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MAIO 2012 2012/2015 PLANO QUADRIENAL INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA

PLANO - Instituto Politécnico de Lisboa · IPL Plano Quadrienal 2012-2015 3 INTRODUÇÃO ... nidade em todas as dimensões de intervenção do IPL, na formação, na investigação

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MAIO 2012

2012/2015

PLANOQUADRIENAL

INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA

ÍndiceIntrodução 3

I- Princípios Orientadores 4

Contexto Histórico 6

II- Contexto Atual 9

Pontos Fortes & Fracos Oportunidades & Ameaças 11

III- Temas Estratégicos Linhas de Ação 12

Ensino 14

Oferta Formativa 16

Corpo Docente 19

Instalações, Infraestruturas 22

Internacionalização 24

Investigação 27

Interação com a sociedade 29

Equilíbrio Financeiro 32

Gestão da Qualidade 35

Áreas Transversais 38

Serviços da Presidência 39

Comunicação 41

Serviços de Acção Social 42

Glossário 43

3IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INTRODUÇÃO

O PRESENTE DOCUMENTO APRESENTA o Plano Es-tratégico do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) para o período 2012-2015, período que coincide com o manda-to do seu Presidente, pelo que naturalmente emana do programa de candidatura que foi proposto e sufragado pelo Conselho Geral por ocasião do processo eleitoral. No entanto, este documento apresenta aspetos comple-mentares ao programa de candidatura então apresenta-do, beneficiando de novos desenvolvimentos dos quais se salienta a análise dos dados decorrentes da autoavalia-ção realizada no âmbito da implementação do sistema de gestão da qualidade do IPL. Assim, apesar de este Plano Estratégico exprimir a visão da equipa presidencial do Instituto Politécnico de Lisboa para os próximos quatro anos, deverá ser considerado como um documento aber-to, que anualmente se ajusta a novos contextos, desafios e oportunidades, através dos planos de atividades anuais que serão apresentados ao Conselho Geral.

Face ao contexto atual e às grandes incertezas no pla-no económico-financeiro que Portugal atravessa e que se refletem fortemente no ensino superior, este plano não se poderia cingir a uma inventariação de objetivos e ações a desenvolver, quer pela Presidência quer pelas suas Unidades Orgânicas (UO). Ao contrário, terá de ser visto como um documento dinâmico e aberto a toda a comunidade, bem como aos seus parceiros externos, in-tegrando os seus contributos neste esforço de adequa-ção permanente.

A sua elaboração teve como base uma reflexão inter-na sobre o contexto atual do ensino superior, resultando desta análise a necessidade de acentuar o crescimento qualitativo do IPL, posicionando-o num lugar de relevo no panorama nacional, bem como o propósito de assumir a internacionalização como um objetivo coletivo importan-te. Para tal, é fundamental que o IPL consiga manter um saudável equilíbrio financeiro e simultaneamente imple-

mente uma cultura de qualidade que esteja presente em todas as suas atividades.

Dado o difícil e exigente contexto em que nos en-contramos, este reconhecimento do Instituto Politéc-nico de Lisboa como instituição de excelência só será possível se se conseguir o empenho de toda a comu-nidade em todas as dimensões de intervenção do IPL, na formação, na investigação e/ou na interação com a sociedade, sendo, para este efeito, essencial promover uma imagem forte.

Temos consciência que esta proposta é ambiciosa, e não será exequível, se não contar com o esforço e a mo-tivação dos professores, funcionários, alunos e até antigos alunos. Por isso, contamos desde logo com todos eles. Mas, também queremos como parceiros as comunidades empresariais, artísticas, culturais, sociais e outras, cujos in-teresses ou áreas de intervenção possam ser potenciados de forma interativa em função do desenvolvimento do IPL. A existência de conselheiros externos no Conselho Geral pode e deve ser um elemento facilitador neste propósito.

Existimos como instituição de ensino superior para promover o desenvolvimento académico, científico/ar-tístico e tecnológico. Ou seja, na atual conjuntura de interdependência, somos um elo importante na cons-trução da sociedade. Por isso, temos a obrigação de partilhar e dialogar com esses parceiros sociais e dar respostas adequadas às suas necessidades.

Estamos convictos de que um projeto de qualidade de ensino superior, inserido no universo da União Europeia, passa inevitavelmente pela concretização dos objetivos propostos, porque, a nosso ver, estas linhas programáticas contêm a génese de mudança necessária para lidar com os problemas do presente e potenciar o futuro.

Da parte da presidência haverá todo o empenho na execução deste projeto, empenho que simultaneamente pretende ser solidário, equitativo e transparente.

O documento encontra-se disponível em: www.ipl.pt

PLANO QUADRIENALInstituto Politécnico de Lisboa

2012-2015

I- Princípios Orientadores

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I- PRINCÍPIOS ORIENTADORES

MISSÃO

O INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA é uma insti-tuição de ensino superior de alto nível orientada para a criação, transmissão e difusão do conhecimento, cultura e artes, ciência e tecnologia e do saber de natureza pro-fissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação e do desenvolvimento experimental.

O IPL tem como missão produzir, ensinar e divulgar conhecimento, bem como prestar serviços à comunidade nas áreas em que dispõe de competências, contribuindo para a sua consolidação como instituição de referência nos planos nacional e internacional.

PRINCÍPIOS E VALORES

O IPL como instituição assume o compromisso de se reger pelos seguintes princípios de conduta com aplicação uni-versal:

a) Serviço público;b) Competência e responsabilidade;c) Igualdade, diversidade e inclusão;d) Democracia e participação;e) Ética;f) Avaliação.

O IPL assume os seguintes valores institucionais:

a) Excelência do ensino;b) Excelência da investigação e desenvolvimento;c) Abertura e participação na sociedade;d) Responsabilidade social;e) Cultura de mérito;f) Reforço da cooperação e intercâmbio científico com os países europeus e de expressão oficial por-tuguesa.

VISÃO

O IPL tem como visão institucional a excelência nas suas atividades numa perspetiva de melhoria contínua da qualidade das mesmas, promovendo condições para um exercício profissional relevante e pertinente por parte de diplomados altamente qualificados.

6 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOACONTEXTO HISTÓRICO

(...) o objetivo primordial foi desenvolver um conceito de ensino vocacionado para as profissões e para a empregabilidade assente na diversificação, produção e difusão

do saber nas várias áreas do conhecimento e formações que ministra

O INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA (IPL), ins-tituição de ensino superior público com sede em Lis-boa, é uma pessoa coletiva de direito público dotado de autonomia estatutária, científica, pedagógica, admi-nistrativa, financeira, disciplinar e patrimonial. Iniciou a atividade em 1986 e teve os primeiros estatutos publi-cados em 1991.

Na génese do IPL está a integração de um conjunto de escolas e institutos superiores da área geográfica de Lisboa com longa história ao nível do ensino, bem como a criação de novas unidades orgânicas. Desde o início que o objetivo primordial foi desenvolver um conceito de ensino vocacionado para as profissões e para a empre-gabilidade assente na diversificação, produção e difusão do saber nas várias áreas do conhecimento e formações que ministra.

O conceito original do ensino politécnico assenta, as-sim, na diversidade de saberes e aptidões profissionais e, neste sentido, o Instituto Politécnico de Lisboa congregou e criou instituições de ensino superior que oferecem cur-sos de licenciatura, mestrado e doutoramento (estes últi-mos, em associação com universidades) nas seguintes áreas de formação:

ARTES

As três escolas artísticas do Instituto, Dança, Música e Teatro e Cinema, têm origem no antigo conservatório de música português, criado em Lisboa no ano de 1835. Com a reforma do ensino artístico, operada em 1983, foram criadas as escolas superiores de Dança, Música e Teatro e Cinema, integradas no IPL em 1985.

A Escola Superior de Dança situa-se no centro his-tórico da cidade de Lisboa, no Bairro Alto, no antigo palácio do Marquês de Pombal. A qualidade do ensino da escola é reconhecida pela taxa de colocação dos seus diplomados no mercado de trabalho e pelas soli-citações para apresentação dos espetáculos que cria e organiza. A preparação dos estudantes, com uma com-ponente altamente prática, inclui também o enquadra-mento científico e integrador dos contextos culturais, com o objetivo de formação do “artista”, com um le-que de formação comum e com formações específicas, o que resulta numa diversidade de saídas profissionais. Outra vertente de formação assumida pela escola é a da formação de professores.

A Escola Superior de Teatro e Cinema localiza-se na Amadora desde 1998. As instalações incluem es-paços letivos adequados à lecionação dos cursos, es-

Serviços da Presidência do IPL, Benfica

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOACONTEXTO HISTÓRICO

túdios, salas de espetáculo e visionamento, biblioteca e refeitório, permitindo aos estudantes as condições indispensáveis à sua formação.

Na prossecução da sua missão, a ESTC instituiu como principais objetivos a formação de profissionais altamente qualificados, a realização de atividades de in-vestigação e a experimentação e produção artísticas, constituindo-se hoje uma referência na sua área, a nível nacional e internacional.

A Escola Superior de Música de Lisboa encontra-se si-tuada no Campus de Benfica do IPL. A ESML apresenta-se, no panorama musical nacional, cada vez mais como uma escola de referência, tanto pelas suas origens, como pelo corpo docente, nacional e internacional, de elevada qua-lidade e por dispor das instalações e dos equipamentos adequados à lecionação dos seus cursos, o que é essencial na prossecução da sua missão: promover um ambiente de ensino/aprendizagem de qualidade que, numa perspetiva de formação ao longo da vida, incentive os estudantes ao máximo desenvolvimento pessoal, artístico, científico, técnico e cultural, com vista a desempenhos profissionais empreendedores, nacional e internacionalmente compe-titivos e socialmente relevantes, nas áreas das Artes e In-dústrias Musicais.

EDUCAÇÃO

A Escola Superior de Educação de Lisboa, com origem na antiga Escola do Magistério Primário de Lisboa, da qual herdou as atuais instalações no Campus de Benfica do IPL, iniciou a atividade em 1985, sendo um estabelecimen-to de formação de nível superior de professores, e ou-tros agentes educativos com elevado nível de preparação cultural, científica, técnica e profissional, nos diferentes domínios que lhe são inerentes: formação inicial, contínua e especializada, profissionalização em serviço, investiga-ção, pesquisa e desenvolvimento e prestação de serviços à comunidade.

COMUNICAÇÃO

A Escola Superior de Comunicação Social, localizada no Campus de Benfica do Instituto Politécnico de Lisboa, criada em 1987 é atualmente uma instituição de referên-cia no ensino superior da comunicação no nosso país. Para além da qualidade do corpo docente, os estudantes têm a possibilidade de ter um contacto bastante próximo com a realidade profissional, para o que também contri-bui o conjunto de equipamentos tecnológicos e de multi-média que a ESCS dispõe para serem utilizados ao longo do processo de formação.

CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

O Instituto Superior de Contabilidade e Adminis-tração de Lisboa integrado no IPL em 1988, tem a gé-nese na “Aula do Comércio” criada pelo Marquês de Pombal em 1759. Ciente do passado, a instituição, situ-ada no centro de Lisboa, forma técnicos contabilistas que foram e continuam a ser os pilares da atividade contabilística administrativa e financeira das organiza-ções nacionais.

ENGENHARIA

O Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, com origem no Instituto Industrial de Lisboa criado em 1852, é atualmente uma referência no panorama na-cional, contribuindo para a formação de engenheiros de elevada competência técnica em várias áreas de in-tervenção profissional. Para isso contribui o modelo de ensino adotado no ISEL que combina os melhores profissionais de engenharia com académicos ligados à Investigação e Desenvolvimento, que acompanham de perto a evolução e o desenvolvimento da engenharia a nível internacional.

