Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autor: HUMBERTO RODRIGUES DA MATA JUNIOR

Disciplina/Área:

(ingresso no PDE)

Educação Física

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Lúcia Alves de Oliveira Schoffen

Município da escola: Altônia

Núcleo Regional de Educação: Umuarama

Professor Orientador: Roseli Terezinha Selicani Teixeira

Instituição de Ensino Superior: UEM

Relação Interdisciplinar: Ciências, Biologia e Matemática

Resumo:

A Obesidade tem se tornado cada vez mais

preocupante, tendo em vista os diversos

estudos que tem constatado o aumento do

número de obesos em todo o mundo, e

também em razão do crescimento da

prevalência do sobrepeso e da obesidade já

nas idades jovens. Estudos tem relatado que

a escola e a educação física são meios para

contribuir na prevenção de tais índices, e nas

Diretrizes Curriculares de Educação Física o

tema está contemplado. Constata-se no

Colégio Estadual Lúcia Alves de Oliveira

Schoffen que apesar de avaliações

nutricionais serem realizadas por

determinação da SEED, pouco ou quase

nada tem sido abordada sobre a Obesidade.

Neste sentido, o objetivo deste projeto visa

proporcionar aos alunos ações teóricas e

práticas que contribuam na adoção de hábitos

saudáveis de alimentação e atividade física, e

que essas ações positivas consequentemente

afastem o risco do sobrepeso e/ou obesidade.

Ainda espera-se oportunizar a estes alunos, a

possibilidade de transmitir os conhecimentos

adquiridos a familiares e amigos. O estudo

será realizado na forma de uma Unidade

Didática, composta por 32 aulas

sistematizadas, subdivididas em 5 módulos.

Palavras-chave:

(3 a 5 palavras)

Saúde; Obesidade; Escolares

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Alunos do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

O presente material didático-pedagógico visa apresentar uma unidade

didática para o Ensino Fundamental do Colégio Estadual Lúcia Alves de

Oliveira Schoffen de modo a contribuir com conteúdos que possam favorecer o

enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem por meio de aulas

sistematizadas direcionadas ao tema prevenção da obesidade.

O trabalho se justifica tendo em vista, que nos últimos anos estudos

tem relatado o aumento dos índices de obesidade em todo o mundo,

principalmente em países desenvolvidos, em todas as idades. De acordo com

Nammi et al. (apud SANTOS et al., 2005), a obesidade é a doença crônica não

transmissível de maior prevalência nas sociedades industrializadas, a ponto de

ser descrita como síndrome mundial. No Brasil, também autores como Lanes et

al. (2011) e Silva, Costa e Ribeiro (2008), tem demonstrado que a prevalência

de obesidade tem crescido, principalmente em áreas mais desenvolvidas.

De acordo com Santos et al. (2005) o tratamento da obesidade em

idade adulta tem alcançado muito pouco êxito, o que sugere que a melhor

forma de combater a obesidade é prevenindo. Tal afirmativa ganha força

levando-se em consideração que o percentual de crianças e adolescentes com

sobrepeso e obesidade tem crescido, com repercussão na saúde e qualidade

de vida (FAGUNDES, 2008). Santos et al.(2005) ainda relata que a Escola é

uma oportunidade valiosa para desenvolver estratégias de prevenção.

De acordo com Paraná (2008, p. 72) “[...] a Educação Física tem a

função social de contribuir para que os alunos se tornem capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e

refletir criticamente sobre as práticas corporais”, e é responsabilidade do

professor da disciplina organizar e sistematizar o conhecimento sobre tais

práticas. Paraná ainda cita como um dos elementos articuladores a Cultura

Corporal e Saúde, e coloca como aspectos constitutivos a serem discutidos a

nutrição e os aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal. As Diretrizes

relata que:

[...] cuidados com a saúde não podem ser atribuídas tão somente a uma responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos (PARANÁ, 2008 p. 56).

Percebe-se que a função do educador físico na escola, vai além de

realizar avaliações antropométricas, mas tratar os dados coletados e levar

conhecimentos dos diversos fatores que influenciam ou podem influenciar

esses resultados. Porém, com base na minha experiência ao longo de 12 anos

de docência, tem se observado que muito pouco, ou quase nada tem sido

trabalhado com os alunos do Colégio Estadual Lúcia Alves de Oliveira

Schoffen, no que diz respeito às questões da Cultura Corporal e Saúde, muito

menos sobre o tema Obesidade, e os fatores que tem contribuído para o

crescimento desta epidemia mundial, como relata Nahas (1999).

A partir de tais informações, e dos índices de obesidade do

Estabelecimento, se nota a necessidade de realizar um projeto que oportunize

aos alunos do Colégio Estadual Lúcia Alves de Oliveira Schoffen - Ensino

Fundamental, a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos, que possam

colaborar nas suas decisões diárias de alimentação e práticas de atividades

físicas, auxiliando na prevenção e/ou tratamento da obesidade, bem como

oportunizar a estes alunos, a possibilidade de transmitir os conhecimentos

adquiridos a familiares e amigos.

Neste sentido, o objetivo deste projeto visa proporcionar aos alunos

ações teóricas e práticas que contribuam na adoção de hábitos saudáveis de

alimentação e atividade física, e que essas ações positivas consequentemente

afastem o risco do sobrepeso e/ou obesidade.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Nahas (1999) o corpo humano pode ser descrito como

resultado de 4 componentes: ossos, músculos, órgãos internos e gordura.

Guedes (1994) fraciona o peso corporal em massa magra e gordura corporal.

