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dir oria da fa aliação dos úl and d d d d d d d d d d d d d d d d d d d f f f f f l l l l l l ã ã ã ã ã ã d d d d d d d d ú ú ú ú úl l d d d d d d d d d Comemorando resultados EVENTO 2015 começou com a Semana de Tecnologia da Construção HISTÓRIA O quiosque que deu lugar à grande expansão do salão social MECÂNICA Engenheiros criam um motor de carro feito de plásco painel

Painel - edição 240 - mar.2015

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Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

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Page 1: Painel - edição 240 - mar.2015

dir oria da fa aliação dos úl| andoA diretoria da AEAARP faz uma avaliação dos úl| mos anos comemorando conquistas, como a união entre os profi ssionais e a grande obra de ampliação

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Comemorando resultados

EVENTO2015 começou com a Semana

de Tecnologia da Construção

HISTÓRIAO quiosque que deu lugar à

grande expansão do salão social

MECÂNICAEngenheiros criam um motor

de carro feito de plásOco

painelAno XVIII nº 240 março/ 2015

A E A A R P

Page 2: Painel - edição 240 - mar.2015
Page 3: Painel - edição 240 - mar.2015

Neste mês, a atual gestão administra|va da AEAARP completa dois anos de mandato e se

encerra.

Foi um período de muito trabalho e conquistas.

O início foi embasado em uma situação sólida da en|dade herdada da nossa administração

anterior, que nos permi|u avançar e estabelecer em defini|vo, um modelo apropriado de

gestão.

Ao longo desse tempo, nos dispusemos a cumprir tudo o que nos propusemos a fazer por

ocasião de nossa eleição em 2013.

O aprimoramento na promoção dos eventos técnicos, a busca por novos e jovens associa-

dos, o aperfeiçoamento de convênios com en|dades de ensino e empresas, a reestruturação

dos planos de saúde, a implementação de ações ins|tucionais e de interesse público, a mo-

dernização administra|va e financeira visando a eficiência, a regularização e manutenção

patrimonial e o apoio aos associados com a disponibilização de espaços e de equipamentos

para trabalho e lazer.

Em decorrência do resultado posi|vo ob|do nessas ações, conseguimos viabilizar a implan-

tação de uma ampliação em nossas dependências, iniciada no mês de janeiro e que deverá ser

concluída proximamente, quando será disponibilizada para uso de nossos associados.

Mais que isso, a grande conquista desse tempo, foi a forma de gestão implantada, onde

imperou a transparência, a austeridade e a boa relação entre todos os envolvidos na adminis-

tração, ou seja, os diretores, os conselheiros, os funcionários, os colaboradores e os associados.

Por fim, quero deixar registrado, que quando assumi a presidência da AEAARP pela primeira

vez há quatro anos, me dispus a exercer essa função nos termos do estatuto social e com todo

o empenho e disposição que o cargo exige. Invoquei também a proteção de Deus.

Reafirmei essa intenção há dois anos quando fui reeleito e hoje ao encerrar o período de

quatro anos na presidência da AEAARP, estou convicto de que consegui a|ngir esses obje|vos.

Agradeço o apoio de todos que par|ciparam e contribuíram para a obtenção desses resul-

tados, mas principalmente dos associados, que através do voto depositaram sua confiança no

grupo de colegas que trilharam juntos essa jornada.

A Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto que completa 67 anos

de existência, é, segundo recente declaração pública do Presidente do Conselho Regional de

Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), a melhor en|dade de classe da área do Brasil.

Me sinto honrado por ter exercido essa função nos úl|mos quatro anos e contribuído jun-

tamente com nossos colegas de gestão, para dar con|nuidade à grandeza de nossa en|dade,

iniciada em 1948 e construída à par|r dessa data, passo a passo, por todos os gestores que

nos antecederam.

Deus nos protegeu.

Obrigado.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

Page 4: Painel - edição 240 - mar.2015

Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ÍndiceESPECIAL 05A prioridade é o coletivo

OPINIÃO 10Preço da irresponsabilidade

ENGENHARIA 116ª Semana de Tecnologia da Construção

ENGENHARIA 16Campo magnético contra o balanço

MEMÓRIA 18O fim do quiosque

PESQUISA 20Reduzindo custos de certificação

AGRONOMIA 22Mais tecnologia, menos agrotóxico

INDICADOR VERDE 23

CREA-SP 24Para exercer a profissão em outra região, tire um visto

MECÂNICA 25Motores de carros feitos de plástico

NOTAS E CURSOS 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente

Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. civil Edgard CuryEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiConselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editores: Blanche Amancio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Foto da capa: Daniela AntunesTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

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AEAARP

55

AEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARP

ESPECIAL

Uma conversa entre as pessoas que trabalharam pela AEAARP

nos úlgmos dois anos revela a sintonia de objegvos e ideais no

balanço deste mandato e conclui pelo incengvo ao associagvismo

é o coletivoA prioridade

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6

Revista Painel

“Estou na associação desde 1977, formei

em 1975. E estou porque quero. Não

adianta você querer forçar as pessoas.”

João Paulo Figueiredo

ESPECIAL

Dois anos depois de tomar posse pela

segundavezcomopresidentedaAEAARP,

o engenheiro João Paulo Figueiredo diz

que cumpriu os obje�vos aos quais se

propôsque foramosdepautaro trabalho

comuma agenda posi�va, de valorização

da harmonia e a sintonia entre os

associados, apostando na convergência

de ideias e posições. “Conseguimos

fazer com que a gestão fosse posi�va

na agenda técnica, ins�tucional, social

e na agenda de prestação de serviços

aos associados, uma vez que �vemos

importantes conquistas, como, por

exemplo, em relação aos contratos dos

planos de saúde”, comenta.

Assim como a agenda que se propôs

a cumprir, João Paulo também faz uma

A diretoria da AEAARP nos últimos dois anos foi harmonicamente composta por engenheiros, arquitetos e agrônomos

João Paulo Figueiredo

Page 7: Painel - edição 240 - mar.2015

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AEAARP

“Os conselhos (CREA e CAU) são obrigatórios. A Associação é uma

engdade facultagva, vem para cá quem quer. Eu dificilmente fico atrás

das pessoas para que venham para a Associação. Elas têm de vir por

vontade própria. Se não for assim, não fica. A pessoa tem de perceber e

entender que a Associação está aqui para ser posigva para o associado.”

João Paulo Figueiredo

João Paulo com os ex-presidentes da AEAARP - respeito à história e sintonia

Ercília Pamplona

avaliação posi�va dos resultados ob�-

dos em diversas áreas. “Quando eu che-

guei, exis�am questões programadas,

contratadas, e eu acho também que

uma administração séria e austera, sem

deixar de fazer o necessário. Tudo o que

foi pedido, solicitado e conversado foi

feito e sempre �ve a preocupação de

recorrer à diretoria e ao conselho para

decidir tudo o que estávamos fazendo”,

diz ele em relação à gestão da en�dade.

