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1 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS I IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ............................................................................... 4 1. Quadro de identificação dos funcionários ......................................................................................... 5 2. Quadro de organização das modalidades .......................................................................................... 7 3. Histórico da Unidade Escolar ............................................................................................................ 8 4. Biografia do Patrono ....................................................................................................................... 10 II CONCEPÇÃO: Escola/criança/ pedagógica ................................................................................ 11 III ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016 ................................................................................................................................... 15 IV CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA .................................................................................................................................................. 26 1. Caracterização da comunidade ....................................................................................................... 26 2. Comunidade escolar ................................................................................................................... 30 2.1 Caracterização ............................................................................................................................. 30 2.2 Plano de ação para a comunidade escolar ................................................................................... 34 2.3 Avaliação .................................................................................................................................... 35 3. Equipe escolar ................................................................................................................................. 36 3.1 Professores ................................................................................................................................... 36 3.1.1 Caracterização ............................................................................................................................... 36 3.1.2 Plano de formação para os professores ......................................................................................... 39 3.1.3 Avaliação do Plano de formação .................................................................................................. 41 3.2 Auxiliares em Educação .............................................................................................................. 41 3.2.1 Caracterização ..................................................................................................................... 41 3.2.2 Plano de formação para os auxiliares .................................................................................. 42 3.2.3 Avaliação do Plano de Formação ......................................................................................... 43 3.3 Funcionários ................................................................................................................................ 43

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ............................................................................... 4

1. Quadro de identificação dos funcionários ......................................................................................... 5

2. Quadro de organização das modalidades .......................................................................................... 7

3. Histórico da Unidade Escolar ............................................................................................................ 8

4. Biografia do Patrono ....................................................................................................................... 10

II – CONCEPÇÃO: Escola/criança/ pedagógica ................................................................................ 11

III – ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR

NO ANO DE 2016 ................................................................................................................................... 15

IV – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA

ESCOLA .................................................................................................................................................. 26

1. Caracterização da comunidade ....................................................................................................... 26

2. Comunidade escolar ................................................................................................................... 30

2.1 Caracterização ............................................................................................................................. 30

2.2 Plano de ação para a comunidade escolar ................................................................................... 34

2.3 Avaliação .................................................................................................................................... 35

3. Equipe escolar ................................................................................................................................. 36

3.1 Professores ................................................................................................................................... 36

3.1.1 Caracterização ............................................................................................................................... 36

3.1.2 Plano de formação para os professores ......................................................................................... 39

3.1.3 Avaliação do Plano de formação .................................................................................................. 41

3.2 Auxiliares em Educação .............................................................................................................. 41

3.2.1 Caracterização ..................................................................................................................... 41

3.2.2 Plano de formação para os auxiliares .................................................................................. 42

3.2.3 Avaliação do Plano de Formação ......................................................................................... 43

3.3 Funcionários ................................................................................................................................ 43

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3.3.1 Caracterização ............................................................................................................................... 43

3.3.2 Plano de formação para funcionários ........................................................................................... 44

3.3.3 Avaliação do Plano de formação .................................................................................................. 45

4. Conselhos ........................................................................................................................................ 46

4.1 Conselhos de Escola .................................................................................................................... 46

4.1.1 Caracterização do Conselho de Escola ................................................................................ 46

4.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola ................................................................................ 47

4.1.3 Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola .......................................................... 48

5. Associação de Pais e Mestres .......................................................................................................... 49

5.1 Caracterização ............................................................................................................................. 49

5.2 Plano de Ação da APM ............................................................................................................... 49

5.3 Avaliação .................................................................................................................................... 50

V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ................... 51

1. Objetivos ......................................................................................................................................... 51

2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos ........................................................................... 51

2.1 Linguagem oral e escrita ................................................................................................................... 54

2.2 Linguagem matemática .................................................................................................................... 61

2.3 Movimento e suas expressões .......................................................................................................... 68

2.4 Ciências e Educação Ambiental ...................................................................................................... 70

2.5 Expressões artísticas ........................................................................................................................ 71

2.6 Brincar ............................................................................................................................................. 77

3. Rotina ............................................................................................................................................. 80

3.1 Organização dos tempos e espaços pedagógicos ........................................................................ 80

3.1.1 Atividades / Projetos (modalidades organizativas) ............................................................. 80

3.1.2 Organização dos agrupamentos (criança-criança) ............................................................... 81

3.1.3 Período de adaptação/ Acolhida .......................................................................................... 82

3.1.4 Hora da história ................................................................................................................... 85

3.1.5 Brincadeiras livres supervisionadas e dirigidas ................................................................... 88

3.1.6 Alimentação ........................................................................................................................ 92

3.1.7 Higiene / escovação ............................................................................................................. 93

3.1.8 Construção da rotina do dia ................................................................................................. 96

3.1.9 Calendário ............................................................................................................................ 97

3.1.10 Rodas (conversa, apreciação, música, avaliação) ............................................................. 97

3.1.11 Circuito ............................................................................................................................... 98

3.1.12 Atividade coletiva .............................................................................................................. 99

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3.1.13 Estudo do meio ................................................................................................................. 100

3.1.14 Atendimento a diversidade ............................................................................................... 101

3.2 Organização de tempos e espaços institucional ......................................................................... 105

