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Desde 1990, na Coreia do Sul, data da primeira par- ticipação de Angola em Campeonatos do Mundo de andebol sénior femi- nino, o estatuto das Pérolas de África cresceu a olhos vistos, embora naquela edição tenha terminado no último posto da tabela clas- sificativa, num total de 16 selecções participantes. Três anos depois, na Noruega, 1993, com igual número de países, a Selec- ção Nacional obteve a mesma classificação. Na prova co-organizada pela Áustria e Hungria, em 1995, o combinado angolano ter- minou na 16ª posição e dei- xou definitivamente o último posto da classificação geral, com 20 nações a dis- cutirem o título Mundial. Dois anos depois, na Alemanha, as campeãs africanas melhoraram um lugar. Noutra organização conjunta da Noruega e Dinamarca, em 1999, o “sete” nacional “bisou” o 15º posto. Na Itália, 2001, pela primeira vez, sob orientação de um treinador estrangeiro (o búlgaro Pavel Dhznev), a vitória sobre a Roménia (28-27) e as der- rotas tangenciais ante Hun- gria (23-24) e Espanha (28-29) mostraram ao Mundo um novo compe- tidor , e Angola ocupou a 13ª posição. Na Croácia, 2003, a selecção baixou quatro lugares (17º), e em 2005 na Rússia subiu um (16º). Contra todas as expec- tativas em 2007, na França, Angola melhorou nove lugares e terminou na sétima posição, a melhor prestação de todos os tempos. Em 2009, na China, o português Paulo Pereira conduziu as campeãs afri- canas ao 11º posto, numa prova onde as vitórias sobre a Ucrânia (28-20) e Dina- marca (28-23) foram des- taque. No Brasil, em 2011, às ordens de Vivaldo Eduardo o “sete” nacional ocupou a oitava posição, e sob a batuta do mesmo treinador na Sérvia (14ª). Na Dinamarca, 2015, em mais uma campanha mun- dialista, sob a liderança de um treinador estrangeiro (o também português João Florêncio), a prestação da equipa nacional esteve aquém do esperado, com derrotas ante a Suécia (23- 37), Holanda (24-37) e Polónia (27-29). Sob orientação de Mor- ten Soubak, em 2017 na Alemanha, as campeãs africanas entraram para a quadra lideradas por um treinador de topo, pela pri- meira vez, campeão do Mundo à frente de uma selecção não europeia (Bra- sil, em 2013), na Sérvia. Este facto, por si só, aumentou as expectativas de ver Angola a desafiar, uma vez mais, o poderio dos países do “velho” con- tinente no andebol mundial. Mas, o resultado foi a desi- lusão, ao ficar no 19º posto da classificação. No Japão, as Pérolas de África voltam a ser comandadas pelo téc- nico Morten Soubak. A Selecção Nacional sénior feminina de andebol defronta hoje às 7h00, (hora de Angola) a similar da Sérvia, em partida referente à primeira jornada do Grupo A, do 24º Campeo- nato do Mundo, no Pavilhão Aqua Dome, cidade japonesa de Kumamoto. Rapidez nas transições defesa-ataque, aliada à coe- são defensiva e ao ataque organizado podem ser fun- damentais, caso as Pérolas estejam determinadas a equi- librarem o jogo, ante um con- junto rápido, bem dotado no capítulo físico, e que chega ao Japão com maior rodagem competitiva. Diferente das campeãs africanas, que por razões de ordem financeira ficaram impedidas de estagiar ou seguir para o país do sol nas- cente uma semana antes, o combinado europeu além de contar com um volume maior de jogos, disputou recentemente um torneio na Coreia do Sul. Nona classificada do Mundial de 2017, o combi- nado europeu é favorito ao triunfo ante o africano, 19º colocado da tabela. Morten Soubak e comandadas pre- cisam de explorar as fragi- lidades das oponentes. Durante a preparação ensaiaram quase todos os cenários possíveis. Hoje, além do cumprimento rigoroso das orientações emanadas do banco, o “sete” nacional pre- cisa de estar concentrado, sob pena de verem as euro- peias a definirem o ritmo do jogo a seu bel prazer. Ao combinado angolano aconselha-se o sistema defen- sivo 5-1, com pressão perma- nente, que permite alguns roubos de bola e saídas rápidas para o contra-ataque. Com o 6-0, terá maiores