A convergência valorizada por João

Paulo como resultado de seu mandato

deu-se principalmente no es~mulo à

convivência entre os associados e o res-

peito às opiniões expressas e deba�das

na en�dade. No passado, por razões

pessoais ou disputas pontuais, ele con-

ta que, no decorrer do tempo, algumas

pessoas se afastaram da en�dade. E

ressalta que nos úl�mos dois anos hou-

ve uma reaproximação.

“Tivemos dois anos de céu de briga-

deiro, sem desavenças, salvo coisas que

foram superadas. Conseguimos indicar

uma pessoa muito bem capacitada para

ser o sucessor. Este grupo tem a mesma

filosofia com a qual trabalhamos nos úl-

�mos anos”, explica.Milton Vieira Leite

Page 8: Painel - edição 240 - mar.2015

8

Revista Painel

ESPECIAL

Para o engenheiro Milton Vieira Leite,

diretor de Ouvidoria da AEAARP, o êxito

observado por João Paulo deveu-se ao

empenho de todos em tomar decisões

cole|vamente. “Todos fomos convoca-

dos para as reuniões e a gente par|cipa-

va de tudo. Em nenhum momento houve

divergência que não fosse sobre a discus-

são do assunto, sem ranço”, lembra.

“Foi um modelo na forma de divulgar

novas tecnologias, valorizar os profissio-

nais e impedir que se faça da en|dade

um trampolim para benescio pessoal”,

observa Milton.

Milton e João Paulo ressaltam que

o equilíbrio financeiro alcançado pela

en|dade possibilitou o inves|mento se-

guro na ampliação do salão nobre, uma

obra que está em andamento e que vai

proporcionar um novo perfil de atendi-

mento para eventos na en|dade.

“A pargcipação de cada um independe

de cargo na diretoria ou conselho.”

José Aníbal Laguna

ModeloO engenheiro agrônomo Callil João

Filho diz que a gestão que se encerra

construiu um modelo de gestão que de-

verá ser seguido pelas demais. “Nós te-

mos dupla responsabilidade: perpetuar

o modelo e dinamizar a associação”,

conclui. O diálogo entre os profissio-

nais congregados pela AEAARP – enge-

nheiros, arquitetos e agrônomos – com

respeito às suas caracterís|cas é, para

Callil, um exemplo de grande sinergia

experimentada nestes úl|mos anos.

“Cada um de nós é bem menor que

a associação e temos que transformar

a en|dade em berço de harmonia, pro-

dução e produ|vidade”, diz. Para ele, um

dos desafios é o de atrair jovens. “Temos

de buscar uma oxigenação, com jovens,

ideais, espírito de coragem e cole|vida-

de. Só erra agora quem quer, e será por

vaidade ou imposição de ideias”.

A arquiteta Ercília Pamplona foi a pri-

meira mulher a ocupar a presidência da

en|dade e sente-se gra|ficada por ter

composto uma diretoria com sete ar-

quitetos. Na condição de vice-presiden-

te, ela assumiu o posto em períodos de

afastamento de João Paulo. Ele lembra

que quando Ercília foi indicada ao car-

go sequer a conhecia, mas depositou

no grupo que o acompanhava toda a

José Aníbal Laguna, Ercília Pamplona e Edinéia de Araújo Torres trabalham cotinianamente na obra

José Aníbal Laguna

Page 9: Painel - edição 240 - mar.2015

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AEAARP

“Temos de ser leão, e não um rato que ruge.”

Callil João Filho

confiança necessária para tê-la como

parceira neste processo. “E foi uma gra-

ta surpresa, uma grande profissional e

companheira de trabalho”.

O engenheiro José Aníbal Laguna,

diretor de Comunicação, lembra que a

en�dade promoveu umamudança esta-

tutária para abrigar os arquitetos, uma

vez que se desvincularam do CREA para

O associa�vismono Brasil

A reunião de pessoas em torno

de um mesmo obje�vo – ins�-

tucional, profissional, religioso,

polí�co ou beneficente – tem

registros desde a an�guidade. Al-

gumas fontes indicam que o asso-

cia�vismo já exis�a no berço da

civilização, em Roma e na Grécia

an�gas. No Brasil, estemodelo de

organização foi formatado por lei

a par�r de 1860. Qualquer pessoa

poderia fundar uma associação,

inclusive os escravos. Porém, não

bastava querer, a corte imperial

precisava aprovar o surgimento

do grupo e, posteriormente, seu

estatuto, segundo Ronaldo Perei-

ra de Jesus, que apresentou ar�-

go sobre o tema à Universidade

Federal de Juiz de Fora (MG).

Callil João Filho

José Aníbal Laguna, Milton Vieira Leite, João Paulo Figueiredo, Callil João Filho e Ercília Pamplona vistoriam a obra

aderir ao CAU, criado recentemente.

Para ele, os avanços conquistados

pela en�dade nos úl�mos anos propor-

cionaram uma solidez que não pode ser

ameaçada. Para Callil, “a terra só é boa

se ela for cul�vada, se não �ver uma se-

mente boa, também não fru�fica, não

aparece, torna-se um ser inerte. E a as-

sociação é terra boa”.

Page 10: Painel - edição 240 - mar.2015

10

Revista Painel

Marcos Cintra*

Entre 2013 e 2014 o rombo nas con-

tas públicas mais que dobrou no Brasil,

passando de 3,25% para 6,7% do PIB.

Ano passado o déficit nominal brasileiro

foi o maior em uma década e hoje é um

dos mais elevados do mundo, ficando

atrás apenas de Venezuela (12%), Egito

(11,9%) e Japão (8%).

A má gestão orçamentária criou uma

situação de descalabro nas contas pú-

blicas e, por conta disso, o país está ini-

ciando um severo ajuste fiscal. É o preço

que o brasileiro vai pagar por causa de

intervenções desastradas do governo

na economia ao longo dos úl�mos anos

e pelas ações populistas e irresponsá-

veis que destruíram fundamentos que

levaram anos para serem consolidados,

como os sistemas de meta de inflação e

de superávit primário.

Vale lembrar que em junho de 2013,

em uma audiência pública na Câmara

dos Deputados, o então ministro da Fa-

zenda, Guido Mantega, exaltava a polí�-

ca econômica dizendo que o país cami-

nhava para um déficit zero e que “não

há como ques�onar a solidez das contas

do governo”. Como em outras ocasiões,

Mantega errou. O déficit não só dobrou

de tamanho em apenas um ano e a tal

“solidez das contas do governo” não

passou de palavras sem fundamento.

O resultado nega�vo de 6,7% do PIB

nas contas do governo representa a di-

ferença entre o total da receita e o total

da despesa ao longo de 2014, incluindo

o pagamento dos juros da dívida públi-

ca. O déficit apurado se revelou pior que

o apurado em países que es�veram no

centro da crise europeia, como Grécia

(déficit de 4% do PIB) e Espanha (déficit

de 5,6% do PIB).

