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O CENÁRIO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL EM 2013 Resumo das palestras do Seminário Energia + Limpa: Conhecimento, Sustentabilidade e Integração

O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013 · seminário de 2013. Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012)

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Page 1: O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013 · seminário de 2013. Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012)

O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013

Resumo das palestras do Seminário Energia + Limpa:Conhecimento, Sustentabilidade e Integração

Page 2: O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013 · seminário de 2013. Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012)

Confira os slides das palestras em www.institutoideal.orgVea las diapositivas de las conversaciones en www.institutoideal.org

SUMÁRIO - resUmenAbertura / Apertura ............................................................................................................... 4

Projeto Solar / Proyecto Solar ............................................................................................. 6Maury Garrett da Silva – Gerente do projeto P&D da Tractebel

Solarização do Aeroporto Internacional Hercílio Luz / Uso de Energía Solar en el Aeropuerto Internacional Hercílio Luz ................................................................................... 8Mauro Cauville - Superintendente de Meio Ambiente da Infraero

Financiamentos em Energias Renováveis / Financiación de Energías Renovables post-subsidios ..................................................................................................................... 10Cláudia Noel - BNDES, Ludmila Aucar Felipe - Caixa, Antje Fehr - GSL

Lançamento do Fundo Solar / Lanzamiento del Fondo Solar ......................................... 14Mauro Passos - Instituto Ideal, Antje Fehr - GSL, Peter Krenz - GIZ

Eco_Lógicas ...................................................................................................................... 16instituto ideal

Perspectivas para a geração eólica no Brasil / Perspectivas para la generación de energía eólica en Brasil ........................................................................... 18Elbia Melo - Presidente-executiva da Abeeólica

Comercializador varejista, o que muda no Mercado Livre / Comercializador minorista, qué cambia en el mercado libre ........................................................................................................20César Pereira - gerente de atendimento ao mercado da CCEE

Desafios para o crescimento das renováveis no Mercado Livre Brasileiro / Retos para el crecimiento de las energías renovables en el mercado livre brasileño ....... 22Alexandre Lopes - Diretor técnico da Abraceel

O que muda para consumidores e distribuidoras com a Resolução Normativa 482/2012 / ¿Qué cambia para consumidores y distribuidores con la Resolución Normativa 482/2012....... 24Daniel Vieira - Especialista em regulação da distribuição da Aneel

Normas para conexão à rede de microgeração distribuída / Normas para conexión a la red de microgeneración distribuida ............................................................. 26Pablo Cupani Carena - assistente da diretoria de distribuição da Celesc

A experiência de quem está no mercado: projetos e perspectivas / La experiencia de quien está en el mercado: proyectos y perspectivas .......................................................... 28Sergio Esteves - gerente de negócios em energia solar e smart grid da WEG

Registro fotográfico / Registro fotográfico ....................................................................... 30

ORGANIZAÇÃO: Fátima Martins, Mauro Passos, Paula Scheidt e Ricardo Rüther

PRODUÇÃO: Quorum ComunicaçãoCoordenação: Gastão Cassel Reportagem e texto: Edson BurgTradução: Pedra RosettaFotografia: Sônia VillProjeto Gráfico: Audrey Schmitz Schveitzer

IMPRESSÃO: Alternativa GráficaTiragem: 1.500 exemplares2013

Page 3: O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013 · seminário de 2013. Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012)

ABERTURA

apertUra

Pelo quarto ano consecutivo, o Instituto Ideal trouxe à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a discussão global sobre sustentabilida-de e o uso de energias renováveis. Na primeira edição, em 2010, o Seminário Mercosul Pós-Copenhague debateu a considerada fracassada COP-15, enquanto o seminário seguinte, já inti-tulado Energia Limpa, foi realizado no rastro do desastre nuclear de Fukushi-ma. No ano passado, os setores em-presarial e acadêmico presentes no evento trouxeram questões aborda-das posteriormente no Rio+20, reali-zado três meses depois.

Mais uma vez, o Seminário Ener-gia + Limpa pode propor discussões acerca de temas atuais – neste caso, as mudanças a nova resolução norma-tiva da ANEEL (482/2012), que cria um sistema de compensação de energia, incentivando a geração distribuída a partir de fontes renováveis de energia. Formas de fomentos, adequações téc-nicas e o impacto ambiental da reso-lução foram algumas das abordagens apresentadas na edição de 2013.

Na abertura, o presidente do Institu-to Ideal, Mauro Passos, ressaltou ainda

Pelo quarto ano consecutivo, o Instituto Ideal trouxe à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a discussão global sobre sustentabilida-de e o uso de energias renováveis. Na primeira edição, em 2010, o Seminário Mercosul Pós-Copenhague debateu a considerada fracassada COP-15, enquanto o seminário seguinte, já inti-tulado Energia Limpa, foi realizado no rastro do desastre nuclear de Fukushi-ma. No ano passado, os setores em-presarial e acadêmico presentes no evento trouxeram questões abordadas posteriormente no Rio+20, realizado três meses depois.

Mauro Passos, Presidente do Instituto Ideal / Presidente del Instituto Ideal.

Mesa de abertura / Mesa de apertura: Antonio Vituri (Eletrosul), Mauro Passos (Instituto Ideal), Carlos Alberto Justo da Silva (UFSC), Alícia Torres (CEFIR).

a ampliação do Concurso Latino-Ame-ricano de Monografias sobre Energias Renováveis e Eficiência Energética Eco_Lógicas, que reuniu 36 trabalhos da Argentina, Paraguai, Uruguai e Bra-sil, reforçando a ligação umbilical do evento com a pesquisa acadêmica.

O seminário teve ainda como destaque o lançamento do Fundo Solar, criado em parceria com o Grü-ner Strom Label (Selo de Eletricidade Verde da Alemanha) e com o apoio da Cooperação Alemã para o Desen-volvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Interna-tionale Zusammenarbeit (GIZ), para o investimento e viabilidade econô-mica de produção de energia foto-voltaica com microgeradores de até 5 kW de potência.

Mais uma vez, o Seminário Energia + Limpa pode propor discussões acer-ca de temas atuais – neste caso, as mu-danças a nova resolução normativa da ANEEL (482/2012), que cria um sistema de compensação de energia, incenti-vando a geração distribuída a partir de fontes renováveis de energia. Formas de fomentos, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução foram algumas das abordagens apresentadas na edição de 2013.

Na abertura, o presidente do Ins-tituto Ideal, Mauro Passos, ressaltou ainda a ampliação do Concurso Latino-Americano de Monografias sobre Ener-gias Renováveis e Eficiência Energética Eco_Lógicas, que reuniu 36 trabalhos da Argentina, Paraguai, Uruguai e Bra-sil, reforçando a ligação umbilical do evento com a pesquisa acadêmica.