dificuldades em travar os remates da linha dos nove metros. Soubak poderá optar pelo seguinte “sete” inicial: Teresa Almeida “Bá” (guarda-redes), Iracelma da Silva e Vilma da Silva (pontas), Albertina Kas- soma (pivô), Magda Cazanga e Aznaide Carlos “Zica” (late- rais) e Isabel Guialo “Belinha” (central). Teresa Luís Teresa Almeida “Bá” Posição: guarda-redes Equipa: Petro de Luanda Em 29 anos de participação efectiva, com a estreia em 1990 na Coreia do Sul, o sétimo lugar no Campeo- nato do Mundo da França, em 2007, continua a ser a melhor prestação da Selec- ção Nacional sénior femi- nina de andebol, nos anais da modalidade. Na época, às ordens do falecido técnico Jerónimo Neto, coadjuvado por Albertino de Oliveira, as campeãs africanas sur- preenderam o mundo ao derrotarem em casa as gau- lesas. Contra todas as expectativas e muita ousa- dia à mistura, o "sete" nacional integrou o selecto grupo das dez melhores , onde anteriormente só figuravam equipas do "velho" continente. Inseridas no Grupo C, na cidade de Lyon, a cami- nhada das Pérolas come- çou com derrota frente à Noruega (26-32), depois surgiram os triunfos (33- 22) Áustria e (41-20) Repu- blica Dominicana. Na etapa seguinte, Angola teve outros desaires diante da Rússia (27-40) e (41-33) Coreia do Sul. Mas o grupo silenciou os adep- tos gauleses ao vencer (29- 27) a França. Na mesma senda, (34-28) Croácia e (33-25) Macedónia. Nos quartos-de-final, o "sete" nacional perdeu (33-36) ante a Alemanha. O combinado angolano derrotou (37-36) a Hungria, na decisão do sétimo posto da tabela classificativa. Em dez partidas, Angola somou sete vitórias e três derrotas. No cômputo geral, a selec- ção marcou 326 golos, dos 592 tentados, 55 por cento de eficácia. Em 285 golos tentados na linha dos nove metros, 126 foram convertidos, 44 por cento de aproveita- mento , nos sete metros, em 31 livres, as jogadoras marcaram 25, com 81 por cento de eficiência. Das 16 atletas convocadas para aquela empreitada, a cen- tral Natália Bernardo, cuja estreia no Mundial acon- teceu naquele ano, é a única que continua a vestir as cores da selecção. Do referido grupo, des- taque para as antigas inter- nacionais angolanas, Odeth Tavares, Maria Eduardo, Ilda Bengue, Filomena Trin- dade, Bombo Calandula, Carolina Morais, Nair Almeida, Rosa Amaral, Isabel Fernandes, Marcelina Kiala, Maria Pedro, Elizabeth Cailo, Cristina Branca, Cilizia Tava- res e Luísa Kiala. Marcelina Kiala foi a ter- ceira melhor marcadora, com 72 golos, atrás da alemã Grit Jurack (85) e da húngara Anita Gorbicz (80). Teresa Luís HISTÓRICO DE PARTICIPAÇÕES DAS PÉROLAS PRIMEIRA JORNADA Sétimo lugar de França é registo épico da selecção DOZE ANOS DEPOIS 4 DESTAQUE Sábado 30 de Novembro de 2019 Comandadas do seleccionador Morten Soubak ambicionam a melhoria do 19º lugar do Mundial da Alemanha Selecção defronta a Sérvia no Pavilhão Aqua Dome Helena de Sousa Posição: guarda-redes Equipa: 1º de Agosto Janeth Santos Posição: ponta esquerda Equipa: 1º de Agosto Magda Cazanga Posição: lateral esquerda Equipa: Petro de Luanda Amália Pinto Posição: guarda-redes Equipa: 1º de Agosto Aznaide Carlos “Zica” Posição: lateral direita Equipa: Petro de Luanda Albertina Kassoma Posição: pivô Equipa: 1º de Agosto Helena Paulo Posição: central Equipa: 1º de Agosto Iracelma da Silva Posição: ponta direita Equipa: 1º de Agosto Juliana Machado Posição: ponta direita Equipa: 1º de Agosto Natália Bernardo Posição: central Equipa: 1º de Agosto Liliana Venâncio Posição: pivô Equipa: 1ºde Agosto Ruth João Posição: pivô Equipa: 1º de Agosto Wuta Dombaxi Posição: lateral direita Equipa: 1º de Agosto Treinador Morten Soubak Dinamarques Adjunto Danilo Júnior Brasileiro Fisioterapeuta MarinaCalister Brasileira Chefe de delegação Esperança Furtado Angolana Seccionista Vilma Lourenço Angolana Vilma da Silva Posição: ponta esquerda Equipa: 1º de Agosto Isabel Guialo “Belinha” Posição: central Equipa: 1º de Agosto Odisseia de Angola chega à Terra do Sol Nascente

