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Apostila trabalho

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  • 2015 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

    OAB 2 Fase

    Direito do Trabalho

    Apostila

    Konrad Mota

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 2

    PARTE GERAL

    NOTA AOS CANDIDATOS

    Prezados Candidatos,

    com satisfao que iniciamos o curso preparatrio para a prova prtico-

    profissional do exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

    Trata-se de fase indispensvel para o to aguardado ingresso na profisso

    de advogado. Saiba que estamos juntos nessa empreitada. Tenham-me como

    amigo e partcipe desse desafio.

    No me vejam como dono da verdade, mas simplesmente como algum

    que possui um pouco mais de experincia e que far o possvel para transmiti-

    la da forma mais objetiva, didtica e compreensvel.

    Aproveitem o curso para extrair o mximo do professor. Perguntem,

    critiquem. Lembrem-se que esse curso presencial. Imposio de posturas e

    proibio de questionamentos no combinam com a boa tcnica do magistrio.

    A troca de experincias s nos faz crescer.

    Ressalto que o processo de apreenso de conhecimento valorizado e

    otimizado quando se utiliza mais de um sentido. Por isso, no se limitem a ouvir

    as aulas. preciso discusso e treinamento. Faam os exerccios. Venham para

    os exames simulados. Se para errar, que seja agora.

    Busquem estmulos. Imaginem-se como advogados. Pensem como tal.

    Ajam positivamente. Abstraiam os problemas. Nervosismo em excesso em nada

    ir ajud-los.

    Finalmente, quando estiverem pagando a primeira anuidade do registro na

    OAB, no fiquem tristes. Olhem para a carteirinha de sorriam. Vocs

    possuiro uma profisso e isso ningum poder lhes tirar.

    Mos a obra!!!!!!!!

    Konrad Saraiva Mota.

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 3

    SOBRE O PROFESSOR

    Graduado em Direito (2003), Ps-graduado em Direito (Ps-graduao Lato Senso 2004 e 2012), Mestre em Direito (Ps-graduao Stricto Senso 2012),

    Juiz do Trabalho junto ao TRT 7 Regio (Aprovado em 1 Lugar no Concurso Pblico de 2006); Ex-Juiz do Trabalho junto ao TRT da 14 Regio (Aprovado

    em 4 Lugar no Concurso Pblico de 2004); Juiz Coordenador dos Leiles Judiais junto ao TRT da 7 Regio (2008-2010); Agraciado pela Ordem

    Alencarina do Mrito Judicirio Trabalhista no grau de Oficial em 2009; Conselheiro da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 7 Regio

    desde 2010, Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho

    da Universidade de Fortaleza UNIFOR desde 2007 (graduao e ps-graduao); Professor Colaborador da Escola da Magistratura do Trabalho da 7

    Regio; Professor de Cursos Preparatrios para Concursos Pblicos e Exame da OAB

    BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

    GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa, Curso de Direito do Trabalho, ltima Edio,

    Editora Forense, Rio de Janeiro

    _____________________________, Manual de Direito do Trabalho, ltima

    Edio, Editora Mtodo, So Paulo

    SCHIAVI, Mauro, Manual de Direito do Trabalho, ltima Edio, Editora Ltr, So

    Paulo

    Consolidao das Leis do Trabalho

    Vade Mecum atualizado

    Livro de Smulas Comentadas, a critrio do candidato

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 4

    TEORIA

    EXERCCIOS DE FIXAO

    DIREITO MATERIAL DO TRABALHO

    01. Joo, tcnico em informtica, foi convidado pela empresa de Gibabyte

    Ltda para trabalhar fazendo manuteno de computadores. Por ocasio de sua

    contratao, a empresa disse para Joo que somente o contrataria mediante

    assinatura de um contrato de prestao de servios autnomos, o que foi aceito

    pelo trabalhador, j que estava necessitando do trabalho. Ocorre que, no curso

    da contratao, Joo sempre se submeteu ao poder de mando da empregadora,

    atendendo suas ordens. A empresa tambm no deixava Joo se fazer

    substituir por terceiros a seu critrio e lhe pagava remunerao pelos servios

    prestados. Todavia, Joo somente comparecia na empresa 03 (trs) dias por

    semana. Aps um ano de prestao de trabalho, Joo foi afastado da empresa e

    decidiu ajuizar ao trabalhista pleiteando vnculo de emprego com a empresa.

    Elabore os fatos, os fundamentos e o pedido de vnculo de emprego de Joo

    com a empresa.

    02. Manoel, jardineiro, todos os dias fazia a manuteno nos jardins da

    prefeitura do municpio de Areia Branca. Por conta dos servios, o prefeito

    resolveu pagar mensalmente a Manoel um salrio mnimo e passou a coordenar

    os servios prestados, dizendo onde e como Manoel deveria prestar o trabalho.

    Certo dia, Manoel quis mandar seu primo trabalhar em seu lugar, o que foi

    negado pelo prefeito. Com a mudana da administrao municipal devido as

    eleies, Manoel foi afastado de suas funes e decidiu entrar na Justia do

    Trabalho contra a municpio pleiteando vinculo de emprego. Pergunta-se: o

    vnculo pretendido por Manoel existe e vlido? Responda identificando os

    elementos de existncia e de validade do contrato de emprego

    03. A empresa Caloteia Ltda, lanchonete que funciona no shopping da

    cidade, contratou Maria por prazo determinado de dois meses para trabalhar

    em dezembro de 2008 e janeiro de 2009 por conta das festas de fim de ano e

    frias escolares, perodo em que aumentam as vendas. Em maro de 2009, a

    empresa recontratou Maria por prazo determinado, em razo do carnaval,

    perodo em que tambm aumentam as vendas. Finalmente, em dezembro de

    2009, a empresa decidiu novamente contratar Maria, desta feita mediante

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 5

    contrato de experincia de 30 dias prorrogveis por igual perodo, sem clusula

    assecuratria do direito recproco de resciso. Acontece que quanto o contrato

    de experincia contava com 45 dias, a empresa decidiu extinguir

    antecipadamente o contrato a termo. Diante da situao hipottica, diga se as

    contrataes a termo foram regulares, identificando as conseqncias jurdicas

    da resciso antecipada do contrato de experincia de Maria.

    04. Joana contava com 12 anos de idade quando foi contratada pela

    empresa de Carvo Brasa Quente Ltda., para trabalhar nas caldeiras de queima

    de carvo, atividade perigosa e insalubre. Nessa condio, Joana trabalhou

    durante 05 anos, quando foi despedida. Pergunta-se: o contrato de Joana

    vlido e produzir efeitos? Se a contratao de Joana se desse quando ela tinha

    16 anos o contrato seria vlido?

    05. Em que consiste o grupo econmico e qual a responsabilidade dos seus

    integrantes em relao aos crditos trabalhistas de seus empregados?

    06. Em que consiste a sucesso de empresas e qual a responsabilidade de

    sucedido e sucessor em relao aos crditos trabalhistas dos empregados?

    07. Diga em que consiste a subempreitada, identificando a

    responsabilidade do subempreiteiro, do empreiteiro principal e do dono da obra.

    08. Manoel, faxineiro, fora contratado pela empresa de terceirizao

    Caloteira Ltda, para prestar servios terceirizados junto secretaria de

    educao do municpio de Areia Branca. Durante todo o perodo de contratao,

    Manoel sempre exerceu suas funes com zelo e dedicao. Aps trs anos

    seguidos de prestao de servios, Manoel fora despedido sem receber verbas

    rescisrias. Elabore os fatos, os fundamentos e o pedido de pagamento dos

    direitos trabalhistas da Manoel.

    09. Jos fora contratado por empresa de trabalho temporrio (Lei

    6.019\1974) para prestar servios na empresa tomadora em virtude do

    acrscimo extraordinrio das vendas de final de ano. A contratao durou dois

  • Direito do Trabalho

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    meses seguidos, tendo sido o contrato extinto pelo advento do termo. Logo

    aps o trmino do contrato temporrio, a empresa tomadora decidiu manter o

    trabalho de Jos, desta feita atravs de uma empresa de terceirizao, sem

    prazo para o trmino do vnculo. Pergunta-se: so lcitas as terceirizaes

    implementadas com Jos? Responda identificando as responsabilidades do

    tomador e da empresa prestadora nos casos de terceirizao lcita e ilcita.

    10. Lula Molusco fora contratado pela empresa Algas Verdes Ltda., em

    20\05\2000, para exercer a funo de caixa, com salrio mensal no valor de

    um mnimo legal. O empregado vinha exercendo regularmente suas tarefas, at

    a chegada de um novo gerente no seu setor, de nome Bob Esponja, o qual fora

    contratado em maro de 2005. Isto porque, Bob Esponja era um antigo

    namorado da esposa de Lula Molusco, o que gerava neste enormes cimes. Em

    12\10\2008, aps uma discusso com sua esposa, Lula Molusco foi trabalhar

    irritado e acabou agredindo Bob Esponja. Diante da agresso, a empresa

    resolveu suspender Lula por trs dias. Ao retornar da suspenso e diante da

    recusa de Bob em trabalhar novamente com Lula Molusco, a empresa decidiu

    converter a suspenso em dispensa por justa causa. Faa os fatos, os

    fundamentos e o pedido de petio inicial pedindo a nulidade da dispensa por

    justa causa aplicada pela empresa.

    11. Joo, frentista, estava com dificuldades financeiras e acabou

    praticando ato de improbidade, apropriando-se indevidamente de valores pagos

    por clientes do posto de combustvel no qual trabalhava. Ao constatar os

    desfalques, a empresa resolveu instaurar procedimento administrativo para

    apurar a autoria da falta grave. Tal procedimento era previsto no regulamento

    da empresa e demorou trinta dias para ser finalizado, com o levantamento de

    documentos e oitiva de pessoas envolvidas do fato. Inclusive, foi dado Joo a

    oportunidade de defesa. Ao final, concluindo-se pela autoria de Joo, a empresa

    o despediu. Logo em seguida, Joo ajuizou reclamao trabalhista dizendo no

    ter havido imediaticidade da punio, com o consequente perdo tcito.

    Responda em que consiste a imediaticidade da punio e se ela ocorreu no

    caso.

    12. Jos fora despedido sem justa causa, momento em que o empregador

    lhe concedeu aviso prvio, o qual deveria ser trabalhado. No curso do aviso

    prvio, no entanto, o empregador disse para Jos que as duas horas de reduo

    seriam substitudos por horas extras, o que foi aceito pelo trabalhador.

  • Direito do Trabalho

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    Acontece que durante o aviso trabalhado, passados os quinze primeiros dias,

    Jos acabou divulgando o principal segredo comercial da empresa para o

    concorrente. Pergunta-se: a) vlida a substituio da reduo de jornada pelo

    pagamento de horas extras? b) tal divulgao do segredo de empresa pelo

    trabalhador no curso do aviso prvio poder importar em justa causa? Quais

    so as conseqncias de tal reconhecimento? c) se Jos tivesse abandonado o

    emprego em vez de divulgado o segredo de empresa, as conseqncias seriam

    a mesma?