O seminário teve ainda como destaque o lançamento do Fundo Solar, criado em parceria com o Grü-ner Strom Label (Selo de Eletricidade Verde da Alemanha) e com o apoio da Cooperação Alemã para o Des-envolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Interna-tionale Zusammenarbeit (GIZ), para o investimento e viabilidade econô-mica de produção de energia foto-voltaica com microgeradores de até 5 kW de potência.

Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da ANEEL (482/2012) foram algumas das abordagens apresentadas no seminário de 2013.

Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012) foram algumas das abordagens apresentadas no seminário de 2013.

4 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO _ 5

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Para Maury Garret da Silva, da Tractebel Energia, assegurar a oferta de energia em países em desenvol-vimento e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases de efeito estufa para desacelerar as mudanças climá-ticas é o maior desafio das geradoras de energia no mundo – e a Tractebel, a maior geradora privada do Brasil, volta suas atenções à energia solar.

PROjETO SOLARMAURy GARRETT DA SILVA – Gerente do projeto P&D da Tractebel

Embora já possua uma das ma-trizes mais limpas do mundo, por ser composta principalmente de hidrelétri-cas, o Brasil ainda precisa ampliar seus investimentos em outras fontes renová-veis. “A previsão do Ministério de Minas e Energia é de um grande crescimento no setor. Teremos de gerar energia de todas as fontes, não apenas a hidrelé-trica”, pontuou Maury.

O projeto em energia solar da Trac-tebel integra o P&D Estratégico “Arran-jos Técnicos e Comerciais para a Inser-ção de Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”, lançado pela Aneel em agosto de 2001. Foram aprovados 17 projetos, que irão pro-duzir 24 MWp de energia solar, num investimento total de R$ 395 milhões.

O P&D Estratégico da Tractebel prevê a implantação de uma usina fo-tovoltaica em Tubarão, no sul de San-ta Catarina, e de mais oito módulos de avaliação em todo o país. “O projeto abrange cinco regiões geográficas, com climas variados”, explica. Onze empresas cooperadas atuam no pro-jeto, cujo cronograma é de três anos. “Ao final, nós saberemos qual a me-lhor tecnologia para cada uma dessas regiões”, promete Maury. “A implan-tação da energia solar pode ser um pouco lenta, mas vai ser a nova onda. É a fonte alternativa que mais crescerá nos próximos anos.”

Maury Garrett da Silva

prOyectO sOlarMaury Garrett da SIlva – Gerente del proyecto P&d de tractebel

Para Maury Garret da Silva, de Tractebel Energía, asegurar la oferta de energía en paí-ses en desarrollo y, a la vez, reducir las emisiones de gases de efecto inverna-dero para desace-lerar los cambios climáticos es el ma-yor reto de las ge-neradoras de ener-gía en el mundo – y Tractebel, la mayor generadora privada de Brasil, volta su atención hacia la energía solar.

Aunque ya tenga una de las ma-trices más limpias del mundo, por estar compuesta principalmente de hidroeléctricas, Brasil todavía nece-sita ampliar sus inversiones en otras fuentes renovables. “La previsión del Ministerio de Minas y Energía es de un gran crecimiento en el sector. Ten-dremos que generar energía de todas las fuentes, no sólo la hidroeléctrica”, expresó Maury.

El proyecto de energía solar de Tractebel integra el P&D Estratégico “Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Geração Solar Fotovol-taica na Matriz Energética Brasileira” (Arreglos Técnicos y Comerciales para la Inserción de Generación de Energía Solar Fotovoltaica en la Matriz Energé-tica Brasileña), lanzado por Aneel en agosto de 2001. Fueron aprobados 17 proyectos, que irán producir 24 MWp de energía solar, con una inversión to-tal de R$ 395 millones.

El P&D Estratégico de Tractebel prevé la implantación de una usina

fotovoltaica en Tubarão, en el sur de Santa Catarina, y de más ocho mó-dulos de evaluación en todo el país. “El proyecto abarca cinco regiones geográficas, con climas variados”, explica. Once empresas cooperadas actúan en el proyecto, cuyo cronogra-ma es de tres años. “Al final, sabre-mos cuál es la mejor tecnología para cada una de esas regiones”, promete Maury. “La implantación de la energía solar puede ser un poco lenta, pero será la nueva tendencia. Es la fuen-te alternativa que más crecerá en los próximos años.”

el p&d estratégico de tractebel prevé la implantación de una usina fotovoltaica en tubarão, en el sur de santa catarina, y de más ocho módulos de evaluación en todo el país.

6 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 76 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

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SOLARIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNAcIONAL HERcÍLIO LUZMAURO CAUVILLE - Superintendente de Meio Ambiente da Infraero

Entre os 11 programas ambien-tais das unidades técnicas de aero-navegação e aero-portos administra-dos pela Infraero, o uso racional de energia elétrica é um dos que têm maior investimen-to. Segundo o su-perintendente de meio ambiente da empresa, Mauro Cauville, a tecnolo-gia solar fotovoltaica tem ganhado aten-ção especial, princi-palmente por causa de sua forma de im-plantação. “Ela tem uma vantagem so-bre a energia eólica, que depende de uma área maior e com equipamentos que muitas vezes podem interferir no funcionamento das unidades”, explica.

O desenvolvimento de ações para uso da energia solar iniciou-se em 2006, em parceria com institutos de ciência e tecnologia. Em 2008 foi fir-mado um termo de cooperação com a UFSC para avaliar o potencial de geração nos aeroportos de Florianó-polis, Brasília, Guarulhos, Rio de Ja-neiro (Galeão e Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas). “O modelo de im-plantação depende das condições de cada região, então é um desafio que temos que vencer”, salienta.

Mauro Cauville

Sistema de geração de energia solar instalado sobre a cobertura do Terminal de Cargas do Aeroporto de Florianópolis / Sistema de geração de energia solar instalado sobre a cobertura do terminal de

Cargas do aeroporto de Florianópolis

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Além desses estudos, a Infraero já faz uso de geradores de energia foto-voltaica em algumas unidades, como no terminal de cargas do aeroporto de Florianópolis, na central de armazena-mento de ruídos em Jacarepaguá e na iluminação e luzes de emergência do prédio administrativo no Grupo de Na-vegação Aérea (GNA) de Bauru, SP.

Para Deville, um dos entraves para um maior investimento no setor é o fato de a Infraero ser uma empresa pú-blica e, por isso, precisar de processo de licitação. “Os outros sistemas têm um custo menor, então temos uma si-tuação meio antagônica: querermos energia mais limpa, mas termos de atender aos quesitos legais.”