Odisseia de Angola chega - SAPOimgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/606713265_binder1.pdf · Sob orientação de Mor-ten Soubak, em 2017 na Alemanha, as campeãs africanas entraram para

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Page 1: Odisseia de Angola chega - SAPOimgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/606713265_binder1.pdf · Sob orientação de Mor-ten Soubak, em 2017 na Alemanha, as campeãs africanas entraram para

Desde 1990, na Coreia doSul, data da primeira par-ticipação de Angola emCampeonatos do Mundode andebol sénior femi-nino, o estatuto das Pérolasde África cresceu a olhosvistos, embora naquelaedição tenha terminado noúltimo posto da tabela clas-sificativa, num total de 16selecções participantes.Três anos depois, na

Noruega, 1993, com igualnúmero de países, a Selec-ção Nacional obteve amesma classificação. Naprova co-organizada pelaÁustria e Hungria, em 1995,o combinado angolano ter-minou na 16ª posição e dei-xou definit ivamente oúltimo posto da classificaçãogeral, com 20 nações a dis-cutirem o título Mundial.Dois anos depois, na

Alemanha, as campeãsafricanas melhoraram umlugar. Noutra organizaçãoconjunta da Noruega eDinamarca, em 1999, o“sete” nacional “bisou” o15º posto. Na Itália, 2001,pela primeira vez, soborientação de um treinadorestrangeiro (o búlgaro PavelDhznev), a vitória sobre aRoménia (28-27) e as der-rotas tangenciais ante Hun-gria (23-24) e Espanha(28-29) mostraram aoMundo um novo compe-tidor , e Angola ocupou a13ª posição.Na Croácia , 2003, a

selecção baixou quatrolugares (17º), e em 2005na Rússia subiu um (16º).Contra todas as expec-t a t iva s em 2 0 0 7 , n aFrança, Angola melhorounove lugares e terminouna s é t ima p o s i ç ão , ame l ho r p re s t a ç ão d etodos os tempos.Em 2009, na China, o

português Paulo Pereiraconduziu as campeãs afri-canas ao 11º posto, numaprova onde as vitórias sobrea Ucrânia (28-20) e Dina-marca (28-23) foram des-taque. No Brasil, em 2011,à s o rd en s d e Viva l doEduardo o “sete” nacionalocupou a oitava posição,e sob a batuta do mesmotreinador na Sérvia (14ª).Na Dinamarca, 2015, em

mais uma campanha mun-dialista, sob a liderança deum treinador estrangeiro(o também português JoãoFlorêncio), a prestação daequipa nacional esteveaquém do esperado, comderrotas ante a Suécia (23-37), Holanda (24-37) ePolónia (27-29).Sob orientação de Mor-

ten Soubak, em 2017 naAlemanha, as campeãsafricanas entraram para aquadra lideradas por umtreinador de topo, pela pri-meira vez, campeão doMundo à frente de umaselecção não europeia (Bra-sil, em 2013), na Sérvia.Este facto, por si só,

aumentou as expectativasde ver Angola a desafiar,uma vez mais, o poderiodos países do “velho” con-tinente no andebol mundial.Mas, o resultado foi a desi-lusão, ao ficar no 19º postoda classificação. No Japão,as Pérolas de África voltama ser comandadas pelo téc-nico Morten Soubak.

A Selecção Nacional séniorfeminina de andebol defrontahoje às 7h00, (hora de Angola)a similar da Sérvia, em partidareferente à primeira jornadado Grupo A, do 24º Campeo-nato do Mundo, no PavilhãoAqua Dome, cidade japonesade Kumamoto.

Rapidez nas transiçõesdefesa-ataque, aliada à coe-são defensiva e ao ataqueorganizado podem ser fun-damentais, caso as Pérolasestejam determinadas a equi-librarem o jogo, ante um con-junto rápido, bem dotado

no capítulo f ísico, e quechega ao Japão com maiorrodagem competitiva.

Diferente das campeãsafricanas, que por razões deordem financeira ficaramimpedidas de estagiar ouseguir para o país do sol nas-cente uma semana antes, ocombinado europeu alémde contar com um volumemaior de jogos, disputourecentemente um torneio naCoreia do Sul.

