15
O Destino De Uma Nação

O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

O Destino De Uma Nação

Page 2: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

2

Page 3: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Marcia Pimentel

O Destino De Uma Nação 1ª Parte

3

Page 4: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Copyright © 2012 By Marcia Pimentel

Diagramação e revisão Marcia Pimentel

Capa Marcia Pimentel

Revisoras Sabrina Pimentel da Silva Yasmin Pimentel da Silva

1º Edição Marcia Pimentel 1974 - Nome do livro: O Destino de Uma Nação 1ª Parte Editora Perse – 2012

1. Romance Histórico – Escócia – Revolta Jacobita 1745-1746 – Ficção

Todos os direitos autorais reservados a autora

4

Page 5: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

"Aquele que deseja vencer a Inglaterra, Deve começar primeiro pela Escócia." Velho Provérbio

5

Page 6: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

6

Page 7: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

DEDICATÓRIA:

Esse livro é dedicado a todos que desejam conhecer a histó-ria de uma Revolta que mudou o modo de vida de um povo. Co-nheça os heróis dessa Revolta e como tudo aconteceu a base de muitas pesquisas e de um pouco de intuição.

AGRADECIMENTOS:

Sabrina, Karine e Yasmin agradeço a vocês três o carinho e o incentivo que vocês me dão todos os dias. Vocês sabem a dedica-ção com que estou escrevendo esse romance. É com muito prazer, que quero mostrar ao mundo a história dessa revolução. Ao ler esse romance todos poderão conhecer um pouco sobre essa revolu-ção e sobre os Jacobitas. Um agradecimento a mais para as minhas filhas Sabrina e Yasmin, por terem me ajudado com a revisão do li-vro.

7

Page 8: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

8

Page 9: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Uma Longa Viagem

17 de junho de 1745

stava em uma carruagem indo em direção a St. Nazaire, uma cidade portuária na costa da França, onde Edric e o

Sr. Cullen encontrariam com o Príncipe Charles, o Jovem Preten-dente ao trono da Grã-Bretanha, era assim que os jacobitas chama-vam o filho do Rei James Francis. O dia estava extremamente quen-te naquela manhã, o verão ainda não era a estação do momento, mas o calor já podia ser sentido naquela parte da França. Por causa do calor tive que me abanar o caminho todo com o leque que a Srta. Sara havia me presenteado um pouco antes de nossa partida. Ao me entregar o leque, disse entre lágrimas que era para eu nunca esquecê-la. Com certeza nunca a esqueceria. A Srta. Sarah tinha sido muito atenciosa comigo enquanto estive hospedada em sua casa.

E

Como não tinha nada para fazer dentro daquela carruagem, fi-quei olhando a paisagem passar pela janela enquanto ouvia Edric e o Sr. Cullen conversarem alegremente em cima de Eclipse e Teimo-so, dois lindos garanhões. Eclipse, o cavalo de Edric, é um gara-nhão negro, seu pelo é tão escuro que brilha na luz do sol, tem uma mancha branca em seu focinho. Teimoso, o cavalo do Sr. Cul-len, é um ganharão marrom e branco, um cavalo muito bonito também. Ao vê-los cavalgando, conversando tão distraídos, lembrei do meu cavalo Primus. Queria muito estar cavalgando em cima dele naquele momento. Apesar de ter passado pouco tempo com ele, havíamos nos dado muito bem naqueles poucos meses juntos. Primus era um cavalo muito obediente, sabia como se comportar no meio da multidão, era um cavalo acostumado com as pessoas, diferente do Sr. Valente, que não gostava nada das multidões. En-costei-me no banco e sorri ao lembrar do Sr. Valente. Sempre que ti-

9

Page 10: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

nha que ir no centro de Thirsk, pegava um dos cavalos do estábulo, não podia sair com ele. Uma vez fui com ele comprar mantimentos para Bell, a cozinheira da fazenda. O cavalo fez uma algazarra na feira, derrubando várias barracas, colocando todos para correr. Sorri ao lembrar do acontecido. Meu avô ficou muito bravo naquele dia, teve que pagar pelos prejuízos causados pelo Sr. Valente. Por causa daquilo, meu avô sempre olhava para o Sr. Valente com um olhar feroz, dizia que ele era um cavalo selvagem e que por isso não esta-va acostumado com pessoas, que tinha que viver preso na baia. O cavalo não deixava nenhum estranho chegar perto dele. Nunca mais levei o Sr. Valente para uma feira. Ele era muito diferente de Pri-mus, que era um cavalo muito carinhoso. Eu jamais o esqueceria, como também nunca esqueceria o Sr. Valente.