UsO de energía sOlar en el aerOpUertO internaciOnal HercíliO lUzMauro CauvIlle - Superintendente de Medio ambiente de Infraero

Entre los 11 programas ambien-tales de las unidades técnicas de aeronavegación y aeropuertos admi-nistrados por Infraero, el uso racional de energía eléctrica es uno de los que tiene mayor inversión. Según el super-intendente de medio ambiente de la empresa, Mauro Cauville, la tecnolo-gía solar fotovoltaica ha ganado aten-ción especial, principalmente a causa de su forma de implantación. “Ella tie-ne una ventaja sobre la energía eóli-ca, que depende de un área mayor y de equipamientos que muchas veces pueden interferir en el funcionamiento de las unidades”, explica.

El desarrollo de acciones para uso da energía solar tuvo inicio en 2006, en colaboración con institutos de ciencia y tecnología. En 2008, se firmó un térmi-no de cooperación con la UFSC (Uni-versidad Federal de Santa Catarina) para evaluar el potencial de generación en los aeropuertos de Florianópolis, Brasilia, Guarulhos, Río de Janeiro (Galeão y Santos Dumont) y São Paulo (Congonhas). “El modelo de implanta-ción depende de las condiciones de cada región, por eso es un reto que necesitamos vencer”, señala.

Además de esos estudios, Infraero ya utiliza generadores de energía fo-tovoltaica en algunas unidades, como en el terminal de cargas del aeropuer-to de Florianópolis, en la central de almacenamiento de ruidos en Jacare-paguá y en la iluminación y luces de emergencia del edificio administrativo del Grupo de Navegación Aérea (GNA) de Bauru, SP.

Para Deville, uno de los obstáculos para una mayor inversión en el sector es el hecho de Infraero ser una empresa pública y, por eso, necesitar realizar pro-cesos de licitación. “Los otros sistemas tienen un menor costo, lo que nos pone en una situación antagónica: queremos energía más limpia, pero tenemos que atender a las cuestiones legales.”

“Queremos energía más limpia, pero tenemos que atender a las cuestiones legales”

8 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 9

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As ferramentas para buscar fundos e investimentos para a implantação de energias renováveis foi tema de mesa--redonda que reuniu representantes do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Grüner Strom Label (GSL - Selo de Eletricidade Verde da Alemanha).

Segundo Cláudia Noel, gerente do Departamento de Energias Renová-veis do BNDES, entre 2003 e 2012 o Banco aprovou 396 projetos nos seg-mentos de geração, transmissão, dis-tribuição e racionalização de energia elétrica, com financiamento total aci-

ma de R$ 122 mil. O BNDES participa desses projetos por meio de fundos de investimentos, capital social, com-pra de debêntures emitidas e financia-mento de longo prazo. “Em geração de energia alternativa, atualmente, a participação em pequenas centrais hi-drelétricas e sistemas de energia eó-lica são as mais relevantes em nossa carteira técnica”, salienta.

Uma das linhas oferecidas pelo BNDES atende ao Fundo Clima, cria-do em 2009 com a finalidade de finan-

FINANcIAMENTOS EM ENERGIAS RENOvÁvEISCLáUDIA NOEL - Gerente do Departamento de Energias Renováveis do BNDES, LUDMILA AUCAR FELIPE - Gerente nacional da área de Financiamento para Saneamento e Infraestrutura da Caixa, ANTJE FEHR - Gerente de projetos e de clientes do Grüner Strom Label (GSL)

ciar projetos, estudos e empreendi-mentos de mitigação das mudanças climáticas. O orçamento de R$ 560 milhões é administrado por um comitê gestor, formado por membros de dez ministérios e representantes do BN-DES e da sociedade civil.

Na Caixa Econômica Federal, ex-plica Ludmila Aucar Felipe, do setor de Infraestrutura e Saneamento, os financiamentos em eficiência energé-tica iniciaram-se em 1998. À época, foi

percebida uma mudança nos custos das prestadoras de serviços de sa-neamento básico, sendo o custo de energia a segunda maior despesa. “Isso significava que a Caixa, como agente de financiamento, tinha que tratar desse setor.”

A partir de então, as linhas de fi-nanciamento para todos os setores, como habitação e transporte, passa-ram a viabilizar alternativas sustentá-veis. “Focamos na diversificação da matriz, desde unidades eólicas, so-lares e hidrelétricas. Inclusive temos uma parceria com o Banco Mundial nesses projetos que utilizam meca-nismos de desenvolvimento limpo”, conclui Ludmila. Desde 2007 foram investidos pela Caixa, por meio de fi-nanciamento, mais de R$ 65 milhões nas áreas de saneamento, habitação e infraestrutura, sempre com foco na sustentabilidade.

Para buscar esses financiamentos públicos, tanto via BNDES quanto via Caixa, os pleiteantes devem compro-var sua eficiência técnica. Na Alema-nha, uma das formas de certificação

Johannes Kissel (GIZ), Ludmila Aucar Felipe (Caixa), Antje Fehr (GSL), Cláudia Noel (BNDES)

Projeto financiado pela GSL em escola na Alemanha / Projeto financiado pela GSl em escola na alemanha

Projeto de saneamento financiado pela Caixa / Projeto de saneamento financiado pela Caixa

é o GSL, o selo de eletricidade verde. “Através do selo os consumidores têm certeza de que seu produto é ecoló-gico e de energia sustentável. Seria como o cliente saber se está compran-do um alimento orgânico ou não”, res-salta a gerente de projetos Antje Fehr.

O GSL é o selo mais antigo da Alemanha, criado em 1998, e o único sustentado por associações ambientais do país europeu.

Uma das linhas do BNDES atende ao Fundo clima, criado em 2009 com a finalidade de financiar projetos, estudos e empreendimentos de mitigação das mudanças climáticas.

O GSL é o selo mais antigo da Ale-manha, criado em 1998, e o único sus-tentado por associações ambientais do país europeu. Além de garantirem um alto nível de qualidade em suas exi-gências, as associações desenvolve-ram um critério que, para cada kWh de energia limpa utilizada, há um repasse de cerca de R$ 2,40 para um fundo de fomento de novos geradores de ener-gia renovável. “Hoje já são mais de 900 projetos financiados por nós, com um total de potência de 54 MW.”

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10 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO10 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO _ 11

Page 7: O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013 · seminário de 2013. Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012)

Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 1312 _ Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN

Las herramientas para buscar fon-dos e inversiones para la implantación de energías renovables fue el tema de la mesa de debates que reunió repre-sentantes del BNDES, de la Caja Eco-nómica Federal y de Grüner Strom La-bel (GSL - Sello de Electricidad Verde de Alemania).

Según Cláudia Noel, gerente del Departamento de Energías Renova-bles del BNDES, entre 2003 y 2012, el Banco aprobó 396 proyectos en los segmentos de generación, transmi-sión, distribución y racionalización de energía eléctrica, con financiación to-tal superior a los R$ 122 mil. El BNDES

Financiación de energías renOvaBlesCláudIa Noel - Gerente del departamento de energías renovables del BNdeS, ludMIla auCar FelIPe - Gerente nacional del área de Financiación para Saneamiento e Infraestructura de la Caja, aNtje Fehr - Gerente de proyectos y de clientes de Grüner Strom label (GSl)

participa de tales proyectos por medio de fondos de inversiones, capital so-cial, compra de debentures emitidos y financiación de largo plazo. “En ge-neración de energía alternativa, actual-mente, la participación en pequeñas centrales hidroeléctricas y sistemas de energía eólica son las más relevantes en nuestra cartera técnica”, señala.

