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Apostila trabalho
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2015 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.
OAB 2 Fase
Direito do Trabalho
Apostila
Konrad Mota
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 2
PARTE GERAL
NOTA AOS CANDIDATOS
Prezados Candidatos,
com satisfao que iniciamos o curso preparatrio para a prova prtico-
profissional do exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
Trata-se de fase indispensvel para o to aguardado ingresso na profisso
de advogado. Saiba que estamos juntos nessa empreitada. Tenham-me como
amigo e partcipe desse desafio.
No me vejam como dono da verdade, mas simplesmente como algum
que possui um pouco mais de experincia e que far o possvel para transmiti-
la da forma mais objetiva, didtica e compreensvel.
Aproveitem o curso para extrair o mximo do professor. Perguntem,
critiquem. Lembrem-se que esse curso presencial. Imposio de posturas e
proibio de questionamentos no combinam com a boa tcnica do magistrio.
A troca de experincias s nos faz crescer.
Ressalto que o processo de apreenso de conhecimento valorizado e
otimizado quando se utiliza mais de um sentido. Por isso, no se limitem a ouvir
as aulas. preciso discusso e treinamento. Faam os exerccios. Venham para
os exames simulados. Se para errar, que seja agora.
Busquem estmulos. Imaginem-se como advogados. Pensem como tal.
Ajam positivamente. Abstraiam os problemas. Nervosismo em excesso em nada
ir ajud-los.
Finalmente, quando estiverem pagando a primeira anuidade do registro na
OAB, no fiquem tristes. Olhem para a carteirinha de sorriam. Vocs
possuiro uma profisso e isso ningum poder lhes tirar.
Mos a obra!!!!!!!!
Konrad Saraiva Mota.
Direito do Trabalho
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SOBRE O PROFESSOR
Graduado em Direito (2003), Ps-graduado em Direito (Ps-graduao Lato Senso 2004 e 2012), Mestre em Direito (Ps-graduao Stricto Senso 2012),
Juiz do Trabalho junto ao TRT 7 Regio (Aprovado em 1 Lugar no Concurso Pblico de 2006); Ex-Juiz do Trabalho junto ao TRT da 14 Regio (Aprovado
em 4 Lugar no Concurso Pblico de 2004); Juiz Coordenador dos Leiles Judiais junto ao TRT da 7 Regio (2008-2010); Agraciado pela Ordem
Alencarina do Mrito Judicirio Trabalhista no grau de Oficial em 2009; Conselheiro da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 7 Regio
desde 2010, Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho
da Universidade de Fortaleza UNIFOR desde 2007 (graduao e ps-graduao); Professor Colaborador da Escola da Magistratura do Trabalho da 7
Regio; Professor de Cursos Preparatrios para Concursos Pblicos e Exame da OAB
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa, Curso de Direito do Trabalho, ltima Edio,
Editora Forense, Rio de Janeiro
_____________________________, Manual de Direito do Trabalho, ltima
Edio, Editora Mtodo, So Paulo
SCHIAVI, Mauro, Manual de Direito do Trabalho, ltima Edio, Editora Ltr, So
Paulo
Consolidao das Leis do Trabalho
Vade Mecum atualizado
Livro de Smulas Comentadas, a critrio do candidato
Direito do Trabalho
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TEORIA
EXERCCIOS DE FIXAO
DIREITO MATERIAL DO TRABALHO
01. Joo, tcnico em informtica, foi convidado pela empresa de Gibabyte
Ltda para trabalhar fazendo manuteno de computadores. Por ocasio de sua
contratao, a empresa disse para Joo que somente o contrataria mediante
assinatura de um contrato de prestao de servios autnomos, o que foi aceito
pelo trabalhador, j que estava necessitando do trabalho. Ocorre que, no curso
da contratao, Joo sempre se submeteu ao poder de mando da empregadora,
atendendo suas ordens. A empresa tambm no deixava Joo se fazer
substituir por terceiros a seu critrio e lhe pagava remunerao pelos servios
prestados. Todavia, Joo somente comparecia na empresa 03 (trs) dias por
semana. Aps um ano de prestao de trabalho, Joo foi afastado da empresa e
decidiu ajuizar ao trabalhista pleiteando vnculo de emprego com a empresa.
Elabore os fatos, os fundamentos e o pedido de vnculo de emprego de Joo
com a empresa.
02. Manoel, jardineiro, todos os dias fazia a manuteno nos jardins da
prefeitura do municpio de Areia Branca. Por conta dos servios, o prefeito
resolveu pagar mensalmente a Manoel um salrio mnimo e passou a coordenar
os servios prestados, dizendo onde e como Manoel deveria prestar o trabalho.
Certo dia, Manoel quis mandar seu primo trabalhar em seu lugar, o que foi
negado pelo prefeito. Com a mudana da administrao municipal devido as
eleies, Manoel foi afastado de suas funes e decidiu entrar na Justia do
Trabalho contra a municpio pleiteando vinculo de emprego. Pergunta-se: o
vnculo pretendido por Manoel existe e vlido? Responda identificando os
elementos de existncia e de validade do contrato de emprego
03. A empresa Caloteia Ltda, lanchonete que funciona no shopping da
cidade, contratou Maria por prazo determinado de dois meses para trabalhar
em dezembro de 2008 e janeiro de 2009 por conta das festas de fim de ano e
frias escolares, perodo em que aumentam as vendas. Em maro de 2009, a
empresa recontratou Maria por prazo determinado, em razo do carnaval,
perodo em que tambm aumentam as vendas. Finalmente, em dezembro de
2009, a empresa decidiu novamente contratar Maria, desta feita mediante
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contrato de experincia de 30 dias prorrogveis por igual perodo, sem clusula
assecuratria do direito recproco de resciso. Acontece que quanto o contrato
de experincia contava com 45 dias, a empresa decidiu extinguir
antecipadamente o contrato a termo. Diante da situao hipottica, diga se as
contrataes a termo foram regulares, identificando as conseqncias jurdicas
da resciso antecipada do contrato de experincia de Maria.
04. Joana contava com 12 anos de idade quando foi contratada pela
empresa de Carvo Brasa Quente Ltda., para trabalhar nas caldeiras de queima
de carvo, atividade perigosa e insalubre. Nessa condio, Joana trabalhou
durante 05 anos, quando foi despedida. Pergunta-se: o contrato de Joana
vlido e produzir efeitos? Se a contratao de Joana se desse quando ela tinha
16 anos o contrato seria vlido?
05. Em que consiste o grupo econmico e qual a responsabilidade dos seus
integrantes em relao aos crditos trabalhistas de seus empregados?
06. Em que consiste a sucesso de empresas e qual a responsabilidade de
sucedido e sucessor em relao aos crditos trabalhistas dos empregados?
07. Diga em que consiste a subempreitada, identificando a
responsabilidade do subempreiteiro, do empreiteiro principal e do dono da obra.
08. Manoel, faxineiro, fora contratado pela empresa de terceirizao
Caloteira Ltda, para prestar servios terceirizados junto secretaria de
educao do municpio de Areia Branca. Durante todo o perodo de contratao,
Manoel sempre exerceu suas funes com zelo e dedicao. Aps trs anos
seguidos de prestao de servios, Manoel fora despedido sem receber verbas
rescisrias. Elabore os fatos, os fundamentos e o pedido de pagamento dos
direitos trabalhistas da Manoel.
09. Jos fora contratado por empresa de trabalho temporrio (Lei
6.019\1974) para prestar servios na empresa tomadora em virtude do
acrscimo extraordinrio das vendas de final de ano. A contratao durou dois
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meses seguidos, tendo sido o contrato extinto pelo advento do termo. Logo
aps o trmino do contrato temporrio, a empresa tomadora decidiu manter o
trabalho de Jos, desta feita atravs de uma empresa de terceirizao, sem
prazo para o trmino do vnculo. Pergunta-se: so lcitas as terceirizaes
implementadas com Jos? Responda identificando as responsabilidades do
tomador e da empresa prestadora nos casos de terceirizao lcita e ilcita.
10. Lula Molusco fora contratado pela empresa Algas Verdes Ltda., em
20\05\2000, para exercer a funo de caixa, com salrio mensal no valor de
um mnimo legal. O empregado vinha exercendo regularmente suas tarefas, at
a chegada de um novo gerente no seu setor, de nome Bob Esponja, o qual fora
contratado em maro de 2005. Isto porque, Bob Esponja era um antigo
namorado da esposa de Lula Molusco, o que gerava neste enormes cimes. Em
12\10\2008, aps uma discusso com sua esposa, Lula Molusco foi trabalhar
irritado e acabou agredindo Bob Esponja. Diante da agresso, a empresa
resolveu suspender Lula por trs dias. Ao retornar da suspenso e diante da
recusa de Bob em trabalhar novamente com Lula Molusco, a empresa decidiu
converter a suspenso em dispensa por justa causa. Faa os fatos, os
fundamentos e o pedido de petio inicial pedindo a nulidade da dispensa por
justa causa aplicada pela empresa.
11. Joo, frentista, estava com dificuldades financeiras e acabou
praticando ato de improbidade, apropriando-se indevidamente de valores pagos
por clientes do posto de combustvel no qual trabalhava. Ao constatar os
desfalques, a empresa resolveu instaurar procedimento administrativo para
apurar a autoria da falta grave. Tal procedimento era previsto no regulamento
da empresa e demorou trinta dias para ser finalizado, com o levantamento de
documentos e oitiva de pessoas envolvidas do fato. Inclusive, foi dado Joo a
oportunidade de defesa. Ao final, concluindo-se pela autoria de Joo, a empresa
o despediu. Logo em seguida, Joo ajuizou reclamao trabalhista dizendo no
ter havido imediaticidade da punio, com o consequente perdo tcito.
Responda em que consiste a imediaticidade da punio e se ela ocorreu no
caso.
12. Jos fora despedido sem justa causa, momento em que o empregador
lhe concedeu aviso prvio, o qual deveria ser trabalhado. No curso do aviso
prvio, no entanto, o empregador disse para Jos que as duas horas de reduo
seriam substitudos por horas extras, o que foi aceito pelo trabalhador.
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Acontece que durante o aviso trabalhado, passados os quinze primeiros dias,
Jos acabou divulgando o principal segredo comercial da empresa para o
concorrente. Pergunta-se: a) vlida a substituio da reduo de jornada pelo
pagamento de horas extras? b) tal divulgao do segredo de empresa pelo
trabalhador no curso do aviso prvio poder importar em justa causa? Quais
so as conseqncias de tal reconhecimento? c) se Jos tivesse abandonado o
emprego em vez de divulgado o segredo de empresa, as conseqncias seriam
a mesma?
