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Planejamento Da Trilha Ecológica Interpretativa Da Utfpr - Câmpus Dois Vizinhos

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PLANEJAMENTO DA TRILHA ECOLÓGICA INTERPRETATIVA

DA UTFPR - CÂMPUS DOIS VIZINHOS

Paulo Henrique Jung*

, Iris Cristina Bertolini*, Aline Aparecida Ludvichack *

, Suzamara Biz*

,Eleandro José Brun**

* Acadêmicos do curso de Engenharia Florestal, integrantes do Grupo PET Engenharia Florestal,

Universidade Tecnológica Federal do Paraná –  UTFPR - Câmpus Dois Vizinhos

(UTFPR-DV), Brasil.** Eng. Florestal, Dr. Prof. da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –  Câmpus Dois

Vizinhos (UTFPR-DV), Brasil, tutor do Grupo PET Engenharia Florestal.

E-mail:  [email protected]  

Resumo

Uma trilha ecológica pode ser uma importanteestratégia para promover a conscientização

ambiental na população. A UTFPR-DV temrecebido visitas de diversas escolas e pessoasem geral em sua trilha ecológica. Porém, por

 problemas de infraestrutura, as visitas àmesma enfrentam dificuldades. Visandoapoiar soluções para o caso, o PETEngenharia Florestal promoveu um concursode projetos ambientais para a reestruturaçãoda trilha ecológica da universidade,

 priorizando o retorno da realização deatividades de extensão, ensino e pesquisa na

mesma. Houve a participação de setetrabalhos, envolvendo acadêmicos de diversoscursos, abrangendo ideias desde a construçãode pontes até atividades que promovameducação ambiental. A realização desseconcurso foi de suma importância para aconcretização de um projeto de reestruturaçãodefinitivo, que garantirá sua utilização,novamente, como uma importante ferramentade educação ambiental, ensino, pesquisa eextensão.

Palavras-chaves:  trilha ecológica, revitalização e educação ambiental. 

AbstractAn ecological trail can be an importantstrategy to promote environmental awarenessin the population. The UTFPR-DV receivedvisits from various schools and another

 peoples in their ecological trail. But, due to problems in its infrastructure, the visits havedifficulties to happen. With the aim to supportsolution to the case, PET Engenharia Florestal

 promoted a contest for environmental projects

for the ecological trail of the university, for itsrestructuring, prioritizing the return ofextension, teaching and research activities init. There was the participation of sevenstudies, involving students from differentcourses, covering ideas from building bridgesto activities that promote environmentaleducation. The realization of this contest wasextremely important for achieving a finalrestructuring project, which will ensure its useagain as an important tool for environmental

education, teaching, research and extension.

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Keywords: ecological trail, revitalization andenvironmental education. 

Introdução

Segundo o Minidicionário da Língua

Portuguesa (Bueno, 1996) [1] trilha é um

caminho, um trilho, uma vereda, ato de trilhar

(caminhar). Existem vários tipos de trilhas,

sendo que as mais conhecidas no Brasil são as

trilhas de aventura, freqüentadas pormontanhistas, praticantes de “rapel”, “rafting”

e de “escaladas”, trilhas de caças e trilhas

interpretativas (MENGHINI, 2005) [2].

As trilhas interpretativas podem ser

consideradas importantes ferramentas de

educação ambiental. Porém, uma trilha por si

só não se concretiza como um instrumento

 para conscientizar ambientalmente os seus

visitantes. Ela deve apresentar recursos

trazidos para os visitadores, através de placas,

folders, painéis, folhetos, guias

especializados, propiciando assim a percepção

sobre o local através dos diferentes sentidos  –  

caracterizando-se como uma trilha interativa

(COSTA, 2005) [3].

Com o uso de trilhas interpretativas é

 possível transmitir informações para os

educandos, despertando neles a sensibilidade

 perante os impactos ambientais. Birney

(1998) citado por Silva (2006) [4] destaca que

essa forma de educação ambiental tem se

demonstrado mais eficiente que o ensino

formal - método tradicional utilizado nas

escolas.

De maneira geral, as trilhas interpretativas

em Unidades de Conservação são construídas

aproveitando o traçado de trilhas já existentes.

