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O RIOMOINHENSE N.º 3

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O RIOMOINHENSE de Dezembro de 2004

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2 Dezembro 2004O RioMoinhense

Propriedade: Projecto “Renascer Abrantes - Concelho Solidário” Director: Rui AndréRedacção: Sónia Pacheco; Rui André Paginação: Sónia Pacheco Publicidade: Ana Sofia Caldelas

Telefone: 96 4184464 Publicidade: 96 5589318 E-mail: [email protected]

Colaboraram neste número: Falena; M.L.J.; Sara Pereira; Vitalina Pires

RUI ANDRÉ

editorialMais um número d’O Riomoinhense!Esta terceira edição vem demonstrar a persistência de alguns jovens corajosos que amam a sua terra e

que pretendem desta forma informar as pessoas.Para aqueles que (in)directamente ajudam este meio de comunicação a crescer realço a minha gratidão e

desejo-lhes muitas felicidades.

O Jornal de Abrantes nunca mais voltou a ser aquilo que os riomoinhenses se orgulhavam. As Notíciasde Rio de Moinhos semanais desapareceram e vieram concluir que nem toda a gente é substituível.

Pelas ruas, os teóricos falam e falam e até foram contactadas algumas ilustres personagens da nossafreguesia. Mas, mesmo assim, recusaram o convite de colaborar gratuitamente na divulgação da nossa cultu-ra. Pessoas que nunca demonstraram coragem e sobretudo capacidade de concretizar e projectar um bom emerecido futuro para todos nós e para as nossas próximas gerações. “É mais difícil esconder a ignorânciado que adquirir conhecimentos”, dizia François Rabelais (1483-1553).

Neste número gostaria de deixar um abraço especial ao Pe José Manuel Marques Cardoso, o nosso novoPároco, que veio substituir o Monsenhor Cónego José Genro Carvalheira, que cumprimento desejando queDeus o acompanhe. Ao nosso novo Pastor O Riomoinhense deseja-lhe muitas felicidades esperando umaboa integração nesta nova comunidade cristã.

Para os paroquianos de Santa Eufémia ficam umas palavras de respeito, compreensão e ajuda para como novo mensageiro de Deus a fim de dignificar a nossa boa educação cristã e caminhar todos unidos para aestrada da paz e da espiritualidade divina.

No próximo ano realizar-se-ão eleições para a Junta e Assembleia de Freguesia e, como cidadão, preocu-pa-me o futuro da minha freguesia.

Verificou-se que ao longo dos últimos 30 anos o desenvolvimento prometido ficou nos papéis, algures bemguardado na gaveta. Rio de Moinhos está, cada vez mais, a perder terreno em relação às outras freguesias.

Após um estudo aprofundado às ideologias políticas riomoinhenses, verifiquei que os cidadãos dão maisvalor à actuação e dinamismo das pessoas que estão ao comando dos destinos da Junta de Freguesia do quepropriamente à sua cor partidária.

Perante esta minha abordagem, quero realçar o meu estatuto de independente visto que, em relação àpolítica actual, defendo decisões que venham a fortalecer os valores humanos e que defendem a sustentabi-lidade das políticas a implementar, ou implementadas, independentemente da estrutura política.

Ainda é cedo, mas, confesso que já pensei numa possível candidatura à Junta de Freguesia visto a elevadaquantidade de pessoas que me têm abordado e apoiado.

Durante anos a freguesia teve várias listas concorrentes dividindo assim o potencial existente em cadauma delas. De qualquer forma, temos um objectivo em comum e queremos o melhor para a nossa terra, mas,defendo que só devemos colocar os interesses dos partidos políticos em segundo plano.

Juntos venceremos, juntos Rio de Moinhos vencerá …Por isso, penso que todos os riomoinhenses que querem desenvolver a Freguesia de Rio de Moinhos

devem reflectir bem. Acredito que só existe um caminho pela frente - Juntar todas as pessoas interessadas,com capacidade e caminhar todos juntos na mesma direcção. Numa democracia justa, uma intervençãopositiva depende, da união de todos independentemente da sua ideologia política no caminho do desenvolvi-mento sustentável.

Após esta minha opinião gostaria de informar os leitores que O Riomoinhense não tem, nem nunca teráuma tendência política, por isso, convido qualquer pessoa interessada e porque não os possíveis candidatosem expressar as suas opiniões nos próximos números d´O Riomoinhense.

Resta-me despedir até ao próximo número, mas, na época natalícia gostaria de finalizar as minhas humil-des, mas sinceras, palavras desejando a todos os leitores um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO e, aosdoentes em especial, coragem e muita paciência na sua luta, desejando-lhes umas rápidas melhoras.

Façam o favor de ser felizes …

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32004 Dezembro O RioMoinhense

à conversa com...

Fernando “Moleiro”

Fernando Mouzinho come-çou a trabalhar, aos 13 anos deidade, com o Sr. Joaquim Mor-gado onde aprendeu o ofício deferreiro durante cinco anos.

Andou no mar com o seu painos varinos e fragatas entre oRossio ao Sul do Tejo e Cha-musca onde carregava a mer-cadoria que era descarregadaem Lisboa.

Aos 24 anos voltou a traba-lhar na oficina do Sr. JoaquimMorgado e, após algum tempo,tomou conta da oficina até aos58 anos (para os mais novos aoficina ficava situada na Chãonde vive actualmente o Sr.Joaquim Soares Bento).

Como ferreiro fez diversosobjectos em ferro forjado. Fa-zia peças relacionadas comalfaias agrícolas e carroçarias,materiais destinados à zonarural.

Entre outros, construiu en-xadas, ferragens para Barcos(roda de proa, ferragem para asencharcas, cadraste e leme,para o calzés do mastro), ei-xos e ferragens das rodas doscarros de bois, noras, alcatru-zes (tirar a água para regar),picões para os moinhos, ferra-gens para as camionetas…

Ele fazia tudo à mão porque

Fernando Sousa Mouzinho nas-ceu em 18 de Fevereiro de 1913,na freguesia de São Miguel, em Al-fama, Lisboa. Filho de Manuel Ro-drigues Mouzinho, “Manuel Molei-ro”, casou com Gracinda de Jesus(natural de Abrançalha). Foi numbailarico, em Abrançalha, num Do-mingo à noite, entre as 20.00h eas 24.00h, que conheceu a sua es-posa. Mais tarde, nasceram osseus dois filhos: Maria Rosa Damas Sousa Mouzinho eFernando Manuel Sousa Mouzinho.

Foi aos dois anos de idade que,devido às fragatas, Fernando Mou-zinho veio para a aldeia de Rio deMoinhos. Tirou a 4ª classe em Riode Moinhos com o Professor Fran-cisco Seabra Esteves. Queria sercarpinteiro de moldes, mas, du-rante toda a sua vida activa foi fer-reiro e também serralheiro.

“Eu vi nascer tanta enxadadas mãos do mestre ferreiro

Pensei, então: é cavadaA terra … - Há pão no celeiro”

não havia electricidade. A suaprofissão era muito artesanal ea ferramenta de trabalho diver-sa constituía-se normalmentedo malho, da bigorna (serviapara bater), da forja, do fole(para aquecer o ferro), do me-tro, das tenazes, da marreta,das limas, dos engenhos parafazer buracos, dos tornes (parasegurar na bancada), das bro-cas.

Como serralheiro fazia por-tões, grades, gradeamentos dejanelas, aldrabas, batentes.

Depois dos 58 e até aos 67anos foi trabalhar na serraçãodos Zeferinos como serralhei-ro onde arranjava correntes,manutenção ou reparação demáquinas, entre outras tarefas.

Fernando Moleiro tinha al-

gum tempo livre e, no final dosanos quarenta, durante, pelomenos 5 anos, passou varia-díssimos filmes no cinema emRio de Moinhos. O cinema per-tenceu a Vítor Pereira (negoci-ante de madeiras), ao seu ir-mão João Pereira e a SerafimPereira).

As fitas eram a preto e bran-co e vinham na carreira de Lis-boa, durante a semana. A ses-são era aos Domingos às21.00 horas no edifício da ac-tual Casa do Povo.

Também cobrava a luz emRio de Moinhos, Abrançalha eAmoreira (contava a luz, rece-bia e fazia a escrita da EDP an-tiga Hidro eléctrica).

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4 Dezembro 2004O RioMoinhense

Finalmente, a APEOCAexiste formalmente e os seusestatutos já foram aprovadosem Diário da República, no dia2 de Junho de 2004.

A APEOCA pretende unir to-dos os Encarregados de Edu-cação a fim de desenvolver etrabalhar no sentido de acom-panhar e, sobretudo, ajudar osnossos educandos a crescerdentro de um padrão aceitávele justo.

Nos seus estatutos realçodois artigos que descrevem asseguintes situações:

Denominação, Sede eNatureza

1. A Associação de Pais eEncarregados de Educação éuma comunidade de Encarre-gados de Educação de alunosde todos os graus de ensinoexistentes nos estabelecimen-tos de ensino das freguesias deAldeia do Mato, Martinchel, Riode Moinhos e as aldeias deAbrançalha de Cima e de

APEOCAfinalmente criada e legalizada…

Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Estabelecimentos de Ensino do Oeste doconcelho de Abrantes

Abrançalha de Baixo.2. A Associação é uma ins-

tituição sem fins lucrativos.3. A Associação de Pais e

Encarregados de Educaçãodos alunos dos estabelecimen-tos de ensino referidos no ponto1. Rege-se pelo presente es-tatuto e, nos casos omissos,pela lei geral.