13. Manoel foi despedido sem justa causa em 20\04\2008, com aviso
prvio indenizado. Pergunta-se: a) qual data deve ser aposta na CTPS como
sendo o dia de trmino do contrato? b) quando deve ocorre o repasse
rescisrio? c) caso o prazo de repasse no seja respeitado, qual a
conseqncia jurdica?
14. Em que consiste o aviso prvio cumprido em casa?
15. Mrio trabalhava da empresa Casa Verde Ltda, exercendo a funo de
vendedor. Certo dia, por ter deixado de atender um cliente, Mrio recebeu uma
advertncia verbal do seu gerente imediato. Irritado, Mrio acabou xingando o
superior, proferindo contra o mesmo palavras de baixo calo. O gerente, diante
das agresses verbais, perdeu a compostura e agrediu fisicamente Mrio,
demitindo-o de imediato. Pergunta-se: qual modalidade de extino se
estabeleceu no caso e quais os direitos que Mrio dever receber?
16. Ricardo, comissionista puro, trabalhava vendendo veculos novos na
concessionria Carro Bom S\A. O trabalhador sempre desenvolvia a contento
suas atribuies, vendendo em mdia 50 carros novos por ms, o que lhe
rendia um salrio mdio mensal de R$ 1.000,00. Acreditando que o salrio de
Ricardo estava muito alto, a Concessionria decidiu transferir unilateralmente o
trabalhador para a venda de carros seminovos, onde o montante de vendas
sabidamente inferior, j que a empresa pouco divulga tais produtos. Logo no
primeiro ms como vendedor de seminovos, Ricardo somente conseguiu vender
10 carros, recebendo apenas R$400,00 a ttulo de comisses, valor inferior ao
salrio mnimo legal, tendo o empregador, inclusive que complementar o
montante. Aps trs meses nessas condies, precisamente em 10\05\2009,
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Ricardo decidiu afastar-se do trabalho e pleitear resciso indireta. Elabore os
fatos, a fundamentao e o pedido de resciso indireta de Ricardo, sabendo que
o mesmo faz jus a 04\12 a ttulo de 13 salrio proporcional e 06\12 a ttulo de
frias proporcionais acrescidas de 1\3.
17. Diferencie incontinncia de conduta de mau procedimento.
18. Joo trabalhava para um empresrio individual que veio a falecer. Os
herdeiros do empregador decidiram continuar explorando a atividade econmica
do falecido. Pergunta-se: Joo obrigado a continuar trabalhando para os
herdeiros do empresrio individual falecido? Caso negativo, qual seria a postura
de Joo e quais verbas o mesmo teria direito?
19. Jos trabalhava como empacotador do supermercado Faa Feira Ltda.
Em 10\12\2005, Jos, no horrio de trabalho, acabou sofrendo um infarto
fulminante e vindo a bito. Sabendo que Jos no tinha dependentes inscritos
junto ao INSS, mas possua esposa e dois filhos menores de 14 anos, qual deve
ser a postura adotada pela empresa e quais verbas trabalhistas devem ser
pagas aos herdeiros de Jos? Caso os herdeiros se recusassem receber as
verbas trabalhistas da empresa, qual a postura que esta deveria adotar na
espcie?
20. Diferencie as espcies de extino do contrato por fora maior e fato
do prncipe, identificando as conseqncias rescisrias para cada uma das
modalidades de extino.
21. Em que consiste o abandono de emprego e quais so os requisitos para
sua caracterizao.
22. Mrio trabalhava como porteiro na empresa Caloteira Ltda. Nessa
condio, Mrio teria que comparecer aos servios todos os dias s 8h.
Acontece que Mrio passou a incorrer em atrasos reiterados, num total de cinco
atrasos seguidos de 30 minutos cada. 30 dias aps o ltimo atraso, a empresa
resolveu despedir Mrio. Pergunta-se: qual a infrao cometida por Mrio? Pode
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o empregador, no caso, exercer seu poder disciplinar e despedir Mrio por justa
causa?
23. Discorra sobre o contrato de trabalho provisrio trazido pela Lei
9.601\1998, traando as principais diferenas entre o mesmo e os contratos a
termo previstos na CLT
24. Discorra sobre o trabalho temporrio previsto pela lei 6.019\1974,
traando as principais diferenas entre o mesmo e os contratos a termo
previstos na CLT.
25. Jos foi contratado como escriturrio pelo Banco de Investimento,
percebendo inicialmente um salrio no valor de R$ 600,00, com jornada de 6h.
Depois de dois anos, o Banco resolveu destinar Jos para o exerccio da funo
de caixa executivo, momento em que passou a lhe pagar uma gratificao de
R$ 200,00. Durante o perodo em que Jos era caixa executivo, o mesmo teve
sua jornada ampliada para 8h por dia, assim permanecendo durante um ano,
quando ento o Banco resolveu coloc-lo na funo de confiana de gerente de
departamento, possuindo trs outros empregados que lhe eram subordinados.
Entretanto, no houve qualquer aumento de seu salrio ou na gratificao,
embora lhe fosse exigida uma jornada de 8h dirias. Diga em quais momentos
da contratao, Jos ter direito a horas extras. Responda
fundamentadamente.
26. Manoel foi contratado como vendedor externo. Nessa condio, Manoel
tinha que comparecer a sede da empresa no incio da manh para receber a
rota do dia. Ao final do expediente, Manoel tinha que retornar empresa para
entregar o relatrio de visitas e registrar os pedidos. Desse modo, Manoel
acabava cumprindo um expediente de 10h dirias, porm jamais houve registro
de sua jornada. Aps dois anos nessa condio, Manoel foi pedir horas extras
ao seu patro, ocasio em que o mesmo disse que o trabalhador no tinha
direito, na medida em que exercia atividade externa sem controle de jornada e
que tal condio estava anotada em sua Carteira Profissional. Diga se o
empregador tem ou no razo em negar horas extras a Manoel, justificando
fundamentadamente sua resposta
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27. Em que consiste a equiparao salarial e quais so os fatos que
impedem seu reconhecimento?
28. O que salrio complessivo?
29. Joo foi contratado pelo Banco Nordestino na funo de auxiliar
jurdico. Para tanto, percebia um salrio no valor de R$ 900,00 e tinha jornada
fixada em 6h dirias. Aps formar-se bacharel em direito e ser aprovado no
exame da OAB, Joo passou a exercer o cargo de advogado jnior, com salrio
no valor de R$ 900,00, acrescido de R$300,00 a ttulo de gratificao de
funo, momento em que teve sua jornada ampliada para 8h dirias. Depois de
dois anos nessa condio, Joo foi promovido para gerente de departamento,
momento em que passou a receber um salrio de R$ 2.000,00, permanecendo
com jornada de 8h dirias. Aps um ano nesta condio, Joo, que era bancrio
muito competente, foi destinado a ser gerente geral de uma agncia, momento
em que passou a receber salrio no valor de R$ 3.000,00 e trabalhar sem
controle de jornada, cumprindo em mdia 10h por dia de trabalho. Diga em
quais momentos da contratao, Joo ter direito a horas extras. Responda
fundamentadamente.
30. Zequinha trabalhava para uma empresa de extrao vegetal e para se
deslocar at o trabalho gastava 1h por dia. Para tanto, Zequinha utilizava
nibus fornecido pelo empregador, o qual cobrava R$1,00 pelo transporte. O
percurso percorrido por Zequinha era servido por transporte pblico regular
apenas nos 30 primeiros minutos. Para retornar do trabalho a sua residncia,
Zequinha pegava carona com outro empregado. Sabendo que Zequinha
trabalhava durante 8h por dia na extrao vegetal, diga se o mesmo tem direito
a horas extras, respondendo fundamentadamente.
31. Em quais situaes se permite o desconto no salrio do trabalhador por
danos causados pelo mesmo ao empregador?
32. O que salrio in natura e como ele pode ser ajustado com o
empregado urbano?
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33. Apresente e discorra sobre pelo menos quatro modalidades de jornada
especial do trabalhador urbano.
34. O ordenamento jurdico permite a reduo de salrios? Em caso
positivo, quais os critrios devem ser adotados para que a mesma se apresente
regular?
35. Indique e discorra sobre as possibilidades legais de prorrogao de
jornada, demonstrando os requisitos de sua instituio
36. possvel a equiparao salarial de entre advogados que desenvolvem
trabalho meramente intelectual, sendo certo que o equiparando cedido de
outro rgo para trabalhar junto ao paradigma? Responda fundamentadamente
37. Lula Molusco fora contratado pela empresa Siri Cascudo LTDA para
trabalhar de forma terceirizada perante a empresa Quebramar S\A, exercendo a
funo de vigilante. No curso do contrato, Lula fora submetido a jornada de
compensao 12x36, mediante acordo verbal com o empregador. Aps trs
anos de contratao, sem jamais ter gozado frias na empresa, Lula levou um
tiro ao reagir a um assalto que ocorreu no tomador, permanecendo oito meses
afastado para percepo de auxlio doena acidentrio. Aps seu retorno, Lula
permaneceu trabalhando mais um ano e fora despedido, sem receber as verbas
merecidas. Insatisfeito, Lula entrou na Justia do Trabalho colocando como rs
o empregador e a empresa tomadora, esta na condio de responsvel
solidria. Diante da situao acima exposta, pergunta-se: a) Era vlido o acordo
de compensao de jornada estabelecido entre Lula e o empregador. Responda
explicando o que compensao de jornada e quais as conseqncias jurdicas
de eventual irregularidade no acordo. b) Lula agiu correto ao perquirir a
responsabilidade solidria do tomador? Responda explicando se a terceirizao
estabelecida no caso foi lcita ou ilcita. c) Lula tem direito a frias? Se
verdadeiros, como as mesmas devem ser pagas pelo empregador? Responda
fundamentadamente.
38. O que gorjeta e sobre quais verbas trabalhistas o cmputo da mesma
no considerado no clculo? Responda fundamentadamente.
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Prof. Konrad Mota 12
39. Bob Esponja fora contratado pela empresa Quebramar S\A para
exercer a funo de cozinheiro. Aps dois anos de contratao, referida
empresa se incorporou a empresa Siri Cascudo LTDA, para quem Bob
permaneceu trabalhando por mais um ano, at ser despedido injustamente. No
curso do contrato com a empresa Quebramar, Bob trabalhava em turnos
ininterruptos de revezamento, com jornada de seis horas. Aps a incorporao,
sua jornada foi ampliada para oito horas, por fora da conveno coletiva de
trabalho, porm no houve pagamento de horas extras. Aps seis meses de
contratao pela empresa Quebramar, Bob foi submetido a frias coletivas,
permanecendo um ms em descanso, porm somente recebeu um tero
constitucional de frias sobre seis meses. Os demais requisitos de concesso
das frias foram observados. Enquanto cozinheiro, Bob recebia gratificao de
funo, porm, ao passar a trabalhar para a empresa Siri Cascudo Ltda, Bob
teve tal verba suprimida unilateralmente.