    13. Manoel foi despedido sem justa causa em 20\04\2008, com aviso

    prvio indenizado. Pergunta-se: a) qual data deve ser aposta na CTPS como

    sendo o dia de trmino do contrato? b) quando deve ocorre o repasse

    rescisrio? c) caso o prazo de repasse no seja respeitado, qual a

    conseqncia jurdica?

    14. Em que consiste o aviso prvio cumprido em casa?

    15. Mrio trabalhava da empresa Casa Verde Ltda, exercendo a funo de

    vendedor. Certo dia, por ter deixado de atender um cliente, Mrio recebeu uma

    advertncia verbal do seu gerente imediato. Irritado, Mrio acabou xingando o

    superior, proferindo contra o mesmo palavras de baixo calo. O gerente, diante

    das agresses verbais, perdeu a compostura e agrediu fisicamente Mrio,

    demitindo-o de imediato. Pergunta-se: qual modalidade de extino se

    estabeleceu no caso e quais os direitos que Mrio dever receber?

    16. Ricardo, comissionista puro, trabalhava vendendo veculos novos na

    concessionria Carro Bom S\A. O trabalhador sempre desenvolvia a contento

    suas atribuies, vendendo em mdia 50 carros novos por ms, o que lhe

    rendia um salrio mdio mensal de R$ 1.000,00. Acreditando que o salrio de

    Ricardo estava muito alto, a Concessionria decidiu transferir unilateralmente o

    trabalhador para a venda de carros seminovos, onde o montante de vendas

    sabidamente inferior, j que a empresa pouco divulga tais produtos. Logo no

    primeiro ms como vendedor de seminovos, Ricardo somente conseguiu vender

    10 carros, recebendo apenas R$400,00 a ttulo de comisses, valor inferior ao

    salrio mnimo legal, tendo o empregador, inclusive que complementar o

    montante. Aps trs meses nessas condies, precisamente em 10\05\2009,

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 8

    Ricardo decidiu afastar-se do trabalho e pleitear resciso indireta. Elabore os

    fatos, a fundamentao e o pedido de resciso indireta de Ricardo, sabendo que

    o mesmo faz jus a 04\12 a ttulo de 13 salrio proporcional e 06\12 a ttulo de

    frias proporcionais acrescidas de 1\3.

    17. Diferencie incontinncia de conduta de mau procedimento.

    18. Joo trabalhava para um empresrio individual que veio a falecer. Os

    herdeiros do empregador decidiram continuar explorando a atividade econmica

    do falecido. Pergunta-se: Joo obrigado a continuar trabalhando para os

    herdeiros do empresrio individual falecido? Caso negativo, qual seria a postura

    de Joo e quais verbas o mesmo teria direito?

    19. Jos trabalhava como empacotador do supermercado Faa Feira Ltda.

    Em 10\12\2005, Jos, no horrio de trabalho, acabou sofrendo um infarto

    fulminante e vindo a bito. Sabendo que Jos no tinha dependentes inscritos

    junto ao INSS, mas possua esposa e dois filhos menores de 14 anos, qual deve

    ser a postura adotada pela empresa e quais verbas trabalhistas devem ser

    pagas aos herdeiros de Jos? Caso os herdeiros se recusassem receber as

    verbas trabalhistas da empresa, qual a postura que esta deveria adotar na

    espcie?

    20. Diferencie as espcies de extino do contrato por fora maior e fato

    do prncipe, identificando as conseqncias rescisrias para cada uma das

    modalidades de extino.

    21. Em que consiste o abandono de emprego e quais so os requisitos para

    sua caracterizao.

    22. Mrio trabalhava como porteiro na empresa Caloteira Ltda. Nessa

    condio, Mrio teria que comparecer aos servios todos os dias s 8h.

    Acontece que Mrio passou a incorrer em atrasos reiterados, num total de cinco

    atrasos seguidos de 30 minutos cada. 30 dias aps o ltimo atraso, a empresa

    resolveu despedir Mrio. Pergunta-se: qual a infrao cometida por Mrio? Pode

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 9

    o empregador, no caso, exercer seu poder disciplinar e despedir Mrio por justa

    causa?

    23. Discorra sobre o contrato de trabalho provisrio trazido pela Lei

    9.601\1998, traando as principais diferenas entre o mesmo e os contratos a

    termo previstos na CLT

    24. Discorra sobre o trabalho temporrio previsto pela lei 6.019\1974,

    traando as principais diferenas entre o mesmo e os contratos a termo

    previstos na CLT.

    25. Jos foi contratado como escriturrio pelo Banco de Investimento,

    percebendo inicialmente um salrio no valor de R$ 600,00, com jornada de 6h.

    Depois de dois anos, o Banco resolveu destinar Jos para o exerccio da funo

    de caixa executivo, momento em que passou a lhe pagar uma gratificao de

    R$ 200,00. Durante o perodo em que Jos era caixa executivo, o mesmo teve

    sua jornada ampliada para 8h por dia, assim permanecendo durante um ano,

    quando ento o Banco resolveu coloc-lo na funo de confiana de gerente de

    departamento, possuindo trs outros empregados que lhe eram subordinados.

    Entretanto, no houve qualquer aumento de seu salrio ou na gratificao,

    embora lhe fosse exigida uma jornada de 8h dirias. Diga em quais momentos

    da contratao, Jos ter direito a horas extras. Responda

    fundamentadamente.

    26. Manoel foi contratado como vendedor externo. Nessa condio, Manoel

    tinha que comparecer a sede da empresa no incio da manh para receber a

    rota do dia. Ao final do expediente, Manoel tinha que retornar empresa para

    entregar o relatrio de visitas e registrar os pedidos. Desse modo, Manoel

    acabava cumprindo um expediente de 10h dirias, porm jamais houve registro

    de sua jornada. Aps dois anos nessa condio, Manoel foi pedir horas extras

    ao seu patro, ocasio em que o mesmo disse que o trabalhador no tinha

    direito, na medida em que exercia atividade externa sem controle de jornada e

    que tal condio estava anotada em sua Carteira Profissional. Diga se o

    empregador tem ou no razo em negar horas extras a Manoel, justificando

    fundamentadamente sua resposta

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 10

    27. Em que consiste a equiparao salarial e quais so os fatos que

    impedem seu reconhecimento?

    28. O que salrio complessivo?

    29. Joo foi contratado pelo Banco Nordestino na funo de auxiliar

    jurdico. Para tanto, percebia um salrio no valor de R$ 900,00 e tinha jornada

    fixada em 6h dirias. Aps formar-se bacharel em direito e ser aprovado no

    exame da OAB, Joo passou a exercer o cargo de advogado jnior, com salrio

    no valor de R$ 900,00, acrescido de R$300,00 a ttulo de gratificao de

    funo, momento em que teve sua jornada ampliada para 8h dirias. Depois de

    dois anos nessa condio, Joo foi promovido para gerente de departamento,

    momento em que passou a receber um salrio de R$ 2.000,00, permanecendo

    com jornada de 8h dirias. Aps um ano nesta condio, Joo, que era bancrio

    muito competente, foi destinado a ser gerente geral de uma agncia, momento

    em que passou a receber salrio no valor de R$ 3.000,00 e trabalhar sem

    controle de jornada, cumprindo em mdia 10h por dia de trabalho. Diga em

    quais momentos da contratao, Joo ter direito a horas extras. Responda

    fundamentadamente.

    30. Zequinha trabalhava para uma empresa de extrao vegetal e para se

    deslocar at o trabalho gastava 1h por dia. Para tanto, Zequinha utilizava

    nibus fornecido pelo empregador, o qual cobrava R$1,00 pelo transporte. O

    percurso percorrido por Zequinha era servido por transporte pblico regular

    apenas nos 30 primeiros minutos. Para retornar do trabalho a sua residncia,

    Zequinha pegava carona com outro empregado. Sabendo que Zequinha

    trabalhava durante 8h por dia na extrao vegetal, diga se o mesmo tem direito

    a horas extras, respondendo fundamentadamente.

    31. Em quais situaes se permite o desconto no salrio do trabalhador por

    danos causados pelo mesmo ao empregador?

    32. O que salrio in natura e como ele pode ser ajustado com o

    empregado urbano?

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 11

    33. Apresente e discorra sobre pelo menos quatro modalidades de jornada

    especial do trabalhador urbano.

    34. O ordenamento jurdico permite a reduo de salrios? Em caso

    positivo, quais os critrios devem ser adotados para que a mesma se apresente

    regular?

    35. Indique e discorra sobre as possibilidades legais de prorrogao de

    jornada, demonstrando os requisitos de sua instituio

    36. possvel a equiparao salarial de entre advogados que desenvolvem

    trabalho meramente intelectual, sendo certo que o equiparando cedido de

    outro rgo para trabalhar junto ao paradigma? Responda fundamentadamente

    37. Lula Molusco fora contratado pela empresa Siri Cascudo LTDA para

    trabalhar de forma terceirizada perante a empresa Quebramar S\A, exercendo a

    funo de vigilante. No curso do contrato, Lula fora submetido a jornada de

    compensao 12x36, mediante acordo verbal com o empregador. Aps trs

    anos de contratao, sem jamais ter gozado frias na empresa, Lula levou um

    tiro ao reagir a um assalto que ocorreu no tomador, permanecendo oito meses

    afastado para percepo de auxlio doena acidentrio. Aps seu retorno, Lula

    permaneceu trabalhando mais um ano e fora despedido, sem receber as verbas

    merecidas. Insatisfeito, Lula entrou na Justia do Trabalho colocando como rs

    o empregador e a empresa tomadora, esta na condio de responsvel

    solidria. Diante da situao acima exposta, pergunta-se: a) Era vlido o acordo

    de compensao de jornada estabelecido entre Lula e o empregador. Responda

    explicando o que compensao de jornada e quais as conseqncias jurdicas

    de eventual irregularidade no acordo. b) Lula agiu correto ao perquirir a

    responsabilidade solidria do tomador? Responda explicando se a terceirizao

    estabelecida no caso foi lcita ou ilcita. c) Lula tem direito a frias? Se

    verdadeiros, como as mesmas devem ser pagas pelo empregador? Responda

    fundamentadamente.

    38. O que gorjeta e sobre quais verbas trabalhistas o cmputo da mesma

    no considerado no clculo? Responda fundamentadamente.

