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Os Riscos “Invisíveis” que Influenciam os Resultados na Avaliação Atuarial Comissão de Fechadas

Os Riscos Invisíveis que Influenciam os Resultados na Avaliação Atuarial Comissão de Fechadas

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Os Riscos “Invisíveis” que Influenciam os Resultados na Avaliação Atuarial

Comissão de Fechadas

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Introdução

• Definição de Risco– De modo geral, “risco” pode ser definido como a

probabilidade de ocorrência de um determinado evento que gere prejuízo econômico.

– O risco deve ser possível, incerto, futuro, independer da vontade humana, mensurável, homogêneo e não catastrófico.

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Introdução

• A percepção do risco pode variar conforme a situação e a perspectiva das pessoas envolvidas.

• No caso específico das EFPCs, a visão do “risco” não é a mesma para participantes, assistidos e patrocinadores.

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Riscos em uma EFPC

“Todos os riscos que possam comprometer a realização dos objetivos da EFPC devem ser continuamente identificados, avaliados, controlados e monitorados.”

art. 12 da Resolução CGPC 13/2004

RISCO

Liquidez

Mercado

OperacionalSistêmicoImagem

Crédito Legal

Atuarial

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Objetivo principal de uma EFPC:

• É honrar o pagamento dos benefícios pactuados.

• Riscos que devem ser “identificados, avaliados, controlados e monitorados” são aqueles que podem afetar esse compromisso.

• Para mensurar esses compromissos são utilizadas premissas.

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Risco Atuarial

• “Risco” é inerente a um plano de previdência, porque envolve incertezas e projeções.

• A escolha das premissas / hipóteses podem gerar ganhos ou perdas para o plano.

Uma boa política de gestão do risco atuarial busca

minimizar esses ganhos e perdas.

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Risco Atuarial depende da modalidade do plano

• Planos de benefício definido (BD) estão mais expostos aos riscos atuariais.

• Planos de contribuição variável (CV) podem, dependendo do seu desenho, reduzir o risco atuarial.

• Planos de contribuição definida (CD) funcionam, na grande maioria, como aplicações financeiras e não estariam, a princípio, sujeitos aos riscos atuariais.

Fonte: PREVIC

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Riscos “Visíveis”

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Tábua de mortalidade geral (aumento da longevidade)

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Mortalidade Geral

A tábua biométrica utilizada para projeção da longevidade dos participantes e assistidos do plano de benefícios será sempre aquela mais

adequada à respectiva massa, não se admitindo, exceto para a condição de inválidos, tábua biométrica que gere expectativas de vida completa inferiores às resultantes da aplicação

da tábua AT-83.

Item 2 do Anexo da Resolução CGPC 18/2006

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Tábuas adotadas pelas EFPCs

Fonte: PREVIC

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Impacto nas provisões(PMBC)

Com juros de 6% a.a.

IDADE AT-83 AT-2000 VARIAÇÃO55 13,020619 13,505084 3,72%60 11,982230 12,522006 4,50%65 10,746260 11,340002 5,53%70 9,380706 10,006693 6,67%

anuidade

Com juros de 5% a.a.

IDADE AT-83 AT-2000 VARIAÇÃO55 14,320392 14,921464 4,20%60 13,046668 13,699567 5,00%65 11,578386 12,278015 6,04%70 9,999984 10,720055 7,20%

anuidade

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(Queda da) taxa de juros

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Taxa Real de Juros

A taxa máxima real de juros admitida nas projeções atuariais do plano de benefícios é de

6% (seis por cento) ao ano ou a sua equivalência mensal, devendo ser observada sua

sustentabilidade no médio e longo prazos.

Item 4 do Anexo da Resolução CGPC 18/2006

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Taxas de Juros adotadas nas EFPCs

Fonte: PREVIC

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Impacto nas provisões(PMBC)

Tábua AT-83M

Tábua AT-2000M

IDADE 6% 5% VARIAÇÃO55 13,020619 14,320392 9,98%60 11,982230 13,046668 8,88%65 10,746260 11,578386 7,74%70 9,380706 9,999984 6,60%

anuidade

IDADE 6% 5% VARIAÇÃO55 13,505084 14,921464 10,49%60 12,522006 13,699567 9,40%65 11,340002 12,278015 8,27%70 10,006693 10,720055 7,13%

anuidade

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Impacto nas provisões(PMBC)

• Efeito conjugado de tábua e taxa de juros

IDADE AT-83 / 6% AT-2000 / 5% VARIAÇÃO55 13,020619 14,921464 14,60%60 11,982230 13,699567 14,33%65 10,746260 12,278015 14,25%70 9,380706 10,720055 14,28%

anuidade

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Mas... Quais são os Riscos “Invisíveis” ?

