao de normas legais ou de

    princpios gerais do ordenamento, de natureza material ou processual. gnero que

    contempla a Prova Ilcita e a Prova Ilegtima.

    Prova Ilcita:

    - a prova obtida mediante violao as Regras de Direito Material

    Ex. Confisso mediante tortura

    - A prova ilcita obtida fora do processo (extraprocessual)

    - Gera o direito de excluso do processo (desentranhamento)

    Prova Ilegtima:

    - a prova obtida mediante violao as Regras de Direito Processual

    Ex. Laudo assinado por apenas um perito no oficial

    - A prova ilcita obtida dentro do processo (endoprocessual)

    - O tratamento da prova ilegtima sujeita-se a teoria das nulidades

    Ateno para a nova redao do art. 157 CPP:

    Art. 157. So inadmissveis, devendo ser desentranhadas do processo, as

    provas ilcitas, assim entendidas as obtidas em violao a normas

    constitucionais ou legais.

    LFG: diante dessa redao, qualquer violao ser prova ilcita

    Ada Pelegrine Grinover: continua separando as provas ilcitas das ilegtimas

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    10. PROVA ILCITA POR DERIVAO: Teoria dos Frutos da rvore Envenada

    o meio probatrio que, no obstante produzido validamente, num momento

    posterior, encontra-se afetado pelo vcio da ilicitude originria que a eles se

    transmite, contaminando-os por meio da repercusso causal.

    1o So tambm inadmissveis as provas derivadas das ilcitas, salvo

    quando no evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou

    quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das

    primeiras.

    LIMITAO DA PROVA ILCITA POR DERIVAO:

    Quando no Evidenciado o Nexo de Causalidade

    Obtidas por Fonte Indepentente

    Admite-se a Prova Ilcita apenas em benefcio do ru

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. POLCIA FEDERAL/CESPE/2009. Com base no direito processual penal,

    julgue os itens que se seguem: Como o sistema processual penal brasileiro

    assegura ao investigado o direito de no produzir provas contra si mesmo, a ele

    conferida a faculdade de no participar de alguns atos investigativos, como,

    por exemplo, da reproduo simulada dos fatos e do procedimento de

    identificao datiloscpica e de reconhecimento, alm do direito de no fornecer

    material para comparao em exame pericial.

    2. INVESTIGADOR DE POLCIA SP/VUNESP/2013. So admissveis no processo

    penal as provas derivadas das ilcitas, salvo quando no evidenciado o nexo de

    causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas

    por uma fonte independente das primeiras.

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    3. INVESTIGADOR DE POLCIA SP/VUNESP/2013. Para anlise da

    admissibilidade das provas derivadas das ilcitas, considera-se fonte

    independente aquela que por si s, seguindo os trmites tpicos e de praxe,

    prprios da investigao criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da

    prova.

    1. Incorreto 2. Incorreto 3. Correto

    PROVAS EM ESPCIE

    21. EXAMES PERICIAIS

    o exame procedido por pessoa que tenha conhecimento tcnico, cientfico

    ou domnio especfico em determinada rea do conhecimento. Afinal, no

    sendo o magistrado especialista em todas as reas do saber, vale-se dos

    peritos para auxili-lo (TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar R.Curso de

    Direito Processual Penal. 7 ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 402)

    Em regra, a autoridade policial pode determinar a realizao de qualquer

    percia no curso do inqurito policial, com exceo do exame de sanidade

    mental.

    a) PERITO OFICIAL E NO-OFICIAL

    O perito um auxiliar do juzo, dotado de conhecimento tcnico cientfico especfico,

    tendo como funo examinar o corpo de delito.

    PERITO OFICIAL:

    - Deve ser portador de diploma de curso superior

    - investido na funo por lei: um funcionrio pblico de carreira

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    Aulas 01 a 16

    - 1 nico perito oficial por percia

    PERITO NO OFICIAL:

    - Deve ser portador de diploma de curso superior, PREFERENCIALMENTE na

    rea especfica;

    - pessoa nomeada pelo juzo ou pela autoridade policial para realizar

    determinada percia

    - Deve prestar o compromisso de bem desempenhar a sua funo

    - 2 peritos no oficiais por percia

    Art. 159. O exame de corpo de delito e outras percias sero realizados por

    perito oficial, portador de diploma de curso superior.

    1o Na falta de perito oficial, o exame ser realizado por 2 (duas) pessoas

    idneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na rea

    especfica, dentre as que tiverem habilitao tcnica relacionada com a

    natureza do exame.

