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V Seminá ISSN 2177-0417 OS LIMITES DA 1 §. Num fragment crítica toda filosofia e po entrecruzam inúmeras que lugar filosófico que Friedr Alemão, ao mesmo tempo assim como a negação de s porquê de filosofia e poes investigação sobre a constru solução aos problemas do I A problemática em pode ser pensada, em Schl formação, em que a idéia homem completo, sendo ne por conta de um limite d procurando uma melhor tentaremos mostrar aqui, n experiência filosófica, e ne unidade num mundo onde a feito enquanto ambas estav unificá-las 144 . É este sentid onde se define a poesia ro 141 PhL, IV, 232, KA XVII 142 Como nota Claudio Cia um novo sistema filosófico, e sim a consequência disto para a filoso 143 Geschichte der europ Poetische der Philosophie, Bon raízes é a filosofia e o mais belo poesia permanece sem influência 144 Idéias, 108. Dialeto dos ário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 127 - PP A FILOSOFIA E A SUA ESTETIZAÇ FRIEDRICH SCHLEGEL Thiago das Mestrado – Universi São C dedallu to de 1798, Schlegel expõe a seguinte idéia: oesia terão de ser combinadas” 141 . Nest estões que nos permitem, em certa medida, rich Schlegel ocupa na constelação chamad o que nos aclara os motivos da crítica ao s sua participação nesta mesma constelação. A p sia, para a filosofia crítica, devam se comb ução de seu pensamento filosófico bem como Idealismo alemão. m torno da questão da aproximação entre fi legel, por duas vias: primeiro por conta de um a de unidade surge como necessidade para ecessário a união de todas as formas da cult da filosofia, o que levaria à uma aproxim forma de expressão do absoluto. Para não se trata de uma valorização da poesia em em mesmo o contrário, mas da busca por uma a cultura se encontra estilhaçada 143 . Para Schl vam separadas, já está acabado, é algo passad do que vem expresso no famoso fragmento 11 omântica como poesia universal progressiva I, p. 214. ncio, o que resta de Schlegel não é tanto uma elaboraç m a reflexão filosófica da condição de dilaceração do ofia. Friedrich Schlegel, crisi della filosofia e rivelaz päischer Literatur. KA XI, p. 10. Apud. Ansgar nn, 2000, p. 20. “Eles estão inseparavelmente ligados o fruto é a poesia. Poesia sem filosofia é vazia e super a e é barbarismo.” s Fragmentos, p. 158. Car PG-Fil - UFSCar ÇÃO EM s Chagas Santos idade Federal de Carlos (UFSCar) [email protected] “Para a filosofia te fragmento se , compreender o da de Idealismo seu pensamento, pergunta sobre o binar nos leva a o as tentativas de ilosofia e poesia m imperativo de a conquista do tura 142 ; segundo, mação da poesia Schlegel, como m detrimento da a harmonia, uma legel o que já foi do, deve-se agora 16 da Athenäum, a, sendo que seu ção e antecipação de homem moderno, e zione, p. 14. r Maria Hoff, Das s, uma árvore, cujas rficial, filosofia sem

OS LIMITES DA A FILOSOFIA E A SUA ESTETIZAÇ ÇÃO EM ...semppgfil/wp-content/uploads/2012/05/Thiago-das-Chagas... · A pergunta sobre o mbinar nos leva a mo as tentativas de filosofia

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V Seminá

ISSN 2177-0417

OS LIMITES DA

1 §. Num fragmento

crítica toda filosofia e po

entrecruzam inúmeras ques

lugar filosófico que Friedr

Alemão, ao mesmo tempo

assim como a negação de su

porquê de filosofia e poes

investigação sobre a constru

solução aos problemas do Id

A problemática em

pode ser pensada, em Schle

formação, em que a idéia

homem completo, sendo ne

por conta de um limite d

procurando uma melhor

tentaremos mostrar aqui, nã

experiência filosófica, e nem

unidade num mundo onde a

feito enquanto ambas estava

unificá-las144. É este sentido

onde se define a poesia rom

141 PhL, IV, 232, KA XVII,142 Como nota Claudio Cianum novo sistema filosófico, e sima consequência disto para a filoso143 Geschichte der europPoetische der Philosophie, Bonnraízes é a filosofia e o mais belo poesia permanece sem influência144 Idéias, 108. Dialeto dos

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC19 a 23 de outubro de 2009

- 127 - PP

A FILOSOFIA E A SUA ESTETIZAÇ

FRIEDRICH SCHLEGEL

Thiago das

Mestrado – Universid

São C

dedallu

nto de 1798, Schlegel expõe a seguinte idéia: “

poesia terão de ser combinadas” 141

. Nest

uestões que nos permitem, em certa medida,

edrich Schlegel ocupa na constelação chamad

po que nos aclara os motivos da crítica ao s

sua participação nesta mesma constelação. A p

esia, para a filosofia crítica, devam se comb

trução de seu pensamento filosófico bem como

Idealismo alemão.

m torno da questão da aproximação entre fil

hlegel, por duas vias: primeiro por conta de um

ia de unidade surge como necessidade para

necessário a união de todas as formas da cult

da filosofia, o que levaria à uma aproxim

r forma de expressão do absoluto. Para S

, não se trata de uma valorização da poesia em

nem mesmo o contrário, mas da busca por uma

e a cultura se encontra estilhaçada143. Para Schle

avam separadas, já está acabado, é algo passado

tido que vem expresso no famoso fragmento 11

romântica como poesia universal progressiva

II, p. 214. iancio, o que resta de Schlegel não é tanto uma elaboraçsim a reflexão filosófica da condição de dilaceração do osofia. Friedrich Schlegel, crisi della filosofia e rivelazopäischer Literatur. KA XI, p. 10. Apud. Ansgar onn, 2000, p. 20. “Eles estão inseparavelmente ligados,lo fruto é a poesia. Poesia sem filosofia é vazia e supercia e é barbarismo.” os Fragmentos, p. 158.