3.2.1 Atendimento às famílias ..................................................................................................... 105

3.2.2 Participação da comunidade em atividades pedagógicas ................................................... 105

3.2.3 Reunião com pais ............................................................................................................... 106

3.2.4 Entrevista ............................................................................................................................ 108

3.2.5 Horários: entrada e saída ................................................................................................... 109

4. Avaliação ...................................................................................................................................... 110

4.1 Das aprendizagens .................................................................................................................... 110

4.2 Do percurso da U.E .................................................................................................................. 110

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos .................................................................... 112

6. Ações Suplementares ................................................................................................................... 113

6.1 AEE – Atendimento Educacional Especializado ...................................................................... 113

VI – CALENDÁRIO ............................................................................................................................. 115

VII – REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 116

VIII - ANEXOS ..................................................................................................................................... 118

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Nome da escola

EMEB “Padre José Maurício”

Endereço completo da escola

Rua José Dias Donadelli, 505 Vila Ferreira – São Bernardo do Campo/SP Telefones: 4392-2972 / 4343-6243

E-mail

[email protected]

Código CIE

082831-1

Identificação da equipe gestora

DIRETORA: Carina Schiavinato Pires de Angelo

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Katia Cilene de Souza Rocco

Identificação da Orientadora Pedagógica responsável pelo acompanhamento

Terezinha Cristina Nakamatsu Siraque

Identificação da Equipe Técnica Referência

FISIOTERAPEUTA: Flávia Lente

FONOAUDIÓLOGA: Monica Guedes C. de Souza

PSICÓLOGA: Maria Aparecida Rocha Silva

Assistente Social: Márcia Maria Maiole de Carvalho

Modalidades de Ensino oferecidas pela escola

Educação Infantil:

Infantil III – 3 e 4 anos Infantil IV – 4 e 5 anos Infantil V – 5 e 6 anos

Períodos e horários de funcionamento da escola

Manhã: 7:00 às 12:00

Tarde: 13:00 às 18:00

Horário de atendimento da Secretaria

8:00 às 17:00

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1. Quadro de Identificação dos funcionários

Nome Matrícula Cargo/Função Horário de trabalho Período de

férias

DUPLA GESTORA

Carina Schiavinato Pires de Angelo 26.540-9 Diretora

2ª feira: 8:00 às 17:30

3ª feira: 7:15 às 17:30

4ª feira: 8:00 às 18:00/18:40 às21:40

5ª feira: 8:30 às 17:30

6ª feira: 13:15 às 17:30

Janeiro

Katia Cilene de Souza Rocco 25.828-4 Coordenadora

Pedagógica

2ª feira: 7:00 às 18:00

3ª feira: 13:00 às 18:00

4ª feira: 9:00 às 18:00/18:40 às 21:40

5ª feira: 7:00 às 17:00

6ª feira: 7:00 às 12:00

Janeiro

OFICIAL DE ESCOLA

Danyela Liberalino Santos 36.222-5 Oficial de

Escola (BEI) 7:30 às 16:30 Março

Marina Mengod Dal Cortivo 32.105-7

Oficial de

Escola

(secretaria)

8:00 às 17:00 Março/Abril

AUXILIAR EM EDUCAÇÃO

Wanderley de Araujo Rocha 40.132-0 Auxiliar em

Educação 8:00 às 17:00 Janeiro

PROFESSORAS

Adriana Sabatini Gonçalves 60.939-8 Professora Substituta

7:00 às 12:00 Janeiro

Alline de Oliveira Ramos 38.148-7 Professora 13:00 às 18:00 Janeiro

Ana Cristina da Silva 37.752-9 Professora 7:00 às 12:00 Janeiro

Catia das Graças Horácio 37.989-8 Professora 13:00 às 18:00 Janeiro

Cintia Sato 39.537-9 Professora 13:00 às 18:00 Janeiro

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Cleusa Caetano Guerino 37.760-0 Professora 7:00 às 12:00 Janeiro

Fabiana Carvalho de Araújo Silva 35.189-4 Professora 7:00 às 12:00 Janeiro

Janaina Barbosa Montes 39.140-6 Professora 7:00 às 12:00 Janeiro

Leila Rodrigues Rocha 41.370-7 Professora

Volante 13:00 às 18:00 Janeiro

Luciene Luisa de Oliveira 36.069-7 Professora 13:00 às 18:00 Janeiro

Magali Francisca Saraiva 39.296-5 Professora

Volante 7:00 às 12:00 Janeiro

Marcia Andrade da Costa 42.327-1 Professora

Volante 13:00 às 18:00 Janeiro

Maria dos Remédios de Moura Costa 43.020-0 Professora

Volante 13:00 às 18:00 Janeiro

Paula Harumi Kawakami dos Santos 38.884-5 Professora 7:00 às 12:00 Janeiro

Priscila de Oliveira Basso 39.299-9 Professora 13:00 às 18:00 Janeiro

Rebeca Cristina Silva Soares 38.164-9 Professora 13:00 às 18:00 Janeiro

Valdirene Reis da Silva 23.897-9 Professora 7:00 às 12:00 Janeiro

EQUIPE DE APOIO – Guima

Elisangela Silva Aux. Limpeza 6:30 às 15:30

Edilza Tereza da Silva Aux. Limpeza 8:30 às 17:30

Natalia Bernardino Costa Sousa Aux. Limpeza 8:30 às 17:30

Sonia Maria Jeronimo Aux. Limpeza 6:30 às 15:30

Sonia Santana de Jesus Aux. Limpeza 6:30 às 15:30

Vanessa Sousa Silva Aux. Limpeza 8:30 às 17:30

Cozinha - ERJ

Cristiane Barbosa Neves Aux. Cozinha 7:00 às 16:48 Janeiro

Ruth Alves do Carmo Cozinheira 7:00 às 16:48 Janeiro

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2. Quadro de Organização das modalidades