Começamos nossa viagem para St. Nazaire com a primeira luz do dia, Edric queria chegar na cidade no começo da noite, por isso tivemos que viajar durante o dia todo. Ele queria estar em St. Na-zaire antes do príncipe chegar na cidade. Fiquei muito triste ao me despedir da família do Sr. Ewan MacLeod. Com aquela família eu passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento difícil. A Sra. Helen e o Sr. Ewan me amparam com muito carinho, me fizeram entender o sa-crifício que meu pai tinha feito, que ele tinha se sacrificado para que pessoas que podiam ajudar o Príncipe Charles, quando ele che-gasse na Inglaterra, pudessem estar livres para ajudá-lo. Eu tinha certeza que no futuro a morte do meu pai não teria sido em vão. Eu me orgulhava muito dele. E pude ver nos olhos da família do Sr. Ewan, de Edric, do Sr. Cullen e do Sr. Peter, o quanto eles se or -gulhavam do que meu pai tinha feito.

Apesar do pouco tempo que passei com com a família do Sr. Ewan, um grande sentimento de carinho nasceu em meu coração. O Sr. Ewan e a Sra. Helen me trataram como uma filha. A Srta. Sa-rah foi uma amiga paciente, sempre muito alegre e extrovertida, sempre falava o que vinha na mente. Jamais os esqueceria. Edric disse que voltaríamos para visitá-los assim que tudo estive resolvido na Escócia.

A despedida mais difícil foi a do Sr. Peter. Ele é como um ir-mão para mim. O abracei forte e não queria soltá-lo. Ele também

10

Page 11: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

me abraçou e se emocionou quando me disse adeus. Prometeu que voltaríamos a nos ver. Ele ficou com alguns amigos jacobitas na França. Disse que assim que o príncipe estivesse na Inglaterra, ele iria para lá.

Chegamos em St. Nazaire bem depois do escurecer. Meu corpo estava dolorido por ter ficado tanto tempo sentada. Parávamos so-mente para trocar de carruagem, e esses momentos eram tão rápi-dos que não dava nem para me esticar direito. Estava cansada, mas em nenhum momento reclamei, não queria que Edric mudasse de ideia e me deixasse na França com a família do Sr. Ewan. Fomos para uma hospedaria que ficava perto do porto. Colocamos a pou-ca bagagem que levávamos no quarto. O Sr. Cullen ficou em um quarto ao lado do nosso. Como já era tarde a cozinha da hospeda-ria estava fechada. Fizemos um lanche com o que tinha sobrado da viagem. O Sr. Cullen comeu conosco e depois se retirou para o seu quarto. Estava tão cansada que assim que deitei na cama, adormeci.

Acordei ainda era de madrugada, meu corpo já estava descansa-do. Observei o quarto onde dormíamos, ele estava iluminado ape-nas por uma vela que estava em cima da mesa. Virei meu corpo e olhei para Edric, meu corpo ardia de desejo por ele. Sempre que meu corpo estava colado ao de Edric, ele reagia de um modo que eu não sabia como controlar. Eu não sabia se era certo querer me deitar com ele todas as noites. Eu não tive uma mãe para me dizer como deveria me comportar nesses momentos. Quando tive aula com a Sra. Amélia em Londres, de como cuidar de uma casa e de um marido, nós nunca conversávamos sobre esse assunto. Eu tinha medo que se me deitasse sempre com Edric, ele pudesse enjoar do meu corpo, não queria que Edric procurasse por outras mulheres, eu jamais aceitaria. Apertei os olhos tentando afastar Edric do meu pensamento, mas estávamos tão próximos que era impossível não desejá-lo. Eu o desejava tanto, queria sentir seus beijos, o toque das suas mãos em meu corpo. Como se tivesse ouvido meus pensamen-tos, Edric acordou e em silêncio procurou meus lábios, me beijou e me aconchegando melhor em seus braços.

Não está cansado? perguntei ofegante.― ― Nunca estarei cansado para satisfazê-la sorriu. Ele sabia― ―

que eu o queria.

11

Page 12: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Fizemos amor de um modo calmo, nos tocando mutualmente. Edric dizia palavras em gaélico em meu ouvido enquanto me ama-va. Não sabia o que elas significavam, mas gostava de ouvi-las. De-pois de sentirmos prazer, ficamos abraçados. Não consegui dormir, não conseguia parar de pensar se era certo ou não fazer amor com Edric todas as noites.