Car

PPG-Fil - UFSCar

ÇÃO EM

as Chagas Santos

rsidade Federal de

Carlos (UFSCar)

[email protected]

“Para a filosofia

este fragmento se

a, compreender o

ada de Idealismo

seu pensamento,

A pergunta sobre o

mbinar nos leva a

mo as tentativas de

filosofia e poesia

um imperativo de

ra a conquista do

ultura142; segundo,

imação da poesia

Schlegel, como

em detrimento da

ma harmonia, uma

hlegel o que já foi

ado, deve-se agora

116 da Athenäum,

va, sendo que seu

ação e antecipação de o homem moderno, e lazione, p. 14. ar Maria Hoff, Das os, uma árvore, cujas erficial, filosofia sem

V Seminá

ISSN 2177-0417

destino não é apenas reunir

la, a poesia, em contato com

Quer e ta

poesia-d

vida e a

todo inte

da reflex

como um

em devir

de mane

mais do

sentido,

Este fragmento, que

dá uma medida exata de co

abordada, assim como nos

primeiro romantismo (Früh

lugar catalisador, espaço d

tornando poéticas a vida

potenciação da reflexão, e l

e isto toma sentido quando

série de projetos, fragmento

Mas a unidade entre

como imperativo de uma

exigência filosófica, e uma

nos mostram uma aguda co

solucioná-los146

. Para Schl

decorre do Idealismo, e só

sobre a poesia veremos qu

Idealismo, assim como só s

no diálogo, Andréa, ao apr

lembra que “poesia e filos

145 Athenäum, 116, Op. cit146

Comentando uma destas

poderiam ser estudados pelo me

clássica alemã”, Novalis: o romp. 12. A passagem aludida por R

onde se lê: “O principal mérito d

da religião e então a interrompe

Crítica e História da Filosofia e

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 128 - PP

nir os gêneros que se encontram separados da p

com a filosofia e retórica:

e também deve ora mesclar, ora fundir poesia e prosa, ge

da-arte e poesia-de-natureza, tornar viva e sociável a p

a sociedade [...] E no entanto, é também a que mais po

nteresse real e ideal, no meio entre o exposto e aquele q

lexão poética, sempre de novo potenciando e multiplic

uma série infinita de espelhos. [...] O gênero poético ro

vir; sua verdadeira essência é mesmo a de que só pode v

neira perfeita e acabada. [...] O gênero poético românti

do que gênero e é, por assim dizer, a própria poesia

o, toda poesia é ou deve ser romântica.145

ue mais soa como um manifesto romântico, um

como a questão da unidade entre filosofia e

nos fornece, de modo sucinto, as temáticas

rühromantik). A poesia romântica, parece as

o de unidade, de mescla, de fusão, ora mesc

a e a sociedade, assim como lugar de red

e lugar de oscilação. Seu estado é o devir, de n

do observamos que a produção de Schlegel nã

ntos e esboços.

tre a filosofia e a poesia, a fusão e a mescla, n

a manifesto artístico, mas tem seu fundame

a rápida olhada nas passagens onde tal unida

consciência da problemática do Idealismo e u

chlegel tal exigência de unidade surge como

só com ele é possível. Ao olharmos para o di

que ali a unidade já é descrita como um cer

ó sendo possível nesta altura da história. Um

apresentar sua comunicação sobre as épocas

losofia, as mais elevadas forças do homem”

cit., p. 64-65.

tas passagens, Rubens Rodrigues Torres aponta que só

menos, como se vê, na qualidade de lúcidos coment

omantismo estudioso, In. Novalis, Pólen,Fragmentos, d

r Rubens se encontra numa carta (2 de dezembro) de S

de Kant e Fichte me parece o de que levam a filosofia

pem”, KA, XXIV, p. 205. Apud. Marcio Suzuki, Oa em Friedrich Schlegel, p. 152-153.

Car

PPG-Fil - UFSCar

a poesia e colocá-

, genialidade e crítica,

a poesia, e poéticas a

pode oscilar, livre de

le que expõe, nas asas

licando essa reflexão,

romântico ainda está

e vir a ser, jamais ser

ntico é o único que é

sia: pois, num certo

um programa, nos

e poesia deve ser

as que definem o

assim, ser aquele

esclar ora fundir,

redobro, espelhos,

e não acabamento,

não passa de uma

, não surge apenas

mento numa clara

idade é tematizada

e uma tentativa de

o imperativo que

diálogo Conversa

certo resultado do

m dos expositores

s da arte poética

podem agora se

só por conta disto “já

ntadores da filosofia

, diálogos, monólogo,

e Schlegel a Novalis,

ia como que ao limiar

O gênio romântico,

V Seminá

ISSN 2177-0417

engrenar “para se formar e

pouco antes desta passagem

A filoso

mesma e

da fantas

cujas ess

A filosofia, que p

inaugurado por Kant, ao co

que voltar sobre si mesma,

assim pôde se compreender

beleza e a fonte primeva d

encontra no mais fundo do

humana. O Idealismo surg

encontrar aquela unidade,

elemento unificador da cultu

“(...) idea

agora se

do home

segura de

irá arreba

idealismo

tocado p

lhes serv

unidade

espírito d

partindo

– não im

um ramo

a humani

A história da human

centro, um elemento unifi

Idealismo é este evento hi

147 Conversa sobre a poesi148

Ibid., p. 45. 149

Em um de seus fragme

escreve: "A dissolução da consc

elementos. <Idealismo é em si po

21. 150

“O principio da crítica

constitui a si mesma [...]” PhL, IV151

“Crítica – Poesia – Filo

toda formação”, PhL, IV, 1159, p152 Conversa sobre a poesi

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 129 - PP

r e vivificar reciprocamente em eterna conflu

em, numa clara referência a Crítica da Razão P

sofia conseguiu, em alguns poucos e ousados passos,

a e ao espírito do homem, em cujas profundezas descob

tasia e o ideal de beleza, podendo assim distinguir clar

essência e existência não havia até então se dedicado.148

pode ser lido aqui como o idealismo t

olocar como meta demarcar os limites do con

a, uma crítica da razão, uma crítica da filosof

der a si própria150

, e pôde descobrir nas profund

da fantasia, redescobrindo a poesia como exp

do eu, e legitimando-a como lugar interessante

urge como lugar de unidade, evento histórico

e, aquele ponto para onde tudo converge,

ultura.