SAÚDE

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, integrada no IPL em 2004, tem origem na Escola Téc-nica dos Serviços de Saúde de Lisboa criada em 1980. Sediada no Parque das Nações a ESTeSL assume como missão a formação altamente qualificada de profissio-nais na área da saúde e a investigação em ciências e tecnologias da saúde, com o objetivo de promover a melhoria dos padrões de qualidade do ensino e da efi-cácia na prestação de cuidados de saúde à comunidade.

Dotada de instalações e equipamentos adequados à natureza do ensino que desenvolve, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa dispõe de um corpo docente de elevado nível de qualificação, académica e profissional, o que lhe permite ver reconhecido o seu nome, quer o nível nacional, como também interna-cional.

SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL

O Instituto Politécnico de Lisboa possui ainda os Ser-viços de Ação Social que visam a promoção e execu-ção da política de Ação Social, conducente à melhoria das condições de frequência e sucesso educativo dos estudantes que frequentam as escolas do Instituto Po-litécnico de Lisboa.

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1-Escola Superior de Dança (Bairro Alto)

2-Escola Superior de Teatro e Cinema (Amadora)

3-Escola Superior de Música de Lisboa (Cam-pus do IPL, Benfica)

4-Escola Superior de Educação de Lisboa (Cam-pus do IPL, Benfica)

5-Escola Superior de Comunicação Social (Campus do IPL, Benfica)

6-Instituto Superior de Contabilidade e Admi-nistração de Lisboa (Av. Miguel Bombarda)

7-Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (Campus, Olivais)

8-Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (Parque das Nações)

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PLANO QUADRIENALInstituto Politécnico de Lisboa

2012-2015

II- Contexto Atual

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II- CONTEXTO ATUAL

BREVE CARATERIZAÇÃODO CONTEXTO NACIONAL E INTERNACIONAL

APÓS O PERÍODO DE REFORMAS estruturais dos últi-mos anos, quer ao nível da administração pública, quer ao nível de próprio ensino superior, das quais se salientam o Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas (L 59/2008 de 11 de setembro), o Regime Jurídico das Insti-tuições de Ensino Superior (RJIES) (L. 62/2007 de 10 de setembro), o Estatuto da Carreira Docente do Ensino Po-litécnico (D. L. 185/81 de 1 de julho c/ alt. D. L. 207/2009 de 31 de agosto e alt. L. 7/2010 de 13 de maio), o processo de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (D.L. 38/2007 de 16 de agosto; D.L. 369/2007 de 5 de novembro), e toda a legislação referente ao processo de Bolonha, o fator de-terminante para os próximos anos será indubitavelmente a situação de crise financeira do Estado e o impacto na atividade económica, em particular na área da educação.

O cenário de crise financeira em que vivemos terá um impacto inquestionável no ensino superior, quer pe-los cortes orçamentais estipulados para o exercício do presente ano (cerca de 8,5 % em transferências do OE e cativação de 2,5% com incidência no OE e privativo), quer pela incerteza relativamente aos próximos anos.

Esta situação de crise irá afetar o desempenho das Instituições de Ensino Superior, que se encontram em processo de crescimento ou ajustamento da oferta formativa em termos de número de alunos. No entan-to, não deixará de constituir uma oportunidade para um novo repensar das organizações, do papel na socie-dade e da forma de funcionamento.

O próprio desempenho e intervenção do professor

terá que ser reavaliado e reajustado à situação em que nos encontramos, e, no futuro, sobreviverão as institui-ções que conseguirem dotar-se de uma maior flexibilida-de organizativa e financeira que permita que, com menos recursos disponíveis ou com uma maior diversidade de fontes de financiamento, obtenham um melhor desempe-nho e uma maior empregabilidade dos diplomados.

CONTEXTO DO IPL

O Instituto Politécnico de Lisboa apresenta-se hoje como uma grande instituição nacional de ensino superior. Oferece um conjunto de formações formais que totaliza 36 licenciaturas e 50 mestrados, adequados aos princí-pios de Bolonha e direcionados para os mercados e para a empregabilidade, nos domínios científicos da engenha-ria, contabilidade e gestão, saúde, educação, comunicação, música, teatro e cinema, e dança.

O número atual de alunos em frequência nas oito unida-des orgânicas do Instituto Politécnico de Lisboa totaliza cer-ca de 15.000 estudantes, que representa, relativamente aos dois anos anteriores, um acréscimo de 10%, demonstrando, deste modo, o bom desempenho do IPL no cumprimento do compromisso de aumentar a qualificação dos portugue-ses, assumido no âmbito do contrato de confiança.

A concretização deste compromisso está a exigir uma enorme mobilização dos recursos disponíveis, nomeadamente no que diz respeito aos serviços e ao corpo docente, quer ao nível do acréscimo nas cargas horárias, que na grande maioria se encontra no limite máximo legalmente estabelecido, quer na conciliação com a simultaneidade de horários diurnos e noturnos. O crescimento da oferta formativa deu-se em maior número no ensino em horário pós-laboral.

Os resultados obtidos nos últimos anos relativamen-te às candidaturas ao ensino superior permitem manter a expectativa de que este crescimento se manterá de uma forma sustentada, baseado na forte diversificação da forma-ção ministrada pelas Unidades Orgânicas – também elas de natureza muito diversa no tipo de ensino que prestam aos estudantes. No último concurso nacional de acesso ao en-sino superior, às 2.444 novas vagas propostas a concurso, que representaram 7% de aumento relativamente ao ano anterior, apresentaram-se 12.396 candidatos, o que corres-pondeu a uma procura cinco vezes superior à oferta. Preen-chemos, em primeira fase, 97,5% das vagas diurnas e 72,4% das vagas em pós-laboral, com 46,2% das vagas ocupadas por candidatos em primeira opção e com uma média de entrada de 14,3 valores.

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PONTOS FORTES & FRACOSOPORTUNIDADES & AMEÇAS

Utilizando a metodologia de análise “SWOT”, aponta-se de seguida a caracterização da situação atual geral do Instituto no seu todo.

Desta análise salienta-se um conjunto de aspetos que quase todas as unidades orgânicas do IPL identificam como sendo os pontos fortes, destacando-se o prestígio da instituição, o ensino orientado para a empregabilidade e a crescente qualificação do corpo docente.

No pólo oposto, como pontos fracos identificados destacam-se as dificuldades na contratação, quer de ati-vos humanos, quer de bens e serviços. Outro ponto tam-

bém muito referido tem a ver com a desadequação de algumas instalações e consequentes constrangimentos decorrentes das suas características.

Como oportunidades são referenciadas maioritaria-mente as parcerias com as mais diversas organizações, na-cionais e internacionais, a reestruturação dos cursos e a implementação do sistema de gestão da qualidade.

As ameaças são sobretudo de cariz financeiro, desta-cando-se a redução do financiamento público e o acrés-cimo no incumprimento do pagamento das propinas e consequente abandono escolar.

PONTOS FORTES PONTOS A MELHORAR

Oferta diversificada de formação Coordenação central

Crescente qualificação do corpo docente Dispersão das escolas

Prestígio institucional Normalizar a gestão

Qualidade do ensino e programas ministrados Sistemas de informação pouco eficientes.

Rede de parcerias nacionais e internacionais Flexibilizar e agilizar os processos de contratação, quer de ativos humanos, quer de bens e serviços

Número de candidatos superior à oferta de vagas Diversificação das fontes de financiamento

Qualidade das instalações

Ensino orientado para a empregabilidade Algumas instalações desadequadas, ou com alguns constrangimentos decorrentes das suas características

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Equipamento tecnológico Concorrência do ensino universitário

Parcerias com outras IES para formação conjunta Pressão demográfica negativa

Forte ligação às entidades empregadoras Redução do financiamento público

Parcerias com as mais diversas organizações, nacionais e internacionais

Processo mais seletivo na atribuição de bolsas de estudo

Existência de mecanismos para incremento da em-pregabilidade dos alunos

Acréscimo do incumprimento do pagamento das propinas dos alunos e do abandono escolar

Adopção de padrões Internacionais Conjuntura económica nacional e internacional

Reforma legislativa e estatutária Legislação sobre execução orçamental e impacto na captação e gestão de receitas próprias

Contrato de confiança com o MCTES Sobreutilização dos equipamentos e dificuldade de atualização e manutenção do parque tecnológico das escolas

Alargamento do universo estudantil com o contin-gente dos “Maiores de 23”

Dificuldade em captar financiamentos para projectos na área da unidade orgânica

Abertura a novos publicos através da formação pós-secundária (CETs) e pós-graduada (mestrados)

Reestruturação dos cursos

PLANO QUADRIENALInstituto Politécnico de Lisboa

2012-2015

III- Temas EstratégicosLinhas de Ação

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III- TEMAS ESTRATÉGICOS E LINHAS DE AÇÃO

TENDO EM VISTA o posicionamento do IPL como uma instituição que visa a excelência de ensino e in-vestigação, procurando os mais elevados padrões de qualidade e o desenvolvimento das condições neces-sárias à criação de uma cultura organizacional assente em valores fundamentais como a Inovação, Cidadania, Interdisciplinaridade e Exigência, podemos dividir os objetivos estratégicos em quatro dimensões:

I- Ensino II- Investigação III- Internacionalização IV- Interação com a sociedade

Relativamente ao ensino, procura-se valorizar, por um lado, a diversidade da sua oferta formativa através de um vasto portfólio de projetos educativos, e, por outro lado, garantir a prática de políticas educativas adequadas que promovam a aquisição dos conheci-mentos e competências necessários à formação de profissionais qualificados.

A consolidação da investigação é fundamental como uma das formas principais de afirmar o Instituto Politécnico de Lisboa, seja a nível nacional ou interna-cional. Além do mais, um bom desempenho no campo da investigação permitirá ao IPL reforçar as estratégias de cooperação com a sociedade, bem como aceder a novas fontes de financiamento.

A aposta na internacionalização é uma das áreas de desenvolvimento do Instituto Politécnico de Lisboa, não só em termos dos programas de mobilidade como também do desenvolvimento de redes e grupos de co-operação com universidades estrangeiras, em particu-lar ao nível da cooperação com os países lusófonos.

A dinamização da interação com a sociedade passa pelo aumento da intervenção aos níveis cultural, tec-nológico, social e económico. Esta dinâmica poderá permitir o desenvolvimento de mais projetos de in-vestigação, bem como a obtenção de novos recursos.

Subjacente a estas dimensões estratégicas, estão outras dimensões mais estruturais:

a) Implementação do Sistema Interno de Garantia da Qualidade para a promoção de uma cultura de ex-celência e para assegurar a fiabilidade dos processos académicos e administrativos.

b) Criação de Laboratórios de I&D multidisciplinares e/ou interdisciplinares para garantir a curto/médio prazo a sustentação do processo de avaliação e acreditação das formações de 2.º ciclo pela A3ES e, simultaneamente, a captação de mais recursos financeiros nacionais e euro-peus.

c) Manutenção do Equilíbrio Financeiro da Institui-ção, condição indispensável para o desenvolvimen-to do IPL e consolidação da sua estratégia, sendo essencial a procura de fontes alternativas de finan-ciamento.

Há igualmente aspetos/áreas operacionais que impor-ta desenvolver e/ou melhorar ao nível da sua otimização. São exemplos: o desempenho dos Serviços da Presidên-cia no apoio às unidades orgânicas; o desenvolvimento de mecanismos de comunicação e informação, quer a nível interno, na comunidade académica do IPL, quer ao nível externo, na sociedade em geral e os Serviços de Ação Social, podendo, para além do apoio aos alunos, desem-penhar um papel de relevo nas iniciativas de combate ao abandono e sucesso escolar.