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 12

    39. Bob Esponja fora contratado pela empresa Quebramar S\A para

    exercer a funo de cozinheiro. Aps dois anos de contratao, referida

    empresa se incorporou a empresa Siri Cascudo LTDA, para quem Bob

    permaneceu trabalhando por mais um ano, at ser despedido injustamente. No

    curso do contrato com a empresa Quebramar, Bob trabalhava em turnos

    ininterruptos de revezamento, com jornada de seis horas. Aps a incorporao,

    sua jornada foi ampliada para oito horas, por fora da conveno coletiva de

    trabalho, porm no houve pagamento de horas extras. Aps seis meses de

    contratao pela empresa Quebramar, Bob foi submetido a frias coletivas,

    permanecendo um ms em descanso, porm somente recebeu um tero

    constitucional de frias sobre seis meses. Os demais requisitos de concesso

    das frias foram observados. Enquanto cozinheiro, Bob recebia gratificao de

    funo, porm, ao passar a trabalhar para a empresa Siri Cascudo Ltda, Bob

    teve tal verba suprimida unilateralmente.

    Diante da situao acima exposta, pergunta-se: a) Bob tem direito ao

    pagamento de horas extras pela ampliao de seu turno de revezamento de

    seis para oito horas? Responda fundamentadamente. b) Qual a

    responsabilidade das empresas Quebramar e Siri Cascudo pelas verbas

    trabalhistas de Bob Esponja? Responda fundamentadamente. c) Foi correta a

    concesso de frias coletivas a Bob? Responda explicando o que so frias

    coletivas e qual o procedimento para sua concesso. d) A gratificao de funo

    poderia ter sido suprimida pelo empregador? Responda fundamentadamente.

    40. Pedro trabalhava nos Estados Unidos da Amrica (EUA) para a

    instituio financeira X. Por determinao de seu empregador, ele foi

    transferido para trabalhar em uma agncia da instituio X, localizada no

    Brasil. Pedro, no Brasil, prestava servios para duas pessoas jurdicas, Banco X

    S.A. e X Leasing e Arrendamento Mercantil S.A., durante a mesma jornada de

    trabalho, sendo ambas subordinadas instituio financeira X. Entretanto,

    Pedro mantinha contrato de trabalho apenas com a instituio financeira X.

    Aps alguns meses trabalhando no Brasil, Pedro teve suprimido adicional

    pecunirio, que incidia sobre seu salrio, no recebendo qualquer outra

    vantagem para compensar essa perda. Com base nessa situao hipottica,

    responda fundamentadamente: a) Quantos contratos de emprego existem no

    caso e de quem Pedro poder pleitear o adicional pecunirio que foi suprimido?

    b) Qual a lei trabalhista aplicada no caso, a brasileira ou a americana?

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 13

    41. Existe a possibilidade de terceirizao em atividade-fim do tomador?

    Responda fundamentadamente

    42. Joaquim queria fazer uma determinada obra e, para tanto, contratou

    a empreiteira Constri Fcil Ltda. Aps ajustas o preo e o prazo da obra, a

    construtora resolveu subempreitar o servio, contratando a empresa

    Argamassa Ltda, a qual, por sua vez, contratou vrios empregados para a

    execuo do servio, dentre eles o pedreiro Manoel. Aps trs meses

    trabalhando, a subempreiteira no pagou a Manoel os salrios, ocasio em que

    o empregado decidiu pleitear os seus direitos. Diante da situao, pergunta-se:

    a) Quem ser responsabilizado pelo pagamento dos salrios de Manoel e como

    ser essa responsabilidade? b) Se em vez de Joaquim o dono da obra fosse

    uma empresa construtora ou incorporadora, a mesma teria alguma

    responsabilidade pelo pagamento das verbas pretendidas por Manoel?

    43. A terceirizao ilcita tendo como tomador ente da Administrao

    Pblica gera algum direito para o trabalhador terceirizado ilicitamente?

    Responda fundamentadamente

    44. Diferencie trabalho ilcito, trabalho proibido e trabalho irregular,

    levando em considerao a teoria das nulidades trabalhistas

    45. Discorra sobre o contrato de estgio, identificando suas modalidades,

    seus sujeitos, as exigncias formais e citando pelo menos dois direitos do

    estagirio

    46. O Hotel Fazenda gua da Chuva celebrou contrato de trabalho por

    tempo determinado com Denise pelo prazo de 2 meses (Dezembro e Janeiro),

    tendo em vista a necessidade de um nmero maior de empregados em razo

    das frias escolares, Natal e Ano Novo, com vista a consecuo de servios

    transitrios. No Carnaval seguinte, tambm em razo da necessidade

    temporria de maior nmero de empregados voltados consecuo de servios

    transitrios, o hotel celebrou outro contrato de trabalho com prazo determinado

    com Denise pelo prazo de 1 ms (Maro). De acordo com a Consolidao das

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 14

    Leis do Trabalho (CLT), neste caso, a sucesso de contratos de trabalho com

    prazo determinado foi regular?

    47. A fim de que sejam respeitados os perodos de repouso mnimos

    exigidos por lei, o empregado com regime normal de trabalho, que encerra a

    prestao de servio no sbado, s 22:00 horas, pode voltar a trabalhar, na

    segunda-feira, a partir de que horas?

    48. Diferencie o banco de horas da compensao ordinria de jornada,

    especificando suas peculiaridades

    49. Jos, empregado urbano, fora contratado para trabalhar em jornada

    noturna, no perodo compreendido entre 22h de um dia e 5h do dia seguinte,

    com pagamento de adicional noturno. Aps um ano de contratao, Jos passou

    a prorrogar sua jornada noturna em 1h, o que lhe conferia o pagamento de tal

    hora como extra. Tal situao perdurou por cinco anos e oito meses, momento

    em que seu empregador determinou unilateralmente que Jos passasse a

    trabalhar em horrio diurno, sem sobrejornada, suprimindo tanto o pagamento

    do adicional noturno como das horas extras. Pergunta-se: Jos tem direito

    adquirido aos adicionais ou faz jus a alguma indenizao pela supresso?

    Responda fundamentadamente.

    50. Discorra sobre as hipteses em que o empregador pode exigir

    sobrejornada do trabalhador sem a necessidade de prvio acordo individual,

    conveno coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho

    51. Joaquim fora contratado como garom do restaurante Coma Bem Ltda,

    tendo sido ajustado com o mesmo o pagamento de salrio fixo no valor de R$

    200,00, mais comisses, correspondentes a 10% sobre as vendas que

    realizasse. Por fora de conveno coletiva de trabalho, o Restaurante cobrava

    gorjeta de 10% na nota de servio e as repassava aos garons somente se a

    soma das comisses com o salrio fixo no atingisse o valor do salrio mnimo.

    Nessa situao hipottica responda se o restaurante incorreu em alguma

    irregularidade trabalhista quanto remunerao de Joaquim, especificando

    qual(is) (so) tal(is) irregularidade(s)

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 15

    52. Mauro fora contratado para trabalhar em jornada de oito horas, sendo

    de segunda-feira a sexta-feira, das 12h s 16h e das 18h s 22h, com intervalo

    de 2h para descanso. Em um determinado dia, aps o trmino de sua jornada

    normal, seu empregador perguntou se Mauro no poderia substituir Joaquim no

    dia seguinte, cuja jornada estava compreendida das 9h s 12h e das 14h s

    19h, o que foi aceito por Mauro. Pergunta-se: existe alguma irregularidade em

    tal substituio no que diz respeito jornada de trabalho? Responda

    fundamentadamente

    53. Em que consiste a quebra de caixa?

    54. Sempre que se atrasava e perdia o transporte coletivo, Jos utilizava

    veculo fornecido pelo empregador para ir e voltar do trabalho. O empregador

    cobrava R$ 2,00 pelo fornecimento do transporte. Jos percorria um trajeto de

    trinta minutos para ir ao trabalho nos dias em que pegava o transporte

    fornecido pelo empregador, sem prejuzo de sua jornada contratual de oito

    horas. Pergunta-se, Jos faz jus a horas extras?

    55. Diga em que consiste o Truck System e se o mesmo permitido em

    nosso ordenamento? Responda fundamentadamente

    56. possvel a equiparao salarial de entre advogados que desenvolvem

    trabalho meramente intelectual, sendo certo que o equiparando cedido de

    outro rgo para trabalhar junto ao paradigma? Responda fundamentadamente

    57. Jos foi contratado em escalda de compensao de jornada 12x36, no

    qual trabalhava 12h seguidas e folgava 36h. Quando estava trabalhando, Jos

    cumpria jornada de 7h s 19h, sem intervalo. Acontece que tal escala fora

    instituda mediante acordo tcito, o que motivou Jos a ajuizar ao trabalhista

    requerendo o pagamento das horas extras acrescidas de 50%, bem como dos

    intervalos intrajornadas no concedidos, estes a serem pagos em dobro.

    Pergunta-se, Jos ter direito a tais pleitos e em que condies? Responda

    fundamentadamente

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    58. Maria comeou a trabalhar da empresa Caloteira Ltda em 01/05/2008.

    Durante o primeiro ano de contrato, Maria ficou afastada para gozo de benefcio

    previdencirio durante cinco meses, alm de ter permanecido sem trabalhar em

    virtude da paralisao da empresa por 25 dias, com ganho de remunerao.

    Pergunta-se, Maria ter direito ao gozo de frias no perodo aps o primeiro ano

    de contrato? Responda fundamentadamente, levando em conta que Maria no

    teve faltas injustas no perodo

    59. No contrato de trabalho, cite pelos menos trs conseqncias

    contratuais da falta injustificada

    60. Marcelo foi contratado pela Construtora Sol Ltda., em 20.04.1995, para

    exercer as atribuies de auxiliar de servios gerais. Em 13.08.2000, aps

    adquirir qualificao profissional, Marcelo passou a exercer a funo de

    vendedor, recebendo o salrio de R$ 650,00 (seiscentos e cinqenta reais).

    Paulo, por sua vez, foi admitido em 01.04.2003, como vendedor, recebendo

    salrio de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais). Marcelo buscou

    judicialmente o direito equiparao salarial em relao a Paulo, em

    01.02.2010, dias aps Paulo ter deixado de trabalhar na empresa. Diante da

    situao, diga se Marcelo tem direito equiparao salarial.

    61. Marcos escriturrio do Banco Nacional S/A, no ocupando qualquer

    funo de confiana; Raimundo gerente de habitao do mesmo Banco,

    desempenhando funo de confiana e recebendo para tanto gratificao de 1\3

    da sua remunerao; Mariana gerente geral da agncia bancria em que

    todos trabalham, ganhando 40% a mais em sua remunerao. Pergunta-se:

    qual a jornada mxima a que se submetem os trabalhadores e quais so os

    seus respectivos intervalos intra-jornada? Responda fundamentadamente

    62. Diferencie Jus Variandi Ordinrio de Jus Variandi Extraordinrio,

    traando paralelo com o princpio da inalterabilidade contratual lesiva

    63. Maria, empregada em uma empresa de fabricao de roupas, passou

    a comercializar perante suas colegas de trabalho, no horrio de trabalho,

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 17

    roupas fabricadas por outra empresa. Tal fato foi constatado pelo gerente da

    sesso onde Maria trabalhava, que, a princpio, nada fez, embora Maria

    soubesse que o empregador no concordava com as vendas por ela realizadas.