dealismo! Este surgiu exatamente do mesmo modo, co

se constitui um ponto fixo também no mundo do espíri

mem pode se expandir para todos os lados em desenvol

de nunca perder a si mesma ou ao caminho de volta. A

ebatar todas as artes e ciências. Vocês já a vêem atuand

mo eclodiu na verdade mais cedo, por si mesmo, aind

pela varina mágica da filosofia. E este grande, prodi

ervir, ao mesmo tempo, de indício sobre a secreta c

e de nossa época. O idealismo, que no aspecto prátic

o desta revolução – suas grandes máximas, que devemos

o de sua própria força e liberdade – é no entanto, do po

importa quão grande possa se mostrar também aqui –,

o, uma modalidade de manifestação do fenômeno de to

anidade lutando, com todas as forças, para encontrar seu

anidade mostra-se como uma constante luta p

ificador onde tudo pudesse se convergir, e p

histórico para onde a história converge para

esia, p. 45.

mentos (de 1806) presente nos Anos de aprendizado f

sciência na poesia é necessário para um idealismo com

poesia>. PhL, KA XIX, 150, p. 172. Apud. Ansgar Ma

ca deve ser se auto-críticar, para construir a si própria –

, IV, 1182, KA XVIII, p. 294.

ilosofia, evidência da sagrada tendência do alemão [...]

, p. 292.

esia, p. 52.

Car

PPG-Fil - UFSCar

fluência”147

. E um

Pura, afirma:

os, compreender a si

obriu a fonte primeva

laramente a poesia, a 48

transcendental149

conhecimento teve

sofia mesma, e só

undezas o ideal de

experiência que se

nte da experiência

rico151

que parece

e, e fornecer um

como que do nada, e

írito, de onde a força

volvimento crescente,

. A grande revolução

ndo na física, onde o

inda antes de ter sido

odigioso evento pode

a coerência e íntima

ático nada é senão o

os exercer e expandir

ponto de vista teórico

, apenas uma parte,

e todos os fenômenos:

eu centro152

a para encontrar o

e para Schlegel o

ra um centro e o

o filosófico, Schlegel

omo a divindade dos

aria Hoff, op. cit., p.

– <também a poesia

..] Livro simbólico de

V Seminá

ISSN 2177-0417

filósofo crítico o único cap

destes novos tempos por pa

é aquele que tudo sabe, que

em si mesmo153

.

Somente

partes.

[Wissenc

Do filóso

O momento é opor

unidade, e o filósofo crítico

filósofo pode olhar para si

pode reunir filosofia (mais

que Goethe)156

. Esta unidad

um todo, processo e resultad

A Poesia

todos o s

de que

mesmo,

possível,

está ali,

Se vislumbra a parti

(formação), que só se efe

chamado de sábio, pois h

153

PhL, Beilage II, 20, KA 154

PhL, II, 157, KA XIX, p155

Cf. Über die Unverstsatisfação os progressos da nossa

temos também nós a honra e viv

significativo nome de época crític

si. Tudo se tornará cada vez m

humanidade se eleve em massa e

“O fim da crítica, se diz, é forma

indelicado, mas não há como m

importância que Schlegel dá à le

leitores, leitores que sabem ler, is156

Lyceum, 115 : “Toda a

filosofia; toda arte deve se tornar

cit., p. 38. Cf. Dennis Thouard

philosophie, In: Littérature, n.12

philosophie. 157

Para Schlegel a Bildung

PhL, Beilage, II, 13, KA XVIII, p158 Über die Unverständlic

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 130 - PP

apaz de realizar esta unidade. O reconhecimen

parte de Schlegel são evidentes, pois para ele o

que possui unidade em seu saber, um saber per

nte o filósofo crítico pode conhecer corretamente a si m

. Somente ele pode reunir em si mais esp

enchaftsgeist] que Fichte e mais sentido artístico [Kunst

ósofo crítico se pode dizer tudo o que os estóicos afirma

portuno155

. A filosofia crítica oferece uma p

tico pode realizar a união de ciência e arte, po

si mesmo, e conhecer a si mesmo, no todo e

is espírito de ciência que Fichte) e arte (mais

ade nada mais é do que Bildung157

, formação d

ltado.

esia e o Idealismo são os centros da arte e da formaçã

o sabem. Mas aquele que o sabe, freqüentemente não c

e o sabe. Toda verdade mais alta é completamente

o, nada é mais necessário do que expressá-la sempre m

el, de maneira paradoxal, de modo que não nos esqu

li, e que nunca poderá ser completamente declarada.158

rtir destes textos que, para Schlegel, a unidade

fetiva na “época da crítica”, por isso o filó

s homem completo, o exemplo de homem

A XVIII, p. 520.