― Seus pensamentos estão tão altos que não me deixam dor-mir ― disse sorrindo.

― Desculpe.― O que a está preocupando, Jen?Cada vez que Edric me chamava de Jen, eu me derretia por

dentro, ele dizia com tanto carinho. ― Não sei como lhe dizer?Me olhou preocupado.― Sempre poderá me dizer o que pensa, Jen.― É que desde que nos tornamos marido e mulher de verdade,

fazemos amor todas as noites, eu não sei se isso é certo.Ficou calado por um tempo.― Não gosta quando fazemos amor?― Gosto ― respondi rapidamente. ― É isso que eu não sei se

é certo. ― Franziu a testa sem entender. ― Não sei se é certo eu querer fazer todas as noites. Às vezes eu acordo e o desejo tanto ― abaixei o olhar envergonhada.

― Sou seu marido, Jen, é certo que me deseje. Deus disse para Eva que ela desejaria seu marido.

Olhei para ele.― Todas as noites?― É o que eu espero, Jen disse sorrindo. Que você me― ―

deseje todas as noites ― acariciou meu rosto.― E se você enjoar de mim? ― perguntei acanhada.― Jamais me enjoarei de você ― disse sorrindo. ― Eu tam-

bém a desejo todas as noites, Jen.Sorri ao ouvir suas palavras. Era bom saber que ele também me

desejava tanto quanto eu o desejava. Encostei minha cabeça em seu peito e adormeci tranquila.

Na manhã seguinte acordei e olhei para a janela, os primeiros raios da aurora entravam no quarto pelas pequenas frestas. Virei e

12

Page 13: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

olhei para Edric, que ainda dormia. Ele era tão lindo dormindo, parecia tão calmo, sorri, me sentia tão feliz ao acordar e vê-lo ao meu lado. Eu ainda sofria muito com a morte do meu pai, mas também me sentia muito feliz por ser esposa de Edric. Às vezes me sentia confusa com esse sentimento. Eu devia odiá-lo por ter me ca-sado com ele forçada, mas eu não me sentia assim. No fundo eu sa-bia que não tinha me casado forçada, era algo que meu pai queria, era seu desejo antes de morrer. Eu realizei à vontade dele, e me sen-tia feliz por isso. Eu não o amava e nem ele a mim, mas estávamos unidos por amor ao um homem. Eu, pelo amor ao meu pai, e ele, por amor a um homem que ele considerava como um pai. Talvez nosso casamento pudesse dar certo. Passei o dedo por seu rosto de-senhando cada contorno da sua face. Toquei sua barba, tão macia ao toque da minha mão. Demorei um pouco mais em sua boca, ela era tão perfeita. Parei e fiquei observando-o.

Por favor, não pare. Sua voz saiu ainda mais rouca por― ― causa do sono.

Desculpe se o acordei.―Abriu os olhos e olhou para mim, os verdes dos seus olhos me

fascinavam, em torno da iris tinha um anel preto fino, deixando o verde ainda mais vivo. Sempre que ele me encarava com aqueles olhos, eu sentia como se acariciasse minha alma. Segurou meu ros-to com uma mão, acariciando-o.

É bom acordar e tê-la ao meu lado. Ele sentia o mesmo― ― que eu. Olhou para a janela. Tenho que levantar, Jen disse ao― ― levantar-se. Tenho muitas coisas para fazer ainda hoje.―

― O que tem tanto para fazer hoje? agora eu já me sentia― segura para lhe fazer perguntas. Aqueles últimos dias que passamos juntos fizeram com que nos aproximássemos e já não nos víamos como estranhos. Edric era meu marido, e eu podia lhe perguntar o que faria durante o dia.

― Tenho que encontrar alguns jacobitas, saber se o navio que levará o príncipe para a Escócia, já está aqui. E se o próprio tam-bém já está aqui. ― disse colocando suas roupas.

― Não vai comer alguma coisa antes de sair?― Não, como alguma coisa depois. Tenho que passar no quar-

to de Cullen e vê se ele já está acordado.