    Maria passou trs meses realizando as vendas, sem qualquer punio, at que

    parou de realizar as vendas voluntariamente. Um ms aps cessar as vendas,

    Maria recebeu comunicado dando conta que estava sendo despedida por justa

    causa. Com base nessa situao hipottica, responda fundamentadamente: a)

    Maria cometeu alguma infrao? b) O empregador exerceu regularmente seu

    Poder Disciplinar?

    64. Diferencia Fora Maior de Fato do Prncipe para fins de resciso do

    contrato de trabalho, identificando as verbas que so devidas em cada uma das

    modalidades e quem deve efetuar o pagamento das mesmas

    65. Joo, empregado da empresa Embala Fcil Ltda estava em casa e

    acabou caindo e quebrando a bacia, ficando incapacitado para o trabalho por 90

    dias. Com efeito, Joo procurou o INSS e teve deferido em seu benefcio

    auxlio-doena. Aps a cessao do benefcio, Joo, entendendo que ainda no

    estava apto para o trabalho, no retornou ao emprego, passando 40 dias sem

    dar qualquer notcia ao empregador. Pergunta-se: a) Por ocasio da doena e

    com a concesso do benefcio, como ficou o contrato de Joo? Responda

    diferenciando suspenso de interrupo b) Joo incorreu em justa causa?

    66. Diferencie greve de locaute ou lockout?

    67. Diferencie unidade sindical de unicidade sindical

    68. Joana fora contratada como domstica. Cinco meses aps a

    contratao, Joana confirmou que estava grvida mediante exame de sangue,

    sem que tenha informado tal fato ao empregador. Aps um ms, Joana fora

    despedida injustamente, momento em que comunicou sua gravidez ao patro.

    Tal fato se deu quando Joana contava com quatro meses de gestao.

    Ignorando a informao, o empregador manteve a dispensa injusta. Cerca de

    um ano e seis meses aps a dispensa, Joana ajuizou reclamao trabalhista

    requerendo sua reintegrao. Pergunta-se: Joana tem direito de ser reintegrada

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 18

    ou receber alguma indenizao correspondente? Responda

    fundamentadamente.

    69. Lula Molusco fora contratado pela empresa Quebramar Ltda para

    exercer a funo de auxiliar de servios gerais. Alguns meses aps a

    contratao, a esposa de Lula deu a luz, momento em que o empregado passou

    cinco dias sem comparecer ao trabalho, tendo tais dias descontados de seu

    salrio. Na sua funo, Lula entrava em contato dirio com rudo excessivo e,

    embora sempre tivesse pedido protetores auditivos ao seu empregador, este

    disse que no tinha obrigao de fornecer por fora de Conveno Coletiva de

    Trabalho, cuja clusula terceira dispunha que a empresa poderia, a seu critrio,

    fornecer ou no os equipamentos de proteo individual. Aps trs anos de

    trabalho intenso, Lula foi indicado pelo empregador para compor Comisso

    Interna de Preveno de Acidentes, nela permanecendo durante seis meses.

    Passados dois anos aps o trmino da sua vinculao CIPA, Lula foi

    injustamente despedido. Cerca de um ano aps a dispensa, Lula percebeu que

    estava com perda auditiva, momento em que foi ao mdico do trabalho, tendo

    o mesmo dito que sua doena decorreu do trabalho que exerceu na empresa

    Quebramar. Diante da situao acima exposta, pergunta-se: a) A clusula

    terceira da Conveno Coletiva de Trabalho da categoria a que pertence Lula

    Molusco vlida? b) Lula Molusco, no perodo em que passou como integrante

    da CIPA, podia ter sido injustamente despedido? c) Lula adquiriu estabilidade

    em razo da perda auditiva, mesmo no estando mais trabalhando na

    empresa? Responda fundamentadamente d) O empregador poderia ter

    descontado do seu salrio os dias de ausncia do empregado em razo no

    nascimento do seu filho? Responda fundamentadamente

    70. Jos foi admitido como empregado do Banco Macau S/A para exercer a

    funo de auxiliar administrativo, sendo posteriormente promovido a gerente

    de relacionamento, ocupando-se, na maior parte de sua jornada, da venda de

    produtos financeiros (seguros, ttulo de capitalizao, leasing, etc.). Nessa nova

    fase, Jos trabalhou tambm com produtos de outras empresas do Grupo

    Macau, recebendo comissionamento pelas respectivas vendas, dentro dos

    limites da jornada legal. Diante da situao, pergunta-se: Jos ter apenas um

    vnculo de emprego com o Banco Macau? Responda fundamentadamente

    71. Carlos, que em 1977 obteve judicialmente direito incorporao ao

    salrio do valor das horas extras habituais que foram suprimidas, exerceu na

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 19

    empresa a funo de auxiliar de mecnico desde sua admisso, em 1974. Em

    2005, mantendo o mesmo salrio mensal de R$ 1.500,00, passou a exercer as

    funes de mecnico, idnticas s desempenhadas por Jos, admitido j como

    mecnico em 2002. Em 2007, Jos desligado da empresa e apresenta

    reclamao trabalhista buscando diferenas salariais decorrentes de

    equiparao com Carlos, porquanto durante toda a contratualidade recebeu

    salrio mensal de R$ 1.000,00. Considerando inexistir plano de cargos e

    salrios, e ausente nos autos prova de que a produtividade e a perfeio

    tcnica fossem distintas, responda se haver equiparao salarial na espcie.

    72. Suponha que um empregado trabalhe, desde 20/10/2006, como

    auxiliar do zelador, em um condomnio com 72 apartamentos, coletando o lixo

    de 36 apartamentos localizados na entrada A, sem que lhe sejam fornecidas

    botas nem luvas especiais. Nessa situao, o empregado no tem direito

    percepo do adicional de insalubridade?

    73. O horrio de trabalho de Joo est distribudo em turnos para cobrir

    todo o perodo de atividade da empresa onde ele trabalha, que funciona

    ininterruptamente. Joo integra equipe de trabalho sujeita a sistema de

    revezamento, com alternncia, para cada empregado, de jornadas diurnas e

    noturnas. Nessa situao hipottica, considerando-se que a jornada mxima

    para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de acordo com a

    Constituio Federal, de seis horas dirias, caso Joo trabalhe oito horas por

    dia, ser necessrio um acordo escrito de compensao de jornada, sob pena

    de o empregador ter de lhe pagar duas horas extras dirias?

    74. Maria, professora de matemtica que trabalha exclusivamente para

    uma instituio de ensino particular, ministra, pela manh, 5 aulas a partir de 7

    h 30 min, de segunda a sexta-feira, tendo cada aula a durao de 50 minutos;

    aps 3 horas-aula, a professora tem 15 minutos de intervalo e, em seguida,

    ministra mais 2 aulas. Nessa situao hipottica, a referida professora tem

    direito percepo de horas extras, dada a extrapolao da jornada mxima

    legal?

    75. Foi deflagrada greve de motoristas de nibus no Rio de Janeiro, sem

    que o sindicato da categoria comunicasse, com antecedncia de 72 horas, a

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 20

    deciso de paralisao aos usurios e aos empregadores. Nessa situao

    hipottica, a greve dos trabalhadores deve ser considerada ilegal?

    76. Eduardo, Policial Civil devidamente vinculado corporao, trabalhava,

    nos dias de folga (trs dias na semana), para empresa de vigilncia privada,

    assim permanecendo durante cinco anos. Nesse perodo, Eduardo recebia

    ordens da empresa de vigilncia e no podia se fazer substituir por terceiro a

    seu critrio. Mensalmente, recebia seu pagamento, mas jamais teve a carteira

    de trabalho anotada. A empresa de vigilncia despediu Eduardo, tendo o

    mesmo ingressado com reclamao trabalhista, momento em que a empresa

    negou o vnculo de emprego com o trabalhador, sob o argumento de que o

    estatuto da Polcia Civil no permite que o policial trabalhe para empresas

    privadas enquanto membro da corporao. Sabendo que de fato o Estatuto da

    Polcia Civil traz a vedao acima mencionada, diga se o vnculo de Eduardo

    existe e se vlido? Responda fundamentadamente

    77. A Companhia de Trfego Urbano - CTU, autarquia municipal, resolveu

    contratar empresa interposta para fornecimento de agentes de trnsito

    terceirizados. A referida empresa interposta forneceu um total de vinte

    agentes, durante cinco meses, porm no lhes pagou os direitos trabalhistas.

    Pergunta-se, os agentes podero requerer da Unio o pagamento de tais

    direitos? E se a terceirizao no fosse de agentes de trnsito, mas sim de

    vigilantes, como ficaria a responsabilidade da autarquia municipal?

    78. Jos tinha 14 anos de idade quando foi contratado como aprendiz. Seu

    contrato foi verbal, permanecendo vigente por um ano. Pergunta-se, o contrato

    de Jos vlido e produzir efeitos? Responda fundamentadamente

    79. O art. 7 da CF/88 traz vrios incisos com direitos assegurados aos

    trabalhadores urbanos e rurais, lhes conferindo uma aparente igualdade.

    Entretanto, existem algumas diferenas entre tais trabalhadores, em relao

    aos direitos que lhes so conferidos. Com efeito, caracterize o trabalhador

    urbano e o rural, citando pelo menos trs diferenas em relao aos direitos

    atribudos a um e ao outro. Responda fundamentadamente

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 21

    80. Mariana trabalhava para a empresa Frango Congelado Ltda. Referida

    empresa compunha grupo econmico com a empresa Frango Assado Ltda, a

    qual fora posteriormente sucedida pela empresa Galeto Quente Ltda. Quando

    ocorreu a sucesso, a empresa Frango Congelado era solvente e no foi

    adquirida pela empresa Galeto Quente Ltda. Acontece que, meses aps

    sucesso, a empresa Frango Congelado comeou a no mais pagar os direitos

    trabalhistas de seus empregados, dentre eles os de Mariana. Pergunta-se: a

    Empresa Galeto Quente poder ser responsabilizada pelo pagamento dos

    direitos de Mariana, no adimplidos por Frango Congelado Ltda? Responda

    fundamentadamente

    81. Jos foi contratado como estagirio, mediante contrato verbal. O

    estgio era extra-curricular. Jos, embora fosse estudante de direito, fora

    destinado para fazer cobranas. A empresa tambm no permitiu que Jos

    reduzisse sua jornada de trabalho em dias de avaliaes. Pergunta-se: o

    contrato de estgio de Jos foi vlido? Jos ter direito de reivindicar o direito a

    reduo da jornada nos dias das avaliaes? Responda fundamentadamente

    82. Jonas tinha 12 anos de idade quando foi contratada pela madeireira

    Corta Tora Ltda para trabalhar no corte de madeira de lei em uma reserva

    ambiental no Estado do Amazonas. Jonas, morador da regio desde que

    nasceu, sabia que no local no se podia derrubar madeira, pois sempre ouvia

    seu pai dizer que o IBAMA multava as empresas que faziam isso. Entretanto,

    Jonas aceitou trabalhar para a madeireira, pois precisava do dinheiro para

    ajudar sua famlia. Jonas passou 1 ano e 6 meses trabalhando para a

    madeireira, quando, com receio de uma fiscalizao do trabalho, o empregador

    o afastou, sem pagar qualquer verba rescisria. Trs anos depois do ocorrido,

    Jonas procurou advogado para ajuizar ao trabalhista. Diante da situao: a)

    Na qualidade de advogado de Jonas, indique fundamentadamente os

    argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos; b) Na qualidade de

    advogado da Madeireira Corta Tora Ltda, indique fundamentadamente os

    argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos.