Una de las líneas ofrecidas por el BNDES atiende al “Fundo Clima” (Fondo Clima), creado en 2009 con el fin de financiar proyectos, estudios y emprendimientos de mitigación de los cambios climáticos. El presupuesto de R$ 560 millones es administrado por

un comité gestor, formado por miem-bros de diez ministerios y representan-tes del BNDES y de la sociedad civil.

En Caja Económica Federal de Brasil, explica Ludmila Aucar Felipe, del sector de Infraestructura y Sanea-miento, las financiaciones en el área de eficiencia energética tuvieron inicio en 1998. En la época, se notó un cambio en los costos de las prestadoras de ser-vicios de saneamiento básico, teniendo en cuenta que el costo de energía es el segundo mayor gasto. “Eso significaba que Caja Económica Federal de Brasil, como agente de financiación, necesita-ba cuidar de ese sector.”

A partir de entonces, las líneas de financiación para todos los sectores, como habitación y transporte, pasaron a hacer viables alternativas sostenibles. “Nos concentramos en la diversificación de la matriz, desde las unidades eóli-cas, solares e hidroeléctricas. Incluso tenemos una colaboración con el Ban-co Mundial en los proyectos que utilizan mecanismos de desarrollo limpios”, con-cluye Ludmila. Desde 2007, Caja Eco-nómica Federal de Brasil, por medio de financiaciones, ha invertido más de R$ 65 millones en las áreas de saneamiento, habitación e infraestructura, siempre con miras hacia la sostenibilidad.

Para buscar esas financiaciones públicas, tanto del BNDES como de Caja Económica Federal, los solici-tantes deben comprobar su eficiencia técnica. En Alemania, una de las for-mas de certificación es el GSL, el sello de electricidad verde. “Por medio del sello, los consumidores se certifican que su producto es ecológico y utili-za energía sostenible. Sería como si el cliente supiera se está comprando un alimento orgánico o no”, señala la ge-rente de proyectos Antje Fehr.

El GSL es el sello más antiguo da Alemania, creado en 1998, y el único mantenido por asociaciones ambien-tales del país europeo. Además de garantizar un alto nivel de calidad en sus exigencias, las asociaciones desa-rrollaron un criterio según el que, para cada kWh de energía limpia utilizada, cerca de R$ 2,40 van para un fondo de fomento de nuevos generadores de energía renovable. “Hoy ya son más de 900 proyectos financiados por noso-tros, con una potencia total de 54 MW.”

Parque eólico financiado pela GSL / Parque eólico financiado pela GSl

el gsl es el sello más antiguo da alemania, creado en 1998, y el único mantenido por asociaciones ambientales del país europeo.

Una de las líneas del Bndes atiende al “Fundo clima” (Fondo clima), creado en 2009 con el fin de financiar proyectos, estudios y emprendimientos de mitigación de los cambios climáticos.

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GSL

Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 13

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Durante o Seminário Energia + Limpa, o Instituto Ideal oficializou par-ceria com o Grüner Strom Label (Selo de Eletricidade Verde da Alemanha) e o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), para a criação do Fundo Solar. A ferra-menta deve incentivar e viabilizar eco-nomicamente a produção de energia fotovoltaica, principalmente para pes-soas físicas e jurídicas interessadas em instalar um pequeno microgerador integrado à edificação, com até 5 kWp de potência.

Entre os critérios para pleitear o recurso, ressalta Peter Krentz, gestor do Fundo Solar do Instituto Ideal, está a participação no sistema de compen-sação de energia e a realização do projeto por uma empresa com experi-ência comprovada. “É o primeiro fun-do para incentivo de energia fotovol-

LANÇAMENTO DO FUNDO SOLARMAURO PASSOS - Instituto Ideal, ANTJE FEHR - GSL, PETER KRENZ - GIZ

taica no Brasil. E são recursos a fundo perdido, não reembolsáveis.”

A Resolução Normativa 482/2012 da Aneel facilita a conexão à rede de distribuição de mini e microusinas de geração elétrica a partir de fontes re-nováveis, além de propor a criação de um sistema de compensação de ener-gia, o net metering.

Segundo Antje Fehr, o GSL apoia o Fundo Solar porque o Brasil tem enorme potencial para a energia solar, e iniciativas neste formato tor-nam a geração fotovoltaica econo-micamente viável. Os recursos de aproximadamente R$ 65 mil foram disponibilizados por empresas pú-blicas de geração de energia na Ale-manha. “Essa é uma discussão glo-bal, por isso decidimos que o valor arrecadado não deve permanecer somente na Alemanha.”

lanzamientO del FOndO sOlarMauro PaSSoS - Instituto Ideal, aNtje Fehr - GSl, Peter KreNz - GIz

Durante el Seminario “Energia + Limpa” (Energía + Limpia), el Insti-tuto Ideal oficializó una colaboración con Grüner Strom Label (Sello de Electricidad Verde de Alemania) y el apoyo de la Cooperación Alema-na para el Desarrollo Sostenible, por medio de Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), para la creación del “Fundo Solar” (Fondo Solar). La herramienta debe estimular y hacer viable económica-mente la producción de energía foto-voltaica, principalmente para perso-nas físicas y jurídicas interesadas en instalar un pequeño microgenerador integrado a la edificación, con hasta 5 kWp de potencia.

Entre los criterios para solicitar el recurso, destaca Peter Krentz, gestor del Fondo Solar del Instituto Ideal, está la participación en el sistema de compensación de energía y la reali-zación del proyecto por una empresa con experiencia comprobada. “Es el primer fondo de incentivo al uso de energía fotovoltaica en Brasil. Y los recursos son una inversión a fondo perdido, no reembolsable.”

La Resolución Normativa 482/2012 de Aneel facilita la conexión a la red de distribución de mini y microusinas de generación eléctrica a partir de fuen-tes renovables, además de proponer la creación de un sistema de compen-

sación de energía, el balance neto (del inglés, net metering).

Según Antje Fehr, el GSL apoya el Fondo Solar porque Brasil tiene enorme potencial para la energía so-lar, e iniciativas en este formato ha-cen la generación fotovoltaica eco-nómicamente viable. Aproximada-mente R$ 65 mil en recursos fueron puestos a disposición por empresas públicas de generación de energía en Alemania. “Esa es una discusión global, por eso decidimos que el va-lor recaudado no debe permanecer sólo en Alemania.”

la herramienta debe estimular y hacer viable económicamente la producción de energía fotovoltaica, principalmente para personas físicas y jurídicas interesadas en instalar un pequeño microgenerador integrado a la edificación.