Cumpre destacar que a deterioração

fiscal brasileira deriva da destruição da

polí�ca de geração de superávit primá-

rio, calculado antes das despesas com

os juros da dívida pública, cuja adoção

se deu em 1999. Esse sistema foi es-

sencial para reduzir o endividamento

público e ajudou a melhorar a confiança

OPINIÃO

irresponsabilidadePor Marcos Cintra

Doutor em Economia pela

Universidade Harvard (EUA),

professor gtular e vice-presidente

da Fundação Getulio Vargas

Preço da

dos inves�dores externos no Brasil. Nos

úl�mos anos houve um claro abandono

pelo governo federal desse regime em

nome de uma polí�ca orçamentária de

cunho meramente eleitoreiro e assis-

tencialista, que fez o saldo posi�vo das

contas da União, que chegou a 2,5% do

PIB no período 2007-08, encerrar 2014

com déficit em 0,3% do PIB.

Os erros e os desmandos observados

nos úl�mos anos levaram a atual situ-

ação fiscal. Para tentar consertar o es-

trago foi convocado o ministro Joaquim

Levy, cuja missão será pilotar um ajuste

da ordem de mais de R$ 100 bilhões

este ano. Algumas ações já foram divul-

gadas e envolvem a elevação de tribu-

tos e a redução de gastos em áreas da

seguridade social e do financiamento

estudan�l, por exemplo. Novas e duras

medidas devem ser anunciadas ao lon-

go do ano.

Este e o próximo ano, pelo menos,

vão exigir enormes sacrixcios dos con-

tribuintes, empresários e trabalhado-

res brasileiros. É preciso recuperar no-

vamente a credibilidade na esfera das

contas públicas, ob�da a duras penas a

par�r do final dos anos 90, cujo preço

será uma combinação de recessão, de-

semprego e mais impostos. A irrespon-

sabilidade fiscal do atual governo fará

com que o país ande para trás.

Page 11: Painel - edição 240 - mar.2015

11

AEAARP

Sistema logísgco de transportes do estado, sistemas impermeabilizantes

e a implantação do VLT carioca foram os destaques da semana

ENGENHARIA

Sob a coordenação técnica do en-

genheiro civil João Paulo Figueiredo,

presidente da AEAARP, a 6ª Semana de

Tecnologia da Construção foi pautada

por alterna|vas tecnológicas, sobretu-

do no que diz respeito ao sistema de

transporte. Na palestra de abertura, o

engenheiro agrônomo Antônio Duarte

Nogueira Júnior, secretário de Logís|ca

e Transportes do Estado de São Paulo,

apresentou um relato sobre o setor e

expôs os inves|mentos que serão feitos

nos próximos anos.

O engenheiro civil José Mario Andrello

mostrou a aplicação e importância dos

sistemas de impermeabilização. Na úl|-

ma palestra, o engenheiro civil Mateus

Araújo e Silva mostrou a experiência da

implantação do modelo de transporte

com Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT)

na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

João Paulo considera que o primeiro

evento técnico do ano abriu com quali-

dade o ano de 2015. “Os inves|mentos

nos eventos técnicos significam inves|-

mentos no futuro de nossas carreiras e

de nossos colegas”, observa.

Veja a seguir o resumo das palestras.

Os vídeos com a íntegra estão disponí-

veis na sede da Associação.João Paulo Figueiredo

6ª Semana de Tecnologiada Construção

A Semana de Tecnologia da Construção abriu a agenda de eventos técnicos da AEAARP em 2015

Page 12: Painel - edição 240 - mar.2015

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Revista Painel

O Sistema Logís|co deTransportes do Estadode São PauloAntônio Duarte Nogueira Júnior,

engenheiro agrônomo e secretário de

Logís|ca e Transportes do Estado de

São Paulo

Antônio Duarte Nogueira Júnior apre-

sentou dados nacionais, estaduais e

da região administra|va de Ribeirão

Preto. Ele se concentrou principalmen-

te nas informações acerca do sistema

de transportes. Apresentou dados da

Agência de Transporte do Estado de São

Paulo (Artesp) que demonstram que no

quadriênio 2011-2014, Ribeirão Preto

recebeu melhorias e manutenção na

pavimentação do Anel Viário, a entrega

do viaduto Henri Nestlé e o Trevo Waldo

Adalberto da Silveira, mais conhecido

como Trevão. Já no triênio 2015-2018,

estão previstos R$ 228 milhões em in-

ves|mentos rodoviários na Região Ad-

ministra|va de Ribeirão Preto. Destes,

R$ 68 milhões serão só para a cidade de

Ribeirão Preto.

Duarte Nogueira ressaltou que o es-

tado de São Paulo tem 198 mil km de

estradas e que apenas 1.055 km são

rodovias federais – Presidente Dutra,

Régis Bitencourt, Fernão Dias e Trans-

brasiliana. As outras dividem-se da se-

guinte forma: 22 mil km são rodovias

estaduais, sendo que 6.600 km são ad-

ministrados pela inicia|va privada e os

170 mil km que restam são municipais,

dos quais 14.500 km são asfaltados e o

restante são estradas de terra.

O secretário faz uma comparação

com Roma (Itália), que há dois mil anos

|nha 100 mil km de estradas sob o co-

mando do Império Romano, sendo que

naquela época a região abrigava cerca

de 43 milhões de pessoas. “Percebemos

que pouco inovamos no que diz res-

peito à fonte de receita para construir

rodovias. Faço este paradoxo para pro-

vocar os engenheiros e tomadores de

decisão para buscarem mais inovação,

parcerias, planejamento em longo pra-

zo e qualidade nas obras”.

“Temos que pensar na intermodali-

dade para melhorar a logís|ca de trans-

porte e incrementar outros modais:

ferroviário, hidroviário, dutoviário e ae-

roviário”, alerta Nogueira. Hoje, a mo-

vimentação ferroviária de açúcar pro-

duzido na região de Ribeirão Preto, por

exemplo, representa 17,7% do total de

produtos transportados por este modal

no estado de São Paulo.

Ribeirão Preto tem o quarto aeroporto

mais movimentado do estado, ficando

atrás dos aeroportos Internacional de

Guarulhos, de Congonhas e Internacional

de Viracopos. O secretário contou que,

em janeiro deste ano, reuniu-se com o mi-

nistro da Secretaria de Aviação Civil paraAntônio Duarte Nogueira Júnior

Estudantes e profissionais participaram do evento

Page 13: Painel - edição 240 - mar.2015

13

AEAARP

tratar das obras no Aeroporto Leite Lo-

pes, de Ribeirão Preto, que contará com

o deslocamento da pista, aumento do pá-

|o e do terminal de passageiros e, assim,

tornar-se um aeroporto internacional.

Duarte Nogueira finalizou a palestra

afirmando que a Secretaria de Logís-

|ca e Transportes poderá contribuir

muito para o diagnós|co do potencial

da região de Ribeirão Preto no que diz

respeito ao Plano Diretor de Logís|ca e

Transportes (PDLT 2030).