4. A Associação de Pais eEncarregados de Educação éestabelecida por duração inde-terminada e possui a sua sedenas instalações da Escola E.B.1 de Rio de Moinhos ou noutrolocal por determinação da Di-recção.

5. O ano social coincidecom o ano escolar.

6. A Associação de Pais eEncarregados de Educaçãoexercerá as suas actividadessem subordinação a qualquerideologia política ou religiosa.

Objectivos e Finalidades1. A Associação tem por

objectivos essenciais:

Para o ano escolar 2004-05 foram eleitos no dia 27 de Setembrode 2004 os seguintes elementos:

Direcção:Presidente: Sr. Rui Manuel Vasco André – Rio de Moinhos

Vice-Presidente: Sra. Isabel M. André Amaro Ramos – Rio de MoinhosSecretária: Sra. Maria João Ferreira Tereso – Martinchel

Tesoureiro: Sra. Rosa Maria David Lopes Garrinhas – PucariçaVogal: Sra. Isabel M. Conceição Damas Pedro – Abrançalha Baixo

Conselho Fiscal:Presidente: Sra. Maria de Deus Cardigos Caseiro – Pucariça

Secretário: Sra. Maria Fernanda dos Santos Caseiro – Aldeia do MatoVogal: Sr. António Carlos Leitão Ramos – Abrançalha de Baixo

Mesa da Assembleia Geral:Presidente: Sra. Maria Guiomar dos Santos – Martinchel

Secretário: Sr. Vítor Hugo Rico Nogueira Lalanda – Rio de Moinhos)Vogal: Sra. Maria Eduarda Mendes Cunha Damas – Amoreira

Representante no Conselho Pedagógico: Sr. Rui AndréRepresentante na Assembleia de Escola: Sra. Anabela Fernandes

Rui AndréPresidente da APEOCA

a) Defender, por todos osmeios ao seu alcance, o exer-cício do direito/dever que cabeaos pais e encarregados deeducação como primeiros eprincipais responsáveis pelaeducação dos filhos;

b) Levar os pais e encarre-gados de educação a partici-par na vida dos Estabelecimen-tos de Ensino, tornando-se aforma organizada da família in-tervir no processo educativo,contribuindo para o desenvol-vimento equilibrado da perso-nalidade do aluno promovendouma política de ensino que res-peite e promova os valores fun-damentais da pessoa humana;

2. A Associação tem por fi-nalidades essenciais:

a) Defender os legítimos in-teresses dos alunos, pais eencarregados de educaçãojunto dos órgãos de adminis-tração e gestão dos Estabele-cimentos de Ensino ou outrasentidades públicas ou privadas;

b) Informar todos os pais eencarregados de educação detudo o que tiver interesse paraos seus educandos;

c) Apoiar os órgãos de ad-ministração e gestão dos Es-tabelecimentos de Ensino emtudo o que disser respeito aocumprimento das leis e regu-lamentos que regem o ensino.

d) Participar nos órgãos doAgrupamento Oeste conformerespectivo regulamento.

A Associação exercerá asua actividade no respeito pe-las liberdades consignadas naConstituição da República Por-tuguesa.

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52004 Dezembro O RioMoinhense

I Encontro Nacionaldos Rio de Moinhos de Portugal

Segundo diversos dicionári-os, existem em Portugal dezlocalidades com o nome deRio de Moinhos que estão dis-tribuídos da seguinte maneira:1 Vila – Concelho de Penafiel;5 Sedes de freguesias: Conce-lhos de Abrantes, Aljustrel, Arcode Valdevez (já foi vila), Borbae Sátão; e 4 Lugares: fregue-sia de Alvelos (concelho deBarcelos), freguesia de Mari-nhas (concelho de Esposen-de), freguesia de Santa Maria(concelho de Trancoso) e fre-guesia de Torrão (concelho deAlcácer do Sal).

Após uma investigaçãoacerca cada um, Rui André ela-borou uma planificação que foisubmetida e apreciada favora-velmente no executivo da Jun-ta de Freguesia e sua respec-tiva Assembleia.

Com o intuito de preparar oI Encontro Nacional dos Rio de

A nossa freguesia será palco do I Encontro Nacional dos Rio de Moinhos de Portugal,nos dias 1, 2 e 3 de Julho de 2005. Organizado pela Junta de Freguesia de Rio de Moinhos,através de Rui André, Presidente da Mesa da Assembleia e coordenador do Projecto, estedesafio cultural pretende fomentar uma parceria entre seis localidades diferentes, por sisó, mas, tendo em comum a sua toponímia.

Moinhos, reali-zou-se, no dia 23de Outubro de2004, uma reu-nião na Sede So-cial da freguesiade Rio de Moi-nhos, do conce-lho de Abrantes.Com a presençados representan-tes das localida-des de Rio deMoinhos dos concelhos deAbrantes, Borba, Penafiel eSátão, foi apresentado o pro-jecto, destacando-se os se-guintes objectivos:

* Proporcionar um convívioentre os Rio de Moinhos doPaís todos os anos em cadalocalidade.

* Divulgar as culturas e tra-dições (artesanato)

* Provar a gastronomia decada região.

* Organizar várias activida-des (musical, etnográfico edesportivo)

* Elaborar um livro sobre o IEncontro Nacional - Compila-ção de todos os Rio de Moi-nhos de Portugal (Vila, fregue-sia e lugar)

Elaborada uma planificaçãoprovisória, ficou agendada umapróxima reunião para o dia 19de Fevereiro de 2005.

Festejou-se, no dia 11 deNovembro de 2004, o dia de S.Martinho, na Aldeia de Rio deMoinhos.

Organizado pelas educado-ras, professoras e auxiliares deeducação, o Magusto, contoucom a presença de todas ascrianças dos estabelecimentosde ensino da freguesia. No po-lidesportivo da terra realiza-ram-se algumas actividadeslúdicas e jogos tradicionais.

Magusto em Rio de MoinhosSeguiu-se

um lanchecom a inclu-são da tradici-onal castanhaque foi ofereci-da pela Juntade Freguesia.

Um dia di-ferente, cheiode sol, que fezo encanto dospequenotes.

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6 Dezembro 2004O RioMoinhense

Assembleia de Freguesia de Rio de MoinhosActa n.º99

Aos trinta dias do mês deSetembro do ano de dois mil equatro, pelas vinte e uma horas,reuniu-se na Comissão de Me-lhoramentos da PUCARIÇA, a As-sembleia de Freguesia de Riode Moinhos, numa sessão ordi-nária com a seguinte ordem detrabalho:

Ponto um: Período antesda ordem do dia

Ponto dois: Outros assun-tos de interesse para a Fre-guesia

Iniciada a reunião com a pre-sidência do Sr. Rui Manuel Vas-co André, do primeiro secretá-rio, o Sr. Zeferino Manuel Tan-queiro Lopes Pinho Gama e dosvogais, a Sra. Maria Celina deJesus Pedro Pernadas, o Sr.António Luís Damas GasparBretes, o Sr. Guilhermino LopesPedro e o Sr. António José doCarmo.

Estiveram ausentes a Sra.Maria Fernanda Lopes CravoFerreira, o Sr. Joaquim SoaresBento e a Sra. Maria do Rosá-rio Soares Serra.

Aberta a sessão ordinária, oSr. Zeferino Gama, leu a actanúmero noventa e oito. A As-sembleia aprovou-a por maioriacom a abstenção da Sra. MariaCelina de Jesus Pedro Perna-das e do Sr. António Luís Da-mas Gaspar Bretes.

Iniciando a reunião com asalegações do executivo, o Pre-sidente da Junta informou quefoi concluída a ligação da águade Castelo Bode a localidadeAmoreira; que existe uma par-ceria entre as Juntas de Fre-guesia de Rio de Moinhos e Al-deia do Mato em relação a aber-tura de uma estrada florestal;que estava a espera da respos-ta relativo à iluminação da casi-nha em Amoreira; que o execu-

tivo escreveu uma carta à INAGa fim de resolver o problema danova extensão de saúde; que aex-funcionária Ana Paula Mar-ques Paulo tinha até ao dia 11de Outubro de 2004 para recla-mar em tribunal; que o abrigopara a localidade de Amoreirajá está pedido; que foi substitu-ído a canalização da escola deRio de Moinhos. No final, o Sr.Manuel Pires pôs a aprovaçãoda Mesa da Assembleia o orça-mento para a obra de alcatroa-mento da estrada do Roque –Pucariça à empresa QUIROBRApela quantia de 7.796,88 euros.A Assembleia aprovou por una-nimidade.

Seguiu-se uma proposta dealteração relativo ao brasão dafreguesia de Rio de Moinhos. AAssembleia de Freguesia apro-vou por maioria.

Os Srs. Rui André e ZeferinoGama votaram contra esta pro-posta não pela alteração do bra-são em si mas a forma comoesta alteração foi e deveria seraprovada. Estes dois elementossugeriram que deveria ser pos-ta a consideração de toda apopulação num dia a marcar enão ser apreciada e votada so-mente pelos membros da As-sembleia de Freguesia.

