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THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2014 ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO LA FURA DELS BAUS

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo - La Fura dels Baus

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Page 1: Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo - La Fura  dels Baus

THEATROMUNICIPAL DESÃO PAULOTEMPORADA2014

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULOLA FURADELS BAUS

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ORqUESTRA SINFôNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULOJohn Neschling – Regente

LA FURA DELS BAUSCarlus Padrissa – Direção Cênica

Emmanuel Carlier – Direção de Vídeo

Trilogia Romana

OTTORINO RESPIGHI

Feste Romane

– Circenses

– Giubileo

– L'Ottobrata

– La Befana

Le Fontane di Roma

– La Fontana di Valle Giulia All’alba

– La Fontana di Tritone al Mattino

– La Fontana di Trevi al Meriggio

– La Fontana di Villa Medici al Tramonto

I Pini di Roma

– I Pini di Villa Borghese

– Pini Presso una Catacomba

– I Pini del Gianicolo

- I Pini della Via Appia

Espetáculo produzido com a colaboração do

Palau de les Arts “Reina Sofia” de Valência e do Teatro dell'Opera

de Roma, para o Festival de Las Termas de Caracalla.

15/02 sáb 20h

16/02 dom 17h

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No decorrer dos séculos da história da música o “evento concerto” foi

se transformando. Se no início era uma diversão culta de nobres nos

palácios, com o advento da burguesia transformou-se em um encon-

tro social em que se comia, bebia e ouvia música, até chegar ao for-

mato do século XIX e boa parte do século XX. Uma espécie de culto,

no qual as salas de concerto eram templos nos quais se adorava a mú-

sica do passado e às vezes (muito poucas vezes) a música do presente.

Mas já Scriabin, entre outros compositores místicos e simbolistas,

pensava na música como um espetáculo de “son et lumière”, som e luz,

cores e sensações extra musicais, que porém a técnica e as dificulda-

des materiais não permitiram levar a cabo.

Hoje em dia, os grandes eventos de “concertos” pop criaram uma

expectativa de espetacularidade que ultrapassa de longe o mero usu-

fruir musical numa sala. Os concertos, para não se transformarem em

meros eventos museológicos (o que também tem o seu lugar), procu-

ram inovar e incorporar novas linguagens ao espetáculo que atraia e

divirta um público ávido de diversidade.

Assim como a relação cinema e música, houve a inclusão de diver-

sas outras formas de expressão (como na Mass de L. Bernstein ou na

Paixão de Osvaldo Golijov) e, no nosso caso, a criação de um espetá-

culo audiovisual a partir da genial Trilogia de Ottorino Respighi.

O notável grupo La Fura dels Baus criou uma celebração para que

a obra de Respighi ganhasse outros significados além dos puramente

sonoros. Uma projeção em diversos níveis leva o ouvinte / espectador

a uma viagem às vezes realista, às vezes simbólica por Roma, com suas

fontes, seus pinheiros e suas festas.

É óbvio que não se pode a cada semana produzir espetáculos

dessa natureza e dessa complexidade, mas creio que abriremos a tem-

porada de concertos com uma janela para a contemporaneidade. Ou-

tras formas de usufruir a grande música surgirão, não há dúvida. E nós

estaremos de olhos e ouvidos abertos para acompanhar essa evolução.

Aproveitem nossa belíssima temporada de concertos de 2014, onde

nossa Orquestra Sinfônica Municipal poderá, mais uma vez, demons-

trar seu virtuosismo e sua sensibilidade.

John NeschlingDiretor Artístico do Theatro Municipal de São Paulo

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Cenas da Trilogia Romana, na montagem de La Fura dels Baus.

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TRILOGIA ROMANA

Nesta interpretação dos três poemas sinfônicos de Ottorino Respighi,

Festivais Romanos, Fontes de Roma e Pinheiros de Roma, será dada a

máxima ênfase aos músicos da orquestra, neste “formato híbrido” que

se baseia em um jogo de luzes e sombras e nas videocriações do ci-

neasta francês e fotógrafo Emmanuel Carlier. Os três poemas se pas-

sam nas ruas e praças da cidade eterna, onde o compositor bolonhês

viveu a partir de 1913.

É sobre enxergar como linhas luminosas as ondas sonoras que uma

orquestra sinfônica produz, e sobre reinterpretar, ao mesmo tempo, as

ideias que passaram pela cabeça de Respighi ao compor as três par-

tituras geniais.

