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 DRA:Filomena Vale CTI infantil Santa Casa O AMOR NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DE TRABALHO

O AMOR NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DE TRABALHO

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Slides da aula " O AMOR NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DE TRABALHO", ministrada pela Dra. Filomena Vale durante o VIII Simpósio de Saúde e Espiritualidade da UFMG, no dia 26/05/12, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina

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O AMOR NAS RELAESINTERPESSOAIS DE TRABALHO

DRA:Filomena Vale CTI infantil Santa Casa

Todos os problemas de uma organizao, onde quer que ocorram, constituem fundamentalmente problemas de relaes humanas.

Mary Parker Follet

A produtividade de um grupo e sua eficincia esto estreitamente relacionadas no somente com a competncia de seus membros, mas sobretudo com a solidariedade de suas relaes interpessoais.Kurt Lewin.

RELAES HARMNICAS E RELAES DESARMNICAS

Como andam, afinal, suas relaes? O tipo de relao que conseguirmos estabelecer com o mundo define que tipo de pessoa somos e qual o valor que a sociedade nos atribui.

Relacionamento no ambiente de Trabalho: com os membros da equipe multidisciplinar com os clientes

Quem sou eu?Pontos Fortes Pontos Fracos

O grau de sensibilidade diante do sofrimento humano indica o grau de humanidade que temos atingido.

Abrahn Heschel

Trabalho amor tornado visvel. Khalil Gibran

Todo o trabalho vazio a no ser que haja amor. Khalil Gibran

"Somos o que repetidamente fazemos. A excelncia, portanto, no um feito, mas um hbito.Aristteles

DICAS DE SUCESSO NOS RELACIONAMENTOSDALE CARNEGIE

No critique, no condene, no se queixe. Elogie.

Desperte nas pessoas uma intensa vontade de realizao.

Sorria Chame as pessoas pelo nome

Oua as pessoasTorne-se verdadeiramente

interessado na outra pessoa

Fale de coisas que interessem a outra pessoa. Faa a outra pessoa sentir-se verdadeiramente importante.

Podemos agregar definio de sade (presena de um bem-estar psicosomtico-social-ambiental-espiritual) uma tendncia ao que integra, ao que harmoniza.

Nesse sentido, patologia seria o mal-estar produzido por uma tendncia ao que desintegra, ao que dissocia, ao que desarmoniza, ao que nos distancia desse ncleo do Ser que nos faz ser.

A enfermidade sempre surpreende, pois aparece como uma intrusa indesejada e introduz a pessoa num mundo novo, desconhecido, estranho. Rompe-se o silncio do corpo, to agradvel e to pouco percebido.

O ser humano no se limita a estar enfermo, mas sabe-se enfermo...A enfermidade chega a formar parte de sua vida consciente:

ele sabe que frgil, vulnervel, limitado... Gera-se uma diviso interna.

Rompe-se uma aliana: meu corpo e eu ramos um. Agora ele tornou-se rebelde, indcil e o pior aliado do desejo de viver, exigindo uma super dose de ateno.A enfermidade o coloca em evidncia.

Somos educados para sermos superhomens ou super-mulheres; aprendemos a no admitir e a no aceitar o limite, a vulnerabilidade, o fracasso...

O peso da enfermidade traz consigo uma dura crise do tecido relacional. Com freqncia, a enfermidade acompanhada de uma certa in-comunicao e in-comunicabilidade.

No h competncias nem habilidades que possam penetrar e desentranhar os mistrios insondveis que se do na interioridade do enfermo, mas percebemos, com nitidez, os medos e angstias, a tristeza e a depresso...O sofrimento faz-se visvel no seu rosto, e no seu olhar vislumbra-se a inquietude de alma.

O tempo da enfermidade normalmente revela-se como uma situao nica e favorvel na qual as pessoas apresentam a si mesmas as questes mais bsicas sobre a existncia:

tempo de recuperar a lucidez talvez perdida, de cair na conta da inevitvel fragilidade e solido, de tomar conscincia de que o eu no se esgota no corpo, pois este no tudo e nem diz tudo.

A recuperao da harmonia perdida no se pode fazer sem o corpo, mas h de super-lo.

A enfermidade manifesta com maior intensidade, que qualquer outra experincia humana, a necessria vinculao do ser humano com seus semelhantes.

O doente um ser que se sente inevitavelmente menos autnomo que quando estava sadio; que necessita, em conseqncia, muito mais da assistncia, da solidaridariedade e do cuidado dos outros.

A humanidade sempre intuiu sobre a importncia das relaes humanas para o desenvolvimento e sade das pessoas. Somos relao e fomos feitos para ela.

Ns seres humanos formamos uma teia de relaes vitais pela qual somos corresponsveis e da qual somos codependentes, podendo potenciar ou ameaar a vida.

O ser humano finito, portanto vulnervel.Ele no se basta a si mesmo; necessita de relaes com o seu meio, com os seus semelhantes e com o Transcendente, dando sentido sua existncia.

Quem no aceita a prpria vulnerabilidade e inter-dependncia no desenvolve atitudes de cuidado.Quem no aceita ser cuidado, tambm no est disposto a cuidar dos outros.