De seguida, o Sr. Tesoureiropropôs a aprovação da renova-ção do contrato de trabalho daSra. Maria de Fátima Ramalhe-te por mais três meses. Estaproposta foi aprovada por una-nimidade. Mais informou que aJunta fez um protocolo com aANAFRE relativo à abertura deum posto público de Internetadquirindo assim dois novoscomputadores. Mais informouque o número de contribuinte daJunta de Freguesia foi alteradoem virtude das finanças terem

informado nesse sentido alte-rando assim a nomenclatura deJunta de Freguesia de Rio deMoinhos para Freguesia de Riode Moinhos.

Vários membros da Assem-bleia interpelaram o executivo.As informações foram: as vale-tas entre a Pucariça e Rio deMoinhos; as limpezas; a coloca-ção de novos contentores; Fal-ta de algumas placas de identi-ficação; Falta de passadeira emAldeinha; Estrada da Feia emmau estado de conservação;Preparação do Encontro Naci-onal dos Rio de Moinhos.

O Presidente da Junta res-pondeu as perguntas informan-do que os assuntos tratadosserão resolvidos a seu tempo.

No final, o público fez a suaintervenção e os assuntos foca-dos foram: Falta de formaçãopara a segurança rodoviáriasobretudo para os piões queandam a pé entre Rio de Moi-nhos e Pucariça; falta de tintafluorescente junto dos aquedu-tos; algumas sarjetas sem pro-tecção; Algumas valetas fundase perigosas; estrada de acessoà Casa da Sra. Maria Concei-ção Martins e à Casa do Sr. Cla-ro em mau estado de conser-vação;

O executivo respondeu asdúvidas e questões levantadaspelo público que agradeceu apresença, pela primeira vez, daAssembleia e do executivo naaldeia da Pucariça.

Terminada a reunião ordiná-ria de Assembleia de Freguesia,lavrada a presente acta pormim, Zeferino Manuel Tanquei-ro Lopes Pinho Gama, PrimeiroSecretário da Mesa da Assem-bleia de Freguesia em exercí-cio que a li e subscrevi e portodos vai ser assinada.

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72004 Dezembro O RioMoinhense

reflexão

RUI ANDRÉ*

Movimento Associativo – Que Futuro…Necessidade de reestruturação do movimento associativo existente

*Presidente da Assembleia Geral

Sociedade Filarmónica de Educa-ção e Beneficiência Riomoinhense

Na nossa história, o movi-mento associativo surgiu paraproporcionar à população localo acesso à cultura, recreio, des-porto e educação. O convívio eo dinamismo dos seus voluntá-rios desenvolveram e realiza-ram, de forma generosa, activi-dades para os seus associados.

Na freguesia de Rio de Moi-nhos, o movimento associativodesenvolveu-se durante o sé-culo XX e existiram diversas as-sociações (por desconhecimen-to pode faltar alguma,mas,agradeço mais informações afim de poder completar da me-lhor forma possível esta lista):Sociedade Filarmónica de Edu-cação e Beneficiência Riomoi-nhense (séc. XIX), BibliotecaPopular Riomoinhense (1908),Liga dos Melhoramentos de Rio

de Moinhos (1913), Sport Estre-la Riomoinhense (1923), GrupoDesportivo 1º Dezembro (1927),Núcleo de Acção Católica Femi-nina de Rio de Moinhos (1939),Centro de Recreio Popular Rio-moinhense (1956), Casa doPovo de Rio de Moinhos (1957),Associação de Moradores deAmoreira (1979), Grupo Colum-bófila “Os Asas” de Rio de Moi-nhos (1984), Rancho Folclórico“Os Moleiros” da Casa do Povode Rio de Moinhos e Comissão

O maior crescimento do mo-vimento associativo foi duranteo século passado. A populaçãoda nossa freguesia diminui sig-nificativamente ao longo dos úl-timos 34 anos chegando a per-der mais de 839 habitantes, ouseja, 37,6%.

As associações são um es-paço de desenvolvimento soci-al onde se aprende e ensina aparticipação democrática.

O associativismo, hoje, talcomo ontem, pressupõe umarenovação constante e deveinovar e transformar-se em fun-ção dos seus objectivos iniciais.Aquilo que era há 30 anos jánão é actual.

As necessidades das novasgerações devem estar presen-tes e as associações devemevoluir para aquilo que foram

tivo e preocupado verificar o se-guinte:

A participação dos associa-dos é nula.

A ligação à Comunidade Lo-cal é insignificante.

A motivação dos actuais diri-gentes associativos desapare-ceu.

Temos vários jovens com po-tenciais mal aproveitados pornão existir um grupo coeso bemestruturado.

Por isso, a reestruturação daactual Casa do Povo e Filarmó-nica Riomoinhense é, na minhasimples, mas sincera opinião,urgente.

Tenho dito.

criadas – formação, ocupaçãode tempos livres, actividadesculturais, desportivas, recreati-vas, etc. … devemos reestrutu-rar as actuais colectividades se-não elas terão tendência a de-saparecer.

A boa vontade não chega.Só nos resta um caminho a

seguir – uma assembleia-geralcom todos os associados de to-das as colectividades da terra(Rio de Moinhos) a fim de defi-nir objectivos e principalmentedecidir qual caminho a seguir.

Temos de ter consciênciaque existem vários problemas denatureza organizacional e temosde os resolver com firmeza atra-vés de reflexão, coragem e so-bretudo tomada de decisão.

A minha sincera opinião vemno intuito de como cidadão ac-

de Melhoramentos da Pucari-ça(1986), Rancho Folclórico“Saias Rodadas” de Rio de Mo-inhos (1987), Associação deCaçadores de Rio de Moinhos(1988), Centro de Cultura eDesporto de Amoreira (1991),Centro de Apoio a Idosos(1997), Junta de Agricultores(199...) e APEOCA - Associa-ção de Pais e Encarregados deEducação dos Estabelecimen-tos de Ensino do Oeste do Con-celho de Abrantes (2004).

1900 – 1773 Habitantes1911 – 1885 Habitantes1920 – 1906 Habitantes1930 – 2015 Habitantes1940 – 2172 Habitantes1950 – 2223 Habitantes1960 – 2213 Habitantes1970 – 2230 Habitantes1981 – 1942 Habitantes1991 – 1665 Habitantes2001 – 1391 Habitantes2011 - ……

0

500

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1900 1920 1940 1960 1981 2001

Anos

Evolução da População na reguesia de Rio de Moinhos

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8 Dezembro 2004O RioMoinhense

Obras na Freguesia

Cemitério de Amoreira

Estrada alcatroada em PucariçaRibeira de Rio de Moinhos

A Junta de Freguesia vem atravésdeste meio informar a população que jáse encontra em funcionamento o Pos-to Público Internet com acesso gra-tuito para todos os utilizadores.

A partir do início do mês de Dezem-bro de 2004 qualquer pessoa pode utilizar este posto informá-tico de segunda à Sexta das 15.00h às 18.00horas.

A Junta de Freguesia de Rio de Moinhos vem através destemeio agradecer o trabalho desenvolvido pelo Sr. Sidónio Fer-reira que ao longo de muitos anos trabalhou nesta Junta deFreguesia. Fica a homenagem a esta homem.

Obrigado e Muitas felicidades.Junta de Freguesia de Rio de Moinhos

Errata

A redacção vem informar osleitores que, no n.º 1 d´O Rio-moinhense, o texto que acom-panhe as fotografias, no espaço“Obras na freguesia”, contém umerro e por isso merece da parteda nossa redacção uma correc-ção e um pedido de desculpas àCâmara Municipal de Abrantes.

Assim as obras retratadas nasfotografias foram, de facto, rea-lizadas pela Junta de Freguesia,mas, com colaboração da Câma-ra Municipal de Abrantes.

Ficam as nossas sincerasdesculpas.

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92004 Dezembro O RioMoinhense

Decorreu, no dia 15 de Se-tembro de 2004, a inauguraçãoda ligação da água entre Caste-lo de Bode e Amoreira.

Para além de meia centenade populares, estiveram presen-tes, entre outros autarcas, Nel-son Carvalho, Presidente daCâmara Municipal de Abrantes eManuel Pires, Presidente da Jun-ta de Freguesia de Rio de Moi-

Água de Castelo de Bode chega a Amoreiranhos. Nelson Carvalho realçou obom trabalho dos serviços mu-nicipalizados e da Câmara Mu-nicipal de Abrantes. Manuel Pi-res, por seu lado, agradeceu oserviço prestado.

Após os discursos e entregade flores por parte da população

os dois presidentes abriram astorneiras de ligação da água deCastelo de Bode.

A partir deste dia os habitan-tes começaram a beber umaágua mais saudável aumentan-do o bem-estar merecido destapopulação.

Reconstruído a 28 de No-vembro de 1903, o Cais de acos-tagem de Rio de Moinhos, con-celho de Abrantes, fez 101 anosde vida merecendo de ser real-çado através este artigo.

