O Novo Mundo do Sindicalismo

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  • 7/24/2019 O Novo Mundo do Sindicalismo

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    O Novo Mundo do Sindicalismo?Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Unesp -

    ! Franca

    "lcides Pontes #emi$o%

    Nelson &hia'o dos Santos(

    Jos) *alter anoas+

    ,ntrodu.o/

    Buscaremos neste trabalho dissertar a importncia para o enfrentamento

    entre capital e trabalho, cujo em nossa analise a importncia dos sindicatos na atual

    conjuntura do capitalismo mundial. As pesquisas dos sindicatos se tornam de grandevulto para a interpretao da configurao do embate entre a luta de classes no atual

    estgio do capitalismo globalizado, dos grandes conglomerados. Antes de tudo a

    pesquisa no ter um carter neutro, portanto, contribuindo com uma atuao em prol

    emancipao humana!. " embate entre capital e trabalho ocorre ao longo da hist#ria ora

    mais velado ora menos e$pl%cito vai dar sempre novos arranjos ao &stado, cujo sua

    ess'ncia, ( a interveno na sociedade civil, para manter uma )harmonia* com pol%ticas

    sociais e simultaneamente +ou e$clusivo o uso da fora f%sica.

    A atuao do &stado se faz em configura-es diversas ora ampliando, ora

    reduzindo, democrtico ou autoritrio. &ntretanto a tend'ncia no movimento operrio

    clssico foi, de um lado, uma tend'ncia de ruptura, ou em outras palavras a

    transformao social, tal configurao foi e$pressiva +no quer dizer hegemnica

    durante at( o ultimo quartel do s(culo /0/, a partir do in%cio do s(culo //, ganhou

    fora uma tend'ncia social1democrata, cujo acreditava inocentemente em reformar o

    capitalismo, e instaurar o socialismo )aos pouquinhos*. 2al social1democracia, que em

    nossa interpretao, foi predominante at( os anos oitenta do s(culo //, onde o iderio

    neoliberal ganhou hegemonia em toda sociedade, e instaurou um verdadeiro )salve1se

    3Aluno da 4raduao de 5ervio 5ocial da 6nesp 1 7. 8ranca contatos9 alcidesremijio:;ahoo.com.brcontatos9 A? @ Cardim Dima 8ranca.@Aluno de 4raduao em 5ervio 5ocial da 6nifeb E Barretos contatos9 nelsoncatF@:hotmail.comG =rofessor Houtor titular da 4raduao de 5ervio 5ocial da 6nesp 1 7. 8ranca contatos9

    jIcanoas:uol.com.br!&ntendendo como emancipao humana, a reapropriao das foras ess'ncias humanas, foras que sob al#gica do capital se encontra alienadas e estranhadas do homem, no somente ao trabalhador, mas mesmoo capitalista no as tem, em especial destas foras digo a reapropriao da l#gica do trabalho. "nde o

    homem pode ser o centro da reproduo, e no a l#gica do capital e sua insacivel sanha por suae$panso, mesmo que para isso deforme toda a humanidade. & as foras produtivas sejam novamente

    produtivas e no destrutivas do homem e da natureza +vide as guerras e destruio ambiental.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    quem puder*. =artindo de um ponto de interpretao mar$iana acreditamos que a

    hist#ria ( a Jnica ci'ncia da humanidade, e como tudo demonstra ao longo do tempo as

    insufici'ncias de algumas teorias, sobretudo a social democracia, com o fim do &stado1

    de1Bem1&star15ocial, bem como as )modernas* concep-es do &stado de neoliberal.

    >este trabalho buscaremos apontar alguns problemas que perturbam a classe

    trabalhadora e mostram os limites que ( imposto toda classe trabalhadora, e como foi se

    constituindo a nova conjuntura dos sindicatos no Brasil. &ntretanto para uma analise

    no muito superficial ( preciso demonstrar que o objeto da pesquisa foi reconhecido e

    apreendemos por sua pr#pria l#gica, o que de fato o objeto ( no cotidiano do ser

    humano.

    O Ser Precisamente "ssim dos Sindicatos!