Período

Agrupamento

Turma Professora

Total de

alunos por

turma

Total de

alunos por

período

Ano/Ciclo

Termo

Manhã

Infantil III A Janaina 19

157

Infantil III B Paula 25

Infantil IV A Ana Cristina 31

Infantil IV B Valdirene 26

Infantil V A Fabiana 28

Infantil V B Cleusa 28

Tarde

Infantil III C Priscila 20

160

Infantil III D Marcia 27

Infantil IV C Catia 32

Infantil IV D Leila 29

Infantil V C Cintia 19

Infantil V D Alline 26

Infantil V E Rebeca 27

TOTAL: 317

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3. Histórico da Unidade Escolar

A EMEB Padre José Maurício foi inaugurada em 27 de abril de 1980. Durante oito anos foi a

única unidade escolar de atendimento à educação infantil da região, o que ocasionava uma lista de

espera para matrícula muito extensa.

Em 1988 foi inaugurada a Emeb Moysés Cheid e em 1993 a EMEB Profº Áureo Cruz, ambas

com atendimento à educação infantil e próximas ao bairro, sendo assim, a lista de espera para matrículas

diminuiu consideravelmente.

Por um período prolongado a área externa da escola foi utilizada como passagem pelos

moradores, o que ocasionava alguns transtornos para o funcionamento da escola, já que isso ocorria

também no período de aula. Portanto, a comunidade escolar engajou-se em resolver essa problemática

junto a SE.

Na ocasião, conseguimos o fechamento da escola com alambrado e uma viela foi construída em

sua lateral, porém devido à precariedade da viela essa se tornou intransitável, ocasionando novamente

uma abertura no alambrado, voltando a escola a ser a passagem da comunidade.

Em 2004, com a visita do prefeito, essa problemática foi explicitada propiciando um novo

encaminhamento. Nesta ocasião o secretário de obras responsável compareceu à U.E para avaliação.

Como desdobramento, em 2005, foi construído um muro nos fundos da unidade escolar, o que não

resolveu o problema de acesso da comunidade, já que a viela continuou intransitável. Ao se deparar com

essa situação, a comunidade abriu novamente uma passagem em uma parte do muro.

Para a conscientização da comunidade escolar sobre a necessidade de se evitar trânsito livre

durante o período de aula, garantindo a segurança de todos, foi realizado um trabalho formativo, onde se

definiram novas ações, entre elas:

- Fechamento do muro;

- Fechamento do portão principal para abertura somente nos horários de entrada e saída;

- Trabalho conjunto com a Guarda Municipal.

Somente em 2007 essas ações foram concretizadas efetivamente e a escola deixou de ser

passagem de acesso entre uma rua e outra para a comunidade escolar, garantindo maior segurança para

as crianças e para o patrimônio público.

Em 2008, no terreno aos fundos da escola, foi construída a creche EMEB Marcelo Peres Ribeiro,

com inauguração em 2010. As duas unidades escolares têm livre acesso, sendo utilizado o espaço da

quadra conjuntamente.

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Foto da escola recém-construída, inaugurada em 27 de Abril de 1980

Foto atual da escola (Abril/2015)

No ano de 2013, a escola passou por uma grande reforma abrangendo a parte estrutural

(rachaduras, pisos internos e externos, adequações do espaço do ateliê e sala de brinquedos, bebedouros

internos e externos, acessibilidade geral, toldos, pintura geral, cozinha para os funcionários, alambrados

e portões e outras adequações necessárias).

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4. Biografia do patrono

PADRE JOSÉ MAURÍCIO (1767-1830)

Padre José Maurício nasceu a 22 de setembro de 1767, no Rio de Janeiro. Foram seus pais,

Apolinário Nunes Garcia e dona Vitória da Cruz. Faleceu no Rio de Janeiro a 18 de abril de 1830.

Mestiço e de condição muito humilde, ficou órfão de pai aos seis anos. Desde cedo manifestou vocação

para a música e começou a compor.

Em 1790 abriu um curso gratuito de música. Onde orientou numerosos discípulos que

continuaram sua obra depois da sua morte.

Ingressou na carreira religiosa em 1792, foi nomeado mestre da Capela da Sé, instalada na Igreja do

Rosário, em 1798 e obteve licença para pregar.

Com a chegada de D. João VI (1808), tornou-se mestre de música e organista da Capela Real

(hoje Catedral Metropolitana) e iniciou período de intensa atividade artística e de prestígio junto ao

príncipe regente.

Certa vez, o entusiasmo do monarca foi tanto, que tirou do peito do visconde de Vila Nova da

Rainha a insígnia de Ordem de Cristo e colocou-a no peito do artista, diante do assombro dos presentes.