Sendo massa magra os músculos, ossos, pele, órgãos, e demais tecidos não

gordurosos. Ainda de acordo com Guedes (1994), a disposição de gordura é

resultante das células adiposas, existentes em dois depósitos do corpo

humano. O primeiro é a gordura corporal essencial que é armazenada

internamente nos principais órgãos, músculos, sistema nervoso central, entre

outros tecidos, sendo indispensável ao funcionamento fisiológico satisfatório. O

segundo é a gordura corporal de reserva, que é estocada no tecido adiposo e

que desempenha o principal papel no desenvolvimento do emagrecimento e

obesidade. Nahas (1999) ainda cita que embora a gordura corporal

desempenhe importantes funções no corpo humano, quando em excesso pode

causar diversos distúrbios de saúde, além de padrões estéticos indesejáveis na

sociedade atual.

Segundo Nahas (1999, p.5) “[...] a obesidade se caracteriza pelo

acúmulo excessivo de gordura em nosso corpo, não necessariamente peso

corporal [...]”. Para Marra e Marques apud Araujo, Brito e Silva (2010) a

obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura no tecido adiposo,

regionalizado ou em todo o corpo, desencadeado por uma série de fatores.

Fagundes et al. (2008) define a obesidade como uma doença crônica

caracterizada pelo acúmulo excessivo de energia, distribuído pelo corpo e pode

provocar prejuízos a saúde, por facilitar o desenvolvimento ou agravamento de

doenças associadas. Deve-se deixar claro que obesidade é diferente de

sobrepeso, sendo que este é “tido como aumento excessivo do peso corporal

total” (GUEDES & GUEDES, 1998, p.12), e de acordo com Fagundes et al.

(2008) para este ser estabelecido, leva-se em consideração sexo, altura e

idade, de acordo com padrões populacionais de crescimento.

Nos últimos anos autores tem relatado um aumento relativamente

grande na prevalência da obesidade em todo o mundo. De acordo com a World

Health Organization – WHO (1998) a obesidade é hoje uma epidemia de

proporções mundiais. De acordo com Nahas (1999), o excesso de gordura

corporal é mais do que uma questão estética, é uma questão de saúde pública.

De acordo com Nammi et al. apud Santos (2005, p.1), “a obesidade é a doença

crônica não transmissível de maior prevalência nas sociedades

industrializadas, a ponto de ser descrita como nova síndrome mundial”. De

acordo com a OMS (2013) estima-se que mais de 1 bilhão da população adulta

tem excesso de peso, e destes 300 milhões são obesos. No Brasil, dados do

Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, apresentados por Guedes e

Guedes (1998) apontam índices de 32% da população adulta com algum tipo

de sobrepeso. De acordo com Cruz, Santos e Alberto (2007) a obesidade é

considerada atualmente como um problema de saúde pública tanto na

população jovem como na adulta. E salienta ainda que ela constitui um dos

problemas mais sérios tanto nos países ricos, como nos emergentes.

Outro aspecto importante a ser relatado no que se refere à obesidade é

o número cada vez maior de jovens, adolescentes e crianças obesas.

Fagundes et al. (2008) aponta o aumento do sobrepeso em crianças, em

diversas partes do mundo, com repercussão na saúde e na qualidade de vida.

Balaban, Silva e Motta (2001) relata que nos últimos anos tem-se observado

aumento progressivo na prevalência da obesidade infantil. Já Silva, Costa e

Ribeiro (2008), relata a obesidade como um grande problema da sociedade

moderna e globalizada, atingindo elevadas proporções na população infantil.

Os estudiosos ainda citam que a obesidade infantil é considerada um forte

indicativo de permanência na fase adulta. De acordo com Escrivão e Lopes

(1998) quanto maior o tempo de permanência de obesidade na infância, maior

os riscos do indivíduo se tornar um adulto obeso. Cruz, Santos e Alberto (2007)

relaciona esta situação ao número de adipócitos, que uma vez estabelecido,

não diminui.

De acordo com Guedes e Guedes (1998) a obesidade humana é

resultado da identificação de 5 subgrupos ou critérios: (1) causas etiológicas;

(2) quantidade de gordura em excesso; (3) características anatômicas do tecido

adiposo; (4) distribuição regional da gordura corporal; e (5) época de início da

obesidade.

Classificação Etiológica: obesidade exógena ou endógena. De

acordo com Guedes e Guedes (1998, p.15) a obesidade exógena

“reflete excesso de gordura corporal decorrente do equilíbrio

energético positivo entre ingestão e demanda energética”. Sendo

assim, está ligada a ingestão de alimentos e a realização de

atividades físicas. E a obesidade endógena, com causas hormonais.

Cruz, Santos e Alberto (2007) classificam a obesidade neste critério

em: (a) neuroendócrina (problemas em glândulas hormonais), (b)

Iatrogênica (causada por drogas medicamentosas ou lesões

hipotalâmicas), (c) Desequilíbrios nutricionais, (d) Inatividade física e

(e) genética. De acordo com Rodrigues (1998) 95% dos casos de

obesidade são do tipo exógena.

Classificação segundo a quantidade de gordura: Segundo Niddk

apud Guedes e Guedes (1998) a obesidade classifica-se em leve,

moderada, elevada e mórbida (quadro abaixo). De acordo com a

OMS (1997) levando-se em consideração o IMC pode-se classificar o

indivíduo em sobrepeso, obesidade I, obesidade II e obesidade III.