    " mundo do trabalho ao longo de sua configurao perante este momento

    hist#rico em especial a sociedade capitalista, tem como uma das figuras mais

    importantes os sindicatos, e aqui referenciamos aos que representam classe

    trabalhadora. 2al instituio que durante anos foi perseguida e permaneceu muito tempo

    na ilegalidade, at( ter o reconhecimento definitivo do &stado Burgu's. " sindicato ao

    longo a da hist#ria da sociedade burguesa, est fora social +pois pode aglutinar

    diferentes profissionais de um ramo produtivo. 7omo j salientado os sindicatos vo

    surgir no limite hist#rico e por ser formado por pessoas sofre com um momento

    especifico.

    7omo ( mister sempre se pautar por uma fonte de analise ontol#gica

    pautaremos nossas primeiras observa-es fundamentadas sob o pensamento mar$iano.

    &ntre os escritos de Kar$ mais contundente sobre os sindicatos foi proferida como

    discurso na 0nternacional, e logo publicado por &ngels como 5alrio, preo e lucro. =ara

    o autor de )" 7apital* que pelos sindicatos tinham uma importante misso no e

    enfrentamento efetivo ao capital, impondo s(rios limites a sanha incontrolvel por mais1

    valia. Ainda que as greves no surtissem de imediato os resultados dela esperado,

    aumento de salrio ou a reduo da jornada de trabalho etc., mesmo assim

    estrategicamente sempre fora importante recorrer a uma luta econmica devido ao fato

    do ensinamento que a greve fornecia a classe trabalhadora. &nsinamento Jtil para a

    formao de uma consci'ncia de classe para si. "utra positividade do combate

    promovido pelos sindicatos era, e ainda (a possibilidade me meio as lutas desencadear

    L claro que nos referimos aos sindicatos classistas de cunho favor da classe trabalhadora, mesmo queno seu horizonte no tenha a transformao social.

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    e unir a classe trabalhadora em um processo de maior envergadura, em outras palavras,

    a emancipao humana +AD

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    capital como j e$posto, segundo o decurso da hist#ria desde a republica velha onde, em

    5o =aulo j ocorria movimentao e uma organizao da classe trabalhadora,

    sobretudo, dentro anarco1sindicalismo. "nde a maior e$presso fio movimento foi

    greve geral de 3S3M, brutamente reprimida pela oligarquia cafeeira. Alias j era

    preocupao dessa oligarquia a substituio da questo social como caso de pol%tica,

    mas como na concepo gramschiana como consenso +pol%tica sociais e represso +nem

    precisa e$emplificar.

    "s rebentos da d(cada de trinta do s(culo de // nos trou$e o governo

    varguista, que nada mais representava a substituio de um modelo uma colonial agro1

    e$portador pelo urbano industrial +de capitalismo de industrializao hiper tardia.

    7omo um governo bonapartista de 26>&5 @M p. @FS.

    5ob este prop#sito surge a 7D2 +7onsolidao das Deis do 2rabalho em

    3S!G em contra partida o bonarpartismo varguista uma lei de sindicalizao, em que

    aprovou a legalidade dos sindicatos. =ara isso os sindicatos foram atrelados ao

    minist(rio de Kinist(rio do 2rabalho. "s sindicatos )oficiais* tinha uma funo

    assistencialista, com centros de saJde, servios, lazer etc., mesmo com a pol%tica de

    concesso ao movimento da classe trabalhadora entretanto )isso no impediu que as

    lutas operrias sociais e sindicais se desenvolvessem amplamente durante os anos 3SG1

    R! +A>26>&5 @M p. @S.

    7om a crise do populismo varguista, e seus representantes, e com o fim doprojeto de industrializao nacionalista, surge uma autocracia burguesa. "nde o capital

    transnacional monopolista por isso intensifica1se a )produo de bens durveis

    +autom#veis, eletro1eletrnicos e correlatos, para seu consumo ( estruturado,

    internamente, um mercado privilegiado e reduzido. L o pacto com os segmentos altos

    das camadas m(dias* +7TA50> 3SMS p.333. =ara atrair o capital internacional foi

    promovido um arrocho salarial para esta plataforma econmica foi fundamental o

    controle sobre o sindicatos foi imprescind%vel para a os planos da burguesias. "nde ossindicatos, onde aqueles que tinham em sua lideranas ligadas ao =7B, e outras

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    inspira-es anti1capitalistas foram caadas violentamente como toda lideranas do =7B.