No ano transacto a Junta deFreguesia realizou uma missacampal em memória dos maríti-mos já falecidos e no final houvelugar para a entrega de uma pla-ca comemorativa aos marítimosainda vivos. A história local dafreguesia e do concelho nãopode nem deve ser esquecida.Felizmente muitos riomoinhen-ses estiveram presentes ao con-trário da Câmara Municipal deAbrantes que não compareceu,apesar de convidada para o efei-to.

A freguesia de Santa Eufémiae o concelho de Abrantes teve,tem e terá como seu principal pa-

trimónio – o Rio Tejo. Aarte marítima está es-quecida e as novas ge-rações não se lembramdo valor que o Tejo tevena cultura abrantina. Atémesmo as entidades res-ponsáveis ainda não seaperceberam da impor-tância desta arte nanossa região.

Como o referido no nº1 d’ORiomoinhense, a Junta de Fre-guesia de Rio de Moinhos que-rendo valorizar a cultura maríti-ma do nosso concelho, já apre-sentou, no final do ano de 2002,uma candidatura à Tagus e àautarquia local para que fossefeita uma intervenção ao Cais deRio de Moinhos a fim de revitali-zar o espaço envolvente e, so-bretudo, recuperar a muralhaexistente reconstruída há 101

Cais de Acostagem de Rio de MoinhosMais de 100 anos de história …

anos.Até a data nada foi feito. Tal-

vez no próximo ano com as elei-ções se consiga fazer obras aeste património!

A aposta de qualquer autar-quia deve centrar-se na culturae na educação. Será que KarlMarx (1818-1883) tinha razãoquando afirmava que: “A histó-ria da sociedade até aos nos-sos dias é a história da lutade classes”?

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10 Dezembro 2004O RioMoinhense

Realizou-se, no dia 4 de Se-tembro o habitual Almoço dosRiomoinhenses, no restauranteCristina. Duzentas pessoas jun-taram-se relembrando os velhostempos e muitos foram os rio-moinhenses que, mais uma vez,quiseram visitar a sua terra.

Terminada a refeição, se-guiu-se a actuação do RanchoFolclórico “Os Moleiros” da

Almoço dos Riomoinhenses

A tradicional Procissão das Fogaças saiu à rua na tarde do dia 5 de Setembro, inserida na habi-tual festa religiosa, comemorada no primeiro fim de semana do citado mês. Ao som da FilarmónicaRiomoinhense, a procissão fez-se acompanhar pela Santa Eufémia, Nossa Senhora do Rosário,Santo António, Nossa Senhora do Carmo, Menino Jesus e um barco representativo do passadomarítimo dos riomoinhenses.

Procissão das Fogaças

241 881 162 (Comércio)241 881 372 (Residência)

Rua Avelar Machado, 20-24

2200 Rio de Moinhos ABT

Realizou-se, no dia 5 de Se-tembro, um Rally Paper, cuja co-missão organizadora foi Luís So-ares, Licínio Caldeiras, Rui Sil-vério, Paulo Monteiro e Fran-cesco Rebecchi.

Tendo como ponto de parti-da, e de chegada, o Campo deFutebol de Rio de Moinhos, aprova iniciou-se às 09H00. Du-rante o percurso (Rio de Moi-nhos - Amoreira - Montalvo - Ob-servatório de Constância - Riode Moinhos), as 15 equipas par-ticipantes demonstraram a suacultura geral, o seu poder deobservação, a sua destreza,resolvendo charadas, assimcomo, fazendo as mais variadasprovas.

Os vencedores, pelo 3º anoconsecutivo, foram João, Gra-ça e João Miguel Claro; JoãoPaulo e Elsa Mendes; Júlio Flore Ana Paula Falcão, tambémeleitos para a comissão organi-zadora do próximo ano.

Rally Paper

Casa do Povo de Rio de Moi-nhos.

Aproveitando a presençadaqueles que vivem longe dasua terra natal, procedeu-se àdistribuição do nº 2 d’O Riomo-inhense para dar a oportunida-de a estas pessoas de se man-terem em contacto com as suasraízes.

Page 11: O RIOMOINHENSE N.º 3

112004 Dezembro O RioMoinhense

Mais uma vez, seguindo a tradição, a Banda Filarmó-nica de Educação e Beneficiência Riomoinhense come-morou o 1º de Dezembro, a Restauração da Indepen-dência. Caminhando pelas ruas da freguesia, várias fo-ram as pessoas que acordaram ao som do Hino da Res-tauração tocado sob a direcção do novo maestro. JoãoAndré, que, por razões profissionais, esteve ausente,regressou aos destinos da Filarmónica Riomoinhense,substituindo, assim, o maestro Diamantino Godinho.

Filarmónica Riomoinhense comemoraRestauração da Independência

Realizou-se, no dia 5 de Dezembro, a cerimónia de entrega do Prémio Fernando Vieira Ferreira.Este prémio, no valor de 100€, é a forma da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos compensar os

alunos que apresentem melhores notas. Relativamente ao 1º Ciclo o aluno premiado é indicado pelodocente e na categoria de Ensino Superior não é obrigatória a conclusão do curso.

Depois da actuação do Grupo Coral do Crucifixo que encantou todos os presentes, o executivoentregou os respectivos prémios.

Prémio Fernando Vieira Ferreira

Para o ano lectivo 2003-04, os premiados foram:

1º Ciclo do Ensino Básico (4ª classe)Bruno Miguel Medroa (Amoreira)Inês Isabel Silva (Rio de Moinhos)João Carlos Pico (Pucariça)

2º Ciclo do Ensino Básico(6ª ano de escolaridade)David Lopes Pereira

3º Ciclo do Ensino Básico(9ª ano de escolaridade)Não houve candidatos

Ensino Secundário(12ª ano de escolaridade)Duarte Soares Correia

Ensino SuperiorFilipa Soares

Rua Avelar Machado 14-rc

2200-785 Rio de Moinhos - ABT

PAULO JORGEBARRENTO MONTEIRO

PARABÉNS aos premiados!

Page 12: O RIOMOINHENSE N.º 3

12 Dezembro 2004O RioMoinhense

Realizou-se, no dia 18 de Setembrode 2004, na Sede Social de Rio de Moi-nhos, o tradicional almoço convívio entreos columbófilos do concelho de Abran-tes.

Após a refeição, a direcção da Socie-dade Columbófila de Abrantes fez a en-trega dos prémios relativos ao ano civilde 2004.

Destaca-se, na classificação, o riomo-inhense José Manuel Ferreira dos San-tos (de quem já falámos no nº 2 desteBoletim).

Columbófilos recebem prémios

No dia 28 de Novembro, no Campo de Futebol de Riode Moinhos, a equipa da casa empatou a zero com Amo-reira disputando um jogo agradável de se ver.

São duas as equipas oriundas da freguesia de Rio deMoinhos que participam no Campeonato de Futebol doInatel.

A equipa de Rio de Moinhos orientada por Mário Per-nadas está baseada em jogadores jovens com um poten-cial prometedor. Em contrapartida a equipa de Amoreiratreinada por Eduardo Santos é composta por jogadoresmais velhos com muita experiência.

Qual das duas equipas alcançará a melhor posição nofinal desta competição?

Campeonato de Futebol (2004-2005)CLASSIFICAÇÃO (até a 7ª jornada)

1. Mouriscas – 6 jogos (14 pontos)2. Sentieiras – 7 jogos (14 pontos)3. Amoreira – 6 jogos (12 pontos)4. Rio de Moinhos – 6 jogos (11 pontos)5. Carvoeiro – 5 jogos (8 pontos)6. Envendos – 5 jogos (6 pontos)7. Casais Revelhos – 6 jogos (6 pontos)8. Sabacheira – 6 jogos (5 pontos)9. Esparteiros – 7 jogos (1 ponto)

Classificação

GERAL1. José Manuel Ferreira dos Santos – 6053 (Rio de Moinhos)2. João Manuel Damas Jacinto – 5839 (Rio de Moinhos)3. José Júlio Oliveira Alexandre – 5447 (Rio de Moinhos)4. Álvaro Manuel Batista Bexiga – 5001 (Rio de Moinhos)...14. Vítor Manuel Rosa Jacinto – 2889 (Rio de Moinhos)

VELOCIDADE (3 PRIMEIROS)1.José Manuel Ferreira dos Santos - 2031 (Rio de Moinhos)2.João Manuel Damas Jacinto - 1949 (Rio de Moinhos)3.Álvaro Manuel Batista Bexiga - 1930 (Rio de Moinhos)

MEIO FUNDO (3 PRIMEIROS)1.Álvaro Manuel Batista Bexiga - 2028 (Rio de Moinhos)2.José Manuel Ferreira dos Santos - 2022 (Rio de Moinhos)3.João Manuel Damas Jacinto - 1945 (Rio de Moinhos)

FUNDO (3 PRIMEIROS)1.José Manuel Ferreira dos Santos - 2000 (Rio de Moinhos)2.João Manuel Damas Jacinto - 1945 (Rio de Moinhos)3.Luís Miguel Rosa M. Agostinho - 1844

Equipa de Futebol de AmoreiraEquipa de Futebol de Rio de Moinhos

Page 13: O RIOMOINHENSE N.º 3

132004 Dezembro O RioMoinhense

Agência de SegurosJosé Manuel Lucas Vieira “Serralha”

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Dizem que havia um cegosentado, na calçada em Paris,com um boné a seus pés e umpedaço de madeira que, escri-to com giz branco, dizia: “Porfavor, ajude-me, sou cego”.