Para isso, é denotada uma infraestrutura

(formada por placas, painéis, folders e mapas)

que relacionam o ecossistema ali presente

com conteúdos dirigidos pelos guias durante o

 processo de visitação  –   essa infraestrutura

torna as trilhas interpretativas, as quais podem

ser usadas como importantes ferramentas

educacionais (COSTA e MELO, 2005) [3].

A Universidade Tecnológica Federal do

Paraná  –   Câmpus Dois Vizinhos está

localizada na Comunidade de São Cristóvão,

zona rural do município de Dois Vizinhos -

PR, possuindo uma área de aproximadamente

192 ha, distribuídas em diversas unidades de

ensino e pesquisa, entre as quais encontra-se a

trilha ecológica.

O fragmento florestal onde se localiza a

trilha ecológica possui uma área de 3500.37

m2, compreendido pelo estágio de

regeneração inicial e médio de Floresta

Estacional Semidecidual em transição paraFloresta Ombrófila Mista (ecótono). Essa área

nativa possui uma altitude média de 525 m,

limitada pelas seguintes coordenadas

geográficas: latitude 1 289.345, longitude 1

7.156.012 (limite Sul); latitude 2 289.350,

longitude 2 7.157.428 (limite Norte); latitude

3 289.485, longitude 3 7.157.794 (limite

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Leste) e latitude 4 288.678, longitude 4

7.156.497 (limite Oeste).

Em 2009, iniciaram-se os trabalhos de

educação ambiental na respectiva trilha, como

se observa na Figura 1, consistindo na sua

visitação por alunos de escolas públicas da

região sudoeste do Paraná. Foram recebidos

educandos de diversas faixas etárias, os quais

eram acompanhados por monitores dos cursos

de graduação da universidade, para percorrer

a trilha ecológica e realizar demais atividades

que os educassem ambientalmente.

FIGURA 1: Atividades de educação ambiental realizadas na Trilha Ecológica da UTFPR  –   DV,

2009. A) Recepção dos alunos de escolas públicas B) Orientações e explicações dos monitores no

decorrer da trilha C) Atividades lúdicas de Educação Ambiental realizada com os alunos de faixaetária menor D) Concepção dos alunos sobre a conscientização ambiental da visita.

Salla et al. (2011) [5] destaca que essas

atividades já realizadas na Trilha Ecológica da

universidade promoveram a sensibilização

dos alunos, sendo que estas complementaram

as atividades teóricas desenvolvidas na

escola. Além disso, os alunos adquiriram

conhecimento sobre as espécies vegetais e

animais existentes na trilha através de

atividades didáticas, aumentando o contato

homem/natureza e reforçando a importância

da proteção ambiental.

A B

C D

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Com a ocorrência de chuvas fortes em

2010, algumas pontes da trilha foram

arrastadas pela enxurrada e outras acabaram

se deteriorando pela grande umidade existente

dentro da mata, como pode ser observado na

Figura 2. Não havendo recursos financeiros

 para a reforma da sua estrutura física, as

visitas foram suspensas pela falta de

segurança aos seus visitantes.

FIGURA 2: Pontes da Trilha Ecológica em péssimo estado de manutenção. A) Pontes mais antigas

em estado avançado de deterioração, impedindo a visitação da trilha. B) Local onde a ponte foi

levada pela força da água em um temporal. C) Pontes construídas mais recentemente necessitandode manutenção.

Atualmente, a trilha encontra-se desativada

 para visitação. Como consequência da falta de

manutenção, fica evidente a regeneração de

gramíneas, espécies arbustivas e arbóreas no

 percurso da trilha, além da presença de teias

de aranhas, dificultando a passagem, como se

verifica na Figura 3. Nessas condições, a

trilha apresenta periculosidade, necessitando

de atividades que promovam sua revitalização

 –   só assim a trilha poderá ser usada

novamente como ferramenta em programas

educacionais.

A B C

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FIGURA 3: Estado atual de conservação da Trilha Ecológica da Universidade Tecnológica

Federal do Paraná –  Câmpus Dois Vizinhos.

Devido à trilha ecológica ser uma das

 principais portas de extensão e divulgação da

universidade, o grupo PET Engenharia

Florestal promoveu um Concurso de Projetos

Ambientais com o intuito de reunir ideias

entre os acadêmicos do câmpus para promover a sua revitalização. Assim, o

concurso tinha como objetivo identificar

estratégias de desenvolvimento de ações e

 práticas com intuito ambiental para serem

realizadas na Trilha Ecológica da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

 –  Câmpus Dois Vizinhos.