    " resultado foi o uma super1e$plorao da fora de trabalho, com bai$os salrios,

    jornadas prolongadas, quando simultaneamente intenso.

    A partir de 3SMF o movimento operrio e sindical, vai despertar novas lutas

    e novo sindicalismo. " motivo deste surgimento das greves foi principalmente o

    arrocho salarial onde o trabalhador via suas condi-es de vida decair cotidianamente. "

    arrocho chega a n%veis insuportveis, pois a ruir a plataforma economia. As greves do

    per%odo MFUMS do s(culo // implodiu a ditadura militar onde seu principal pelar era a

    pol%tica econmica industrializante, que ficou afamado pelo milagre econmico, mais

    uma vez fica demonstrado que a demonstrado que a humanidade faz a hist#ria mas no

    sabem que fazem. 7om uma grave crise financeira e +sua e$presso uma hiper1inflao,

    a ditadura sai de cena e dei$a todo o problema para a futura democracia. 7omo rebento

    deste movimento, surge a 762, o K52 e o =2 onde ao longo da d(cada de F aumentou

    demasiadamente os sindicatos, onde o setores de servios +bancrios, professores etc..

    & uma constituio de 3SFF com inspirao em um &stado1de1Bem1&star15ocial.

    Os Sindicatos em 4poca do Neoli5eral!

    " capitalismo a partir do s(culo // com o advento da segunda revoluo

    industrial e o incremento da nova gesto da fora de trabalho, o fordismo. 4raas a esta

    conjuntura de grande produtividade, possibilitou um campo majoritrio de movimentos

    operrio, social democrata, a implantao do &stado1de1Bem1&star15ocial. "s

    chamados trinta gloriosos, cujo suas caracter%sticas principais foram pol%ticas sociais

    universais, )pleno emprego*, interveno do &stado na economia +sobre tudo, com

    empresas de servios e a atuao em indJstria de base9 petroleiras, mineradoras,

    siderJrgicas etc., etc.. L importante ressaltar que este tipo de regulamentao e controle

    do capital foi em pa%ses desenvolvidos industrializados, no chegando ser

    implementadoem pa%ses no desenvolvidos, fornecedores de mat(rias primas e produtos

    agrrios, e em )desenvolvimento*, de industrializao hiper1tardia. &sta tentativa de

    regulao, da l#gica capital, s# poderia permanecer com grande tributao e lucros

    e$traordinrios, ou seja, apropriao acima do normal da e$trao da mais1valia

    relativa. A crise do capital, que colocou em $eque o modo organizacional da gesto da

    fora de trabalho no binmio ta;lorismoUfordismo, sob regulamentao do &stado

    Ve;nesiano, com o controle dos sindicatos na participao dos partidos trabalhistas. As

    causas da crise do final da d(cada de 3SR e in%cio de 3SM foram9 retrao do consumo

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    e incapacidade de continuar em manter o pleno empregoW queda da ta$a geral dos lucros

    e continua presso da classe trabalhadora por melhoria dos seus salrios e condi-es de

    trabalho, al(m do choque gerado pela terceira revoluo industrial que modificou todo

    modelo de produo bem como o perfil do operrio e$igido. Antunes acentua mais

    algumas tend'ncias para a crise estrutural do capital9

    P...Q a maior concentrao de capitais graas s fus-es entre asempresas monopolistas e oligopolistasW P...Q a crise do walfare stateoudo )&stado do bem1estar social* e dos seus mecanismos defuncionamento, acarretando a crise fiscal do &stado capitalista e anecessidade de retrao dos gastos pJblicos e sua transfer'ncia para ocapital privadoW P...Q incremento acentuado das privatiza-es, tend'nciageneralizada s desregulamenta-es e fle$ibilidade do processoprodutivo, dos mercados e da fora de trabalho entre tantos outroselementos contingentes que e$primiam esse novo quadro critico+A>26>&5 3SSS p.GG1G!.