A pessoa vulnervel necessita cuidado regado com afetividade, especialmente ternura, pois deseja ser tratada com delicadeza e sensibilidade

H duas maneiras de olhar para um ser humano: Pode-se v-lo como um ser catico que s se dirige para a morte; ou ver que esse ser humano, mesmo traumatizado, fragilizado, ferido, o espao de onde emerge a liberdade e a harmonia.

Desse ser que sofre e passa por tanta dificuldade, pode surgir um ser de sabedoria e de serenidade

A atitude diante da enfermidade, positiva ou negativa, tem uma influncia efetiva na superao ou no da enfermidade mesma.

Assistir, assistncia e assistencial vem do latim adsistere, que significa estar junto a, deter-se junto a. Semanticamente, o que predomina neste conceito no so tanto os servios prestados quanto a atitude de aproximar-se, prpria de quem se detm e se mantm em p junto pessoa necessitada.

Sabemos que as aes em sade tem duas dimenses: uma tcnica, relacionada com o diagnstico e o tratamento, que pode ser designada como tratar, e outra mais voltada pessoa em sua integralidade, ocuidar.

No tratar, executam-se procedimentos tcnicos e especializados, tendo em vista a doena e a finalidade principal de reparar rgos doentes na busca da cura.

Quem age guiado s pelo tratar centra-se na doena, vendo o paciente como um conjunto de rgos comprometidos em suas funes. A preocupao agir com eficcia, empregando todos os meios diagnsticos e teraputicos possveis na nica finalidade de vencer a luta contra a doena.

Cuidar constitui ato de vida, pois a vida que no cuidada morre.O cuidado no apenas um dos elementos da ateno em sade, mas sua razo de ser.

Cuidar do doente , antes de tudo, estar junto para levantar o esprito, o nimo dele...; cuidar vai alm do tratar a doena, pois implica aes de desvelo, ateno, respeito, acolhimento e preocupao; ir alm da tcnica e da eficcia para desembocar na solidariedade, na gentileza e na cordialidade.

No cuidado, a ateno est centrada no doente, que , antes de tudo, uma pessoa, um ser nico e original. O doente no s um caso a mais, um nmero no leito, mas uma pessoa singular, em uma situao particular, que carece e merece ser assistida de maneira individualizada, integral e respeitosa.

O sentir-se cuidado desperta no paciente sentimentos e emoes positivas, que favorecem sua autonomia e a retomada da vida. (cf. Elma Zoboli)

Com sua presena disponvel escuta e ao acolhimento, seja o profissional de sade ou quem acompanha um doente, expressa sua preocupao e corresponsabilizao pela sade do enfermo. E escuta-se mais com o corao do que com os ouvidos, pois escutar abrir-se cordialmente ao outro, acolhendo.

Isso significa derrubar a barreira da distncia fria e neutra para dar lugar ao cuidado, para sentir o outro e aproximarse dele, para escutar sua voz, voltar-se para o rosto e olhar nos olhos da pessoa que clama por uma resposta a seu apelo de cuidado.

A atitude de desvelo, solicitude, ateno para com o outro decorre do fato de sentirmo-nos responsveis uns pelos outros, em virtude de nos reconhecermos co-partcipes, interdependentes de uma rede de vida que se entrelaa em um todo orgnico, complexo e dialtico.

O cuidado, na sade, atitude essencial para determinar aes que inerentemente visem fomentar uma existncia saudvel do outro ou da comunidade; ali a relao no sujeito-objeto, mas sujeito-sujeito.

No se almeja dominio sobre, mas convivncia com, em uma proximidade, uma acolhida do outro,sentindo-o, respeitando-o, provendo-lhe sossego e repouso.

A experincia que se vive a do valor intrnseco das pessoas. Negar o cuidado leva desumanizao e ao embrutecimento das relaes. O fundamental no cuidado do enfermo empenhar-se na compreenso do outro e sua realidade, saindo de si mesmo para abrir-se e acolher o outro.

A presena diligente e sensvel junto ao enfermo se amplia: no se requer s um profissional de sade capaz de aliviar os sinais e sintomas da doena; outras presenas cuidadoras so decisivas, capazes de escutar, entender e acolher.

Presena solidria que implica sensibilidade, interesse, respeito, ateno, compreenso, considerao e afeto para poder responder s vivncias de aflio e sofrimento.

O cuidado compromisso que decorre de envolvimento; resulta em ao que inclui afeto, considerao e promoo do bem-estar do outro; enfim, permite o cultivo da vida.

O amor a expresso mais alta do cuidado, porque tudo o que amamos tambm cuidamos.E tudo o que cuidamos um sinal de que tambm amamos.

Curar s vezes, aliviar com freqncia, consolar sempre(Brard e Gluber)

PARA FINALIZAR

VIDAMadre Teresa de Calcut

A vida tristeza, supere-a... aproveite-a... uma oportunidade, um jogo, jogue-o... A vida um hino, cante-o... A vida preciosa, cuide dela... beleza, admire-a... A vida felicidade,aceite-a... uma riqueza, conserve-a... luta, deguste-a... A vida aventura, arrisque-a... amor, goze-o... A vida um sonho, torne-o realidade... mistrio, descubra-o... A vida alegria, merea-a... um desafio, enfrente-o... promessa, cumpra-a... A vida vida, defenda-a... A vida um dever, cumpra-o...

PELA OPORTUNIDADE OBRIGADA!