Música e luz, imagens e movimento. Um jogo de correspondên-

cias entre o fogo interior dos seres humanos e a matéria: pedra / água

/ pinheiro.

Em cena, somente o regente acompanhado dos músicos da orques-

tra. A música de Respighi permite que os músicos e seus instrumentos

sejam os grandes atores, com movimentos coreografados determina-

dos pela riqueza da partitura. Ao redor, as telas captam as projeções

em vídeo de água, esculturas, pinheiros, fantasmas e sombras em con-

tínuo movimento.

Carlus PadrissaDiretor Artístico - La Fura dels Baus

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FESTE ROMANE

CIRCENSESFogo, areia e sangue, paixões. Um círculo de fogo se fecha completa-

mente ao redor do homem estátua. Ele luta consigo mesmo e seus pró-

prios fantasmas. A cabeça do homem estátua se quebra lentamente em

pedaços. Pó enche a tela inteira.

IL GIUBILEOSomente música. Depois, os peregrinos se movem como uma procissão.

O movimento de retrocesso se acentua: filas de silhuetas se tornam

mais numerosas e pequenas, parecendo esticar-se até o infinito. Cen-

tenas de personagens derretem e se fundem com um texto: a Eneida.

A câmera lentamente se move para cima, revelando-nos uma vista de

Roma.

L’OTTOBRATASomente música. Então, três pinturas de Caravaggio aparecem. A or-

questra é iluminada por múltiplas cores, parecendo uma continuação

da pintura.

LA BEFANANas duas telas uma viagem em câmera rápida pela noite de Roma. Ao

mesmo tempo sobreposições de personagens anônimos de filmes pro-

jetados sobre fontes, monumentos, esculturas, chão, paredes, como

aparições fantasmagóricas da confusão da cidade e da memória de

seus habitantes.

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FONTANE DI ROMA

LA FONTANA DI VALLE GIULIA ALL’ALBAComeça com uma gota caindo do topo da tela, progredindo lenta-

mente enquanto se deforma e esmaga outras gotas que aparecem,

juntando-se na superfície da tela formando uma poça. Finalmente, a

tela inteira é uma área de água e ondas líquidas. Eventualmente se

acalmam.

LA FONTANA DI TRITONE AL MATTINOLuz da manhã. Corpos masculinos e femininos se juntam, se movem,

se encontram, se cruzam. Jogos com raios de luz deslumbrante. Even-

tualmente, o corpo é idealizado em uma escultura perfeita: o Tritão da

fonte de Bernini.

LA FONTANA DI TREVI AL MERIGGIOLuz do sol no zênite, meio-dia. A fonte é construída com corpos que se

entrelaçam, buscando posições. Movimento dos membros que soltam

jatos de água. Os corpos das estátuas voltam para a fonte, em transpa-

rência e sobreposição... Pouco a pouco a Fontana di Trevi é construída.

LA FONTANA DI VILLA MEDICI AL TRAMONTOCrepúsculo, tempo da noite-morte. Novas fontes de lágrimas surgem

dos olhos das estátuas. Os corpos caem em uma superfície líquida.

Afundam e desaparecem sob a água que dá a impressão de um gigan-

tesco lago à noite. A água é calma, descobrimos que o lago é a Fon-

tana dei Medici.

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PINI DI ROMA

I PINI DI VILLA BORGHESEEvocação bucólica e sensual da estátua Apollo e Daphne de Bernini. A

cena se passa em uma floresta de pinheiros. Emmanuel Carlier apre-

senta uma magistral versão do mito de Daphne e Apollo, com dois

adolescentes. Daphne, para escapar de Apollo, é transformada em um

loureiro.

PINI PRESSO UNA CATACOMBASomente música, luzes e sombras.

I PINI DEL GIANICOLOToda a sequência é um jogo de sombras. As mãos se tornam a folha-

gem dos pinheiros, que crescem e crescem. No final deste movimento

musical, todas as mãos se unem no centro da tela para formar a cabeça

de um rouxinol cantando.

I PINI DELLA VIA APPIAEvocação da Via Appia através de sua história, um longo tapete de pe-

dras polidas. Abaixo aparecem os corpos que representam os escra-

vos e um exército de pinheiros que avança e retrocede, cada vez mais

numerosos até o clímax musical.