Um publicitário, da área decriação, que passava em fren-te a ele, parou e viu umas pou-cas moedas no boné. Sempedir licença, pegou o cartaz,virou-o, pegou o giz e escreveuoutro anúncio. Voltou a colocaro pedaço de madeira aos pésdo cego e foi embora.

Pela tarde o publicitário vol-tou a passar em frente ao cegoque pedia esmola. Agora, o seuboné estava cheio de notas emoedas. O cego reconheceuas pisadas e lhe perguntou sehavia sido ele quem reescre-veu o seu cartaz, sobretudoquerendo saber o que haviaescrito ali.

O publicitário respondeu:“Nada que não esteja de acor-do com o seu anúncio, mascom outras palavras”. Sorriu econtinuou o seu caminho.

O cego nunca soube, masseu novo cartaz dizia: “Hoje éPrimavera em Paris e eu nãoposso vê-la”.

Mudar a estratégia quandonada nos acontece … pode tra-zer novas perspectivas.

1 de Novembro de 1926 (Dia de Todos os Santos)Grande naufrágio no Rio TejoUm barco do proprietário e arrais João Gomes Chouriço, que

tinha recebido a carga composta por 37 cascos cheios de vinho,saiu do cais de Rio de Moinhos seguindo rio abaixo com destinoa Lisboa. Na ponte do caminho-de-ferro, em Praia do Ribatejo,no encontro das águas do Rio Tejo com as águas do Rio Zêzere,atirou com o barco contra um pilar da ponte, o barco partiu-se aomeio ficando metade para cada lado. Graças a Deus, os trêstripulantes foram salvos, mas, os cascos com o vinho seguiramrio abaixo entregues às águas do Tejo.

16 de Dezembro de 1956Inauguração às 15.30h do cemitério de Amoreira e da res-

pectiva Capela da Nossa Senhora do Carmo

27 de Dezembro de 1899Nasceu, em Rio de Moinhos, Manuel Soares Castello, cava-

leiro de alternativa. Apresentou-se em público, toureando pelaprimeira vez como cavaleiro na temporada de 1928. Opta peloprofissionalismo, tomando a sua alternativa no dia 27 de Marçode 1932, na Praça de Toiros do Campo Pequeno, em Lisboa.

8 de Janeiro de 1956Inauguração do Campo de Futebol do Centro de Recreio Po-

pular de Rio de Moinhos. Neste dia a equipa de Rio de Moinhosbateu o Desportivo de Alferrarede por 4 bolas a 3.

O Cego e o

PublicitárioAcontecimentos que

marcaram a nossa história

“A vida é uma peça de teatro que não tem ensaios … Porisso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada mo-mento da sua vida … Antes que a cortina se feche e a peçatermine sem aplausos …”.

Charles Chaplin

Page 14: O RIOMOINHENSE N.º 3

14 Dezembro 2004O RioMoinhense

letra a letra

FALENA

Era uma vez a Maria. Ela vivianuma pequena aldeia esquecida nomeio do nada, numa casinha de pe-dra e madeira. A vida dela não eranada fácil. Levantava-se todos osdias de madrugada para prepararo pequeno almoço ao Zé. Não ha-via cereais nem bolos com recheiode cremes, mas uma tigela de lei-te quentinho com café e uma fatiaperfumada de pão caseiro. Depoissaíam os dois embrulhados emvelhos casacos, que vinham dobom coração de alguns vizinhos;ele seguia pelos campos até á quin-ta do Sr. Dr. E ela ia apanhar o pri-meiro autocarro para a cidade,onde limpava a casa ás Donas.

O dia de trabalho era grande ecansativo, mas quando os dois re-gressavam ao pequeno lar ela iaguardar o pouco dinheiro ganhonuma velha púcara e abraçava o Zéfeliz de rever o rosto dele.

Jantavam os dois em silêncio.Nada havia para dizer dum dia igualaos outros. Só falava aquele ho-mem engravatado que dava as últi-mas notícias na televisão, o únicoluxo da Maria.

Os fins de semana eram todosiguais. Às vezes vinham os filhosem visita, com os olhos estrangei-ros e com a pressa de se iremembora a fazer-lhes cócegas de-baixo dos pés. Traziam bolachase sumos comprados em promoçãonum supermercado da cidade equando voltavam para casa levavamcomidinhas caseiras feitas comdedicação e carinho pelas mãos daMaria. Também levavam o senti-mento de culpa por deixar os paisnaquele recanto sem luxo nem cor,em vez de leva-los á cidade gozarda companhia dos netos, que pro-vavelmente teriam “ficado melhor”com os avós do que naquela esco-la caríssima. Paciência, se calharum dia iriam conseguir ter tempopara pensar no assunto.

A Maria sentia muito a falta dosfilhos e dos netos, mas tinha umadata de fotografias deles a esprei-tar em cima da velha cómoda equando uma lágrima fugia, quando

Há pobres e pobressentia o peso dos anos a passa-rem depressa, agarrava nelas, lim-pava-lhes o pó e beijava-lhes osrostos sorridentes eternamente pre-sos por detrás dum vidro. Depoissacudia rapidamente a tristeza dosombros e voltava ao pé do Zé. Ásvezes havia uma festa na aldeia enesses dias a Maria costumavausar o vestido semi-novo que a tiade Lisboa lhe tinha deixado há unsanos. As flores estampadas eramdemasiado grandes e a cor nuncaesteve na moda, mas quando o Zéolhava para ela, arranjadinha e como fio de ouro a brilhar, parecia-lhevoltar atrás no tempo e rever amoça que tanto lhe encantou ocoração. Ele olhava para ela e di-zia-lhe o quanto ainda a amava. Eela corava feliz, porque mesmoassim, pobres e sem luxos eles ti-nham-se um ao outro e não podiahaver riqueza maior. Afinal a capa-cidade de orientar o pouco que setem e o viver uma vida digna de res-peito servem perfeitamente parasobreviver, mesmo que o dinheironão chegue para nada. A Maria e oZé nunca se queixavam, nem cho-ravam por ser pobres, mas arrega-çavam as mangas, apertavam osdentes e lutavam juntos pelo futu-ro próprio e dos familiares.

O Zé tinha um irmão, que nun-ca via, mas que também pouca fal-ta lhe fazia. Ele tinha ido viver paraa cidade quando ainda era um ra-pazito. Procurou e encontrou vári-os trabalhos, mas nunca foi capazde segurar um por mais que umassemanas. Ele dizia que não eramtrabalhos nos quais ele podessedesfrutar em pleno as suas capa-cidades, ou que o patrão não pres-tava ou que os colegas não gosta-vam dele. O que o João nunca di-zia era que o dinheiro que ganhavanão chegava para pagar os seusvícios. Houve uma altura em quecomeçou a levar a vida a serio. Foipara as obras, deixou de beber eaté conheceu uma mulher. Casoue tiveram uma filha. Depois, “ele nãosabe explicar porquê”, ela deixou-o levando-lhe tudo, até a menina.E assim começou a mesma dan-ça de trabalhos achados e perdi-dos e de garrafas vazias á porta dabarraca onde vivia. Várias vezes vi-

nham visitá-lo as senhoras Douto-ras da Segurança Social. Ele cho-rava e prometia dar um rumo á vidae elas mais uma vez ajudavam-no.Surgiam trabalhos e dinheiro, maso álcool falava mais alto na cabe-ça dele e como tão facilmente ti-nha prometido, da mesma formaesquecia os bons propósitos e vol-tava a viver naquela miséria que nãofaz sentido.

O Zé sabia disso tudo, mas nãopodia nem queria ajudar o João. Elesabia que a pobreza precisa de serencarada com coragem, lutandoaté ao fim.

Mas o João acreditava que avida nos cai em cima e não cha-mava pobreza á sua condição, massim, pouca sorte.

Resumindo, há dois tipos de po-breza. Há uma pobreza real e físi-ca que pode ser combatida com aboa vontade e utilizando o coração.Nem sempre se pode alcançar oobjectivo da estabilidade económi-ca, mas pelo menos a estabilida-de emotiva pode já vir a ser umgrande resultado. Por outro lado,há um tipo de pobreza espiritualque nem sempre tem a ver com asdificuldades económicas, mas sim,com a incapacidade de ultrapas-sar as dificuldades sem ter umapoio externo. Infelizmente a soci-edade actual proporciona muitasvias de fuga que só precipitam es-tas situações ainda mais rapida-mente. Álcool, drogas e caminhosde vício nunca irão ajudar as pes-soas a reagir, mas sim a criar es-conderijos atrás dos quais só en-contrarão armadilhas e nunca a for-ça para sair do túnel.

No mundo há uma multidão dehomens e mulheres com “poucasorte”. É lindo saber que há pes-soas e instituições que podem aju-dar, mas seria melhor se houves-sem mais pobres com atitudespositivas e criativas como o Zé e aMaria, e menos pobres com atitu-des negativas como o João. O queé realmente necessário fazer comestes necessitados é ensinar-lhesa dar valor á vida e não rotulá-losde “coitadinhos crónicos”. É umtrabalho difícil, mas que certamen-te pode ser gratificante para todos.

