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1 Os benefícios da bandagem rígida na condromalácia patelar Wouder de Assis Fonteles 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em traumato-ortopedia com ênfase em terapia manual Faculdade Ávila Resumo A condromalacia patelar ou síndrome patelofemural tem como manifestações clínicas a dor e instabilidade da articulação do joelho, sendo a etiologia ainda não totalmente esclarecida, mas com presença de diversas alterações estruturais gerando limitações na biomecânica do indivíduo. Com o avanço das pesquisas em Fisioterapia, Ortopedia e Biomecânica do movimento, fica cada vez mais evidente o envolvimento da articulação patelofemural em grande parte dos problemas de joelho, principalmente nos casos relacionados com o mecanismo extensor. Este trabalho tem como objetivo geral, desenvolver através de uma revisão de literatura, a patologia em todos os seus aspectos, definindo-a, descrevendo as suas possíveis causas, além de uma revisão anatomofuncional do Joelho, finalizando com as formas de tratamento e diagnóstico e utilizando técnicas capazes de trazer um melhor equilíbrio do mecanismo extensor do joelho e com objetivo específico através da cinesioterapia, em realizar exercícios de fortalecimento do músculo Vasto Medial Oblíquo. Palavras-chave: Fisioterapia; Condromalácia Patelar; Patelofemural. 1. Introdução Segundo Machado et. al (2005) a Condromalácia [chondro- + gr. malakia, amolecimento] é o amolecimento da cartilagem articular por processo degenerativo, de provável origem traumática, mais freqüente na patela, descrita pela primeira vez em 1924 por Aleman. Ao explanarmos sobre condromalácia patelar, se faz necessário conhecer as estruturas ósseas e articulares do joelho. Esta articulação consiste em três ossos: tíbia proximal, fêmur distal e patela. A articulação tibiofemural é a localizada entre o fêmur distal e a tíbia proximal, e a patelofemural é a situada entre a patela e o fêmur (ELLENBECKER, 2002). O objetivo do presente trabalho é desenvolver de forma didática, através de revisão de literatura, a patologia da condromálácia patelar em todos os seus aspectos, definindo-a, descrevendo as suas possíveis causas, além de uma revisão anatomofuncional do Joelho e a aplicação da Bandagem Rígida, estabelecendo a execução dos métodos fisioterapêuticos no que diz respeito ao controle de risco e prevenção de lesões, finalizando com as formas de tratamento e diagnóstico. 2. Fundamentação Teórica As bandagens são dispositivos protetores e estabilizadores dos tecidos moles, utilizados tanto na prevenção, antes de exercícios, de treinamentos ou da prática desportiva, como nas etapas iniciais ou avançadas do tratamento fisioterapêutico (PERRIN 2008). As bandagens são classificadas em ataduras e esparadrapos inelásticos e elásticos e dispositivos protetores em combinação com esparadrapos e ataduras. As ataduras e esparadrapos inelásticos, também chamados bandagens rígidas, são utilizados para fornecerem suporte às articulações e restringir os movimentos articulares anormais ou 1 Fisioterapeuta, Pós-graduando em Traumato-Ortopedia com ênfase em Terapia Manual. 2 Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior e Mestrando em Bioética e Direito em Saúde.

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Os benefícios da bandagem rígida na condromalácia patelar

Wouder de Assis Fonteles1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em traumato-ortopedia com ênfase em terapia manual – Faculdade Ávila

Resumo

A condromalacia patelar ou síndrome patelofemural tem como manifestações clínicas a dor e

instabilidade da articulação do joelho, sendo a etiologia ainda não totalmente esclarecida,

mas com presença de diversas alterações estruturais gerando limitações na biomecânica do

indivíduo. Com o avanço das pesquisas em Fisioterapia, Ortopedia e Biomecânica do

movimento, fica cada vez mais evidente o envolvimento da articulação patelofemural em

grande parte dos problemas de joelho, principalmente nos casos relacionados com o

mecanismo extensor. Este trabalho tem como objetivo geral, desenvolver através de uma

revisão de literatura, a patologia em todos os seus aspectos, definindo-a, descrevendo as suas

possíveis causas, além de uma revisão anatomofuncional do Joelho, finalizando com as

formas de tratamento e diagnóstico e utilizando técnicas capazes de trazer um melhor

equilíbrio do mecanismo extensor do joelho e com objetivo específico através da

cinesioterapia, em realizar exercícios de fortalecimento do músculo Vasto Medial Oblíquo.