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Notas de ProgramaPor Leandro Oliveira

Uma trilogia como anteparo interpretativoA Trilogia Romana é, nos nossos dias, o ciclo mais representativo da

obra do compositor italiano Ottorino Respighi (1879 – 1936), cujo pres-

tígio é justificado não apenas pela engenhosa orquestração e apuro

técnico formal, mas também, e sobretudo, por conta do enorme apelo

junto ao público. Em grande medida, é a Trilogia que faz com que Res-

pighi se torne para nós um dos mais celebrados “modernistas” italia-

nos de seu tempo, talvez o mais importante compositor italiano do

entre-guerras.

Mas para sermos fiéis à história, é importante comentar que, a seu

tempo, os elogios da crítica e a popularidade junto ao exigente pú-

blico italiano não aconteceram por conta desta obra: de fato, a Trilogia

é fruto do sucesso de um projeto aparentemente sem maiores conse-

quências, quase uma pequena homenagem à cidade que o composi-

tor adotara no início de sua estabilidade profissional.

A homenagem se justifica quando finalmente, a partir de 1913, Res-

pighi inicia atividades como professor da Accademia de Santa Cecilia,

o prestigioso conservatório de música da capital italiana, e ali, como

docente e agitador cultural, consegue estabilizar sua atividade profis-

sional e sua estrutura familiar. Antes de Roma, Ottorino Respighi havia

realizado estudos formais tanto em sua Bolonha natal quanto na Rús-

sia, onde teve oportunidade de estudar com Nicolai Rimsky-Korsakov,

um dos mais impressionantes orquestradores de todos os tempos. No

leste, assim como em Berlim, posteriormente, Respighi sustentar-se-ia

como violista de orquestras e com aulas particulares. Mesmo quando

retornou à Itália, viu perder parte considerável de seu talento asso-

ciando-se a alguns entre os diversos movimentos contraculturais do

período – o mais célebre deles a chamada Lega dei Cinque, ou “Grupo

dos Cinco”, formado, além dele, por Ildebrando Pizzetti (1880 – 1968),

Gian Francesco Malipiero (1882 – 1973), Giannotto Bastianelli (1883 –

1927) e Renzo Bossi (1883 – 1965). Pretendiam o aggiornamento em

termos modernistas do outro “Grupo dos Cinco”, responsável pela va-

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lorização da música russa da segunda metade do século XIX, e do qual

o próprio Rimsky-Korsakov fez parte. Ali na Itália, em plena década de

1910, a Lega defendia o renascimento da música italiana que teria sido

desde o século XVIII “tomada pelo comercialismo e filistanismo”.

Em Fontane di Roma, Respighi faz as pazes com a tradição recente

do modernismo – se podemos chamar de tradição aquelas manifesta-

ções já ligeiramente datadas da música pós-impressionista ou da mú-

sica descritiva de Richard Strauss – e celebra não apenas a sua nova

cidade mas, sobretudo, o amadurecimento de sua linguagem pessoal.

Realizada entre 1915 e 1916, Fontane foi estreada em março de 1917

com tamanho sucesso que já em fevereiro do ano seguinte ninguém

menos que Arturo Toscanini colocava a peça em seu repertório e rea-

lizava outra performance pública.

Embora ligeiramente curta – com cerca de 25 minutos - Fontane di

Roma é uma obra colossal pelo número de instrumentos e efeitos tím-

bricos, muitos deles de suma originalidade e que fazem da peça um

tour de force para orquestras profissionais. A obra tem quatro seções,

cada qual referente a uma das fontes que servem como refúgio inesca-

pável em recantos os mais distintos de Roma: a Fontana di Valle Giulia,

a Fontana del Tritone pela manhã (esta fonte está localizada na Piazza

Barberini, no centro histórico), a Fontana di Trevi ao meio-dia, e final-

mente a Fontana di Villa Medici ao entardecer. A cada título, o público

encontra muito mais do que uma referência a um monumento. A inten-

ção, nas palavras do próprio compositor, é “dar voz aos sentimentos e

imagens sugeridos a ele por quatro fontes romanas contempladas na

hora em que estão mais em harmonia com o ambiente de seu entorno,

ou quando sua beleza é mais impressionante ao observador”.