Diante da situao acima exposta, pergunta-se: a) Bob tem direito ao
pagamento de horas extras pela ampliao de seu turno de revezamento de
seis para oito horas? Responda fundamentadamente. b) Qual a
responsabilidade das empresas Quebramar e Siri Cascudo pelas verbas
trabalhistas de Bob Esponja? Responda fundamentadamente. c) Foi correta a
concesso de frias coletivas a Bob? Responda explicando o que so frias
coletivas e qual o procedimento para sua concesso. d) A gratificao de funo
poderia ter sido suprimida pelo empregador? Responda fundamentadamente.
40. Pedro trabalhava nos Estados Unidos da Amrica (EUA) para a
instituio financeira X. Por determinao de seu empregador, ele foi
transferido para trabalhar em uma agncia da instituio X, localizada no
Brasil. Pedro, no Brasil, prestava servios para duas pessoas jurdicas, Banco X
S.A. e X Leasing e Arrendamento Mercantil S.A., durante a mesma jornada de
trabalho, sendo ambas subordinadas instituio financeira X. Entretanto,
Pedro mantinha contrato de trabalho apenas com a instituio financeira X.
Aps alguns meses trabalhando no Brasil, Pedro teve suprimido adicional
pecunirio, que incidia sobre seu salrio, no recebendo qualquer outra
vantagem para compensar essa perda. Com base nessa situao hipottica,
responda fundamentadamente: a) Quantos contratos de emprego existem no
caso e de quem Pedro poder pleitear o adicional pecunirio que foi suprimido?
b) Qual a lei trabalhista aplicada no caso, a brasileira ou a americana?
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Prof. Konrad Mota 13
41. Existe a possibilidade de terceirizao em atividade-fim do tomador?
Responda fundamentadamente
42. Joaquim queria fazer uma determinada obra e, para tanto, contratou
a empreiteira Constri Fcil Ltda. Aps ajustas o preo e o prazo da obra, a
construtora resolveu subempreitar o servio, contratando a empresa
Argamassa Ltda, a qual, por sua vez, contratou vrios empregados para a
execuo do servio, dentre eles o pedreiro Manoel. Aps trs meses
trabalhando, a subempreiteira no pagou a Manoel os salrios, ocasio em que
o empregado decidiu pleitear os seus direitos. Diante da situao, pergunta-se:
a) Quem ser responsabilizado pelo pagamento dos salrios de Manoel e como
ser essa responsabilidade? b) Se em vez de Joaquim o dono da obra fosse
uma empresa construtora ou incorporadora, a mesma teria alguma
responsabilidade pelo pagamento das verbas pretendidas por Manoel?
43. A terceirizao ilcita tendo como tomador ente da Administrao
Pblica gera algum direito para o trabalhador terceirizado ilicitamente?
Responda fundamentadamente
44. Diferencie trabalho ilcito, trabalho proibido e trabalho irregular,
levando em considerao a teoria das nulidades trabalhistas
45. Discorra sobre o contrato de estgio, identificando suas modalidades,
seus sujeitos, as exigncias formais e citando pelo menos dois direitos do
estagirio
46. O Hotel Fazenda gua da Chuva celebrou contrato de trabalho por
tempo determinado com Denise pelo prazo de 2 meses (Dezembro e Janeiro),
tendo em vista a necessidade de um nmero maior de empregados em razo
das frias escolares, Natal e Ano Novo, com vista a consecuo de servios
transitrios. No Carnaval seguinte, tambm em razo da necessidade
temporria de maior nmero de empregados voltados consecuo de servios
transitrios, o hotel celebrou outro contrato de trabalho com prazo determinado
com Denise pelo prazo de 1 ms (Maro). De acordo com a Consolidao das
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Prof. Konrad Mota 14
Leis do Trabalho (CLT), neste caso, a sucesso de contratos de trabalho com
prazo determinado foi regular?
47. A fim de que sejam respeitados os perodos de repouso mnimos
exigidos por lei, o empregado com regime normal de trabalho, que encerra a
prestao de servio no sbado, s 22:00 horas, pode voltar a trabalhar, na
segunda-feira, a partir de que horas?
48. Diferencie o banco de horas da compensao ordinria de jornada,
especificando suas peculiaridades
49. Jos, empregado urbano, fora contratado para trabalhar em jornada
noturna, no perodo compreendido entre 22h de um dia e 5h do dia seguinte,
com pagamento de adicional noturno. Aps um ano de contratao, Jos passou
a prorrogar sua jornada noturna em 1h, o que lhe conferia o pagamento de tal
hora como extra. Tal situao perdurou por cinco anos e oito meses, momento
em que seu empregador determinou unilateralmente que Jos passasse a
trabalhar em horrio diurno, sem sobrejornada, suprimindo tanto o pagamento
do adicional noturno como das horas extras. Pergunta-se: Jos tem direito
adquirido aos adicionais ou faz jus a alguma indenizao pela supresso?
Responda fundamentadamente.
50. Discorra sobre as hipteses em que o empregador pode exigir
sobrejornada do trabalhador sem a necessidade de prvio acordo individual,
conveno coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho
51. Joaquim fora contratado como garom do restaurante Coma Bem Ltda,
tendo sido ajustado com o mesmo o pagamento de salrio fixo no valor de R$
200,00, mais comisses, correspondentes a 10% sobre as vendas que
realizasse. Por fora de conveno coletiva de trabalho, o Restaurante cobrava
gorjeta de 10% na nota de servio e as repassava aos garons somente se a
soma das comisses com o salrio fixo no atingisse o valor do salrio mnimo.
Nessa situao hipottica responda se o restaurante incorreu em alguma
irregularidade trabalhista quanto remunerao de Joaquim, especificando
qual(is) (so) tal(is) irregularidade(s)
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52. Mauro fora contratado para trabalhar em jornada de oito horas, sendo
de segunda-feira a sexta-feira, das 12h s 16h e das 18h s 22h, com intervalo
de 2h para descanso. Em um determinado dia, aps o trmino de sua jornada
normal, seu empregador perguntou se Mauro no poderia substituir Joaquim no
dia seguinte, cuja jornada estava compreendida das 9h s 12h e das 14h s
19h, o que foi aceito por Mauro. Pergunta-se: existe alguma irregularidade em
tal substituio no que diz respeito jornada de trabalho? Responda
fundamentadamente
53. Em que consiste a quebra de caixa?
54. Sempre que se atrasava e perdia o transporte coletivo, Jos utilizava
veculo fornecido pelo empregador para ir e voltar do trabalho. O empregador
cobrava R$ 2,00 pelo fornecimento do transporte. Jos percorria um trajeto de
trinta minutos para ir ao trabalho nos dias em que pegava o transporte
fornecido pelo empregador, sem prejuzo de sua jornada contratual de oito
horas. Pergunta-se, Jos faz jus a horas extras?
55. Diga em que consiste o Truck System e se o mesmo permitido em
nosso ordenamento? Responda fundamentadamente
56. possvel a equiparao salarial de entre advogados que desenvolvem
trabalho meramente intelectual, sendo certo que o equiparando cedido de
outro rgo para trabalhar junto ao paradigma? Responda fundamentadamente
57. Jos foi contratado em escalda de compensao de jornada 12x36, no
qual trabalhava 12h seguidas e folgava 36h. Quando estava trabalhando, Jos
cumpria jornada de 7h s 19h, sem intervalo. Acontece que tal escala fora
instituda mediante acordo tcito, o que motivou Jos a ajuizar ao trabalhista
requerendo o pagamento das horas extras acrescidas de 50%, bem como dos
intervalos intrajornadas no concedidos, estes a serem pagos em dobro.
Pergunta-se, Jos ter direito a tais pleitos e em que condies? Responda
fundamentadamente
Direito do Trabalho
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58. Maria comeou a trabalhar da empresa Caloteira Ltda em 01/05/2008.
Durante o primeiro ano de contrato, Maria ficou afastada para gozo de benefcio
previdencirio durante cinco meses, alm de ter permanecido sem trabalhar em
virtude da paralisao da empresa por 25 dias, com ganho de remunerao.
Pergunta-se, Maria ter direito ao gozo de frias no perodo aps o primeiro ano
de contrato? Responda fundamentadamente, levando em conta que Maria no
teve faltas injustas no perodo
59. No contrato de trabalho, cite pelos menos trs conseqncias
contratuais da falta injustificada
60. Marcelo foi contratado pela Construtora Sol Ltda., em 20.04.1995, para
exercer as atribuies de auxiliar de servios gerais. Em 13.08.2000, aps
adquirir qualificao profissional, Marcelo passou a exercer a funo de
vendedor, recebendo o salrio de R$ 650,00 (seiscentos e cinqenta reais).
Paulo, por sua vez, foi admitido em 01.04.2003, como vendedor, recebendo
salrio de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais). Marcelo buscou
judicialmente o direito equiparao salarial em relao a Paulo, em
01.02.2010, dias aps Paulo ter deixado de trabalhar na empresa. Diante da
situao, diga se Marcelo tem direito equiparao salarial.
61. Marcos escriturrio do Banco Nacional S/A, no ocupando qualquer
funo de confiana; Raimundo gerente de habitao do mesmo Banco,
desempenhando funo de confiana e recebendo para tanto gratificao de 1\3
da sua remunerao; Mariana gerente geral da agncia bancria em que
todos trabalham, ganhando 40% a mais em sua remunerao. Pergunta-se:
qual a jornada mxima a que se submetem os trabalhadores e quais so os
seus respectivos intervalos intra-jornada? Responda fundamentadamente
62. Diferencie Jus Variandi Ordinrio de Jus Variandi Extraordinrio,
traando paralelo com o princpio da inalterabilidade contratual lesiva
63. Maria, empregada em uma empresa de fabricao de roupas, passou
a comercializar perante suas colegas de trabalho, no horrio de trabalho,
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 17
roupas fabricadas por outra empresa. Tal fato foi constatado pelo gerente da
sesso onde Maria trabalhava, que, a princpio, nada fez, embora Maria
soubesse que o empregador no concordava com as vendas por ela realizadas.