    83. Mariana, administradora, ficou sabendo de processo seletivo para

    preenchimento de 2 vagas nos quadros da empresa multinacional Art Gym

    Ltda. Interessada, Mariana se submeteu a primeira fase do processo seletivo,

    juntamente com outros 1.000 candidatos, sagrando-se aprovada. Restando

    apenas 100 candidatos, Mariana se submeteu a segunda fase do processo

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 22

    seletivo, tendo sido mais uma vez aprovada, restando somente 2 candidatos.

    Em seguida, Mariana foi convocada para a entrevista final, j sob a promessa

    de que seria contratada, posto que somente havia 2 candidatos restantes para

    as 2 vagas disponveis. Por ocasio da entrevista, Mariana disse que aquele

    seria o seu segundo emprego, j que somente havia trabalhado por 3 meses

    em uma outra empresa. Ao saber disso, o empregador resolveu no contratar

    Mariana, convidando outro candidato que tinha mais de seis meses de

    experincia na funo. Inconformada, Mariana procurou advogado. Diante da

    situao: a) Na qualidade de advogado de Mariana, indique

    fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus

    direitos; b) Na qualidade de advogado da Art Gym Ltda., indique

    fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus

    direitos:

    84. Joo foi contratado a ttulo de experincia por 60 dias, prorrogveis

    por mais 30 dias. Durante os primeiros 60 dias, Joo exerceu suas funes com

    zelo e dedicao, sendo vrias vezes elogiado por seu patro. Passado o

    primeiro perodo, o contrato de Joo foi prorrogado, sendo que, logo no

    primeiro dia aps a prorrogao, Joo sofreu acidente de trabalho, o que

    acabou o incapacitando para suas atividades por 20 dias, com a consequente

    concesso do benefcio de auxlio-doena acidentrio. Aps o infortnio, Joo

    voltou a trabalhar normalmente, com o empenho de sempre. Entretanto, no

    ltimo dia do contrato de experincia, Joo ficou sabendo que no

    permaneceria na empresa. Tendo sido afastado pelo trmino normal de seu

    contrato. Inconformado, Joo procurou advogado para ajuizar ao trabalhista.

    Diante da situao: a) Na qualidade de advogado de Joo, indique

    fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus

    direitos; b) Na qualidade de advogado da empresa, indique

    fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus

    direitos.

    85. Maria, agente de sade, celebrou, sem concurso pblico, contrato

    temporrio para atender necessidade imperiosa de excepcional interesse

    pblico com o Municpio de Cachoeiro, conforme lei municipal. O contrato de

    Maria tinha durao de trs meses, admitida prorrogao, visto que objetivava

    o combate de uma epidemia que assolava o local. Passados trs meses, o

    contrato de Maria foi prorrogado por mais seis meses, ocasio em que Maria

    passou a trabalhar no hospital municipal, assim permanecendo por longos dois

    anos e sucessivas prorrogaes de seu contrato a termo. Ao final, Maria foi

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 23

    afastada sem nada receber. Sabendo que o Municpio de Cachoeiro no tem

    estatuto de servidores e que todos so regidos pela CLT, Maria procurou

    advogado: a) Na qualidade de advogado de Maria, indique

    fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus

    direitos; b) Na qualidade de advogado do Municpio, indique

    fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus

    direitos:

    DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

    01. sabido que, aps a Emenda Constitucional 45/2004, a competncia

    material da Justia do Trabalho foi ampliada. Assim, a teor do disposto no art.

    114, I, da CF/88, compete Justia do Trabalho processar e julgar todas as

    aes oriundas da relao de trabalho. Pergunta-se: existe competncia da

    Justia Trabalhista para processar e julgar ao movida por servidor pblico

    estaturio federal em face da Unio, reclamando direitos oriundos do seu

    regime jurdico institucional?

    02. A Justia do Trabalho competente para processar e julgar execues

    fiscais da Unio Federal decorrentes de multas aplicadas pela Fiscalizao do

    Trabalho e regularmente inscritas na dvida ativa?

    03. A Justia do Trabalho competente para processar e julgar ao de

    manuteno de posse em virtude de turbao praticada por sindicalistas na

    propriedade da empresa mediante exerccio abusivo do direito de greve?

    04. Existe alguma diferena na abrangncia das competncias trazidas

    pelos incisos I e IX, do art. 114, da CF/88?

    05. Jos e Joo, trabalhadores da construo civil e empregados da

    empresa Caloteira Ltda, estavam desempenhando suas atribuies, quando

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 24

    sofreram acidente de trabalho, caindo de um andaime. Jos, em razo do

    infortnio, acabou falecendo. J Joo ficou completamente invlido para o

    trabalho, permanecendo em estado de coma sem previso de alta.

    Considerando que o empregador no forneceu os equipamentos de proteo

    aos referidos trabalhadores, suas respectivas esposas resolveram entrar com

    ao de indenizao por acidente de trabalho. A esposa de Jos ajuizou ao

    em nome prprio, dado o falecimento do esposo. J a esposa de Joo ajuizou

    ao na qualidade de representante do marido invlido. Diante da situao,

    discorra sobre a competncia material da Justia do Trabalho para processar e

    julgar as aes mencionadas.

    06. Jos, cirurgio dentista, exercia suas atividades na condio de

    profissional liberal. s segundas-feiras e quartas-feiras, Jos prestava servios

    para o consultrio odontolgico Dente Limpo Ltda. J s teras-feiras e quintas-

    feiras, Jos trabalhava em seu prprio consultrio, atendendo vrios pacientes,

    dentre eles o paciente de nome Joo. Ocorreu que, aps um ms de prestao

    de servios ao consultrio Dente Limpo Ltda, Jos no recebeu sua

    contraprestao. Paralelamente, o paciente Joo, embora tenha usufrudo de

    todo o tratamento dentrio, no pagou ao dentista o merecido pagamento. Com

    efeito, Jos decidiu ajuizar ao tanto contra o consultrio Dente Limpo Ltda

    como contra o paciente Joo. diante da hiptese, analise e discorra sobre a

    competncia da Justia do Trabalho para as duas aes.

    07. Joo foi contratado pela empresa Caloteira Ltda para trabalhar como

    vendedor fixo (no-viajante). Sua contratao se deu na cidade de

    Fortaleza/CE, mas os servios foram prestados na cidade de Sobral/CE.

    Terminado o contrato de trabalho em virtude da demisso de Joo, este se

    mudou para Juazeiro do Norte/CE e l ajuizou reclamao trabalhista contra o

    ex-empregador. Pergunta-se: o Juiz do Trabalho de Juazeiro do Norte/CE

    territorialmente competente para processar e julgar a ao ajuizada por Joo?

    Em caso negativo, qual(is) seria(m) o(s) Juzo(s) competente(s)? Caso no haja

    competncia territorial, qual deve ser o procedimento adotado pelo Juiz se a

    empresa Caloteira Ltda no opuser exceo de incompetncia no prazo legal?

    08. Manoel, auxiliar administrativo, foi contratado no municpio de

    Fortaleza para trabalhar em empresa que executava suas atividades no

    municpio de Sobral, onde exerceu suas funes durante 3 (trs) anos,

    momento em que foi demitido. A sede da empresa situada em Juazeiro do

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 25

    Norte, local onde Manoel foi residir depois de sua dispensa. No tendo recebido

    as verbas rescisrias, Manoel ajuizou reclamao trabalhista perante a Vara do

    Trabalho de Juazeiro. Pergunta-se: acertou Manoel ao ajuizar sua reclamao

    em Juazeiro? Responda fundamentadamente

    09. Mike, brasileiro naturalizado, fora contratado por empresa estrangeira

    (pessoa jurdica de direito privado) para prestar servios em filial do

    empregador situada em Santiago do Chile. Tendo sido despedido injustamente

    e aps retorno ao Brasil, Mike deseja ajuizar reclamao trabalhista. Sabendo

    que no existe entre Brasil e Chile conveno ou tratado internacional dispondo

    sobre competncia trabalhista, responda fundamentadamente: (a) Mike poder

    ajuizar reclamao trabalhista no Brasil? (b) Caso a reclamao seja ajuizada

    no Brasil, qual a lei processual dever ser aplicada: a brasileira ou a chilena?

    (c) A empresa estrangeira ter alguma imunidade de jurisdio?

    10. Manoel, trabalhador brasileiro, fora contratado para trabalhar em

    Portugal. Tendo sido despedido, Manoel resolveu ajuizar ao trabalhista no

    Brasil. Sabendo que existe lei portuguesa vedando que trabalhador que prestou

    servio em Portugal ajuze ao em outro pas, discorra sobre a competncia da

    Justia do Trabalho brasileira para processar e julgar a ao de Manoel

    11. Explique a eficcia da lei processual trabalhista no tempo luz da

    Teoria do Isolamento dos Atos Processuais.

    12. Explique a eficcia da lei processual trabalhista no tempo luz da

    Teoria do Isolamento dos Atos Processuais.

    13. Joo pretende interpor um recurso trabalhista cujo prazo de 08 (oito)

    dias corridos, contado da intimao da sentena. Tal intimao foi remetida

    Joo pela via postal, tendo sido entregue em um dia de sbado pelos correios.

    Pergunta-se: qual o dia do incio do prazo e qual o dia de sua contagem? Caso

    Joo no observe o prazo recursal, ele ainda poder interpor o recurso?

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 26

    14. A denunciao da lide admitida no Processo do Trabalho? Em caso

    positivo, cite um exemplo do seu cabimento

    15. Joo pretende interpor um recurso trabalhista cujo prazo de 08 (oito)

    dias corridos, contado da intimao da sentena. Tal intimao foi efetivada em

    uma segunda-feira, dia 18 de dezembro, dois dias antes do incio do recesso

    forense, que ocorre do dia 20 de dezembro ao dia 06 de janeiro. Pergunta-se:

    em que dia encerrar o prazo de Joo? Caso o dia de encerramento do prazo

    coincida com um sbado, seu trmino ser antecipado ou prorrogado?

    16. Discorra em breves linhas sobre a capacidade postulatria na justia do

    Trabalho, esclarecendo acerca da necessidade ou no da representao por

    advogados

    17. Aps a audincia inicial, Ceclia, que possui endereo certo e sabido,

    fora intimada por edital para juntar aos autos um documento em cinco dias. No

    prazo assinalado, Ceclia praticou o ato, porm afirmou, paralelamente, que sua

    intimao seria nula, momento em que pediu que todas as intimaes fossem

    feitas em seu endereo. Constando que a intimao fora realizada de forma

    diversa da que deveria, o juiz declarou todo o processo nulo, desde o incio.