Tabela – Classificação da obesidade baseada na quantidade de gordura

relativa ao peso corporal e no índice de massa corporal (IMC)

GORDURA RELATIVA (%) IMC

Mulheres Homens Ambos

Leve 25 – 30 15 – 20 <27

Moderada 30 – 35 20 – 25 27 – 30

Elevada 35 – 40 25 – 30 30 – 45

Mórbida >40 >30 >45

Fonte: NIDDK apud GUEDES & GUEDES, 1998

Classificação anatômica. Para o autor a obesidade também pode ser

hiperplásica ou hipertrófica. Ela é hiperplásica quando o número de

células adiposas é anormalmente acentuado, e hipertrófica quando o

tamanho das células é anormalmente acentuado. Para Silva, Costa e

Ribeiro (2008) obesidade hiperplásica se manifesta na infância e

dificulta a perda de peso, já a hipertrófica se manifesta ao longo de

qualquer fase da vida.

Classificação segundo a distribuição regional da gordura corporal.

Para Guedes e Guedes (1998, p.16), “a localização da gordura

corporal nas diferentes regiões anatômicas do corpo distingue a

obesidade de acordo com os tipos ginóide e androide”. Obesidade

ginóide é também chamada de obesidade periférica, e característica

de mulheres, enquanto a androide é característica de homens, e

localizada na região central do corpo.

Classificação segundo a época de início. Segundo o autor, a

obesidade é caracterizada como progressiva quando tem início em

idades precoces, com aumento gradual até o estágio adulto. De

acordo com Brown apud Guedes e Guedes (1998), os períodos

críticos de surgimento da obesidade progressiva são os 12 primeiros

meses, na fase pré escolar (5 a 7 anos) e na puberdade

(adolescência). Egger & Swinburn apud Nahas (1999), classifica os

períodos críticos em hormonal (adolescência, gravidez e

menopausa), stress e ansiedade (exemplos: morte de parente ou

separação), mudanças no estilo de vida (exemplos: aposentadoria e

casamento) e fisiológica (exemplo: parar de fumar). Coutinho (1998)

cita a infância a partir de um ano de idade, e a idade adulta, sendo a

gestação nas mulheres e a mudança no estilo de vida, como o

casamento, nos homens. Soares e Petroski (2003) cita 3 períodos

críticos de surgimento da obesidade, sendo o último trimestre de

gravidez, o primeiro ano de vida e o surto de crescimento na

adolescência.

Apesar de se saber que o acúmulo de gordura se dá pelo balanço energético positivo: mais energia ingerida (in) do que gasta (out), existe um conjunto de motivos individuais – fisiológicos, psicológicos, hormonais, sociais e ambientais para alguém se tornar obeso. Hábitos alimentares impróprios (como refeições pesadas a noite) e a variação sazonal do estado psicológico (maior incidência de depressão no inverno) são exemplos desses fatores (NAHAS, 1999, p. 27).

De acordo com Guedes e Guedes (1998), após as variações biológicas

do corpo humano, tais como: maturação sexual, a modulação da gordura

corporal se dá pelo equilíbrio energético, através do coeficiente formado pelas

variáveis consumo e gasto calórico. Sendo que vários fatores podem contribuir

na equação energética, sendo de ordem genética (permanente), ou ambiental,

modulada pelas variáveis alimentação e atividade física, e resultantes de

aspectos socioeconômicos, culturais e comportamentais. Os autores salientam

que o ponto preponderante entre os determinantes ambientais se dá pela

“maior ingestão calórica por intermédio da dieta estabelecida e a menor

demanda energética proveniente das atividades físicas do cotidiano”. Sendo

assim fica claro que os grandes moduladores da demanda energética, e

consequentemente da obesidade são a alimentação e o exercício físico.

Guedes e Guedes (1998) cita que os estudos apresentados pela

literatura demonstram que os níveis de prática de atividade física diária são

inversamente proporcionais ao maior acúmulo de gordura e de peso corporal. E

para eles na equação de equilíbrio energético positivo, a falta de atividade

física tem participação mais efetiva que a maior ingestão calórica. Cada vez

mais fica claro que a falta de atividade física contribui decisivamente no maior

acúmulo de gordura corporal. Para Araújo, Brito e Silva (2010), está bem

documentado que uma vida sedentária exerce influência no desenvolvimento

da obesidade em todas as idades, e que a inatividade física contínua é fator de

risco para a obesidade na vida adulta. Estudos recentes confirmam que o

sedentarismo tornou-se um dos maiores vilões da gênese da obesidade na

infância e adolescência (SILVA, COSTA & RIBEIRO, 2008). Cruz, Santos e

Alberto (2007) também ressaltam a inatividade como causa importante da

obesidade, sobressaindo-se inclusive a alimentação. Os mesmos autores

destacam o desenvolvimento tecnológico como contribuinte para o crescimento

do sedentarismo, sobretudo na população jovem. Rodrigues (1998) coloca a

televisão como um dos maiores aliados da obesidade, na medida que, ela

contribui decisivamente na diminuição da atividade física diária da população.

Nota-se desta forma que a obesidade aumenta a medida que diminui o gasto

energético proveniente das atividades físicas diárias, influenciado pelos

avanços tecnológicos. Isto fica evidenciado por Guedes e Guedes (1998 p.35)

que diz:

[...] as marcantes modificações impostas pela sociedade moderna sobre o estilo de vida das pessoas têm provocado redução substancial na demanda energética, o que justifica a elevada proporção de indivíduos com sobrepeso e obesidade.