, p. 84. Apud. Suzuki, op. cit., p. 189.

rständlichkeit, KS II, p. 236:“Enquanto isso eu obser

ssa nação; e que poderia eu dizer desta nossa época? E

viver; época a qual, para dizer em uma palavra, merece

ítica, pois logo tudo deverá se criticado, com exceção d

mais crítico, e os artistas poderão nutrir a esperança

e aprenda a ler.” Cabe lembrar aqui o fragmento 86 da

rmar leitores ! - Quem quer ser formado, que se forme

mudar.” Dialeto dos fragmentos, p. 33. Não deixa de

leitura como avanço trazido pela época crítica. Nesta é

, isto é, críticos.

a história da poesia moderna é um comentário contínuo

nar ciência e toda ciência, arte; poesia e filosofia devem

ard, Friedrich Schlegel entre histoire de la poésie .120, 2000, p. 45-58, principalmente o trecho intitulado

ng é uma unidade e somente ela pode evitar uma desa

I, p. 518.

lichkeit, KS II, p. 237

Car

PPG-Fil - UFSCar

ento dos avanços

e o filósofo crítico

perfeito e acabado

mesmo no todo e por

espírito de ciência

nstsinn] que Goethe. -

mavam do sábio154

.

possibilidade de

pois somente este

e por partes. Ele

is sentido artístico

o do homem como

ção (Bildung) alemã,

o consegue se lembrar

te trivial, e, por isso

e mais uma vez, e, se

queçamos de que ela

de é um resultado

ilósofo crítico ser

formado. Neste

servava com íntima

? Esta época, na qual

ece o modesto porém

o da própria época em

nça de que a própria

a Lyceum onde se lê:

e a si mesmo. Isso é

de ser interessante a

a época teremos mais

nuo ao breve texto da

em ser unificadas. op.

ie et critique de la do L'alliance poésie-

esarmonia, o excesso.

V Seminá

ISSN 2177-0417

imperativo de unificação, n

supremo território de tudo q

Embora cada uma, p

uma parte do todo, a unid

Schlegel a unidade do hom

Neste sentido ele pode dizer

Constitu

filósofo

A filosofia para Schl

devemos ler neste fragment

homem inteiro, integral, po

e falar da constituição de t

desligada de sua atividade d

sem isso, corre-se o risco de

unidade e instrumento que

projeto do homem inteiro, e

Além da exigência

filosofia e poesia se deve

insuficientes sozinhas. Se a

em contrapartida do filósof

complementam como que p

quanto o poeta do filósofo.

até o pura e simplesmente

homem aquela experiência

conceito de infinito, sendo

159 Über die Philosophie.eternamente vinculadas, ainda qu

supremo território de que há de g

aqui, e no mais íntimo e mais sa

uma e mesma coisa e se acham u160

“As formas da filosofia t

p. 47. 161

PhL, II, 391. KA XVIII

produto de uma filosofia, de um f162

Para Körner, segundo C

saber, uma filosofia inseparável

sistema aberto. Claudio Ciancio, 163

PhL, II, 391. KA XVIII,164

PhL, IV, 650, KA XVIII

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 131 - PP

, neste lugar de unidade, poesia e filosofia rep

o que há de sublime e grande no homem159.

a, poesia e filosofia, tenham direcionamento di

nidade se dá no centro160

, na unidade da hu

omem como um todo leva à harmonia das for

zer que é filósofo e também não é filósofo.

ituição de toda humanidade, em contraposição ao fi

fo e não sou filósofo.161

chlegel não pode ser, assim, uma atividade desl

ento acima a definição de sua atividade filosófi

por isso ele pode dizer que é filósofo e também

e toda humanidade, pois sua atividade como fi

e de homem, e seu trabalho deve ser fruto de am

de perder a positividade da vida162

. A Bildung

ue evita os excessos, conquista um lugar de

, e isto, tanto o poeta quanto o filósofo, devem

ia de unidade, de formação do homem inteiro

e também ao fato de ambas possuírem uma f

e a filosofia não deve existir separada, o todo

sofo163

, a poesia também não pode caminhar so

e para se potencializarem. O filósofo precisa

fo. A filosofia se apresenta como insuficiente p

nte originário164

, a completude de ambas po

cia que lhe é negada. Para Schlegel, ainda n

do que filosofia e poesia tentam combinar finit

ie. An Dorothea, p. 83. “Poesia e Filosofia são um

que rara vezes juntas, igual a Castor e Pólux. Entre am

e grande e sublime na humanidade. Mas no ponto centra

sagrado, o espírito está todo inteiro e poesia e filosofia

unidas.”

ia transcendental são paralelismo e centralização”, PhL,

III, p. 58. Ou como ele formula em seu curso de Filoso

m filósofo e de sua vida. Transzendentalphilosophie, K

Ciancio, é esta a novidade filosófica que ele (Schlege

el da vida e da existência do filósofo e se configurando

o, op.cit., p. 10.

II, p. 58.

III, p. 248.

Car

PPG-Fil - UFSCar

epartem entre si o

diversos, ocupem

humanidade. Para

formas da cultura.

filósofo. - Eu sou

esligada da vida, e

ófica, atividade do

ém não é filósofo,

filósofo não está

ambas as esferas,

ng, como lugar de

de destaque como

m realizar.

iro, a união entre

a fraqueza, serem

do da humanidade

sozinha, ambas se

isa tanto do poeta,

e pois não pode ir

pode fornecer ao

não há um claro

nito e infinito, e a

um todo indivisível,

ambas se repartem o

tral se encontram [...]

ofia são por completo

L, II, 294, KA XVIII,

sofia Transcendental:

, KA XII, p. 78.

gel) tentou realizar, a

ndo, sobretudo, como

V Seminá

ISSN 2177-0417

poesia dá à matéria finita u

infinito.165

Filosofia e poesia se

não podem. Isto é possível

da poesia.”166

. Se toda arte

com vimos, com a filosofia

mesmo. Ao olhar para si

homem a poesia, mas ain

exigência de unidade do ho

acabamento da formação.

Neste sentido todos

crítico, na união entre po

interpenetram168

. Schlegel

formação completa, suprem

reflexão filosófica somente

filósofo romântico, e enten

filósofo, mas também hom

vida.