Dirigiu na Igreja do Porto, no Rio de Janeiro, a primeira execução do Réquien de Mozart (1819)

e do oratório “A criação” de Haydn (1821).

Tendo sido considerado a maior figura no gênero, durante o período colonial, foi cognominado

pelo visconde de Taunay “o gênio da música no Brasil”.

Suas primeiras composições estão fortemente influenciadas pela arte de Haydn e Mozart; depois

de 1811, adotou um estilo teatral e brilhante, preferido pela corte frívola de D. João VI.

A quase totalidade de suas composições está manuscrita.

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II – CONCEPÇÃO DE ESCOLA, DE CRIANÇA E PEDAGÓGICA

Acreditamos em uma concepção pedagógica pautada no princípio da “Educação para todos”,

onde entendemos que o direito à educação de qualidade é dever do educador e da família enquanto mais

próximo do educando e do poder público para suprir as necessidades estruturais educacionais (humana e

física).

Buscando explicitar um pouquinho mais o

primeiro parágrafo, onde colocamos a criança no

centro do ato educativo, salientamos que ao definir

o dever do educador e da família, não imprimimos

o “dever” como algo com o fim em si mesmo. Mas

um “dever” que é merecedor de buscas para a sua

qualificação, uma construção coletiva e, que no

caso, ocorre dentro do espaço escolar.

Como diz Paulo Freire: “escola não é só

prédio, escola é gente”. Gente que sente, gente que

faz, gente que participa e que acontece, desde a mais tenra idade. Uma escola que respeita a infância,

seus profissionais e sua comunidade.

Visando uma educação de qualidade, com o empenho de muitos atores (crianças, profissionais da

educação e comunidade), nossa unidade escolar caminha a largos passos buscando se aprofundar e

qualificar seu trabalho, considerando os seguintes eixos: gestão democrática, acesso/permanência e

sucesso e práticas pedagógicas.

Quando falamos numa escola construída por muitas mãos, falamos também de uma escola

constituída a partir de muitas histórias, onde as pessoas, cada qual com sua história, tem um papel

fundamental para se criar um enredo de educação de qualidade. O pensar educação não pode ficar

centrado em uma única forma de ver as coisas ou o mundo. Mas também não pode ocorrer de forma

desenfreada, sem rumo...

Para isso, abre-se um espaço de discussão e participação de todos, buscando uma unicidade,

através de atos reflexivos. Onde o bem comum é mais importante do que o bem individual.

Consideramos que isso não é tarefa fácil, mas sim necessária para o exercício democrático, não só no

espaço escolar, mas na vida.

Como a escola é uma construção histórica e somos frutos dessa construção, são muitos os

desafios que encontramos para pensar essa nova escola. Mas também acreditamos que somos pessoas

que não passa por essa história sem deixar marcas, por isso, assumimos que estamos fazendo história.

Na proposta escolar vislumbramos que a democracia precisa permear todas as relações humanas.

Criar espaços de escuta e participação efetiva é fundamental para que as pessoas construam história.

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Nesse sentido, os canais entre escola e comunidade precisam estar abertos, assim como os canais entre a

equipe escolar e principalmente entre os educadores e as crianças no cotidiano escolar. As nossas

crianças também têm muito o que falar e o que contribuir, já que partimos do princípio que são crianças

providas de capacidades, pensamentos e potencialidades. Ao compreender a capacidade das crianças de

ser pensante, de participar, de avaliar, de contribuir, a equipe escolar, principalmente o professor, passa

a ter outro olhar para essas possibilidades e começa a incluí-las no debate e na tomada de decisões,

respeitando o ponto de vista das crianças. Numa relação mais horizontal e respeitosa.

Consideramos ainda que a escola é um espaço de convivência das diferenças, isso num sentido

amplo de grupos ou num sentido de singularidades individuais.

Ao pensarmos num sentido amplo, seja de formação de

famílias, de cultura, de religiosidade, de etnia ou social,

os educadores, precisam pensar ações (de acolhida e de

práticas) que englobem a todos. Aqui o educador assume

um papel fundamental de desprender-se de qualquer

julgamento preconcebido ou de ideologias pessoais,

buscando numa construção coletiva, caminhos para

trabalhar com a diversidade. A diversidade entendida

como a riqueza do conhecimento.

Uma escola acolhedora das diferenças! Uma escola humanizadora! Que a diferença é condição

de trabalho e não um empecilho! Uma escola de direitos igualitários! Uma escola de respeito e

valorização das diferenças!

Nesse sentido temos também um olhar especial para as singularidades. Uma criança não é igual a

outra em nenhum sentido, seja psíquico, emocional, afetivo, cognitivo. Cada ser corresponde de uma

forma as condições de vida a qual faz parte. Ao pensarmos em uma educação inclusiva (para todos),

onde as crianças precisam ser atendidas em suas singularidades e especificidades, nos cabe debruçar

cada vez mais sobre como qualificar o trabalho onde as crianças possam construir uma identidade

positiva de si e do seu coletivo.

A nossa U.E atende crianças de 3 a 6 anos de idade. Estamos em discussão de quebra de

paradigmas, onde passamos a ver a escola como um espaço da infância, onde as propostas estejam

pautadas em uma pedagogia de participação e visando o desenvolvimento integral da criança. Não mais

em áreas de conhecimentos, mas nas experiências que as crianças vivenciam nas propostas

caracterizadas pelas diversas linguagens.