    Pergunta-se, agiu certo o juiz a luz dos princpios que regem as nulidades

    trabalhistas?

    18. Junqueira teve prolatada em seu desfavor uma sentena condenatria.

    Insatisfeito, Junqueira pretende apresentar recurso ordinrio, cujo prazo de

    08 dias. Junqueira fora intimado da deciso no dia 17 de dezembro (segunda-

    feira). Diga at quando Junqueira poder apresentar seu recurso. Responda

    fundamentadamente.

    19. possvel a arbitragem na soluo de conflitos trabalhistas? Responda

    fundamentadamente

    20. Jos interps via fax um recurso trabalhista no dia 03\02, quarta-feira.

    Sabendo o prazo do recurso de 08 dias e que Jos interps o mesmo no

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 27

    quinto dia do prazo, at quando Jos dever juntar os originais de tal recurso?

    Responda fundamentadamente

    21. O processo do trabalho protetivo. Cite trs exemplos que justifique

    tal afirmao.

    22. Em relao s nulidades no processo do trabalho, diferencie os

    princpios da finalidade e da transcendncia

    23. Sabendo que no dia 10\02 sbado de carnaval e que a Justia do

    Trabalho somente ter expediente normal a partir da quinta-feira subseqente.

    Sabendo, ainda, que os recursos trabalhistas possuem o prazo de 08 dias,

    pergunta-se: Maria, que interps seu recurso via fax em 07\02, sendo este o

    sexto dia do prazo, ter at quando para juntar os originais? Responda

    fundamentadamente

    24. Sabendo que no dia 05\04 uma tera-feira e que a Justia do

    Trabalho, em razo da semana santa, para seu funcionamento a partir da

    quarta-feira, inclusive. Sabendo, ainda, que os recursos trabalhistas possuem o

    prazo de 08 dias, pergunta-se: Joaquina, que interps seu recurso via fax em

    01\04, sendo este o quarto dia do prazo, ter at quando para juntar os

    originais? Responda fundamentadamente

    25. No dia 23.05.2003, Paulo apresentou reclamao verbal perante o

    distribuidor do frum trabalhista, o qual, aps livre distribuio, o encaminhou

    para a 132 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Entretanto, Paulo mudou de

    idia e no compareceu secretaria da Vara para reduzi-la a termo. No dia

    24.12.2003, Paulo retornou ao distribuidor da Justia do Trabalho e, decidido,

    apresentou novamente a sua reclamao verbal, cuja livre distribuio o

    encaminhou para a 150 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Desta vez, o

    trabalhador se dirigiu secretaria da Vara, reduziu a reclamao a termo e saiu

    de l ciente de que a audincia inaugural seria no dia 01.02.2004. Contudo, ao

    chegar o dia da audincia, Paulo mudou de idia mais uma vez e no

    compareceu, gerando o arquivamento dos autos. Diante desta situao

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 28

    concreta, pergunta-se: Paulo poder ajuizar uma nova reclamao verbal?

    Responda fundamentadamente.

    26. Em relao s provas no processo do trabalho, diferencie as seguintes

    categorias: a) depoimento pessoal e inquirio sumria; b) testemunha e

    informante; c) perito e assistente tcnico

    27. Joo ajuizou reclamao trabalhista contra seu ex-empregador

    requerendo o pagamento de adicional noturno. Em sua defesa, a empresa

    reconheceu o trabalho noturno, porm disse que havia pago os valores em

    dinheiro diretamente ao trabalhador. Marcada a audincia de instruo e

    julgamento e cientes as partes que deveriam comparecer para prestar

    depoimento, ambas faltaram injustificadamente. Pergunta-se: de acordo com a

    defesa apresentada e segundo a distribuio do nus da prova, qual ser o

    provvel resultado da sentena?

    28. Jos ajuizou reclamao trabalhista requerendo, entre outras parcelas,

    a condenao da empresa ao pagamento de aviso prvio. Para tanto, Jos

    levantou dois argumentos, o primeiro sustentando que a empresa no tinha lhe

    concedido o aviso e o segundo de que, mesmo que tenha cumprido o aviso, no

    teve a reduo da jornada prevista no art. 488 da CLT. O juiz, ao analisar o

    pedido, acolheu logo o primeiro dos dois argumentos, condenando a empresa

    ao pagamento do aviso prvio pretendido. Inconformada, a empresa reclamada

    apresentou recurso ordinrio, dizendo que houve concesso de aviso prvio.

    Pergunta-se: caso o Tribunal entenda que de fato houve a concesso do aviso,

    poder analisar o argumento de ausncia de reduo da jornada, ainda que o

    mesmo no tenha sido renovado no recurso? Responda justificadamente

    29. Pedro ajuizou ao em face de seu empregador objetivando a

    satisfao dos pedidos de horas extraordinrias, suas integraes e

    consectrias. O seu pedido foi julgado improcedente. Recorre ordinariamente,

    sem fazer depsito recursal, pretendendo a substituio da deciso por outra de

    diverso teor, tempestivamente. Na anlise da primeira admissibilidade recursal,

    o juiz nega seguimento ao recurso sob o argumento de que o recorrente no fez

    depsito recursal. Pergunta-se: agiu certo o juiz ao negar seguimento ao

    recurso de Pedro?

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 29

    30. Em relao s provas no provas no processo do trabalho, diferencie

    prova emprestada, prova indiciria e reduo do mdulo da prova. Responda

    fundamentadamente

    31. Joo ajuizou reclamao trabalhista contra seu ex-empregador

    requerendo o pagamento de comisses repassadas extra-folha (por fora). Em

    sua defesa, a empresa reconheceu que de fato havia comisses extra-folha (por

    fora), porm disse que havia pago os valores oportunamente ao trabalhador.

    Marcada a audincia de instruo e julgamento e cientes as partes que

    deveriam comparecer para prestar depoimento, ambas faltaram

    injustificadamente. Pergunta-se: de acordo com a defesa apresentada e

    segundo a distribuio do nus da prova, qual ser o provvel resultado da

    sentena?

    32. Em relao ao sistema recursal trabalhista, diferencie efeito translativo

    e efeito devolutivo em profundidade, citando exemplos de sua aplicao

    33. Joo ajuizou reclamao em face do ex-empregador pleiteando horas

    extras. A empresa, que possua em seu quadro mais de dez empregados, negou

    peremptoriamente a existncia de trabalho em horas extras, sem contudo

    apresentar os cartes de ponto. O juiz decidiu marcar audincia em

    prosseguimento, deixando as partes devidamente intimadas para prestar

    depoimento sob pena de confisso. Na data marcada, as partes no se fizerem

    presentes, indo apenas os respectivos advogados. Em seguida, o juiz encerrou

    a prova, fazendo os autos conclusos para sentena. Pergunta-se: Diante da

    situao, qual ser o provvel resultado da sentena. Responda

    fundamentadamente

    34. Existe exceo para o princpio da irrecorribilidade imediata das

    decises interlocutrias no processo do trabalho? Responda

    fundamentadamente

    35. Mariano ajuizou ao trabalhista requerendo a declarao de vnculo

    empregatcio com a empresa Caloteira Ltda., vnculo este ocorrido entre os

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 30

    anos de 1990 a 1995. Requereu, ainda, o pagamento de verbas trabalhistas do

    referido perodo, dentre elas aviso prvio, 13 salrio e frias acrescidas de 1\3,

    num total de R$ 3.000,00. Em sua defesa, a empresa negou a existncia do

    vnculo e argumentou que, mesmo existindo o contrato de emprego, as

    parcelas estariam prescritas. O juiz, em sua sentena, reconheceu o vnculo,

    declarando sua existncia, mas julgou prescritas as verbas, com base no art.

    7, XXIX, da CF. Inconformada com a declarao do vnculo, a empresa

    interps recurso ordinrio, porm no efetuou depsito recursal. O juiz no

    recebeu o recurso por ausncia de pressuposto de admissibilidade. Pergunta-

    se: agiu certo o juiz ao no receber o recurso da empresa? Responda

    fundamentadamente.

    36. O trabalhador ajuza ao requerendo resciso indireta e diferenas de

    salrio decorrentes de desvio funcional. A empresa contesta negando

    peremptoriamente a resciso indireta e afirmando que as diferenas salariais,

    embora existentes, j teriam sido pagas. Na instruo, nenhuma das duas

    partes produz qualquer prova. No existem vcios formais no processo.

    Pergunta-se: levando em conta a defesa e a distribuio do nus da prova,

    como provavelmente ser o resultado da sentena do juiz do trabalho?

    37. Em termos de sistema recursal trabalhista, em que consiste a

    sucumbncia?

    38. A vara do trabalho, aps rejeitar a incompetncia absoluta alegada na

    defesa, julga procedente o pedido de dano material decorrente de acidente de

    trabalho. No seu recurso ordinrio, a empresa somente discute ser incabvel a

    indenizao deferida, aduzindo no haver os requisitos da responsabilidade.

    Pergunta-se: O Tribunal Regional do Trabalho poder conhecer a temtica da

    competncia ou no? Em caso afirmativo, de que efeito recursal estar se

    valendo o TRT? Responda fundamentadamente?

    39. Especifique fundamentadamente a conseqncia jurdica das seguintes

    situaes processuais: a) Ausncia das partes na audincia inaugural em

    procedimento ordinrio. b) Presena do reclamante e ausncia do reclamado na

    audincia nica em rito sumarssimo, porm presente o advogado do ru

    munido de procurao e com defesa escrita. c) Ausncia do reclamante na

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 31

    audincia em prosseguimento em que deveria prestar depoimento no curso de

    processo que tramita em rito ordinrio

    40. Joo ajuizou reclamao trabalhista, alegando que fora contratado pela

    empresa Caloteira como empregado, no perodo de dois anos. Em sua defesa, a

    reclamada disse que Joo era mero profissional autnomo, trabalhando sem

    subordinao. Designada a audincia de instruo e tendo os litigantes sido

    intimados para comparecimento a fim de prestarem depoimento pessoal, ambos

    no compareceram. O juiz encerrou a prova oral, fazendo os autos conclusos

    para julgamento. No havia nenhuma documento juntado aos autos, exceto as

    procuraes outorgadas aos advogados das partes e os atos constitutivos do

    empregador. Diante dessa situao hipottica, qual ser o provvel resultado

    da sentena? Responda fundamentadamente

    41. Lula Molusco foi suspenso por dois dias. Inconformado com a atitude

    do empregador, Lula ajuizou ao pedindo o cancelamento da punio e

    conseqente pagamento dos dias de afastamento, atribuindo causa o valor de

    R$ 150,00. Aps o procedimento, a sentena julga a ao improcedente.

    Pergunta-se: dessa deciso caber algum recurso?