13

Page 14: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Ficará fora o dia todo?― Talvez, mas quero que fique aqui, não quero que saia sozi― -

nha. Os detetives daquele homem ainda estão na França. Não vou sair Edric, pode ir despreocupado.―

Me beijou e saiu. Não tinha muito o que fazer dentro daquele quarto. Levantei, fui à mesa e comi um pedaço de queijo e depois voltei a dormir, ainda estava cansada pela viagem do dia anterior. Acordei quase na hora do almoço. Quando estava me arrumando, Edric entrou no quarto e me levou para almoçar. Fomos para uma taverna não muito longe dali, o Sr. Cullen estava nos esperando. Quando entramos na taverna, vi que o Sr. Cullen não estava sozi-nho à mesa, tinha a companhia de um homem. Assim que chega-mos, Edric me apresentou ao homem, era Sir Hector MacLean, um jacobita que vivia na França desde a Revolta Jacobita de 1715. Era um homem de meia idade, estava usando uma peruca marrom. Ele tinha ficado com o príncipe uns dias antes, e tinha novidades.

Enquanto estive com Sua Alteza Real, ele encontrou-se com― Sir Clare que negociou com dois irlandeses, os senhores Ruttledge e Walsh. Eles fizeram uma pequena fortuna com suas viagens comer-ciais para as Índias Ocidentais disse o escocês ao beber um gran― -de gole de cerveja. Eles ganharam um navio do governo francês,― o Elizabeth, é um navio grande. E também compraram uma peque-na fragata chamada Doutelle.

E o que ficou resolvido? perguntou o Sr. Cullen impaci― ― -ente.

Sir Clare propôs que eles emprestassem os navios para o― príncipe. Eles aceitaram de imediato, até ofereceram armas e dinhei-ro para o príncipe. Está tudo correndo como o planejado ― disse sorrindo e bebeu outro grande gole de cerveja.

O ― Rei James sabe que o príncipe está de partida para a Es-cócia? perguntei.―

Não disse Edric. O príncipe achou melhor informar― ― ― ao Rei James sobre sua partida para a Escócia depois que ele estiver em alto mar. O príncipe sabe que seu pai não daria a permissão para ele ir, e o príncipe não iria contra uma ordem de Sua Majesta-de.

E onde o príncipe está agora?―

14

Page 15: O Destino De Uma Nação - perse.com.br filevam o filho do Rei James ... passei o pior momento da minha vida, a morte do meu pai. Eles me ajudaram muito aquele momento ... rah foi

Está em Nantes, Jen. Está com alguns jacobitas que irão― com ele para a Escócia.

― Mas ele já está a caminho de St. Nazaire ― disse Sir Hector e depois pediu mais cerveja para o dono da taverna.

O senhor também irá com o príncipe para a Escócia? ― ― perguntei a Sir Hector.

Não senhora. Eu estou indo na frente com algumas cartas― para os chefes de clãs. O príncipe quer se reunir com eles assim que chegar na Escócia.

Depois da conversa com Sir Hector, Edric me levou de volta à hospedaria e me deixou no quarto, saindo novamente. Como não tinha nada para fazer naquele quarto, resolvi descer e ajudar na co-zinha da hospedaria. Os donos da hospedaria eram dois franceses que falavam um pouco o inglês. No começo a dona da hospedaria não queria me deixar ajudá-la, disse que eu só atrapalharia. Mas, fi-zemos um trato que se eu a atrapalhasse ela me mandaria embora, e eu não reclamaria. Ela concordou, e eu passei à tarde toda ajudan-do-a. Fiquei sabendo pela Sra. Enmeline de Montffort, a dona da hospedaria, que ali perto tinha um grande mercado, que se eu preci-sasse de algo que fosse ali que encontraria.

À noite, Edric voltou com Sir Hector e com o Sr. Cullen. Jan-tamos todos juntos na hospedaria. Sir Hector resolveu ficar tam-bém na hospedaria. Fiquei sabendo que os navios que levariam o príncipe para a Escócia, chegariam no dia seguinte. Depois me des-pedi de todos e subi para o quarto.

Depois de algum tempo Edric entrou no quarto. Estava sentada na cama mexendo em minhas coisas. Ele parou em frente à mesa e ficou olhando para mim.

O que foi? Me olhava com um olhar diferente.― ― O que fez durante a tarde, Jen?― Nada, fiquei aqui na hospedaria. ― Por quê? Fui pagar o jantar para o Sr. Herment, o dono da hospeda― -

ria, mas ele não quis receber o dinheiro. Disse que não era justo. Eu lhe perguntei por quê, ele disse que você tinha passado à tarde toda ajudando sua esposa na cozinha.

Levantei da cama e fui até ele. Eu não tinha nada para fazer, Edric. Eu só queria me ocu― -

15