Ensino

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ENSINO

A NOVA LEGISLAÇÃO recentemente aplicada ao en-sino superior trouxe, em alguns aspetos, uma melhoria da representação social e da valorização simbólica do ensino politécnico. São bons exemplos a introdução do 2.º ciclo no plano formativo e a revisão do estatuto da carreira docente, em particular no que se refere à intro-dução da categoria de Professor Coordenador Principal e às condições de estabilidade do corpo docente.

Porém, não podemos deixar de referir que faltam cumprir-se aspetos fundamentais, que foram intencio-nalmente negados ao ensino politécnico no sentido de mitigar uma verdadeira valorização social deste subsis-tema. Damos apenas três exemplos que consideramos sintomáticos:

1. negação de oferta formativa ao nível do 3.º ciclo, mesmo quando existam condições científicas que o sustentam e justificam, como sejam a existência de centros de investigação de excelência e elevado número de doutorados, ou, áreas científicas da ex-clusiva responsabilidade do ensino politécnico;

2. não atribuição do título equivalente a Agregado, quando este título tem por base o reconhecimento acumulado ao longo de um processo de enriqueci-mento curricular, e é necessário para o ingresso na categoria de topo;

3. impossibilidade de consórcios ou parcerias estraté-gicas entre os sistemas politécnico e universitário, num bloqueio de partilha completamente inadequa-do para os tempos em que vivemos.

Para inverter estes condicionalismos importa captar os melhores alunos e investir num corpo docente alta-mente qualificado, seja pela via académica, através do Doutoramento, seja pelo reconhecimento das carreiras profissionais de muitos dos nossos docentes, através da obtenção do título de Especialista.

Por último há ainda a questão das condições de tra-balho, de alunos, docentes e restantes funcionários. Em algumas das suas UO torna-se necessário realizar um es-forço no sentido de minimizar algumas limitações que as suas instalações apresentam ao normal desempenho da sua população.

Oferta formativa

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OFERTA FORMATIVA

SITUAÇÃO ATUAL

O INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA oferece um conjunto de formações formais que totaliza 36 licencia-turas e 50 mestrados, direcionados para os mercados e para a empregabilidade, nos domínios científicos da enge-nharia, contabilidade e gestão, saúde, educação, comunica-ção, música, teatro e cinema, e dança.

Assim, apresenta-se como uma instituição de Ensino Superior de enorme prestígio que se distingue pela di-versidade de oferta formativa e qualificação do corpo do-cente. Estes fatores, entre outros, têm contribuído para o aumento da procura de novos alunos e crescimento sustentado da população estudantil, que atinge atualmen-te cerca de quinze mil estudantes.

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2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Número de alunos

De facto, o Instituto Politécnico de Lisboa é uma das instituições de ensino superior público com maior índi-ce de procura nas candidaturas do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, apresentando em 2011/2012 uma taxa de colocação de 79 % na 1.ª fase, sendo a taxa mais alta entre os institutos politécnicos. Aliás, o aumento da oferta em 7% coloca o IPL junta-mente com o Politécnico do Porto e as Universidades do Minho, Coimbra e Aveiro entre as instituições de en-sino superior com maior crescimento.

Estes resultados posicionam o Instituto Politécnico de Lisboa na 8.ª posição a nível nacional, competindo com outras instituições de ensino superior universitário. A taxa de colocação referida, 79%, merece ainda uma aten-ção especial, dado que 23% das vagas propostas corres-pondem à oferta em regime pós-laboral, que coloca o IPL no 2.º lugar do ranking nacional, apesar de se ter regista-do nos últimos anos uma diminuição gradual da procura. Por outro lado, se incluirmos as 263 vagas dos concursos locais de acesso para as escolas de artes, que foram todas preenchidas, a taxa de colocação sobe acima dos 80%.

Este número demonstra o bom desempenho do IPL no cumprimento do compromisso de aumentar a qualifi-cação dos portugueses, assumido no âmbito do contrato de confiança. E este desempenho é tanto mais de realçar, quanto o aumento de 10% no número de alunos, nos dois últimos anos, não teve igual correspondência no aumento do número de professores, cujo crescimento equivalente a tempo integral (ETIs) foi apenas de 3%, incluindo as subs-tituições no âmbito do Programa de Apoio à Formação Avançada de Docentes do Ensino Politécnico (PROTEC).

Relativamente à empregabilidade dos diplomados do IPL, não dispomos ainda de informação atualizada, uma vez que o Sistema de Gestão da Qualidade do IPL ape-nas teve início de forma mais estruturada em 2011. Ain-da assim, considerando a informação disponível na pá-gina Internet do GPEARI, tem-se que para um conjunto de 20859 diplomados no IPL desde 2000 estão inscritos num centro de emprego 979, ou seja, menos de 5%. Tam-bém a informação obtida por inquérito postal, realizado no princípio de 2011, junto dos diplomados nos últimos 5 anos, e ao qual responderam mais de 1000 ex-alunos, os dados sobre a empregabilidade são muito favoráveis, tendo 83% respondido que estavam a trabalhar.

ESTRATÉGIA

Para manter o ritmo de crescimento verificado nos últimos anos o IPL tem de manter um conjunto de es-tratégias cuja diversificação passa pela criação de novas áreas de formação e/ou pela captação de novos públicos.

Devemos realçar, nesta perspetiva, os novos cursos cria-dos e aprovados pela Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES) em 2010, nomeadamente a licenciatura em Solici-tadoria no ISCAL e os mestrados em Intervenção Precoce na ESEL, Engenharia de Redes de Comunicação e Multi-média no ISEL. Mas entendemos que há outras áreas, tam-bém elas relevantes, para a oferta formativa do IPL. Damos como exemplos os domínios científicos e tecnológicos de Engenharia Alimentar, Design e, mesmo, Hotelaria.

As mudanças, tendo na sua génese a já referida Decla-ração de Bolonha, também se vocacionam para a aposta da captação de novos públicos e formação ao longo da vida. Dois aspetos, eles próprios indissociáveis, que im-porta não descurar sob pena de não cumprirmos a fun-ção social de ampliação da oferta de formação avançada e atualização do conhecimento, que constitui uma das ações principais das instituições de ensino superior.

De facto, o aumento crescente de necessidade de qua-

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OFERTA FORMATIVA

dros de formação superior, que nos países da OCDE já atinge os 27% e em Portugal não ultrapassa os 15%, exige para se atingir os níveis dos países economicamente mais desenvolvidos o recrutamento de outros públicos para além do recurso aos públicos convencionais. Por outro lado, as mutações sociais das últimas décadas estão a in-duzir, cada vez mais, a um estado de obsolescência preco-ce e, até, em muitos casos, a um estado de analfabetismo tecnológico dos quadros de formação superior. Esta ver-dade, para além de ser preocupante, é tanto mais grave, porquanto é neste patamar sociológico que se inserem, maioritariamente, as elites de cada país.

Quanto à captação de novos públicos, o IPL tem fei-to uma aposta importante, nomeadamente no que diz respeito à entrada de alunos maiores de 23 anos, onde o processo de admissão garantiu um elevado nível de qualidade, e à formação pós-laboral, tanto ao nível da licenciatura como do mestrado. De notar, que a ofer-ta de formação em pós-laboral, no ano letivo 2009/10 foi de 448 vagas que representaram 17,7% da oferta total do IPL. Em 2010/11 houve, relativamente ao ano anterior, um aumento de 39,7%, sendo a oferta de 626 vagas que representaram 23,2% da oferta total do Ins-tituto Politécnico de Lisboa.

O ensino a distância apresenta-se como uma ferra-menta pedagógica muito poderosa para ações de forma-ção, de caráter formal ou não formal, em determinados grupos/áreas como são, por exemplo, a formação de jo-vens imigrantes portugueses, a formação ao longo da vida e as parcerias com países de expressão portuguesa.

Torna-se, por isso, importante que o IPL adquira tecno-logia e experiência neste domínio, através de parcerias na-cionais ou internacionais, para o desenvolvimento de ações nos domínios especializados deste método de formação.

Será importante, ainda, a associação ao projeto E-politécnico, proposto para todo o sistema politécnico no âmbito do contrato de confiança.

Um dos aspetos mais interessantes no quadro da U.E. para o ensino superior consiste nos programas de mo-bilidade. O IPL tem usado estes programas com enorme sucesso, quer para os estudantes, quer para os docentes, na sua relação com outros estabelecimentos de ensino superior no espaço europeu. Contudo, ainda não soube-mos potenciar um programa de mobilidade interna de estudantes entre escolas/institutos da própria instituição, apesar de todos reconhecermos o mérito que esta mo-bilidade poderia representar num quadro de aquisição de competências complementares.

Nesse sentido, importa definir um programa interno de mobilidade, quer de estudantes, quer até de docen-tes, de modo a dar aos nossos alunos a oportunidade de obterem créditos em unidades curriculares com-plementares noutra escola/instituto sem ser a unida-de orgânica de origem para maior enriquecimento da sua formação científica/artística/cultural. Este aspeto, que se reveste de uma enorme importância, dada a diversificação da oferta formativa no cruzamento dos domínios tecnológico, artístico, social e cultural, pode constituir um fator diferenciador positivo a evidenciar pelas unidades orgânicas como argumento apelativo na captação de novos alunos.

LINHAS DE AÇÃO

Desenvolver ações no sentido de implementar no-vas áreas de formação, potenciando também o apare-cimento de projetos interdisciplinares endógenos, como por exemplo, o curso de Música na Comuni-dade coordenado conjuntamente pela Escola Supe-rior de Educação de Lisboa e pela Escola Superior de Música de Lisboa.

Procurar-se-á manter a aposta na entrada de alunos maiores de 23 anos, onde o processo de admissão ga-rantiu um elevado nível de qualidade, tanto ao nível da li-cenciatura como do mestrado e na formação pós-laboral.

No domínio da formação ao longo da vida é preciso reforçar a oferta com cursos de atualização curricular especializados e pós-graduações não conferentes de grau.

O Instituto Politécnico de Lisboa deverá estudar a aquisição de tecnologia no domínio do ensino a distância e procurar desenvolvê-lo através de parcerias nacionais ou internacionais, procurando tirar partido da mais valia de algumas unidades orgânicas como a Escola Superior de Educação de Lisboa, a Escola Superior de Comuni-cação Social e a Escola Superior de Teatro e Cinema em matérias de formação dos recursos humanos para a docência e na produção de conteúdos.

Para além do envolvimento no projeto E-politécnico, que envolve todas as instituições de ensino politécnico na-cional, será também importante o envolvimento autónomo em nichos específicos não previstos neste programa.

Implementação de um programa interno de mobili-dade, quer de estudantes, quer de docentes, possibilitan-do aos nossos alunos a oportunidade de obterem crédi-tos em unidades curriculares complementares noutra escola/instituto do Instituto Politécnico de Lisboa.

Corpo docente

20 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

CORPO DOCENTE

SITUAÇÃO ATUAL

ATUALMENTE, O INSTITUTO POLITÉCNICO DE LIS-BOA detém um corpo de pessoal docente com cerca de 1300 professores distribuídos pelas suas UO, cuja gran-de maioria exerce funções em regime de tempo integral, tendência que se tem acentuado ao longo dos anos.

Esta característica do corpo docente, o exercício de funções em tempo integral, constitui um fator de valo-rização e credibilidade do ensino ministrado nas insti-tuições de ensino superior, que muito contribui para o desenvolvimento e formação de instituições de Ensino Superior de referência.

A estrutura do corpo docente do IPL está caracteri-zada no gráfico seguinte:

O número de doutores que atualmente representam 23% do corpo docente é tanto mais relevante se aten-dermos a que só recentemente, com a entrada em vigor do novo estatuto da carreira docente em 2009, se tornou obrigatório para o acesso à carreira docente do Ensino Politécnico o grau de Doutor.