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152004 Dezembro O RioMoinhense

Aos 19 anos,conseguiu o seuC.F.C. - CertificatFédéral de Ca-pacité e foi con-siderado o maisjovem carpinteiroda Suisse Ro-mande.

“Sempre gos-tei da madeira. A sua estrutura,o seu odor …

Quando um amigo me convi-dou para fazer um estágio nacarpintaria Coudray et de Vito,na cidade de Genebra, eu des-cobri a minha profissão”.

Mário Macedo é de origemportuguesa. Natural da fregue-sia de Rio de Moinhos é filho deMário e Fátima Macedo que re-sidem actualmente na Pucariça.

A sua especialidade é a co-locação de chãos de madeira.Para ele, colocar soalho nascasas ou apartamentos torna-se um jogo de criança.

O seu trabalho já foi reco-nhecido tendo sido convidadopara recuperar o chão (aproxi-madamente 2000 metros qua-drados) da Catedral Saint-Pier-re do museu etnográfico deAthênée.

Notícia retirada de um jornallocal de Genebra - Suiça - 1995

(Esta crónica tem como objectivo descobrir filhos da nossa terra que, por mérito próprio, conseguiramvencer na vida, dentro e fora de Portugal)

Mário Macedotrabalha com madeira

Eurico Heitor Consciênciahomenageou, no “Jornal deAbrantes” o Dr. Esteves Perei-ra, que sendo natural da fregue-sia de Rio de Moinhos, O Rio-moinhense não poderia deixarde realçar tal acto:

“O Dr. Esteves Pereira foi umexcelente professor (do ensinotécnico, politécnico e universi-tário). Respeitado pelos colegase pelos alunos (que o adora-vam), raramente faltou às aulas,publicou cerca de vinte livros,

Dr. Esteves Pereira homenageado

No dia 27de Novembro,foi apresenta-da ao público,em geral, aCarta Arque-ológica doConcelho deConstância,da autoria deÁlvaro Batista

e editada pela ESCORA – As-sociação de Jovens para a Pre-servação Cultural e Arqueológi-ca de Montalvo.

Foram 24 anos de investiga-ção de campo que culminaramnuma ampla e preciosa obraque retrata as várias fases ocu-pacionais dos povos e descre-ve as diferentes estações ar-queológicas existentes no Con-celho de Constância.

Álvaro Manuel Serrano Ba-tista é natural da freguesia deRio de Moinhos, onde reside, etrabalha na Câmara Municipalde Abrantes como assistente dearqueologia.

Com o curso de iniciação emArqueologia, no Centro de Ju-ventude de Castelo Branco, tra-

Álvaro Batista apresenta CartaArqueológica

balhou em várias estações ar-queológicas nos concelhos deAbrantes, Chamusca, Constân-cia, Gavião e Sardoal. Duranteeste seu trabalho inventariouaproximadamente 400 locaissendo, a sua maioria, inéditos.Álvaro Batista realizou e colabo-rou em diversas exposições so-bre a arqueologia local.

Álvaro Batista lamenta queos políticos não tenham em con-ta, nos projectos de planeamen-to municipais e de ordenamen-to do território, os locais classi-ficados para que se possamestudar e preservar no futuro.No entanto, acredita que estascartas arqueológicas virão sen-sibilizar e, talvez, minimizar osestragos num futuro próximo.

O Riomoinhense felicita estegrande Homem pelo amor e de-dicação que tem pela arqueo-logia e, aproveitando esta opor-tunidade, convida-o a colaborarcom este Boletim Informativo,escrevendo artigos sobre a ar-queologia, existente e/ou inven-tariada, na nossa freguesia,podendo assim partilhá-la comos nossos leitores.

participou com a sua mulher naeducação de cinco filhos, foiconsultor financeiro e de con-tabilidade de empresas, revisoroficial de contas, gerente, ad-ministrador e Presidente da As-sembleia Geral de várias em-presas, etc, etc, e paralelamen-te foi, durante anos activo, in-terventivo, competente e eficazVice Presidente da Câmara deAbrantes e Presidente do Con-selho de Administração dos Ser-viços Municipalizados.

(…)Em 1970, o Dr. Esteves Pe-

reira passou a gerir os destinosdeste concelho. Primeiro interi-namente, depois como Presi-dente da Câmara efectivo.

(…)A sua dedicada, dinâmica,

inovadora e democrática gover-nação só foi travada pelo 25 deAbril. Por ironia, foi travada pelademocracia.”

À descoberta dos Riomoinhenses…

Page 16: O RIOMOINHENSE N.º 3

16 Dezembro 2004O RioMoinhense

clave de sol

Agência de SegurosJoão Garrafão

telm. 966264516

Rio de MoinhosAbrantes

[[[[[ S a r a P e r e i r a S a r a P e r e i r a S a r a P e r e i r a S a r a P e r e i r a S a r a P e r e i r a ]]]]]

No dia 28 de Agosto, a Casado Povo de S. Miguel do RioTorto vestiu-se de preto paraacolher o Festival Rock na Al-deia 2004. Apesar de quase to-das as bandas serem locais, orecinto estava cheio.

Com algum atraso, a noitecomeçou com a banda CoversB@G que tocaram, entre ou-tras, Covers de Franz Ferdi-nand, Fonzie, Xutos e Ponta-pés… sendo uma banda mui-to jovem, ainda não agarrarama multidão, porém, há muito ta-lento latente.

De seguida, TouchDown.Com uma pose muito “grunge”,não chegaram a convencer.Poderão vir a ser bons, masainda têm algo a aprender, talcomo a banda que se seguiu,Profetas.

Uma das bandas chave danoite, a primeira que pôs a mai-oria gótica da assistência aopulo e ao mosh, foi os sardoa-lenses Assemblent. Trouxeramuma nova formação, adicionan-

Festival Rock na Aldeia 2004

do uma voz feminina limpa acontrastar com a voz masculi-na gutural já existente. Surpre-enderam pela positiva, especi-almente, no encerramento doconcerto, com a conhecida“Mephisto”, de Moonspell, queé, de resto, uma das suas in-fluências. No entanto, não selimitaram ao “cover”, adicio-nando novos arranjos e a talvoz feminina que levou a ver-são ao patamar da original.

Depois do gótico/darwavemais pesado, o glam-rock cou-try dos Kaviar. As hostes, jáaquecidas do concerto anteri-or, assim continuaram, pulan-do e cantando ao som destanova promessa.

Sobre os Hyubris, não hámuito mais a acrescentar, con-tinuam bons, como sempre,juntando um novo visual quesublinha ainda mais as suas in-fluências celta-medievais. To-caram todos os hinos (“Seg-nis”, “Fadas”, Beansee”) e afantástica “Canção de Emba-

lar” de Zeca Afonso. De salien-tar, é o regresso do antigo vo-calista Kaiser, como narradorde mitologia.

Finalmente, os cabeças decartaz: The Temple. Com onovo trabalho debaixo do bra-ço, “Diesel Dog Sound”, abri-ram o concerto com o primei-ro single “Millionnaire”, surpre-endendo quase todos. Logo aseguir, um dos momentosmais poderosos da noite emque toda a banda tocou, emsimultâneo, um brutal solo debateria com contornos tribais,num tema que faz jus ao nome:“WarDance”. A fortíssima d.d.s.(dieseldogsound) levou a quese criassem gigantescosmoshpits e, acima das nossascabeças, todo o espaço esta-va preenchido por braços emãos em “goth-horns”.

Era quase manhã quandotudo terminou e saímos todossatisfeitos com o desejo deque para o próximo ano tudo serepita!

Direcção Técnica:

MARIA LURDES L. P. ROSA

C. Nº 129 988 049 Tel.: 241 881 154

2200-790 Rio de Moinhos-Abrantes

FARMÁCIA

ESTEVES

Page 17: O RIOMOINHENSE N.º 3

172004 Dezembro O RioMoinhense

P r o j e c t o

Renascer Abrantes

Concelho Solidário

Entidade Promotora: CENTRO DE APOIO A IDOSOS DA FREGUESIA DE RIO DE MOINHOSEntidade Financiadora: SEGURANÇA SOCIAL

[ Susana Gil e Neida Peralta]

No dia 06 de Setembro de2004, 101 sócios do Centro deApoio a Idosos da Freguesiade Rio de Moinhos, participa-ram num convívio, organizadopelo nosso Projecto de LutaContra a Pobreza “RenascerAbrantes Concelho Solidário” epela direcção do Centro.

Chegados a Buarcos (Fi-gueira da Foz), tivemos ummomento de descanso parapassearmos e observamos adeslumbrante beleza do Mar eareal da Figueira da Foz.

Terminado o merecido des-canso, após a viagem de auto-carro, e com a barriga já a dar

Visita à I Feira Internacional do Idoso naFigueira da Foz e ao Santuário de Fátima

horas, fomos todos almoçar arestaurante em Buarcos, quepara além de ter uma vista fan-tástica para o mar, foi muitoagradável e muito animado.

Depois do almoço, como jáestávamos mais confortáveis,fomos então visitar a I Feira In-ternacional do Idoso, que nes-te dia era destinada à região doRibatejo, Alentejo e Lisboa. Vi-sitamos os Stands, e participa-mos na animação activamen-te.