    2o Os peritos no oficiais prestaro o compromisso de bem e fielmente

    desempenhar o encargo.

    Quando a PERCIA FOR COMPLEXA, isto , abranja mais de uma rea de

    conhecimento tcnico, ser possvel a designao de mais de um perito

    oficial.

    Art. 157, 7o Tratando-se de percia complexa que abranja mais de uma rea

    de conhecimento especializado, poder-se- designar a atuao de mais de um

    perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente tcnico.

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    b) QUESITOS E ASSISTENTE TCNICO

    QUESITOS: MP, assistente da acusao, ofendido, querelante e o ru podero

    formular quesitos ao perito.

    ASSISTENTE TCNICO:

    um auxiliar das partes; e, por conseqncia, tem uma funo evidentemente

    parcial.

    No considerado funcionrio pblico

    No comente o crime de falsa percia

    Obs.I: O perito um auxiliar do juzo e tem o dever de ser imparcial;

    Tanto o perito oficial, como o perito no-oficial, so funcionrios pblicos,

    mesmo que para fins penais, e podem cometer o crime falsa percia.

    MOMENTO DE INGRESSO: Ser possvel durante o curso do processo judicial;

    aps sua admisso pelo juiz; e, aps, elaborao do laudo pelos peritos oficiais.

    Art. 159

    3o Sero facultadas ao Ministrio Pblico, ao assistente de acusao, ao

    ofendido, ao querelante e ao acusado a formulao de quesitos e indicao de

    assistente tcnico.

    4o O assistente tcnico atuar a partir de sua admisso pelo juiz e aps a

    concluso dos exames e elaborao do laudo pelos peritos oficiais, sendo as

    partes intimadas desta deciso.

    5o Durante o curso do processo judicial, permitido s partes, quanto

    percia:

    I requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para

    responderem a quesitos, desde que o mandado de intimao e os quesitos

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    Aulas 01 a 16

    ou questes a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedncia

    mnima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo

    complementar;

    II indicar assistentes tcnicos que podero apresentar pareceres em prazo a

    ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audincia.

    6o Havendo requerimento das partes, o material probatrio que serviu de

    base percia ser disponibilizado no ambiente do rgo oficial, que manter

    sempre sua guarda, e na presena de perito oficial, para exame pelos

    assistentes, salvo se for impossvel a sua conservao.

    Art. 176. A autoridade e as partes podero formular quesitos at o ato da

    diligncia.

    c) REALIZAO DA PERCIA: Laudo

    Com a realizao da percia, produzido o laudo pericial, que deve englobar tudo o

    que foi analisado pelo perito. O laudo datilografado e subscrito pela autoridade que o

    produziu.

    d) PRAZO

    10 dias, podendo ser prorrogado.

    Art. 160. Os peritos elaboraro o laudo pericial, onde descrevero

    minuciosamente o que examinarem, e respondero aos quesitos formulados.

    Pargrafo nico. O laudo pericial ser elaborado no prazo mximo de 10

    dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a

    requerimento dos peritos.

    d) SISTEMA DE APRECIO DO LAUDO PERICIAL

    Adota-se o sistema liberatrio, isto , o juiz pode aceitar ou rejeitar o laudo pericial,

    uma vez que o ordenamento jurdico adotou o sistema do livre convencimento

    motivado.

    Art. 182. O juiz no ficar adstrito ao laudo, podendo aceit-lo ou rejeit-lo, no

    todo ou em parte.

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    Aulas 01 a 16

    Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade

    policial negar a percia requerida pelas partes, quando no for necessria ao

    esclarecimento da verdade.

    22. EXAME DE CORPO DE DELITO

    CORPO DE DELITO o conjunto de vestgios materiais deixados pela infrao,

    podendo ser a prpria materialidade do delito.

    Ex: mancha de sangue no local do crime, leses corporais, porta arrombada no caso

    de furto.

    Porm, nem toda infrao deixa vestgios. Assim, a doutrina divide as infraes em:

    Transeuntes: no deixam vestgios. Ex.: Injria verbal

    No Transeuntes: deixam vestgios. Ex.: Homicdio.

    Para as infraes No-Transeuntes existem o Exame de Corpo de Delito.

    EXAME DE CORPO DE DELITO: a percia que tem por objeto o prprio

    corpo de delito.

    Nas infraes que deixam vestgios, ser indispensvel o exame de corpo

    de delito.