    42. Jos fora contratado como trabalhador terceirizado, tendo como

    tomador a uma Fundao Pblica Federal. Aps dois anos de contrato, Jos fora

    despedido pela empresa interposta sem receber suas verbas rescisrias.

    Insatisfeito, Jos ajuizou reclamao trabalhista contra a empresa interposta e

    colocou como responsvel subsidirio o tomador de servios, nos termos da

    smula 331, IV, do TST. Ocorreu que, apesar de Jos formular pedidos certos e

    determinados no indicou o valor dos mesmos, atribuindo causa o valor de R$

    10.000,00, o qual inferior a 40 salrios mnimos? Pergunta-se: o juiz deve

    processar a petio inicial de Jos? Responda fundamentadamente

    43. Jos ajuizou reclamao trabalhista contra o seu ex-empregador, a

    qual fora distribuda para a 1 Vara do Trabalho de Fortaleza. Os servios de

    Jos, todavia, foram prestados no municpio de Sobral, embora Jos tenha sido

    contratado em Fortaleza. Ao remeter a notificao postal para a empresa, a

    mesma disse ao agente dos correios que havia se mudado, embora

    permanecesse em funcionamento no mesmo local. Os correios devolveram a

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 32

    notificao com a informao mudou-se, momento em que o Juiz determinou a

    citao por edital. No dia da audincia, a empresa no compareceu, momento

    em que o Juiz, de ofcio e verificando que a prestao de servios teria ocorrido

    em Sobral, declinou de sua competncia territorial e remeteu os autos para a

    Vara do Trabalho de Sobral, a qual julgou o processo a revelia da empresa.

    Aps a sentena, a empresa peticionou dizendo que seu endereo jamais foi

    alterado, momento em que requereu a nulidade da citao por edital. Pergunta-

    se: agiu certo o juiz ao remeter os autos de ofcio para a Vara do Trabalho de

    Sobral? Deve o juiz acolher a insurgncia da empresa e declarar nula sua

    citao por edital? Responda fundamentadamente.

    44. Joana, empregada da empresa Caloteira Ltda sofreu acidente de

    trabalho, momento em que passou a receber benefcio previdencirio de auxlio-

    acidente. Aps dois anos percebendo o benefcio, Joana fora liberada pelo INSS

    para voltar a trabalhar. Entretanto, no se sentido apta para o trabalho, Joana

    resolveu entrar com uma ao contra o INSS, requerendo a prorrogao do

    benefcio de auxlio-doena acidentrio. Paralelamente, resolveu ajuizar ao de

    indenizao contra seu empregador, pelos danos morais e materiais

    decorrentes do acidente de trabalho sofrido. Pergunta-se, qual(is) a(s)

    Justia(s) competente(s) para processar e julgar a ao de Joana contra o

    INSS, bem como sua demanda indenizatria contra o empregador? Responda

    fundamentadamente

    45. Discorra sobre o princpio da Instrumentalidade das Formas nas

    nulidades trabalhistas

    46. Joo ajuizou reclamao trabalhista em face do seu ex-empregador,

    requerendo o reconhecimento de vnculo de emprego, bem como o pagamento

    de 13 salrio, frias acrescidas de 1\3, adicional noturno, FGTS acrescido de

    40% e honorrios advocatcios. Ao proferir a sentena, o juiz julgou a ao de

    Joo parcialmente procedente, condenando o ex-empregador ao pagamento de

    13 salrio, frias acrescidas de 1\3 e adicional noturno. Negou o pagamento

    das demais verbas. Inconformado com a deciso, Joo interps recurso

    ordinrio, porm somente questionou o indeferimento de honorrios

    advocatcios. O ex-empregador, por sua vez, tambm interps recurso

    ordinrio, momento em que questionou todas as pugnadas, inclusive aquelas

    em que no havia condenao. Ao ser instado para se manifestar sobre o

    recurso do ex-empregador, Joo resolveu interpor recurso adesivo,

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 33

    questionando FGTS acrescido de 40%. Aps o aperfeioamento do contraditrio,

    o juiz recebeu todos os recursos. Pergunta-se, agiu certo o juiz ao receber

    todos os recursos? Responda fundamentadamente

    47. Na audincia inaugural de uma ao processada pelo rito ordinrio, o

    juiz recebeu a defesa e designou nova sesso de prosseguimento, momento em

    que as partes assumiram o encargo de trazer as suas testemunhas

    independente de intimao. No dia aprazado, as testemunhas do reclamante

    no compareceram. Pergunta-se: o reclamante poder pedir a intimao das

    testemunhas ausentes? Em caso positivo e sendo realizada a intimao, quais

    as conseqncias jurdicas para a testemunha que recusar o comparecimento?

    Se a ao estivesse tramitando sob rito sumarssimo, haveria outra exigncia

    legal para o juiz deferir a intimao das testemunhas

    48. Homer Simpson trabalhou como empregado terceirizado. No

    desempenho de suas funes, Homer (trabalhador) era empregado da firma P-

    na-cova Ltda (empresa de terceirizao) e prestava seus servios em favor de

    uma Sociedade de Economia Mista (tomadora de servios) integrante da

    Administrao Pblica Municipal. Ao ser despedido injustamente, Homer ajuizou

    reclamao trabalhista, pedindo pagamento de verbas rescisrias, atribuindo

    causa o valor de R$ 2.000,00, que inferir a 40 salrios mnimos. Na audincia,

    somente compareceram o reclamante e a tomadora de servios. Compulsando

    os autos, o juiz verificou que a citao destinada empresa de terceirizao

    tinha sido devolvida com a informao de que a mesma teria se mudado. Ao

    indagar o reclamante, este disse que a empresa estava em local incerto e no-

    sabido. Nesse caso, como deve proceder o juiz? Responda fundamentadamente

    49. Lula Molusco ajuizou reclamao trabalhista em favor do seu ex-

    empregador, pleiteando adicional de periculosidade. Na audincia inaugural, as

    partes resolveram sobrestar o processo por sessenta dias, haja vista a

    possibilidade de acordo, o que foi deferido pelo Juiz. Aps o sobrestamento e

    restando infrutfera a conciliao, fora marcada nova audincia, momento em

    que foi determinada a realizao de percia. Na ocasio, o juiz concedeu s

    partes o prazo de quinze dias para apresentao de quesitos e nomeao de

    assistentes tcnicos, prazo este no previsto em Lei. Sobrevindo o laudo

    pericial, o juiz conferiu novamente s partes o prazo de quinze dias para

    manifestao, prazo tambm no previsto em lei. Para tanto, as partes foram

    notificadas pela via postal. Lula Molusco recebeu a intimao num sbado

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 34

    (07\03), tendo sido o aviso de recebimento dos correios juntado aos autos na

    tera-feira subsequente (10\03). Pergunta-se: (a) de acordo com o critrio de

    classificao dos prazos quanto origem da fixao, que tipo(s) de prazo(s)

    fora(m) utilizado(s) no caso em questo? Em relao ao prazo de quinze dias

    conferido para Lula Molusco se manifestar sobre o laudo pericial, quais os dias

    de incio do prazo, da contagem do prazo e do trmino do prazo?

    50. Lula Molusco deseja ajuizar reclamao trabalhista contra o seu ex-

    empregador. Ocorre que o Municpio das Algas onde Lula reside e no qual

    prestou suas atividades no abrangido pela Jurisdio Trabalhista. Pergunta-

    se: (a) Em que Juzo Lula Molusco poder ajuizar sua reclamao trabalhista?

    (b) Caso Lula ajuze reclamao perante a Justia Comum e queira recorrer da

    deciso, a qual Tribunal ele dever encaminhar o recurso? (c) Tendo sido o

    processo de Lula ajuizado perante a Justia Comum e, alguns meses aps o

    ajuizamento, haja sido instalada Vara do Trabalho com jurisdio abrangendo o

    Municpio das Algas, o processo dever permanecer tramitando perante a

    Justia Comum? Por que? Responda fundamentadamente

    51. Se empresa reclamada apresentar folhas de ponto, assinadas pelo

    reclamante, contendo, todas elas, marcao de entrada s 8 horas, de intervalo

    de alimentao e descanso entre as 12 e as 14 horas e de sada s 18 horas, e,

    na inicial, o reclamante alegar jornada das 6 s 20 horas, com intervalo de

    trinta minutos, o juiz dever indeferir prova da empresa e considerar verdadeira

    a jornada indicada pelo autor?

    52. Sob pena de cerceamento de defesa, em fase de recurso ordinrio,

    quando ainda estiverem sendo analisadas provas, , em princpio, possvel a

    juntada de documentos que visem provar as alegaes das partes? Responda

    fundamentadamente

    53. Ausentando-se a parte, injustificadamente, audincia em que deveria

    depor, ser havida confessa quanto matria de fato. Dessa forma, pode o

    juiz, sem risco de ofensa ao princpio da ampla defesa, indeferir a prova

    testemunhal pretendida pelo advogado da parte ausente, com o intuito de elidir

    os efeitos da ficta confessio, ainda que as testemunhas estejam presentes?

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 35

    54. possvel a insero de empresa do mesmo grupo econmico da

    devedora originria apenas na fase executiva do feito, como devedora solidria,

    sem que tenha participado na fase cognitiva?

    55. possvel a insero da tomadora de servios do empregado apenas

    na fase executiva, como devedora subsidiria, sem que tenha participado na

    fase cognitiva?

    56. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) titular dos crditos

    relativos s contribuies sociais executadas perante a Justia do Trabalho, e os

    respectivos valores devem ser recolhidos em nome daquela autarquia?

    Responda fundamentadamente

    57. Sendo insuficiente o patrimnio da pessoa jurdica executada

    satisfao da execuo de dbitos trabalhistas, respondem pela execuo de

    dbitos trabalhistas os bens particulares de scio-gerente?

    58. Ao prolatar a sentena o juiz fez constar da fundamentao que a ao

    fora atingida integralmente pela prescrio bienal. No dispositivo, porm, fez

    constar que a ao foi julgada improcedente. Como deve agir a parte

    prejudicada com tal deciso?

    59. Certo advogado, defendendo a parte recorrente perante o Tribunal

    Regional do Trabalho, acompanhou o julgamento do recurso ordinrio perante a

    Turma, que lhe foi desfavorvel. Ciente dos argumentos expostos no voto

    condutor da deciso, e de posse da respectiva certido de julgamento, interps

    recurso de revista, em data, porm, anterior publicao do acrdo.

    Pergunta-se: o recurso deve ser recebido?