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Riscos “Invisíveis”

• Premissas Biométricas / Demográficas– Entrada em invalidez– Mortalidade de Inválidos– Composição do Grupo Familiar– Rotatividade (desligamento)

• Premissas Econômicas / Financeiras– Crescimento Salarial– Inflação

• Outros riscos

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Entrada em Invalidez

• Mede a probabilidade de um indivíduo de idade x se invalidar antes de atingir a idade x+1

• São exemplos de tábuas de entrada em invalidez: Álvaro Vindas, IAPB-57,Light, Hunter, TASA-1927, dentre outras

• Não há exigência de tábua mínima para as EFPC• Dificuldade de obter estatísticas para realização de testes de

aderência • As tábuas utilizadas são antigas – falta de condições de

construir uma tábua a partir de experiência própria• IDEAL – tábua construída a partir da experiência do RGPS?

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Entrada em Invalidez

• Pode ser influenciada pelo tipo de atividade do patrocinador (se há ou não atividades de maior ou menor risco).

• O desenho do plano (nível do benefício de invalidez) pode tornar o benefício de invalidez vantajoso, “estimulando” a aposentadoria e desmotivando o retorno ao emprego.

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Probabilidade de entrada em invalidez (em %)

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Entrada em Invalidezalternativas para mitigar o risco

• Acompanhamento permanente das estatísticas de concessão e manutenção de aposentadorias por invalidez.

• Havendo mudança de comportamento da massa (aumento significativo das concessões de invalidez, por exemplo) tentar apurar os motivos : mudanças nas regras do INSS?; fraude?; “falha” no regulamento?

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Mortalidade de Inválidos

• Refere-se à premissa de falecimento dos participantes aposentados por invalidez.

• De modo geral, as tábuas usadas são baseadas em estatísticas antigas, como IAPB-57, IAPC, Hunter MI, RRB-44, dentre outras.

• Com o passar do tempo, o perfil do “inválido” vem se modificando.

• Dificuldade / impossibilidade na realização de testes de aderência ou construção de uma tábua própria.

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Expectativa de Vidamortalidade de inválidos

Uma alternativa que algumas EFPCs encontraram para mitigar o risco inerente à tabua de mortalidade de inválidos é

usar uma tábua de mortalidade geral.

IDADE (x) IAPB-57 WINKLEVOSS RRB-44 AT-4925 16,27 35,90 34,04 49,41 30 16,20 32,58 29,04 44,61 35 15,73 29,30 24,04 39,85 40 14,88 26,12 20,13 35,15

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Impacto na PMBC de aposentadoria por invalidez

Com juros de 6% a.a.

Com juros de 5% a.a.

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Aposentadorias por Invalidez - Estatísticas

Fonte: ABRAPP

em R$

Quantidade

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Composição do Grupo Familiar

• Importante para a determinação do custo de pensão por morte.

• O ideal seria utilizar a “família real” de cada participante, mas como prever os dependentes que um participante ainda ativo terá na data da aposentadoria?

• O mais comum é, com base na experiência do plano, estabelecer uma “família padrão”, utilizando hipóteses para a idade do cônjuge, quantidade e idade dos filhos, etc.

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Composição do Grupo Familiar

• Exemplo:– 95% dos participantes estarão casados na idade

prevista da aposentadoria, com diferença de idade entre os cônjuges de 4 anos (mulher sempre mais jovem). Considerando-se que o casal terá filhos entre 20 e 30 anos, estes já serão maiores na data da aposentadoria.

• Casamentos tardios, intergeracionais e relações homoafetivas implicam na revisão periódica dessas estimativas.

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Exemplo

• Participante se aposentou aos 50 anos e informou como grupo familiar:– Esposa com 51 anos de idade– Filho com 15 anos de idade

• Quando faleceu, aos 70 anos, habilitou-se para o recebimento de pensão a nova esposa com 35 anos e um filho de 4 anos

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Impacto na PMBC na data do falecimento (aos 70 anos)

• Grupo original: esposa com 71 anos (filho já maior de 24 anos não tem direito à pensão)

• Novo grupo: esposa com 35 anos e filho menor com 4 anos

AT-83 / 6% AT-2000 / 5%

grupo original 9,876513 11,008235

novo grupo 15,957579 18,465909

VAR % 61,57% 67,75%

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Composição do Grupo Familiaralternativas para mitigar o risco

• Previsão regulamentar de manutenção do valor do benefício mediante recolhimento de joia ou redução do seu valor, nos casos em que o participante, após aposentado, altere o grupo de dependentes para recebimento de pensão.

