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Projeto Transmissão PPP em Meio Eletrônico 1. Propósito Desenvolver sistemas corporativos para o envio do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP em meio eletrônico para a Previdência Social, criando banco de dados corporativos e mecanismos de geração e acesso às informações, de modo integrado aos sistemas já existentes. 2. Justificativa Como fazer com que o Estado tenha informações precisas sobre os resultados dos programas de segurança e saúde de todas as empresas em seu território, possibilitando, assim, estratégias efetivas de ação? Como o Estado pode garantir a tutela da segurança e da saúde de cada trabalhador, individualmente, se seus recursos são limitados? Uma das grandes dificuldades existentes é a incapacidade do Estado em abranger todas as empresas e seus estabelecimentos, por mais que seja ampliado o quadro de auditores fiscais e de outros agentes públicos. Os programas de segurança e saúde do trabalho das empresas, bem como seus resultados, são verdadeiras “caixas-pretas”, que o Estado não consegue alcançar. A doença que acomete ao trabalhador não consegue ser rastreada, impossibilitando identificar sua causa e seu responsável. Com isso, o custo decorrente da negligência é repartido por toda a sociedade, indevidamente, por meio da Previdência Social.

PPP e NSS Em Meio Eletrônico

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Projeto Transmissão PPP em Meio Eletrônico 1. Propósito

Desenvolver sistemas corporativos para o envio do Perfil Profissiográfico Previdenciário –

PPP em meio eletrônico para a Previdência Social, criando banco de dados corporativos e

mecanismos de geração e acesso às informações, de modo integrado aos sistemas já

existentes.

2. Justificativa

Como fazer com que o Estado tenha informações precisas sobre os resultados dos

programas de segurança e saúde de todas as empresas em seu território, possibilitando,

assim, estratégias efetivas de ação? Como o Estado pode garantir a tutela da segurança e

da saúde de cada trabalhador, individualmente, se seus recursos são limitados?

Uma das grandes dificuldades existentes é a incapacidade do Estado em abranger todas as

empresas e seus estabelecimentos, por mais que seja ampliado o quadro de auditores

fiscais e de outros agentes públicos. Os programas de segurança e saúde do trabalho das

empresas, bem como seus resultados, são verdadeiras “caixas-pretas”, que o Estado não

consegue alcançar. A doença que acomete ao trabalhador não consegue ser rastreada,

impossibilitando identificar sua causa e seu responsável. Com isso, o custo decorrente da

negligência é repartido por toda a sociedade, indevidamente, por meio da Previdência Social.

Por sua vez, as empresas, conhecedoras das limitações estatais, constroem falsos cenários,

camuflando a verdadeira situação da segurança e saúde nos seus ambientes de trabalho,

com intuito de se eximir de suas responsabilidades.

Observa-se um crescente número dos benefícios por incapacidade, pagos pela Previdência

Social. Uma grande parcela desses é decorrente de acidente de trabalho, embora não sejam

reconhecidos como ocupacionais.

O não reconhecimento de um benefício como ocupacional, por meio do não registro da

Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, acarreta na perda de diversos direitos por

parte do trabalhador. Entre eles, podemos destacar a perda da estabilidade no emprego –

que vai de 12 (doze) meses até 5 (cinco) anos para os acidentes reconhecidamente

ocupacionais.

Embora, nesses casos, a Previdência Social ampare o trabalhador com o pagamento de um

benefício por incapacidade, como, por exemplo, o auxílio-doença, o trabalhador é demitido

quando volta ao trabalho, pois a empresa não quer manter em seu quadro de pessoal a

prova viva do crime. Dificilmente, esse trabalhador demitido conseguirá novo emprego.

Uma das soluções adotadas no Brasil, dentro de uma nova política em Segurança e Saúde

do Trabalho – SST, é similar à utilizada para a gestão patrimonial: tornar obrigatória a

prestação de informações relativas à saúde e segurança do trabalhador, por meio de um

documento, transmitido em meio eletrônico, que dará origem a um grande banco de dados.

Ainda que sejam prestadas informações falsas nesse documento, o Estado poderá cruzar

estas informações, gerando indicadores de má gestão das empresas em SST e direcionando

as ações do Estado, similarmente à chamada “malha-fina” fiscal, utilizada pela Receita

Federal.

Com esse intuito, o Brasil criou o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP: um documento

histórico-laboral do trabalhador, elaborado pela empresa ou equiparado à empresa durante

seu contrato de trabalho. Reúne, cronologicamente por período, informações administrativas,

ambientais e biológicas, já preexistentes nos documentos da empresa, de forma

individualizada, por trabalhador.

A maioria das informações existentes nesses documentos primários, que estão dispersos

por diversos setores da empresa, é registrada de forma coletiva e reflete somente um

determinado período de tempo. O PPP coleta, organiza e individualiza essas informações,

registrando o “filme” e não somente a “fotografia” da vida laboral do trabalhador, uma vez

que não se limita somente a determinado limite de tempo.