    Pode ser determinado tanto pela autoridade policial como pelo juiz.

    Art. 158. Quando a infrao deixar vestgios, ser indispensvel o exame de

    corpo de delito, direto ou indireto, no podendo supri-lo a confisso do

    acusado.

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    a) ESPCIE:

    Exame de Corpo de Delito DIRETO: aquele em que os peritos dispem do

    prprio corpo de delito (materialidade) para analisar.

    Ex.: A vtima que comparece ao IML aps a agresso

    Exame de Corpo de Delito INDIRETO:

    Corrente Majoritria: quando no for possvel a realizao do exame direto em

    virtude do desaparecimento dos vestgios, a prova testemunhal ou documental

    poder suprir sua essncia.

    - no h laudo pericial, mas to somente prova documental ou testemunhal suprindo a

    ausncia do exame de corpo de delito.

    Art. 167. No sendo possvel o exame de corpo de delito, por haverem

    desaparecido os vestgios, a prova testemunhal poder suprir-lhe a falta.

    Obs.I: O exame de corpo de delito por ser realizado em qualquer dia e qualquer

    horrio.

    Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a

    infrao, a autoridade providenciar imediatamente para que no se altere o

    estado das coisas at a chegada dos peritos, que podero instruir seus laudos

    com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.

    Pargrafo nico. Os peritos registraro, no laudo, as alteraes do estado

    das coisas e discutiro, no relatrio, as conseqncias dessas alteraes na

    dinmica dos fatos.

    Obs. II: Em regra, o laudo pericial no obrigatrio para ajuizamento da ao penal,

    pois pode ser juntando ao longo do processo.

    H duas excees:

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    - Laudo provisrio de constatao da natureza da droga: laudo firmado por

    perito ou pessoa idnea. O laudo definitivo dever ser firmado por 2 peritos oficiais;

    - Crimes contra a propriedade imaterial:

    Obs.III:

    - No delito previsto no art. 7, IX, da Lei 8.137/90 (crimes contra a ordem

    tributria, econmica e contra as relaes de consumo) Mercadoria imprpria ao

    consumo necessrio o exame de corpo de delito.

    - No caso de porte ilegal de munio ou arma de fogo, o STF entendeu por

    desnecessria a realizao de percia para a configurao do crime.

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. POLCIA FEDERAL/CESPE/2012. Com base no direito processual penal, julgue os

    itens que se seguem. De acordo com inovaes na legislao especfica, a

    percia dever ser realizada por apenas um perito oficial, portador de diploma de

    curso superior; contudo, caso no haja, na localidade, perito oficial, o exame

    poder ser realizado por duas pessoas idneas, portadoras de diploma de curso

    superior, preferencialmente na rea especfica. Nessa ltima hiptese, sero

    facultadas a participao das partes, com a formulao de quesitos, e a

    indicao de assistente tcnico, que poder apresentar pareceres, durante a

    investigao policial, em prazo mximo a ser fixado pela autoridade policial.

    2. DELEGADO DE POLCIA-PR/UEL/2013. Quando a infrao deixar vestgios,

    ser indispensvel o exame de corpo de delito, mediante a confisso do

    acusado.

    3. DELEGADO DE POLCIA-PR/UEL/2013. O laudo pericial ser elaborado no

    prazo mximo de dez dias, podendo ser prorrogado, em casos excepcionais, a

    requerimento dos peritos.

    1. Incorreto 2. Incorreto 3. Correto

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    23. EXAME NECROSCPICO

    o exame realizado no cadver objetivando a indicao da causa mortes (anlise

    interna e externa do cadver)

    Art. 162. A autpsia ser feita pelo menos seis horas depois do bito, salvo se

    os peritos, pela evidncia dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita

    antes daquele prazo, o que declararo no auto.

    Pargrafo nico. Nos casos de morte violenta, bastar o simples exame

    externo do cadver, quando no houver infrao penal que apurar, ou quando

    as leses externas permitirem precisar a causa da morte e no houver

    necessidade de exame interno para a verificao de alguma circunstncia

    relevante.

    Art. 164. Os cadveres sero sempre fotografados na posio em que forem

    encontrados, bem como, na medida do possvel, todas as leses externas e

    vestgios deixados no local do crime.

    Art. 165. Para representar as leses encontradas no cadver, os peritos,

    quando possvel, juntaro ao laudo do exame provas fotogrficas, esquemas

    ou desenhos, devidamente rubricados.