    60. Pedro ajuizou reclamao trabalhista contra a empresa Sonhos Ltda.,

    pleiteando o pagamento de horas extras laboradas. Encerrada a instruo

    processual, foi designada audincia para o dia 04.03.2010 para a leitura e

    publicao da sentena. Na data aprazada, no foi possvel a prolao do

    veredicto, sendo este publicado no dirio eletrnico da Justia do Trabalho em

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 36

    data de 11.03.2010 (quinta-feira). Pedro, que at ento fez uso do "jus

    postulandi", buscou, no dia 18.03.2010, um advogado, visto que a sentena lhe

    foi desfavorvel. O causdico protocolou recurso ordinrio, visando a reforma do

    julgado, em 22.03.2010 (segunda-feira), no tendo efetuado o recolhimento

    das custas processuais. No exame da admissibilidade, o Juiz do Trabalho negou

    seguimento ao recurso, por intempestividade e desero, neste ltimo caso em

    razo da ausncia de pedido especfico de justia gratuita quando da elaborao

    do termo de reclamao, embora preenchesse o autor os seus requisitos legais.

    Pergunta-se: a) agiu certo o juiz ao negar seguimento ao recurso por

    intempestividade? b) as custas processuais poderiam ter sido dispensadas de

    ofcio pelo juiz?

    61. Quando o acrdo for omisso quanto tese jurdica em que se

    pretende fundamentar o recurso de revista, como dever agir a parte

    interessada para que o seu recurso de revista seja recebido?

    62. O recurso de revista o remdio cabvel para se discutirem julgados

    proferidos em dissdio coletivo pelos tribunais regionais do trabalho bem como

    os julgados em dissdio individual pelas turmas desses tribunais

    63. Clvis, advogado constitudo nos autos do processo 0000385-

    61.2010.5.07.0007 estava fora de Fortaleza quando da prolao da sentena

    referente ao processo em epgrafe, razo pela qual entrou em contato com seu

    cliente e solicitou que o mesmo redigisse procurao na qual fossem outorgados

    poderes a seu colega Anzio. Anzio, ento, interps Recurso Ordinrio em face

    da sentena. Passados alguns meses, e Clvis j tendo retornado, referido

    recurso foi julgado improvido, no entanto, Clvis entendeu que o acrdo

    lavrado pelo TRT da 7 Regio violava entendimento consolidado pelo TST

    atravs de Smula, razo pela qual interps Recurso de Revista. Ante a

    situao em anlise, e levando-se em conta o posicionamento jurisprudencial,

    como dever se posicionar o E. TRT, na anlise a quo de admissibilidade, em

    relao ao Recurso de Revista manejado exclusivamente por Clvis?

    Fundamente seu posicionamento

    64. Luis Carlos era empregado da empresa GR Distribuidora de Alimentos

    Ltda e dirigia um caminho, percebendo como remunerao mensal R$ 700,00.

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 37

    A empresa GR representada pelo Sindicato Do Comrcio de Gneros

    Alimentcios do Estado do Cear e obedece s convenes coletivas firmadas

    por esta entidade. No entanto, Luis Carlos, ao ajuizar reclamao Trabalhista

    em desfavor da empresa GR obteve procedncia em relao a pedido de

    retificao de salrio, tendo em vista que indicava como seu piso salarial o valor

    de R$ 1000,00 contido na clusula 10 da Conveno Coletiva firmada entre o

    Sindicato das transportadoras do Estado do Cear e o Sindicato dos Motoristas

    de Caminho do Cear. Luis Carlos alegava, ainda, que era pertencente

    categoria diferenciada. Ante a situao ftica exposta, que medida a empresa

    GR Distribuidora de Alimentos Ltda. pode tomar? Fundamente

    65. Joaquim apresentou um recurso via fax no dia 04/02 (sexta-feira).

    Considerando que o recurso, cujo prazo de 08 (oito) dias, foi apresentado via

    fax no 1 (primeiro) dia do prazo; considerando, ainda, que nos dias 14/02

    (segunda-feira), 15/02 (tera-feira) e 16/02 (quarta-feira) a justia do trabalho

    no funciona em razo do carnaval, pergunta-se: at quando Joaquim poder

    juntar os originais de tal recurso? Responda fundamentadamente

    66. Identifique as trs formas em que o sindicato pode atuar na justia do

    trabalho, explicando a diferena entre cada uma e indicando, na lei, exemplos

    de sua atuao

    67. Manoel, microempresrio, fora demandado na Justia do Trabalho na

    qualidade de reclamado. No dia da audincia, Manoel compareceu Justia do

    Trabalho acompanhado de Joo, advogado, porm em momento algum lhe

    outorgou procurao. Acontece que Joo fez constar seu nome e numero de

    registro da OAB em ata de audincia e praticou diversos atos em favor de

    Manoel. Por ocasio da oitiva de testemunhas, o juiz acabou ouvindo como

    testemunha a esposa do reclamante, apesar de impedida e contraditada por

    Joo. Ao final da audincia, o advogado do reclamante pediu que os atos de

    Joo fossem declarados inexistentes, na forma do art. 37, pargrafo nico, do

    CPC, pois o mesmo os praticou sem procurao. Pergunta-se: a) os atos de

    Joo so vlidos? b) se o juiz tivesse julgado a ao improcedente, a nulidade

    decorrente da oitiva de uma testemunha impedida deveria ser declarada? Por

    que?

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 38

    QUESTES OAB/FGV

    IV EXAME UNIFICADO 2011.1

    Questo 1

    Em 15/04/2008, Joo Carlos de Almeida foi contratado pela Engeltrica S.A.

    para trabalhar na construo das barragens da Hidreltrica de Belo Monte.

    Entretanto, em virtude da grande distncia entre o local de trabalho e a cidade mais prxima, o empregador lhe forneceu habitao durante toda a vigncia do

    contrato. Dispensado sem justa causa em 13/08/2010, Joo Carlos ajuizou ao trabalhista visando incluso da ajuda-habitao na sua remunerao e o

    pagamento dos reflexos da decorrentes, uma vez que a moradia constituiu

    salrio in natura, compondo a contraprestao ajustada pelas partes.

    Com base na situao concreta, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.

    a) Qual o critrio apto a definir a natureza jurdica da prestao entregue ao

    empregado pelo empregador? (Valor: 0,5)

    b) Nesta hiptese em especial, a habitao fornecida pela Engeltrica S.A. deve

    ou no integrar a remunerao de Joo Carlos de Almeida? Por qu? (Valor: 0,75)

    (Foram disponibilizadas 30 linhas para resposta)

    Padro de Resposta / Espelho de Correo

    a) Mencionar expressamente o art. 458, caput, da CLT, bem como o seu 2,

    inciso I, que exclui determinadas prestaes do mbito salarial, como critrios normativos adequados resoluo do problema. Referir-se distino entre o

    carter retributivo ou contraprestativo da prestao ("pelo" trabalho) e a natureza indenizatria ou instrumental da prestao ("para" o trabalho), a fim

    de atribuir natureza salarial apenas ao primeiro grupo.

    b) Observar que, neste caso concreto, a grande distncia entre o local de

    trabalho e a cidade mais prxima tornou imprescindvel o fornecimento da habitao, sob pena de inviabilizar a realizao do trabalho. Afirmar que a

    habitao fornecida a Joo Carlos pela Engeltrica no possui natureza salarial,

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 39

    uma vez que possui natureza instrumental ("para" o trabalho), isto , visa

    melhor efetivao do servio contratado, fazendo referncia Smula n 367, I do TST.

    Item Pontuao

    Estabelecer a distino entre os critrios retributivo (pelo

    trabalho) ou indenizatrio/instrumental (para o trabalho)

    (0,25).

    Art. 458, 2, I, CLT (0,25)

    0 / 0,25 / 0,5

    No deve integrar (0,15).

    Porque no tem natureza salarial OU imprescindvel o

    fornecimento de habitao (0,3).

    Smula 367, I, do TST (0,3).

    0 / 0,15 / 0,3 /

    0,45 / 0,6 / 0,75

    Questo 2

    Joo da Silva ajuizou reclamao trabalhista em face da Cooperativa

    Multifuncional Ltda. e do Posto de Gasolina Boa Viagem Ltda. Na petio inicial, afirmou que foi obrigado a se filiar cooperativa para prestar servios como

    frentista no segundo reclamado, de forma pessoal e subordinada. Alegou, ainda, que jamais compareceu sede da primeira r, nem foi convocado para

    qualquer assembleia. Por fim, aduziu que foi dispensado sem justa causa, quando do trmino do contrato de prestao de servios celebrado entre os

    reclamados. Postulou a declarao do vnculo de emprego com a sociedade

    cooperativa e a sua condenao no pagamento de verbas decorrentes da execuo e da ruptura do pacto laboral, alm do reconhecimento da

    responsabilidade subsidiria do segundo ru, na condio de tomador dos servios prestados, nos termos da Smula 331, item IV, do TST. Na

    contestao, a primeira r suscitou preliminar de impossibilidade jurdica do pedido, uma vez que o artigo 442, pargrafo nico, da CLT prev a inexistncia

    do vnculo de emprego entre a cooperativa e seus associados. No mrito, sustentou a validade da relao cooperativista entre as partes, refutando a

    configurao dos requisitos inerentes relao empregatcia. O segundo reclamado, na pea de defesa, afirmou que o reclamante lhe prestou servios

    na condio de cooperado e que no pode ser condenado no pagamento de verbas trabalhistas se no foi empregador. Na instruo processual, restou

    demonstrada pela prova testemunhal produzida nos autos a intermediao ilcita de mo de obra, funcionando a cooperativa como mera fornecedora de

    trabalhadores ao posto de gasolina.

  • Direito do Trabalho

    Prof. Konrad Mota 40

    Com base na situao hipottica, responda aos itens a seguir, empregando os

    argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.

    a) cabvel a preliminar de impossibilidade jurdica do pedido? (Valor: 0,45)

    b) Cabe o pedido de declarao de vnculo de emprego com a primeira r e o de condenao subsidiria do segundo reclamado? (Valor: 0,8)

    (Foram disponibilizadas 30 linhas para resposta)

    Padro de Resposta / Espelho de Correo

    a) O examinando deve responder que no cabvel a preliminar de

    impossibilidade jurdica do pedido. A vedao contida no artigo 442, pargrafo

    nico, da CLT no se aplica diante da utilizao fraudulenta de sociedade cooperativa como intermediadora de mo de obra em favor do posto de

    gasolina (tomador dos servios), sendo este ltimo o real empregador. Incidncia do artigo 9 da CLT.

    b) O examinando deve responder que no cabe o pedido de vnculo de emprego

    com a cooperativa (primeira reclamada), porque o posto de gasolina (segundo reclamado) o real empregador, em razo da intermediao ilcita praticada

    pelos demandados. Tambm no cabe o pedido de reconhecimento da responsabilidade subsidiria do posto de gasolina, j que a sua responsabilidade

    direta, na condio de verdadeiro empregador. Incidncia da Smula n 331,

    item I, do TST ou dos artigos 2, 3 ou 9 da CLT.

    Item Pontuao

    No cabe a preliminar de impossibilidade, em razo do vnculo

    de emprego com o tomador, que utilizou a Cooperativa de

    forma fraudulenta (afastamento do artigo 442, pargrafo

    nico, da CLT ou ofensa ao art. 9, da CLT) (0,45).

    0 / 0,45

    No cabe o pedido de vnculo com a Cooperativa, po