Oficialização da parceira entre o Instituto Ideal, a GSL e a GIZ / oficialização da parceira entre o Instituto Ideal, a GSl e a GIz

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14 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 15

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Quatro pesquisas de estudantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uru-guai fazem parte da edição de 2012 do Eco_Lógicas, concurso latino--americano de monografias promovi-do pelo Instituto Ideal para incentivo a pesquisas acadêmicas sobre ener-gias renováveis e eficiência energéti-ca. No total, 36 trabalhos foram inscri-tos, cada país com um representante selecionado para expor sua pesquisa durante o Seminário Energia + Limpa.

A entrega dos prêmios de US$ 20 mil, para o estudante, e de US$ 10 mil, para o professor orientador, ocorreu no encerramento do evento. Neste ano, a tese de doutorado “Oportunidades y Limitaciones de Sistemas Bioenergéti-cos a Partir de Los Recursos del Norte Argentino em un Marco se Sustentabi-lidad: Estudio, Propuestas y Evaluaci-ón”, da pesquisadora argentina Silvina Magdalena Manrique, da Universidade Nacional de Salta (UNSa), na Argenti-na, foi a contemplada.

Em seu estudo, Silvina ressalta que 90% da matriz energética da Ar-gentina vêm de petróleo e gás, que sofre diminuição da reserva e aumen-

Cuatro investigaciones de estudian-tes de Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay forman parte de la edición de 2012 de Eco_Lógicas, concurso latino-americano de monografías promovido por el Instituto Ideal para el incentivo a investigaciones académicas sobre energías renovables y eficiencia ener-gética. En el total, 36 trabajos fueron inscriptos, y cada país tuvo un repre-sentante seleccionado para exponer su investigación durante el Seminario “Energia + Limpa” (Energía + Limpia).

La entrega de los premios de US$ 20 mil, para el estudiante, y de US$ 10 mil, para el profesor orientador, ocu-rrió en el cierre del evento. Este año, la tesis de doctorado “Oportunidades y Limitaciones de Sistemas Bioenergéti-cos a Partir de Los Recursos del Norte Argentino en un Marco de Sustenta-bilidad: Estudio, Propuestas y Evalua-ción”, de la investigadora argentina Silvina Magdalena Manrique, de la Universidad Nacional de Salta (UNSa), en Argentina, fue la ganadora.

En su estudio, Silvina señala que un 90% de la matriz energética de Argentina es originario de petróleo y gas, que sufre reducción de sus re-servas y aumento de la demanda, que deberá duplicar en los próximos 15 años. El objetivo de la investigación fue identificar y crear propuestas

EcO_LóGIcASINSTITUTO IDEAL

to da demanda, que deverá duplicar nos próximos 15 anos. A finalidade da pesquisa é mapear e gerar propostas bioenergéticas específicas para cada região. No estudo de caso, no Valle de Lerma, em Salta, a biomassa poderia funcionar como ferramenta estratégi-ca para a implementação de sistemas energéticos sustentáveis.

Para o próximo ano, o objetivo do Instituto Ideal é atrair pesquisadores de outros países para participar do Eco_Lógicas, fortalecendo o alcance latino-americano do concurso.

bioenergéticas específicas para cada región. En el estudio de caso, en el Valle de Lerma, en Salta, la biomasa podría funcionar como herramienta estratégica para la implantación de sistemas energéticos sostenibles.

Para el próximo año, el objetivo del Instituto Ideal es atraer investiga-dores de otros países para participar de Eco_Lógicas y fortalecer el alcance latinoamericano del concurso.

Silvina Magdalena Manrique (Argentina), vencedora do Concurso e Fulano(?)

Ana Paula Melo (Brasil) Ernesto Elenter (Uruguai/uruguay)

Jorge Esteban Rodas Benítez (Paraguai/Paraguay)

cada país tuvo un representante seleccionado para exponer su investigación durante el seminario “energia + limpa” (energía + limpia).

16 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 17

ecO_lógicasINStItuto Ideal

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PERSPEcTIvAS PARA A GERAÇÃO EóLIcA NO BRASILELBIA MELO - Presidente-executiva da Abeeólica

perspectivas para la generación de energía eólica en BrasilelBIa Melo - Presidente ejecutiva de abeeólica

“Estamos num momento importan-te na implementação das chamadas fontes renováveis não convencionais no Brasil.” Com essa constatação, a presidente-executiva da Abeeólica, El-bia Melo, começou sua palestra sobre as perspectivas para a geração eólica no país. Até dezembro de 2012 o Brasil era o 15º no ranking mundial de gera-ção de energia eólica, com 2,51 GW de capacidade instalada. Mas em 2013 passará para a 10ª colocação, com o incremento de mais 4 GW. “Isso mostra a capacidade que temos, e os núme-ros vão mudar ainda mais quando os investimentos forem efetivos”, avalia.

O aumento significativo é conse-quência de alguns fatores, como o crescimento no mercado de fabrican-tes de aerogeradores: em 2009 eram apenas duas empresas especializa-das, hoje já são nove. Elbia aponta ainda para uma maior procura no

desenvolvimento de projetos, que de-vem expandir os parques eólicos no Brasil, hoje instalados essencialmente nas regiões Sul e Nordeste, e no esta-do do Rio de Janeiro.

Elbia também ressalta o ganho socioeconômico com as instalações dos parques, com geração de mais de 280 mil empregos diretos e indiretos na construção e 6,2 mil novos postos de trabalho permanentes para o fun-cionamento. “A atividade eólica não é concorrente, ela é complementar das atividades econômicas da região, além de ser socialmente justa”, argumenta.

Falta ainda, aponta, compreender que a energia eólica não é uma subs-tituta das fontes já existentes e deve atuar em conjunto com as usinas hidrelétricas. “Por isso falamos em diversidade de matrizes. Temos que aproveitar essa diversificação e torná--las complementares.”

Elbia Melo

“Estamos en un momento importan-te en la implantación de las llamadas fuentes renovables no convencionales en Brasil.” Con tal constatación, la pre-sidente ejecutiva de Abeeólica, Elbia Melo, empezó su conferencia sobre las perspectivas para la generación eólica en el país. Hasta diciembre de 2012, Brasil era el 15º en el ranking mundial de generación de energía eólica, con 2,51 GW de capacidad instalada. Pero en 2013 pasará para la 10ª posición, con un incremento de más 4 GW. “Eso muestra la capacidad que tenemos, y los núme-ros van a cambiar aún más cuando las inversiones sean efectivas”, evalúa.