O outro fator preponderante no aumento da prevalência da obesidade é

a dieta alimentar. Para Nahas (1999) o controle na ingestão de alimentos é

fator decisivo para a manutenção do balanço energético e do peso corporal em

níveis saudáveis, no entanto, por diferentes razões as pessoas comem muito

mais que o suficiente para sobreviver. Nahas ainda cita fatores psicológicos e

de ordem social como influenciadores deste problema. Além da questão da

modificação dos hábitos alimentares de adultos, proporcionando um aumento

do consumo calórico, verifica-se que a proporção de nutrientes da dieta

também tem sofrido alterações significativas, destacando-se a substituição de

alimentos naturais, pelos industrializados (GUEDES & GUEDES,1998). Silva,

Costa e Ribeiro (2008) ressalta que no Brasil o padrão alimentar também

sofreu alterações, apresentando aumento no consumo de alimentos

industrializados, em substituições as comidas caseiras. Monteiro et al. (1995)

relata que as mudanças no padrão alimentar decorre de mudanças sociais,

econômicas e influência da mídia. As mudanças nos hábitos alimentares da

população devido aos diversos fatores são notadas também na população

jovem. Viuniski (apud CRUZ, SANTOS E ALBERTO, 2007) destaca alguns

fatores identificados entre adolescentes: (1) Bombardeio de propagandas de

guloseimas, associado ao mal hábito de se alimentar em frente a televisão; (2)

Uso inadequado de alimentos. Os jovens muitas vezes comem devido a

aparência e sabor dos alimentos, nem levando a fome em consideração; (3)

comer a noite, entre outros.

Levando-se em consideração alguns princípios, tais como: a obesidade

cresce na população adulta e na jovem (GIUGLIANO & CARNEIRO, 2004),

obesidade infantil é considerada um forte indicativo de obesidade adulta

(SILVA, COSTA & RIBEIRO, 2008), o excesso de gordura corporal é um grave

distúrbio de saúde que reduz a expectativa de vida e ameaça sua qualidade de

vida (GUEDES & GUEDES, 1998) e que o controle da obesidade em adultos é

pouco eficaz (FAGUNDES et al. 2008), faz se necessário o desenvolvimento de

ações preventivas que contribua na diminuição da prevalência da obesidade.

Com relação a isto Snyder (apud NAHAS, 1999) afirma que prevenir a

obesidade é muito importante, por que trata-la é muito difícil.

Partindo da premissa que a prevenção é a solução diversos autores

tem realizado abordagens. Para Nahas (1999) uma boa alimentação

representa uma das melhores maneiras de prevenir doenças como a

obesidade. Fagundes et al. (2008) cita as modificações de comportamento e de

hábitos de vida (alimentação e atividade física) como os pilares para o

tratamento e/ou prevenção da obesidade. Para Santos et al. (2005) a

dificuldade de sucesso no tratamento da obesidade no adulto, sugere a

necessidade de implementação de medidas de prevenção, e ainda de

incorporação de estilo de vida saudável, de maneira gradual e duradoura.

Baseado em todos os princípios e aspectos abordados, nota-se que a

Escola é o local ideal para a realização de programa de prevenção da

obesidade, e a Educação Física, é o canal ideal para implementação deste

programa, levando-se em consideração o que diz Paraná (2008, p. 72):

[...] a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

Para Santos et al. (2005) a educação nutricional é decisiva no controle

da obesidade, e a Escola é oportunidade valiosa para o desenvolvimento de

estratégias, na forma de programas educativos. Para Santos é preciso habilitar

o aluno a intervir na própria realidade por meio de abordagens educativas,

técnicas e estratégias facilitadoras, sugerindo ainda a implantação de

Programa de Prevenção da Obesidade. Trabalhos citam que é possível realizar

estudos epidemiológicos na escola, e a Educação Física é a disciplina que

reúne as melhores condições para se avaliar o estado nutricional dos escolares

e propor estratégias de intervenção. A escola é ainda o melhor espaço para se

educar em massa, desde que a equipe esteja bem preparada. Sendo assim, na

escola, a Educação Física tem uma importante missão, agindo de maneira

profilática no combate da obesidade (ARAUJO, BRITO & SILVA, 2010). Vale

aqui ressaltar uma afirmação de Guedes e Guedes (1997, p.54):

Embora a educação física escolar não tenha como único objetivo oferecer uma formação educacional direcionada à promoção da saúde, o fato dos escolares terem acesso a um universo de informações e experiências que venham a permitir a independência quanto à prática da atividade física ao longo de toda a vida, se caracteriza como importante consequência da qualidade e do sucesso de seus programas de ensino.

Neste contexto, cabe a Educação Física levar os alunos a assumirem

atitudes positivas (GUEDES & GUEDES, 1997), não sendo simplesmente

suficiente a informação para a mudança de comportamento, mas a utilização

de estratégias que ampliem os fatores facilitadores e reduzam a barreira,

visando a prevenção da obesidade (NAHAS, 1999).

MATERIAL DIDÁTICO

A produção didática a ser desenvolvida durante as aulas de Educação

Física no Ensino Fundamental do Colégio Estadual Lúcia Alves de Oliveira

Schoffen como parte do programa de metas estipuladas pelo PDE (Programa

de Desenvolvimento Educacional) da Secretaria de Estado da Educação do

Estado do Paraná (SEED) – Turma 2013 trata-se, de uma Unidade Didática

destinada a alunos do Ensino Fundamental e que tem por objetivo: Oportunizar

aos alunos do CELAOS informações sobre obesidade, oferecendo

conhecimentos necessários para conscientização, prevenção e combate da

obesidade.