O apoio a projetos científicos, financiados pelo Insti-tuto Politécnico de Lisboa, concorreu de forma decisiva não só para o aprofundamento de uma cultura científica nas unidades orgânicas, nomeadamente ao nível da pro-dução e divulgação de resultados através da publicação de artigos, livros e comunicações, como também ao ní-vel da qualificação pós-graduada do seu corpo docente. Esta situação contribuíu, deste modo, para que quase um quarto do corpo docente detenha já o grau de Doutor. Este número permite ao Instituto Politécnico de Lisboa cumprir a imposição de 15% de doutores exigida pelo

Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) para o ensino politécnico. Contudo, é importante salientar que a percentagem de pessoal docente que já possui o grau de doutor tem aumentado, o que também é um fator de valorização e que credibiliza as instituições de ensino superior.

Um outro parâmetro respeitante à qualificação do corpo docente prende-se com o título de especialista. A matriz do ensino politécnico, cujas formações são orien-tadas para as profissões e altas taxas de empregabilidade, exige um corpo docente altamente qualificado, não só ao nível científico, mas também ao nível tecnológico. O título de Especialista, criado recentemente pelo RJIES e regulamentado pelo D. L. n.º 206/2009 de 31 de agosto e pelo despacho n.º 1696/2010 do Instituto Politécnico de Lisboa, veio dar resposta à valorização da experiência profissional para fins académicos, com a particularidade de ser uma atribuição exclusiva das instituições de ensino politécnico.

O novo estatuto da carreira docente consubstanciou a valorização deste título, atribuído a profissionais com mais de dez anos de experiência relevante na área em que se propõem adquirir o título, permitindo o acesso às categorias de professores adjunto e coordenador num plano de paralelismo com o grau de doutor. Esta dignifi-cação da carreira profissional para fins académicos é, a nosso ver, estratégica e fundamental para as formações de ensino politécnico. Porém, importa referir, até pelas ra-zões enunciadas, que a atribuição do título de Especialista deve obedecer a padrões de avaliação muito exigentes.

Neste ano letivo o número de professores com este título é ainda reduzido, face ao período ainda muito cur-to de aplicação da lei, D.L. 2006/2009 de 31 de agosto, e respetivo regulamento, publicado em D.R. a 25 janeiro de 2010. No entanto, a mobilização do corpo docente que

21IPL Plano Quadrienal 2012-2015

CORPO DOCENTE

previamente ou paralelamente à sua atividade docente construiu também uma carreira profissional de reconhe-cido mérito, perspetiva um crescimento significativo em 2012. Ainda assim, já realizaram as provas para obter este título 23 professores, o que, juntando aos 60 pedidos já entregues nos Serviços da Presidência, levará a que no próximo ano quase se atinja os 10% de professores es-pecialistas.

Contudo, não deixa de ser importante salientar que a introdução do RJIES veio retirar ao professor do ensino superior autonomia pedagógica e científica, sobrecarre-gando-o com uma enorme carga administrativa. Espere-mos que a curto/médio prazo este aspeto não se traduza numa perda de qualidade científica/pedagógica.

ESTRATÉGIA

Temos como objetivo o aumento do número de dou-tores, pretendendo-se, para os próximos quatro anos, atingir o número de 40% de doutorados. Para alcançar este desígnio, manteremos o esforço financeiro de apoio a novas candidaturas ao programa PROTEC, que con-templou 104 docentes em doutoramento dos quais já se formaram 15 doutores. Contamos com os doutoramen-tos desenvolvidos conjuntamente entre o IPL e a UL e o ISCTE, já em funcionamento, bem como com outras parcerias com universidades nacionais e estrangeiras.

Assumimos, desde logo, a necessidade urgente de ter no mapa de pessoal docente do Instituto Politécnico de Lisboa profissionais de elevada competência a quem seja atribuído o Título de Especialista de modo a dotar o IPL de um corpo docente melhor qualificado e a cumprir os indicadores exigidos para o ensino politécnico. No entan-to, esta aposta não deve ser baseada em soluções facili-tadoras. Por isso, queremos conferir a este processo um

padrão de exigência que dignifique este título, tendo para este efeito sido definidas algumas regras internas para atribuição do título de especialista.

Destas, é importante salientar as seguintes:

a) Os pedidos de atribuição do título de Especialista que não estejam definidos como especialidades nas res-petivas ordens profissionais e que venham a suscitar dú-vidas no quadro da Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação, previstas na portaria nº 256/2005 de 16 de março, serão objeto de avaliação por parte dos Conselhos Técnico-Científicos;

b) Os júris dos concursos para candidatos internos serão totalmente compostos por elementos externos, enquanto o IPL não tiver especialistas titulados na res-petiva área; as solicitações de elementos para a constitui-ção de júris de concursos não coordenados pelo IPL, no âmbito de parceria ou consórcio com outros institutos, serão enviadas aos Conselhos Técnico-Científicos para indicação dos respetivos elementos do júri.

LINHAS DE AÇÃO

Manter o apoio financeiro ao programa PROTEC.

Apostar nos programas de doutoramento desen-volvidos conjuntamente com outras instituições univer-sitárias, como é o caso dos já existentes com a UL e com o ISCTE, bem como com outras parcerias com uni-versidades nacionais e estrangeiras, que poderão dar um contributo muito valioso para atingirmos este propósito.

Fomentar, junto do corpo docente, a importância do título de Especialista de modo a que todos os que tenham as condições possam obter este título.

Instalações, Infraestruturas

23IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INSTALAÇÕES, INFRAESTRUTURAS

SITUAÇÃO ATUAL

A DIVERSIDADE DO IPL reflete-se também ao nível das instalações. Assim, enquanto algumas das UO têm instala-ções recentes e com uma grande adequabilidade às suas funções, outras situam-se em edifícios antigos, com ma-nifestos sinais de degradação, como a Escola Superior de Dança, ou em instalações não adequadas a uma institui-ção de ensino superior, como o ISCAL.

Também o próprio Campus de Benfica necessita ur-gentemente de intervenção dado o avançado estado de degradação do pavimento.

ESTRATÉGIA

A este nível, a estratégia do IPL passa por tentar encontrar soluções que permitam, apesar do contex-to financeiro negativo, avançar para a solução de alguns problemas. Entre as diversas situações carentes de inter-venção, destacam-se as novas instalações do ISCAL e da ESD, que aguardam por uma solução financeira que per-mita desbloquear a sua situação.

No primeiro caso, o projeto de arquitetura do novo edifício do ISCAL ficou finalmente concluído em 2010 após as sugestões de alteração propostas pela equipa de revisão à equipa projetista. Iniciámos o processo de con-curso de construção prevendo a construção da obra por fases em função das disponibilidades financeiras disponí-veis. Contudo, as restrições impostas pela Lei e D. L. da execução orçamental para 2011 obrigaram à suspensão do referido concurso.

No segundo caso, a ESD assumiu a mudança das atuais instalações, palácio do Marquês de Pombal, para novas ins-talações a construir no Campus de Benfica. Esta opção tem como pressuposto que a venda (por permuta) do atual espaço suporte o valor de construção do novo edifício. Já foram iniciados contactos com alguns agentes que podem estar interessados neste processo.

Seria também importante avançar na questão das can-tinas, seja a do ISEL, seja a do Campus de Benfica. No caso da cantina do ISEL, o atraso da tutela na autorização da sua construção (6 anos) levou à inadequação do projeto face às novas normas de construção entretanto promul-gadas, o custo proposto pelo arquiteto para a alteração do projeto, superior ao próprio custo do projeto inicial, e as implicações que essas alterações viriam a ter no custo final da obra face ao valor da adjudicação, superior ao limite legal estabelecido de mais de 5%, levaram-nos à anulação da obra.

Necessita também de intervenção, com caráter de ur-gência, a pavimentação do Campus de Benfica, que atingiu já um estado adiantado de degradação. Ainda, no campus, necessita de recuperação o seu espaço desportivo. Aliás, a inexistência de um espaço dedicado à prática desporti-va é uma lacuna que importará colmatar, pois este é um fator integrante da formação do indivíduo que faz parte do nosso objeto social. Assim, iremos lançar um concurso para a conceptualização de um pavilhão desportivo que sirva todo o universo do IPL.

LINHAS DE AÇÃO

Aguardam-se futuras disposições de execução orça-mental que possam permitir continuar o processo de concurso para a construção das novas instalações do IS-CAL.

Aguarda-se o desenvolvimento dos contactos com al-guns agentes que podem estar interessados na aquisição do palácio do Marquês de Pombal, para financiar as novas instalações da ESD a construir no Campus de Benfica.

Iniciar o projeto para a cantina do ISEL e do campus de Benfica.

Lançamento de um concurso para a conceptualização de um pavilhão desportivo que sirva o universo do IPL.

Intervenção no Campus de Benfica para repavimen-tação do pavimento e arruamentos, do escoamento das águas pluviais que se acumulam em frente ao P3 e do espaço desportivo de forma a garantir as condições de segurança para a prática desportiva.

Maquete das instalações do ISCAL

Internacionalização

25IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INTERNACIONALIZAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL

O INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA partici-pa, desde 1987, no Programa Erasmus, com o objetivo principal de incentivar a apresentação de candidaturas a este programa de mobilidade como uma das formas de internacionalização dos estudantes e pessoal do-cente e não docente, tendo em vista proporcionar-lhes o enriquecimento pessoal e profissional, contribuindo para a criação de uma autêntica cidadania europeia.

Neste âmbito, as unidades orgânicas do Instituto Politécnico de Lisboa estabeleceram vários protocolos com instituições de ensino superior de países da União Europeia, com o objetivo de proporcionar este inter-câmbio entre estudantes.

De realçar a importância dos Gabinetes de Re-lações Internacionais que desempenham um papel crucial na planificação, informação e aconselhamento aos estudantes, para assegurar o sucesso de todo o processo. Os acordos de aprendizagem são pré-esta-belecidos e toda a informação sobre a instituição de acolhimento, plano de estudos e conselhos práticos é disponibilizada.

O gráfico, a seguir, demonstra a evolução da mobili-dade dos alunos do Instituto Politécnico de Lisboa, rece-bidos por instituições de ensino superior estrangeiras, e alunos estrangeiros acolhidos na escolas e institutos do IPL, no âmbito do Programa Erasmus, desde o ano letivo 2000/2001:

Verifica-se que o número de estudantes enviados pelo conjunto das UO do IPL a participar no programa de mobili-dade internacional tem aumentado ao longo dos últimos 10 anos, isto, apesar das dificuldades financeiras que represen-tam para os alunos portugueses a estada em países onde o nível de vida é claramente mais elevado do que em Portugal.

Ainda no âmbito da mobilidade, o Instituto Politéc-

nico de Lisboa, através das UO, também tem recebido inúmeros estudantes oriundos dos vários países euro-peus, 159 no último ano letivo. Este número é muito significativo dado a barreira linguística que representa o português. Para ajudar a superar esta barreira, o IPL, através da Escola Superior de Educação de Lisboa, ofe-receu formação em língua portuguesa destinada aos estudantes estrangeiros acolhidos.

Fora do âmbito dos programas europeus, o IPL tem promovido uma política de internacionalização das uni-dades orgânicas, nomeadamente nos países de expres-são portuguesa que julgamos fundamental num contexto de interesse nacional. São bons exemplos os trabalhos desenvolvidos em parceria com a Universidade de Cabo Verde ao nível da implementação de cursos de Licen-ciatura e Mestrado, onde uma grande parte das escolas/institutos do IPL têm uma intervenção muito relevante e reconhecida. Angola, Moçambique e Timor Leste são outros países da CPLP com os quais o IPL mantém pro-jetos de cooperação.