Maria passou trs meses realizando as vendas, sem qualquer punio, at que
parou de realizar as vendas voluntariamente. Um ms aps cessar as vendas,
Maria recebeu comunicado dando conta que estava sendo despedida por justa
causa. Com base nessa situao hipottica, responda fundamentadamente: a)
Maria cometeu alguma infrao? b) O empregador exerceu regularmente seu
Poder Disciplinar?
64. Diferencia Fora Maior de Fato do Prncipe para fins de resciso do
contrato de trabalho, identificando as verbas que so devidas em cada uma das
modalidades e quem deve efetuar o pagamento das mesmas
65. Joo, empregado da empresa Embala Fcil Ltda estava em casa e
acabou caindo e quebrando a bacia, ficando incapacitado para o trabalho por 90
dias. Com efeito, Joo procurou o INSS e teve deferido em seu benefcio
auxlio-doena. Aps a cessao do benefcio, Joo, entendendo que ainda no
estava apto para o trabalho, no retornou ao emprego, passando 40 dias sem
dar qualquer notcia ao empregador. Pergunta-se: a) Por ocasio da doena e
com a concesso do benefcio, como ficou o contrato de Joo? Responda
diferenciando suspenso de interrupo b) Joo incorreu em justa causa?
66. Diferencie greve de locaute ou lockout?
67. Diferencie unidade sindical de unicidade sindical
68. Joana fora contratada como domstica. Cinco meses aps a
contratao, Joana confirmou que estava grvida mediante exame de sangue,
sem que tenha informado tal fato ao empregador. Aps um ms, Joana fora
despedida injustamente, momento em que comunicou sua gravidez ao patro.
Tal fato se deu quando Joana contava com quatro meses de gestao.
Ignorando a informao, o empregador manteve a dispensa injusta. Cerca de
um ano e seis meses aps a dispensa, Joana ajuizou reclamao trabalhista
requerendo sua reintegrao. Pergunta-se: Joana tem direito de ser reintegrada
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 18
ou receber alguma indenizao correspondente? Responda
fundamentadamente.
69. Lula Molusco fora contratado pela empresa Quebramar Ltda para
exercer a funo de auxiliar de servios gerais. Alguns meses aps a
contratao, a esposa de Lula deu a luz, momento em que o empregado passou
cinco dias sem comparecer ao trabalho, tendo tais dias descontados de seu
salrio. Na sua funo, Lula entrava em contato dirio com rudo excessivo e,
embora sempre tivesse pedido protetores auditivos ao seu empregador, este
disse que no tinha obrigao de fornecer por fora de Conveno Coletiva de
Trabalho, cuja clusula terceira dispunha que a empresa poderia, a seu critrio,
fornecer ou no os equipamentos de proteo individual. Aps trs anos de
trabalho intenso, Lula foi indicado pelo empregador para compor Comisso
Interna de Preveno de Acidentes, nela permanecendo durante seis meses.
Passados dois anos aps o trmino da sua vinculao CIPA, Lula foi
injustamente despedido. Cerca de um ano aps a dispensa, Lula percebeu que
estava com perda auditiva, momento em que foi ao mdico do trabalho, tendo
o mesmo dito que sua doena decorreu do trabalho que exerceu na empresa
Quebramar. Diante da situao acima exposta, pergunta-se: a) A clusula
terceira da Conveno Coletiva de Trabalho da categoria a que pertence Lula
Molusco vlida? b) Lula Molusco, no perodo em que passou como integrante
da CIPA, podia ter sido injustamente despedido? c) Lula adquiriu estabilidade
em razo da perda auditiva, mesmo no estando mais trabalhando na
empresa? Responda fundamentadamente d) O empregador poderia ter
descontado do seu salrio os dias de ausncia do empregado em razo no
nascimento do seu filho? Responda fundamentadamente
70. Jos foi admitido como empregado do Banco Macau S/A para exercer a
funo de auxiliar administrativo, sendo posteriormente promovido a gerente
de relacionamento, ocupando-se, na maior parte de sua jornada, da venda de
produtos financeiros (seguros, ttulo de capitalizao, leasing, etc.). Nessa nova
fase, Jos trabalhou tambm com produtos de outras empresas do Grupo
Macau, recebendo comissionamento pelas respectivas vendas, dentro dos
limites da jornada legal. Diante da situao, pergunta-se: Jos ter apenas um
vnculo de emprego com o Banco Macau? Responda fundamentadamente
71. Carlos, que em 1977 obteve judicialmente direito incorporao ao
salrio do valor das horas extras habituais que foram suprimidas, exerceu na
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 19
empresa a funo de auxiliar de mecnico desde sua admisso, em 1974. Em
2005, mantendo o mesmo salrio mensal de R$ 1.500,00, passou a exercer as
funes de mecnico, idnticas s desempenhadas por Jos, admitido j como
mecnico em 2002. Em 2007, Jos desligado da empresa e apresenta
reclamao trabalhista buscando diferenas salariais decorrentes de
equiparao com Carlos, porquanto durante toda a contratualidade recebeu
salrio mensal de R$ 1.000,00. Considerando inexistir plano de cargos e
salrios, e ausente nos autos prova de que a produtividade e a perfeio
tcnica fossem distintas, responda se haver equiparao salarial na espcie.
72. Suponha que um empregado trabalhe, desde 20/10/2006, como
auxiliar do zelador, em um condomnio com 72 apartamentos, coletando o lixo
de 36 apartamentos localizados na entrada A, sem que lhe sejam fornecidas
botas nem luvas especiais. Nessa situao, o empregado no tem direito
percepo do adicional de insalubridade?
73. O horrio de trabalho de Joo est distribudo em turnos para cobrir
todo o perodo de atividade da empresa onde ele trabalha, que funciona
ininterruptamente. Joo integra equipe de trabalho sujeita a sistema de
revezamento, com alternncia, para cada empregado, de jornadas diurnas e
noturnas. Nessa situao hipottica, considerando-se que a jornada mxima
para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de acordo com a
Constituio Federal, de seis horas dirias, caso Joo trabalhe oito horas por
dia, ser necessrio um acordo escrito de compensao de jornada, sob pena
de o empregador ter de lhe pagar duas horas extras dirias?
74. Maria, professora de matemtica que trabalha exclusivamente para
uma instituio de ensino particular, ministra, pela manh, 5 aulas a partir de 7
h 30 min, de segunda a sexta-feira, tendo cada aula a durao de 50 minutos;
aps 3 horas-aula, a professora tem 15 minutos de intervalo e, em seguida,
ministra mais 2 aulas. Nessa situao hipottica, a referida professora tem
direito percepo de horas extras, dada a extrapolao da jornada mxima
legal?
75. Foi deflagrada greve de motoristas de nibus no Rio de Janeiro, sem
que o sindicato da categoria comunicasse, com antecedncia de 72 horas, a
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 20
deciso de paralisao aos usurios e aos empregadores. Nessa situao
hipottica, a greve dos trabalhadores deve ser considerada ilegal?
76. Eduardo, Policial Civil devidamente vinculado corporao, trabalhava,
nos dias de folga (trs dias na semana), para empresa de vigilncia privada,
assim permanecendo durante cinco anos. Nesse perodo, Eduardo recebia
ordens da empresa de vigilncia e no podia se fazer substituir por terceiro a
seu critrio. Mensalmente, recebia seu pagamento, mas jamais teve a carteira
de trabalho anotada. A empresa de vigilncia despediu Eduardo, tendo o
mesmo ingressado com reclamao trabalhista, momento em que a empresa
negou o vnculo de emprego com o trabalhador, sob o argumento de que o
estatuto da Polcia Civil no permite que o policial trabalhe para empresas
privadas enquanto membro da corporao. Sabendo que de fato o Estatuto da
Polcia Civil traz a vedao acima mencionada, diga se o vnculo de Eduardo
existe e se vlido? Responda fundamentadamente
77. A Companhia de Trfego Urbano - CTU, autarquia municipal, resolveu
contratar empresa interposta para fornecimento de agentes de trnsito
terceirizados. A referida empresa interposta forneceu um total de vinte
agentes, durante cinco meses, porm no lhes pagou os direitos trabalhistas.
Pergunta-se, os agentes podero requerer da Unio o pagamento de tais
direitos? E se a terceirizao no fosse de agentes de trnsito, mas sim de
vigilantes, como ficaria a responsabilidade da autarquia municipal?
78. Jos tinha 14 anos de idade quando foi contratado como aprendiz. Seu
contrato foi verbal, permanecendo vigente por um ano. Pergunta-se, o contrato
de Jos vlido e produzir efeitos? Responda fundamentadamente
79. O art. 7 da CF/88 traz vrios incisos com direitos assegurados aos
trabalhadores urbanos e rurais, lhes conferindo uma aparente igualdade.
Entretanto, existem algumas diferenas entre tais trabalhadores, em relao
aos direitos que lhes so conferidos. Com efeito, caracterize o trabalhador
urbano e o rural, citando pelo menos trs diferenas em relao aos direitos
atribudos a um e ao outro. Responda fundamentadamente
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 21
80. Mariana trabalhava para a empresa Frango Congelado Ltda. Referida
empresa compunha grupo econmico com a empresa Frango Assado Ltda, a
qual fora posteriormente sucedida pela empresa Galeto Quente Ltda. Quando
ocorreu a sucesso, a empresa Frango Congelado era solvente e no foi
adquirida pela empresa Galeto Quente Ltda. Acontece que, meses aps
sucesso, a empresa Frango Congelado comeou a no mais pagar os direitos
trabalhistas de seus empregados, dentre eles os de Mariana. Pergunta-se: a
Empresa Galeto Quente poder ser responsabilizada pelo pagamento dos
direitos de Mariana, no adimplidos por Frango Congelado Ltda? Responda
fundamentadamente
81. Jos foi contratado como estagirio, mediante contrato verbal. O
estgio era extra-curricular. Jos, embora fosse estudante de direito, fora
destinado para fazer cobranas. A empresa tambm no permitiu que Jos
reduzisse sua jornada de trabalho em dias de avaliaes. Pergunta-se: o
contrato de estgio de Jos foi vlido? Jos ter direito de reivindicar o direito a
reduo da jornada nos dias das avaliaes? Responda fundamentadamente
82. Jonas tinha 12 anos de idade quando foi contratada pela madeireira
Corta Tora Ltda para trabalhar no corte de madeira de lei em uma reserva
ambiental no Estado do Amazonas. Jonas, morador da regio desde que
nasceu, sabia que no local no se podia derrubar madeira, pois sempre ouvia
seu pai dizer que o IBAMA multava as empresas que faziam isso. Entretanto,
Jonas aceitou trabalhar para a madeireira, pois precisava do dinheiro para
ajudar sua famlia. Jonas passou 1 ano e 6 meses trabalhando para a
madeireira, quando, com receio de uma fiscalizao do trabalho, o empregador
o afastou, sem pagar qualquer verba rescisria. Trs anos depois do ocorrido,
Jonas procurou advogado para ajuizar ao trabalhista. Diante da situao: a)
Na qualidade de advogado de Jonas, indique fundamentadamente os
argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos; b) Na qualidade de
advogado da Madeireira Corta Tora Ltda, indique fundamentadamente os
argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos.