Os educadores da infância, por atender crianças pequenas, têm como função dois atos

indissociáveis: cuidar e educar. À medida que os adultos cuidam também educam.

Ao abordar o cuidar e educar na escola da infância também tem que evidenciar a necessidade de

o professor estabelecer com suas crianças um vínculo afetivo de confiança, onde nas ações do dia-a-dia

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dá demonstrações de que suas relações são embasadas no respeito mútuo. Um professor mediador. Um

educador disposto a ouvir e a compartilhar com sua turma as suas decisões e avaliações. Um educador

que é a referência e segurança para suas crianças.

Atualmente o fazer pedagógico é organizado em projetos, atividades sequenciadas, atividades

independentes e atividades permanentes, sempre de forma significativa e desafiadora, possibilitando a

construção de novos saberes tanto para as crianças como para a equipe docente.

Os projetos são bem presentes na rotina escolar, onde buscamos cada vez mais aprofundar a

elaboração deles a partir dos interesses das crianças, assim como suas contribuições na elaboração e

avaliações.

Em relação à pedagogia participativa, o professor traz para a sua prática formas onde as crianças

possam expor suas ideias, onde possam avaliar as suas ações e as ações da escola, onde possam ajudar a

planejar e sejam atuantes.

Os espaços da escola da infância é um espaço onde as crianças são vistas como pensantes e

atuantes, por isso a sua organização pedagógica tem que

contemplar essa visão, assim como a organização do espaço

físico também.

A ludicidade, a interação e o brincar precisam

permear as propostas pedagógicas, já que vem ao encontro

dos interesses da infância. Sendo assim, possibilitam um

maior envolvimento por parte dos educandos e propiciam a

aprendizagem significativa.

Quando a ludicidade permeia as propostas, as crianças são envoltas em um jogo que permite com

que se entreguem ao enredo, a sua participação se torna mais efetiva, seja qual for a atividade, as

crianças se sentem desafiadas a participar. Exemplo, ao ler uma história com todo o entusiasmo e

entrega, encenado com expressões faciais e tons vocais, o professor cria um aspecto lúdico, que envolve

a criança em sua ação. A ação envolvente traz aprendizagens significativas. A ação de professor é

preenchida de sentido para a criança.

Consideramos ainda que o “brincar” propicia aprendizagens e a criança tem o direito de

“Brincar”, sendo que a escola precisa garantir que esses momentos ocorram de forma sistemática e

intencional, seja nas brincadeiras tradicionais ou nas brincadeiras simbólicas. O brincar envolve o

fantasiar, simbolizar, descobrir, interagir, falar, escutar, questionar, o conhecimento de si mesmo e do

outro, assim como ampliação de conhecimento de mundo.

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Um aspecto importante e que precisa ser muito

considerado na proposta que respeita a infância é a

interação entre os indivíduos, nessa interação que nos

constituímos enquanto seres humanos. A criança é um ser

social e aprende através da interação, por isso, o brincar e

outros momentos de interação são fundamentais para o

seu desenvolvimento.

A interação está presente nas diversas relações

estabelecidas no cotidiano escolar, criança-criança, criança-adulto, adulto-adulto. As situações de

interações ocorrem das mais diversas formas, seja informal ou planejada. Entre as planejadas: os

momentos de brincadeiras, organização das atividades em pequenos grupos e no coletivo. Também

consideramos as interações entre as crianças da própria turma, entre as turmas diversas e entre as faixas

etárias, assim como a interação com os diversos adultos que compõe a escola.

Respeito às diferenças e valorização do ambiente heterogêneo são fundamentais para criar

situações de trocas de conhecimentos e experiências entre as crianças, por isso, em situações de

interações, o professor precisa de um “olhar atento”, intervindo sempre que necessário e observando a

necessidade de seu agrupamento.

O espaço da escola é organizado dentro da concepção pedagógica que acredita na capacidade da

criança de estar e interagir com o meio, estando as suas produções, os materiais e os brinquedos ao seu

alcance. Assim como os espaços são povoados por marcas produzidas por elas demonstrando toda a sua

participação no fazer pedagógico da escola e possibilitando a troca de saberes entre seus pares.

Segundo o dicionário, criança é: um ser de pouca idade. Entretanto, acreditamos que criança é

um ser em desenvolvimento, constituída de capacidades, que traz consigo muitos saberes e experiências.

A criança é pensante e possui sentimentos, ideias, emoções, sensibilidades e vontades que

precisam ser compartilhadas com seu educador e seus colegas para seu pleno desenvolvimento.

Para que isso aconteça é necessário então, que ela encontre um espaço de respeito, cuidados e

situações que propiciem aprendizagens efetivas.

Para que o desenvolvimento da criança seja integral, acreditamos ainda que a parceria entre

escola e família é de fundamental importância, pois a escola e a família precisam falar a mesma

linguagem em relação a educar e cuidar da criança.

Todos os esforços são necessários para se fazer uma educação para todos. Por isso acreditamos

que o envolvimento real dos gestores, professores, apoio e comunidade só se dão através da gestão

democrática, onde todos os membros dessa equipe são importantes e possuem especificidades

indispensáveis.