Nona c lass i f i cada doMundial de 2017, o combi-nado europeu é favorito ao

triunfo ante o africano, 19ºcolocado da tabela. MortenSoubak e comandadas pre-cisam de explorar as fragi-lidades das oponentes.

Durante a preparaçãoensaiaram quase todos oscenários possíveis. Hoje, alémdo cumprimento rigoroso dasorientações emanadas dobanco, o “sete” nacional pre-cisa de estar concentrado,sob pena de verem as euro-peias a definirem o ritmo dojogo a seu bel prazer.

Ao combinado angolanoaconselha-se o sistema defen-

sivo 5-1, com pressão perma-nente, que permite algunsroubos de bola e saídas rápidaspara o contra-ataque. Com o6-0, terá maiores dificuldadesem travar os remates da linhados nove metros.

Soubak poderá optar peloseguinte “sete” inicial: TeresaAlmeida “Bá” (guarda-redes),Iracelma da Silva e Vilma daSilva (pontas), Albertina Kas-soma (pivô), Magda Cazangae Aznaide Carlos “Zica” (late-rais) e Isabel Guialo “Belinha”(central).

Teresa Luís

Teresa Almeida “Bá”Posição: guarda-redes

Equipa: Petro de Luanda

Em 29 anosde participaçãoefectiva, com a estreia em1990 na Coreia do Sul, osétimo lugar no Campeo-nato do Mundo da França,em 2007, continua a ser amelhor prestação da Selec-ção Nacional sénior femi-nina de andebol, nos anaisda modalidade.

Na época, às ordens dofalecido técnico JerónimoNeto, coadjuvado porAlbertino de Oliveira, ascampeãs africanas sur-preenderam o mundo aoderrotarem em casa as gau-lesas. Contra todas asexpectativas e muita ousa-dia à mistura, o "sete"nacional integrou o selectogrupo das dez melhores ,onde anteriormente sóf iguravam equipas do"velho" continente.

Inseridas no Grupo C,na cidade de Lyon, a cami-nhada das Pérolas come-çou com derrota frente àNoruega (26-32), depoissurgiram os triunfos (33-22) Áustria e (41-20) Repu-blica Dominicana.

N a e ta pa s eg u i n te ,Angola teve outros desairesdiante da Rússia (27-40) e(41-33) Coreia do Sul. Maso grupo silenciou os adep-tos gauleses ao vencer (29-27) a França. Na mesmasenda, (34-28) Croácia e(33-25) Macedónia. Nosquartos-de-final, o "sete"nacional perdeu (33-36)ante a Alemanha.

O combinado angolanoderrotou (37-36) a Hungria,na decisão do sétimo postoda tabela classificativa. Emdez partidas, Angola somousete vitórias e três derrotas.No cômputo geral, a selec-ção marcou 326 golos, dos592 tentados, 55 por centode eficácia.

Em 285 golos tentadosna linha dos nove metros,126 foram convertidos, 44por cento de aproveita-mento , nos sete metros,em 31 livres, as jogadorasmarcaram 25, com 81 porcento de eficiência. Das 16atletas convocadas paraaquela empreitada, a cen-tral Natália Bernardo, cujaestreia no Mundial acon-teceu naquele ano, é aúnica que continua a vestiras cores da selecção.

Do referido grupo, des-taque para as antigas inter-nacionais angolanas, OdethTavares, Maria Eduardo,Ilda Bengue, Filomena Trin-dade, Bombo Calandula,C a ro l i n a M o ra i s , N a i rAlmeida, Rosa Amaral, IsabelFernandes, Marcelina Kiala,Maria Pedro, Elizabeth Cailo,Cristina Branca, Cilizia Tava-res e Luísa Kiala.

Marcelina Kiala foi a ter-ceira melhor marcadora,com 72 golos, atrás da alemãGrit Jurack (85) e da húngaraAnita Gorbicz (80).