Materiais e Métodos

O Concurso de Projetos para a

revitalização da Trilha Ecológica foi uma das

atividades desenvolvidas pelo Grupo PET

Engenharia Florestal no ano de 2011.

O regulamento do concurso foi lançado e

divulgado no dia 21 de setembro,

contemplando a programação de atividades

em comemoração ao dia da Árvore. Esse

concurso abrangeu todos os acadêmicos

regularmente matriculados em um dos cursosofertados no Câmpus Dois Vizinhos, tendo

caráter exclusivamente ambiental, os quais

deveriam conter ações práticas sobre a

conservação, restauração, educação

ambiental, estruturação, uso sustentável e

 pesquisas relacionadas à biodiversidade

existente no local.

Conforme o regulamento, cada projeto

 poderia ter no máximo cinco autores, sendo

que cada aluno poderia participar de dois

 projetos. Além disso, o projeto poderia ter no

máximo 15 páginas, seguindo um modelo

 padrão para sua redação, modelo este

disponibilizado no edital lançado,

contemplando os seguintes tópicos:

A B C

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Título do projeto. 

Introdução: contextualização da idéia e

revisão de literatura do assunto abordado,

caracterização dos problemas e o

embasamento da ideia apresentada no projeto.

Metas e objetivos: explicitar as metas e os

objetivos do projeto.

Material e métodos: descrever

detalhadamente a metodologia empregada

 para a execução do projeto e de que forma os

objetivos serão alcançados.

Resultados esperados: descrever os

resultados esperados e a repercussão dos

mesmos.

Cronograma de atividades: descrever

 brevemente as atividades, passo a passo, do

 projeto e o tempo necessário para a execução

de cada uma.

Orçamento: fornecer indicações dos custos

aproximados do projeto.

Referências Bibliográficas: seguindo as

normas ABNT.

Os projetos foram avaliados por uma

 banca composta por professores e petianos, os

quais atribuíram notas de 0 a 10 aos mesmos,

sendo descartadas a maior e a menor médiaatribuída, visando evitar tendenciamentos nos

resultados. Os projetos que não atenderam aos

quesitos apresentados no edital foram

desclassificados. Os critérios utilizados para a

avaliação foram os seguintes:

- Criatividade e originalidade;

- Relevância e pertinência do projeto em

relação à trilha ecológica;

- Qualidade do projeto (redação,

contextualização, exequibilidade).

Os participantes dos projetos que

atenderam as normas do edital receberam

certificados de participação no concurso e os

três primeiros colocados foram premiados

com troféus, em cerimônia realizada no mês

de abril de 2012.

Resultados

Ao todo, foram recebidos sete projetos,

sendo que destes dois foram desclassificados

 por não atenderem às normas impostas no

edital. Os autores desse concurso

contemplaram três dos cinco cursos de

graduação existentes no câmpus, sendo esses

Engenharia Florestal, Zootecnia e Ciências

Biológicas.

Os projetos recebidos abordaram os

seguintes aspectos: Educação ambiental,

mapeamento da trilha e identificação de

estágio sucessional da floresta, implantação

de novas pontes, criação de um centro devisitantes com materiais recicláveis,

isolamento da trilha para impedir a entrada de

animais domésticos e implantação de pontos

estratégicos para observação e interpretação

ambiental.

O projeto classificado como primeiro

colocado no concurso de projetos para a trilha

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ecológica possui a seguinte intitulação

"Educação ambiental na trilha ecológica da

Universidade Tecnológica Federal do

Paraná", o qual foi muito bem avaliado nos

três quesitos pela comissão. Este propôs a

utilização da trilha como instrumento

didático-pedagógico para realização de

atividades de educação ambiental que

sensibilizem e despertem consciência

ambiental crítica de estudantes de Dois

Vizinhos e de outras cidades próximas,

através da seleção de pontos estratégicos para

 parada e interpretação dos visitantes.

Esse projeto está de acordo com Magro e

Freixêdas (1998) [6], onde destacam que uma

trilha ecológica deve ser planejada, para que

seja atrativa e para despertar a curiosidade do

 público sobre os recursos naturais e culturais

existentes no percurso.