“Enquanto na obra precedente, Fontane di Roma, o compositor de-

sejava reproduzir por meio dos sons uma impressão da natureza, em

Pini di Roma ele usa a natureza como ponto de partida, com o objetivo

de buscar memórias e imagens: as árvores centenárias que tão carac-

teristicamente dominam a paisagem romana se tornam as detentoras

dos principais eventos da vida da cidade.” Com estas palavras, falando

de si em terceira pessoa, Respighi comenta ao musicólogo norte-ame-

ricano Lawrence Gilman o programa da segunda obra de sua Trilogia

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Romana. Pini di Roma (Pinheiros de Roma) foi composta entre 1923 e

1924 e teve sua estreia em dezembro do mesmo ano. A peça se torna-

ria célebre na história da música por ser uma das primeiras a prever

a inclusão de sons gravados na orquestração – um recurso que seria

usado na música concreta, ante litteram. Como já foi apontado diver-

sas vezes, embora seja em si um efeito revolucionário, ele foi fruto de

uma necessidade de cunho meramente pragmático, quase inocente

que era o da reprodução do canto de um rouxinol, aparentemente gra-

vado pelo próprio compositor em uma de suas incursões à colina de

Janículo. Respighi prevê que o registro do canto do Rouxinol seja di-

fundido ao final do terceiro movimento da peça, chamado não à toa

de I Pini di Gianicolo.

A última obra da Trilogia é também seu ponto culminante, não ape-

nas por ser a mais longa e exuberante, mas também por ser a mais am-

biciosa. A questão semiótica que cria para todo o ciclo é de absoluto

interesse: enquanto as primeiras duas peças lidam com elementos sub-

jetivos que se formam a partir de uma instância realista, esta terceira

fará o percurso contrário, partindo de elementos fortemente fantasio-

sos que tentam formar uma sonoridade mais descritiva, quase figurada.

Enquanto a natureza, ou o diálogo com ela, era o ponto em comum dos

ciclos anteriores, Feste Romane (Festas Romanas) toma para si como

matéria-prima as celebrações públicas que remontam a antiguidade

ou o período contemporâneo ao compositor.

O ponto de interesse é a materialidade de alguns desses eventos,

acessada apenas por meio indiretos. Por exemplo: a primeira parte,

Circenses, descreve um espetáculo onde gladiadores combatem até a

morte – os instrumentos de arco e sopros sugerem melodias de canto

gregoriano que representam os cristãos martirizados na arena do Circo

Máximo. É fruto da pura imaginação do autor. Giubileo, por sua vez,

descreve a festa católica em cuja procissão os peregrinos visitam Roma,

o que lhes permite, a cada 25 anos, a oportunidade de remissão dos

pecados e a realização de penitências. Ottobrata é a descrição da festa

que dá início ao que tradicionalmente se reconhecia como o período

de caça na região dos arredores da Cidade Eterna e, finalmente, a Be-

fana é uma das festas que dão origem aos costumes e ritos pagãos

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de nosso Natal. O nome faz referência à figura popular de origem fol-

clórica que substitui o nosso Papai Noel por uma bruxa, mas que, as-

sim como ele, visita as crianças na noite da Epifania, ou seja, entre os

dias 5 e 6 de janeiro, trazendo-lhes pequenos presentes caso tenham

se comportado bem... ou pedaços de carvão, caso não tenham feito

por merecer.

Respighi declarou que Feste Romane representava o máximo das

possibilidades de cores e sonoridades orquestrais que ele seria capaz.

“É impossível alcançar mais, e não acho que vá escrever mais partitu-

ras desse tipo. Meu interesse por ora se voltará a pequenos conjuntos

e pequenas orquestras.” Completada em 1928, a obra marca o final de

uma importante fase criativa do compositor que, a partir dali, se dedi-

caria com afinco ao cultivo de uma estética mais próxima do que po-

demos chamar de neoclassicismo.

É claro que, para além das intenções do compositor, podemos di-

zer, sem grandes voos teóricos, que o elemento sugestivo que per-

passa toda a Trilogia pode ser reduzido a referências elementares as

mais atávicas: não apenas a água, a pedra e a passagem do tempo na

primeira, mas evidentemente a natureza na segunda, o homem, sua

sombra e sua luz na última. Não deixa de ser notável que sejam exata-

mente por esses “universais” que La Fura dels Baus realize sua leitura

multimídia apresentada ao público paulistano.