2. §. “Ali onde ce

fragmento de Schlegel se

acabamento da formação do

deficiência da filosofia, po

neste ponto é que a necessi

remédio para todos os mal

uma experiência que a filo

objetivos. Manfred Frank ap

Para diz

determin

dizer ab

165

PhL, V, 138, KA XVIII,166

FPL, 1027, KA XVI, p. 167

PhL, II, 352, KA XVIII,168

PhL, V, 712, KA XVIII,169

Idéias, 48, op.cit., p. 150

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 132 - PP

a uma forma infinita, a filosofia dá ao sujeito

se potencializam e podem chegar ao lugar ond

el pois a “poesia é a potência da poesia, a filo

arte deva se tornar ciência e toda ciência arte,

fia crítica, pois somente o filósofo crítico pod

si mesma, a filosofia crítica descobre no ma

ainda separada, e sua união com a filosofia p

homem todo, da humanidade. A unidade, assi

dos os românticos são filósofos167

, pois real

poesia e filosofia, pois se dão conta que ci

el acredita, assim, que na Crítica se chega a

remo acabamento, e este acabamento se dá, n

nte, mas com a unidade total do homem com

tenda-se também aqui o filósofo crítico, deve

mem, e isto significa trazer para a filosofia a

cessa a filosofia, a poesia tem de começar

se expressa que, além de uma exigência d

do homem todo, a poesia torna-se importante

pois a filosofia possui limites, ela estanca em

ssidade da poesia se torna evidente. A poesia n

ales da filosofia, mas se coloca como lugar d

ilosofia não pode alcançar por conta de seu m

apresenta nestes termos esta questão:

dizer alguma coisa determinada de forma que a m

inação se dissolva em indeterminação; para dizer algo

absolutamente nada é algo que só o poeta pode fazer

III, p. 334.

p. 170. Apud. Ansgar Maria Hoffe, op. cit., p. 20,

II, p. 54.

III, p. 380.

50.

Car

PPG-Fil - UFSCar

to finito um objeto

onde elas sozinhas

ilosofia a potência

te, isto é possível,

ode conhecer a si

mais profundo do

a passa a ser uma

ssim, é o supremo

ealizam o projeto

ciência e arte se

a ao momento da

, não pela via da

como um todo. O

ve ser não apenas

a positividade da

ar [...]”169

. Neste

de um supremo

te a partir de uma

em algum ponto e

ia não se torna um

r de expressão de

método e de seus

manifestação desta

go como se não fosse

zer. Aqui, também, a

V Seminá

ISSN 2177-0417

filosofia

nenhum

numa liç

poesia b

imperfei

Em seu curso de fil

para o absoluto, a atividade

e infinito171

. Assim, a fi

apresentá-lo, e de certa form

da completude. A poesia

construir, e é neste itinerário

se esteticizar172

, e não apena

A filoso

exatame

alcançad

de ser um

efetivo, u

O que subjaz a este

filosófica é artificial e por i

arte. A vida se apresenta co

não pode se compreendido

uma expressão alegórica, q

inefável de que fala Suzuki

aproximação entre filosofia

uma completude, pois não

intuir e revelar174

. A expres

Frank nomeou como o dize

algo determinado de form

aproximação que não esgot

e distanciar-se. Schlegel p

170

Manfred Frank, The ph171

Transzendentalphiloso172

PhL, II, 601, KA XVII

ser considerada arte.” 173

Suzuki, op. cit., p. 96. 174

Idéias, 150, op.cit., p. 1

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 133 - PP

fia encontra o seu complemento, de fato, a sua conclus

m lugar Schlegel determinou a função da arte mais

lição privada de 1807: "Deve ser levado a pensar, qu

a baseia-se na obrigação de apresentar o infinito, que

feição da filosofia".170

filosofia transcendental Schlegel afirma que a

de filosófica visa o absoluto, e seus elementos

filosofia tende para o absoluto, o infinito,

orma a poesia pode se aproximar mais, e aqui

ia pode ser a forma de expressão que a filo

ário que podemos observar que a própria filosof

enas buscar um remédio na poesia pois,

sofia 'estanca e tem de estancar' diante da vida, 'po

mente nisto, que não pode ser compreendida'. A v

ada por nenhum conceito. Diante desse 'inefável', a fi

r uma pálida visão esquemática, um produto artificial, p

o, uma obra de arte.173

te texto de Suzuki é a idéia de que para Schleg

r isso deve ser devolvida à vida transformando

como este não conhecido, o que não pode ser c

do e esgotado, e nenhum conceito pode dar con

, que é território da arte, pode se aproximar m

uki. O que Schlegel quer mostrar aqui é a nece

fia e vida, filosofia como produto de um filós

ão se pode definir e nem conceituar o univer

ressão alegórica da arte pode ser definida naqui

izer algo como se não fosse dizer absolutament

rma que isto se dissolva em indeterminação

ote ou tente definir conceitualmente, um jogo d

l pode afirmar, assim, que toda beleza é al

philosophical foundations of early german romanticisosophie, KA XII, p. 04; 11.

III, p. 79. “ Em uma crítica da filosofia, a filosofia dev

. 164.

Car

PPG-Fil - UFSCar

lusão, na poesia. Em

is claramente do que

que a necessidade de

e emerge a partir da

e a filosofia tende

os são consciência

to, mas não pode

ui reside o sentido

ilosofia não pode

sofia deve também

'pois a vida consiste

vida não pode ser

filosofia deve deixar

l, para se tornar saber

legel a construção

ndo-se em obra de

r conhecido, o que

onta disto, apenas

mais e mais deste

ecessidade de uma

ilósofo e sua vida,

verso, mas apenas

quilo que Manfred

ente nada ou dizer

ão, ou seja, uma

o de aproximar-se

alegórica e todo

icism, p. 218-219.

deve necessariamente

V Seminá

ISSN 2177-0417

conhecimento é simbólico1

falar alegoricamente176

. Ne

Se o abs

absoluto

apresent

continua

O infinito é tarefa

finitos, e ele é a essência d

verdade e beleza são os fi

filósofo, pois o filósofo tam

si mesmo179

, deve-se buscar

a experiência do belo é um

Portanto, a filosofia está co

estrutura cujo significado n

a experiência da beleza, um

Frank181

, daquilo que na ref

escapa, é assim, pelo vié

alegórica do infinito, que se

O alegó

como aq

aproveita

formas d

apresent

nomeada

apresent

qualquer

Não se deve portant

em certos temas, mas isto

questão em todas as suas c

próprio sentido de experiên

crítica artística quanto a filo

175

Transzendentalphiloso176 Conversa sobre a poes177

Prefácio, Conversa sob178

PhL, V, 685, KA XVIII179

PhL, Beilage, 71, KA X180

PhL, II, 92, KA XVIII, 181

Manfred Frank, op.cit., 182

Idem, p. 208.