Sistemas deImpermeabilização – NBR9575/2010 – Solução eProjetoJosé Mario Andrello,

engenheiro civil e diretor da Petra

Consultoria

A impermeabilização é uma das prin-

cipais ferramentas de proteção das es-

truturas contra a infiltração de água. E

existem várias normas para projetar e

executar esse sistema de proteção. “É

muito importante que todos esses con-

ceitos sejam bem observados na hora

de fazer e executar o projeto”, ressalta

o engenheiro civil José Mario Andrello.

A impermeabilização tem de estar

prevista em todas as fases da obra: te-

lhados e coberturas, terraços, calhas

de escoamento da água, caixas d’água,

piscinas, floreiras, paredes externas, es-

quadrias, peitoris de janelas, soleiras de

portas, muros de arrimo. “Deve-se pe-

gar os projetos de estrutura, hidráulico

e elétrico e compa|bilizar com o proje-

to de impermeabilização. A falha de um,

afeta diretamente no outro”, diz.

Hoje, existem 24 sistemas de imper-

meabilização norma|zados, no entanto

“existem inúmeros fabricantes no mer-

cado, com mais de 500 produtos com

desempenhos variados”, complementa

Andrello. A qualidade da mão de obra

é outro fator determinante para a insta-

lação eficaz do sistema de impermeabi-

lização. “A contratação de empresa es-

pecializada é mais cara do que a de um

empreiteiro, porém a empresa está ca-

pacitada e, além disso, ela emite a ART

se responsabilizando por eventuais pro-

blemas”. O sistema de impermeabiliza-

ção torna-se complexo porque envolve

muitas normas. “É preciso conhecer as

normas, os |pos de concreto, os mate-

riais e os sistemas impermeabilizantes

para garan|r o bom desempenho do

produto”.

José Mário Andrello

Page 14: Painel - edição 240 - mar.2015

14

Revista Painel

A impermeabilização deve sempre

ser feita com substratos novos, em lo-

cais limpos e sem sujeira e contamina-

ções. “Já vi obras com dois ou três sis-

temas de impermeabilização aplicados

um em cima do outro e que con|nu-

am vazando. Tem que arrancar tudo e

refazer”. Andrello afirma que prever o

escoamento da água de forma adequa-

da garante em até 40% a eficiência de

drenagem do sistema. Além disso, o en-

genheiro ressalta que o construtor sem-

pre deve deixar um manual de uso para

o proprietário. “O manual serve como

guia. Por exemplo, se uma cozinha não

tem ralo, não pode ser lavada. Ou o pro-

prietário não pode re|rar determinado

piso que está sobre um sistema imper-

meabilizante, porque poderá romper

esse sistema e gerar danos futuros”.

Da chuva, do lençol freá|co ou por

condensação, a água pode aparecer

de várias formas e pode tornar-se um

perigo para as construções. “Existem

danos nas edificações que incomodam

este|camente e são insalubres como,

por exemplo, o mofo. Porém, há outros

danos que são muito sérios como a cor-

rosão de uma laje”. A alcalinidade do

concreto, que chega próximo a 13, é o

que protege uma estrutura da corrosão.

“Para garan|r a qualidade de qual-

quer sistema de impermeabilização,

o ideal é que os cantos das estruturas

sejam arredondados, pois assim facilita

o serviço e evita pontos falhos na apli-

cação”. Existem muitos |pos de infiltra-

ção: percolação da água, capilaridade,

condensação. E para cada um desses

existe um sistema de impermeabiliza-

ção adequado. “Deve-se levar em conta

o |po de estrutura, do substrato, se a

obra é abrigada ou exposta ao tempo e

as influências que ocorrerão pela ação

da água, da umidade e dos vapores so-

bre a obra”, finaliza o engenheiro.

Projeto do VLT noRio de JaneiroMateus Araújo e Silva,

engenheiro civil da Consultoria Cita|s

O engenheiro civil Mateus Araújo e

Silva par|cipou do projeto do Veícu-

lo Leve sobre Trilho (VLT) que ligará o

centro da cidade do Rio de Janeiro-RJ

à região portuária do município, proje-

to conhecido como VLT carioca – Por-

to Maravilha. Com 28 quilômetros de

extensão, o sistema de transporte teráJosé Aníbal Laguna

seis linhas, 42 estações com distância

média de 400 metros entre elas.

“A ideia do VLT carioca existe há, pelo

menos, cinco anos”, diz. O projeto ligará

importantes pontos da cidade como o

Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Pra-

ça Mauá, Praça XV, Avenida Beira Mar

entre outros. As caracterís|cas básicas

deste projeto são: ambiente clima|za-

do, fácil acesso, integração com metrôs,

trens e ônibus e baixa emissão de gás

carbônico. “Europa e Estados Unidos

u|lizam muito os veículos sobre trilhos.

E essa ideia voltou com tudo para o Bra-

sil com a promessa de revitalização do

espaço urbano”.

A região central do Rio de Janeiro

sofreu forte degradação ao longo dos

anos, comenta o engenheiro, e a in-

serção de um VLT é uma das soluções

que contribuirá com a revitalização do

espaço. “Além disso, esse transporte é

ecologicamente menos degradante do

que os ônibus”, ressalta Silva. Com o

novo uso do solo e a mudança na mo-

bilidade urbana, a expecta|va de em-

prego aumenta na região. “O padrão

mais frequente de viagem é o trajeto

casa-trabalho. Educação também é um

forte polo gerador de viagens”.

Para construir um quilômetro de

VLT são inves|dos R$ 45 milhões. Já a

construção de um quilômetro de metrô

passa de R$ 80 milhões, segundo o en-

genheiro. Além do circuito feito pelos

passageiros, a construção do VLT tem

de prever o pá|o de manobra e como

será feita a manutenção e o sistema

operacional. “Quem paga essa conta? O

usuário do sistema”.

Em novembro de 2010, começaram

Page 15: Painel - edição 240 - mar.2015

15

AEAARPrevistapainel

ANUNCIENA

PAINEL

16 | [email protected]

Mateus Araujo e Silva

os estudos técnicos para a implanta-

ção do VLT carioca. Foram feitos cinco

relatórios que abordaram os seguintes

aspectos: estudo de demanda, projeto

funcional, projeto básico, modelagem

econômico-financeira e modelagem

jurídico-ins|tucional. Silva atuou na pri-

meira etapa deste projeto.

A es|ma|va de demanda de pas-

sageiros é baseada em algumas pre-

missas: definição dos |pos de viagens

realizadas na área em questão, levanta-

mentos de dados através de pesquisas

e abordagem sobre o comportamento

dos usuários. “Fazemos pesquisas para

definir quem são os usuários potenciais

do VLT”. Essas pessoas estão divididas

nas seguintes classes: não-motoriza-

dos (andantes ou ciclistas), motoristas,

passageiros (seja de táxi ou carona),

ônibus, metrô e van. “O VLT concorre

com esses outros meios”, porém tem

algumas observações a serem levadas

em consideração. O ciclista ou andante,

explica o engenheiro, dificilmente migra

para o modo de transporte motorizado.