Dessa forma, compreendo ser necessário possibilitar atividades que possam:

- Ampliar o conhecimento relacionado a saúde, obesidade, alimentação

e atividade física;

- Diagnosticar e Identificar por meio de avaliações antropométricas e

questionários específicos o perfil nutricional dos educandos;

- Estimular a prática da atividade física diária e a aquisição de hábitos

alimentares saudáveis;

- Identificar os hábitos diários dos alunos;

- Oportunizar condições que permitam aos alunos o conhecimento

necessário para mudanças comportamentais, referente a atividade física e a

alimentação, refletindo em melhor níveis de saúde e qualidade de vida;

Para que os objetivos sejam alcançados, a Unidade Didática será

desenvolvida e realizada num período aproximado de 1 (um) semestre letivo,

num total de 32 horas, tendo início em fevereiro de 2014. A mesma será

desenvolvida em módulos que se articulam conforme o quadro e descrição de

atividades abaixo:

DESCRIÇÕES DAS ETAPAS E HORA/AULA (Total: 32 horas/aulas)

MÓDULO QTDE. AULAS

ATIVIDADE OBJETIVOS

2 Apresentação Apresentar o Projeto de Intervenção Pedagógica a Comunidade Escolar

1.

COLETA DE DADOS

1 Anamnese Diagnosticar e identificar informações sobre os hábitos alimentares e de atividade física dos alunos;

2 Antropometria Diagnosticar e identificar informações antropométricas dos alunos;

2.

CONHECENDO E

COMBATENDO A OBESIDADE

1 Aula Expositiva: Noções de Saúde

Ampliar o conhecimento relacionado à saúde;

2 Aula Expositiva: Obesidade

Ampliar o conhecimento relacionado à obesidade;

2 Aula Expositiva: Alimentação Saudável

Ampliar o conhecimento relacionado à alimentação; Estimular a aquisição de hábitos alimentares saudáveis;

3.

ATIVIDADE FÍSICA

2 Aula Expositiva: Atividade Física

Ampliar o conhecimento relacionado à atividade física; Estimular a prática da atividade física;

2 Aula Prática: Vamos mexer!

Ampliar o conhecimento relacionado à atividade física; Estimular a prática da atividade física;

2 Aula Prática: Descobrindo a malhação

Ampliar o conhecimento relacionado à atividade física; Estimular a prática da atividade física;

4.

TRABALHO DIRECIONADO

2 Pesquisa Direcionada Ampliar o conhecimento relacionado a saúde, obesidade, alimentação e atividade física; Oportunizar os alunos a socialização do conhecimento adquirido;

2 Leitura e Discussão Ampliar o conhecimento relacionado a saúde, obesidade, alimentação e atividade física; Oportunizar os alunos a socialização do conhecimento adquirido;

2 Seminário Avançado Ampliar o conhecimento relacionado a saúde, obesidade, alimentação e atividade física; Oportunizar os alunos a socialização do conhecimento adquirido;

2 Produção de Material Ampliar o conhecimento relacionado a saúde, obesidade, alimentação e atividade física; Oportunizar os alunos a socialização do conhecimento adquirido;

6 Mostra de Trabalhos Ampliar o conhecimento relacionado a saúde, obesidade, alimentação e atividade física; Oportunizar os alunos a socialização do conhecimento adquirido;

5.

CONCLUSÃO

1 Aula Expositiva: Apresentação dos Resultados

Oportunizar aos alunos os resultados obtidos nas avaliações realizadas através de dados estatísticos;

1 Aplicação de Questionário Avaliativo

Diagnosticar quais as possíveis mudanças cognitivas e comportamentais referente ao conteúdo abordado

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

MÓDULO 1: Coleta De Dados

Nesta unidade pretende-se coletar informações pessoais dos alunos, por

meio de questionário, avaliação antropométrica e por meio de registros diário

de atividade física e de alimentação, tendo em vista a necessidade de verificar

previamente o conhecimento do aluno sobre o tema a ser abordado durante a

Implementação do Projeto, bem como de extrair informações suficientes para

ao longo de todo o trabalho, utilizar os próprios dados coletados como

referência, possibilitando que o projeto esteja sendo executado o mais próximo

da possível da realidade. Vale salientar que informações relacionadas aos

aspectos antropométricos, nutricionais e de hábitos de atividade física

constituem importantes indicadores sobre os níveis de saúde dos alunos.

Atividade 1 : Anamnese

Esta atividade é composta pela aplicação de questionário misto

contendo 26 questões (mistas), orientada por Hill e Hill (2002), dividido em 3

blocos, com o objetivo de verificar o conhecimento dos alunos sobre o tema

proposto, e identificar os hábitos alimentares e de atividade física dos alunos.

O questionário foi elaborado baseado nos objetivos do projeto, sendo

que as questões elaboradas, utilizou-se dos referenciais teóricos consultados

na construção do Projeto de Pesquisa. Utilizou-se ainda de parte do

Questionário de Ardenghe & Teixeira (2011).

Atividade 2 – Antropometria

Esta atividade será composta por 2 etapas: Inicialmente serão coletados

a altura, peso, circunferência da cintura e do quadril de todos os alunos. Na

sequência, os alunos irão calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e a

Relação Cintura Quadril (RCQ).

O IMC é calculado pela fórmula: Peso (Kg) /Estatura (m) ²

Exemplo:

Um sujeito que apresenta o Peso de 78 kg e altura de 1,70 m.