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III - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE

ESCOLAR NO ANO DE 2016

Esse documento se refere ao processo avaliativo vivenciado pela comunidade escolar da EMEB

Padre José Mauricio em 2016, onde foram organizados diversos momentos de avaliações no decorrer do

ano, visando dessa forma uma avaliação contínua e sistemática, possibilitando idas e vindas, retomadas

e replanejamentos a partir dessas reflexões.

Para garantir a participação de todos os segmentos da comunidade escolar (comunidade, alunos,

professoras, equipe de apoio e equipe gestora), foram utilizadas diversas estratégias e recursos, tais

como: roda de conversas, painéis ao término dos eventos (mostra cultural, reuniões com pais e encontro

com as famílias), auto avaliação, avaliações em grupos e coletivas e avaliações individuais.

Para embasar a formulação das questões levantadas em avaliações foi utilizado o documento

“Os indicadores de Qualidade nas Escolas de Educação Infantil” considerando as características da U.E.

☺GESTÃO DEMOCRÁTICA: Considera-se que a gestão democrática se efetiva através da participação de todos os segmentos, onde se

discute e se compartilha as tomadas de decisões, sendo necessário que todos e cada um assumam a

responsabilidade de concretizar o Projeto Politico Pedagógico (PPP) da unidade escolar. Os espaços

destinados a essas discussões com a equipe docente são: HTPC, HTP e Reuniões Pedagógicas. A equipe

docente avaliou que as tomadas de decisões sempre ocorreram no coletivo, onde o grupo procurou entrar

em consenso, participando de reflexões sobre as opiniões diversas. Os pontos de vistas foram

considerados dentro de uma atmosfera democrática. Importante salientar que essas tomadas de decisões

foram sempre avaliadas em momentos oportunos, fortalecidas com formação continuada e revistas

quando necessárias. Uma inovação para a equipe docente foi que participaram diretamente da

elaboração do plano formativo, onde após a exposição da justificativa e dos objetivos por parte da

equipe gestora (levantamento da necessidade no ano anterior), os professores, formularam as estratégias

de trabalho para os HTPC’s, ficando o planejamento detalhado sobre responsabilidade da equipe

gestora. Avaliou-se que essa dinâmica trouxe maior participação e comprometimento por parte da

equipe docente, uma vez que as propostas partiram do próprio grupo, como por exemplos, troca, análise

e devolutiva dos registros das colegas ou análise de planejamentos semanais, tudo após período de

estudo sobre o tema (instrumentos metodológicos). Essas estratégias também vieram ao encontro do

anseio das professoras que haviam solicitado, na avaliação do ano anterior (2015), HTPC de trocas para

experiências. As professoras avaliaram ainda que aprenderam muito com seus pares de forma

contextualizada, pois tiveram a oportunidade de embasar teoricamente as ações e verificarem as

possibilidades de diversas práticas, recriando o seu fazer. A equipe docente elaborou planilha de

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planejamento que poderá ser adotada pelas professoras com os seguintes itens: atividade/objetivos/local

e agrupamento/desenvolvimento e recursos/ foco de observação. Em relação à circulação das

informações internas, a equipe docente considerou eficiente o quadro branco, o caderno de

comunicados, a pasta com redes e o calendário coletivo expostos na sala das professoras, assim como os

informativos sobre as decisões dos outros segmentos ao final das pautas de HTPC.

A equipe de apoio é composta por oficiais, auxiliar em educação, pessoal da limpeza (Guima) e

cozinheiras (Convida), os dois últimos terceirizados. Uma parte da equipe de apoio (pessoal da limpeza)

participou efetivamente das reuniões mensais e toda a equipe de apoio participou das Reuniões

Pedagógicas. Equipe de apoio considerou-se parte integrante da equipe, pois nas reuniões em que

participou, contribuiu com suas ideias, compreendeu melhor o trabalho da escola, sua organização e

aprendeu como lidar com as crianças. Também puderam conhecer melhor as pessoas com quem

trabalham. Outro aspecto levantado foi a necessidade de tentar garantir a participação de todo o apoio na

reunião mensal, pois as cozinheiras, por vezes, ficam um pouco desatualizadas do calendário escolar, já

que nas reuniões mensais são passadas as atividades coletivas planejadas.

Em reuniões de APM/CE houve a efetiva participação em relação à qualidade das discussões e tomadas

de decisões em diversos âmbitos da escola, como por exemplo, compras, organização de espaços e

atividades pedagógicas, inclusive esse ano compôs juntamente com a equipe de gestão o plano de

formação da comunidade com o tema “Descobrindo as maravilhas do Brasil”. Esse tema formativo foi

em parceria com a equipe docente também, que organizou a participação dos representantes nas etapas

do projeto. APM/CE avaliaram que todos os encontros foram bem elaborados e realizados com muito

carinho. Perceberam a boa vontade da equipe em preparar esses encontros. Sentiram que a parceria entre

escola e comunidade tem se estreitado ao longo dos anos, porém ainda com o desafio do maior número

de participantes em alguns momentos, como por exemplo, nas reuniões mensais de APM/CE.