    7omo vimos o incremento desta nova tecnologia e nova gesto da fora de

    trabalho o capitalismo e$pulsou inJmeros trabalhadores favorecendo um aumento do

    desemprego estrutural. =ela breve e$posio pontuaremos algumas tend'ncias, a

    desproletrizao do trabalho manual, fabril, industrial. " e$emplo mais n%tido desta

    tend'ncia ( o caso da 8rana, em 3SR@ t%nhamos M.!FF. operrio empregados, nos

    anos de 3SM esse nJmero chegou a F.33F., entretanto em 3SFS estes nJmeros

    ca%ram para M.3@3.. &nquanto em 3SR@ ele representava GSX da populao ativa, em3SFS esse %ndice bai$ou para @R,RX. &ntretanto poder%amos afirmar que a classe

    trabalhadora estaria com os dias contatos +4orz ou que o a centralidade do trabalho no

    capitalismo est sendo substitu%da pela tecnologia como acredita Tabermas, entre tantos

    outros que tiveram a infelicidade de acreditar no final do trabalho. " capitalismo na

    atualidade consegue fazer o )milagre* de aumentar a produo sem aumentar os

    nJmeros de trabalhadores, mas ( importante ressaltar que quando houver capitalismo

    teremos trabalhadores assalariados, portanto temos uma insufici'ncia na teoria destesautoresR, em nossa concepo houve, e muito, um aumento do trabalho social

    combinado, ou seja, a interligao do trabalho material, aquele que se corporifica em

    uma mercadoria +palpvel e o trabalho imaterial, o e$emplo n%tido ( as propagandas

    que ( um produto que, como sabemos ( incorporado ao valor da mercadoria, al(m da

    relao entre trabalho produtivo, aquele que gera mais1valia, com o trabalho

    improdutivo.

    R>o delongaremos neste assunto por j ser demasiadamente analisado por muitos autores como 7hasin,Antunes, Alves, 2ei$eira, isso para falar de pensadores brasileiros, mas uma precisa analise pode serobserva no trabalho de 0stvn Keszros

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    " que acontece que a mis(ria do salrio, cujo era hegemonicamente um privil(gio

    dos trabalhadores industriais se dispersou para todos os trabalhadores que ) vive-da-

    venda-sua-fora-de-trabalho, aumentando um percentual de trabalhadores que se

    prostituem por cada vez em condi-es piores, pois dois teros da fora de trabalho

    mundial esta nos pa%ses pobres, sub1contratada, em tempo parcial, terceirizada, com

    contratos informais e fazendo parte do desemprego estrutural. Al(m de promover uma

    reorganizao do espao industrial +posteriormente em todos os espaos produtivos M,

    ou seja, a busca por cidades ainda no industriais onde no h tanta oferta de empregos

    ou sindicatos combativos. 2odos estes novos arranjos t'm uma repercusso dentro da

    subjetividade da classe trabalhadora e na sua organizao frente usurpao do capital.

    &ssa nova organizao 2o;otista tem algumas caracter%sticas que devem ser observadas9

    3( uma produo muito vinculada demanda, visando atender ase$ig'ncias mais individualizadas do mercado consumidor,diferenciando1se da produo em serie e de massa dota;lorismoUfordismo. =or isso sua produo ( variada e bastanteheterog'nea, ao contraio da homogeneidade fordistaW@ fundamenta1se no trabalho operrio em equipe, commultivariedade de fun-es, rompendo com o carter parcelar t%picodo fordismoW P...Q! tem como principio o just in tame, o melhor aproveitamentoposs%vel do tempo de produoW funciona segundo o sistema de Yanban, placas ou senhas de

    comando para reposio de peas e de estoque. >o to;otismo, osestoques so m%nimos quando comparados ao fordismoW +A>26>&53SSS ! .