Se por um lado a “linguagem furera” se caracteriza pela utiliza-

ção de espaços não convencionais em processo permanente de

retroalimentação com a música, os movimentos e o uso de materiais

orgânicos e industriais – além é claro da incorporação de novas tecno-

logias e a interação com o público durante o espetáculo –, também é

verdade que os três poemas sinfônicos de Ottorino Respighi servem

para o diretor Carlus Padrissa e o cineasta e fotógrafo francês Emma-

nuel Carlier como um potente anteparo interpretativo.

O ambiente de produção coletiva, típico dos espetáculos da com-

panhia, dá lugar a um diálogo quase hipnótico, uma espécie de des-

velamento das fantasias de um compositor que nos deixou há quase

setenta anos, relido por meio das verdadeiras obsessões visuais destes

que se encontram entre os mais expressivos artistas do nosso tempo.

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John Neschling

Carlus Padrissa

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ORqUESTRA SINFôNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo remonta

a 1921, dez anos após a inauguração do Theatro Municipal, por meio

da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São Paulo. Em mais de 90

anos de história, a Orquestra tocou sob a regência de maestros como

Mstislav Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett,

Kurt Masur, além de Camargo Guarnieri, Armando Belardi, Edoardo de

Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani,

além de vários compositores regendo suas obras, como Villa-Lobos,

Francisco Mignone e Penderecki. Solistas de renome se apresentaram

com o grupo, como Magda Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette,

Salvatore Accardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros. Desde o início

de 2013 a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo tem como dire-

tor artístico o maestro John Neschling.

JOHN NESCHLINGDireção Musical e Regência

Diretor Artístico do Theatro Municipal de São Paulo, John Neschling

voltou ao Brasil após alguns anos em que se dedicou à carreira na Eu-

ropa, e depois de ter durante 12 anos reestruturado a Osesp, transfor-

mando-a num ícone da música sinfônica na América Latina.

Durante a longa carreira de regente lírico, Neschling dirigiu musi-

cal e artisticamente os Teatros de São Carlos (Lisboa), St. Gallen (Su-

íça), Bordeaux (França), Massimo de Palermo (Itália), foi residente da

Ópera de Viena (Áustria) e se apresentou em muitas das maiores ca-

sas de ópera da Europa e dos EUA, em mais de 70 produções diferen-

tes. Dirigiu ainda, nos anos de 1990, os teatros municipais do Rio de

Janeiro e de São Paulo.

Como regente sinfônico, tem uma longa experiência frente a gran-

des orquestras dos continentes americano, europeu e asiático. Suas

gravações têm sido frequentemente premiadas e o registro de Nes-

chling para a Sinfonia N.1 de Beethoven foi escolhido pela revista in-

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glesa Gramophone como um dos melhores da história. No momento,

se prepara para gravar o terceiro volume das obras de Respighi pela

gravadora sueca BIS, frente à Filarmônica Real de Liege (Bélgica).

Neschling nasceu no Rio de Janeiro em 1947 e sua formação foi bra-

sileira e europeia. Seus principais mestres foram Heitor Alimonda, Es-

ther Scliar e Georg Wassermann no Brasil, Hans Swarowsky em Viena

e Leonard Bernstein nos EUA.

É membro da Academia Brasileira de Música.

LA FURA DELS BAUS

La Fura dels Baus é uma companhia em permanente processo de trans-

formação. Desde que foi fundada, em 1979, tem abordado novos de-

safios no campo das artes cênicas. Não é exagero afirmar que, desde

Accions (1983), La Fura dels Baus é cultuada por milhares de seguido-

res por todo o mundo.

La Fura desenvolveu através dos anos uma linguagem, estilo e es-

tética próprios, com base no conceito da criação coletiva. Desde a dé-

cada de 1990 o grupo tem trabalhado com o drama literário, teatro

digital, ópera, grandes eventos (macro shows) e filmes; e continua a

evoluir, experimentar e buscar novos caminhos.

A companhia foi responsável pela abertura da cerimonia das Olim-

piadas de Barcelona em 1992, transmitida para todo o mundo e vista

ao vivo por mais 500 milhões de espectadores. viewers. Outras perfor-

mances de grande escala aconteceram com L’casa del mil.leni, para ce-

lebrar o novo milênio no ano 2000, que atraiu um público de mais de

20.000 pessoas em Barcelona; a Divina Comédia em Florença, com

mais de 35.000 espectadores; La Navaja en el Ojo, que abriu a Bienal

de Valência com um público de mais de 20.000 pessoas; ou “Nauma-

quia 1 - tetralogía Anfibia-El Juego Eterno”, que atraiu um público de

mais de 15.000 espectadores ao Fórum de las Culturas de Barcelona.