ESTRATÉGIA

A aposta na internacionalização, como uma das áreas de desenvolvimento do Instituto Politécnico de Lisboa, não pode ser feita apenas em termos dos programas de mobi-lidade. É prioritário também o desenvolvimento das redes temáticas e grupos de cooperação interuniversitária inter-nacional, sobretudo ao nível da cooperação com os países lusófonos.

Esta aposta permitirá desenvolver a cooperação existente, e iniciar novas parcerias de caráter inovador com universidades de todo o mundo ao nível do ensi-no, formação e investigação.

Para além da cooperação do IPL ao nível da parti-cipação das suas UO na conceção e implementação de planos de estudo de formações diversas em universi-dades dos PALOP, seria igualmente importante esten-der programas de intercâmbio de alunos e professores no espaço alargado da lusofonia, sendo nosso entendi-mento que este aspeto deveria estar coberto por um programa de financiamento a suportar pelos governos que constituem a CPLP.

Por outro lado, o recente aparecimento do ensi-no politécnico no Brasil e em Angola abre um novo espaço de cooperação do maior interesse. Esta apos-ta pode ser potenciada pela vantagem da experiência portuguesa em vários domínios científicos/artísticos,

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Alunos IPL Alunos Estrangeiros

26 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

podendo permitir a consolidação de uma rede interna-cional falada em português.

Portugal vive uma crise económica e financeira que precisamos de ser capazes de superar com atitudes de esperança e proatividade. O ensino superior nacional tem condições para poder exportar conhecimento científico e recursos humanos de elevado grau, acrescentando va-lor à internacionalização. Assim, precisamos que sejam criadas as condições de âmbito legislativo pelas instâncias governamentais para que possamos atuar em conformi-dade.

Entendemos que é muito importante continuar a in-tensificar a aposta de intercâmbio de estudantes e profes-sores que, ao abrigo de alguns programas comunitários, se têm desenvolvido no IPL, com o crescente interesse por partes das unidades orgânicas. Atualmente mante-mos 230 protocolos com instituições europeias de en-sino superior no âmbito dos programas de mobilidade.

Mas, é fundamental aproveitar esta experiência e o co-nhecimento destes parceiros, bem como estabelecer pro-tocolos com outros, em particular membros da rede de Universidades de Ciências Aplicadas, da qual o sistema politécnico português faz parte, com vista ao desenvolvi-

mento de projetos conjuntos com dimensão e interesse científico, artístico e/ou tecnológico para candidaturas a programas de apoio comunitário à investigação. Esta in-tegração nas redes europeias de conhecimento é cada vez mais prioritária até para suportar as formações de 2º ciclo.

LINHAS DE AÇÃO

Ampliação dos programas de cooperação já existen-tes, sobretudo com Cabo Verde, procurando estendê-los a outros países do espaço lusófono.

Criação de condições, nomeadamente através do CCISP, para que possa ser considerada por parte dos governos que constituem a CPLP a hipótese de criação de programas de intercâmbio de alunos e professores no espaço alargado da lusofonia.

Intensificar a aposta de intercâmbio de estudantes e professores ao abrigo de alguns programas comunitários, nomeadamente, aproveitando a experiência e o conheci-mento dos nossos parceiros, bem como estabelecendo protocolos com outros, em particular membros da rede de Universidades de Ciências Aplicadas, da qual o sistema politécnico português faz parte.

Investigação

28 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INVESTIGAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL

FRUTO DO ELEVADO RITMO a que o corpo docente se vai qualificando, a produção científica assume também uma dimensão de relevo, apresentando um incremento de mas-sa crítica que justifica cada vez mais a criação de equipas de investigação e, consequentemente, o desenvolvimento de novas unidades de investigação acreditadas pela FCT a atuarem dentro do espaço das unidades orgânicas.

Esta produção é também visível na coleção “Cami-nhos do Conhecimento” que tem cumprido os objetivos. Tendo início em 2005, vai já no número 30 e tem pre-sentemente no prelo, ou, a aguardar revisão mais cinco obras a editar este ano. A revista “Alicerces” também tem conseguido manter uma periodicidade anual.

O repositório científico do IPL, que numa fase inicial teve algumas dificuldades no processo de introdução dos trabalhos produzidos pelos seus docentes, tem aos pou-cos mostrado uma enorme dinâmica. Atualmente conta com mais de um milhar de artigos/obras que podem ser consultados e esperamos que, a curto prazo, o número de obras a consultar aumente significativamente.

Ao nível dos centros de investigação, o IPL para além dos centros de investigação acreditados na FCT, integra ainda nas suas UO um conjunto diverso de outros cen-tros em que, por não terem essa acreditação, a atividade passa por vezes despercebida.

ESTRATÉGIA

O desenvolvimento de laboratórios de I&D constitu-ídos a partir das várias unidades de investigação do IPL, visando a acreditação pela FCT ao nível de centros de excelência, é uma medida estratégica essencial para o su-porte da formação pós-graduada, quer para as formações de 2º ciclo, que já fazemos, quer para as formações de 3º ciclo, que ambicionamos fazer. Mas é também crucial para a captação de recursos financeiros nacionais e europeus que estão disponíveis para promover a investigação cien-tífica e o desenvolvimento tecnológico.

No entanto, a dispersão dos vários centros leva a que por vezes não se tenha a noção real da sua atividade, desconhecendo-se até muitos dos projetos, alguns do maior interesse, aí desenvolvidos, o que obsta à sua di-vulgação. Assim, uma prioridade na área da investigação no IPL prende-se, de algum modo, com a necessidade de compilação de tudo o que se faz por forma a analisar-se estrategicamente a atividade dos centros, as áreas de atuação e a identificar quais as respetivas dificuldades e

oportunidades. Este levantamento facilitará, também, o reforço das estruturas de apoio aos projetos de investiga-ção nas dimensões de informação e apoio a candidaturas.

Ainda neste âmbito será importante a inclusão do Repo-sitório do Instituto Politécnico de Lisboa no repositório na-cional. Este serviço é uma das componentes do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal que visa aumentar a visibilidade, acessibilidade e difusão dos resultados da ati-vidade académica e de investigação científica nacional, facili-tando o acesso à informação e produção científica nacionais.

Também são importantes as parcerias estratégicas com instituições nacionais e internacionais de referência através da constituição de redes e de projetos multidis-ciplinares. Estas parcerias deverão existir não só a um nível académico, como também profissional, envolvendo empresas ou associações empresariais.

Os centros de investigação serão o melhor veícu-lo para aumentar a produção científica interna do IPL. Porém, interessa também promover a divulgação dessa produção científica, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Nesse sentido, queremos continuar a manter a linha editorial de “Caminhos do Conhecimen-to” com a edição de pelo menos cinco livros por ano, bem como a revista científica Alicerces em paralelo com outras revistas científicas especializadas já criadas por algumas unidades orgânicas.

LINHAS DE AÇÃO

Estabelecer-se-á um programa especial, a ser apre-sentado ao Conselho Geral (CG), de apoio ao desenvol-vimento de laboratórios de I&D.

Levantamento das atividades dos diversos centros de investigação ligados às Unidades Orgânicas de modo a poder analisar-se estrategicamente a atividade dos cen-tros, bem como as suas áreas de atuação e identificar quais as dificuldades e oportunidades.

Manter a linha editorial de “Caminhos do Conhe-cimento” com a edição de pelo menos cinco livros por ano, bem como a revista científica Alicerces em paralelo com outras revistas científicas especializadas já criadas por algumas unidades orgânicas.

Promoção de congressos internacionais sob a égi-de das nossas escolas/institutos, em domínios científicos específicos das suas áreas de conhecimento.

Interação com a sociedade

30 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE

SITUAÇÃO ATUAL

O IPL TEM TRADICIONALMENTE uma cultura de par-tilha com outros, exigindo que, nessa partilha, possamos dar e receber, só assim poderemos ser melhores, mais competentes e mais fortes. Nesse sentido, têm-se subs-crito diversos protocolos que promovem parcerias para o desenvolvimento científico/artístico e tecnológico com outras instituições de ensino superior nacionais e inter-nacionais, bem como ações que prestam serviços à comu-nidade nos domínios empresarial, social, cultural e outros.

O conjunto de protocolos subscritos e homologados pelo Presidente do Instituto Politécnico de Lisboa tota-liza mais de 750, a maioria dos quais com enorme envol-vimento entre as partes. Sabemos que, para além destes, outros há em funcionamento nas unidades orgânicas, que não carecem da homologação. Esta relação entre o IPL e a sociedade constitui uma ligação de benefício mútuo, pois não só permite às instituições envolvidas a concre-tização dos objetivos, como também permite ao IPL um maior desenvolvimento dos docentes e alunos envolvi-dos, resultando, assim, num aumento na qualificação dos cidadãos e no desenvolvimento nacional.

Em matéria de formação de quadros de nível supe-rior adequados às novas realidades socioeconómicas das sociedades portuguesa e europeia, é imperativo incutir no aluno de ensino superior um espírito empreendedor. Para isso, as escolas/institutos têm aliciado os estudantes, estimulando-os para um exercício permanente de criati-vidade que visa a geração de ideias, o aperfeiçoamento de soluções e a resolução de problemas, envolvendo-os nos projetos de investigação das instituições por forma a motivá-los para uma atividade empresarial, preparando-os simultaneamente para desafios de assunção de risco. Neste sentido, o IPL tem estado associado ao Poliempre-ende, cuja origem remonta a 2004, tendo no ano transato sido o anfitrião e coordenador desta iniciativa.

O Poliempreende é, na sua essência, um projeto global de empreendedorismo que abarca os Institutos Politécni-cos do país, dando origem a um concurso nacional onde competem todos os projetos classificados em primeiro lugar nos concursos regionais de cada instituição. O fo-mento de uma cultura de empreendedorismo no IPL tem potenciado aspetos muito relevantes, tais como:

a) O desenvolvimento de competências empreende-doras, integrando-as no plano de estudos e nas atividades curriculares, com vista a preparar os estudantes para o envolvimento em projetos autónomos ou de grupo;

b) A criação de estruturas, com a colaboração das Câ-maras Municipais, IAPMEI (FINICIA), banca, investidores de risco, entre outros, que apoiem os projetos de vocação em-presarial inovadores com viabilidade técnica e económica.

c) O início de um projeto de construção de um Centro de Empreendedorismo entre o IPL e diversas Câmaras Municipais da região de Lisboa: Câmara Muni-cipal de Loures e Câmara Municipal de Arruda dos Vi-nhos, estando em fase de negociação protocolos idên-ticos com as Câmaras Municipais de Lisboa, Oeiras, Vila Franca de Xira e Cadaval.

Ainda neste âmbito, o IPL mantém através do ISEL um protocolo de parceria com a incubadora de empresas OPEN- Associação para Oportunidades Específicas de Negócios. Esta parceria tem neste momento duas em-presas start-ups que nasceram dos projetos de desenvol-vimento do ISEL com a BRISA e a GALP, estando em ges-tação o aparecimento de mais três empresas resultantes destas e de outras parcerias. Ao nível da articulação com as empresas assume particular destaque a Politec&ID, Associação para o Desenvolvimen-to de Conhecimento e Inovação. Esta Associação pretende promover a investigação e desenvolvimento em contexto aberto, bem como dinamizar o empreendedorismo, forma-ção, disseminação do conhecimento e cultura.

ESTRATÉGIA

O IPL e as suas UO continuarão uma política de co-operação com outras instituições, cumprindo um dos valores expressos na sua missão, a prestação de servi-ços à comunidade. Esta política de abertura à sociedade, contribuirá também para que o IPL alicerce a sua posição no âmbito da sua área geográfica aumentando a sua visi-bilidade na interação com a sociedade.