83. Mariana, administradora, ficou sabendo de processo seletivo para
preenchimento de 2 vagas nos quadros da empresa multinacional Art Gym
Ltda. Interessada, Mariana se submeteu a primeira fase do processo seletivo,
juntamente com outros 1.000 candidatos, sagrando-se aprovada. Restando
apenas 100 candidatos, Mariana se submeteu a segunda fase do processo
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 22
seletivo, tendo sido mais uma vez aprovada, restando somente 2 candidatos.
Em seguida, Mariana foi convocada para a entrevista final, j sob a promessa
de que seria contratada, posto que somente havia 2 candidatos restantes para
as 2 vagas disponveis. Por ocasio da entrevista, Mariana disse que aquele
seria o seu segundo emprego, j que somente havia trabalhado por 3 meses
em uma outra empresa. Ao saber disso, o empregador resolveu no contratar
Mariana, convidando outro candidato que tinha mais de seis meses de
experincia na funo. Inconformada, Mariana procurou advogado. Diante da
situao: a) Na qualidade de advogado de Mariana, indique
fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus
direitos; b) Na qualidade de advogado da Art Gym Ltda., indique
fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus
direitos:
84. Joo foi contratado a ttulo de experincia por 60 dias, prorrogveis
por mais 30 dias. Durante os primeiros 60 dias, Joo exerceu suas funes com
zelo e dedicao, sendo vrias vezes elogiado por seu patro. Passado o
primeiro perodo, o contrato de Joo foi prorrogado, sendo que, logo no
primeiro dia aps a prorrogao, Joo sofreu acidente de trabalho, o que
acabou o incapacitando para suas atividades por 20 dias, com a consequente
concesso do benefcio de auxlio-doena acidentrio. Aps o infortnio, Joo
voltou a trabalhar normalmente, com o empenho de sempre. Entretanto, no
ltimo dia do contrato de experincia, Joo ficou sabendo que no
permaneceria na empresa. Tendo sido afastado pelo trmino normal de seu
contrato. Inconformado, Joo procurou advogado para ajuizar ao trabalhista.
Diante da situao: a) Na qualidade de advogado de Joo, indique
fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus
direitos; b) Na qualidade de advogado da empresa, indique
fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus
direitos.
85. Maria, agente de sade, celebrou, sem concurso pblico, contrato
temporrio para atender necessidade imperiosa de excepcional interesse
pblico com o Municpio de Cachoeiro, conforme lei municipal. O contrato de
Maria tinha durao de trs meses, admitida prorrogao, visto que objetivava
o combate de uma epidemia que assolava o local. Passados trs meses, o
contrato de Maria foi prorrogado por mais seis meses, ocasio em que Maria
passou a trabalhar no hospital municipal, assim permanecendo por longos dois
anos e sucessivas prorrogaes de seu contrato a termo. Ao final, Maria foi
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 23
afastada sem nada receber. Sabendo que o Municpio de Cachoeiro no tem
estatuto de servidores e que todos so regidos pela CLT, Maria procurou
advogado: a) Na qualidade de advogado de Maria, indique
fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus
direitos; b) Na qualidade de advogado do Municpio, indique
fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus
direitos:
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
01. sabido que, aps a Emenda Constitucional 45/2004, a competncia
material da Justia do Trabalho foi ampliada. Assim, a teor do disposto no art.
114, I, da CF/88, compete Justia do Trabalho processar e julgar todas as
aes oriundas da relao de trabalho. Pergunta-se: existe competncia da
Justia Trabalhista para processar e julgar ao movida por servidor pblico
estaturio federal em face da Unio, reclamando direitos oriundos do seu
regime jurdico institucional?
02. A Justia do Trabalho competente para processar e julgar execues
fiscais da Unio Federal decorrentes de multas aplicadas pela Fiscalizao do
Trabalho e regularmente inscritas na dvida ativa?
03. A Justia do Trabalho competente para processar e julgar ao de
manuteno de posse em virtude de turbao praticada por sindicalistas na
propriedade da empresa mediante exerccio abusivo do direito de greve?
04. Existe alguma diferena na abrangncia das competncias trazidas
pelos incisos I e IX, do art. 114, da CF/88?
05. Jos e Joo, trabalhadores da construo civil e empregados da
empresa Caloteira Ltda, estavam desempenhando suas atribuies, quando
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 24
sofreram acidente de trabalho, caindo de um andaime. Jos, em razo do
infortnio, acabou falecendo. J Joo ficou completamente invlido para o
trabalho, permanecendo em estado de coma sem previso de alta.
Considerando que o empregador no forneceu os equipamentos de proteo
aos referidos trabalhadores, suas respectivas esposas resolveram entrar com
ao de indenizao por acidente de trabalho. A esposa de Jos ajuizou ao
em nome prprio, dado o falecimento do esposo. J a esposa de Joo ajuizou
ao na qualidade de representante do marido invlido. Diante da situao,
discorra sobre a competncia material da Justia do Trabalho para processar e
julgar as aes mencionadas.
06. Jos, cirurgio dentista, exercia suas atividades na condio de
profissional liberal. s segundas-feiras e quartas-feiras, Jos prestava servios
para o consultrio odontolgico Dente Limpo Ltda. J s teras-feiras e quintas-
feiras, Jos trabalhava em seu prprio consultrio, atendendo vrios pacientes,
dentre eles o paciente de nome Joo. Ocorreu que, aps um ms de prestao
de servios ao consultrio Dente Limpo Ltda, Jos no recebeu sua
contraprestao. Paralelamente, o paciente Joo, embora tenha usufrudo de
todo o tratamento dentrio, no pagou ao dentista o merecido pagamento. Com
efeito, Jos decidiu ajuizar ao tanto contra o consultrio Dente Limpo Ltda
como contra o paciente Joo. diante da hiptese, analise e discorra sobre a
competncia da Justia do Trabalho para as duas aes.
07. Joo foi contratado pela empresa Caloteira Ltda para trabalhar como
vendedor fixo (no-viajante). Sua contratao se deu na cidade de
Fortaleza/CE, mas os servios foram prestados na cidade de Sobral/CE.
Terminado o contrato de trabalho em virtude da demisso de Joo, este se
mudou para Juazeiro do Norte/CE e l ajuizou reclamao trabalhista contra o
ex-empregador. Pergunta-se: o Juiz do Trabalho de Juazeiro do Norte/CE
territorialmente competente para processar e julgar a ao ajuizada por Joo?
Em caso negativo, qual(is) seria(m) o(s) Juzo(s) competente(s)? Caso no haja
competncia territorial, qual deve ser o procedimento adotado pelo Juiz se a
empresa Caloteira Ltda no opuser exceo de incompetncia no prazo legal?
08. Manoel, auxiliar administrativo, foi contratado no municpio de
Fortaleza para trabalhar em empresa que executava suas atividades no
municpio de Sobral, onde exerceu suas funes durante 3 (trs) anos,
momento em que foi demitido. A sede da empresa situada em Juazeiro do
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 25
Norte, local onde Manoel foi residir depois de sua dispensa. No tendo recebido
as verbas rescisrias, Manoel ajuizou reclamao trabalhista perante a Vara do
Trabalho de Juazeiro. Pergunta-se: acertou Manoel ao ajuizar sua reclamao
em Juazeiro? Responda fundamentadamente
09. Mike, brasileiro naturalizado, fora contratado por empresa estrangeira
(pessoa jurdica de direito privado) para prestar servios em filial do
empregador situada em Santiago do Chile. Tendo sido despedido injustamente
e aps retorno ao Brasil, Mike deseja ajuizar reclamao trabalhista. Sabendo
que no existe entre Brasil e Chile conveno ou tratado internacional dispondo
sobre competncia trabalhista, responda fundamentadamente: (a) Mike poder
ajuizar reclamao trabalhista no Brasil? (b) Caso a reclamao seja ajuizada
no Brasil, qual a lei processual dever ser aplicada: a brasileira ou a chilena?
(c) A empresa estrangeira ter alguma imunidade de jurisdio?
10. Manoel, trabalhador brasileiro, fora contratado para trabalhar em
Portugal. Tendo sido despedido, Manoel resolveu ajuizar ao trabalhista no
Brasil. Sabendo que existe lei portuguesa vedando que trabalhador que prestou
servio em Portugal ajuze ao em outro pas, discorra sobre a competncia da
Justia do Trabalho brasileira para processar e julgar a ao de Manoel
11. Explique a eficcia da lei processual trabalhista no tempo luz da
Teoria do Isolamento dos Atos Processuais.
12. Explique a eficcia da lei processual trabalhista no tempo luz da
Teoria do Isolamento dos Atos Processuais.
13. Joo pretende interpor um recurso trabalhista cujo prazo de 08 (oito)
dias corridos, contado da intimao da sentena. Tal intimao foi remetida
Joo pela via postal, tendo sido entregue em um dia de sbado pelos correios.
Pergunta-se: qual o dia do incio do prazo e qual o dia de sua contagem? Caso
Joo no observe o prazo recursal, ele ainda poder interpor o recurso?
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 26
14. A denunciao da lide admitida no Processo do Trabalho? Em caso
positivo, cite um exemplo do seu cabimento
15. Joo pretende interpor um recurso trabalhista cujo prazo de 08 (oito)
dias corridos, contado da intimao da sentena. Tal intimao foi efetivada em
uma segunda-feira, dia 18 de dezembro, dois dias antes do incio do recesso
forense, que ocorre do dia 20 de dezembro ao dia 06 de janeiro. Pergunta-se:
em que dia encerrar o prazo de Joo? Caso o dia de encerramento do prazo
coincida com um sbado, seu trmino ser antecipado ou prorrogado?
16. Discorra em breves linhas sobre a capacidade postulatria na justia do
Trabalho, esclarecendo acerca da necessidade ou no da representao por
advogados
17. Aps a audincia inicial, Ceclia, que possui endereo certo e sabido,
fora intimada por edital para juntar aos autos um documento em cinco dias. No
prazo assinalado, Ceclia praticou o ato, porm afirmou, paralelamente, que sua
intimao seria nula, momento em que pediu que todas as intimaes fossem
feitas em seu endereo. Constando que a intimao fora realizada de forma
diversa da que deveria, o juiz declarou todo o processo nulo, desde o incio.