• Estabelecimento de limite máximo para diferença de idade entre os cônjuges do benefício de aposentadoria. Ultrapassado esse limite o valor do benefício será recalculado para manter a equivalência atuarial.

O objetivo é preservar o equilíbrio do plano, evitando que os demais participantes e o patrocinador arquem com essa variação não prevista no

cálculo original do benefício.

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Rotatividade

• Refere-se à probabilidade de desistência do plano decorrente do desligamento dos participantes do patrocinador.

• Quanto maior a rotatividade (turnover) em uma empresa, menor será a necessidade de recursos para honrar os compromissos futuros – menor provisão matemática.

• Com o advento dos institutos introduzidos pela LC 109/01 – portabilidade, BPD, resgate e autopatrocínio – o impacto dessa premissa foi reavaliado pelas EFPC, o que em alguns casos levou a um aumento de custo, dado que o “ganho atuarial” decorrente da saída de participantes foi reduzido.

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Rotatividade

• Deve ser definida em conjunto com o Patrocinador.• Muito suscetível a mudanças econômicas e situações

pontuais das empresas (mudança de controle, fusões. Etc.)

• Depende de uma série de fatores: tipo de negócio, grau de escolaridade, política de retenção da empresa, localização da empresa, desenho do plano, idade e tempo de serviço, etc.

• O mais comum é adotar tábuas que variem de acordo com a idade ou com o tempo de serviço, embora existam muitos casos em que se adota uma taxa única para todas as idades.

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Exemplo

• Considerando um grupo de 1000 participantes ativos, com idade média de 25 anos :

• Ao final, na idade prevista para aposentadoria, dependendo da hipótese de rotatividade escolhida, a quantidade de participantes ativos pode variar de 545 a 740 (diferença de 35%).

1% a.a. 1,5% a.a. 2% a.a.25 1.000 1.000 1.000 30 951 927 904 35 904 860 817 40 860 797 739 45 818 739 668 50 778 685 603 55 740 635 545

ROTATIVIDADEidade (x)

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Crescimento Salarial

• Hipótese importante nos planos BD, onde o benefício é calculado a partir do salário na aposentadoria.

• É influenciada por vários fatores: produtividade, idade, mérito/promoção, política de remuneração da empresa, nível de escolaridade, etc.

• Deve ser estabelecida pelo patrocinador – relação direta com o negócio da empresa

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Crescimento Salarial

A EFPC deverá solicitar do patrocinador ou, se for o caso, do instituidor do plano de benefícios

manifestação por escrito sobre as hipóteses econômicas e financeiras que guardem relação com

suas respectivas atividades, mediante declaração, que deverá estar devidamente fundamentada e que será arquivada na EFPC, ficando à disposição da Secretaria

de Previdência Complementar.

Item 1.1 do Anexo da Resolução CGPC 18/2006

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Exemplo

• Suponhamos um participante com 25 anos e salário de R$ 5.000. O benefício é devido a partir dos 55 anos e é a diferença entre o último salário e o benefício INSS.

• O teto máximo de benefício do INSS é R$ 4.000. Não se admite a hipótese de crescimento real para esse limite.

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Impacto na reserva• Considerando hipótese de crescimento salarial de 1% a.a.

– Salário previsto aos 55 anos: R$ 6.739,24– Benefício do Plano: 6.739,24 – 4.000,00 = R$ 2.739,24

• Considerando hipótese de crescimento salarial de 2% a.a.– Salário previsto aos 55 anos: R$ 9.056,81– Benefício do Plano: 9.056,81 – 4.000,00 = R$ 5.056,81

Um aumento de 1% representou, neste caso, um aumento de mais de 80% na Prov. Matemática de

Benefícios a Conceder.

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Inflação

• Embora se utilize aqui no Brasil o conceito de “taxas reais”, isto é, líquidas da inflação, a estimativa do nível inflacionário é importante para medir a “capacidade salarial” e a “capacidade de benefícios”.

• O conceito de “capacidade” define o nível real dos salários e benefícios ao longo do tempo, dado que os reajustes ocorrem uma vez ao ano e a inflação ocorre mensalmente.

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Exemplo

Adotando-se como premissa uma inflação de 4,5% a.a. , com reajuste do salário/benefício uma vez ao ano.