    "s sindicatos combativos, e partidos pol%ticos, que atuava de modo anti1

    capitalista, teve um forte golpe com o fim do muro de Berlim, em que o )modelo

    alternativo* ao capitalismo, entrou em colapso, e o fim do )socialismo real*, a vit#ria do

    capitalismo como Jnica fonte de reproduo societal poss%vel. &ntretanto os modelos de

    sindicatos que se baseava em uma e$peri'ncia mesmo combativa de cunho social

    democrata no respondem mais os imperativos do capitalismo mundial, pois por maisembates promovam ainda ficam presos ao circulo de ferro do capital que tem como

    caracter%stica o &stado, propriedade privada e trabalho estranhado +K&5Z[O"5 @@.

    As reivindica-es por mais que justas possam ser, ficam apenas no plano do

    economicismo, ou seja, no plano de pedidos de atrelar os pedidos econmicos uma f(

    que a economia por si s# pode superar seus limites. "u do politicismo o embate no

    plano governamental, com leis e pol%ticas pJblicas, podem corresponder superar os

    M7onsideramos espaos produtivos aqueles que a uma l#gica onde o capital aplica e gera mais1valia,como supermercados, transportadoras, bancos etc. etc.

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    imperativos da pr#pria propriedade privada. =or pautar nestas caracter%sticas todo

    universo sindical mostrou1se como acima citado preo apenas ao plano de

    reivindica-es, portanto longe de se colocar no plano da emancipao humana.

    &ntretanto deve1se pontuar que so importantes que as conquistas ao longo do s(culo

    // frutos deste enfrentamento. \ claro que no desejamos que voltemos h trabalhar

    doze, quatorze, ou at( dezesseis horas por dia, mas no pode1se limitar a este plano na

    luta de classe.

    " Era Neoli5eral no 0rasil!

    A reestruturao produtiva chega a momento delicado da hist#ria brasileira

    na contra mo de um forte movimento operrio que possibilitou a derrubada de uma

    autocracia burguesa que sua base econmica era o )milagre econmico*, onde o

    movimento social estava em ebulio possibilitando uma constituio baseado em um

    &stado ampliado, como podemos constatar na constituio de 3SFF. =or(m a partir da

    era do presidente 8ernando 7ollor promoveu uma abertura financeira e preparao de

    um projeto neoliberal. A abertura econmica forou o empresariado brasileiro se

    apoderar da tecnologia mais avanada de produo bem como de gesto de fora de

    trabalho.

    >o comeo da d(cada de 3SS de um lado temos um &stado que deveria ser

    de )bem estar social*, segundo a constituinte de 3SFF, de outras novas formas de

    organizao da fora de trabalho que usurpa de forma mais intensa a classe

    trabalhadora, cujo busca uma desregulamentao das rela-es de trabalho. " "cidente

    absorveu o 2o;otismo de forma casada com um neoliberalismo, portanto castrando toda

    e qualquer fonte de seguridade social que ( claro sempre favoreceu as classes

    subalternas. >o Brasil o neoliberalismo vem sendo implementado de modo parcelar

    com as )contra1reformas*, as mais conhecidas ( a da previd'ncia, da educao

    +progresso continuada, da saJde +a ampliao dos conv'nios particulares, entre a

    mais significativa a reforma sindical +para o mundo do trabalho.

    " sindicalismo brasileiro estaria em crise, como ocorre no mundo

    atualmente, por causa da desarticulao do sindicalismo pelo sindicato de empresa, pois

    desde o surgimento dos sindicatos sempre atrelado ao governo e ao patronato, e$ceto no

    final da d(cada de setenta e in%cio de oitenta, simplesmente devido o arrocho salarial,

    pois os trabalhadores passavam necessidades mesmo empregados. Bem como processos

    de fragmentao de classes onde ( comum a paralisao que ficou conhecida fabrica por

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    fabrica, onde a unidade da classe, mesmo sob uma mesma categoria profissional, ocorre

    uma destituio de sua unidade, pois muitas empresas capitalistas t'm mais acumulao

    ou uma fora produtiva mais elevada que as concorrentes, processo que sem saber o

    sindicalismo de resultado acaba por ajudar o capital se concentrar mais e formar novos

    monop#lios ou acentuar os que j e$istem. Ao perceber que est ideologia neoliberal,

    que se sustenta sob uma terceira revoluo industrial, sob o controle do to;otismo, ou

    suas variantes como a acumulao fle$%vel +ver Antunes 3SSM.