Pergunta-se, agiu certo o juiz a luz dos princpios que regem as nulidades
trabalhistas?
18. Junqueira teve prolatada em seu desfavor uma sentena condenatria.
Insatisfeito, Junqueira pretende apresentar recurso ordinrio, cujo prazo de
08 dias. Junqueira fora intimado da deciso no dia 17 de dezembro (segunda-
feira). Diga at quando Junqueira poder apresentar seu recurso. Responda
fundamentadamente.
19. possvel a arbitragem na soluo de conflitos trabalhistas? Responda
fundamentadamente
20. Jos interps via fax um recurso trabalhista no dia 03\02, quarta-feira.
Sabendo o prazo do recurso de 08 dias e que Jos interps o mesmo no
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 27
quinto dia do prazo, at quando Jos dever juntar os originais de tal recurso?
Responda fundamentadamente
21. O processo do trabalho protetivo. Cite trs exemplos que justifique
tal afirmao.
22. Em relao s nulidades no processo do trabalho, diferencie os
princpios da finalidade e da transcendncia
23. Sabendo que no dia 10\02 sbado de carnaval e que a Justia do
Trabalho somente ter expediente normal a partir da quinta-feira subseqente.
Sabendo, ainda, que os recursos trabalhistas possuem o prazo de 08 dias,
pergunta-se: Maria, que interps seu recurso via fax em 07\02, sendo este o
sexto dia do prazo, ter at quando para juntar os originais? Responda
fundamentadamente
24. Sabendo que no dia 05\04 uma tera-feira e que a Justia do
Trabalho, em razo da semana santa, para seu funcionamento a partir da
quarta-feira, inclusive. Sabendo, ainda, que os recursos trabalhistas possuem o
prazo de 08 dias, pergunta-se: Joaquina, que interps seu recurso via fax em
01\04, sendo este o quarto dia do prazo, ter at quando para juntar os
originais? Responda fundamentadamente
25. No dia 23.05.2003, Paulo apresentou reclamao verbal perante o
distribuidor do frum trabalhista, o qual, aps livre distribuio, o encaminhou
para a 132 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Entretanto, Paulo mudou de
idia e no compareceu secretaria da Vara para reduzi-la a termo. No dia
24.12.2003, Paulo retornou ao distribuidor da Justia do Trabalho e, decidido,
apresentou novamente a sua reclamao verbal, cuja livre distribuio o
encaminhou para a 150 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Desta vez, o
trabalhador se dirigiu secretaria da Vara, reduziu a reclamao a termo e saiu
de l ciente de que a audincia inaugural seria no dia 01.02.2004. Contudo, ao
chegar o dia da audincia, Paulo mudou de idia mais uma vez e no
compareceu, gerando o arquivamento dos autos. Diante desta situao
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 28
concreta, pergunta-se: Paulo poder ajuizar uma nova reclamao verbal?
Responda fundamentadamente.
26. Em relao s provas no processo do trabalho, diferencie as seguintes
categorias: a) depoimento pessoal e inquirio sumria; b) testemunha e
informante; c) perito e assistente tcnico
27. Joo ajuizou reclamao trabalhista contra seu ex-empregador
requerendo o pagamento de adicional noturno. Em sua defesa, a empresa
reconheceu o trabalho noturno, porm disse que havia pago os valores em
dinheiro diretamente ao trabalhador. Marcada a audincia de instruo e
julgamento e cientes as partes que deveriam comparecer para prestar
depoimento, ambas faltaram injustificadamente. Pergunta-se: de acordo com a
defesa apresentada e segundo a distribuio do nus da prova, qual ser o
provvel resultado da sentena?
28. Jos ajuizou reclamao trabalhista requerendo, entre outras parcelas,
a condenao da empresa ao pagamento de aviso prvio. Para tanto, Jos
levantou dois argumentos, o primeiro sustentando que a empresa no tinha lhe
concedido o aviso e o segundo de que, mesmo que tenha cumprido o aviso, no
teve a reduo da jornada prevista no art. 488 da CLT. O juiz, ao analisar o
pedido, acolheu logo o primeiro dos dois argumentos, condenando a empresa
ao pagamento do aviso prvio pretendido. Inconformada, a empresa reclamada
apresentou recurso ordinrio, dizendo que houve concesso de aviso prvio.
Pergunta-se: caso o Tribunal entenda que de fato houve a concesso do aviso,
poder analisar o argumento de ausncia de reduo da jornada, ainda que o
mesmo no tenha sido renovado no recurso? Responda justificadamente
29. Pedro ajuizou ao em face de seu empregador objetivando a
satisfao dos pedidos de horas extraordinrias, suas integraes e
consectrias. O seu pedido foi julgado improcedente. Recorre ordinariamente,
sem fazer depsito recursal, pretendendo a substituio da deciso por outra de
diverso teor, tempestivamente. Na anlise da primeira admissibilidade recursal,
o juiz nega seguimento ao recurso sob o argumento de que o recorrente no fez
depsito recursal. Pergunta-se: agiu certo o juiz ao negar seguimento ao
recurso de Pedro?
Direito do Trabalho
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30. Em relao s provas no provas no processo do trabalho, diferencie
prova emprestada, prova indiciria e reduo do mdulo da prova. Responda
fundamentadamente
31. Joo ajuizou reclamao trabalhista contra seu ex-empregador
requerendo o pagamento de comisses repassadas extra-folha (por fora). Em
sua defesa, a empresa reconheceu que de fato havia comisses extra-folha (por
fora), porm disse que havia pago os valores oportunamente ao trabalhador.
Marcada a audincia de instruo e julgamento e cientes as partes que
deveriam comparecer para prestar depoimento, ambas faltaram
injustificadamente. Pergunta-se: de acordo com a defesa apresentada e
segundo a distribuio do nus da prova, qual ser o provvel resultado da
sentena?
32. Em relao ao sistema recursal trabalhista, diferencie efeito translativo
e efeito devolutivo em profundidade, citando exemplos de sua aplicao
33. Joo ajuizou reclamao em face do ex-empregador pleiteando horas
extras. A empresa, que possua em seu quadro mais de dez empregados, negou
peremptoriamente a existncia de trabalho em horas extras, sem contudo
apresentar os cartes de ponto. O juiz decidiu marcar audincia em
prosseguimento, deixando as partes devidamente intimadas para prestar
depoimento sob pena de confisso. Na data marcada, as partes no se fizerem
presentes, indo apenas os respectivos advogados. Em seguida, o juiz encerrou
a prova, fazendo os autos conclusos para sentena. Pergunta-se: Diante da
situao, qual ser o provvel resultado da sentena. Responda
fundamentadamente
34. Existe exceo para o princpio da irrecorribilidade imediata das
decises interlocutrias no processo do trabalho? Responda
fundamentadamente
35. Mariano ajuizou ao trabalhista requerendo a declarao de vnculo
empregatcio com a empresa Caloteira Ltda., vnculo este ocorrido entre os
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Prof. Konrad Mota 30
anos de 1990 a 1995. Requereu, ainda, o pagamento de verbas trabalhistas do
referido perodo, dentre elas aviso prvio, 13 salrio e frias acrescidas de 1\3,
num total de R$ 3.000,00. Em sua defesa, a empresa negou a existncia do
vnculo e argumentou que, mesmo existindo o contrato de emprego, as
parcelas estariam prescritas. O juiz, em sua sentena, reconheceu o vnculo,
declarando sua existncia, mas julgou prescritas as verbas, com base no art.
7, XXIX, da CF. Inconformada com a declarao do vnculo, a empresa
interps recurso ordinrio, porm no efetuou depsito recursal. O juiz no
recebeu o recurso por ausncia de pressuposto de admissibilidade. Pergunta-
se: agiu certo o juiz ao no receber o recurso da empresa? Responda
fundamentadamente.
36. O trabalhador ajuza ao requerendo resciso indireta e diferenas de
salrio decorrentes de desvio funcional. A empresa contesta negando
peremptoriamente a resciso indireta e afirmando que as diferenas salariais,
embora existentes, j teriam sido pagas. Na instruo, nenhuma das duas
partes produz qualquer prova. No existem vcios formais no processo.
Pergunta-se: levando em conta a defesa e a distribuio do nus da prova,
como provavelmente ser o resultado da sentena do juiz do trabalho?
37. Em termos de sistema recursal trabalhista, em que consiste a
sucumbncia?
38. A vara do trabalho, aps rejeitar a incompetncia absoluta alegada na
defesa, julga procedente o pedido de dano material decorrente de acidente de
trabalho. No seu recurso ordinrio, a empresa somente discute ser incabvel a
indenizao deferida, aduzindo no haver os requisitos da responsabilidade.
Pergunta-se: O Tribunal Regional do Trabalho poder conhecer a temtica da
competncia ou no? Em caso afirmativo, de que efeito recursal estar se
valendo o TRT? Responda fundamentadamente?
39. Especifique fundamentadamente a conseqncia jurdica das seguintes
situaes processuais: a) Ausncia das partes na audincia inaugural em
procedimento ordinrio. b) Presena do reclamante e ausncia do reclamado na
audincia nica em rito sumarssimo, porm presente o advogado do ru
munido de procurao e com defesa escrita. c) Ausncia do reclamante na
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Prof. Konrad Mota 31
audincia em prosseguimento em que deveria prestar depoimento no curso de
processo que tramita em rito ordinrio
40. Joo ajuizou reclamao trabalhista, alegando que fora contratado pela
empresa Caloteira como empregado, no perodo de dois anos. Em sua defesa, a
reclamada disse que Joo era mero profissional autnomo, trabalhando sem
subordinao. Designada a audincia de instruo e tendo os litigantes sido
intimados para comparecimento a fim de prestarem depoimento pessoal, ambos
no compareceram. O juiz encerrou a prova oral, fazendo os autos conclusos
para julgamento. No havia nenhuma documento juntado aos autos, exceto as
procuraes outorgadas aos advogados das partes e os atos constitutivos do
empregador. Diante dessa situao hipottica, qual ser o provvel resultado
da sentena? Responda fundamentadamente
41. Lula Molusco foi suspenso por dois dias. Inconformado com a atitude
do empregador, Lula ajuizou ao pedindo o cancelamento da punio e
conseqente pagamento dos dias de afastamento, atribuindo causa o valor de
R$ 150,00. Aps o procedimento, a sentena julga a ao improcedente.
Pergunta-se: dessa deciso caber algum recurso?