Após a Visita à Feira, ecomo a hora ainda não eraavançada, decidimos fazer umdesvio no regresso a Rio de

Moinhos e parar no Santuáriode Fátima, para quem quises-se poder fazer as suas ora-ções.

E por fim chegamos a casa,todos animados e bem dispos-tos e com vontade de repetir aexperiência.

A organização ficou satisfei-ta e acredita que através darealização destes convíviosestá a contribuir para evitar oisolamento social e prevenir oenvelhecimento precoce dosidosos, e essencialmente acontribuir para a dignificaçãodos mesmos, sendo estes osseus primordiais objectivos.

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18 Dezembro 2004O RioMoinhense

No dia 01 de Novembro de2004, no âmbito da Comemo-ração do Dia Internacional dasPessoas Idosas, e com o ob-jectivo de facilitarmos o conví-vio entre crianças, jovens, adul-tos e idosos, de forma a con-tribuirmos para o desenvolvi-mento de competências pes-soais e sociais ao nível do re-lacionamento interpessoal en-tre os vários grupos etários,levámos a cabo esta grandeiniciativa: “Desfile Passado,Presente e Futuro”. Esta acti-vidade realizou-se na SedeSocial da Junta de Freguesiade Rio de Moinhos e contou

“Desfile Passado, Presente eFuturo”

Desfile do Passado

Desfile do Presente

Desfile do Futuro “Emanuel”

com a participação de muitospopulares residentes na Fre-guesia que se ergueram deesforços para que tudo corres-se da melhor forma, no curtoespaço de tempo que tivemospara organizar tudo. Estas pes-soas foram incansáveis e semelas não teríamos conseguidoobter os resultados visíveispara todos os que estiverampresentes e que puderam ob-servar o trabalho por todos re-alizados. Houve muito trabalhode bastidores, muitos ensaios,muitos jantares perdidos, mui-tas horas de sono por dormir,mas no final podemo-nos todosorgulhar do trabalho que reali-zamos. Tivemos um desfile demoda intitulado “Passado, Pre-

sente e Futuro”, que contoucom a participação de váriascrianças, jovens, adultos e atéidosos, que neste dia inverte-ram os seus papéis; Uma imi-tação do extinto grupo Musical“As Doce”; Uma imitação do“Emanuel e as suas bailarinas”;a apresentação de um excertode uma comédia interventivadenominada “O Agostinho e aAgostinha”, e por fim a presen-tação da peça de Teatro “O queserá de nós”, que foi tambémrealizada e ensaiada especial-mente para este dia.

E como uma imagem valemais que mil palavras, aqui ficauma pequena demonstraçãodo que foi apresentado nessedia:

Page 19: O RIOMOINHENSE N.º 3

192004 Dezembro O RioMoinhense

Para assinalarmos este diaparticipámos no evento organi-zado pelo Núcleo Distrital deSantarém da Reapn (Rede Eu-ropeia Anti-Pobreza), que serealizou no dia da sua come-moração a nível mundial, ouseja, no dia 17 de Outubro de2004, em Santarém nas insta-lações da Casa do Brasil. Astécnicas do projecto levaramconsigo a participar nesteevento oito utentes do projec-to, uma vez que esta activida-de tinha como objectivo facili-tar o convívio entre alguns uten-tes do nosso Projecto de LutaContra a Pobreza, de outrosProjectos de Luta Contra aPobreza, de outras InstituiçõesSociais e a População em Ge-ral, de forma a promover a re-flexão e a discussão, entre to-dos, sobre os problemas dapobreza e da exclusão social.

Este evento teve como pro-gramação uma exposição inti-tulada “Das Expectativas e dosSonhos … à Realidade”, ondeo nosso projecto esteve repre-sentado com um Álbum de Re-cordações, no qual constavamvárias fotografias das activida-des realizadas até ao momen-to, e que foi realizado pelas téc-nicas do projecto; um espaçocultural dinamizado pelos uten-

Dia Internacional para aErradicação da Pobreza

tes de algumas das entidadesassociadas/parceiras (Ence-nação “Os trabalhosAgrícolas”pelos utentes doCentro de Dia da Santa Casada Misericórdia de Santarém;uma marcha: “Marcha da Ale-gria”, pelos utentes do Centrode Bem-Estar Social de Muge;um espectáculo de dança“Rostinhos”, pelas crianças eJovens utentes do Projecto deLuta Contra a Pobreza de Tor-res Novas “Projecto Rosto”),onde o nosso projecto, maisuma vez, também esteve re-presentado com a leitura deum conto sobre as pobreza in-titulado “Há Pobres e Pobres”,que foi lido e escrito pela Vivia-na, e pela leitura de um Poe-ma intitulado “Erradicar a Po-breza?”, que foi gentilmenteescrito por uma cidadã de Riode Moinhos (M.L.J.) e lido peloSr. Inácio.

No final todos os presentespuderam ainda assistir à actu-ação do teatro “Fantasia” daAPPACDM de Santarém e des-frutar de um óptimo lancheconfeccionado pelos utentesde outras instituição sociais,que também estiveram presen-tes no evento, e degustar-secom o Abafado de Honra, gen-tilmente oferecido pela Câma-ra Municipal de Abrantes.

Erradicar a Pobreza?Neste Mundo em que vivemosOnde há tanta tristezaHaverá lugar para o sonhoDe erradicar a pobreza?

Tantos que exibem riquezasEm festas, carros, lazerE dissipam num só diaO que para a maioria chegava para

viver!

É só lermos os jornais,Ou vermos os noticiáriosE sentimos como o mundoAnda em sentido contrário!

Se pensarmos um bocadoVemos que no nosso mundoHá tanta gente sem nomeQue morre todos os dias,Entre crimes, guerras e fome!

No nosso País tão beloQue antes era “um jardim à beira

mar plantado”Há crianças a sofrer,Muitos velhos sem ter tectoCom solidão, doença, fomeE muita falta de afecto!

Conseguir um mundo melhorOnde haja paz e alegriaErradicar a pobrezaNão será uma utopia?

Para haver alguma esperançaReunindo boas vontadesNão basta mudar as leisHá que mudar mentalidades!

Continuaremos lutandoCom ânimo, força, verdadeE como um País de féEsperamos de Deus um milagre!

(M.L.J.)

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20 Dezembro 2004O RioMoinhense

No âmbito da intervençãodo nosso Projecto, no que re-porta à área de intervenção damelhoria das condições debem-estar, não poderíamosdissociar da mesma, a realiza-ção de acções/actividades re-lacionadas com a área da edu-cação e da saúde. É nestesentido que acreditamos fazertodo o sentido promover a rea-lização de encontros de dis-cussão e aprendizagem parapais/encarregados de educa-ção ou outros agentes educa-tivos, sobre temáticas que en-volvam as crianças e os jovens.

Como todos sabemos eobservamos, cada vez emmaior escala, as toxicodepen-dências (seja de álcool, estu-pefacientes, medicamentos,entre muitas outras) afectamcada vez mais pessoas, e cadavez de faixas etárias mais no-vas. Tendo noção deste flage-lo e como acreditamos quetodo o trabalho de prevenção,a este nível, deve ser efectua-do o mais precocemente pos-sível, pretendemos realizar aacção de formação “Formarpara Conviver”. Esta formaçãotem como público-alvo pais,encarregados de educação,outros educadores e agenteseducativos, e visa contribuirpara uma mudança de atitudesque facilite a adopção de com-portamentos adequados ao de-senvolvimento das crianças ejovens e contribuir para uma

No passado dia 22 de No-vembro de 2004, iniciámos aactividade de recuperação/melhoramento de algumas ha-bitações que não possuíam ascondições mínimas de habita-bilidade.

O levantamento das habita-ções foi efectuado pelas técni-cas do projecto, em colabora-ção com a Junta de Freguesiade Rio de Moinhos, com a As-sociação de Moradores daAmoreira e com a Comissão deMelhoramentos da Pucariça.

Elaborado este levantamen-to, foi realizada uma ficha deintervenção baseada em crité-rios específicos, nas mais va-riadas áreas, ficha esta que fi-cou aprovada em Reunião doConcelho de Parceiros.

Através dos resultados des-ta ficha de critérios de interven-ção foi constituída uma lista,com todas as habitações, porprioridades de intervenção.

Tendo por base, a verba dis-ponível para esta actividade, eos orçamentos realizados, pe-las empresas de construçãocivil contactadas, para todas ashabitações em causa, iremosrealizar obras de recuperação/melhoramento em sete habita-ções, seleccionadas segundoa ordem de prioridade da fichade critérios de intervenção.

Formação “Formar ParaConviver”

no âmbito da PrevençãoPrimária da

Toxicodependência

educação balizadora do desen-volvimento harmonioso e sau-dável dos mesmos, onde osfactores de risco estejam emdesvantagem quando compa-rados com os factores de pro-tecção, numa perspectiva dePrevenção.

Esta formação terá comoconteúdo os seguintes módu-los: I Módulo – O papel da fa-mília no desenvolvimento decrianças e jovens; II Módulo –Comunicação Pais/Filhos/Es-cola; III Módulo – Estratégias deIntervenção na Prevenção Pri-mária das Toxicodependênci-as; IV Módulo – A toxicodepen-dência numa perspectiva mul-tifactorial, e será realizada pelaAssociação Portuguesa dePais Intervenientes em Preven-ção.