Palavras-chave: Fisioterapia; Condromalácia Patelar; Patelofemural.

1. Introdução

Segundo Machado et. al (2005) a Condromalácia [chondro- + gr. malakia, amolecimento] é o

amolecimento da cartilagem articular por processo degenerativo, de provável origem

traumática, mais freqüente na patela, descrita pela primeira vez em 1924 por Aleman.

Ao explanarmos sobre condromalácia patelar, se faz necessário conhecer as estruturas ósseas

e articulares do joelho. Esta articulação consiste em três ossos: tíbia proximal, fêmur distal e

patela. A articulação tibiofemural é a localizada entre o fêmur distal e a tíbia proximal, e a

patelofemural é a situada entre a patela e o fêmur (ELLENBECKER, 2002).

O objetivo do presente trabalho é desenvolver de forma didática, através de revisão de

literatura, a patologia da condromálácia patelar em todos os seus aspectos, definindo-a,

descrevendo as suas possíveis causas, além de uma revisão anatomofuncional do Joelho e a

aplicação da Bandagem Rígida, estabelecendo a execução dos métodos fisioterapêuticos no que

diz respeito ao controle de risco e prevenção de lesões, finalizando com as formas de tratamento

e diagnóstico.

2. Fundamentação Teórica

As bandagens são dispositivos protetores e estabilizadores dos tecidos moles, utilizados tanto

na prevenção, antes de exercícios, de treinamentos ou da prática desportiva, como nas etapas

iniciais ou avançadas do tratamento fisioterapêutico (PERRIN 2008).

As bandagens são classificadas em ataduras e esparadrapos inelásticos e elásticos e

dispositivos protetores em combinação com esparadrapos e ataduras. As ataduras e

esparadrapos inelásticos, também chamados bandagens rígidas, são utilizados para

fornecerem suporte às articulações e restringir os movimentos articulares anormais ou

1 Fisioterapeuta, Pós-graduando em Traumato-Ortopedia com ênfase em Terapia Manual.

2 Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior e Mestrando em Bioética e Direito em Saúde.

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excessivos. Já as ataduras e esparadrapos elásticos são utilizados em estruturas do corpo que

necessitam de grande liberdade de movimento, como em grupos musculares dinâmicos onde

permite-se certa contração do músculo sem restrição do fluxo sanguíneo, em acolchoamentos

protetores do corpo ou em compressões de lesões agudas combinadas com gelo. Os

dispositivos protetores em combinação com esparadrapos e ataduras são utilizados para

limitação do movimento, proteção de determinada área do corpo e manutenção de talas e

acolchoamentos no posicionamento correto (PERRIN, 2008).

A bandagem rígida é de ampla utilização na melhora do posicionamento articular, limitando

desvios patológicos e prevenindo o quadro álgico decorrente. Sua aplicação na patela

preconiza-se que além da melhora no posicionamento biomecânico da patela, pode diminuir

as dores e favorecer o fortalecimento do músculo quadríceps (FAVARINI e LUSTOSA,

2006).

A articulação do joelho, a maior do corpo, é muito complexa. Consiste basicamente numa

articulação de dobradiça, permanentemente sujeita a considerável estresse e distensão pela

ação combinada de suas funções de sustentação de peso e locomoção. Seus músculos

fortíssimos extensores e flexores, aliados a uma estrutura ligamentar extremamente resistente,

são responsáveis pelo grande vigor de funcionamento dessa articulação (FLOYD, 2002).

Fonte: http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/anatomia-

humana_3.html#comp.asp?recid=62480088&xtra=

Figura 1: Vista anterior do joelho

O joelho é a estrutura mais afetada pelas lesões articulares por ser uma articulação complexa e

imprescindível para vários movimentos. É uma articulação do tipo sinovial que realiza flexão

e extensão, mas durante o movimento de flexão ocorre também uma pequena quantidade

significativa de rotação fazendo com que a articulação fique vulnerável à lesão, por causa das

demandas mecânicas que são colocadas sobre ela e devido à dependência de tecidos moles

para o seu suporte (OLIVEIRA, et. al, 2003).