Um dos princípios de trabalho da U.E é a escola aberta, procurando dessa forma fortalecer a diretriz de

gestão democrática, onde a comunidade escolar (gestores, professores, apoio e comunidade) participou

de diálogos, discussões e espaços formativos e interativos. No ano de 2016 foram avaliados por toda a

comunidade escolar:

- Sábados letivos com exposição de materiais confeccionados pela APM/CE, pelas crianças e objetos

cedidos pelas famílias das regiões brasileiras e apresentação das crianças sobre os trabalhos

desenvolvidos no projeto “Descobrindo as maravilhas do Brasil”: - Sábado letivo com oficina de

brinquedos: A comunidade escolar avaliou que os sábados foram “maravilhosos”, tanto que superou a

expectativa em número de participantes. Os encontros foram bem planejados e aproximaram as famílias

da escola. Houve muito envolvimento dos profissionais.

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- Palestra da Saúde Bucal (UBS), Palestra do SAMU: As palestras foram interessantes e bem

formativas. Tinha um número considerável de pessoas.

- Reunião com pais: A maioria dos responsáveis compareceu as reuniões. Gostaram dos assuntos

abordados, puderam conhecer e conversar sobre trabalho da escola e sobre a aprendizagem das crianças.

- Reunião Pedagógica: Em relação às Reuniões Pedagógicas, a equipe docente considerou que a

participação de todos os segmentos fortaleceu a ideia de pertencimento, onde os assuntos abordados

foram pertinentes a todos. Equipe docente salientou a necessidade da continuidade dos temas de

discussões serem relevantes e no contexto do PPP da unidade escolar. Colocou ainda que esse ano o

passeio ao MASP foi significativo para o estreitamento das relações na equipe e acresceu muito em

experiência e conhecimento. O apoio considerou que as Reuniões Pedagógicas foram bem dinâmicas e

envolventes, por isso, não teve sugestões de melhoria, apenas de continuidade. Infelizmente devido ao

calendário de dia de trabalho diferenciado entre professores e profissionais terceirizados, não pudemos

contemplar toda a equipe no passeio ao MASP. Os representantes da comunidade colocaram que todas

as pedagógicas foram interessantes, com um destaque para a reunião com o expresso lazer, pois

apresentaram uma reunião dinâmica. A comunidade avaliou que se sentiram acolhidos e integrantes da

equipe. Equipe docente e equipe de apoio consideraram inviável a Reunião Pedagógica de meio período,

já que os assuntos sempre são interessantes e acabam demandando um tempo significativo de

aprofundamento. Equipe gestora também pontuou esse parecer junto à chefia da região.

- Mostra Cultural: A proposta da mostra cultural é realizada mensalmente a cada duas turmas por vez e

de acordo com os projetos pedagógicos, contribuiu para que o espaço do palco sempre estivesse

organizado e representando o trabalho desenvolvido pela escola. De acordo com a avaliação da

comunidade essa proposta foi muito rica e as crianças ficaram bem alegres de mostrar seus trabalhos

para seus familiares, assim como, ficaram ansiosas para visitarem as exposições das outras turmas.

Também apontaram que aprenderam muito sobre as regiões do Brasil, tais como: músicas, tradições e

comidas típicas. A escola ficou lotada de pessoas com muita circulação de conhecimento e informações.

A equipe de apoio apontou que participou da mostra cultural ajudando as professoras e visitando.

Equipe gestora ressaltou a necessidade de se dar continuidade a apresentação geral das mostras no

primeiro HTPC depois de cada mostra montada, também sugeriu que as turmas convidem nominalmente

as pessoas do apoio para visitarem as mostras assim que montadas. Ficou como encaminhamento que

antecedendo cada montagem, a equipe docente fará reunião para que todos possam contribuir e

relembrar os combinados da mostra.

- Participação nos projetos pedagógicos: A equipe escolar e as famílias participaram ativamente dos

projetos contribuindo com pesquisas, enviando objetos, fazendo culinária na escola, participando de

atividades. Avaliou-se que conseguiram compreender as propostas pedagógicas a partir dessas

participações ou ainda através de observações do dia a dia e das atividades expostas, assim como, por

conversas com as professoras e reuniões de equipe.

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Em relação à gestão democrática em sala de aula com as crianças, em 2016, a equipe docente e gestoras

se propuseram a um desafio maior do que já haviam se disposto em 2015. Por isso, desenvolveram um

plano de ação com estratégias que visaram maior participação das crianças nas tomadas de decisões,

avaliações e acolhida das sugestões. Todas as professoras consideraram que o plano de ação foi

colocado em prática. Atualmente as crianças avaliam com frequência as atividades coletivas, atividades

dos projetos e da rotina. A partir dessas avaliações algumas sugestões foram acolhidas, seja para a

compra de materiais ou para a reestruturação da proposta. As crianças também interferiram diretamente

em alguns aspectos do planejamento, incluindo brincadeiras, brinquedos, literaturas, atividades.

