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www.portasabertas.org.brDIP 2017 • JUNTOS PELA ÁFRICA 1

Introdução

Desde o início de seu ministério, Jesus atraiu milhares de seguidores. Muitos começavam a segui-lo por causa de seus milagres, outros por causa de seu ensino cativante e diferente. Entretanto, Jesus não tinha interesse em ter multidões ao seu redor, mas sim verdadeiros discípulos, que não somente o ouvissem, mas também cumprissem seus desafios e ensinamentos.

Quando lemos o capítulo 16 do evangelho de Mateus vemos Jesus apresentando para seus seguidores o preço do discipulado. Jesus reúne seus discípulos e os desafia dizendo: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Esse é o preço que todos os discípulos de Jesus devem pagar para verdadeiramente serem considerados como tais.

E quando olhamos para a afirmação de Jesus, podemos aprender muitas lições sobre o preço do discipulado:

1. Cristo nos comissiona a carregar uma cruz pessoal e segui-lo

O cerne do evangelho de Jesus é a Cruz, ou seja, sua morte por um mundo pecador sendo ele mesmo o próprio Filho de Deus santo e justo. O texto de 1 Coríntios 1.18 diz: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus”.

Vale ressaltar que nos versículos anteriores Jesus havia mostrado para os discípulos que ele teria de sofrer para cumprir seu chamado e é repreendido por Pedro, o que comprova que a mensagem da Cruz é loucura. “Desde aquele momento Jesus começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia. Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: ‘Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá!’. Jesus virou-se e disse a Pedro: ‘Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens’”. Mateus 16.21-23

A. Relacionamento com Deus: “disse” Jesus

Entretanto, tudo começa com um relacionamento com Deus. Não há como ser comissionado por alguém ou ser seu discípulo, sem antes ter um relacionamento com essa pessoa. Os discípulos caminhavam ao lado de Jesus, ouviam suas histórias e ensinamentos, testemunhavam seus milagres e sinais e participavam de sua missão pregando as boas-novas. O texto deixa claro que eles estavam próximos de Jesus e, então, ele “diz” algo para eles, no caso, o preço do discipulado. Você está próximo de Jesus? Você segue Jesus diariamente? Você come com ele à mesa? Você ouve seus ensinamentos todas as manhãs? Você ouve sua voz? Como está sua vida com ele? Você leu a Bíblia pelo menos uma vez esse ano? Você tem orado todos os dias? Você tem caminhado com o Mestre? Não há como ser discípulo sem ter um relacionamento com Jesus.

ESTUDO BÍBLICO

O PREÇO DO DISCIPULADOTexto:

Mateus 16.24: “Então Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’”.

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B. O comissionamento é para carregar uma cruz pessoal

Quando temos um relacionamento com Cristo e ouvimos sua voz, ele nos comissiona a carregarmos a nossa cruz, ou seja, cada um tem sua própria cruz para carregar, assim como o Mestre carregou a sua. Agora, nós já vimos que a Cruz é o ponto mais importante da jornada de Cristo, pois foi por meio dela que alcançamos salvação. Então, devemos entender que ela é para nós motivo de honra e não vergonha. Gálatas 6.14 diz: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”.

Por isso, quando você sofrer por causa da sua fé em Jesus, dê graças a Deus, pois para seus discípulos é um privilégio carregar a cruz. O texto de 1Pedro 4.16 diz: “Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome”.

2. Cristo estabelece uma condição para segui-lo

Seguir a Jesus não é algo fácil e ele nunca disse que seria. A multidão que seguia a Jesus tinha diferentes motivações em seus corações, por isso, ele deixou claro o preço do discipulado.

A. “Se”: é possível segui-lo ou não

Quando olhamos novamente para o comissionamento de Jesus, vemos que Ele estabeleceu uma condição para segui-lo. Ele disse: “Se alguém quiser acompanhar-me”, faça isso, isso e isso, ou seja, quem não quisesse aceitar a condição que ele estava estabelecendo, não iria ser considerado discípulo. Jesus não força ninguém a segui-lo. Você se lembra da história do jovem rico (Mateus 19.16-23)? Jesus estabeleceu a condição para segui-lo e o jovem preferiu ficar com as suas riquezas ao invés de desistir de tudo para estar com o Mestre. Jesus não forçou a conversão do jovem e nem mudou a condição estabelecida para que ele se tornasse seu seguidor.

B. Os verdadeiros discípulos aceitam a condição de Jesus

Jesus disse em Mateus 10.38: “e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”, portanto, se quisermos ser dignos de sermos chamados de discípulos de Jesus, não há outra saída a não ser aceitar sua condição. Entretanto, o texto paralelo de Lucas 9.23 diz que: “Jesus dizia a todos: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me’”, ou seja, todos nós teremos de pagar esse preço todos os dias. O sacrifício de aceitar ser discípulo de Jesus é diário: na maneira como você trata as pessoas ao seu redor (família e amigos); na maneira como você trata os perdidos (com amor e compaixão); na maneira como vive o evangelho (se por palavras ou ações); na maneira de você pensar o mundo (como você enxerga todas as coisas).

3. Cristo morreu por nós, portanto, devemos morrer para nós mesmos

Após deixar claro que podemos ou não aceitar as condições, Jesus diz que: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo”, ou seja, deixe de existir para si mesmo e para suas vontades.

A. Agora, Deus é o “Senhor”

Ora, o batismo nada mais é do que o símbolo da morte para si mesmo e o novo nascimento para Deus diante da Igreja e do Reino espiritual. Paulo disse em Colossenses 2.12 que “isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”. E ele também diz em Gálatas 2.20: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”.

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Então, agora, Deus é o Senhor da minha vida. Não vivo mais por mim mesmo, mas Cristo vive em mim e, tudo que faço, faço pela fé em Jesus, que morreu por mim na Cruz por amor.

B. Quem negar a si mesmo, ao invés de perder sua vida, a achará e a salvará

A vida abundante que Jesus prometeu para seus discípulos só pode ser vivida por aqueles que morrem para si mesmos e se entregam para Deus por completo. Mateus 16.25 diz: “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará” e o texto paralelo de Lucas 9.24 diz: “Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará”. Que possamos perder nossa vida para que ela seja achada e aceita por Deus!

4. Jesus mostrará o caminho de nosso calvário

Por fim, após falar da abnegação e do comissionamento da Cruz, Jesus encerra dizendo para seus discípulos: “siga-me”. Após sua morte, Cristo ressuscitou e hoje vive em nós, e nós nEle, portanto, o que temos que fazer?

A. Temos que seguir exatamente os mesmos passos de Jesus

O que Jesus faria no meu lugar? Essa é uma pergunta clássica que deveria pautar cada passo de nossas vidas. E a resposta virá no relacionamento com Cristo. Quanto mais próximos estivermos dele, mais fácil será discernir o que fazer em cada situação de nossas vidas. No seu trabalho, na faculdade, na sua casa com sua família, na rua com desconhecidos, siga os passos de Jesus. O que ele faria em seu lugar? Lembre-se que agora você vive pela fé no filho de Deus e ele vive em você.

B. O final do caminho será o calvário

Jesus nos ensinará a dia a dia morrermos para nós mesmos até não exista mais nada de mim e tudo de Cristo. Paulo diz em 1Coríntios 15.31: “Todos os dias enfrento a morte, irmãos; isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor”, portanto, nossa jornada em direção a vida eterna é também uma jornada em direção à morte total. É a mortificação da carne até que Cristo seja formado em nós.