El aumento significativo es conse-cuencia de algunos factores, como el crecimiento del mercado de fabrican-tes de aerogeneradores: en 2009 había sólo dos empresas especializadas, hoy ya hay nueve. Elbia señala también una mayor procura por el desarrollo de pro-

yectos, que deben expandir los parques eólicos en Brasil, hoy instalados esen-cialmente en las regiones Sur y Nordes-te, y en el estado de Río de Janeiro.

Elbia destaca además la ganancia socioeconómica con las instalaciones de los parques, con la generación de más de 280 mil puestos de trabajo di-rectos e indirectos en la construcción y 6,2 mil nuevos puestos de trabajo permanentes para el funcionamiento. “La actividad eólica no es competido-ra, es complementaria de las activida-des económicas de la región, además de ser socialmente justa”, argumenta.

Falta, todavía, indica, comprender que la energía eólica no es una subs-tituta de las fuentes ya existentes y debe actuar de forma conjunta con las usinas hidroeléctricas. “Por eso habla-mos sobre diversidad de matrices. De-bemos aprovechar la diversificación y hacerlas complementarias.”

18 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 19

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As dificuldades e perspectivas no mercado livre de energia foram tema da palestra de César Pereira, gerente de atendimento da Câmara de Comercialização de Energia Elé-trica (CCEE), criada para administrar o mercado elétrico brasileiro no Sis-tema Interligado Nacional. Segundo Pereira, significativas mudanças nes-se sistema podem favorecer peque-nos consumidores e, por consequ-ência, incentivar a criação de novos geradores de energia renovável.

No mercado atual, ressalta, os pequenos consumidores são subme-tidos às mesmas normas dos demais agentes do mercado, com regras muitas vezes incompreensíveis, pro-cedimentos burocráticos e falta de equipe especializada. “Neste cená-rio, o consumidor atua diretamente no mercado”, explica.

O novo modelo proposto cria a figura do comercializador varejista, agregador de vários pequenos con-sumidores. Assim, a soma desses pequenos contratos dos varejistas incide num grande contrato, mais atrativo para o mercado. Além disso, as operações dos consumidores se-rão mais simples e com mais segu-rança. “É um formato mais claro. A tendência é que muitos migrem para o mercado livre se ele oferecer esses benefícios”, salienta.

Dessa forma, completa Pereira, consumidores interessados em imple-mentar mini ou microusinas de ener-

cOMERcIALIZADOR vAREjISTA, O qUE MUDA NO MERcADO LIvRECéSAR PEREIRA - gerente de atendimento ao mercado da CCEE

gia renovável terão mais facilidade de migrar para o mercado livre, podendo celebrar contratos de longo prazo com agentes que possam garantir o financiamento do empreendimento.

A resolução normativa aguarda aprovação da Aneel e deverá ser implementada no segundo semes-tre de 2013.

cOmercializadOr minOrista, QUé camBia en el mercadO liBreCéSar PereIra - gerente de atención al mercado de la CCee

Las dificultades y perspectivas en el mercado libre de energía fueron temas de la conferencia de César Pe-reira, gerente de atención de la CCEE, creada para administrar el mercado eléctrico brasileño en el Sistema Inter-conectado Nacional. Según Pereira, cambios significativos en ese sistema pueden favorecer pequeños consumi-dores y, consecuentemente, estimular la creación de nuevos generadores de energía renovable.

En el mercado actual, destaca, los pequeños consumidores están so-metidos a las mismas normas que los demás agentes del mercado, con re-glas muchas veces incomprensibles, procedimientos burocráticos y falta de equipo especializado. “En este es-cenario, el consumidor actúa directa-mente en el mercado”, explica.

El nuevo modelo propuesto crea la figura del comercializador mino-rista, que agrega varios pequeños

consumidores. Así, la suma de esos pequeños contratos de los minoris-tas resulta en un gran contrato, más atractivo para el mercado. Además de eso, las operaciones de los consumi-dores serán más simples y tendrán más seguridad. “Es un formato más claro. La tendencia es que muchos vayan para el mercado libre si este ofrecerles tales beneficios”, señala.

De esa forma, completa Pereira, consumidores interesados en implan-tar mini o microusinas de energía re-novable tendrán más facilidad para trasladarse al mercado libre y podrán celebrar contratos de largo plazo con agentes que puedan garantizar la fi-nanciación del emprendimiento.

La resolución normativa aguarda aprobación de Aneel y deberá ser implantada en el segundo semestre de 2013.

consumidores interesados en implantar mini o microusinas de energía renovable tendrán más facilidad para trasladarse al mercado libre y podrán celebrar contratos de largo plazo con agentes que puedan garantizar la financiación del emprendimiento.

César Pereira

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20 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO Seminario ENERGÍA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 2120 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

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Com 59 associados, a Associa-ção Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) apresentou no Seminário Energia + Limpa um cená-rio sobre o mercado livre energético no Brasil. Segundo o diretor técnico Alexandre Lopes, 27% do consumo nacional vêm do mercado livre, sen-do 2% dos chamados consumidores especiais. Este montante é responsá-vel por 60% do PIB industrial brasilei-ro, além de o formato permitir maior competitividade econômica, entre outras vantagens.

Ainda assim, esse número pode crescer. “A situação atual é de 27%, mas podemos chegar até 46%, com potencial de crescimento principal-mente entre os consumidores espe-ciais, que podem ficar com mais 14% de todo o montante da carga nacio-nal”, analisa.

Muito dessa expansão do merca-do livre passa pelas fontes de ener-gias renováveis. Hoje, o empreende-dor já tem a possibilidade de esco-lher qual fonte, entre pequenas hi-drelétricas, biomassa, eólica e solar, será mais eficaz para ele. Até 2011, 57% do mercado livre em energia re-novável era de pequenas ou grandes hidrelétricas, com 37% em biomassa e 6% em eólica.

Para Alexandre, a Abraceel tem atuado nessa expansão com iniciati-

Con 59 socios, la Asociación Bra-sileña de los Comercializadores de Energía (Abraceel) presentó en el Se-minario “Energia + Limpa” (Energía + Limpia) un escenario sobre el merca-do libre energético en Brasil. Según el director técnico Alexandre Lopes, un 27% del consumo nacional viene del mercado libre, y un 2% de los llama-dos consumidores especiales. Este valor es responsable por un 60% del PIB industrial brasileño, además tal formato permite mayor competitividad económica, entre otras ventajas.

Sin embargo, dicho número pue-de crecer. “La situación actual es de un 27%, pero podemos alcanzar hasta un 46%, con potencial de crecimiento prin-cipalmente entre los consumidores es-peciales, que pueden demandar más del 14% de toda la carga nacional”, analiza.