No quadro atual de desenvolvimento do ensino su-perior, o docente não pode ter uma função limitada ex-clusivamente à dimensão de “professor” como agente de mediação pedagógica do conhecimento. Por isso, se tem defendido, e nós concordamos plenamente com o prin-cípio, a necessidade de o docente ser simultaneamente “professor e investigador” ou “professor e especialista”, no caso particular do sistema politécnico. Só a dimensão “investigador” ou “especialista” pode permitir a interação com o conhecimento, sustentado na base da reflexão/ex-perimentação/execução, transferindo, por esta via, para o “professor” a competência da atualização científica/artís-tica ou tecnológica.

A escola, repositório concentrador de recursos cien-tíficos/artísticos e tecnológicos, tem de permitir e exigir que o docente desenvolva competências e crie oportu-nidades para investigar, experimentar, transmitir e aplicar. Contudo, a escola só por si dificilmente tem condições para que o docente cumpra em plenitude o exercício de todas estas funções. Por isso, é fundamental a ligação es-cola-sociedade numa parceria biunívoca e, nesta relação,

31IPL Plano Quadrienal 2012-2015

INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE

importa que a escola dê respostas consentâneas com a emergência das necessidades da sociedade em matérias de formação, investigação científica/artística e/ou desen-volvimento tecnológico.

As unidades orgânicas de ensino artístico do Instituto Politécnico de Lisboa estão em condições privilegiadas para potenciar o desenvolvimento de iniciativas culturais num quadro de colaboração com as autarquias envolven-tes e agentes culturais, explorando o potencial específico destas Escolas e das suas redes de parcerias.

O empreendedorismo será uma área de prioridade em termos de reforço de ações realçando-se a impor-tância desta temática no ensino superior. Para isso, o Ins-tituto vai continuar a participar no concurso Poliempre-ende, bem como outros de natureza similar, incentivando o aparecimento de novas ideias que poderão resultar em oportunidades de negócios.

Outro projeto em curso é o centro de empreende-dorismo que está a ser construído conjuntamente com as Câmaras Municipais de Loures e Arruda de Vinhos, estan-do em fase de negociação o alargamento desta iniciativa às Câmaras de Lisboa, Oeiras, Vila Franca de Xira e Ca-daval. Pretende-se aproveitar a capacidade das Câmaras para o desenvolvimento de microempresas.

Outras ações de fomento ao empreendedorismo in-cluem o desenvolvimento da formação nesta área nas UO, como, por exemplo, o arranque do mestrado em Gestão e Empreendedorismo, no ISCAL, ou a continuação dos cursos de formação resultantes do protocolo assinado entre o IPL e a Universidade de Lisboa.

A nível externo expandir-se-á a parceria com a incu-badora de empresas – OPEN no sentido de esta acolher mais empresas no seu seio. Queremos que este projeto se amplie e possa envolver novas empresas resultantes de mais projetos de investigação/desenvolvimento entre as nossas instituições e o tecido empresarial nacional. Foi nesse sentido que recentemente o IPL financiou o au-mento das instalações de ligação com a OPEN a funcio-nar no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

Uma área a merecer uma aposta especial na relação do IPL com a sociedade é a prestação de serviços de saúde à comunidade, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa foi projetada e construída com in-fraestruturas adequadas a esse fim. Porém, por diversas razões esta funcionalidade ainda não foi implementada. Consideramos este projeto de prestação de serviços de saúde para o exterior da maior relevância não só para as populações, em particular para a população lo-cal, mas também para a escola – como mais-valia para a formação dos alunos –, e para toda a comunidade do Instituto Politécnico de Lisboa (alunos, funcionários e professores), que podem usufruir deste serviço com todas as vantagens.

LINHAS DE AÇÃO

Promoção do dinamismo do Instituto Politécnico de Lisboa em termos da mobilização do seu corpo do-cente na sua múltipla função de “professor e investigador/especialista” e/ou “professor e conferencista/organizador de eventos”. Participação no concurso Poliempreende, bem

como outros de natureza similar, incentivando assim o aparecimento de novas ideias que poderão resultar em oportunidades de negócios. Desenvolver formação específica na área da ges-

tão, associando-a à problemática do empreendedorismo, por exemplo, através do mestrado em Gestão e Empre-endedorismo proposto pelo Instituto Superior de Conta-bilidade e Administração de Lisboa ou através do proto-colo com a Universidade de Lisboa para desenvolvimento de atividades de empreendedorismo. Dar a máxima prioridade e apoio à implementação,

a curto/médio prazo, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa da prestação de serviços de saúde à comunidade. Criar e desenvolver o serviço de Higiene, Seguran-

ça e Saúde no Trabalho – Saúde Ocupacional, destinado aos trabalhadores do IPL, tendo em vista a prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais e a realiza-ção de atividades no âmbito da promoção da saúde. Ampliar o projeto de parceria com a incubadora

de empresas OPEN- Associação para Oportunidades Específicas de Negócios, envolvendo novas empresas resultantes de mais projetos de investigação/desenvol-vimento entre as nossas instituições e o tecido empre-sarial nacional. Desenvolvimento do projeto de construção do

Centro de Empreendedorismo entre o Instituto Poli-técnico de Lisboa e as Câmaras Municipais da região de Lisboa. Realizar a Feira do Primeiro Emprego, conjunta-

mente com as associações de estudantes das escolas/institutos do Instituto Politécnico de Lisboa, convidando as associações empresariais, Ministério da Educação e da Ciência, Instituto Português da Juventude, Conselho Na-cional da Educação e outros organismos direta ou indire-tamente envolvidos nesta problemática. Desenvolver esforços no sentido de ajudar a cons-

tituir uma associação de antigos alunos do Instituto Po-litécnico de Lisboa, embora tenhamos a convicção que seria mais fácil, mas pouco racional, constituir oito asso-ciações de antigos alunos. Dinamizar o crescimento da POLITEC&ID,

apoiando a fase inicial de consolidação e fomentando novas parcerias.

Gestão da qualidadeEquilíbrio Financeiro

33IPL Plano Quadrienal 2012-2015

EQUILÍBRIO FINANCEIRO

SITUAÇÃO ATUAL

TEMOS ASSISTIDO NOS ÚLTIMOS ANOS a um forte desinvestimento do Estado no ensino superior e, ape-sar do reforço verificado em 2010 e 2011 com base no contrato de confiança assinado pelo Governo e pelas instituições de ensino superior - que serviu basica-mente para repor parte das perdas relativamente ao aumento do encargos com a CGA (15%) e IVA (3%) - , a situação atual permite afirmar que o orçamento disponível (72% de orçamento de Estado mais 28% de orçamento privativo) basicamente suporta o pagamen-to de salários (82%) e as despesas de funcionamento.

Este estrangulamento financeiro tem colocado mui-tas dificuldades em termos da manutenção do equilí-brio financeiro do IPL, o qual só se tem conseguido manter fruto do esforço realizado no sentido de seguir duas vias complementares: aumento das receitas (ren-dimentos) ou contenção de gastos.

No que respeita a contenção de gastos, o Instituto Politécnico de Lisboa vem desenvolvendo nos últimos anos, até por força das restrições orçamentais que nos têm sido impostas desde há alguns anos, uma política de forte contenção de custos, procurando não exce-der a parte do orçamento do Estado que nos cabe, adicionado dos valores de receitas próprias que vêm sendo logradas. Assim, as despesas de funcionamento têm-se mantido constantes, sendo de referir que o li-geiro crescimento que se tem verificado resulta das obrigações decorrentes do Contrato de Confiança subscrito com o Ministério no ano de 2009, que, apesar dos maiores encargos que acarreta, apenas veio repor os valores correspondentes aos valores do orçamento do ano de 2005.

Assim, será muito difícil reduzir ainda mais em gastos, que já se encontram no limite, que permitem o funciona-mento operacional da Instituição.

ESTRATÉGIA

O contínuo desinvestimento do Estado no ensino superior e a conjuntura atual permitem-nos concluir que, a curto ou médio prazos, não haja aumento de fi-nanciamento em termos de OE. Por outro lado, para o exercício de um ensino superior de qualidade é impor-tante uma maior disponibilidade de recursos financeiros capazes de promover reinvestimentos nas instalações, na manutenção dos edifícios, nas redes e equipamento informático, na aquisição de software, em novos labo-ratórios, na investigação, na formação de docentes, na atualização do acervo bibliográfico, entre outros.

Assim, e sendo certo que muito do investimento referido deveria, no nosso entendimento, ser da res-ponsabilidade do Estado, porque o ensino superior e o conhecimento científico são bens do interesse comum fundamentais para o desenvolvimento das sociedades, também é verdade que as instituições deverão esforçar-se por captar financiamento privativo adicional àquele que resulta do pagamento de propinas e emolumentos da formação dos 1.ºs e 2.ºs ciclos, através de ações de intervenção e da prestação de serviços à comunidade nos vários setores produtivos e sociais. Pugnaremos por apoiar todas as iniciativas, individuais ou coletivas, que no plano institucional visem atingir estes objetivos.

63255 64692 66125 68373 64617

2007 2008 2009 2010 2011

Despesa de funcionamento (milhares de Euros)

1544716790

17297 18622 18692

2007 2008 2009 2010 2011

Receitas Próprias (milhares de Euros)

34 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

EQUILÍBRIO FINANCEIRO

Um outro fator adicional, que pode contribuir para um aumento das receitas próprias, passa pela Associa-ção para Desenvolvimento do IPL (POLITEC I&D), ele-mento decisivo para a dinamização de ações que visem a captação de receita privativa. Nesse sentido, encon-tram-se já em desenvolvimento os mecanismos exigidos à sua criação.

LINHAS DE AÇÃO

Redução da despesa apostando na otimização de procedimentos, sustentada através de concursos globais ou de projetos comuns, aproveitando o fator economia de escala.

Reforço do número de alunos.

Criação de cursos não conferentes de grau acadé-mico (cursos de pós-graduação).

Dinamização de laboratórios de I&D no sentido de obter financiamentos de diferentes instituições, como por exemplo, a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Concretização de ações no âmbito dos protoco-los subscritos com outras instituições de ensino superior, nomeadamente dos países de expressão portuguesa, para o lançamento de ações conjuntas de formação docente.

Criação de cursos não conferentes de grau acadé-mico (cursos de pós-graduação).

Dinamização de laboratórios de I&D no sentido de obter financiamentos de diferentes instituições, como por exemplo, a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Concretização de ações no âmbito dos protoco-los subscritos com outras instituições de ensino superior, nomeadamente dos países de expressão portuguesa, para o lançamento de ações conjuntas de formação docente.

Gestão da qualidade

36 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

GESTÃO DA QUALIDADE

SITUAÇÃO ATUAL

QUANDO HÁ UM ANO a agência propôs que cada ins-tituição de ensino superior desenvolvesse o seu Sistema Interno de Garantia da Qualidade (SIGQ), o IPL assumiu esta matéria como uma prioridade absoluta. Constituiu para o efeito uma comissão, que paulatinamente desen-volveu um trabalho conjuntamente com os grupos cons-tituídos em cada unidade orgânica, que começa a dar os primeiros passos de modo muito positivo para a con-solidação, a curto/médio prazo, de um excelente SIGQ.

Pugnaremos e envidaremos todos os esforços ne-cessários, e este será um objetivo estratégico para nós fundamental, para que este Sistema Interno de Garantia da Qualidade seja acreditado pela agência A3ES. Contudo, importa referir que não basta apenas um bom SIGQ, é preciso tomar medidas sobre certos aspetos menos po-sitivos que afetam algumas das escolas/institutos do IPL.

No âmbito da preocupação do Instituto Politécnico de Lisboa no sentido de melhorar os serviços e pro-mover a qualidade do ensino ministrado nas UO, e ten-do também em conta a resposta à criação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), criada no contexto da criação do espaço europeu do Ensino Superior e na concretização do Processo de Bo-lonha e instituída pelo Estado em 2007, tendo em vista a promoção e a garantia da qualidade do ensino superior, o Instituto Politécnico de Lisboa criou o Departamento de Gestão da Qualidade com o objetivo de formalizar um sistema de gestão de qualidade interno, promovendo um processo de autoavaliação dos serviços e das UO.