IMC = 78/1,70²

IMC = 78/2,89

IMC = 26,98 Kg/m²

Os valores serão confrontados individualmente por cada aluno de acordo

com a tabela abaixo:

Tabela de Sobrepeso/Obesidade a partir do IMC

Idade (anos) SOBREPESO OBESIDADE

Masculino Feminino Masculino Feminino

11 20,6 20,7 25,1 25,4

11.5 20,9 21,2 25,6 26,1

12 21,2 21,7 26,0 26,7

12.5 21,6 22,1 26,4 27,2

13 21,9 22,6 26,8 27,8

13.5 22,3 23 27,2 28,2

14 22,6 23,3 27,6 28,6

14.5 23 23,7 28,0 28,9

15 23,3 23,9 28,3 29,1

Fonte de referência: Dietz e col. (2000) apud Viuniski (2001)

A RCQ é calculada pela fórmula: Circunferência da Cintura (cm) /

Circunferência do Quadril (cm)

Exemplo: Um sujeito que apresenta circunferência da Cintura de 70 cm e

circunferência do quadril de 90 cm.

RCQ = 70/90

RCQ = 0,77

Os valores serão confrontados individualmente por cada aluno de acordo

com a tabela abaixo:

Tabela de Risco a partir da Relação Cintura-Quadril

BAIXO RISCO MODERADO ALTO RISCO

Meninos 0,73 0,80 0,85

Meninas 0,65 0,72 0,77 Fonte: Canadian Standardized Test of Fitness (CSFT), 1986

O objetivo desta aula é que os alunos conheçam os seus valores de IMC

e RCQ para que possam verificar, se os índices se encontram dentro dos

referenciais propostos para níveis satisfatórios de saúde. Também pretende-se

com os resultados obtidos estabelecer o padrão da turma, e confronta-lo os

referenciais populacionais.

MÓDULO 2 – CONHECENDO E COMBATENDO A OBESIDADE

Atividade 1 – Aula expositiva: Noções de saúde

Esta atividade será realizado no formato expositivo, e tem o objetivo

levar os alunos a conhecerem e refletirem sobre os conceitos de saúde e

aspectos relacionados diretamente a educação física, tais como fatores de

risco coronariano. Para tanto utilizar-se a de slides com conceitos, imagens e

curiosidades. Também utilizar-se-á de vídeos extraídos da internet abordando

o tema proposto.

Atividade 2 – Aula expositiva: Obesidade

Esta atividade será realizado no formato expositivo, e tem o objetivo de

possibilitar os alunos a conhecerem e refletirem sobre a obesidade, destacando

conceitos, causas e consequências. A aula terá como objetivo também

apresentar a evolução histórica dos índices de obesidade, destacando a

relação direta com a evolução tecnológica, e consequentemente do aumento

nos índices de obesidade em jovens.

Utilizar-se-á de slides com conceitos, causas, consequências, dados

estatísticos e imagens abordando o fenômeno obesidade. Também será

apresentado vídeos extraídos da internet com o objetivo de ampliar as

informações transmitidas aos alunos. Durante aula será aberto momentos de

discussão, favorecendo a reflexão dos alunos a cerca do tema proposto.

Atividade 3 – Aula expositiva: Alimentação Saudável

Esta atividade será realizado no formato expositivo, e tem o objetivo de

oportunizar os alunos a conhecerem e refletirem sobre a importância de hábitos

saudáveis de alimentação, sobre as mudanças dos hábitos alimentares ao

longo do tempo, bem como sobre a propagação da cultura do “fast-food” e a

sua relação direta com problemas de saúde, em especial com a obesidade.

Será apresentado também informações para uma alimentação saudável, que

podem proporcionar uma melhor qualidade de vida para os alunos.

Utilizar-se-á de slides com conceitos, imagens, curiosidades sobre

hábitos alimentares. Será utilizado também como recurso didático a

apresentação de vídeos extraídos da internet. Durante as aulas serão abertos

momentos de discussão, favorecendo a reflexão dos alunos a cerca do tema

proposto, e a sua relação com a obesidade. Ao final das aulas os alunos

deverão elaborar um cardápio ideal para um dia, baseado nas informações

apresentadas.

Sugestão de vídeo 1: Super Size Me – A dieta do palhaço

https://www.youtube.com/watch?v=XiaET24DwaU

Sugestão de vídeo 1: Muito além do peso

https://www.youtube.com/watch?v=TsQDBSfgE6k

MÓDULO 3 – ATIVIDADE FÍSICA

Atividade 1 – Aula Expositiva

Esta atividade será realizado no formato expositivo, e tem o objetivo de

apresentar aos alunos os tipos de atividade física, demandas energéticas, tipos

de exercícios físicos, a relação direta com índices de saúde, e com níveis de

gordura. Também serão apresentados modelos de planificação de exercícios

físicos, benefícios e informações sobre frequência, duração e intensidade da

atividade física. Paralelamente a isto será apresentado informações a respeito

do sedentarismo, como conceito e consequências da inatividade. Para tanto,

utilizar-se-á de textos, slides, imagens e vídeos abordando o tema proposto.

Atividade 2 – Vamos mexer!

Esta aula será realizada em ambientes externo a escola (pista de

atletismo, piscinas, academia ao ar livre), por meio de atividades práticas com

o objetivo de apresentar aos alunos a vivência do conteúdo abordado na aula

expositiva. A proposta desta aula é oferecer aos alunos a oportunidade de

realizar alguns tipos de atividade, entre elas caminhada, corrida, ciclismo,

natação e ginástica funcional, de forma orientada e monitorada. Durante a aula

será aberto momentos para relacionar as atividades realizadas com o conteúdo

teórico abordado na aula anterior.