As cargas sobre a articulação patelofemoral são muito grandes, algumas áreas da cartilagem

articular ficarão sobrecarregadas, tornando-se moles e edemaciadas. Essa afecção é conhecida

como condromalácia patelar e provavelmente é reversível nos casos iniciais (DANDY, 2000).

Freire et. al (2006) definem que a condromalácia de patela é um termo aplicado à perda de

cartilagem envolvendo uma ou mais porções da patela; sua incidência na população é muito

alta, aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em pacientes do sexo feminino

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e com excesso de peso. As causas de condromalácia incluem instabilidade, trauma direto,

fratura, subluxação patelar, aumento do ângulo do quadríceps (ângulo Q), músculo vasto

medial ineficiente, mau alinhamento pós-traumático, síndrome da pressão lateral excessiva e

lesão do ligamento cruzado posterior. Dois tipos de alterações podem ocorrer na gênese da

condromalácia patelar: degeneração superficial dependente da idade (pessoas de meia-idade e

idosos) e degeneração basal (adolescentes). Nos pacientes jovens, as lesões da cartilagem, se

não forem diagnosticadas e tratadas, podem resultar em osteoartrose prematura.

Condromalácia da patela é uma síndrome que afeta jovens e adolescentes, causando dor nos

joelhos ao subir ladeiras ou escadas. É, em geral, bilateral. Caracteriza-se por amolecimento e

fibrilação da cartilagem do aspecto posterior da patela. Mais comum em mulheres, pode ser

causada por uma variedade de fatores: patela alta, trauma e ângulo do quadríceps anormal. Na

maioria dos casos, a condromalácia da patela não é um precursor de osteoartrite (SKARE,

1999).

Um problema comum do joelho para corredores é a condromalácia da patela (“joelho de

corredor”). A sensibilidade e a dor em torno da patela, ou profundamente a ela, resultam do

desequilíbrio do músculo quadríceps femoral. Esse excesso de esforço do joelho também

pode ocorrer em esportes como a corrida, basquetebol, futebol americano ou futebol. A

condromalácia da patela pode resultar da corrida excessiva, de um trauma na patela ou da

flexão extrema do joelho (ex: durante o agachamento quando se levanta peso) (MOORE,

1999).

Fonte: http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/anatomia-

humana_14.html#comp.asp?recid=61139591&xtra=

Figura 2 – Joelho Esquerdo

A instabilidade patelofemoral inclui subluxação ou luxação em episódios únicos e recorrentes.

Pode haver um ângulo Q anormal, região troclear displásica (sulco raso ou côndilo femoral

lateral plano), patela alta, retináculo lateral retraído e estabilizadores mediais inadequados.

Pode haver fraturas associadas. Geralmente a instabilidade é na direção lateral. A luxação

pode dever-se a trauma direto a patela ou a uma contração forçada do quadríceps quando o pé

está posicionado no solo, o joelho está flexionado e o fêmur rodado externamente (KISNER,

2005).

Consiste em um processo degenerativo da cartilagem articular da patela. Observa-se que esta

se torna amolecida, tumefeita e esponjosa. Clinicamente, nota-se a presença de crepitações

articulares durante a movimentação do joelho, em geral associadas à dor, localizada

profundamente de forma difusa na região anterior do joelho. Em algumas situações, observa-

se a instabilidade articular associada ao edema difuso (MOREIRA et. al, 2007).

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É possível realizar o diagnóstico da condromalácia patelar por meio da história relatada pelo

paciente, de testes específicos para o joelho e de exames como raios-x e ressonância

magnética (MORAES, 2005).

Segundo Quintella (2003), além da história da doença atual e dos sinais e sintomas clínicos

referidos pelo paciente, o diagnóstico pode ser confirmado através de testes específicos como:

- Teste de Zouhler – É realizado com o paciente em decúbito dorsal com joelhos estendidos.

O terapeuta realiza o tracionamento da patela do paciente para baixo e solicita uma contração

isométrica do quadríceps. Dor durante a contração do quadríceps, devido ao atrito da patela

contra os côndilos do fêmur é sinal de condromalácia.