42. Jos fora contratado como trabalhador terceirizado, tendo como
tomador a uma Fundao Pblica Federal. Aps dois anos de contrato, Jos fora
despedido pela empresa interposta sem receber suas verbas rescisrias.
Insatisfeito, Jos ajuizou reclamao trabalhista contra a empresa interposta e
colocou como responsvel subsidirio o tomador de servios, nos termos da
smula 331, IV, do TST. Ocorreu que, apesar de Jos formular pedidos certos e
determinados no indicou o valor dos mesmos, atribuindo causa o valor de R$
10.000,00, o qual inferior a 40 salrios mnimos? Pergunta-se: o juiz deve
processar a petio inicial de Jos? Responda fundamentadamente
43. Jos ajuizou reclamao trabalhista contra o seu ex-empregador, a
qual fora distribuda para a 1 Vara do Trabalho de Fortaleza. Os servios de
Jos, todavia, foram prestados no municpio de Sobral, embora Jos tenha sido
contratado em Fortaleza. Ao remeter a notificao postal para a empresa, a
mesma disse ao agente dos correios que havia se mudado, embora
permanecesse em funcionamento no mesmo local. Os correios devolveram a
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Prof. Konrad Mota 32
notificao com a informao mudou-se, momento em que o Juiz determinou a
citao por edital. No dia da audincia, a empresa no compareceu, momento
em que o Juiz, de ofcio e verificando que a prestao de servios teria ocorrido
em Sobral, declinou de sua competncia territorial e remeteu os autos para a
Vara do Trabalho de Sobral, a qual julgou o processo a revelia da empresa.
Aps a sentena, a empresa peticionou dizendo que seu endereo jamais foi
alterado, momento em que requereu a nulidade da citao por edital. Pergunta-
se: agiu certo o juiz ao remeter os autos de ofcio para a Vara do Trabalho de
Sobral? Deve o juiz acolher a insurgncia da empresa e declarar nula sua
citao por edital? Responda fundamentadamente.
44. Joana, empregada da empresa Caloteira Ltda sofreu acidente de
trabalho, momento em que passou a receber benefcio previdencirio de auxlio-
acidente. Aps dois anos percebendo o benefcio, Joana fora liberada pelo INSS
para voltar a trabalhar. Entretanto, no se sentido apta para o trabalho, Joana
resolveu entrar com uma ao contra o INSS, requerendo a prorrogao do
benefcio de auxlio-doena acidentrio. Paralelamente, resolveu ajuizar ao de
indenizao contra seu empregador, pelos danos morais e materiais
decorrentes do acidente de trabalho sofrido. Pergunta-se, qual(is) a(s)
Justia(s) competente(s) para processar e julgar a ao de Joana contra o
INSS, bem como sua demanda indenizatria contra o empregador? Responda
fundamentadamente
45. Discorra sobre o princpio da Instrumentalidade das Formas nas
nulidades trabalhistas
46. Joo ajuizou reclamao trabalhista em face do seu ex-empregador,
requerendo o reconhecimento de vnculo de emprego, bem como o pagamento
de 13 salrio, frias acrescidas de 1\3, adicional noturno, FGTS acrescido de
40% e honorrios advocatcios. Ao proferir a sentena, o juiz julgou a ao de
Joo parcialmente procedente, condenando o ex-empregador ao pagamento de
13 salrio, frias acrescidas de 1\3 e adicional noturno. Negou o pagamento
das demais verbas. Inconformado com a deciso, Joo interps recurso
ordinrio, porm somente questionou o indeferimento de honorrios
advocatcios. O ex-empregador, por sua vez, tambm interps recurso
ordinrio, momento em que questionou todas as pugnadas, inclusive aquelas
em que no havia condenao. Ao ser instado para se manifestar sobre o
recurso do ex-empregador, Joo resolveu interpor recurso adesivo,
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 33
questionando FGTS acrescido de 40%. Aps o aperfeioamento do contraditrio,
o juiz recebeu todos os recursos. Pergunta-se, agiu certo o juiz ao receber
todos os recursos? Responda fundamentadamente
47. Na audincia inaugural de uma ao processada pelo rito ordinrio, o
juiz recebeu a defesa e designou nova sesso de prosseguimento, momento em
que as partes assumiram o encargo de trazer as suas testemunhas
independente de intimao. No dia aprazado, as testemunhas do reclamante
no compareceram. Pergunta-se: o reclamante poder pedir a intimao das
testemunhas ausentes? Em caso positivo e sendo realizada a intimao, quais
as conseqncias jurdicas para a testemunha que recusar o comparecimento?
Se a ao estivesse tramitando sob rito sumarssimo, haveria outra exigncia
legal para o juiz deferir a intimao das testemunhas
48. Homer Simpson trabalhou como empregado terceirizado. No
desempenho de suas funes, Homer (trabalhador) era empregado da firma P-
na-cova Ltda (empresa de terceirizao) e prestava seus servios em favor de
uma Sociedade de Economia Mista (tomadora de servios) integrante da
Administrao Pblica Municipal. Ao ser despedido injustamente, Homer ajuizou
reclamao trabalhista, pedindo pagamento de verbas rescisrias, atribuindo
causa o valor de R$ 2.000,00, que inferir a 40 salrios mnimos. Na audincia,
somente compareceram o reclamante e a tomadora de servios. Compulsando
os autos, o juiz verificou que a citao destinada empresa de terceirizao
tinha sido devolvida com a informao de que a mesma teria se mudado. Ao
indagar o reclamante, este disse que a empresa estava em local incerto e no-
sabido. Nesse caso, como deve proceder o juiz? Responda fundamentadamente
49. Lula Molusco ajuizou reclamao trabalhista em favor do seu ex-
empregador, pleiteando adicional de periculosidade. Na audincia inaugural, as
partes resolveram sobrestar o processo por sessenta dias, haja vista a
possibilidade de acordo, o que foi deferido pelo Juiz. Aps o sobrestamento e
restando infrutfera a conciliao, fora marcada nova audincia, momento em
que foi determinada a realizao de percia. Na ocasio, o juiz concedeu s
partes o prazo de quinze dias para apresentao de quesitos e nomeao de
assistentes tcnicos, prazo este no previsto em Lei. Sobrevindo o laudo
pericial, o juiz conferiu novamente s partes o prazo de quinze dias para
manifestao, prazo tambm no previsto em lei. Para tanto, as partes foram
notificadas pela via postal. Lula Molusco recebeu a intimao num sbado
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 34
(07\03), tendo sido o aviso de recebimento dos correios juntado aos autos na
tera-feira subsequente (10\03). Pergunta-se: (a) de acordo com o critrio de
classificao dos prazos quanto origem da fixao, que tipo(s) de prazo(s)
fora(m) utilizado(s) no caso em questo? Em relao ao prazo de quinze dias
conferido para Lula Molusco se manifestar sobre o laudo pericial, quais os dias
de incio do prazo, da contagem do prazo e do trmino do prazo?
50. Lula Molusco deseja ajuizar reclamao trabalhista contra o seu ex-
empregador. Ocorre que o Municpio das Algas onde Lula reside e no qual
prestou suas atividades no abrangido pela Jurisdio Trabalhista. Pergunta-
se: (a) Em que Juzo Lula Molusco poder ajuizar sua reclamao trabalhista?
(b) Caso Lula ajuze reclamao perante a Justia Comum e queira recorrer da
deciso, a qual Tribunal ele dever encaminhar o recurso? (c) Tendo sido o
processo de Lula ajuizado perante a Justia Comum e, alguns meses aps o
ajuizamento, haja sido instalada Vara do Trabalho com jurisdio abrangendo o
Municpio das Algas, o processo dever permanecer tramitando perante a
Justia Comum? Por que? Responda fundamentadamente
51. Se empresa reclamada apresentar folhas de ponto, assinadas pelo
reclamante, contendo, todas elas, marcao de entrada s 8 horas, de intervalo
de alimentao e descanso entre as 12 e as 14 horas e de sada s 18 horas, e,
na inicial, o reclamante alegar jornada das 6 s 20 horas, com intervalo de
trinta minutos, o juiz dever indeferir prova da empresa e considerar verdadeira
a jornada indicada pelo autor?
52. Sob pena de cerceamento de defesa, em fase de recurso ordinrio,
quando ainda estiverem sendo analisadas provas, , em princpio, possvel a
juntada de documentos que visem provar as alegaes das partes? Responda
fundamentadamente
53. Ausentando-se a parte, injustificadamente, audincia em que deveria
depor, ser havida confessa quanto matria de fato. Dessa forma, pode o
juiz, sem risco de ofensa ao princpio da ampla defesa, indeferir a prova
testemunhal pretendida pelo advogado da parte ausente, com o intuito de elidir
os efeitos da ficta confessio, ainda que as testemunhas estejam presentes?
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 35
54. possvel a insero de empresa do mesmo grupo econmico da
devedora originria apenas na fase executiva do feito, como devedora solidria,
sem que tenha participado na fase cognitiva?
55. possvel a insero da tomadora de servios do empregado apenas
na fase executiva, como devedora subsidiria, sem que tenha participado na
fase cognitiva?
56. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) titular dos crditos
relativos s contribuies sociais executadas perante a Justia do Trabalho, e os
respectivos valores devem ser recolhidos em nome daquela autarquia?
Responda fundamentadamente
57. Sendo insuficiente o patrimnio da pessoa jurdica executada
satisfao da execuo de dbitos trabalhistas, respondem pela execuo de
dbitos trabalhistas os bens particulares de scio-gerente?
58. Ao prolatar a sentena o juiz fez constar da fundamentao que a ao
fora atingida integralmente pela prescrio bienal. No dispositivo, porm, fez
constar que a ao foi julgada improcedente. Como deve agir a parte
prejudicada com tal deciso?
59. Certo advogado, defendendo a parte recorrente perante o Tribunal
Regional do Trabalho, acompanhou o julgamento do recurso ordinrio perante a
Turma, que lhe foi desfavorvel. Ciente dos argumentos expostos no voto
condutor da deciso, e de posse da respectiva certido de julgamento, interps
recurso de revista, em data, porm, anterior publicao do acrdo.
Pergunta-se: o recurso deve ser recebido?