Esta formação terá a dura-ção de 25 horas e realizar-seem 4 sábados (08 e 22 de Ja-neiro, 05 e 19 de Fevereiro de2005), das 10:00 às 13:00 edas 14:00 às 17:00, nas insta-lações do Centro de Apoio aIdosos da Freguesia de Rio deMoinhos.

Mas, como para qualqueractividade que se pretenda re-alizar precisamos de partici-pantes e, neste sentido, infor-mamos todas as pessoas in-teressadas em frequentar estaformação que se podem vir ins-crever até 31 de Dezembro de2004.

Recuperação/Melhoramentode Habitações

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212004 Dezembro O RioMoinhense

O nosso Projecto pretenderealizar um curso de equivalên-cia ao 1.º ciclo, destinado a to-das as pessoas interessadasem obter este grau de ensino,ou seja, a 4.ª Classe e que re-sidam na Freguesia de Rio deMoinhos.

Poder realizar este curso éum dos objectivos do nossoProjecto, visto que, através donosso trabalho diário com osutentes do projecto e atravésde algumas conversas, sobreeste tema, junto de alguns po-pulares, residentes nesta fre-guesia, temos verificado queexistem muitas pessoas que

Curso de equivalência ao 1.º Ciclonão sabem ler nem escrever.

Saber ler e escrever, nosdias que correm é uma dascapacidades mais importantese essenciais para qualquer ci-dadão, uma vez que, verifica-mos quase todos os dias, nosnossos canais de televisãoque, pessoas muito mal inten-cionadas, se tentam aproveitardas pessoas mais indefesas ecom poucos estudos.

Saber ler e escrever vai pos-sibilitar, às pessoas, obteremmais conhecimentos e, conse-quentemente, ficarem maisdespertas para determinadassituações.

Apesar de ainda estarmosà espera da aprovação, do En-sino Recorrente, para realizar-mos este curso e de já termos,neste momento, 12 pessoasinteressadas, não queremosdeixar de publicar esta noticiapara que todos aqueles queestiverem interessados e ain-da não se inscreveram, o pos-sam fazer o quanto antes.

Este curso é para todas aspessoas, não tem limite de ida-de! Assim, mesmo que tenha90 anos, pode inscrever-se eacredite, tal como nós acredi-tamos que NUNCA È TARDEPARA APRENDER!

No passado dia 02 de De-zembro, no âmbito da activida-de dinamizar a realização deencontros de discussão e re-flexão sobre temáticas relaci-onadas com o ambiente e aprevenção dos incêndios, levá-mos, a Lisboa, as crianças quefrequentam os estabelecimen-tos de ensino da Freguesia deRio de Moinhos, os seja, os alu-nos dos jardins de infância edas Escolas do 1.º Ciclo de Riode Moinhos, Amoreira e Puca-riça, a assistirem a uma peçade teatro infantil, que se intitu-lava “Glu Glu” e que tinha comoobjectivo alertar as criançaspara os problemas ambientais(como por exemplo, a impor-tância de não poluir o meio

Peça de Teatro Infantil“Glu Glu”

ambiente, a importância da re-ciclagem e todas as temáticasinerentes à poluição do ambi-ente). Esta peça foi apresen-tada pelo Teatro Mínimo.

Para a realização desta ac-tividade contámos com o apoiodas professoras destes esta-belecimentos de ensino, quepertencem ao Agrupamento deEscolas Abrantes Oeste, naorganização, planificação e re-alização desta actividade.

Acreditamos que atravésdesta forma lúdica, consegui-remos passar, mais facilmen-te, a mensagem de alerta àscrianças sobre os problemasambientais, bem como promo-ver a reflexão de temáticas re-lacionadas com o ambiente e

a prevenção dos incêndios flo-restais.

Esperemos que assim te-nha sido, e que as nossas cri-anças tenham conseguido per-ceber a mensagem e come-cem a dar mais importância asproblemas ambientais, a con-tribuir mais positivamente naprotecção do meio ambiente econsequentemente a melhoraro mundo em que vivemos.

A prevenção tem que come-çar junto das camadas maisnovas, por isso continuaremosa tentar debater estes temascom os mais novos, que são ofuturo do nosso país e do mun-do inteiro.

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22 Dezembro 2004O RioMoinhense

No dia 18 de Dezembro, onosso projecto irá participar nafesta de natal dos estabeleci-mentos de ensino da fregue-sia de Rio de Moinhos. Estafesta destina-se a todos os alu-nos e seus familiares. Nestafesta iremos assistir à apre-sentação dos trabalhos reali-zadas pelos alunos, com oapoio das suas respectivasprofessoras, para este dia ealusivos ao natal e à apresen-tação de um teatro surpresa.Para além disto irá haver umlanche convívio e muitas mais

No dia 18 de Dezembro re-aliza-se, a exemplo dos anosanteriores, o almoço de natal,destinado a todos os sócios doCentro de Apoio a Idosos da fre-guesia de Rio de Moinhos, noRestaurante “Cristina” em Riode Moinhos.

Festa de Natal

Almoço de Natal

Outra vez Natal

Outra vez Natalque quadra tão belaé pena que os homenstentem esquecê-la

Que se calem as armasjá basta de dornas pobres criançassem paz nem amor

Lá vão caminhandoP’la beira da estradasem pão e sem largente estropiada

Tão bom que erao mundo sem mallembra-lhes, Senhoré outra vez Natal

Vitalina Pires

surpresas!!!.Esta festa é realizada em

parceria com os estabeleci-mentos de ensino da freguesiade Rio de Moinhos, que fazemparte do agrupamento de Es-colas Abrantes Oeste, a Asso-ciação de Pais e Encarregadosde Educação dos Estabeleci-mentos de Ensino do Oeste doConcelho de Abrantes (APEO-CA) e o nosso projecto “Renas-cer Abrantes – Concelho Soli-dário” (Projecto de Luta Con-tra a Pobreza).

Este almoço tem como ob-jectivo permitir o convívio entretodos os sócios, a divulgaçãodo andamento dos trabalhosdo Centro e a possibilidade dossócios colocarem à direcçãotodas as questões que enten-derem convenientes.

Rio de Moinhos - 2004

Rio de Moinhos - 1944

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232004 Dezembro O RioMoinhense

Feliz Natal

e

Próspero

Ano Novo

Mensagem de Natal(Catequese de Rio de Moinhos)

Natal significa nascimento... nascimento de Alguém muito importante que viveu por nós, tor-nou-se homem como nós, mas, tinha algo de diferente: o pecado. Enquanto nós somos maldo-sos e pecamos, Jesus não, Ele nasceu para Amar e ensinar a Amar.

Natal é Alegria, pois, temos um Pai comum que é Deus.Natal é Fraternidade, somos todos irmãos e devemos partilhar uns com os outros, em especi-

al, com aqueles que nada têm.

Peço a Jesus e à nossacomunidade que ajude as pes-soas que necessitam, que nãotêm alimentos, não têm abrigo,carinho e muitas outras coisas.Peço também que se faça comque todas as pessoas e crian-ças tenham um Feliz Natal eum Próspero Ano Novo.

Inês Ferreira

Homens e mulheres domundo inteiro: nós queremosdizer basta à guerra, à droga,à violência, ao racismo, enfim,a tudo o que é triste de se ver.Por isso, este Natal gostaría-mos de alertar os adultos paraque a guerra e tudo o que men-cionámos acabasse. Fazemoseste apelo para que todas aspessoas que passam neces-sidades como, por exemplo, as

pessoas que não têm um lardigno, as pessoas que não têmo que comer pudessem pas-sar este Natal em condiçõesmelhores. Por fim fazemos umapelo maior aos governantesdo estado que olhassem paraestas pessoas e que lhes des-sem um lar ou fizessem qual-quer coisa por elas.

Carina Oliveira

Tel.: 241 881 177 - 917 244 272 / Fax: 241 881 343Rio de Moinhos * 2200-782 Abrantes

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24 Dezembro 2004O RioMoinhense

Tal como já foi noticiado, Monsenhor Carvalheira foi substituído pelo Pe José ManuelCardoso, por decisão de D. José Alves, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.

No dia 26 de Setembro, Monsenhor Carvalheira celebrou asua última missa como Pároco oficial de Santa Eufémia. Depoisda sua passagem por Moçambique (Diocese de Vila Cabral) eFrança (Diocese de Paris), esta foi a sua última paróquia ondepregou o Evangelho durante 8 anos.

Aos 8 anos de sacerdócio,José Manuel Cardoso é, actu-almente, o nosso Pároco.

Entre lágrimas e sorrisos,de quem povoava aquela Igre-ja repleta de gente, o Pe JoséCardoso tomou posse, no dia3 de Outubro, numa celebraçãoque contou com a benção deD. José Alves.

Também a Banda Filarmó-nica Riomoinhense não deixoude dar as boas vindas ao PeJosé Cardoso, assim como, oúltimo adeus ao Pe Carvalhei-ra.

D. José Alves na tomada de possedo Pe José Cardoso

Pe Carvalheira celebra no dia 26 de SetembroPe José Cardoso e Pe Carvalheira

D. José AlvesCelebração da tomada de posse