Atividade 3 – Vamos malhar! (Visita a academia)

Esta aula será realizada em ambientes externo a escola (academia de

musculação), por meio de atividades práticas com o objetivo de apresentar aos

alunos a vivência do conteúdo abordado na aula expositiva. A proposta desta

aula é oferecer aos alunos a oportunidade prática de realizar atividades físicas

em uma academia de musculação de forma orientada e monitorada. Durante a

aula será aberto momentos para relacionar as atividades realizadas com o

conteúdo teórico abordado na aula teórico.

MÓDULO 4 – TRABALHO DIRECIONADO

ATIVIDADE 1 – Laboratório De Informática: Pesquisa Direcionada

O objetivo desta aula é oportunizar aos alunos no laboratório de

informática a possibilidade de realizarem pesquisa na internet de páginas,

textos, imagens e vídeos relacionados ao tema obesidade, que possam

subsidiar a produção de material para a mostra de trabalhos, de forma

direcionada e supervisionada.

Ao final da aula será aberto momento de discussão para que os alunos

possam apresentar informações coletadas na pesquisa.

ATIVIDADE 2 – Leitura E Discussão De Textos

Esta atividade será realizada com o objetivo de apresentar aos alunos

diversos textos extraídos de revistas, jornais, internet e outros meios de

comunicação para os mesmos realizarem leitura e discussão em grupos. Estes

textos irão subsidiar a produção de material para a Mostra de Trabalho e de

material para apresentação para os demais colegas em um momento posterior

denominado Seminário Avançado.

ATIVIDADE 3 – Seminário Avançado

Esta atividade será realizada no formato de seminário temático, onde os

alunos divididos em grupos irão apresentar o conteúdo selecionado aos demais

colegas de turma, podendo escolher quais recursos didáticos serão utilizados.

O objetivo desta aula é proporcionar aos alunos momento de socialização do

conhecimento.

Após cada apresentação será aberto momento para discussão do

conteúdo exposto, bem como para troca de experiências, para sanar dúvidas, e

demais abordagens referente ao conteúdo apresentado.

ATIVIDADE 4 – Produção De Material

O objetivo desta aula é proporcionar aos alunos a oportunidade de

preparar material textual, visual e oral para apresentação a ser realizada as

demais turmas no formato de Mostra de Trabalho. Neste momento, os alunos

serão auxiliados para que o material seja fidedigno a realidade, e condizente

com o tema proposto.

ATIVIDADE 5 – Mostra De Trabalho

Esta atividade será realizada no Pátio Escolar com o objetivo de

proporcionar aos alunos a oportunidade de socialização dos o conteúdo

trabalhados e do conhecimento adquirido com todo o Estabelecimento, por

meio do incentivo à produção de trabalhos no formato de apresentação oral,

textual ou visual.

MÓDULO 5 – CONCLUSÃO

ATIVIDADE 1 – Apresentação Dos Resultados

Esta atividade será realizado no formato expositivo, e tem o objetivo de

apresentar aos alunos os resultados da coleta de dados da turma (questionário

e antropometria), por meio de gráficos e tabelas. Os resultados obtidos e

apresentados também serão relacionados com valores ideais ou padrões,

oferecendo aos alunos informações sobre a relação dos valores e do tema

abordado.

ATIVIDADE 2 – Questionário Avaliativo

Esta atividade é composta pela aplicação de questionário com 8

questões fechadas e abertas, com o objetivo de verificar informações

relacionadas a apropriação de conhecimento dos alunos sobre o tema

proposto.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O estudo será realizado na forma de aulas sistematizadas sendo que

após a apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica a comunidade

escolar, os alunos serão submetidos a um processo de avaliação inicial por

meio de aplicação de questionário (anamnese) afim de conhecer os hábitos

nutricionais e de atividade física dos alunos, e avaliações antropométricas

visando a obtenção dos valores de peso, altura, e índices de IMC e RCQ para

comparação com níveis ideais apresentados pela literatura cientifica e

estabelecimentos dos . Após o processo de coleta de dados os alunos serão

submetidos a atividades teóricas e práticas visando o enriquecimento do

conhecimento sobre obesidade, e todos aspectos que se relacionam com o

tema, em especial sobre os fatores atividade física e alimentação que são os

dois principais moduladores dos índices de gordura corporal.

Após o período de aulas teóricas e práticas iniciará o 3º momento do

projeto, onde os alunos serão direcionados a pesquisarem sobre o tema, e

desenvolverem trabalhos supervisionados objetivando socializarem os

conteúdos estudos e o conhecimento adquirido com os demais colegas da

turma, e com a comunidade escolar.

Finalizando o trabalho serão apresentados os resultados obtidos nas

avaliações iniciais e aplicado um novo questionário com o intuito de verificar os

resultados obtidos com o desenvolvimento do Projeto de Intervenção.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, R.A.; BRITO, A.A. ; SILVA, F.M. O Papel da Educação Física

Escolar diante da epidemia da obesidade em crianças e adolescentes.

Educação Física em Revista. v. 4, n. 2, 2010. Disponível em:

<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/efr/article/viewFile/1651/1159>. Acesso

em: 23 fev 2013.

ARDENGHE, R.M.; TEIXEIRA, R. T. S. . O professor PDE e os desafios da

escola pública paranaense , 2007. A Educação Física na adoção de um

estilo de vida saudável. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência

da Educação. Programa de Desenvolvimento Educacional. Curitiba : SEED –

Pr., 2011. – (Cadernos PDE). Disponível em:

<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo

_roseli_maria_ardenghe.pdf>. Acesso em 05/08/2013.