- Teste de palpação das facetas – É realizado com paciente em decúbito dorsal com os joelhos

estendidos. Deslocar a patela lateralmente, palpar a faceta lateral; depois, deslocar a patela

medialmente e palpar a faceta medial. Para o paciente portador de condromalácia esta

palpação é dolorosa e característica.

O joelho é primariamente uma articulação sinovial do tipo gínglimo (em dobradiça) que

permite flexão e extensão; entretanto, os movimentos da articulação aos combinados com

deslizamento, rolamento e rotação sobre um eixo vertical. Embora a articulação do joelho seja

bem constituída, sua função é comumente prejudicada quando é hiperestendida onde envolve

vários músculos do quadríceps (MOORE, 1999).

Fonte:

http://www.osmardeoliveira.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=78&Itemid=78

Figura 3 – Articulação do joelho direito.

As estruturas ósseas que formam articulações no joelho são o fêmur, a tíbia e a patela. Essas

três estruturas formam duas articulações distintas: a femoropatelar e a tibiofemural. Todavia

essas articulações não podem ser consideradas separadamente, pois existe relação mecânica

entre elas. O aspecto proximal do joelho é constituído pelo fêmur distal; Um ângulo valgo

normal é formado entre o fêmur orientado medialmente e a tíbia lateralmente, formando assim

a junção do joelho. O aspecto distal do fêmur patela quanto com a tíbia. Os próprios côndilos

articulares são grandes e convexos em ambos os planos divididos por um sulco central que

forma a superfície da patela. Este sulco é chamado de “cavidade troclear”. Posteriormente os

côndilos são divididos e separados pelos ligamentos cruzados. Os côndilos são cobertos pela

cartilagem hialina que bastante espessa para resistir a forças extremas localizadas sobre as

superfícies articulares durante descarga de peso (GOULD III, 1993).

A patela funciona como um pivô, para ampliar a vantagem mecânica do quadríceps durante

uma flexão ou extensão do joelho. A patela desloca efetivamente a linha da ação do tendão

para longe do centro articular (o eixo) e dessa forma, aumentando o braço da potência do

grupamento muscular quadríceps e também aumentando a vantagem mecânica. A cartilagem

hialina é indispensável para a transmissão da força do quadríceps em torno do fêmur distal

para a tíbia. A cartilagem normal permite a transmissão de forças para os ossos subcondrais e

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para os esponjosos, de tal forma que o limiar da dor do osso ricamente inervado não é

ultrapassado. Sabe-se também que os tendões são capazes de tolerar grandes tensões de

cargas, mas não fricção forte ou compressão. A patela tem também como função, a proteção

da cartilagem da tróclea assim como os dos côndilos atuando como uma estrutura óssea. A

presença da patela no aparelho extensor do joelho protege o tendão da fricção e permite ao

aparelho extensor tolerar compressões por pesos altos (QUINTELLA, 2003). Na figura

abaixo, observe a lesão cartilaginosa.

Fonte:

http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_print.asp?cod_noticia=1148

Figura 4: Lesão cartilaginosa

Os ligamentos intra-articulares dentro da articulação do joelho consistem nos ligamentos

cruzados e meniscos (cartilagens semilunares). O tendão do músculo poplíteo também é intra-

articular durante parte de seu trajeto. Os ligamentos cruzados unem o fêmur e a tíbia,

cruzando dentro da cápsula articular da articulação, mas fora da cavidade articular sinovial.

Os ligamentos cruzados estão localizados dentro da articulação e cruzam um com o outro

obliquamente como na letra x, fornecendo estabilidade para a articulação do joelho (MOORE,

1999).

As superfícies articulares do joelho estão alojadas na mais extensa cápsula do corpo. Essa

cápsula obtém suporte tanto estático quanto dinâmico dos ligamentos adjacentes e estruturas

musculotentinosas. A inserção da cápsula do joelho segue a superfície articular das

articulações femoropatelar e tibiofemural e insere-se perifericamente nas margens articulares

(GOULD III, 1993).

Os dois ligamentos mais importantes do joelho são: o ligamento cruzado anterior (LCA) e o

ligamento cruzado posterior (LCP), assim denominados por se cruzarem dentro do joelho,

entre a tíbia e o fêmur. Esses ligamentos são vitais para manutenção, respectivamente, da

estabilidade anterior e posterior da articulação do joelho, bem como de sua estabilidade

rotacional (FLOYD, 2002).