    24. EXUMAO

    Entende-se por exumar desenterrar o cadver.

    As vezes necessrio para identificar a real causa da morte, ou, as circunstncias que

    teria ocorrido, ou identificar a pessoa que se encontra sepultada.

    Art. 163. Em caso de exumao para exame cadavrico, a autoridade

    providenciar para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a

    diligncia, da qual se lavrar auto circunstanciado.

    Pargrafo nico. O administrador de cemitrio pblico ou particular indicar o

    lugar da sepultura, sob pena de desobedincia. No caso de recusa ou de falta

    de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadver em lugar no

    destinado a inumaes, a autoridade proceder s pesquisas necessrias, o

    que tudo constar do auto.

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    Aulas 01 a 16

    Art. 166. Havendo dvida sobre a identidade do cadver exumado, proceder-

    se- ao reconhecimento pelo Instituto de Identificao e Estatstica ou

    repartio congnere ou pela inquirio de testemunhas, lavrando-se auto de

    reconhecimento e de identidade, no qual se descrever o cadver, com todos

    os sinais e indicaes.

    Pargrafo nico. Em qualquer caso, sero arrecadados e autenticados todos

    os objetos encontrados, que possam ser teis para a identificao do cadver.

    25. EXAME GRAFOTCNICO

    O exame caligrfico ou grafotcnico se presta a identificar a autoria de

    determinado documento, reconhecendo o responsvel pelo escrito, o que se faz por

    comparao das letras (TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar R.Curso de Direito

    Processual Penal. 7 ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 412)

    Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparao de

    letra, observar-se- o seguinte:

    I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito ser intimada para

    o ato, se for encontrada;

    II - para a comparao, podero servir quaisquer documentos que a dita

    pessoa reconhecer ou j tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu

    punho, ou sobre cuja autenticidade no houver dvida;

    III - a autoridade, quando necessrio, requisitar, para o exame, os

    documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos pblicos, ou

    nestes realizar a diligncia, se da no puderem ser retirados;

    IV - quando no houver escritos para a comparao ou forem insuficientes os

    exibidos, a autoridade mandar que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se

    estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta ltima diligncia poder ser

    feita por precatria, em que se consignaro as palavras que a pessoa ser

    intimada a escrever.

    26. EXAME DE LESES CORPORAIS

    As leses corporais so classificadas em leves, graves e gravssimas.

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    Aulas 01 a 16

    Se no primeiro exame pericial tiver sido incompleto ou insuficiente para precisar a real

    gravidade da leso, ser realizado o exame complementar.

    Ex.: Leses corporais que resulta a incapacidade para as ocupaes habituais por

    mais de 30 dias.

    Art. 168. Em caso de leses corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido

    incompleto, proceder-se- a exame complementar por determinao da

    autoridade policial ou judiciria, de ofcio, ou a requerimento do Ministrio

    Pblico, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

    1o No exame complementar, os peritos tero presente o auto de corpo de

    delito, a fim de suprir-lhe a deficincia ou retific-lo.

    2o Se o exame tiver por fim precisar a classificao do delito no art. 129,

    1o, I, do Cdigo Penal, dever ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias,

    contado da data do crime.

    3o A falta de exame complementar poder ser suprida pela prova

    testemunhal

    27. PERCIA EM INCNDIO

    Art. 173. No caso de incndio, os peritos verificaro a causa e o lugar em que

    houver comeado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o

    patrimnio alheio, a extenso do dano e o seu valor e as demais

    circunstncias que interessarem elucidao do fato.

    28. PERICIA LABORITORIAL

    - Em razo da especificidade do assunto, necessria a realizao de percia tcnica

    em laboratrio.

    Art. 170. Nas percias de laboratrio, os peritos guardaro material suficiente

    para a eventualidade de nova percia. Sempre que conveniente, os laudos

    sero ilustrados com provas fotogrficas, ou microfotogrficas, desenhos ou

    esquemas.

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    29. EXAME DOS INSTRUMENTOS DA INFRAO

    Os instrumentos utilizados para o cometimento do crime devem ser periciados para

    identificar-se sua natureza (arma de fogo, arma branca) e eficincia (aptido para

    provar o resultado lesivo).

    Se o meio empregado for ineficaz, estaremos diante de um crime impossvel.

    Art. 175. Sero sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prtica

    da infrao, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficincia.