Teresa Luís

HISTÓRICO DE PARTICIPAÇÕES DAS PÉROLAS

PRIMEIRA JORNADA

Sétimo lugar de França

é registo épicoda selecção

DOZE ANOS DEPOIS

4 DESTAQUE Sábado30 de Novembro de 2019

Comandadas do seleccionador Morten Soubakambicionam a melhoria do 19º lugar do Mundial da Alemanha

Selecção defronta a Sérvia no Pavilhão Aqua Dome

Helena de SousaPosição: guarda-redesEquipa: 1º de Agosto

Janeth SantosPosição: ponta esquerda

Equipa: 1º de Agosto

Magda CazangaPosição: lateral esquerdaEquipa: Petro de Luanda

Amália PintoPosição: guarda-redesEquipa: 1º de Agosto

Aznaide Carlos “Zica”Posição: lateral direita

Equipa: Petro de Luanda

Albertina KassomaPosição: pivô

Equipa: 1º de Agosto

Helena PauloPosição: central

Equipa: 1º de Agosto

Iracelma da SilvaPosição: ponta direitaEquipa: 1º de Agosto

Juliana MachadoPosição: ponta direitaEquipa: 1º de Agosto

Natália BernardoPosição: central

Equipa: 1º de Agosto

Liliana VenâncioPosição: pivô

Equipa: 1ºde Agosto

Ruth JoãoPosição: pivô

Equipa: 1º de Agosto

Wuta DombaxiPosição: lateral direitaEquipa: 1º de Agosto

TreinadorMorten SoubakDinamarques

AdjuntoDanilo Júnior

Brasileiro

FisioterapeutaMarinaCalister

Brasileira

Chefe de delegaçãoEsperança Furtado

Angolana

SeccionistaVilma Lourenço

Angolana

Vilma da SilvaPosição: ponta esquerda

Equipa: 1º de Agosto

Isabel Guialo “Belinha”Posição: central

Equipa: 1º de Agosto

Odisseia de Angola chegaà Terra do Sol Nascente

Page 2: Odisseia de Angola chega - SAPOimgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/606713265_binder1.pdf · Sob orientação de Mor-ten Soubak, em 2017 na Alemanha, as campeãs africanas entraram para

Teresa Luís

A 24ª edição do Campeo-nato do Mundo de andebolsénior feminino disputa-se, a partir de hoje até 15de Dezembro no Japão, coma participação de 24 selec-ções, divididas em quatrogrupos de seis, sob a égideda Federação Internacionalda modalidade (IHF).Três cidades, Ku ma -

moto,Yatsushiro e Yamagae quatro pavilhões, GeneralGymnasium, Park Dome,Aqua Dome e Ove ra l lGymnasium acolhem oevento desportivo. Sessentajogos serão disputados naprimeira fase do Mundial,sendo 12 por jornada.Angola, Congo Democrá-

tico e Senegal são os repre-sentantes de África. Brasil,Cuba e Argentina (América);Japão, Coreia do Sul, Chinae Ca zaqu i s t ão (Á s i a ) ;Holanda, Noruega, Sérvia,Eslovénia, Dinamarca,França, Alemanha, Roménia,Montenegro, Espanha, Hun-gria, Suécia e Rússia (Europa)e Austrália (Oceânia) são ospaíses que disputam a con-sagração mundial.Segundo os nove moldes

de disputa da IHF, na primeirafase da competição jogamtodos contra todos a umavolta. As três primeiras decada grupo qualificam-se

para a etapa seguinte, comos pontos das primeira fase,e jogam um torneio ondeserão encontradas as quatrosemi-finalistas.As outras 12 selecções,

com os pontos acumulados,disputam outro torneio paraas posições seguintes databela classificativa. O ven-cedor do Mundial apura-se directamente para osJ o g o s O l ímp i c o s d eTóquio'2020.Desde a edição pioneira

do Campeonato do Mundo,em 1957, na Jugoslávia, é aterceira vez que um paísasiático acolhe a prova,

depois da Coreia do Sul(1990) e China (2009).Dezassete duplas de arbi-

tragem vão ajuizar as par-tidas, entre as quais trêsafricanas, nomeadamenteYousef Belkhiri/Sid AliHamidi (Argélia), SamirKrichen/Samir Makhlouf( Tun í s i a ) e Ya sm i n aEl sa ied/Heidy E l sa ied(Egipto). Maria Ines Pao-lantoni/Mariana Garcia( A rg e n t i n a ) , Yu f e ngCheng/Yunlei Zhou (China),Davor Loncar/Zoran Loncar(Croácia), Karina Chris -t iansen/Linha Hansen(Dinamarca) e Ignacio Gar-

cía/Andreu Marín (Espanha)também integram a lista.Charlo t te Bona ven -

tura/Julie Bonaventura(França), Maike Merz/TanjaS c h i l h a ( A l emanha ) ,Kiyoshi Hizaki/Tomo-kazu Ikebuchi (Japão), Bon-Ok Koo/Seok Lee (Co-reia do Sul), Cristina Nas-t a s e / S imon a S t a n c u( R omén i a ) , Vik to r i aAlpaidze/Tatiana Berzkina(Rússia), Bojan Lah/DavidSok (Eslovénia) , VanjaAntic/Jelena Jakovljevic (Sér-via) e Mathias Sosa/CristianLemes (Uruguai) completamo grupo de juízes.