Gran parte de tal expansión del mer-cado libre pasa por las fuentes de ener-

DESAFIOS PARA O cREScIMENTO DAS RENOvÁvEIS NO MERcADO LIvRE BRASILEIROALExANDRE LOPES - Diretor técnico da Abraceel

retOs para el crecimientO de las energías renOvaBles en el mercadO livre BrasileñOALExANDRE LOPES - director técnico de Abraceel

Alexandre Lopes

vas como o estabelecimento de um contrato padrão de fácil entendimen-to, certificação de seus profissionais, acesso aos sistemas de medição, segurança comercial e nova estrutu-ra tarifária. “A destinação das cotas de energia depreciada também para o mercado livre reduzirá em mais 8% o custo de energia para a indústria, reduzindo o preço do produto final, aumentando a competitividade da in-dústria nacional, gerando empregos e renda”, prevê.

gías renovables. Hoy, el emprendedor ya cuenta con la posibilidad de elegir que fuente, entre pequeñas generado-ras hidroeléctricas, de biomasa, eóli-cas y solares, será más eficaz para él. Hasta 2011, un 57% del mercado libre de energía renovable era de pequeñas o grandes usinas hidroeléctricas; 37%, de biomasa; y 6%, de eólicas.

Para Alexandre, Abraceel está ac-tuando en esa expansión con iniciativas como el establecimiento de un contra-to estándar de fácil comprensión, certi-ficación de sus profesionales, acceso a los sistemas de medición, seguridad comercial y nueva estructura tarifaria. “La destinación de las cuotas de ener-gía depreciada también para el merca-do libre reducirá más 8% el costo de la energía para la industria y el precio del producto final y aumentará la competiti-vidad de la industria nacional, generan-do puestos de trabajo y renta”, prevé.

“A destinação das cotas de energia depreciada também para o mercado livre reduzirá em mais 8% o custo de energia para a indústria.”

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O qUE MUDA PARA cONSUMIDORES E DISTRIBUIDORAS cOM A RESOLUÇÃO NORMATIvA 482/2012DANIEL VIEIRA - Especialista em regulação da distribuição da Aneel

A Resolução Normativa 482/2012, publicada pela Aneel em abril de 2012 e válida a partir de 2013, estabeleceu os procedimentos gerais para a co-nexão à rede de micro (até 100 kW) e minigeradores (de 100 até 1.000 kW) de fontes renováveis, num grande incentivo para empreendedores faze-

rem uso de energia limpa. As dúvidas e a forma de adequação a esta nova resolução foram tema da palestra de Daniel Vieira, especialista em regula-ção da distribuição da Aneel.

Com a Resolução, salienta Vieira, os proprietários de pequenas usinas poderão receber créditos em kWh na conta de luz – o chamado net metering – caso não consumam toda a energia produzida. Assim, o investimento ini-cial numa unidade geradora de energia renovável poderá ser mais rapidamen-te compensado. “Quem antes era ape-nas consumidor agora também pode gerar, e não apenas para si mesmo”, completa. A compensação pode ser feita em até 36 meses subsequentes, em outros horários ou em outras uni-dades do mesmo consumidor.

O grande trunfo da Resolução Normativa, aponta, está na redução das barreiras regulatórias e na conse-quente facilidade dos procedimentos. O consumidor faz a solicitação à Ane-el, compra os equipamentos, solicita a vistoria e regulariza aspectos téc-nicos, enquanto a distribuidora tem um prazo de até 82 dias para efetivar a conexão. Todas as distribuidoras tiveram até 15 de dezembro de 2012 para adequarem-se às novas regras, hoje já podendo receber o pedido de instalação de mini e microgeradores.

¿QUé camBia para cOnsUmidOres y distriBUidOres cOn la resOlUción nOrmativa 482/2012daNIel vIeIra - especialista en regulación de la distribución de aneel

La Resolución Normativa 482/2012, publicada por Aneel en abril de 2012 se tornó válida a partir de 2013, estableció los procedimientos generales para la conexión a la red de micro (hasta 100 kW) y minigeneradores (de 100 hasta 1.000 kW) de fuentes renovables como un gran incentivo para que emprende-dores utilicen energía limpia. Las dudas y la forma de adecuación a esa nueva resolución fueron temas de la charla de Daniel Vieira, especialista en regula-ción de la distribución de Aneel.

Con la Resolución, señala Vieira, los propietarios de pequeñas usinas podrán recibir créditos en kWh en sus cuentas de energía eléctrica – el net metering – en los casos en que no consuman toda la energía producida. Así, la inversión inicial en una unidad generadora de energía renovable po-drá ser compensada más rápidamen-

te. “Quien antes era sólo consumidor ahora también puede generar, y no sólo para sí mismo”, completa. La compensación puede hacerse en has-ta 36 meses subsecuentes, en otros horarios o en otras unidades del mis-mo consumidor.

La gran ventaja de la Resolución Normativa, destaca, está es la reduc-ción de las barreras regulatorias y la consecuente facilidad de los procedi-mientos. El consumidor realiza la soli-citud a Aneel, compra los equipamien-tos, solicita la inspección y regulariza aspectos técnicos, mientras la dis-tribuidora tiene un plazo de hasta 82 días para efectuar la conexión. Todas las distribuidoras tuvieron hasta el 15 de diciembre de 2012 para adecuarse a las nuevas reglas y hoy ya están lis-tas para atender las solicitudes de ins-talación de mini y microgeneradores.

Os proprietários de pequenas usinas poderão receber créditos em kWh na conta de luz.

Daniel Vieira Usina de Biogás Gerador de Biogás

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NORMAS PARA cONExÃO à REDE DE MIcROGERAÇÃO DISTRIBUÍDAPABLO CUPANI CARENA - assistente da diretoria de distribuição da Celesc

Atendendo ao prazo estabelecido na Resolução Normativa 482/2012 da Aneel, a Celesc já está pronta para re-ceber pedidos e efetuar as conexões de mini e microgeradores de energia renovável na rede. Para explicar quais as normas que devem ser seguidas, o engenheiro Pablo Cupani Carena, as-sistente da diretoria de distribuição da Celesc, trouxe ao Seminário Energia + Limpa alguns apontamentos acerca da Resolução Normativa.

Carena explica que a Celesc tem como diretrizes manter a qualidade da energia aos consumidores e garantir a segurança das instalações e o não comprometimento da operação do sistema elétrico. “Para isso é preciso fazer uma análise bastante precisa, via software, que nos permite simula-ções de como essa micro ou miniusi-na irá funcionar e com qual impacto”, acrescenta. As principais distribuido-ras do Brasil, completa, fizeram uma série de reuniões técnicas para definir esses parâmetros, desde a instalação de medidores bidirecionais até a inte-gração com os transformadores e as redes primárias e secundárias.