    A implementao do receiturio neoliberal, como uma variante das formas

    de objetivao da l#gica do capital dentro do pr#prio capitalismo, deu continuidade com

    o intelectual de 5orbone, que aplicando uma regra Ieberiano, atuando de modo

    )neutro* deu continuidade a cartilha outorgada pelo consenso ]ashington, que tanto

    ajudou a maioria da populao, com o pagamento em dia aos bancos estrangeiros e o

    8K0, pregando uma r%gida austeridade fiscal com o suprerasfist primrio. "utra marca

    do governo tucano foi uma maior abertura para o capital transnacional, portanto a perca

    de autonomia da economia nacional. & uma pol%tica anti1sindical como ( demonstrado

    por Alves9

    >um primeiro momento, a nova fle$ibilidade do trabalho surge pelanegociao coletiva entre trabalho assalariado e capital. =or isso, sob aera neoliberal, tendem a ser instaurados acordos sindicais que

    permitem nova fle$ibilidade do contrato de trabalho no Brasil.Hiscutem1se, por e$emplo, as jornadas de trabalho ^modulares_, osbancos de horas +ou bancos de dias, promulgados pela lei de7ontratos 2emporrios, em 3SSF, em que se procura promover asincronia da atividade do trabalho com a disposio do capital. Heacordo com esta lei, os trabalhadores cumpririam jornadas variveisem consonncia com o programa de produo, assumindo d(bitos oucr(ditos de horas. A utilizao do banco de horas no lugar do merorecurso horas parece uma demonstrao da passagem para uma novafle$ibilizao do trabalho 1 no caso, fle$ibilidade da jornada detrabalho1negociada com o sindicato dos metalJrgicos. +AD

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    boa conduta do governo da )estrela vermelha*. 8oi a maior acentuao para um capital

    financeiro ajustado ao cassino global. Hemonstra que os trinta anos de uma luta por uma

    democracia popular, um projeto popular de esquerda faliu, e no seu vcuo toda uma

    fora social que estava aliada a este projeto em especial a 762, e a demonstrao deste

    iderio neoliberal com outra central sindical como a fora sindical. >este limbo fica o

    que fazer com um projeto para a emancipao do trabalho`

    Para um Pro$eto de uma Esquerda Mar6ista!

    A ideologia que ( a ideologia da elite socialmente dominante demonstra

    nada mais que a base material pode sustentar esse aspecto neoliberal, individualista, em

    que prega o privado onde todas as concep-es do social, ou de um ser gen(rico. 8ica um

    nebuloso futuro para a humanidade. He um lado na ess'ncia do movimento o capital

    com suas variantes venceu, com o esplendor de uma sociedade onde jorra mais de dois

    teros da sociedade em trabalho precrio, informal, ou com tantas ddivas, al(m de um

    tero da humanidade decretada a mis(ria, pobreza, isto olhando do ponto de vista

    burgu's sobre mis(ria e pobreza, como no bastasse o homem chega a marte +pois os

    robs que l e$aminam outros planetas ( fora produtiva, ou seja, humana, onde

    maquinas automticas podem fazer trabalho de inJmeros homens, onde as distancias

    entre a humanidade quase desaparecem por conta das telecomunica-es +internet,

    telefonia, ainda muitas pessoas mal podem chegar a atender suas car'ncias, f%sicas

    animais. 5er que falta produo de alimentos, ou a capacidade de transporta1los das

    regi-es produtivas para os locais onde necessita o consumo` 7reio que no L um

    defeito estrutural do capitalismo. "utra ddiva que nos esperam sob o conceito

    neoliberal ( que as foras produtivas, tornaram1se foras destrutivas do homem e da

    natureza. 5em delongar no assunto percebe1se que para que no se feche o ciclo de

    reproduo das mercadorias tem que ter uma )durao da vida Jtil* cada vez menor,

    longe de uma )alternativa dentro da ordem* pode1se perceber que os recursos naturais

    esto dei$ando em n%veis cr%ticos o clima e toda estrutura da terra. &m nossa opinio a

    crise mais aguda que vivemos no ( o sindicato, como j apontado os sindicatos

    surgiram como uma necessidade de mediao entre capital e trabalho. Kediao que

    sempre se limita a uma melhora nas condi-es objetivas do trabalhador que est

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    empregado. \ uma crise que se busca para emancipao do trabalho frente l#gica do

    capital.