O LEITOR PODE VER OS JOGOS DA SELECÇÃO NACIONAL NO MUNDIAL NA TELEVISÃO PÚBLICA DE ANGOLA

CALENDÁRIO DE JOGOSDA PRIMEIRA JORNADA

DIA-2

Angola-Holanda 7h00

DIA-30

Sérvia-Angola 7h00

Dia-3

Eslovénia-Angola 10h00

Dia-5

Noruega-Angola 12h30

PAVILHÃO AQUA DOMEANGOLA-SÉRVIA 7H00HOLANDA-ESLOVÉNIA 10H00NORUEGA-CUBA 12H30

Dia-6

Angola-Cuba 10h00

ANGOLA-SÉRVIA 7H00

NORUEGA-CUBA 12H30

GRUPO A

PAVILHÃO OVERAL GYMNASIUMALEMANHA-BRASIL 7H00FRANÇA-COREIA DO SUL 10H00DINAMARCA-AUSTRALIA 12H30

ALEMANHA-BRASIL 7H00

DINAMARCA-AUSTRALIA 12H30

GRUPO C

PAVILHÃO GENERAL GYMNASIUMMONTENEGRO-SENEGAL 7H00HUNGRIA-CAZAQUISTÃO 10H00ROMÉNIA-ESPANHA 12H30

MONTENEGRO-SENEGAL 7H00

ROMÉNIA-ESPANHA 12H30

PAVILHÃO PARK DOMESUÉCIA-CONGO DEMOCRÁTICO 7H00RÚSSIA-CHINA 10H00JAPÃO-ARGENTINA 12H30

SUÉCIA-CONGO DEMOCRÁTICO 7H00

JAPÃO-ARGENTINA 12H30

GRUPO D

GRUPO D

5Sábado30 de Novembro de 2019

Teresa Luís

França (detentora do título),Noruega (vice-campeã),Ho l anda (meda lha d ebronze) e Rússia, que maisvezes ocupou o pedestalmais alto do pódio, são àpartida candidatas à con-quista do Campeonato doMundo, mercê do desem-penho apresentado no Mun-dial de 2017, na Alemanhae no Europeu de 2018.As gaulesas, bi-campeãs

do mundo, chegam ao Japãocom a motivação acima damédia. Depois de vencerem(23-21) a edição passada doMundial, frente à Noruega,em 2018, em casa a Françaganhou (24-21) o Europeudiante da Rússia.Olivier Krumbholz e

pupilas ambicionam manter

a senda de vitórias, emborareconheçam a inexistênciade competições idênticas.Inseridas no Grupo B, tam-b ém d enom in ado d a"morte", ao lado da Dina-marca, Austrália, Brasil, Ale-manha e Coreia do Sul, as

detentoras do título tudofarão para estarem entre asdoze melhores, visando asmeias-finais.No país do sol nascente,

a Noruega, finalista vencidade 2017, pretende destronara França. Com o rótulo de

mais tituladas do Europeu,com sete taças, as nórdicassão fortes aspirantes à con-quista do troféu. Às ordensdo islandês Thorir Hergeisson,as norueguesas têm de sobraargumentos técnicos e tácticospara brilhar no Japão.Embora com objectivos

modestos, a Holanda tambémentra nas contas. Depois dasmedalhas de bronze no Mun-dial da Alemanha e no Euro-peu de 2018, as holandesasorientadas por Henk Groenerdesembarcaram em Tóquiocom a missão de melhorar aprestação anterior.Depois de jogar a final do

Europeu diante da França,a Rússia tem a esperançarenovada de voltar às grandesconquistas. As russas são asmais tituladas do Mundial,com quatro ceptros.

EM FUNÇÃO DO NÍVEL COMPETITIVO

DESTAQUE

24 SELECÇÕES DIVIDIDAS EM QUATRO GRUPOS

Japão é a partir de hojeo “reino” do andebol

DR

DR

Quarteto europeu é forte candidatoà conquista do Campeonato do Mundo

Distribuídas em três cidades, país do sol nascente sedia pela primeira vez aprova do calendário da Federação Internacional da modalidade