Além disso, uma visita à trilha ecológica

representa muito mais para o público do que

um simples passeio para conhecer

determinado ambiente, pois ali eles irão

observar os fenômenos e interpretar as

informações para obtenção do conhecimento.

A partir desta percepção, cada indivíduo poderá buscar mudanças de atitudes, que é um

dos principais objetivos da educação

ambiental (Santos et al. 2009 apud Oliveira

2010) [7].

O segundo classificado no concurso foi o

 projeto "Implantação de novas pontes na

trilha ecológica da Universidade Tecnológica

Federal do Paraná, Câmpus  Dois Vizinhos,

Município de Dois Vizinhos, Paraná".  A

 proposta do projeto foi a construção de pontes

em madeira de  Eucalyptus dunnii  tratada,

obtida de reflorestamento, sendo para isso

necessário a construção/recuperação de sete

 pontes em seu percurso.

Esse trabalho obteve essa colocação

 principalmente por sua qualidade e pela alta

relevância à trilha, pois como destacado por

Santos (2007) [8], uma trilha ecológica deve

oferecer boas condições de trafegabilidade,

através de pontes, corrimãos e escadas

adequadas, garantindo assim segurança dos

visitantes.

O terceiro lugar foi para o seguinte projeto:

"Trilha ecológica para educação e

monitoramento ambiental", o qual visou à

reestruturação da trilha para melhorar a

interação dos alunos, comunidade e visitantes

com o meio ambiente.

A idéia principal do projeto foi semelhante

ao do primeiro colocado, sendo que este

focou mais na reestruturação da trilha,

sinalização e principalmente na importância

de envolver as pessoas com o meio ambienteatravés de atividades lúdicas, bem como

cursos e demais atividades.

Após a divulgação do resultado do

concurso, os integrantes do grupo PET

 juntaram as idéias dos sete projetos em um

único e definitivo. Agora, este projeto será

enviado para diversas instituições e editais

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com o objetivo de buscar recursos para

efetivar as ações propostas.

Discussões

A união dos projetos selecionados

compondo um único para a revitalização da

trilha foi uma estratégia muito importante,

 pois permitiu a concretização de um projeto

completo, que atendeu inúmeras áreas

necessárias para a sua reestruturação e

utilização como uma importante ferramenta

de educação ambiental.

Assim, essa atividade de extensão atendeu

as expectativas, sendo o seu resultado positivo

e com grande interesse e participação dos

acadêmicos do câmpus de diferentes cursos de

graduação.

Iniciativas como essa são de suma

importância, pois a universidade, além de ser

um local de produção de conhecimento,

formação de profissionais qualificados e

realização de pesquisas científicas (DIAS, S.

M. F., 2003) [9] também tem a função de

realizar atividades de extensão, que visam à

interação com a sociedade e buscam a suamudança social e cultural (SCHERER

WARREN, 2001) [10].

Essas idéias vem ao encontro a

necessidade de ampliar as informações a

 população sobre o meio ambiente, na tentativa

de reduzir os impactos e a degradação

ambiental existente. Atualmente, a grande

maioria das atividades de educação ambiental

ainda são realizadas na modalidade formal e

num processo descontínuo, o que torna o uso

das trilhas ecológicas um grande desafio

(JACOBI, 2003) [11].

 Neste contexto, a discussão da educação

ambiental nas universidades é de grande valia,

 pois como destacado por Nunes (1995) apud

Silva (2006) [4], as instituições de ensino

superior são responsáveis pela formação de

 profissionais de qualidade, os quais

futuramente poderão contribuir no

desenvolvimento de uma sociedade

ecologicamente equilibrada.

Além da conscientização ambiental de

crianças e jovens para o presente e futuro,

essa atividade iniciou a discussão ambiental

entre os acadêmicos da instituição sobre

maneiras de como educar ecologicamente, o

que pode contribuir na formação profissional

dos participantes do projeto. Também

 possibilitou uma alternativa para a melhoria

do currículo dos universitários.

Conclusões

O Concurso de Projetos Ambientais para a

Trilha Ecológica da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois

Vizinhos, possibilitou a troca de

conhecimento entre alunos e professores dos

diferentes cursos da UTFPR-DV, fortalecendo

as relações dentro da comunidade acadêmica.