E o passageiro que recebe carona tam-

bém. Portanto, esses grupos são des-

considerados nos cálculos dos futuros

passageiros do VLT carioca.

O Modelo Logit Mul|nomial serviu

como base para a pesquisa de demanda

do usuário do VLT carioca. Silva ponde-

ra que os principais fatores de escolha

de um meio de transporte pelo usuário

são tempo e custo. A pesquisa também

revelou o comportamento dos usuá-

rios dos modos cole|vos (trens, vans,

ônibus) e individual motorizado (au-

tomóvel, moto, táxi) da área do Porto

Maravilha e es|mou o con|ngente de

usuários que poderão migrar para o uso

do VLT. Todo esse processo depende de

algumas variáveis como, por exemplo,

atributos dos modos de viagens (tem-

po, custo, conforto e confiabilidade),

polí|cas públicas de transporte (u|li-

zação de bilhete único), caracterís|cas

do usuário (mo|vo da viagem: trabalho

ou estudo, renda domiciliar). No caso

do VLT carioca foram entrevistados 236

indivíduos da classe individual motori-

zado e 1994 pessoas da classe cole|vo.

Page 16: Painel - edição 240 - mar.2015

16

Revista Painel

ENGENHARIA

Engenheiros e arquitetos sabem bem

que grandes construções não são estrutu-

ras estáveis. Em razão dos ventos, prédios

muito altos podem passar por situações

que promovam movimentação. Para re-

solver esta questão e evitar a fadiga dos

materiais, os engenheiros responsáveis

pelo projeto da torre Shanghai Tower

(construída no distrito financeiro de Pu-

dong de Shanghai, a maior cidade da Chi-

na) decidiram usar um sistema ambicioso.

Em vez de u�lizar apenas os pêndulos,

que são escolhidos geralmente para a

compensação dos movimentos, eles ins-

talaram um ímã gigantesco.

Eles esperamque nenhum�pode sensa-

ção seja sen�da por quem es�ver nos 121

andares da torre chinesa, mesmo entre

aqueles que es�verem no topo dos mais

de 630 metros que fazem parte da obra.

O sistema funciona da seguinte forma:

cabos de aço seguram um pêndulo— com

1.000 toneladas de aço —, que é man�do

em inércia para a verificação de possíveis

instabilidades. Para evitar que todo esse

peso cause balanços ainda maiores, gran-

des amortecedores hidráulicos são ins-

talados nas bases do pêndulo. Abaixo de

tudo isso está o ímã.

O objeto é composto por 125 ímãs de

alto campo, aplicados sob uma grande

estrutura de cobre (disposta em uma pla-

ca de 10 metros por 10 metros). Quando

Campo magnéticoEm Shanghai, engenheiros usam um gigantesco ímã para

estabilizar os 630 metros da torre de 121 andares

contra o balanço

Fotos Sinelab

Page 17: Painel - edição 240 - mar.2015

17

AEAARP

alguma instabilidade é sen�da no prédio,

o pêndulo acima se move e a�va uma cor-

rente elétrica no “prato de cobre”, que

consegue criar um campo contrário às

forças externas e mantém tudo no lugar

correto.

Toda a energia necessária é criada no

próprio sistema. A a�vação dos campos

magné�cos é capaz de transformá-los em

energia elétrica, dispensando qualquer

fonte externa. O resultado é estabilidade

em toda a construção, mesmo com for~s-

simos ventos, e racionalidade no uso da

energia.

Fonte: Insgtuto de Engenharia

Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo

de acesso

PCH

Galeria Celular

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oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.

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Concreto

Tubo Circular

Page 18: Painel - edição 240 - mar.2015

18

Revista Painel

No final dos anos de 1980 a sede da

AEAARP resumia-se a um andar, com salas

que hoje são ocupadas pelo CREA-SP. O

engenheiro Juarez Correia Barros Junior

era o presidente. A en�dade �nha espaços

para reuniões formais, mas carecia de um

lugar para o convívio social.

“O Juarez pediu ajuda para as constru-

toras e eu convenci aquela onde eu tra-

balhava em colaborar com a en�dade”,

lembra o engenheiro José Ba�sta Ferreira,

O fimO primeiro espaço de convívio social da AEAARP foi

demolido para dar lugar à ampliação do salão de festas

do quiosque

MEMÓRIA

recém-chegado à cidade. Ele conta que o

inves�mento foi o equivalente à metade

do preço de uma casa de conjunto habi-

tacional.

O quiosque foi o primeiro espaço de

convívio social da AEAARP, onde foram rea-

lizados encontros fes�vos e reuniões. Para

José Ba�sta, essas oportunidades são im-

portantes para criar afinidades, expor con-

trapontos e, desta forma, ampliar vínculos

de amizade e profissionais. “Assim surgem João Paulo Figueiredo e José Batista Ferreira

Page 19: Painel - edição 240 - mar.2015

Contamos com suacolaboração!

Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP

(Associação deEngenharia, Arquitetura

e Agronomia deRibeirão Preto)

Agora você escreve o nome

da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA-SP

diretamente para a sua entidadeideias e diminuem as diferenças”, opina.

José Ba�sta lembra que anos mais tar-

de o propósito do quiosque foi estendido

para o salão de festas. “Foi uma semen-

te que prosperou, fru�ficou”, conclui ao

avaliar a demolição do lugar. A área pas-

sa a ser ocupada pela laje de ampliação

do salão de festas e pela área de apoio

para os serviços necessários à realização

de eventos.

“Há a necessidade de os associados

entenderem que todos os vetores po-

dem construir algo posi�vo, e isso vem

do convívio, desde o estagiário até o em-

presário”, opina. O engenheiro João Paulo

Figueiredo, presidente da AEAARP, lembra

que par�cipou de encontros realizados

no quiosque. “A en�dade precisa atender

às necessidades dos tempos atuais, estar

conectada com as mudanças e com o seu

próprio crescimento, valorizando sempre

as inicia�vas que nos trouxeram até aqui”.

Page 20: Painel - edição 240 - mar.2015

20

Revista Painel

Reduzindo custos

Pesquisadores desenvolveram técnica para aumentar a

precisão das informações de medidas inerciais

de certificação

Projeto de pesquisa da Escola de En-

genharia de São Carlos (EESC) da USP,

do Ins�tuto de Ciências Matemá�cas

e de Computação (ICMC) da USP, em

São Carlos, e da Universidade Federal

de São Carlos (UFSCar) visa o�mizar a

precisão e a confiabilidade das unida-

des de medidas inerciais — sensores

compostos por um magnetômetro, um

acelerômetro e um giroscópio — que

não passaram por um processo de cer-

�ficação. O projeto foi selecionado na

primeira chamada do Programa em Pes-

quisa eScience, lançado pela Fundação

de Amparo à Pesquisa do Estado de São

Paulo (Fapesp).