BALABAN, G.; SILVA, G.A.P. ; MOTTA, M.E.F.A. Prevalência de sobrepeso e

obesidade em escolares de diferentes classes socioeconômicas em

Recife, PE. Pediatria (São Paulo), v. 23, n. 4, p. 285 - 289 , 2001 Disponível

em: < http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/537.pdf>. Acesso em: 23 fev

2013.

CSFT. CANADIAN STANDARDIZED TEST OF FITNESS. Operations Manual,

1986.

COUTINHO, W. et al. Consenso Latino Americano sobre Obesidade, 1998

Disponível em: <http://www.abeso.org.br/pdf/consenso.pdf.. Acesso em: 01 abr

2013.

CRUZ, E.C.; SANTOS, S.P. ; ALBERTO, V. A contribuição da educação

física escolar na prevenção terapêutica da obesidade. Monografia. UNIR.

Ji-Paraná, 2007.

ESCRIVÃO, M. A. M. S.; LOPEZ, F. A. Obesidade: conceito, etiologia e

fisiopatologia. In: NUNES, M. A. A.; APPOLINÁRIO, J. C. (Org.). Distúrbios de

nutrição. Rio de Janeiro: Revinter, 1998.

FAGUNDES, A.L.N. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em

escolares da região de Parelheiros do município de São Paulo. Revista

Paulista de Pediatria, v. 26, n. 3, p.212 – 217, 2008 Disponível em:

<http://www.spsp.org.br/spsp_2008/revista/v26n3-3.pdf>. Acesso em: 23 fev

2013.

GIUGLIANO,R. ; CARNEIRO, E.C. Fatores associados à obesidade em

escolares. Jornal de Pediatria, V. 80, n. 1, p. 17 – 22, 2004. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a05.pdf > Acesso em: 23 fev

2013.GUEDES, D.P. Composição Corporal: princípios, técnicas e aplicações.

2.ed. APEF, Londrina, 1994.

GUEDES, D.P. ; GUEDES. J.E.R.P. Características dos Programa de

Educação Física Escolar. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.

11, n. 1, p. 49 – 62, 1997.

GUEDES, D.P. ; GUEDES. J.E.R.P. Controle de Peso Corporal: composição

corporal, atividade física e nutrição. Midiograf, Londrina, 1998.

HILL, M. ; Hill, A. B. Investigação por Questionário., 2ed. Edições Sílabo.

Lisboa, 2002.

LANES, K.C. et al. Sobrepeso e obesidade: implicações e alternativas no

contexto escolar. Revista Ciências & Ideias. V. 3, n. 1, p. 1 – 18, 2010.

Disponível em:

<http://revistascientificas.ifrj.edu.br:8080/revista/index.php/revistacienciaseideia

s/article/view/77/sobrep>. Acesso em: 23 fev 2013.

MARCONI, M.A. ; LAKATO, E.M. Fundamentos de Metodologia Científica. 7

ed. Editora Atlas. São Paulo, 2010.

MONTEIRO, C.A. et al. Da desnutrição para a obesidade: a transição

nutricional do Brasil. In. Monteiro, C.A. Velhos e novos males na saúde no

Brasil: a evolução do país e de suas doenças, São Paulo. Hucitel,. p. 247 -

255, 1995.

NAHAS, M.V., Obesidade, Controle de Peso e Atividade Física. Midiograf,

Londrina, 1999.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – OMS. Obesidade e sobrepeso

(obesity and overweight), Ficha n. 311, atualizado em março/2013. Disponível

em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/> Acesso em: 15 abr

2013

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica: Educação Física, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Resultados do Monitoramento

Nutricional 2010/2011. Disponível em:

<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?c

onteudo=193>. Acesso em 02 mai 2013.

RODRIGUES, L.G. Obesidade Infantil: Associação do grau de adiposidade

com fatores de risco para doenças cardiovasculares. Dissertação de Mestrado.

Rio de Janeiro: pós graduação em Saúde da Criança/Instituto Fernandes

Figueira (IFF/FIO CRUZ), 1998.

SANTOS, C. S. et al. Ações educativas em nutrição para prevenção de

obesidade em escolares de Florianópolis-SC. EXTENSIO – Revista

Eletrônica de Extensão, n. 2, p. 1 – 19, 2005. Disponível em:

<http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/extensio/article/view/5136/4530>.

Acesso em: 23 fev 2013.

SILVA, Y.M.P.; COSTA, R.G. ; RIBEIRO, R.L. Obesidade Infantil: uma revisão

bibliográfica. Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v. 3, n. 1, p. 1 –

15, 2008. Disponível em:

<http://www.unigranrio.br/unidades_acad/ibc/sare/V03N01/galleries/downloads/

artigos/A03N01P01.pdf>. Acesso em: 23 fev 2013.

SOARES, L.D. ; PETROSKI, E.L. Prevalência, fatores etiológicos e

tratamento da obesidade infantil. Revista Brasileira de Cineantropometria &

Desempenho Humano, v. 5., n. 1, p. 63 – 74, 2003.

VIUNISKI, N. Pontos de Corte de IMC Para Sobrepeso e Obesidade em

Crianças e Adolescentes. Revista da ABESO Edição nº 3 - Ano II - Nº 03 -

Ago/2001. Disponível em:

<http://www.abeso.org.br/pagina/228/pontos+de+corte+de+imc+para+sobrepes

o+e+obesidade.shtml>. Acesso em: 01/08/2013.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesity: preventing and managing

the global epidemic. Report of a WHO consultation on obesity. Geneva, 1998.