O ligamento cruzado anterior (LCA), o mais fraco dos ligamentos, origina-se na área

intercondilar anterior da tíbia, imediatamente atrás da fixação do menisco medial. Ele se

estende para cima, para trás e lateralmente para fixar-se à parte posterior do lado medial do

côndilo lateral do fêmur (MOORE, 1999).

O ligamento cruzado posterior fica tensionado apenas em uma parte ao longo da amplitude

total de movimento. À medida que o fêmur desliza sobre a tíbia, o ligamento cruzado

posterior fica tenso e evita maiores deslizamentos. De um modo geral, o LCP evita a rotação

interna excessiva (PRENTICE, 2008).

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O LCP é mais forte, fixa-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e se estende ate a

superfície Antero-medial do côndilo medial do fêmur. Sua principal função é limitar a

posteriorização da tíbia sobre o fêmur (MOREIRA, 2007).

Fonte: http://viefisioterapia.blogspot.com.br/2012/03/condromalacia-patelar.html

Figura 5: Ligamentos visto em quatro ângulos.

A articulação patelofemoral consiste na articulação da patela com o sulco troclear no fêmur. A

patela é fixada na articulação do joelho por ligamentos, tendões, retináculos e cápsula, tanto

transversalmente quanto longitudinalmente e é o pólo central, para onde convergem as forças

de tração dos tendões quadricipital e patelar e dos retináculos medial e lateral. Este sistema de

forças estabiliza a patela para possibilitar que os movimentos de extensão e flexão aconteçam

com o melhor torque para o quadríceps (QUINTELLA, 2003).

O fator causal mais comum da condromalácia de patela é o trauma. O traumatismo direto é

aquele em que ocorre o choque do joelho sobre um objeto. O traumatismo indireto é

progressivo e insidioso. É o que podemos observar na prática inadequada de esportes e no uso

inadequado de aparelhos de ginástica. Essas pessoas ao trabalharem erroneamente, muitas

vezes forçam suas articulações, sendo a do joelho, e principalmente a patelofemoral, uma das

mais atingidas (QUINTELLA, 2003).

A etiologia da instabilidade da articulação patelofemural ainda não é totalmente esclarecida,

mas fatores como: desequilíbrio da musculatura de vasto lateral e vasto medial,

desalinhamento patelar, condromalácia patelar, tendinite patelar, sobrecarga por

tracionamento excessivo de retináculo e tendão patelar, subluxação ou luxação patelar, patela

alta, excessiva anteversão femoral, torção tibial externa, ângulo Q aumentado, hiperpressão

patelar medial, entorse de tornozelo por inversão contribuem nessa instabilidade

(ANDREWS, 2000).

Segundo Lobato et. al. (2005) a etiologia ainda não está bem definida em literaturas, sabe-se

que a mesma envolve uma combinação de fatores para o desenvolvimento do mau

alinhamento patelar, como: anormalidades ósseas (como patela alta), aumento do ângulo “Q”

e deficiências do mecanismo de estabilização patelar em decorrência da fraqueza muscular.

Fatores predisponentes para o geno valgo são: a pronação excessiva da articulação subtalar,

cuja alteração biomecânica é responsável por até 77% das lesões no joelho (VENTURINI et.

al, 2006);

A causa da dor na região anterior do joelho pode ser decorrente de um trauma direto, uso

excessivo, excursão patelar defeituosa devido ao desalinhamento decorrentes de variações

anatômicas ou uma combinação desses fatores. Deve-se tentar determinar os fatores causais

com base na história e em um exame abrangente e sequencial (MOORE, 1999).

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O valgismo exagerado do joelho acarreta encurtamentos das estruturas musculoligamentares,

como a banda iliotibial e o retináculo lateral, assim como o alongamento e fraqueza do

músculo vasto medial (porção do quadríceps femoral). Com isso, associado a maior potência

do músculo vasto lateral em detrimento ao medial durante ações de co-contracão e ao

desalinhamento do ligamento patelar e o tendão do quadríceps, a patela é então tracionada

lateralmente, predispondo a subluxação e luxação patelar (CALVETE, 2004 apud

PRENTICE, 2008; KISNER, 2005).