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 134 - PP

175, pois do mais elevado, por ser inexprimí

Nestes termos que Victor-Pierre Stirnimann no

absoluto não pode ser representado em si mesmo, o pont

uto e o finito é o quase-representável, podendo-se evocá

ente como parcial e provisório, mero indicador d

nuamente em processo de montagem e desmontagem177

.

fa comum da arte e da filosofia, mas os meio

do belo e da verdade, arte e filosofia se encon

fins positivos para o artistas178

, e isto també

ambém deve ser um artista; se o absoluto é ind

car uma outra forma de expressão e a beleza tor

uma impressão total, o belo, na medida que é,

completa na arte, pois na beleza somos confron

não pode ser esgotado por nenhum pensamen

uma riqueza inesgotável, torna-se símbolo, se

reflexão é a irrecuperável fundação da unidade

viés da arte, que Schlegel pode defender u

se define como uma experiência alegórica da v

górico é procedimento artístico, que extingue o finita

aquilo que não se entende, dirigindo nossa visão p

eitada por esta singular síntese. Alegoria (como pars pe

s de expressão artística) é, portanto, uma manifestação

entabilidade do infinito. Isso só pode acontecer poetic

adamente, a expressão coletiva para aquilo que

entação do não apresentado: o que, como tal, não pode

uer conceito especulativo182

.

anto pensar que a poesia poderia, assim, subs

sto é um pouco mais profundo e radical. Se

s consequências, veremos que isto leva Schleg

iência filosófica e de experiência crítica da ar

filosofia devem se modificar visando uma melh

osophie, KA XII, p. 93.

esia, p. 58.

obre a poesia e outros fragmentos, p. 17.

III, p. 377.

XVIII, p. 512.

II, p. 26.

it., p. 178.

Car

PPG-Fil - UFSCar

imível, só se pode

nota que,

onto de enlace entre o

cá-lo à medida que se

r de uma presença,

.

eio utilizados são

contram aqui, pois

bém se aplica ao

ndemonstrável em

torna-se meio pois

é, um absoluto180

.

rontados com uma

ento, desta forma,

segundo Manfred

de, aquilo que nos

uma experiência

a verdade.

itamente apresentado

para o que não foi

per toto para todas as

ão necessária da não

eticamente. Poesia é,

e é inexprimível, a

e ser apresentado em

bstituir a filosofia

Se tomarmos esta

legel a redefinir o

arte, pois tanto a

elhor expressão do

V Seminá

ISSN 2177-0417

infinito, a arte deve ser enr

filósofo deve ser tanto artist

mesma coisa, ou nas palavra

Beleza c

beleza sã

Idealism

A forma da filosofia

mais é que a definição qu

fragmento 116 da Athenäum

Schlegel afirma que todos

afirmado, pois o filósofo po

Ao postular uma pro

incompleta184

, e isto redund

completo. Deste modo se

incompletas, pois se mostra

da verdade e da beleza.

Se o co

incomple

não pode

por estes

mais e m

uma ciên

Vai se delineando

antifundacionismo do prime

da verdade, e isto devido e

nomeamos aqui como limit

filosofias que procuravam f

para o conhecimento huma

nós filosofamos – isto é um

nega um postulado absoluto

que Schlegel pensa a filoso

absoluto, mas construção

183 Transzendentalphiloso184 “Pensa-se num finito cu185 Philosophische Vorless186 Transzendentalphiloso

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC19 a 23 de outubro de 2009

- 135 - PP

nriquecida pela filosofia e a filosofia enriquec

tista quanto o artista filósofo, e isto pois verdad

vras de Schlegel em seu curso de filosofia trans

a com consciência e realidade imaginária, é verdade. são uma coisa só; toda separação é somente relativa. (I

smo)183 .

fia e da arte passa a ser a de uma progressão in

que Schlegel dá à poesia romântica no famo

äum, onde se diz que toda poesia é ou deve ser

os os românticos são filósofos o contrário ta

postulado por Schlegel é ou deve ser romântico

progressão infinita Schlegel afirma que a experi

nda numa incompletude do conhecimento, que

se torna claro a afirmação de que a arte

tra a impossibilidade de uma apresentação abso

conhecimento do infinito é infinito em si, apenas,pleto, imperfeito, mas ele também pode ser filosofia dode nunca ser concluída, fechada e perfeita, que pode sstes grandes objetivos, e tentar todos os meios possíveise mais deles. É muito mais do que uma busca, ou um esiência do que em si uma ciência.185

do aquilo que os críticos contemporâneo

imeiro romantismo, pois ao postular uma exper

o em partes à limitação do conhecimento hum

ites da filosofia, o pensamento de Schlegel va

m fundações absolutas, ou um início absoluto

mano. A primeira frase do curso de filosofia tr

m fato186, e este é o ponto de partida de Schleg

uto preferindo partir da constatação que filosofa

osofia como uma atividade em curso de cons

o que já é em si resultado, pois não há p osophie, KA XII, p. 95. cultivado ao infinito, e pensará num homem”, Idéias, 98lessungen, Bd. I, p. 309. osophie, KA XII, p. 03.

Car

PPG-Fil - UFSCar

uecida pela arte, o

ade e beleza são a

anscendental:

e. Assim, verdade e . (Isto é a essência do

infinita, que nada

moso, e já citado,

ser romântica, e se

também pode ser

ico.

eriência humana é

que nunca se torna

te e filosofia são

bsoluta e completa

as, portanto, sempre a do que ciência que e sempre apenas lutar eis para se aproximar esforço no sentido de

eos chamam de

periência alegórica

humano, ou o que

vai de encontro às

to para a filosofia,

a transcendental é:

legel, que de início

ofamos. Fica claro

nstrução do saber

possibilidade de

98, op. cit., p. 157.

