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Slides sobre parnasianismo , literatura segundo ano médio
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7/21/2019 Parnasianismo
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FINAL DO SÉCULO XIX
OBRA INAUGURAL: “FANFARRAS”, DE TEÓFILO DIAS
Teve fim em: 1893, com a publicação dasobras Missal (prosa) e Broquéis (poesia)
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Anton Raphael Mengs –
Apolo e as musas da poesia no Parnaso
“Não há nada mais belo do que algo que não serve paranada”
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PANORAMA BRASILEIRO
Ciclo do café. Decadência da Monarquia. Abolição (1888). Proclamação da República ( 1889). Governo de Deodoro e a primeiraConstituição da República.
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A ARTE PELA ARTE.
descompromisso
com a realidade ,
procurando atingir
sobretudo aperfeição formal ,
sem se preocupar
com questões sociais, políticas, econômicas
ou religiosas.
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Língua portuguesa (Olavo Bilac)
Última flor do Lácio, inculta e bela,És, a um tempo, esplendor e sepultura:Ouro nativo, que na ganga impuraA bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,Tuba de alto clangor, lira singela,Que tens o trom e o silvo da procelaE o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"E em que Camões chorou, no exílio amargo,O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Preocupação formal que se revela na buscada palavra exata.
Comparação da poesia com as artesplásticas, sobretudo com a escultura.
Frequentes alusões a elementos damitologia grega e latina.
Preferência por temas descritivos- cenashistóricas, paisagens, objetos, estátuas etc. Enfoque sensual da mulher, com ênfase na
descrição de suas características físicas
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OBJETIVISMO E IMPESSOALIDADE
O poeta deve ser neutro diante da realidade,esconder seus sentimentos, sua vida pessoal. A
confissão íntima e o extravasamento subjetivo,tão caros aos românticos, são vistos comoinimigos da poesia. O Eu precisa se apagar frentedo mundo objetivo
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PARNASIANISMO
TEMÁTICA
MITOLOGIAGREGA
DESCRIÇÃO DECENAS E OBJETOS
OPOSIÇÃO AOROMANTISMO
OBJETIVIDADE
IMPESSOALIDADE
LINGUAGEMREBUSCADA
VALORIZAÇÃO DAFORMA
METRIFICAÇÃOPERFEITA
RIMAS RICAS ERARAS
PREFERÊNCIA PORSONETOS
DIFERENÇAS COMO SIMBOLISMO
Descreve, nãosugere
Poesia lógica. Nãointuitiva
Não valoriza amusicalidade
VERDADE = BELEZA = FORMA
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PARNASIANISMO ( Valorização da forma)
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor .
Torce, aprimora, alteia, lima A frase e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,Como um rubim
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeitoDo ourives, saia da oficina
Sem um defeito
BILAC
Í
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A TRÍADE PARNASIANA
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ALBERTO DE OLIVEIRAO MAIS PARNASIANO
Nasceu em Palmital de Saquarema, Riode Janeiro, em 1857.
Em seu primeiro livro, Canções Românticas , a influência do Romantismo
é nítida, mas, apesar disso, nota-se queele prioriza o rigor formal e jáapresenta certa contenção emocional , apartir de Meridionais , abraça o ideário
parnasiano ao qual se manteria fiel, ealgumas nuanças simbolistas em suasobras finais. Isso não impediu que elefosse tido pela crítica como o mais radical dos nossos parnasianos .
Morreu em Niterói, em 1937.
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Vaso Grego
Esta de áureos relevos, trabalhadaDe divas mãos, brilhante copa, um dia,Já de aos deuses servir como cansada,Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que o suspendiaEntão, e, ora repleta ora esvasada,A taça amiga aos dedos seus tinia,Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas, o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordasFinas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota* voz, qual se da antiga liraFosse a encantada música das cordas,Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
*ignota: desconhecida
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Nasceu no Maranhão (baía de Mongúcia), em 1860.
Seu livro de estreia, Primeiros Sonhos , trazpoemas sentimentais , ainda sob influênciaromântica. A partir do segundo, Sinfonias , RaimundoCorreia rendeu-se aos ideais da estética parnasiana,
tornando-se um de seus melhores representantes emlíngua portuguesa, não apenas pelo apurado requinteformal , mas também pela profundidade com quedesenvolveu seus temas .
Soube driblar a impessoalidade proposta pelo Parnasianismo e atingir ouniversalismo , desenvolvendo temas sociais e, sobretudo, filosóficos : abusca de uma verdade essencial e imorredoura, os conflitos da condição humana, etc. Seus poemas têm uma suavidade e uma melancolia acalentadaspela influência de Schopenhauer, pensador alemão que acreditava que aarte é a sublimação da dor, e o sofrimento é inerente à condição humana.
Morreu em Paris, em 1911, de problemas renais.