Embora instituído desde Outubro de 1996 pela Medida Provisória n° 1.523, de 11 de outubro

de 1996, teve seu primeiro formato definido apenas com a Instrução Normativa – IN

INSS/DC n° 78, de 16 de julho de 2002.

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Ainda assim, a legislação permitia a substituição do PPP pelos antigos formulários de

requerimento da aposentadoria especial: SB-40, DISES BE 5235 e DSS-8030. Em regra, as

empresas optavam pelos formulários em detrimento da elaboração do PPP.

A partir de Janeiro de 2004, com a perda da eficácia dos antigos formulários, determinada

pela IN-INSS/DC n° 99, de 5 de dezembro de 2003, o PPP passou a ser efetivamente

exigido das empresas. Por ter um conteúdo mais completo, o PPP passou a substituir, por

sua vez, os antigos formulários de requerimento da aposentadoria especial.

Em sua primeira fase de implantação, o PPP está sendo exigido em meio papel, no formato

publicado pela IN-INSS/DC n° 99, de 2003, e apenas para os trabalhadores expostos a

fatores de risco ambientais contemplados pela aposentadoria especial, ainda que não haja

as condições que dão direito a esse benefício.

Em uma fase posterior, proposta deste projeto, ele será elaborado e transmitido à

Previdência Social em meio eletrônico e sua exigência será estendida para todos os

trabalhadores, incluindo também as informações relacionadas aos fatores de riscos

ergonômicos e mecânicos.

3. Benefícios do Projeto

3.1 Permitir a análise holística do indivíduo, quando da investigação epidemiológica, na avaliação médico-pericial dos benefícios por incapacidade e da aposentadoria especial, ou no atendimento do segurado pelo Sistema Único de Saúde – SUS, entre outros.

3.2 Instrumentalizar a justiça social, no campo da saúde e segurança do trabalhador, a partir do controle social pelas empresas, pelos trabalhadores e pelos sindicatos, por meio da disponibilização dos dados do PPP em meio eletrônico.

3.3 Possibilitar ações públicas da União, Estados e Municípios integradas e descentralizadas com maior efetividade, no âmbito da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador – PNSST, dentro de um planejamento estratégico, a partir de alvos definidos, entre outros, por indicadores extraídos da base de dados relativa ao PPP, selecionando as empresas-alvo por segmento econômico.

3.4 Possibilitar o desenvolvimento de políticas de saúde coletiva, de vigilância sanitária e epidemiológica, a partir de indicadores extraídos da base de dados relativa ao PPP.

3.5 Diminuir a burocracia, tanto para a empresa, quanto para a Previdência Social, com a condensação de todas as informações necessárias transmitidas em meio eletrônico, possibilitando maior brevidade no deferimento dos benefícios e assegurando maior confiabilidade e eficácia aos procedimentos já existentes.

4. Objetivos Gerais

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4.1 Rever o atual formato atribuído ao PPP pela IN-INSS/DC n° 99, de 2003, com a avaliação da necessidade de criação de mais de um formato, bem como de modelos completo e simplificado, considerando:

os diversos segmentos de empresas existentes; os diversos tipos de segurados existentes; a extensão de sua exigência para todos os trabalhadores; a inclusão dos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos; a automatização de sua transmissão; os aspectos jurídicos relacionados; as diretrizes aprovadas pela PNSST.

4.2 Determinar a forma e a periodicidade de transmissão do PPP, considerando a possibilidade ou não de sua incorporação pela Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP.

4.3 Especificar o projeto lógico de transmissão do PPP, observando:

sua implementação de modo gradativo, por meio da separação de fases; sua integração com os demais sistemas e projetos da Previdência Social; a identificação de suas interfaces; a construção de mecanismos de acesso e geração de informações, tanto

interna como externamente; os aspectos jurídicos relacionados; as diretrizes aprovadas pela PNSST.

5. Objetivos Específicos

4.1 Realizar levantamento das necessidades para implementação e implantação da transmissão do PPP em meio eletrônico;

4.2 Efetuar planejamento referente ao gerenciamento e à implantação da solução.

4.3 Executar o projeto em conformidade com 4.3

6. Metas

5.1 Realizar levantamento das necessidades para implementação e implantação do PPP em meio eletrônico até 30 de junho de 2005.

5.2 Efetuar planejamento referente ao gerenciamento, à construção, à implementação e à implantação da solução até 31 de julho de 2005.

5.3 Apresentar a especificação do projeto lógico até 31 de julho de 2006.

7. Restrições

As definições do item 4.1 deverão ser submetidas à aprovação do Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS ou aos representantes que ele subdelegar.

A equipe responsável pela GFIP deverá ser envolvida para especificação do item 4.2,

A evolução do projeto deverá ser submetida ao CNPS para avaliação.

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8. Premissas

Alimentação dos dados do PPP no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).