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Ainda, possibilitou a realização de um

único projeto, que contemplasse todas as

áreas que podem ser trabalhadas na questão

ambiental, desde a readequação e

reestruturação, assim como a construção de

novas pontes, placas sinalizadoras, placas de

identificação de árvores, para que a trilha

ecológica possa receber os visitantes, bem

como as áreas de pesquisa, com estudos tanto

na fauna quanto na flora, envolvendo

estudantes de ensino superior e pós-

graduação, em atividades interativas e

construídas de forma participativa, assim

como foi o concurso de projetos realizado.

Agradecimentos

Aos demais integrantes do Grupo Pet

Engenharia Florestal da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná  –   Câmpus

Dois Vizinhos: Erick Martins Nieri, Paula

Helena Pereira, Larissa Regina Topanotti,

Lucas Daniel Perin, Nicolas Manarim de

Brito. 

Também à professora Dra. Daniela

Macedo de Lima, pelo fornecimento de fotose informações sobre a trilha ecológica.

Referências

[1] BUENO, F. da S.

Minidicionário da Língua Portuguesa.

São Paulo: FTD : LISA, 1996.

[2] MENGHINI, F. B. As trilhas

interpretativas como recurso

pedagógico: caminhos traçados para

a educação ambiental. 2005.

Dissertação (Mestrado em Educação) -

Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí.

[3] COSTA, V. C; MELO, F. A. P. Manejo e

monitoramento de trilhas

interpretativas: contribuição

metodológica para a percepção do

espaço ecoturístico em unidades de

conservação. Simpósio Nacional sobre

Geografia, Percepção e Cognição do

Meio Ambiente, 2005.

[4] SILVA, S. B.; CECCON, S.; RISSATO,

C. G.; SILVEIRA, T. R.; TEDESCO, C.

D.; GRANDO, J. V. Educação

ambiental: Interação no câmpus

universitário através de trilha ecológica.

Revista Eletrônica do Mestrado em

Educação Ambiental  v.17, p. 20-40,

 jul./dez. 2006. 

[5] SALLA, V. P; BERTOLDO, G; LIMA, D.

M. Integração Sócio-ambiental na trilha

ecológica da UTFPR  –   Câmpus Dois

Vizinhos. XIII Encontro Paranaense de

Educação Ambiental, 2011.

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[6] MAGRO, T. C.; FREIXÊDAS, V. M.

Trilhas: como facilitar a seleção de

 pontos interpretativos. Circular

Técnica (IPEF), Piracicaba, n. 186,

1998.

[7] OLIVEIRA, A. H. NETO, G. K.

GONÇALVES, G. R. M. PEREIRA, J.

A. A. VIEIRA, A. P. BORGES, C. P.

Índice de atratividade de pontos

interpretativos (IAPI) e percepção dos

usuários da trilha da UFLA, MG.

Revista de estudos ambientais  (on-

line) v.12, n. 2, p. 62-73, jul./dez. 2010. 

Disponível em <

http://proxy.furb.br/ojs/index.php/rea/ar 

ticle/view/2009  > Acesso em 06 junho

2011.

[8] SANTOS, A. F. dos; DALANESI, P. E;

DAVIDE, A. C; ZANZINI, A. C. da S.

Implantação de uma trilha

interpretativa, no parque florestal

Quedas do Rio Bonito, Lavras  –   MG.

Anais  do VIII Congresso de Ecologia

do Brasil, 23 a 28 de Setembro de 2007,Caxambu –  MG. 

[9] DIAS, S. M. F. Avaliação de programas

de educação ambiental voltados para o

gerenciamento dos resíduos sólidos

urbanos.  2003. Tese (Doutorado em

Saúde Ambiental) - Faculdade de Saúde

Pública de São Paulo, Feira de Santana .

[10] SCHERER WARREN. Movimentos

Sociais e Participação. Ambientalismo e

Participação na Contemporaneidade,

EDUC/FAPESP, São Paulo, p. 41-56,

2001.

[11] JACOBI, P. Educação ambiental,

cidadania e sustentabilidade. Cadernos de

Pesquisa n. 118, p. 189 -205, março/ 2003.