As incursões de La Fura dels Baus no mundo da ópera incluem

Atlantida, de Manuel de Falla; O Martírio de São Sebastião, de De-

bussy; A Danação de Fausto, de Hector Berlioz; DQ Don Quixot em

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Barcelona, de José Luis Turina; Aida na Arena di Verona; O Ouro do

Reno, A Valquíria e O Crepúsculo dos Deuses em Valencia e Florença;

A Flauta Mágica na Ópera da Bastilha, em Paris, e no Japão; Un ballo

in Maschera em Sydney; a estreia no Lincoln Center de Nova York da

ópera Michael Reise, de Stockhausen; além de Tristão e Isolda, Orfeu

e Eurídice, Carmina Burana e Turandot.

O projeto mais recente de La Fura no campo da ópera ocorreu com

A Danação de Fausto para o Ruhrtriennale at Bochum, na Dinamarca.

Faust 5.0, primeira aventura da La Fura na direção de filmes estreou

em 2001. Co-dirigido por Isidro Ortiz, conquistou vários prémios, en-

tre estes o Golden Melies 2003, para o melhor filme europeu no gê-

nero fantástico.

Em 2014 há um grande número de projetos a serem criados por La

Fura dels Baus, com o mesmo propósito desde o início: surpreender

as pessoas em todo o mundo.

CARLUS PADRISSADiretor Cênico

Carlus Padrissa é um dos seis diretores artísticos da inovadora compa-

nhia de teatro espanhol La Fura dels Baus. Fundada em 1979, é conhe-

cida por ter sua linguagem própria, na qual a participação da platéia é

um componente essencial para o desenvolvimento do espetáculo. Al-

guns dos primeiros espetáculos da companhia foram Accions (1984),

Suz/O/Suz (1985), Tier Mon (1988), Noun (1990) e MTM (1994). Tam-

bém participaram da cerimônia de abertura das Olimpíadas de 1992,

em Barcelona. Os primeiros trabalhos de Padrissa com ópera, e em co-

laboração com Àlex Ollé e Jaume Plensa, incluem La Atlántida (1996)

de Manuel de Falla, O Martírio de São Sebastião (1997) de Debussy e

A Danação de Fausto (1999) de Berlioz para o Festival de Salzburgo;

A Flauta Mágica (2003) na Ruhr Biennale; O Castelo de Barba Azul

(2007) de Bartók e O Diário de um desaparecido (2007) de Janáček,

co-produções da Ópera de Paris e do Liceu de Barcelona. O trabalho

de Padrissa com o maestro Zubin Mehta inclui o ciclo do Anel de Wag-

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ner em Valência e Florença, Tannhäuser para o La Scala e Turandot em

Munique. Em 2008 ele dirigiu Michaels Reise um die Erde no Festival

de Viena, na Ópera de Colônia, na Bienal de Veneza e no Festival de

Outono de Paris. Padrissa também dirigiu a Carmina Burana em Valên-

cia e As Troianas no teatro Mariinsky em São Petersburgo. Com Alex

Ollé dirigiu A Ascenção e Queda da cidade de Mahagonny de Weill

em Madri, na Ópera Bolshoi de Moscou e em Atenas. Participou da es-

treia mundial de quatro óperas: Don Quixote de José Luis Turina em

Barcelona (com Alex Ollé), Auf den Marmolkippen de Giorgio Battis-

telli em Manheim, Sonntag auf Licht de Stockhausen em Colônia e a

Trilogia Romana (2011) de Respighi no Palau de les Arts, em Barcelona.

Recentemente, encenou Parsifal para a Ópera de Colônia, Sansão e

Dalila para a Ópera de Roma e Aida para a Arena de Verona (com Alex

Ollé) e Michael Reise no Lincoln Center.