V Seminá

ISSN 2177-0417

esgotabilidade, e sim sem

infinita aproximação, e esta

fazer progressos, mas é p

cognitivo, e assim, ao ultrap

desconhecido não estamos p

aqui e além dos limites.

A alegaç

do conhe

fim. [...]

lado. P

podemos

limites18

Schlegel pode afirm

sejam: a consciência que t

finitos, e o infinito que nos

E agora

e o infin

Assim sendo, para S

filosofia, pois ela só se torn

sentido de prova alternante,

Na base conceitopor um cpelo meprimeirae o camitodo da conceito

Este é o sentido do c

simpática relação com a fil

garantido mediante evidên

convicção seria certa. A f

187

PhL, Beilage II, 23, KA188

Transzendentalphiloso189

Philosophische Vorless

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 136 - PP

mpre aproximação, busca. Esta progressão

sta inconclusão do conhecimento não nos limit

por meio dela que é possível todo e qual

trapassarmos a linha que demarca os limites do

s perdidos e jogados no reino do absurdo, mas

ação (contra Schelling e Fichte) de que toda posição pa

nhecível é transcendente, contradiz ela mesma e traz toda

...] Não se pode determinar a fronteira se não estiver

Por isso, é impossível determinar os limites do con

os, de alguma forma, (embora não reconhecendo) ir al187

.

irmar, assim, que a filosofia resulta de dois e

e temos de nós mesmo como incompletude,

os esforçamos por completar.

ra temos os dois elementos que uma filosofia pode dar; a

finito. Estes são como os dois pólos em torno do qual gir

a Schlegel uma proposição teórica não pode s

torna significativa através da práxis, nós filoso

te, ou de conceito alternante em Schlegel, pois

se da filosofia deve repousar não só uma prova alternant

ito alternante. Pode-se a cada conceito e a cada prova pe

conceito e sua prova. Daí a filosofia ter de começar, co

meio, e é impossível recitá-la e contar parte por par

ira parte fique completamente fundamentada e clara par

minho para conhecê-la não é, portanto, uma linha reta,

da ciência fundamental deve ser derivado de duas id

itos [...], sem recurso a outra matéria189

.

o ceticismo romântico que, como nota Manfred

filosofia crítica na medida que não assume qu

ências que teria como resultado o fato de qu

falibilidade de nosso conhecimento pode s

A XVIII, p. 521.

osophie, p. 05.

lessungen, Bd. II, p. 407.

Car

PPG-Fil - UFSCar

ão infinita é uma

mita ou impede de

ualquer progresso

do conhecido e do

as estamos sempre

para além dos limites

oda filosofia para um

er dentro e do outro

conhecimento se não

além desses mesmos

s elementos, quais

e, ou como seres

r; a saber: consciência

gira toda filosofia188

.

e ser o alicerce da

sofamos. Este é o

ante, mas também um

perguntar novamente

, como a poesia épica,

arte de modo que a

ara si. Ela é um todo,

ta, mas um círculo. O

idéias, proposições,

red Frank, está em

qualquer princípio

que nossa falível

e ser interpretada,

V Seminá

ISSN 2177-0417

argumenta Frank, como a

Frank nota que Schlegel d

Reinhold e Fichte, que pro

absoluto primeiro princípio

princípio recíproco (Wechs

(Wechselerweis) que opera

consiste em uma ânsia pa

postulavam um primeiro

impossível, já que o anseio

procura demonstrar que qu

projeto filosófico e poético,

humana em geral. Neste sen

Filosofi

objeto, determinportanto

Schlegel chega a con

de dedução a partir de um p

projeto, assim como o de No

podemos ver em uma de sua

Nossa fia primeicom umum impconstantconhecimconhecim

A filosofia, para S

impossível apresentá-lo e

190 Manfred Frank, op.cit., 191 Idem, p. 36. 192 PhL, V, 1168, KA XVII193 PhL, V, 1200, KA XVII194 “Em meu sistema o prFichte um postulado e uma propo195 PhL, I, 36, KA XVIII, p196 “Toda pesquisa para o472, p. 254, apud. Manfred Frank197 Philosophische Vorless

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC19 a 23 de outubro de 2009

- 137 - PP

a não conclusão de nosso prévio estado do c

l desenvolve uma alternativa para abordagen

rocuram desenvolver uma filosofia baseada

ípio, sendo que sua alternativa foi a de uma

chselgrundsatz), ou uma prova alternante ou

eram no pensamento191. Ao dizer que a essên

para o infinito192, Schlegel rompe com as

o princípio, pois tenta demonstrar que o a

eio pelo infinito é necessário para a humanid

qualquer conhecimento absoluto é impossível,

co, já que a ânsia pelo infinito é que movimen

sentido que segue a crítica que Schlegel faz a Fi

ofia <em sentido estrito> não tem nem um primeiro , nem uma determinada tarefa. A Doutrina-dainado objeto (Eu e não-Eu e suas relações), um prto uma determinada tarefa195.

conclusão de que uma filosofia que pretende se

m princípio fundamental ou é impossível ou dis

Novalis196, sempre foi orientado contra tais fun

suas lições

filosofia não começa como os outros com um primeiroeira proposição é como o centro ou o primeiro anel de uma longa cauda de neblina [...] a nosso centro reside noprovável e modesto começo [...] a nossa filosofia vnte progressão e tornar-se um reforço que vai até ao poncimento humano e mostra a amplitude e os limcimentos197.

Schlegel, começa no meio, como um poem

e adicionar pedaço por pedaço, de modo q

it., p. 180.

VIII, p. 418. VIII, p. 420. primeiro princípio é realmente um Wechselerweis (proposição incondicionada. PhL, Beilage II, 22, KA XVIII

I, p. 07. o primeiro princípio é absurdo - é uma idéia regulador

ank, op.cit., p. 33. lessungen, Bd. II, p. 08-09.