Um desequilíbrio da tensão nos lados medial e lateral da patela pode causar um desvio da

patela durante os movimentos de flexão e extensão do joelho, resultando em irritação tecidual

e dor, freqüentemente ocorre um desequilíbrio entre a força do músculo vasto medial e do

vasto lateral. Se o alinhamento patelar inadequado não for extremamente acentuado, o simples

fortalecimento dos músculos do quadríceps pode aliviar, ou até mesmo eliminar os sintomas

(HALL, 2000).

O alargamento da pelve, o ângulo de anteversão femoral acima de 15°, o qual provoca a

rotação interna do fêmur, a frouxidão dos ligamentos colaterais mediais do joelho e a torção

tibial externa. Todos esses fatores aumentam a compressão lateral da articulação tibiofemural.

Esse quadro leva há compensações biomecânicas, com retração significativa da banda

iliotibial e sobrecarga da articulação patelofemural, podendo ocasionar a “Síndrome da dor

patelofemural“, ou “Síndrome do alinhamento inadequado da patela“, dor intensa cuja

localização se dá na face anterior do joelho (KISNER, 2005).

Estágios da condromalácia segundo (TUREK, 1994):

- Estágio I: amolecimento e inchaço;

- Estágio II: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegadas ou menor;

- Estágio III: fragmentação e fissuras numa área maior que 0,5 polegadas;

- Estágio IV: Erosão da cartilagem até chegar ao osso.

Fonte: http://ortopediasp.wordpress.com/2011/08/23/condromalacea-patelar/

Figura 6 – Estágios da condromalácia.

Sinais e sintomas segundo QUINTELLA, (2003):

- Dor peripatelar e intra-articular em região-súpero-lateral;

- Dor constante ao subir e descer escadas;

- Sensação de crepitação aos movimentos do joelho;

- Sensação de falseio devido à instabilidade patelofemoral, provocada pelo desequilíbrio

muscular;

- Bloqueio mecânico;

- Pressão intra-articular;

- Vasto lateral encurtado e tenso;

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- Hipotrofia de vasto medial.

3. Metodologia

Foi realizada uma coleta de material para levantamento bibliográfico utilizado na execução no

trabalho de revisão de literatura. Foram relacionados como fonte de informação, livros,

apostilas e periódicos, como artigos na área de Medicina e Fisioterapia, subáreas ortopedia,

fisioterapia esportiva e Cinesioterapia. O levantamento bibliográfico foi realizado na

biblioteca da Faculdade Cathedral de Ensino Superior (FCES-RR), na biblioteca da

Universidade Federal de Roraima (UFRR) e pesquisas pela internet nos sites Bireme e Scielo.

4. Resultados e Discussão

Atualmente, o tratamento conservador para a DFP baseia-se nas alterações cinético posturais e

se dá através de exercícios de fortalecimento do grupo quadríceps enfatizando o músculo

vasto medial oblíquo (VMO), alongamento muscular, controle motor, modalidades

terapêuticas e uso de antiinflamatórios (CABRAL, 2006).

Cumpre ao fisioterapeuta o tratamento conservador estabelecendo a execução dos métodos

fisioterapêuticos no que diz respeito ao controle de risco e prevenção de lesões (COFFITO,

2007 ; PERRIN 2008). Um dos métodos citados por Perrin (2008) é a aplicação de

bandagens, utilizadas na prevenção de lesões, na melhora do feedback proprioceptivo e na

facilitação do retorno de atletas às competições.

As bandagens são dispositivos protetores e estabilizadores dos tecidos moles, utilizados tanto

na prevenção, antes de exercícios, de treinamentos ou da prática desportiva, como nas etapas

iniciais ou avançadas do tratamento fisioterapêutico (PERRIN 2008).