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Tristeza de Momo
Pela primeira vez, ímpias risadasSusta em pranto o deus da zombaria;Chora; e vingam-se dele, nesse dia,Os silvanos e as ninfas ultrajadas;
Trovejam bocas mil escancaradas,Rindo; arrombam-se os diques da alegria;E estoira descomposta vozeriaPor toda a selva, e apupos e pedradas...
Fauno, indigita; a Náiade o caçoa;Sátiros vis, da mais indigna laia,Zombam. Não há quem dele se condoa!
E Eco propaga a formidável vaia,Que além por fundos boqueirões reboa
E, como um largo mar, rola e se espraia...
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OLAVO BILACO PARNASIANO ROMÂNTICO
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1865.
Bilac foi um poeta brilhante. Aliou uma destrezatécnica de perito à sutileza de espírito, ao olhar líricodos grandes poetas. Apesar de ter escrito poemasabsolutamente parnasianos , na maior parte de suaprodução o que se vê é o rigor formal aliado a uma
sensibilidade quase em tudo romântica. Em muitosmomentos ele questiona a eficiência da palavra paraexpressar os estados da alma.
Morreu em 1918.
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Seus temas mais frequentes são:
Amor sensual: vazado num erotismo que oscila entre oexplícito e o requintando; mas essa sensualidade não vulgarizao amor, que sempre aparece como sentimento nobre etranscendente.
O nacionalismo: em que o autor revela seu conservadorismo;episódios da história do Brasil e suas personagens sãofrequentes nessas poesias.
A mitologia greco-latina: assiduamente abordada pelo poeta.
A metalinguagem: eleição da própria poesia como temapoético, está entre as preferências de Bilac.
O índio: aparece em sua obra como um eco romântico tardio.
Um certo decadentismo da vida e das coisas é também umadas tônicas de sua poesia.
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Via Láctea - Bilac
Ora (direis) ouvir estrelas!Certo Perdeste o senso!" e eu vos direi, no entanto,Que, para ouvi-las, muita vez despertoE abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquantoA via-láctea, como um pálio aberto,Cintila.E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentidoTem o que dizem, quando estão contigo?
"E eu vos direi: "amai para entendê-las!Pois só quem ama pode ter ouvidoCapaz de ouvir e de entender estrelas".
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Dormes...
XVIII
Dormes... Mas que sussurro a umedecidaTerra desperta? Que rumor enlevaAs estrelas, que no alto a Noite levaPresas, luzindo, à túnica estendida?
São meus versos! Palpita a minha vidaNeles, falenas que a saudade elevaDe meu seio, e que vão, rompendo atreva,Encher teus sonhos, pomba adormecida!
Dormes, com os seios nus, no travesseiroSolto o cabelo negro... e ei-los, correndo,Doudejantes, sutis, teu corpo inteiro
Beijam-te a boca tépida e macia,Sobem, descem, teu hálito sorvendoPor que surge tão cedo a luz do dia?!
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A chamada "Trindadeparnasiana" no Brasil éconstituída pelos seguintespoetas:
a) Raimundo Correia, Alberto deOliveira e Olavo Bilac
b) Gonçalves Dias, Castro Alves eOlavo Bilac c) Olavo Bilac, Raimundo Correia
e Cruz e Sousa d) Olavo Bilac, Castro Alves e
Alberto de Oliveira
e) Castro Alves, Gonçalves Dias eCruz e Sousa
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Os poetas representativos da escola parnasianadefendiam: a) o engajamento político nas causas históricas da época,
fazendo delas matéria para uma poesia inflamada eeloqüente.
b) a idéia de que a livre inspiração é a garantia maior deque o poema corresponde à expressão direta dasemoções mais profundas.
c) a simplicidade da arte primitiva, razão pela qualbuscavam os temas bucólicos e uma linguagem próximada fala rústica dos camponeses.
d) o abandono das formas fixas, criando, portanto ascondições para o posterior surgimento dos poemas emverso livre do Modernismo.
e) a disciplina do artista e o trabalho artesanal com alinguagem, de modo a resultar uma obra adequada aospadrões de uma estética clássica.
"E t d á l t b lh d
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"Esta de áureos relevos, trabalhadaDe divas mãos, brilhante copa, um dia,Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia."
A poesia que se concentra nareprodução de objetos decorativos,como exemplifica a estrofe de Albertode Oliveira, assinala a tônica da:
a)espiritualidade da vida.b) visão do real.c) arte pela arte.d) moral das coisas.e) nota de intimismo.
(UF ES) O id l i d
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(UF-ES) O ideal parnasiano doculto da "arte pela arte"significa que o objetivo dopoeta é criar obras queexpressem:
a) um conteúdo social, de interesseuniversal.
b) a noção do progresso da sua época. c) uma mensagem educativa, de natureza
moral. d) uma lição de cunho religioso. e) belo, criado pelo perfeito uso dos
recursos estilísticos.