60. Pedro ajuizou reclamao trabalhista contra a empresa Sonhos Ltda.,
pleiteando o pagamento de horas extras laboradas. Encerrada a instruo
processual, foi designada audincia para o dia 04.03.2010 para a leitura e
publicao da sentena. Na data aprazada, no foi possvel a prolao do
veredicto, sendo este publicado no dirio eletrnico da Justia do Trabalho em
Direito do Trabalho
Prof. Konrad Mota 36
data de 11.03.2010 (quinta-feira). Pedro, que at ento fez uso do "jus
postulandi", buscou, no dia 18.03.2010, um advogado, visto que a sentena lhe
foi desfavorvel. O causdico protocolou recurso ordinrio, visando a reforma do
julgado, em 22.03.2010 (segunda-feira), no tendo efetuado o recolhimento
das custas processuais. No exame da admissibilidade, o Juiz do Trabalho negou
seguimento ao recurso, por intempestividade e desero, neste ltimo caso em
razo da ausncia de pedido especfico de justia gratuita quando da elaborao
do termo de reclamao, embora preenchesse o autor os seus requisitos legais.
Pergunta-se: a) agiu certo o juiz ao negar seguimento ao recurso por
intempestividade? b) as custas processuais poderiam ter sido dispensadas de
ofcio pelo juiz?
61. Quando o acrdo for omisso quanto tese jurdica em que se
pretende fundamentar o recurso de revista, como dever agir a parte
interessada para que o seu recurso de revista seja recebido?
62. O recurso de revista o remdio cabvel para se discutirem julgados
proferidos em dissdio coletivo pelos tribunais regionais do trabalho bem como
os julgados em dissdio individual pelas turmas desses tribunais
63. Clvis, advogado constitudo nos autos do processo 0000385-
61.2010.5.07.0007 estava fora de Fortaleza quando da prolao da sentena
referente ao processo em epgrafe, razo pela qual entrou em contato com seu
cliente e solicitou que o mesmo redigisse procurao na qual fossem outorgados
poderes a seu colega Anzio. Anzio, ento, interps Recurso Ordinrio em face
da sentena. Passados alguns meses, e Clvis j tendo retornado, referido
recurso foi julgado improvido, no entanto, Clvis entendeu que o acrdo
lavrado pelo TRT da 7 Regio violava entendimento consolidado pelo TST
atravs de Smula, razo pela qual interps Recurso de Revista. Ante a
situao em anlise, e levando-se em conta o posicionamento jurisprudencial,
como dever se posicionar o E. TRT, na anlise a quo de admissibilidade, em
relao ao Recurso de Revista manejado exclusivamente por Clvis?
Fundamente seu posicionamento
64. Luis Carlos era empregado da empresa GR Distribuidora de Alimentos
Ltda e dirigia um caminho, percebendo como remunerao mensal R$ 700,00.
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A empresa GR representada pelo Sindicato Do Comrcio de Gneros
Alimentcios do Estado do Cear e obedece s convenes coletivas firmadas
por esta entidade. No entanto, Luis Carlos, ao ajuizar reclamao Trabalhista
em desfavor da empresa GR obteve procedncia em relao a pedido de
retificao de salrio, tendo em vista que indicava como seu piso salarial o valor
de R$ 1000,00 contido na clusula 10 da Conveno Coletiva firmada entre o
Sindicato das transportadoras do Estado do Cear e o Sindicato dos Motoristas
de Caminho do Cear. Luis Carlos alegava, ainda, que era pertencente
categoria diferenciada. Ante a situao ftica exposta, que medida a empresa
GR Distribuidora de Alimentos Ltda. pode tomar? Fundamente
65. Joaquim apresentou um recurso via fax no dia 04/02 (sexta-feira).
Considerando que o recurso, cujo prazo de 08 (oito) dias, foi apresentado via
fax no 1 (primeiro) dia do prazo; considerando, ainda, que nos dias 14/02
(segunda-feira), 15/02 (tera-feira) e 16/02 (quarta-feira) a justia do trabalho
no funciona em razo do carnaval, pergunta-se: at quando Joaquim poder
juntar os originais de tal recurso? Responda fundamentadamente
66. Identifique as trs formas em que o sindicato pode atuar na justia do
trabalho, explicando a diferena entre cada uma e indicando, na lei, exemplos
de sua atuao
67. Manoel, microempresrio, fora demandado na Justia do Trabalho na
qualidade de reclamado. No dia da audincia, Manoel compareceu Justia do
Trabalho acompanhado de Joo, advogado, porm em momento algum lhe
outorgou procurao. Acontece que Joo fez constar seu nome e numero de
registro da OAB em ata de audincia e praticou diversos atos em favor de
Manoel. Por ocasio da oitiva de testemunhas, o juiz acabou ouvindo como
testemunha a esposa do reclamante, apesar de impedida e contraditada por
Joo. Ao final da audincia, o advogado do reclamante pediu que os atos de
Joo fossem declarados inexistentes, na forma do art. 37, pargrafo nico, do
CPC, pois o mesmo os praticou sem procurao. Pergunta-se: a) os atos de
Joo so vlidos? b) se o juiz tivesse julgado a ao improcedente, a nulidade
decorrente da oitiva de uma testemunha impedida deveria ser declarada? Por
que?
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QUESTES OAB/FGV
IV EXAME UNIFICADO 2011.1
Questo 1
Em 15/04/2008, Joo Carlos de Almeida foi contratado pela Engeltrica S.A.
para trabalhar na construo das barragens da Hidreltrica de Belo Monte.
Entretanto, em virtude da grande distncia entre o local de trabalho e a cidade mais prxima, o empregador lhe forneceu habitao durante toda a vigncia do
contrato. Dispensado sem justa causa em 13/08/2010, Joo Carlos ajuizou ao trabalhista visando incluso da ajuda-habitao na sua remunerao e o
pagamento dos reflexos da decorrentes, uma vez que a moradia constituiu
salrio in natura, compondo a contraprestao ajustada pelas partes.
Com base na situao concreta, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.
a) Qual o critrio apto a definir a natureza jurdica da prestao entregue ao
empregado pelo empregador? (Valor: 0,5)
b) Nesta hiptese em especial, a habitao fornecida pela Engeltrica S.A. deve
ou no integrar a remunerao de Joo Carlos de Almeida? Por qu? (Valor: 0,75)
(Foram disponibilizadas 30 linhas para resposta)
Padro de Resposta / Espelho de Correo
a) Mencionar expressamente o art. 458, caput, da CLT, bem como o seu 2,
inciso I, que exclui determinadas prestaes do mbito salarial, como critrios normativos adequados resoluo do problema. Referir-se distino entre o
carter retributivo ou contraprestativo da prestao ("pelo" trabalho) e a natureza indenizatria ou instrumental da prestao ("para" o trabalho), a fim
de atribuir natureza salarial apenas ao primeiro grupo.
b) Observar que, neste caso concreto, a grande distncia entre o local de
trabalho e a cidade mais prxima tornou imprescindvel o fornecimento da habitao, sob pena de inviabilizar a realizao do trabalho. Afirmar que a
habitao fornecida a Joo Carlos pela Engeltrica no possui natureza salarial,
Direito do Trabalho
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uma vez que possui natureza instrumental ("para" o trabalho), isto , visa
melhor efetivao do servio contratado, fazendo referncia Smula n 367, I do TST.
Item Pontuao
Estabelecer a distino entre os critrios retributivo (pelo
trabalho) ou indenizatrio/instrumental (para o trabalho)
(0,25).
Art. 458, 2, I, CLT (0,25)
0 / 0,25 / 0,5
No deve integrar (0,15).
Porque no tem natureza salarial OU imprescindvel o
fornecimento de habitao (0,3).
Smula 367, I, do TST (0,3).
0 / 0,15 / 0,3 /
0,45 / 0,6 / 0,75
Questo 2
Joo da Silva ajuizou reclamao trabalhista em face da Cooperativa
Multifuncional Ltda. e do Posto de Gasolina Boa Viagem Ltda. Na petio inicial, afirmou que foi obrigado a se filiar cooperativa para prestar servios como
frentista no segundo reclamado, de forma pessoal e subordinada. Alegou, ainda, que jamais compareceu sede da primeira r, nem foi convocado para
qualquer assembleia. Por fim, aduziu que foi dispensado sem justa causa, quando do trmino do contrato de prestao de servios celebrado entre os
reclamados. Postulou a declarao do vnculo de emprego com a sociedade
cooperativa e a sua condenao no pagamento de verbas decorrentes da execuo e da ruptura do pacto laboral, alm do reconhecimento da
responsabilidade subsidiria do segundo ru, na condio de tomador dos servios prestados, nos termos da Smula 331, item IV, do TST. Na
contestao, a primeira r suscitou preliminar de impossibilidade jurdica do pedido, uma vez que o artigo 442, pargrafo nico, da CLT prev a inexistncia
do vnculo de emprego entre a cooperativa e seus associados. No mrito, sustentou a validade da relao cooperativista entre as partes, refutando a
configurao dos requisitos inerentes relao empregatcia. O segundo reclamado, na pea de defesa, afirmou que o reclamante lhe prestou servios
na condio de cooperado e que no pode ser condenado no pagamento de verbas trabalhistas se no foi empregador. Na instruo processual, restou
demonstrada pela prova testemunhal produzida nos autos a intermediao ilcita de mo de obra, funcionando a cooperativa como mera fornecedora de
trabalhadores ao posto de gasolina.
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Com base na situao hipottica, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.
a) cabvel a preliminar de impossibilidade jurdica do pedido? (Valor: 0,45)
b) Cabe o pedido de declarao de vnculo de emprego com a primeira r e o de condenao subsidiria do segundo reclamado? (Valor: 0,8)
(Foram disponibilizadas 30 linhas para resposta)
Padro de Resposta / Espelho de Correo
a) O examinando deve responder que no cabvel a preliminar de
impossibilidade jurdica do pedido. A vedao contida no artigo 442, pargrafo
nico, da CLT no se aplica diante da utilizao fraudulenta de sociedade cooperativa como intermediadora de mo de obra em favor do posto de
gasolina (tomador dos servios), sendo este ltimo o real empregador. Incidncia do artigo 9 da CLT.
b) O examinando deve responder que no cabe o pedido de vnculo de emprego
com a cooperativa (primeira reclamada), porque o posto de gasolina (segundo reclamado) o real empregador, em razo da intermediao ilcita praticada
pelos demandados. Tambm no cabe o pedido de reconhecimento da responsabilidade subsidiria do posto de gasolina, j que a sua responsabilidade
direta, na condio de verdadeiro empregador. Incidncia da Smula n 331,
item I, do TST ou dos artigos 2, 3 ou 9 da CLT.
Item Pontuao
No cabe a preliminar de impossibilidade, em razo do vnculo
de emprego com o tomador, que utilizou a Cooperativa de
forma fraudulenta (afastamento do artigo 442, pargrafo
nico, da CLT ou ofensa ao art. 9, da CLT) (0,45).
0 / 0,45
No cabe o pedido de vnculo com a Cooperativa, po