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ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Diretor ArtísticoJohn NeschlingPrimeiros-violinosPablo De León (spalla)Martin Tuksa (spalla)Maria Fernanda KrugFabian FigueiredoAdriano MelloFábio BrucoliFábio ChammaFernando TravassosFrancisco Ayres KrugLiliana ChiriacHeitor FujinamiJohn SpindlerJosé Fernandes NetoMizael da Silva JúniorPaulo CalligopoulosRafael Bion LoroSílvio BalazJuan Rossi**Segundos-violinosAndréa Campos*Laércio Diniz*Nadilson GamaOtávio NicolaiAlex XimenesAndré LuccasAngelo MonteEdgar Montes LeiteEvelyn CarmoOxana DragosRicardo Bem-HajaSara SzilagyiUgo KageyamaGérson Nonato**Helena Piccazio**ViolasAlexandre De León*Silvio Catto*Abrahão SaraivaTânia de Araújo CamposAdriana SchincariolEduardo CordeiroEric Schafer LicciardiRoberta Marcinkowski

Jessica Wyatt**Pedro Visockas**Tiago Vieira**VioloncelosMauro Brucoli*Raïff Dantas Barreto*Cristina ManescuJoel de SouzaMaria Eduarda CanabarroSandro FrancischettiTeresa CattoContrabaixosRubens De Donno*Sérgio de Oliveira*Miguel DombrowskiRicardo BusattoSanderson Cortez PazWalter MüllerFlautasCássia Carrascoza*Marcelo Barboza*Cristina PolesJúlia Pedron Peres**Michel de Paula**OboésAlexandre Ficarelli*Rodrigo Nagamori*Javier BalbinderMarcos MincovClarinetesOtinilo Pacheco*Luís Afonso Montanha*Diogo Maia SantosDomingos EliasMarta VidigalFagotesFábio Cury*Marcelo ToniMarcos FokinOsvanilson CastroTrompasAndré Ficarelli*Luiz Garcia*Rogério MartinezVagner RebouçasTrompetesFernando Guimarães*Marcos Motta*Breno Fleury

Eduardo MadeiraAlbert Santos**TrombonesRoney Stella*Gilberto Gianelli*Hugo KsenhukLuiz CruzMarim MeiraTubaGian Marco de Aquino*HarpaAngélica Vianna*PianoCecília Moita*TímpanosJohn Boudler**Sérgio Coutinho (assistente)PercussãoMarcelo Camargo*Magno BissoliMárcia FernandesReinaldo CalegariSérgio CoutinhoGerente da OrquestraPaschoal RomaAssistenteYara de MeloInspetorCarlos NunesMontadoresAlexandre GreganyckPaulo Broda

* Chefe de naipe** Músico convidado

LA FURA DELS BAUSTRILOGIA ROMANAIdeia OriginalValentin ProczynskiDireção de ProduçãoMassimo NebuloniDavid Pascual GuardiaDireção de PalcoJaime Rodriguez Técnico de VídeoJoan RodónIluminaçãoJordi Berch

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PintorAnargyros Paschalis

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

PrefeitoFernando HaddadSecretário Municipal de CulturaJuca Ferreira

FUNDAÇÃO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULODireção GeralJosé Luiz HerenciaDiretora de GestãoAna Flávia Cabral Souza Leite

INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO CULTURALPresidente do ConselhoWilliam NackedDiretora ExecutivaIsabela Galvez

Diretor ArtísticoJohn Neschling

Diretora de ProduçãoCristiane SantosDiretora de Desenvolvimento InstitucionalAline Sultani

DIRETORIA GERALAssessoraMaria Carolina G. de FreitasSecretáriaAna Paula Sgobi MonteiroMarcia de Medeiros SilvaMonica PropatoCerimonialEgberto CunhaSofia Amaral RamosMaria Rosa Tarantini Sabatelli

DIRETORIA ARTÍSTICAAssessoria de Direção ArtísticaStefania GambaLuís Gustavo PetriClarisse de ContiSecretáriaEni Tenório dos SantosCoordenação de Programação ArtísticaJoão MalatianDiretor TécnicoJuan Guillermo NovaAssistente de Direção TécnicaGiuseppe CangemiDiretor de Palco CênicoRonaldo ZeroAssistente de Direção CênicaJulianna SantosAssistente de Direção Cênica e CastingSérgio SpinaFigurinista ResidenteVeridiana Piovezan

ARQUIVO ARTÍSTICOCoordenadoraMaria Elisa Peretti PasqualiniAssistenteAna Raquel AlonsoArquivistasAriel OliveiraGuilherme PrioliKaren FeldmanLeandro José SilvaLeandro LigockiCopistaAna Cláudia Oliveira

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONALCoordenadora de ProjetosViolêta Saldanha KubruslyAção EducativaAureli Alves de AlcântaraCristina Gonçalves Nunes

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃOChefe de seçãoMauricio Stocco