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Não caracteriza a estéticaparnasiana
a) a oposição aos românticos e odistanciamento das preocupações sociaisrealistas.
b) a objetividade, advinda do espírito
cientificista, e o culto da forma. c) a obsessão pelo o adorno e a contenção
lírica. d) a perfeição formal na rima, no ritmo, no
metro e a volta dos motivos clássicos. e) a exaltação do "eu" e a fuga da realidade
presente.
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O estilo literário de que Olavo Bilac érepresentante, sofreu violento ataque deintelectuais ligados
a) à semana de Arte Moderna. b) aos poetas - introdutores do romantismo em
Portugal. c) aos poetas - introdutores do romantismo no
Brasil. d) aos escritores do realismo brasileiro. e) aos poetas do parnasianismo brasileiro.
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(CENTEC-BA) Todos os itensapresentam características doParnasianismo, exceto:
a) anseio de liberdade criadora. b) prevalência de formas fixas de
composição poética. c) preocupação com a perfeição formal. d) gosto pela precisão descritiva. e) ideal de objetividade no tratamento
dos temas.
Sem se constituir como forma de realismo na poesia o
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Sem se constituir como forma de realismo na poesia, oParnasianismo também surge como possibilidade de reaçãoao Romantismo. Ainda no final do século XIX, a escolaSimbolista apresenta outra proposta estética.
Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira, apontando as características de cada uma dastendências. 1. Parnasianismo 2. Simbolismo
( ) subjetivismo ( ) descritivismo ( )irracionalismo
( ) espiritualização ( ) alienação ( )impessoalidade ( ) formalismo
A sequência da segunda coluna, de cima para baixo, é 2 – 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 1 1 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 1 1 – 2 – 1 – 1 – 1 – 2 – 2 2 – 2 – 1 – 1 – 1 – 1 – 2 1 – 2 – 2 – 1 – 2 – 2 – 1
(Fund S André SP) Poemas como
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(Fund.S.André-SP) Poemas como"Anoitecer" e "A cavalgada", deRaimundo Correia, ou "Vaso chinês" e"Vaso grego", de Alberto de Oliveira,
exemplificam uma feição típica doParnasianismo. É ela:
a) pendor filosofante. b) a preocupação com temas particulares
e individuais. c) descritivismo. d) a valorização da Antigüidade greco-
latina. e) a expressão indireta do autor.
O autor dos versos que seguem é Olavo Bilac Leia-os e
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O autor dos versos que seguem é Olavo Bilac. Leia-os eobserve as afirmativas abaixo.
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo perdeste o senso."
I- Foi o poeta parnasiano mais conhecido, caracterizando-sepela perfeição de forma, pureza linguística e habilidade deversejar.
II- Além de poeta lírico (Via Láctea, Tarde), que chega aabordar o amor de forma sensual, foi também o patriota, oufanista que cantou o Brasil.
III- Devemos a Olavo Bilac a eliminação do conceito "Arte pelaArte" e o abandono da rima.Quais estão corretas?a) apenas I e II. b) apenas III. c) apenas II e III.d) Apenas I. e) I e III.
Complete e marque a correta:
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Complete e marque a correta:O livro _ de Teófilo Dias deu início ao
Parnasianismo no Brasil. Precedeu estatendência o _. Sucedeu o Parnasianismo o __.
a) O mulato – Barroco – Romantismo b) Fanfarras – Realismo/Naturalismo –
Simbolismo c) A moreninha – Romantismo –
Modernismo d) Senhora – Arcadismo –Realismo/Naturalismo
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Enumere de acordo:(1) Olavo Bilac (2) Raimundo Correia (3) Alberto
de Oliveira
( ) Maranhense, estudou Direito em SP e foi magistradoem vários estados brasileiros. Sua poesia, dentro domovimento parnasiano, representa um momento dedescontração e de investigação.
( ) Foi uma espécie de líder do Parnasianismo e, aomesmo tempo, o poeta que melhor se adequou aosprincípios do movimento. Sua poesia é fria eintelectualizada, com um gosto acentuado pelopreciosismo formal e linguístico.
( ) Foi defensor da instrução primária, da educaçãofísica e do serviço militar obrigatório. Patriota,escreveu a letra do Hino à Bandeira.
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Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que moraN’alma, e destrói cada ilusão que nasce,tudo o que punge, tudo o que devorao coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
ver através da máscara da face,quanta gente, talvez, que inveja agoranos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigoguarda um atroz, recôndito inimigo,
como invisível chaga cancerosa.Quanta gente que ri, talvez, existecuja ventura única consisteem parecer aos outros venturosa!
(Raimundo Correia)
Para o poeta: a) há pessoas que
fingem ser felizes. b) há pessoas que não
sabem que carregam em
si mesmas um inimigo. c) há pessoas que
realmente parecem serventurosas.
d) há pessoas que riempor serem venturosas.