    Kas fica uma pergunta essa crise no uma particularidade do Brasil ( uma

    conjuntura internacional que faz com que esses frutos de uma seqN'ncia de erros que a

    esquerda que buscava verdadeiramente uma emancipao, ou seja, revolucionaria, no

    restrinjo apenas a esquerdistas que pegaram em armas para uma revoluo, vide

    revoluo cubana, mas aqueles que dedicaram a vida a este projeto. 8ica um entulho

    para remover que nem uma retro1escavadeira pode recolher to fcil. Apontaremos

    algumas situa-es cruciais para uma compreenso. " canto da sereia do politicismo que

    incorporou na social democracia, uma de inspirao Ve;nesiana, que buscou controlar o

    a l#gica do capital e poder dar concess-es classe trabalhadora. "utra social

    democracia que pleiteava instaurar o socialismo aos )pouquinhos* com uma dominao

    do &stado sua ampliao e por fim uma outorga decretando por fim o socialismo. 2ais

    configura-es demonstraram falhas. >o fazemos de desavisados, pois j a critica de

    Kar$ durante a d(cada de quarenta, tal critica renegada pelos interpretes concederam

    te$tos feuerbachianos. & uma esquerda mergulhada durante o per%odo da guerra fria

    num estremo stalinismo onde a manipulao ocorria da mesmo forma do outro lado do

    muro de Berlin.

    =ortanto fica um desafio a classe trabalhadora, em procurar uma nova

    organizao que no cometa erros hist#ricos do movimento dos trabalhadores e

    apro$imar movimentos urbanos e no campo, no campo alguns movimentos cr%ticos ao

    capitalismo um e$emplo o K52 e resqu%cios de sindicatos combativos. 7olocarmos em

    pauta um movimento que busque a liberdade dentro e fora do trabalho.

    &sta nova organizao de enfrentamento ao capital, no deve somente se pautar

    em uma luta parlamentar, pois o capital se reproduz quase de forma e$tra parlamentar,

    portanto o embate no deve se pautar neste somente neste ambiente. L importanteressaltar que todos os envolvidos no enfrentamento seja parte constituinte livrando da

    vanguarda desp#tica. Bem como ter uma organizao que agrega maior nJmero de

    trabalhadores e de modo at( que quebre as fronteiras dos pa%ses, pois o capitalismo ( um

    processo hist#rico mundial e o socialismo tem que comportar de maneira similar.

    #e7erencia 0i5lio'r87ica/

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    A>26>&5, Oicardo +3SSM "deus ao &ra5alho?/&nsaio sobre as

    metamorfoses do Kundo do 2rabalho e a 7entralidade do Kundo do 2rabalho.

    7ortezU6nicamp, 7ampinas.

    +@R Sentidos do &ra5alho9 &nsaio sobre a afirmao e negao do

    trabalho, Boitempo, 5o =aulo.

    +@M Uma #adio'ra7ia das lutas sindicais no 0rasil #ecente e seus

    Principais 9esa7iosin 5indicalismo no Brasil os primeiros 3 anos` 7rislida Kinas

    4erais.

    AD

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    +@R Sal8rio Preo e &22", Cos( =aulo+@3 9itadura e Servio Social7ortez, 5o =aulo.

    K&5Z[O"5, 0stvan +@@ Para al)m do apitalW uma teoria de transio,

    Boitempo 5o =aulo.

    T"B5BA]>, &ric +3SFF Mundo do &ra5alho1 >ovos &studos 5obre a 7lasse

    "peraria, 2erra e =az Oio de Caneiro.