Apesar de preparada, a Celesc ainda não efetivou nenhuma conexão de micro ou microgeradores à rede. “Tivemos poucos pedidos de acesso, e as pessoas ainda têm muitas dúvi-das tributárias e técnicas. Hoje ainda não temos uma dessas usinas em

nOrmas para cOnexión a la red de micrOgeneración distriBUidaPaBlo CuPaNI CareNa - asistente de la dirección de distribución de Celesc

Atendiendo al plazo establecido en la Resolución Normativa 482/2012 de Aneel, Celesc ya está lista para recibir solicitudes y efectuar las conexiones de mini y microgeneradores de ener-gía renovable a la red. Para explicar cuáles normas deben ser seguidas, el ingeniero Pablo Cupani Carena, asis-tente de la dirección de distribución de Celesc, llevó al Seminario “Energia + Limpa” (Energía + Limpia) algunas observaciones acerca de la Resolu-ción Normativa.

Carena explica que las directri-ces de Celesc son mantener la ca-

lidad de la energía para los consu-midores y garantizar la seguridad de las instalaciones y no comprometer la operación del sistema eléctrico. “Para eso, es necesario hacer un análisis muy preciso, por medio de un software, que nos permite realizar simulaciones de cómo esa micro o miniusina irá funcionar y con qué im-pacto”, añade. Las principales distri-buidoras de Brasil, completa, realiza-ron una serie de reuniones técnicas para definir esos parámetros, desde la instalación de medidores bidirec-cionales hasta la integración con los transformadores y las redes prima-rias y secundarias.

Aunque ya esté preparada, Celesc todavía no efectuó ninguna conexión de micro o microgeneradores a la red. “Recibimos pocas solicitudes de acceso, y las personas todavía tienen muchas dudas tributarias y técnicas. Hoy todavía no tenemos ninguna de esas usinas funcionando, pero sabe-mos que en medio y largo plazo eso va a ocurrir con frecuencia”, analiza.

funcionamento, mas sabemos que em médio e longo prazo isso irá aconte-cer com frequência”, analisa.

A celesc já está pronta para receber pedidos e efetuar as conexões de mini e microgeradores de energia renovável na rede.

celesc ya está lista para recibir solicitudes y efectuar las conexiones de mini y microgeneradores de energía renovable a la red.

“es necesario hacer un análisis muy preciso, por medio de un software, que nos permite realizar simulaciones de cómo esa micro o miniusina irá funcionar y con qué impacto.”

Pablo Cupani Carena

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Page 15: O cenáriO das energias renOváveis nO Brasil em 2013 · seminário de 2013. Formas de fomento, adequações técnicas e o impacto ambiental da resolução normativa da aneel (482/2012)

A ExPERIêNcIA DE qUEM ESTÁ NO MERcADO: PROjETOS E PERSPEcTIvASSERGIO ESTEVES - gerente de negócios em energia solar e smart grid da WEG

Para o mercado, a Resolução Nor-mativa 482/2012 da Aneel também abre novas perspectivas. A WEG, es-pecializada na fabricação e comercia-lização de motores elétricos, transfor-madores e geradores, é uma das em-presas que está atenta a uma possível nova demanda com a possibilidade de expansão de micro e minigerado-res. Para o gerente de negócios em energia solar da WEG, Sergio Este-ves, a Resolução torna ainda mais atrativo um empreendimento que já oferece benefícios.

Segundo os cálculos apresenta-dos por Esteves, uma casa com con-sumo de 700 kWh por mês conseguirá compensar o investimento em aproxi-madamente seis anos. “Nesse caso, seriam necessários cerca de seis módulos de energia fotovoltaica para substituir 47% de toda a energia con-sumida”, explica. “O valor dos módu-los, mais o inversor e os cabos, ficaria hoje em R$ 8.750,00. É um valor que se paga em pouco tempo.”

Esteves observa um crescimen-to constante no mercado: em mé-dia, a WEG armazena 2,2 mil módu-los em seu estoque, constantemen-te renovado por causa do aumento de pedidos. “A tecnologia está a nosso favor e nós damos garantia de procedência”, afirma. “Nossos fornecedores são da China, da Itália e da Alemanha. Nós damos a garan-tia que eles nos oferecem. Isso é o futuro”, conclui.

Atualmente, a WEG trabalha na implantação de projetos na Tracte-bel, USP e Fernando de Noronha, além de participar do projeto 120 Telhados, do Ministério de Minas e Energia. Para outras empresas, a WEG atua em parceria na instalação de sistemas fotovoltaicos nos está-dios do Mineirão, em Pituaçu e na Arena Pernambuco, entre outros.

LA ExPERIENcIA DE qUIEN ESTÁ EN EL MERcADO: PROyEcTOS y PERSPEcTIvASSergio esteves, gerente de negocios en energía solar y red eléctrica inteligente (smart grid en inglés) de WeG

Para el mercado, la Resolución Normativa 482/2012 de Aneel tam-bién abre nuevas perspectivas. WEG, especializada en la fabricación y co-mercialización de motores eléctricos, transformadores y generadores, es una de las empresas que están aten-tas a una posible nueva demanda con la posibilidad de expansión de micro y minigeneradores. Para el gerente de negocios en energía solar de WEG, Sergio Esteves, la Resolución hace aún más atractivo un emprendimiento que ya ofrece beneficios.

Según los cálculos presentados por Esteves, una casa con consu-mo de 700 kWh por mes conseguirá compensar la inversión en aproxima-damente seis años. “En ese caso, se-rían necesarios cerca de seis módulos de energía fotovoltaica para substituir 47% de toda la energía consumida”, explica. “El valor de los módulos, más el inversor y los cables, costaría hoy R$ 8.750,00 es un valor que se paga en poco tiempo.”

Esteves observa un crecimiento constante en el mercado: en media, WEG almacena 2,2 mil módulos, cons-tantemente renovado a causa del au-mento de solicitudes. “La tecnología está a nuestro favor y nosotros ga-rantizamos su procedencia”, afirma. “Nuestros proveedores son de China, Itália y Alemania. Nosostros garantiza-mos que ellos nos ofrecen. Eso es el futuro”, concluye.

Actualmente, WEG trabaja implan-tando proyectos en Tractebel, USP y Fernando de Noronha, además de participar del proyecto “120 Telhados” (120 Tejados), del Ministerio de Minas y Energía. Para otras empresas, WEG actúa en colaboración en la instala-ción de sistemas fotovoltaicos en los estadios do Mineirão, en Pituaçu y en la Arena Pernambuco, entre otros.

Uma casa com consumo de 700 kWh por mês conseguirá compensar o investimento em aproximadamente seis anos.

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REGISTRO FOTOGRÁFIcO

Nome Peter Krenz (GIZ)

Johannes Kissel (GIZ), Trajano Viana e Antje Fehr (GSL) Nome

O público lotou o auditório do evento, que ofereceu tradução simultânea / el público llenó el auditorio en el evento

Ricardo Rüther (IDEAL/UFSC) Paula Scheidt (IDEAL/GIZ)

?, Ricardo Rüther, ?, Mauro Passos, ?, ?

Equipe de apoio coordenada por Fátima Martins / equipo de apoyo

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