As bandagens são classificadas em ataduras e esparadrapos inelásticos e elásticos e

dispositivos protetores em combinação com esparadrapos e ataduras. As ataduras e

esparadrapos inelásticos, também chamados bandagens rígidas, são utilizados para

fornecerem suporte às articulações e restringir os movimentos articulares anormais ou

excessivos. Já as ataduras e esparadrapos elásticos são utilizados em estruturas do corpo que

necessitam de grande liberdade de movimento, como em grupos musculares dinâmicos onde

permite-se certa contração do músculo sem restrição do fluxo sanguíneo, em acolchoamentos

protetores do corpo ou em compressões de lesões agudas combinadas com gelo. Os

dispositivos protetores em combinação com esparadrapos e ataduras são utilizados para

limitação do movimento, proteção de determinada área do corpo e manutenção de talas e

acolchoamentos no posicionamento correto (PERRIN, 2008).

A utilização de bandagens pode evitar lesões ou fazer com que o atleta, mesmo com alguma

lesão, retorne à competição. Seu uso durante os tratamentos pode facilitar a recuperação em

menor tempo (PERRIN 2008).

A bandagem rígida é de ampla utilização na melhora do posicionamento articular, limitando

desvios patológicos e prevenindo o quadro álgico decorrente. Sua aplicação na patela

preconiza-se que além da melhora no posicionamento biomecânico da patela, pode diminuir

as dores e favorecer o fortalecimento do músculo quadríceps (FAVARINI e LUSTOSA,

2006).

Andrews (2000) diz que se for observado um alinhamento inadequado dos pés, as órteses

podem ser benéficas, portanto ao verificar o posicionamento dos pés da paciente em inversão

e plante-flexão deve-se ser realizada bandagem funcional (tapping) para reposicionamento de

ambos os tornozelos e pés, com objetivo de assegurar maior estabilidade para a realização da

marcha.

A bandagem compressiva é utilizada, pois a compressão promove uma pressão nos líquidos

dos espaços intersticiais para dentro do vaso com o diâmetro aumentado, onde encontra

também com o fluxo aumentado e que faz com que esse líquido seja rapidamente absorvido

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em proporções maiores que de normal. Um fator importante e favorecedor para que isso

ocorra é a postura elevada do membro, que representa o meio mais simples de reduzir a

pressão venolinfática, favorecendo, assim a reabsorção e o transporte do edema (uma redução

de 1 mmHg é obtido com elevação do membro em 1,28 cm). A compressão reforça a

reabsorção no nível dos capilares sanguíneos, diminui a complacência tecidual e permite uma

melhor recuperação do trofismo nos tecidos patológicos distendidos pelas variações do edema

(FERRANDEZ et al., 2001).

Segundo Greve et. al (1999) a reabilitação deve consistir na proteção das estruturas lesadas,

ganho completo da amplitude de movimentos, prevenção de atrofia muscular, manutenção da

função proprioceptiva, melhora da força muscular, retorno às atividades de vida diária.

Para Thompson (2002) o vasto medial é considerado como de grande importância na

manutenção da estabilidade patelofemoral, por causa da fixação oblíqua de suas fibras distais

da patela medial superior. Essa porção do vasto medial é conhecida como vasto medial

oblíquo (VMO). O vasto medial é fortalecido de modo semelhante aos outros músculos do

quadríceps, por agachamentos, extensões de joelho e leg press, mas o VMO só é realmente

trabalhado nos últimos 10 ou 20 graus de extensão do joelho. A flexão completa de joelho

alonga todos os músculos do quadríceps.

Também para Prentince et. al (2008) a condromalácia patelar é um processo degenerativo que

não evolui para a melhora ou cura com o passar do tempo. A dor é intermitente nessa afecção.

Talvez o segredo para controlar a condromalácia seja manter a força do grupo muscular

quadríceps e, em particular, do VMO. Os exercícios da cadeia fechada são recomendados,

pois tendem a reduzir as forças de reação da articulação femoropatelar. O paciente deve ser

constante nos esforços de fortalecimento.

De acordo com Quintella (2003) o trabalho fisioterapêutico de fortalecimento do músculo

vasto medial deverá obrigatoriamente, ser efetuado entre 60 e 90º devido o maior potencial de

ação desse músculo ocorrer entre essas angulações.

Já para Moore (1999) embora não seja possível isolar a contração do VMO, se aceita a linha

de tração desse componente do músculo quadríceps influencie na excursão da patela, e assim

os esforços são dirigidos para o desenvolvimento de uma percepção da contração do VMO

durante atividade muscular do quadríceps. É vantajoso usar pistas táteis sobre o ventre

muscular, estimulação elétrica ou biofeedback para reforçar a contração durante exercícios de

extensão em cadeia aberta e fechada.