Dependendo da aplicação, os senso-

res precisam passar por um processo

de cer�ficação, porém isso os encare-

ce muito. Esse �po de procedimento é

obrigatório, por exemplo, nos sensores

das aeronaves que precisam transmi-

�r um sinal altamente confiável para a

cabine de controle. Em contrapar�da,

existem sensores que, dependendo

do uso, não necessitam de cer�ficação

como, por exemplo, aqueles usados em

veículos terrestres e aéreos não tripula-

dos de pequeno porte.

O grupo de pesquisa coordenado pelo

professor Marco Terra, do Departamen-

to de Engenharia Elétrica e de Compu-

tação da EESC, conseguiu desenvolver

técnicas para aumentar a precisão das

informações das unidades de medidas

inerciais. Chamadas de “Filtragem Ro-

busta”, elas complementam a leitura

dos algoritmos conhecidos como filtros

de Kalman — um algoritmo pode ser

entendido como um conjunto de ações

que, quando executadas em uma deter-

minada sequência, levam a um resulta-

do específico desejado — e ajudam a

minimizar alguns ruídos na transmissão

de dados.

“Os estudos desses algoritmos têm

sido publicados em revistas interna-

cionais e têm contribuído com a teoria

de sistemas de controle e de filtragem.

Estamos agora aplicando essas técnicas

na robó�ca, em par�cular em veículos

autônomos”, comentou o professor.

Medidas inerciaisAs leituras das unidades de medidas

inerciais que não são cer�ficadas, e por

isso de baixo custo, apresentam em ge-

ral menor precisão do que as das unida-

des cer�ficadas. Para aumentar a con-

fiabilidade dessas medidas, a pesquisa

busca implementar filtros recursivos

robustos em FPGA (Field Programmable

Gate Arrays) — um �po de hardware

que pode ser programado para uma ou

mais funções específicas do usuário —

no sistema embarcado que irá receber

as informações das unidades de medi-

das inerciais e comandar as ações do

caminhão autônomo com segurança.

PESQUISA

Page 21: Painel - edição 240 - mar.2015

21

AEAARP

“Desenvolvemos a teoria de es�ma-

�va de variáveis em tempo real. Desse

modo, assim que os dados são gerados,

eles também são processados e uma in-

terpretação é dada no mesmo instante

para es�mar o que vai ocorrer no futu-

ro próximo”, explicou Terra. A pesquisa,

que está em desenvolvimento, é aplica-

da em um caminhão autônomo — que

dispensa motorista — para desenvolver

es�ma�vas de variáveis em tempo real,

como velocidade, distância e posiciona-

mento. As unidades de medidas iner-

ciais transmitem as informações capta-

das, e posteriormente o algoritmo faz

a leitura de cada variável e transmite a

um sistema que por sua vez realiza o co-

mando final.

“A junção dos dados da unidade de

medida inercial com a precisão da leitu-

ra através da ‘Filtragem Robusta’ pode

dar a autonomia necessária para o ve-

ículo andar sem motorista ou ser um

grande auxílio para prevenir acidentes

aumentando a sua capacidade de dirigi-

bilidade”, explicou o professor. O estudo

será desenvolvido por um período de

dois anos. “A expecta�va é de que a pes-

quisa gere uma patente”, afirmou Terra.

O projeto de pesquisa coordenado

pelo professor Terra, chamado de “Sis-

tema de referência de a�tude, orienta-

ção e posição baseado em filtro de Kal-

man robusto implementado em FPGA”

foi um dos quatro selecionados na pri-

meira chamada do Programa em Pes-

quisa eScience. Lançado pela Fapesp, o

programa pretende explorar avanços de

estudos em computação que ajudem a

vencer desafios cien~ficos e tecnológi-

cos em outros domínios, e vice-versa.

A inicia�va da Fapesp, lançada em

2013, também busca organizar, classi-

ficar, visualizar e facilitar o acesso ao

gigantesco volume de dados constante-

mente gerados em todos os campos de

pesquisa, a fim de obter novos conhe-

cimentos e fazer análises abrangentes

e originais. O termo eScience muitas

vezes é considerado sinônimo da ciên-

cia desenvolvida a par�r da análise de

grande quan�dade de informações, pois

resume o desafio de pesquisa conjunta.

Fonte: Agência USP

Page 22: Painel - edição 240 - mar.2015

22

Revista Painel

O sistema de pulverização eletrostá�ca

desenvolvido pela Embrapa reduziu mais

de 90% a quan�dade de agrotóxicos co-

mumente aplicada na pulverização con-

vencional. Esta foi a conclusão de uma

avaliação feita pela B&D Equipamentos

Agrícolas que testou a tecnologia em es-

tufas da empresa Kiara Foods para o con-

trole da mosca-branca em hortaliças, pra-

ga considerada de dixcil controle e ataca

diversas espécies vegetais.

A Embrapa assinou recentemente um

contrato de licenciamento para a produ-

ção e comercialização do pulverizador

pneumá�co eletrostá�co. Os resultados

dos testes surpreenderam o pesquisador

Aldemir Chaim, da Embrapa Meio Am-

menos agrotóxicoAs gotas produzidas pelo equipamento têm diâmetro de

40 micrômetros, o que aumenta a eficácia da técnica

Mais tecnologia,

AGRONOMIA

Aldeir Chaim

biente (SP), que coordenou o desenvolvi-

mento da tecnologia.

“Além dos aspectos relacionados à eco-

nomia para o produtor, deve ser levada

em consideração a redução de impacto

ambiental pela diminuição das perdas de

agrotóxico e de resíduos nos alimentos,”

pondera o pesquisador informando que

a Embrapa deverá realizar mais testes em

campo para comprovar esses resultados,

inclusive u�lizando o equipamento para

aplicar produtos biológicos.

“Com a pulverização eletrostá�ca,

as ninfas [insetos na fase jovem] que se

escondem na parte inferior das folhas

são a�ngidas pelo químico aplicado,”

diz Chaim. Ele explica que eficiência é

decorrente da atração eletrostá�ca do

agrotóxico: o produto possui uma carga

elétrica oposta à da planta, o que provoca

sua aderência mesmo nas áreas de dixcil

acesso, como a parte de baixo das folhas,

por exemplo.

Segundo o Ins�tuto Nacional

do Câncer (INCA), são consu-

midas 1 milhão de toneladas

de agrotóxicos anualmente

no país, o que equivale a um

consumo médio de 5,2 kg de

veneno agrícola por pessoa.

Page 23: Painel - edição 240 - mar.2015

23

AEAARP

25%

Vai ser a redução do impacto

ambiental causado pela Torre

Eiffel, com a instalação de duas

turbinas eólicas com capacidade

para gerar juntas cerca de 10 mil

kWh de energia. Esse número

será suficiente para alimentar

o primeiro andar da edificação,

onde estão localizados osmuseus,

lanchonetes e restaurantes do

monumento. As duas turbinas

de eixo ver�cal foram instaladas

no segundo nível da torre, a 122

metros do solo, uma posição que

maximiza a captura de vento,

que pode acontecer a par�r de

qualquer direção. As estruturas

foram pintadas de forma a se

“camuflarem” na arquitetura da

torre. O projeto faz parte de uma

revitalização, que irá es�mular a

sustentabilidade e preservação

dos recursos do p laneta .