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Fator de Capacidade

INFLAÇÃOFATOR DE

CAPACIDADE4,0% 0,9822474,5% 0,9801065,0% 0,9779825,5% 0,975875

Por ser um fator “redutor” de salários e benefícios, a estimativa de inflação deve ser feita com todo cuidado possível, e sempre em conjunto com a área

de investimentos da Entidade.

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Outros riscos

• Dados cadastrais incorretos ou incompletos– Contagem de tempo (INSS, plano, empresa,...)– Datas de nascimento, admissão e adesão– Salário-de-participação– Sexo– Informações sobre dependentes

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Exemplo• Considerando um plano com idade mínima para

aposentadoria programada igual a 55 anos:

idade no cadastro 45idade real 51impacto na VABF individual

(AT-83 / 6%) 54,62%(AT-2000 / 5%) 45,74%

idade no cadastro 50idade real 54impacto na VABF individual

(AT-83 / 6%) 35,60%(AT-2000 / 5%) 30,19%

Observação: não foi considerado o impacto do

não recolhimento das contribuições

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Outros riscos

• Erros no cálculo / cobrança das contribuições– Ausência de procedimentos de conciliação entre

valores cobrados pela EFPC e os descontados dos salários dos participantes.

• Salários-de-participação incorretos– Resíduo por retorno de férias/licença, abono de

1/3 férias, valores pagos retroativamente etc que modificam a série de salários do participante

– Verbas não habituais : horas extras, insalubridade, periculosidade, dentre outros.

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Outros Riscos

• Valor incorreto do benefício mensal– Informar para o atuário como valor do benefício

mensal parcelas referentes ao saque à vista, benefício pro rata ou pagamentos de atrasados.

• Envio de dados para o atuário sem considerar os participantes em “processo de benefício” – Não constam no cadastro nem como ativos e nem

como assistidos. Também tem os casos dos “benefícios suspensos”.

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Outros riscos

• Questões de ordem jurídica– Texto regulamentar não muito claro – dá

margem a várias interpretações.

–Pagamento de valores não previstos no regulamento e, consequentemente, não previstos pelo atuário na avaliação atuarial.

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Outros riscos

• Questões de ordem jurídica– Mudanças na estrutura dos planos – saldamentos,

migrações, etc.

– Decisões judiciais incompatíveis com o desenho do plano.

Todas essas situações têm impacto – às vezes significativo – no valor das reservas matemáticas

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Outros riscos• Questões de ordem legal– alteração / criação de normativos que interferem nos

compromissos já pactuados.– Diferentes interpretações por parte da fiscalização– Dificuldades na aplicação de conceitos “definidos” em

normativos:• Paridade• Método Atuarial Mínimo• Estudo de aderência em massas de tamanho reduzido• Proporção Contributiva• Direito Acumulado• Individualização de compromissos em planos mutualistas• Incompatibilidade entre o Plano de Contas e a Res 26/08

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Outros Riscos

• Não contabilização de resgates e benefícios devidos e não pagos – apuração de valor incorreto do Ativo Líquido do Plano (Patrimônio Social).

• Provisionamento de contingencial aquém do devido – afeta o valor do Ativo Líquido do Plano (Patrimônio Social).

• Modelagem do plano - o desenho do benefício no regulamento e a forma de financiamento de cada benefício podem levar o pano a perdas inesperadas.

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Comentários Finais• Reconhecer a impossibilidade em alguns casos na realização de

testes de aderência com significância estatística – compreensão do órgão fiscalizador.

• Cautela no estabelecimento pelo órgão regulador de premissas mínimas e máximas, pois dependendo da situação pode onerar sem necessidade participantes e patrocinadores.

• Não existem mecanismos para eliminar os riscos atuariais inerentes às atividades das EFPCs mas existem formas de acompanhá-los e mitigá-los. Esse é o trabalho do atuário.

• IMPORTANTE: cada plano tem suas particularidades, logo a forma de acompanhamento do risco atuarial não pode ser padronizada.

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A palavra “risco” deriva do italiano “risicare”, que significa “ousar”. Neste sentido, o risco é uma opção, e não um destino.

“Desafio aos Deuses” – Peter L. Bernstein

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Membros da Comissão de Fechadas

Andrea Vanzillotta (coordenadora)

Cassia Maria NogueiraCláudia Ferreira V. M. C. Balula

Isaura Beatriz P. RodriguesKátia Fergütz P. F. Travassos

Luiz Bernardo Guimarães MontelloMargarete Linhares Rosalino

Maria Claudia Xavier FernandesMaria da Fé da Costa Pinto

Marilia V. M. C. CastroMarisa Ribeiro de FariaMarta Arruda Leal Pires

Noêmia de Queiroz Vasquez