Com a criação deste sistema de garantia de quali-dade, o IPL propôs-se incluir os processos de autoava-liação nos seus procedimentos normais de gestão, pro-movendo a participação de todo o universo educativo: docentes, estudantes e funcionários não docentes.

No primeiro relatório apresentado em 2011 destacam-se os resultados do primeiro processo de autoavaliação conjunto realizado no âmbito das UO que constituem o Instituto Politécnico de Lisboa. Esta recolha de informação foi efetuada através da aplicação de questionários aos vários universos (pessoal docente, funcionários e estudantes), de documentos de autoavaliação preenchidos pelos órgãos de gestão de cada Unidade Orgânica e pelos relatórios das vi-sitas efetuadas a cada uma das escolas pelas comissões de

avaliação do IPL. No geral, todos os universos que constitu-íram a amostra avaliaram o funcionamento global das UO de um modo positivo, apesar do universo dos estudantes demonstrar uma menor valorização.

Um aspeto comum a todas as UO identificado neste exercício de autoavaliação foi a fragilidade dos sistemas de informação, foram gerais as queixas sobre a dificul-dade em obter informação sobre o funcionamento das UO, seja a nível académico, seja a nível administrativo. Esta é, pois, uma área a merecer uma atenção prioritária.

Na sequência deste trabalho foi elaborado o regu-lamento de qualidade do IPL que está já em vigor no presente ano letivo e será uma ferramenta essencial não só na gestão da qualidade de todo o IPL como também no apoio à realização dos relatórios de autoa-valiação dos cursos a serem avaliados pela A3ES.

ESTRATÉGIA

Nos próximos anos a A3ES avaliará a totalidade dos cursos de licenciatura e mestrado do IPL. Estamos perante um novo paradigma em que os cursos e, con-sequentemente, as instituições vão ser avaliados, inclu-sive por avaliadores internacionais, e desse resultado dependerá a continuidade ou não do funcionamento do respetivo curso/instituição. Ou seja, trata-se de uma situação, em que a entidade a quem foi conferi-da a competência para avaliar tem simultaneamente o poder discricionário de poder manter ou acabar com o curso/instituição. É, pois, muito importante a conso-lidação do regulamento de qualidade do IPL entretanto aprovado. Só um bom sistema de gestão da qualidade permite a deteção de lacunas no funcionamento das instituições, e em particular dos seus cursos, e a sua rápida correção, tendo deste modo a garantia de um desempenho de excelência que não possa originar re-servas por parte da avaliação da A3ES.

Prioritário para o cumprimento do ponto anterior é a aposta na melhoria dos sistemas de informação do IPL. Sendo que as exigências internacionais ao nível da avaliação das instituições refletem-se não só na quali-dade científica do corpo docente que importa garantir, mas também, e em particular, nos aspetos pedagógi-cos de sucesso escolar dos alunos. Por sua vez, estes

37IPL Plano Quadrienal 2012-2015

GESTÃO DA QUALIDADE

dois campos de avaliação, e em particular o sucesso escolar, têm reflexos muito positivos na aplicação da fórmula de distribuição do orçamento de Estado, re-presentando ganhos diretos elevados. Torna-se, assim, de extrema importância continuar a atuar nos aspetos científicos e pedagógicos de modo a minimizar os fato-res penalizantes. Para isso, importa desenvolver e me-lhorar a base de dados existente, que materialize facil-mente a informação de cada escola e instituto, visando identificar prontamente situações mais anómalas, ou simplesmente, poder evidenciar um normal desempe-nho da instituição.

Mas é também necessário estender estes sistemas a outras áreas como, por exemplo, aos diplomados. A me-lhor forma de poder acompanhar as tendências de em-pregabilidade dos ex-alunos é manter o contacto com estes. Julgamos, aliás, que esta informação pode ser arti-culada em sintonia com a Associação de Antigos Alunos.

O Estatuto da Carreira Docente, D. L. 207/2009 de 31 de agosto e L. 7/2010 de 13 de maio, conjugado com a L. 66B/2007 de 28 de dezembro e 12A/2008 de 27 de fevereiro, veio propor um sistema de avaliação para os professores do ensino superior. O IPL aprovou o regulamento, nas condições previstas na lei, e definiu

um conjunto de regras e critérios a observar nos pro-cessos de avaliação. Esta medida foi já implementada o ano passado relativamente ao quadriénio 2008-2011, importa agora que os CTC das várias unidades orgâ-nicas procedam à definição de um conjunto de aspe-tos que lhes são atribuídos pelo regulamento do IPL e ponham em prática a avaliação para os próximos anos. Esperamos que este sistema de avaliação possa repre-sentar um aumento da qualidade da instituição, quer na componente pedagógica, quer na componente científi-ca, que será naturalmente gerada pela competitividade entre pares.

LINHAS DE AÇÃO

Implementação do regulamento de qualidade do IPL, em particular promovendo anualmente a análise e discussão dos resultados obtidos.

Apoio às UO na elaboração dos relatórios ne-cessários ao processos de acreditação das licenciaturas e mestrados a decorrer nos próximos anos.

Melhoria dos sistemas de informação no IPL.

Áreas Transversais

39IPL Plano Quadrienal 2012-2015

ÁREAS TRANSVERSAISSERVIÇOS DA PRESIDÊNCIA

SITUAÇÃO ATUAL

OS NOVOS ESTATUTOS DO IPL, aprovados pelo Des-pacho Normativo nº 20/2009 de 21/05, determinam que os Serviços da Presidência têm por objeto atividades de apoio aos órgãos do Instituto e ao conjunto da instituição no que respeita à conceção, coordenação e implementação de funções comuns e de projetos transversais às diversas UO (art. 37.º), devendo acautelar diversas áreas, das quais se destacam as de assessoria jurídica, gestão académica, re-cursos humanos, gestão financeira e comunicação.

Os serviços da presidência do Instituto Politécnico de Lisboa mantêm desde 2007 a certificação internacional de qualidade da norma ISO 9001-2000. No ano de 2010 foi aprovada a extensão desta certificação para os SAS. Em 2011 foi renovada a certificação até 2012. Pretendemos, progressivamente, estender a aplicação destas normas de qualidade às escolas e institutos do IPL, porque considera-mos importante a normalização dos procedimentos que se traduzem num aumento da qualidade de resposta dos serviços administrativos.

Com as funções atuais desempenhadas por estes ser-viços e pelas competências adquiridas ao longo dos últi-mos anos, podem-se acrescentar as áreas de aprovisio-namento (concursos para a aquisição de bens e serviços e empreitadas) e de informática, no que diz respeito às aplicações de gestão, e à infraestrutura de rede e comu-nicações.

ESTRATÉGIA

Os Serviços da Presidência têm como objetivo princi-pal proporcionar às UO do Instituto o apoio generalizado às suas atividades tendo em vista a melhoria contínua, o constante aperfeiçoamento, a modernização da sua estru-tura administrativa, com o objetivo de assegurar o nível de satisfação adequado da população servida, nomeada-mente mantendo a certificação do Sistema de Qualidade ISO 900: 2008

Uma das áreas a melhorar prende-se com a diminui-ção do tempo de resposta às solicitações das Unidades Orgânicas. Assegurando a qualidade destas respostas, pretende-se minimizar o tempo que medeia entre a so-licitação da UO e os Serviços da Presidência, nomeada-mente nas áreas de recursos humanos, seleção e recruta-mento de colaboradores, consultoria legal e jurídica e na área do aprovisionamento. Uma ferramenta importante para esta meta será o desenvolvimento do Sistema de Gestão Documental, que permitirá criar um maior nú-mero de fluxos de trabalho padronizados. Este sistema

- iPortalDoc - está já numa fase de utilização consolidada, pretendendo-se explorar ao máximo as suas potenciali-dades no sentido da desmaterialização dos processos e na agilização dos tempos de decisão.

Esta aposta nos sistemas de informação tem sido uma ajuda imprescindível no aumento de produtividade dos vá-rios serviços, permitindo atenuar as dificuldades sentidas com o reduzido número de funcionários. O IPL tem hoje um número de funcionários em efetividade de funções que representa apenas cerca de 54% dos rácios indicadores es-tabelecidos para o ensino superior, e esta realidade tem sido difícil de contrariar face às restrições de colocação de funcionários verificada nos últimos anos. Contudo, falta, e é urgente fazê-lo, satisfazer um conjunto de solicitações de forma sistematizada em todas as unidades orgânicas por via online, como são, por exemplo, pedidos de certidões e certificados, resposta a requerimentos, pagamento de emolumentos, emissão de recibos e demais documentos emitidos pelos serviços, bem como entrega de documen-tação por parte dos alunos.

Numa ótica de racionalização de recursos e tendo em conta a centralização da gestão orçamental de sete das oito escolas do IPL nos Serviços da Presidência, manter-se-á a política de concursos globais de aquisição de bens e serviços em áreas comuns e transversais a estas unida-des orgânicas, dado que esta é uma peça fundamental na estratégia de redução de custos necessária à manutenção da sustentabilidade económica do IPL no seu todo. Assim, está prevista a abertura de procedimentos concursais em diversas áreas comuns a várias UO como, por exemplo, os seguros escolares, assistência técnica diversa, manutenção de viaturas, serviços de advocacia, fornecimento de ener-gia, consumíveis de impressão, entre outros.

O recente modelo de avaliação de desempenho dos fun-cionários, vulgo SIADAP, trouxe alterações profundas, nome-adamente para a própria progressão de carreira. Este novo regulamento, cujo princípio se centra na avaliação face à ca-pacidade de desempenho profissional do funcionário, obriga a uma forte componente de formação, objetivando-a para a especialização. Nesse sentido, e também porque a formação é um fator fundamental na modernização administrativa e na melhoria da produtividade dos colaboradores, continua-remos a fazer uma aposta permanente na formação técnica dos funcionários de modo a facilitar a valorização na carrei-ra, dando-lhes ferramentas para o desenvolvimento de capa-cidades que permitam um exercício de melhor desempenho profissional. Contudo, iremos fomentar e privilegiar o for-mador interno, valorizando-o também nessa competência.

40 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

ÁREAS TRANSVERSAISSERVIÇOS DA PRESIDÊNCIA

Ao nível das redes informáticas do IPL pretende-se con-tinuar com a reestruturação, permitindo incluir o pólo de Entrecampos/ISCAL, atualmente servido por uma ligação de características muito baixas, bem como a adequação à nova estrutura desejada pela presidência do IPL, de plenas condições para o suporte de serviços a partir do centro de dados de Benfica.

Será ainda implantada uma rede nível 2 de ligação en-tre pólos permitindo, sobre a rede contratada a operado-res, conseguir estabelecer redes virtuais que possibilitem a disponibilização das redes locais de qualquer pólo em qualquer outro pólo, contribuindo para uma redução de custos a médio prazo, já que alguns pólos deixaram de ter necessidade de determinados equipamentos que poderão ser suportados remotamente, bem como uma simplifica-ção significativa da rede nível 3. Instalação e reconfigura-ção do cluster de virtualização (VMWare) central com a adição de uma unidade de armazenamento adicional que garanta a continuidade de operação em caso de falha da unidade atualmente existente. Este sistema encontra-se atualmente sem contrato de manutenção e com diversos componentes críticos não redundantes, a sua falha signifi-caria a paragem de mais de 90% dos sistemas de suporte à Internet/Intranet do IPL.

Ao nível das UO continuar-se-á a fazer a reestrutura-ção das suas redes passivas que atualmente se encontram em elevado estado de degradação com impacto significa-tivo na operação das mesmas. Este processo já foi inicia-do no ano passado, mas dada a dimensão e limitação de recursos humanos tem sido realizado de forma faseada.