A renovação do monumento

irá custar € 30 milhões (R$ 97

milhões).

Fonte: info.abril.com.br

INDICADORVERDE

Com pedido de patente solicitado em

2013, o bico pneumá�co eletrostá�co da

Embrapa produz um dos maiores índices

de carga de eletrificação de gotas já regis-

trados no mundo para esse �po de equi-

pamento, o que resulta em maior atração

à superxcie das plantas.

Chaim detalha que o resultado tam-

bém ocorre devido ao tamanho reduzido

das gotas que o disposi�vo da Embrapa

produz. “Com diâmetro abaixo de 40 mi-

crômetros, as gotas são levadas para o in-

terior das plantas pelo próprio jato de ar

que pulveriza o líquido proporcionando o

a�ngimento de regiões escondidas,” ex-

plica. Um fio de cabelo fino, por exemplo,

tem cerca de 60micrômetros de diâmetro.

Outra vantagem da tecnologia no com-

bate ao inseto é uma turbulência pro-

duzida pelo bico que provoca o voo das

moscas. “Esses insetos em voo se choca-

riam imediatamente com uma gigantesca

nuvem de minúsculas gotas eletrificadas,

essa é minha hipótese para explicar em

parte essa grande eficácia da tecnologia,”

analisa Chaim.

Além das vantagens econômicas, a re-

dução da quan�dade de agrotóxicos tam-

bém resulta emmenor impacto ambiental

provocado por perdas e carreamento des-

ses químicos bem como reduz seus resí-

duos nos alimentos.

Para o pesquisador, o custo de desen-

volvimento de novas moléculas de agro-

tóxicos é extremamente oneroso para

www.aeaarp.org.br

Veja na área de no~cias do site da AEAARP os

resultados ob�dos com os testes.

as indústrias. Não é raro o aparecimento

de resistência das pragas a moléculas de

agrotóxicos, o que gera grandes prejuízos

financeiros para essas empresas, pois são

obrigadas a re�rá-los do mercado antes

de recuperarem os seus inves�mentos

de pesquisa. Assim, uma tecnologia de

aplicação de agrotóxicos mais eficientes,

pode aumentar a vida ú�l de comerciali-

zação dos agrotóxicos, bem como a efici-

ência no controle das pragas e doenças.

O Laboratório de Tecnologia de Apli-

cação de Agrotóxicos da Embrapa Meio

Ambiente estuda a pulverização eletros-

tá�ca desde 1984. “Trata-se de um traba-

lho muito complexo que exige considerar

variáveis como posicionamento de ele-

trodos, influência da vazão dos líquidos,

riscos de fuga de corrente, entre outros”,

detalha. Para complicar, as caldas de agro-

tóxicos apresentam condu�vidades elétri-

cas diferentes, que em alguns casos, pode

gerar curto-circuito com uma fina camada

líquida na ponta do bico, problema que

compromete a eficiência na geração das

gotas eletrificadas.

Desde 2006, a Embrapa Meio Ambien-

te desenvolveu e testou em laboratório

dezenas de protó�pos de pulverizadores

eletrostá�cos. Dependendo do �po de

equipamento, da cultura e alvo ar�ficial, a

pulverização eletrostá�ca proporcionava

um aumento de deposição entre 30 a 70%

em relação à ob�da pelos pulverizadores

convencionais.

Page 24: Painel - edição 240 - mar.2015

24

Revista Painel

CREA-SP

tire um vistoPara exercer a profissão em outra região,

O ar�go 69 da Lei nº 5.194/66, que re-

gulamenta as profissões nas áreas da en-

genharia, agronomia, geologia, geografia

emeteorologia, determina que somente

poderão par�cipar de licitações empre-

sas e profissionais que apresentem visto

do Conselho Regional da jurisdição onde

a obra, o serviço técnico ou projeto deva

ser executado. Essa aplicação foi refor-

çada pela previsão con�da no inciso I

do Ar�go 30 da Lei nº 8.666/93, que

autoriza o órgão ou en�dade licitante a

exigir, para fins de qualificação técnica

dos interessados, registro ou inscrição

na en�dade profissional competente.

Conforme Resolução 413/93 do

CONFEA, a pessoa jurídica registrada em

qualquer Conselho Regional, quando for

exercer a�vidades emcaráter temporário

na jurisdição de outro Regional, fica

obrigada a auten�car nele o seu registro,

concedido para os seguintes efeitos e

prazos de validade:

- Execução de obras ou prestação de

serviços: não será superior a 180 dias e

poderá ser concedido para a�vidades

parciais do objeto social da pessoa jurídi-

ca. Será válido para exercer as a�vidades,

com os respec�vos responsáveis técni-

cos, na jurisdição do CREA onde serão

executadas as a�vidades técnicas. O res-

ponsável técnico da pessoa jurídica para

cada a�vidade a ser exercida na nova

região, deve estar registrado ou com o

respec�vo registro visado no Conselho

Regional onde for requerido o visto.

- Participação em licitações: será

concedida até a validade da cer�dão do

CREA de origem da empresa somente

para par�cipação em licitações na juris-

dição do CREA onde será realizado o cer-

tame. Esse �pode visto não temvalidade

para a execução de obras ou prestação

de serviços, cumprindo à pessoa jurídica,

caso seja vencedora, solicitar seu visto

para execução de obras.

Unidades dos CREAsAcre www.creaac.org.br (68) 3214 7550

Alagoas www.crea-al.org.br (82) 2123 0852

Amapá www.creaap.org.br (96) 3223 0318

Amazonas www.crea-am.org.br (92) 2125 7111

Bahia www.creaba.org.br (71) 3453 8990

Ceará www.creace.org.br (85) 3453 5800

Distrito Federal www.creadf.org.br (61) 3961 2800

Espírito Santo www.creaes.org.br (27) 3334 9900

Goiás www.crea-go.org.br (62) 3221 6200

Maranhão www.creama.org.br (98) 2106 8300

Mato Grosso www.crea-mt.org.br 0800 647 3033

Mato Grosso do Sul www.creams.org.br (67) 3368 1000

Minas Gerais www.crea-mg.org.br 0800 031 2732

Pará www.creapa.com.br (91) 4006 5500

Paraíba www.creapb.org.br (83) 3533 2525

Paraná www.crea-pr.org.br 0800 41 0067

Pernambuco www.creape.org.br (81) 3423 4383

Piauí www.crea-pi.org.br (86) 2107 9292

Roraima www.crearr.org.br (95) 3224 1392

Rondônia www.crearo.org.br (69) 2181 1095

Rio de Janeiro www.crea-rj.org.br (21) 21792000 /

2179 2007

Rio Grande do Norte www.crea-rn.org.br (84) 4006 7200

Rio Grande do Sul www.crea-rs.org.br (51) 3320 2100

Santa Catarina www.crea-sc.org.br (48) 3331 2000

São Paulo www.creasp.org.br 0800 17 18 11

Sergipe www.crea-se.org.br (79) 3234 3000

Tocan�ns www.crea-to.org.br (69) 8413 3431

Page 25: Painel - edição 240 - mar.2015

25

AEAARP

MECÂNICA

Os plás|cos estão chegando à única

parte dos automóveis que parecia ser

território exclusivo dos metais: os mo-

tores. Engenheiros alemães e japone-

ses, trabalhando conjuntamente, cons-

truíram o primeiro bloco de motor de

plás|co reforçado com fibras.