Integração com demais sistemas e projetos da Previdência Social. Desenvolvimento de módulos de acesso e de geração de informações internas

e externas; Assessoria no desenvolvimento dos fluxos de informações e procedimentos

pela Assessoria de Pesquisas Estratégicas da Secretaria Executiva – APE/SE e da Auditoria Geral do INSS – AGE/INSS.

Orientação e Acompanhamento do projeto pelo Departamento de Tecnologia e Informações – DTI/xxx.

Avaliação dos riscos corporativos do projeto pela Assessoria de Gerenciamento de Riscos da Secretaria Executiva – AGR/SE.

Emissão de Portaria MPS constituindo o(s) grupo(s) de trabalho para execução dos itens 4.1, 4.2 e 4.3.

Emissão de Resolução CNPS para aprovação do item 4.1. Publicação de Instrução Normativa INSS/SRP com o(s) novo(s) formato(s) do

PPP aprovado(s) pelo CNPS.

9. Detalhamento dos Recursos Necessários

9.1 Humanos

9.2 Orçamento

Há recurso orçado?Para o os itens 4.1 e 4.2 Para o os itens 4.3

Valor: a definir a definirOrigem: [ x ] Próprio - SPS

[ ] Externo[ ] Outro

[ ] Próprio - SPS[ ] Externo[ ] Outro

10. Regras de responsabilidade a serem cumpridas

10.1 Pelo Órgão Proponente – SPS e SE

Item DescriçãoA Informar sobre todas as iniciativas em andamento que possam ter relação com o

projeto, para fins de alinhamento.B Validar os produtos dentro dos prazos acordados por meio de termo de aceite dos

produtos, a fim de não provocar impactos na seqüência dos trabalhos.

Item Quantidade Descrição1 03 Auditores Fiscais da Previdencia Social – SRP2 02 Servidores da área de benefícios – INSS 3 01 Procurador Federal Especializado – AGU/INSS4 01 Consultor Jurídico – SE5 01 AGR6 01 APE7 01 AGE8 10 Analistas de Sistemas – DATAPREV9 01 SPS (Gerência do Projeto)10 01 DTI (Orientação e Acompanhamento do Projeto)

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C Disponibilizar acesso a instalações, documentos, informações e pessoas conforme solicitações da equipe do projeto, desde que obedecidos os prazos e critérios previamente estipulados.

D Disponibilizar os recursos para o projeto pelos quais seja direta ou indiretamente responsável.

E Assinar Termo de Aceite Final do projeto em até três dias úteis após sua entrega.F Acompanhar todo o desenvolvimento do produto, contribuindo com críticas ou

sugestões, através da documentação disponibilizada pelas equipes de gerência e execução.

10.2 Pelo Gerenciamento em Projetos – SPS

10.3 Pela Área Executora(SRP, DIRBEN-INSS, PFE-INSS, CJ, AGR, APE, AGE,

DATAPREV, SPS e DTI) 

Item DescriçãoA Apresentar toda a equipe do projeto e eventuais colaboradores ao proponente do projeto,

a fim de credenciá-los para acesso a instalações e informações.B Apresentar os produtos com a qualidade e nos prazos acordados.C Alertar sobre os impactos no projeto das eventuais alterações de escopo ou de eventos

de caso fortuito, força maior ou equívocos de estimativas, principalmente em termos de prazos e recursos.

D Manter atualizada e disponível toda a documentação do projeto para acompanhamento e participação da gerência de projeto e da equipe de execução.

E Apresentar fatura dos serviços realizados até dia 15 do mês subseqüente à prestação dos serviços que devem constar do plano de trabalho previamente aprovado pelo Gerente do Projeto.

Responsáveis pelo ProjetoÓrgão Proponente:

1) Patrocinador: Helmut Schwarzer – MPS/SPS ; Lieda Amaral de Souza – MPS/SE2) Facilitador(a): Geraldo Almir Arruda – SPS/DRGPS; Sérgio Ricardo Prates – SE/DTI

Item DescriçãoA Apresentar periodicamente relatório de status do projeto.B Entregar o termo de aceite de produtos na entrega de cada produto previsto no projeto.C Solicitar a assinatura do Termo de Aceite Final do Projeto, após este ter sido considerado

concluído.D Atualizar o plano de projeto.E Gerenciar a atualização e divulgação de toda a documentação do projeto para

acompanhamento e participação da gerência do projeto e da equipe de execução.F Proceder à liberação dos pagamentos dos serviços realizados conforme plano de trabalho

elaborado pela Dataprev e previamente aprovado pelo Gerente de Projetos.

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Área Executora: 1) Gerente do Projeto Kátia Viana Coelho de Souza – SPS/CGEP2) Suplente Geraldo Almir Arruda – SPS/DRGPS

Nada mais havendo a ressaltar, declaramos que concordamos com Proposição de Projeto supra especificada.

Brasília, 15 de junho de 2005

Helmut Schwarzer Lieda Amaral de Souza

Patrocinadores

Geraldo Almir Arruda Sérgio Ricardo Prates

Facilitadores

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