O treinamento em cadeia cinética fechada de acordo com Ellenbecker (2002) promove uma

melhor co-contração muscular, podendo gerar um aumento na ativação dos

mecanorreceptores da articulação, melhorando assim a propriocepção articular e

consequentemente melhorando o mecanismo de controle neuromuscular coordenado,

necessário para estabilidade muscular. Outra vantagem importante destes exercícios é a

produção de movimentos funcionais do membro inferior por meio de contrações concêntricas

e excêntricas dos músculos envolvidos nos movimentos das articulações do quadril, do joelho

e do tornozelo.

Atividades irritantes, propensas a exacerbar a dor, como exercício de subir degraus em

rotação, agachamento e longos períodos na posição sentada devem ser evitadas. Os exercícios

isométricos ou isotônicos de cadeia fechada, realizada em um arco indolor para fortalecer os

músculos quadríceps e Isquiostibiais devem ser realizados de forma rotineira. Os

antiflamatórios orais e pequenas doses de aspirina ajudam a modular a dor. A joelheira de

neoprene é benéfica para determinados pacientes, mas não altera absolutamente nada para

outros. Os aparelhos ortóticos, para corrigir a pronação e reduzir a torção tibial, são benéficos

em muitos casos (PRENTICE et. al, 2008).

De acordo com Moore (1999) os exercícios isométricos intermitentes devem ser leves e em

posições que não provoquem dor, devendo o paciente contrair o quadríceps com o joelho em

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diferentes posições enfocando o desenvolvimento de tensão do vasto medial. Como o local de

irritação varia entre os pacientes, devem-se identificar posições que não provoquem dor para

cada paciente de modo a assegurar uma carga não-lesiva.

Segundo Hebert et. al (2003) os tecidos moles peripatelares, incluindo a musculatura da

unidade funcional inferior e os estabilizadores passivos patelares, têm uma função chave na

biomecânica patela. Para corrigir desequilíbrios nos tecidos moles peripatelares, necessita-se

de uma combinação entre mobilidade e treinamento muscular podendo ser utilizadas as

seguintes técnicas para mobilização dos tecidos:

- Massagem transversa profunda (MTP);

- Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP);

- Alongamento de tecidos moles;

- Movimentos ativos e passivos;

- Maitland (mobilização articular);

- Osteopatia.

Também por Hebert et. al (2003) outra técnica com excelente resultado, é a Reeducação

Postural Global (RPG). Na técnica o paciente é mantido em posturas corretoras que se

relacionam com a articulação e as estruturas musculoesqueléticas envolvidas direta e

indiretamente.

5. Conclusão

O processo de reabilitação visou à proteção das estruturas lesadas, ganho completo da

amplitude de movimentos, prevenção de atrofia muscular, manutenção da função

proprioceptiva, melhora da força muscular, retorno e manutenção das atividades de vida

diária. Sendo o enfoque do tratamento à recuperação do músculo vasto medial oblíquo, além

de equilibrar a sua força com a dos outros três grandes músculos do quadríceps femoral e

musculatura posterior do membro inferior.

A vida ativa, que levamos hoje em dia, causa intensa sobrecarga aos joelhos, onde os mesmos

sofrem traumatismos, ocasionando as ditas "lesões"

Além dos traumatismos existem as alterações degenerativas e congênitas, que acometem uma

das estruturas mais importantes, que são os ligamentos, pois este tem um papel fundamental

como cochin para a distribuição de forças, não sobrecarregando as outras estruturas,

fornecendo estabilização a articulação. O avanço nas técnicas operatórias aliado a uma

reabilitação mais acelerada e com embasamento científico passou a permitir um retorno mais

precoce das pessoas às suas atividades profissionais e esportivas.

Dessa forma, conclui-se que a bandagem rígida associada a um programa de treinamento, é

um instrumento válido para melhora do feedback proprioceptivo dos pacientes e para a

diminuição da intensidade do quadro doloroso, confirmando e sugerindo este instrumento

como eficaz para diminuição da dor e na melhora da propriocepção durante os treinamentos.

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