Uma das formas mais simples de redu-

zir o consumo de combus{vel é diminuir

o peso dos carros. A subs|tuição dos me-

tais por plás|cos chegou a níveis eleva-

dos e a opção da indústria vinha sendo a

de subs|tuir o aço por metais mais leves

ou por fibras especiais. Nestes casos, pe-

sava ainda mais o valor da matéria-prima.

A equipe do Ins|tuto Fraunhofer,

organização de pesquisa alemã, e da

Sumitomo Bakelite, japonesa, espe-

cializada em plás|cos, apresentou um

protó|po que tem demonstrado a via-

bilidade do projeto. “Nós usamos um

compósito reforçado com fibras para

fabricar um bloco de cilindros para um

motor experimental monocilíndrico,”

conta Lars-Fredrik Berg, gerente de de-

senvolvimento do projeto.

“O bloco de cilindro pesa cerca de

20% menos do que seu equivalente de

alumínio e tem o mesmo custo,” acres-

centou. Os desafios do projeto são os

de fazer com que o plás|co resista a

temperaturas extremas, alta pressão e

vibrações, sem deformar ou trincar.

Materiais com essas caracterís|cas

são conhecidos há algum tempo, mas

sua manufatura é complicada, exigindo

a fabricação quase artesanal de cada

peça, algo impensável para a indústria

automobilís|ca.

Híbrido metal-compósitoPara trazer o material para a linha de

produção, a saída encontrada foi a de

construir uma peça híbrida, sem perder

tempo com as partes mais delicadas.

Isso inclui, por exemplo, a chamada ca-

misa do pistão.

“Primeiro nós analisamos o projeto

feitos de plásticoMotores de carros

do motor e iden|ficamos as áreas sujei-

tas a maiores cargas térmicas e mecâni-

cas. Nessas áreas nós usamos inserções

de metal para reforçar sua resistência

ao desgaste,” conta Berg.

Os blocos de plás|co estão sendo fa-

bricados com plás|cos termorrígidos gra-

nulados, acrescidos de fibra de vidro, em

um processo de moldagem por injeção. O

material é fundido, e solidifica-se depois

de ser injetado no molde sob pressão.

Menos ruído e menos calorOs testes do protó|po do motor de

plás|co mostraram dois ganhos adicio-

nais: ele emite menos ruído e irradia

menos calor que os motores inteira-

mente metálicos.

A equipe anunciou que já está tra-

balhando na construção de um motor

mul|cilindro, que já deverá ter também

o virabrequim de plás|co.

Fonte: inovacaotecnologica.com.br

O uso do material reduz o peso do carro e é uma das

úlgmas fronteiras da indústria na busca por este objegvo

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Revista Painel

NOTAS E CURSOS

Mörtelpad, que consiste em placas pré-fabricadas de argamassa, foi um dos produtos de

destaque da BAU 2015, feira de arquitetura, materiais e sistemas para construção realizada

em Munique (Alemanha). Produzida com recursos de origem mineral, a tecnologia permite

a aplicação de argamassa na superscie de pisos e paredes de maneira prá|ca e uniforme. O

Mörtelpad é composto por uma camada retangular de argamassa reves|da por um adesivo

solúvel em água de cerca de três milímetros de espessura. Quando dissolvido, o material

colante é absorvido pela massa, tornando-a homogênea para aplicação. Para aplicar a

argamassa, basta umedecer a superscie, colocar as placas pré-fabricadas, cortando-as de

acordo com o tamanho e formato necessários, e molhar a massa por cerca de cinco segun-

dos. Algumas das vantagens do produto são: a redução do tempo de preparo e aplicação

da argamassa, a eliminação de ferramenta auxiliar para fixação do material e a redução da

geração de resíduos constru|vos. No site www.aeaarp.org.br há um vídeo que demonstra

a aplicação do produto.

Fonte: techne.pini.com.br

Empresa alemã cria argamassa em placas

O economista Florian

Schumacher concluiu em sua

tese de doutorado na Esalq/

USP que o custo de instalação

de lombadas eletrônicas não

é eficientes sob a maioria das

condições de tráfego no Brasil.

“A discussão desse tema é

muito importante, porque

os acidentes de trânsito são

uma das principais causas

de mortes e lesões corporais

no Brasil e no mundo, e

geram grande impacto

econômico e social”, afirma.

As convencionais, por outro

lado, têm custos eficientes,

mas apresentam em vários

impactos colaterais como, por

exemplo, o atraso de veículos

de emergência e a penalização

de pessoas portadoras de

necessidades especiais. Um

levantamento realizado pelo

Sistema de Informações de

Mortalidade, do Ministério da

Saúde, revela que, em 2010,

foram registradas 40.989

ocorrências de acidentes que

terminaram em óbitos no

País. Florian conclui que é

necessário reduzir o valor de

implantação das lombadas

eletrônicas.

Fonte: Agência USP

A eficiência das

lombadas no trânsito

O Cole|vo Escafandro criou o projeto Rios (In)visíveis de São Paulo, que surgiu inicialmente

como um trabalho de mapeamento, e devido a boa aceitação e divulgação nas redes sociais

tornou-se um mapa colabora|vo aberto para as pessoas contarem suas histórias, mostrando

outras perspec|vas do espaço urbano e das margens ocultas da cidade. No início foram usa-

dos dados do Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais do Município de São

Paulo (PMAPSP). Hoje, no site do projeto os visitantes podem fazer upload de fotos an|gas

de rios e córregos e deixar um relato sobre o tema. O resultado é um mapa que mostra a

cidade de uma outra forma. No site www.riosdesaopaulo.org é possível visualizar o projeto.

Fonte: ArchDaily

Rios

Para comemorar os 40 anos de existência, o Ins|tuto de Engenharia Nuclear (IEN), montou

uma exposição para contar sua história. A mostra está no Museu de Astronomia e Ciências

Afins (Mast). Entre os tópicos expostos, em painéis e vitrines, estão: o primeiro reator nuclear

de pesquisa construído pela indústria brasileira, a produção de radiofármacos para medicina

nuclear, além da constribuição do IEN ao domínio da tecnologia do combus{vel nuclear e

à segurança das usinas de Angra dos Reis. A exposição fica no Mast até o final de abril. O

museu fica na cidade do Rio de Janeiro-RJ e no site www.mast.br é possível acessar várias

informações sobre a história da ciência no Brasil.

História da engenharia nuclear

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AEAARP

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