    30. EXAME NA DESTRUIO ou ROMPIMENTO DE OBSTCULO OU

    ESCALADA

    Art. 171. Nos crimes cometidos com destruio ou rompimento de obstculo a

    subtrao da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, alm de descrever os

    vestgios, indicaro com que instrumentos, por que meios e em que poca

    presumem ter sido o fato praticado.

    31. AVALIAO

    As coisas destrudas, deterioradas ou que constituam produto do crime devem ser

    avaliadas atravs de percia.

    Ex: Incidncia do Princpio da Insignificncia

    Ex. Furto de Pequeno Valor ou Estelionato de Pequeno valor

    Art. 172. Proceder-se-, quando necessrio, avaliao de coisas destrudas,

    deterioradas ou que constituam produto do crime.

    Pargrafo nico. Se impossvel a avaliao direta, os peritos procedero

    avaliao por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem

    de diligncias.

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    32. DEMAIS DISPOSIES NORMATIVAS

    Art. 177. No exame por precatria, a nomeao dos peritos far-se- no juzo

    deprecado. Havendo, porm, no caso de ao privada, acordo das partes, essa

    nomeao poder ser feita pelo juiz deprecante.

    Pargrafo nico. Os quesitos do juiz e das partes sero transcritos na

    precatria.

    Art. 180. Se houver divergncia entre os peritos, sero consignadas no auto

    do exame as declaraes e respostas de um e de outro, ou cada um redigir

    separadamente o seu laudo, e a autoridade nomear um terceiro; se este

    divergir de ambos, a autoridade poder mandar proceder a novo exame por

    outros peritos.

    Art. 181. No caso de inobservncia de formalidades, ou no caso de omisses,

    obscuridades ou contradies, a autoridade judiciria mandar suprir a

    formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

    Pargrafo nico. A autoridade poder tambm ordenar que se proceda a novo

    exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

    33. CONFISSO

    Confessar reconhecer a autoria da imputao ou dos fatos objeto da

    investigao preliminar por aquele que est no polo passivo da persecuo

    penal. Como o ru defende-se dos fatos, estes que podem ser objeto da

    confisso. (TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar R.Curso de Direito

    Processual Penal. 7 ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 484)

    NATUREZA JURDICA:

    Meio de Prova

    VALOR DA CONFISSO:

    No existe hierarquia entre as provas, sendo a confisso mais um meio

    probatrio (deve ser confrontado com as demais provas do processo)

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    Art. 197. O valor da confisso se aferir pelos critrios adotados para os

    outros elementos de prova, e para a sua apreciao o juiz dever confront-la

    com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe

    compatibilidade ou concordncia.

    Art. 198. O silncio do acusado no importar confisso, mas poder constituir

    elemento para a formao do convencimento do juiz (tacitamente revogado)

    CLASSIFICAO:

    Confisso Simples: o acusado confessa a prtica do delito sem invocar

    qualquer tese de defesa.

    Confisso Qualificada: o acusado confessa a prtica do delito, mas algum

    algum fato modificativo, impeditivo e extintivo.

    Confisso Extrajudicial: aquela feita fora do processo e sem contraditrio e

    ampla defesa.

    Confisso Judicial: aquela realizada em juzo, com observncia do

    contraditrio e ampla defesa

    CARACTERSTICAS:

    - Retratabilidade

    - Divisibilidade

    - Ato personalssimo

    Art. 200. A confisso ser divisvel e retratvel, sem prejuzo do livre

    convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

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    34. OFENDIDO

    O ofendido titular do direito lesado ou posto em perigo, a vtima, sendo que

    suas declaraes, indicando a verso que lhe cabe dos fatos, tm natureza

    probatria (TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar R.Curso de Direito

    Processual Penal. 7 ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 485)

    O ofendido no testemunha; portanto, no presta o compromisso de dizer

    a verdade.

    o primeiro a ser ouvido na audincia de instruo e julgamento

    NATUREZA JURDICA

    Meio de Prova, mas deve ser analisado com cautela

    REPERCUSSO PROCESSUAL:

    1. Deve ser comunicado dos autos processuais de ingresso e sada do acusado

    da priso, designao da data para audincia e sentena e respectivos

    acrdos. As comunicaes sero feitas no endereo indicado por ele,

    podendo ser utilizado o meio eletrnico;

    2. Lugar separado antes da audincia e durante sua realizao;

    3. Encaminhamento judicial a atendimento multidisciplinar;

    4. Retirada do ru da sala para que o ofendido preste declaraes;

    Art. 201. Sempre que possvel, o ofendido ser qualificado e perguntado sobre

    as circunstncias da infrao, quem seja ou presuma ser o seu autor, as

    provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declaraes.