Em termos dos serviços financeiros serão consoli-dados diversos procedimentos atualmente em imple-mentação, como é o caso do processo de interface entre a aplicação SIGES e o sistema ePública (gestão financeira e orçamental) que permitirá o registo das receitas académicas de uma forma mais célere, ou o desenvolvimento de um procedimento de contratação de serviços para a inventariação exaustiva do patrimó-nio das unidades orgânicas que integram o orçamento do Instituto no sentido de sanar as sucessivas reservas sobre esta matéria levantadas pelas entidades reviso-ras e fiscalizadoras das contas do Instituto.

Pretende-se ainda afetar técnicos integralmente para efetuar o trabalho cadastro e inventário dos bens móveis e imóveis do IPL, área com enorme peso no balanço do Instituto;

É objetivo do Instituto Politécnico de Lisboa criar o Gabinete de controlo interno, no seguimento de recomen-

dações feitas no âmbito de auditorias internas e externas realizadas aos serviços administrativos e financeiros, com o objetivo de dotar os Serviços da Presidência de uma enti-dade de fiscalização interna dos processos e procedimentos das diversas áreas de intervenção destes serviços de forma a reforçar a segurança na tomada de decisões e apontar so-luções com vista à melhoria contínua dos processos.

LINHAS DE AÇÃO

Identificação de áreas comuns às várias UO onde a abertura de concursos possa contribuir para uma redução de custos.

Implementação da utilização de novas aplicações informáticas na área administrativa, ao nível de gestão de documentos, de recursos humanos e recursos académicos.

Reestruturação da rede entre pólos do IPL de for-ma a incluir o pólo de Entrecampos/ISCAL, a instalação do centro de dados e comunicação de Benfica.

Melhoramentos na rede, implantação da rede ní-vel 2 de ligação entre pólos e instalação e reconfigura-ção do cluster de virtualização (VMWare) central.

Reestruturação das redes passivas de algumas es-colas e serviços.

Ao nível da formação do pessoal não docente manter planos de formação que garantam a melhoria profissional dos funcionários.

Consolidação de procedimentos em implementa-ção, processo de interface entre a aplicação SIGES e o sistema ePública, mudança de aplicação financeira para a plataforma SAP; contratação de serviços para a inventa-riação exaustiva do património das unidades orgânicas.

41IPL Plano Quadrienal 2012-2015

ÁREAS TRANSVERSAISCOMUNICAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL

O Gabinete de Comunicação e Imagem do IPL tem de-senvolvido um trabalho meritório na divulgação e projeção da imagem das unidades orgânicas e do IPL, tanto no plano interno, como no plano externo. Esta divulgação centra-se em duas vertentes distintas:

1. informação identitária e institucional da comunida-de IPL, veiculada através da revista Politecnia e do boletim informativo News Letter

2. divulgação científica, através da coleção “Caminhos do Conhecimento” (respeitante à edição de livros, normalmente teses de doutoramento), e da Alicer-ces - Revista de Investigação, Ciência e Tecnologia - para divulgação de artigos científicos.

A revista Politecnia, de edição trimestral, tem 25 núme-ros editados e uma tiragem de 4.000 exemplares. A divulga-ção é feita não só internamente como também por diver-sas entidades externas, seja ao nível governamental como, por exemplo, a Presidência da República, Primeiro-ministro, gabinetes ministeriais, Assembleia da República envolvendo presidentes da Assembleia e das comissões parlamentares, deputados e Autarquias, seja ao nível académico para as di-versas instituições de ensino superior e serviços. A News Letter tem uma produção mensal e a divulgação é feita, via online, fundamentalmente para a comunidade IPL.

ESTRATÉGIA

A um nível interno é importante reforçar a identidade do IPL, para tal é essencial a qualidade das ferramentas de comunicação interna. Nesse sentido, há que não só manter a periodicidade da “Politecnia” e da Newsletter, como tam-bém melhorá-las e estimular a participação da comunidade do IPL na produção dos conteúdos.

Uma outra ferramenta de comunicação que merecerá a atenção será o sítio do IPL na Internet. Este será renovado no sentido de apresentar uma nova configuração, mais fun-cional e interativa para o utilizador, com conteúdos orien-tados para os públicos-alvo. Sendo também reformulada a sua estrutura de navegação, criando menus e links atrativos, relevantes e acessíveis ao utilizador, com ênfase na acessibi-lidade, para que os visitantes do sítio do IPL encontrem as informações de forma rápida. Outra preocupação é a otimi-zação do respetivo sítio para obter um bom posicionamento no motor de busca Google.

Esta mudança integrar-se-á numa medida mais vasta que tem a ver com a reformulação da comunicação e imagem

externas do IPL, sendo também implementado um novo lo-gótipo do IPL. O objetivo é criar uma nova identidade visual, que mantendo a identificação com a cidade de Lisboa, seja mais apelativa, e cujo enquadramento gráfico seja fácil nos vários ambientes onde vai ser inserido.

Os meios de comunicação são ferramentas importantes que precisamos de saber usar para a criação de comunidades simbólicas e projeção da identidade das instituições na socie-dade contemporânea. Deste modo, importa que essa informa-ção e imagem se pautem pelo reconhecimento da qualidade do ensino e por fatores que se prendam com a adequação dos planos de estudo ao mercado de trabalho, às vocações e outros aspetos relacionados com a cultura das UO. Numa so-ciedade saturada pela informação, onde, todavia, a informação de qualidade e a escolha estratégica de públicos-alvo estabe-lecem a diferença, consideramos que esta matéria é da maior relevância e, por isso, queremos melhorar os meios e ações de comunicação do IPL.

Divulgação da inclusão de trabalhos no repositório do IPL no Repositório nacional – é imperativo que as atividades da co-munidade académica do IPL tenham maior visibilidade e sejam incluídas no Repositório Científico de acesso aberto de Portu-gal. O GCI vai divulgar, através do sítio do IPL e da newsletter.

LINHAS DE AÇÃO

Manter a periodicidade das várias publicações do IPL.

Dinamização da participação de candidatos do IPL no concurso de ideias Poliempreende.

Renovação do sítio na internet do IPL.

Desenvolvimento do processo de arquivo do conside-rável acervo de imagens já existente, resultado de reporta-gens efetuadas.

Coordenação, recolha, tratamento, edição, conceção gráfica e paginação dos conteúdos dos Plano e Relatório de Atividades.

Elaboração e distribuição de comunicados de imprensa sobre o IPL para publicação nos Media, utilizando uma base de dados que inclua os principais órgãos de comunicação social.

Fomento da relação entre jornalistas e elementos do gabinete, no sentido da comunicação com os Media ser mais fluida e eficaz.

Divulgação da inclusão de trabalhos no repositório do IPL no Repositório nacional.

42 IPL Plano Quadrienal 2012-2015

ÁREAS TRANSVERSAISSERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL

SITUAÇÃO ATUAL

OS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL (SAS) do IPL atuam nas áreas da alimentação, bolsas de estudo, residência e apoio psicológico. Esta estrutura de enorme relevância no apoio aos estudantes tem-se revelado de uma enor-me eficácia face aos recursos financeiros de que dispõe, quando comparada com outros serviços da mesma natu-reza de outras instituições de ensino superior.

Os SAS estão certificados de acordo com a norma NP EN ISO9001:2000, desde 2011. Esta certificação tem-se traduzido em ganhos gestionários muito positivos com reflexos na qualidade dos serviços prestados.

ESTRATÉGIA

Pretendemos manter o nível de eficácia nas acções que os SAS já desenvolvem e, apesar dos constrangi-mentos financeiros, queremos também melhorar o apoio dos SAS às actividades culturais e recreativas dos estudantes. Há que fazer uma aposta clara na benefi-ciação das instalações. Esta beneficiação passa, não só, por reparar anomalias existentes e identificadas e por implementar soluções que, do ponto de vista legal, são exigidas para o desenvolvimento das actividades prosse-guidas pelos SAS-IPL, como também por inovações em algumas áreas, como, por exemplo, a pesquisa de meios de financiamento autónomos, a fundo perdido, que per-mitam implementar projectos de beneficiação energéti-ca das unidades exploradas pelos SAS-IPL.

Serão consolidados os sistemas on-line em funciona-mento nos SAS, nomeadamente os implementados pela tutela. Esta facilidade constitui um importante passo no ca-minho da desmaterialização, o que melhorará a qualidade do serviço, não só pelo conforto que oferece aos utentes, como também, pela redução significativa da possibilidade de erros de processamento.

Gostaríamos que a representação dos estudantes no Conselho de Ação Social (CAS) fosse mais efectiva, ao contrário do que tem sucedido, para que possam defender os interesses dos alunos e intervir na procu-ra de soluções, nomeadamente ao nível dos aspectos relacionados com as refeições e a residência. Julgamos que a constituição da Federação das Associações do IPL (FAIPL) poderá, nesta matéria, dar uma resposta mais eficaz na nomeação dos representantes dos alu-nos para o CAS.

Outro aspecto relevante a ser desenvolvido será a criação do “Observatório para Aplicação das Políticas de Acção Social”. De facto, precisamos de ter disponí-veis em permanência dados informativos sustentados por informação estatística, que permitam tomar op-ções adequadas no apoio complementar aos alunos. Este aspecto é muito relevante, se atendermos ao mo-mento económico e financeiro que vivemos e às impli-cações negativas que essa realidade pode induzir em alguns grupos sociais.

LINHAS DE AÇÃO

Consolidação dos sistemas on-line em funcionamento.

Realização de benfeitorias nas unidades alimentares exploradas pelos Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Lisboa e na residência Maria Beatriz.

Apoio a actividades de índole cultural em colaboração com as Associações de Estudantes.

Realização de auditorias de higiene em todas as uni-dades alimentares.

Criação do observatório do estudante.

GLOSSÁRIO

RJIES: Regime Jurídico das insti-tuições de ensino superior

RCAAP: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal

R

I&D: Investigação e Desenvolvi-mento

IAPMEI: Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação

IPL: Instituto Politécnico de Lisboa

ISCAL: Instituição Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa

ISEL: Instituição Superior de Engenharia de Lisboa

I

MCTES: Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior

ME: Ministério da Educação

M

OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

OE: Orçamento de Estado

O

PROTEC: Programa de apoio à formação avançada de docentes do ensino politécnico

P

QUAR: Quadro de avaliação e responsabilização

Q

UE: União Europeia

UMIC: Agência para a Sociedade do Conhecimento

UO: Unidade Orgânica

U

SAS: Serviços de Acção Social

SGQ: Serviços de Gestão de Qualidade

SHST: Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

SIADAP: Sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Avaliação Pública

SWOT: Strenghts Weaknesses, opportunities, threats

SA3ES: Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

A

CAS: Conselho de Acção Social

CET’s: Cursos de Especialização Tecnológica

CGA: Caixa Geral de Aposentação

CNE: Conselho Nacional da Educação

CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

C

ECPDESP: Estatuto da carreira do pessoal docente do ensino superior politécnico

EGEAC: Empresa municipal responsável pela gestão de equipamentos e animação cultural

ESCS: Escola Superior de Comunicação Social

ESD: Escola Superior de Dança

ESELx: Escola Superior de Educação de Lisboa

ESML: Escola Superior de Música de Lisboa

ESTC: Escola Superior de Teatro e Cinema

ESTeSL: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

ETI: Equivalente a tempo integral

E

GCI: Gabinete de Comunicação e Imagem

GAQ: Gabinete de Apoio à Qualidade

G

FAIPL: Federação das Associações do IPL

F

INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOAConcepção Gráfica e Paginação: Gabinete de Comunicação e Imagem do IPL

MAIO 2012