EquipeLumena A. de Macedo Day

PRODUÇÃO EXECUTIVAGabriel BaroneWanderley Santos da SilvaMiguel Teles

DIREÇÃO DE PRODUÇÃOProdutora ExecutivaAnna Patrícia AraújoRosa CasalliProdutoresAelson LimaPedro GuidaAssistente de ProduçãoArthur Costa

PALCOChefe da CenotécnicaAníbal Marques (Pelé)Técnicos de PalcoAlexandre Nunes PinheiroAntonio Carlos da SilvaCláudio Nunes PinheiroEdival DiasErmelino Terrible SobrinhoJulio de OliveiraLourival Fonseca ConceiçãoMarcelo Luiz FrosinoPaulo Miguel FilhoRodrigo NascimentoThiago PanfietiAssistentesElisabeth de PieriIvone DucciContrarregrasAlessander de OliveiraRodriguesBruno FariasCarlos BessaEneas LeiteJulio de OliveiraMarcelo Luiz FrosinoPiter SilvaChefe de SomSérgio Luis FerreiraOperadores de SomGuilherme Ramos

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theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 24

Daniel BotelhoKelly Cristina da SilvaChefe de IluminaçãoValéria LovatoIluminadoresCristiano PaesAlexandre de SouzaIgor Augusto F. de OliveiraLuciano PaesFernando AzambujaUbiratan NunesCamareirasAlzira CampioloLindinalva Margarida CelestinoMaria AuxiliadoraMaria Gabriel MartinsMarlene ColléNina de MelloRegiane BierrenbachTonia Grecco

CENTRAL DE PRODUÇÃO – CHICO GIACCHIERICoordenação de CosturaEmília ReilyAcervo de FigurinosMarcela de Lucca M. DutraAssistenteIvani Rodrigues UmbertoAcervo de Cenário e AderecistaAloísio SalesExpedienteJosé Carlos SouzaJosé LourençoPaulo Henrique Souza

DIRETORIA DE GESTÃODiretora de FormaçãoLais Gabriele WeberAssessoraJuliana do Amaral TorresSecretáriaOziene Osano dos Santos

NÚCLEO JURÍDICOAssessoraCarolina Paes SimãoAssistente JurídicoJoão Paulo Alves Souza

ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVAAlexandro Robson Bertoncini

SEÇÃO DE PESSOALCleide Chapadense da MotaJosé Luiz P. NocitoSolange F. França ReisTarcísio Bueno Costa

PARCERIASSuzel Maria P. Godinho

CONTABILIDADEAlberto CarmonaCristiane Maria SilvaDiego SilvaLuciana CadastraMarcio Aurélio Oliveira CameirãoMeire Lauri

COMPRAS E CONTRATOSGeorge Augusto RodriguesJessica Elias SeccoMarina Aparecida B. Augusto

CORPOS ESTÁVEISPaula Melissa NhanJuçara Aparecida de OliveiraVera Lucia Manso

INFRAESTRUTURAMarly da Silva dos SantosAntonio Teixera LimaCleide da SilvaEva RibeiroIsrael Pereira de SáLuiz Antonio de MattosMaria Apª da Conceição LimaPedro Bento NascimentoTherezinha Pereira da SilvaAlmoxarifadoNelsa Alves Feitosa da SilvaBens PatrimoniaisJosé Pires Vargas

INFORMÁTICARicardo Martins da SilvaRenato Duarte

EstagiáriosVictor Hugo A. LemosYudji A. Otta

ARQUITETURALilian JahaEstagiáriosMarina CastilhoVitória R. R. dos Santos

SEÇÃO TÉCNICA DE MANUTENÇÃOEdisangelo Rodrigues da RochaEli de OliveiraNarciso Martins LemeEstagiárioVinícius Leal

COMUNICAÇÃOEditor e Coordenador de ComunicaçãoMarcos FecchioAssistenteCharles BosworthAssistente de Mídias EletrônicasDesirée FuroniAssessora de ImprensaAmanda Sena

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DESIGN GRÁFICO

Kiko Farkas/ Máquina Estúdio

Designer assistente

André Kavakama

Roman Iar Atamanczuk

Atendimento

Michele Alves

Impressão

Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Fotos

Fura dels Baus: Rocco Casaluci/Teatro Comunale di Bologna

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co-realização

apoio cultural

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MUNICIPAL. O PALCO DE SÃO PAULO