Car

PPG-Fil - UFSCar

conhecimento190.

gens, como as de

a em um único e

ma alternância ou

u prova recíproca

sência da filosofia

as filosofias que

acesso a ele é

idade193. Schlegel

el, isto alimenta o

enta a experiência

Fichte194, pois

ro princípio, nem um da-Ciência tem um princípio definido e

seguir um método

dispensável, e seu

fundações. É o que

iro princípio - quando e um cometa - o resto no meio. A partir de vai desenvolver em onto mais elevado do

limites de todos os

ema épico, sendo

o que o primeiro

prova alternada). Em III, p. 521.

dora.” Novalis, NS II,

V Seminá

ISSN 2177-0417

pedaço seria em si mesmo

filosofia não seria mais a d

começa no meio, como o po

infinita e não possui nenhum

impresso na afirmação de q

expressa na imagem de um

nas lições de filosofia transc

Isto seri

começar

conhecim

conjunto

devem, p

ciências,

conjunto

A consciência da re

forma na ironia romântic

provisoriamente e de modo

pedaço arrancado que entra

Um frag

do mund

espinho

A filosofia é uma ati

neste esforço individual, de

com os espinhos apontados

ou simpoesia, o filosofar em

esforços, que se pode aspira

(ou penúltimo), Schlegel faz

198

PhL, Beilage II, 16, KA199

Athenäum, 43, op. cit., 200

Idem, 84, p. 60. 201

Transzendentalphiloso202

Para Manfred Frank (p

chamada de filosofia idealista, p

no início ou no fim do sistema, e 203

Transzendentalphilos204

Athenäum, 206, op.cit.,

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 138 - PP

mo completamente fundamentado e explicado

a de uma linha reta, mas cíclica199

, já que a f

poema épico200

. O conhecimento é situado em

huma segurança, nenhum fundamento absoluto

e que toda verdade é relativa201

, e esta progressã

um circulo, ou de uma filosofia ciclica202

. Ne

nscendental é definida a filosofia

eria quase uma definição de filosofia. Mas só pode

çarmos a filosofar, não se seguirmos um guia (...)

cimento do conhecimento, por isso sempre deverá have

nto. A filosofia é um experimento e todos aqueles que

, portanto, sempre começar do início (Na filosofia não

as, em que se continua do lugar onde outros pararam

nto acabado em si, e todo aquele que quiser filosofar dev

relatividade, de sermos finitos e aspirarmos o

tica, que se refere ao infinito alegoricame

do incompleto, e isto também no fragmento, co

tra em comunicação com todas as outras formas

ragmento tem de ser como uma pequena obra de arte, t

undo circundante e perfeito e acabado em si mesmo204

.

atividade individual, e esta é a forma da filosof

de um filósofo e sua vida, como um fragment

os para todos os lados, que se encontra o sentid

em conjunto, pois só assim, com a unidade e co

pirar o todo, a completude. No último fragment

faz o convite para aqueles que aspiram começa

A XVIII, p. 518.

t., p. 53.

osophie, KA XII, p. 95.

(p. 177) é isto que o diferencia daquela constelação

, pois de certa forma o idealista detém algum princípio

, e que pode ser cientificamente acessível.

losophie, KA, XII, p. 03.

it., p. 82.

Car

PPG-Fil - UFSCar

do198

, a forma da

a filosofia sempre

m uma progressão

uto, é isto que está

ssão infinita que é

Nestes termos que

demos fazer isto se

...) a filosofia é um

ver um conhecimento

ue quiserem filosofar

ão é como nas demais

am. A filosofia é um

eve começar)203

.

s o infinito, toma

mente, expondo-o

como parte, como

as, pois

, totalmente separado

mo como um porco-

sofia moderna, e é

nto perfeito em si

tido de sinfilosofia

e comunicação dos

ento da Athenäum

çar a filosofar:

ão que comumente é

io absoluto, quer seja

V Seminá

ISSN 2177-0417

Exprimi

visão, a

segundo

A filosofia é uma d

caminho a partir de seu po

que Schlegel buscou constr

exemplo na revista Athenä

individuais, encetar um diá

uma completude.

Enfim, se anteriorm

Schlegel, por conta de um p

claro que esta ligação se faz

um primeiro princípio, o q

uma apresentação do infin

limites da filosofia. Se ante

positiva ao unir filosofia e v

positiva se daria por meio d

nos leva a perguntar em qu

entre filosofia e poesia lev

filosófica. Mas isto é uma

apresentar termina aqui.

205

Athenäum, 155, op.cit.,

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC

19 a 23 de outubro de 2009

- 139 - PP

mi algumas idéias que indicam o centro, saudei a auro

a partir de meu ponto de vista. Quem conhece o cam

do sua visão, a partir de seu ponto de vista205

.

a decisão individual, de uma vida, e cada qua

ponto de vista. A experiência da sinfilosofia o

struir com seus contemporâneos, e que encon

näum, nada mais é do que a tentativa de apro

diálogo, em busca de um enriquecimento mútu

rmente definíamos a aproximação de filosof

m proposito superior de formação, agora podem

faz necessária por conta de uma crítica às filoso

que nos levou a idéia de que existe uma imp

finito por meio de um conceito especulativo,

ntes assinalamos que a filosofia deveria buscar

e vida, agora podemos acenar que para Schlege

o da arte, através de uma expressão alegórica d

que sentido esta crítica aos limites da filosofia

leva Schlegel a postular um outro sentido par

ma reflexão que não cabe neste momento, o

it., p. 164.

Car

PPG-Fil - UFSCar

urora segundo minha

minho faça o mesmo

ual deve buscar o

a ou da simpoesia

ontra o mais belo

proximar filosofia

útuo, em busca de

sofia e arte, para

demos deixar mais

osofia que buscam

impossibilidade de

o, e este seria os

car uma revelação

gel a apresentação

a do absoluto. Isto

fia e aproximação

para a experiência

o que queríamos