    1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o

    ofendido poder ser conduzido presena da autoridade.

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    2o O ofendido ser comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e

    sada do acusado da priso, designao de data para audincia e

    sentena e respectivos acrdos que a mantenham ou modifiquem.

    3o As comunicaes ao ofendido devero ser feitas no endereo por ele

    indicado, admitindo-se, por opo do ofendido, o uso de meio eletrnico.

    4o Antes do incio da audincia e durante a sua realizao, ser reservado

    espao separado para o ofendido.

    5o Se o juiz entender necessrio, poder encaminhar o ofendido para

    atendimento multidisciplinar, especialmente nas reas psicossocial, de

    assistncia jurdica e de sade, a expensas do ofensor ou do Estado.

    6o O juiz tomar as providncias necessrias preservao da intimidade,

    vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o

    segredo de justia em relao aos dados, depoimentos e outras informaes

    constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposio aos meios de

    comunicao.

    COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS

    1. POLCIA FEDERAL/CESPE/2009. Com base no direito processual penal, julgue os

    itens que se seguem. O sistema processual vigente prev tratamento especial ao

    ofendido, especialmente no que se refere ao direito de ser ouvido em juzo e de

    ser comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e sada do

    acusado da priso, designao de data para audincia e sentena e

    respectivos acrdos. Alm disso, ao ofendido conferido o direito da

    preservao da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem, o que,

    entretanto, no obsta a acareao entre ele e o acusado.

    2. JUIZ SUBSTITUTO-TJ/GO/2012. Em relao prova no processo penal,

    correto afirmar que a confisso divisvel e retratvel;

    1. Correto 2. Correto

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    35. INTERROGATRIO

    O interrogatrio o ato pelo qual o juiz ouve o acusado sobre a imputao que lhe

    feita pela acusao. Nesse ato, o acusado ouvido sobre sua pessoa e sobre os

    fatos.

    O interrogatrio a fase da persecuo penal que permite ao suposto autor da

    infrao esboar a sua verso dos fatos, exercendo, se desejar, a autodefesa.

    Ter o imputado contato com a autoridade, o que lhe permite indicar provas,

    confessar a infrao, delatar outros autores, apresentar teses defensivas que

    entenda pertinente, ou valer-se, se lhe for conveniente, do direito de silncio.

    (TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar R.Curso de Direito Processual Penal. 7

    ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 417)

    a) NATUREZA JURDICA

    Meio de defesa, sendo exerccio da ampla defesa (Autodefesa: direito de audincia e

    direito de presena art. 5, LV, CF)

    b) MOMENTO DE REALIZAO

    ltimo ato da instruo processual, via de regra

    Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciria, no curso

    do processo penal, ser qualificado e interrogado na presena de seu

    defensor, constitudo ou nomeado.

    Art. 196. A todo tempo o juiz poder proceder a novo interrogatrio de ofcio ou

    a pedido fundamentado de qualquer das partes

    c) CARACTERSTICAS

    - Trata de um ato personalssimo

    - presidido pelo juiz

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    - Sujeito ao Contraditrio

    Art. 188. Aps proceder ao interrogatrio, o juiz indagar das partes se restou

    algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se

    o entender pertinente e relevante.

    - O acusado assistido tecnicamente pelo defensor

    Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciria, no curso

    do processo penal, ser qualificado e interrogado na presena de seu

    defensor, constitudo ou nomeado.

    - O acusado, antes do interrogatrio, tem direito a entrevista prvia e reservada com o

    defensor

    - Ato Pblico

    - Ato Oral e Individual

    Observaes

    - : Em relao ao menor de 21 anos no necessrio nomear curador.

    - : Havendo mais de um acusado sero interrogados separadamente

    d) REALIZAO DO ATO

    O interrogatrio composto de duas partes: Pessoa do Acusado e Fatos

    Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da

    acusao, o acusado ser informado pelo juiz, antes de iniciar o

    interrogatrio, do seu direito de permanecer calado e de no responder

    perguntas que lhe forem formuladas.

    Pargrafo nico. O silncio, que no importar em confisso, no poder ser

    interpretado em prejuzo da defesa.

    Art. 187. O interrogatrio ser constitudo de duas partes: sobre a pessoa do

    acusado e sobre os fatos.

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