Algumas propostas das crianças foram acolhidas no mesmo dia ou em dias posteriores, dependendo da

possibilidade, porém sempre foi discutido o “porquê” ocorreu ou não a atividade com o grupo. Uma

questão apontada pelos docentes foi que fizeram a avaliação com as crianças, porém precisam

acrescentar essas ações em seus planejamentos e aprimorar seus registros. No ano anterior em avaliação

com as gestoras, as crianças apontaram que faltavam alguns materiais de interesse na escola, então

devido suas justificativas, esses materiais foram adquiridos. Após adquirir os materiais, inclusive a

piscina de bolinhas, a avaliação foi retomada com as crianças, onde se comprometeram cuidar. Quando

perguntados ao final de 2016 sobre o que gostaram na escola e o que aprenderam, as crianças se

reportaram a piscina de bolinha, dizendo que “na piscina de bolinha não pode ir todo mundo porque não

tem espaço”, “que não pode estragar as bolinhas”, etc. Disseram ainda que aprenderam a “curar as

pessoas” na brincadeira de médico, a “fazer compras no mercado e passar no caixa”. As crianças

também apontaram em sua avaliação final que aprenderam regras de convivência, alimentação saudável,

sobre os índios, parlendas, lendas (Saci, Iara, Cuca), brincadeiras (barra manteiga, cabo de guerra,

queimada) e animais. Relacionaram algumas dessas aprendizagens com o projeto das regiões brasileiras.

Algumas crianças inclusive falaram das suas regiões e das regiões das outras turmas. Isso evidenciou a

circulação das informações e conhecimentos, sendo essa a proposta da equipe escolar. Colocaram que

gostaram do circuito no escuro e do índio, dos passeios, dos teatros na escola, de ir a quadra jogar

futebol e basquete, da biblioteca (livros e vídeos) e das atividades coletivas (brincadeira simbólica).

→ Indicativos para 2017:

- Programar as reuniões mensais do apoio de forma a viabilizar a participação das cozinheiras, oficiais e

auxiliar em educação;

- Continuar pontuando para a SE a necessidade de garantir o período integral para Reunião pedagógica;

- Continuidade no planejamento de pautas dinâmicas e envolventes;

- Apontar as avalições com as crianças em seus planejamentos e aprimorar seus registros;

- Retomar o plano de ação de avalição com as crianças em 2017 para nova discussão com a equipe

docente;

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- A comunidade deixou como indicativo que a U.E continue insistindo e reforçando os convites, assim

também, colocou que as famílias precisam organizar melhor seu tempo para participar;

- Levantar na primeira assembleia geral as dificuldades e os facilitadores para que a participação dos

representantes da APM/CE se dê de forma mais efetiva;

- Planejar com a equipe docente a participação das crianças na montagem das mostras culturais. Deixar

sempre um cartaz para que os participantes possam colocar as suas impressões sobre cada mostra

cultural. Envolver mais as famílias nas atividades que serão expostas, buscando assim atraí-los no dia da

mostra. Reforçar a divulgação dos eventos com: painéis/cavaletes na entrada, cartazes pela escola,

bilhetes nas agendas das crianças convidando outras crianças, retomada dos combinados em pauta de

HTPC, recados na lousa da sala das professoras, mutirão das professoras em HTP para ajudar quem vai

expor;

- Reunião com a equipe docente na semana que antecede a montagem de cada Mostra para que se possa

combinar a colaboração da equipe e relembrar os combinados que já temos, como por exemplo, pegar as

crianças na sala de aula pelas portas internas.

☺ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO ESCOLAR: O acesso à escola ocorreu a partir da oferta de vaga, sendo o critério determinado pela SE de forma clara

e de direito igualitário. No bairro tivemos número de vagas suficientes para atender as crianças no

infantil IV e V, sendo ainda que uma minoria ficou na lista de espera do infantil III, porém

redirecionados para as escolas mais próximas, a fim de tentar garantir vagas para todos. Porém, algumas

famílias não aceitaram esse redirecionamento, mantendo-se na lista. Essa lista de espera foi sanada em

meados de setembro. Um fenômeno interessante que ocorreu em 2016 foi a rotatividade de um número

razoável de crianças devido a mudança de endereço.

Considerando a diretriz do acesso, permanência e sucesso escolar, a comunidade escolar também

avaliou o item 3.1.3 do PPP 2016 sobre Período de adaptação/acolhida. A avaliação da organização

geral do período de adaptação foi positiva e no sentido de reforçar o que já foi construído em PPP 2016:

- Primeira reunião com pais: considerando que muitas famílias trazem seus filhos nessa reunião,

organizamos as reuniões em dois agrupamentos por período. No primeiro agrupamento três professoras

fizeram reunião com suas turmas e três professoras ficaram com as crianças na sala com brinquedos, no

segundo agrupamento houve a inversão. Dessa forma as salas não ficaram tumultuadas, facilitando o

contato com as famílias.

- Participação dos familiares no primeiro dia de aula, assim vivenciaram um pouco das atividades

desenvolvidas pela escola no decorrer do ano e as crianças tiveram a possibilidade de conhecer o seu

professor, o ambiente escolar e os seus colegas na presença de um familiar que lhe inspira confiança;

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- Atividade de confeccionar a agenda, o caderno ou a pasta junto com a família, além de ficar um

material personalizado, os participantes se envolveram bastante com a atividade;

- Na semana de adaptação o horário foi reduzido com as turmas divididas em dois tempos por período,

ou seja, três turmas no primeiro horário e três turmas no segundo horário, tanto no período da manhã

como no período da tarde. Essa divisão garantiu que na semana de adaptação cada turma tivesse dois

professores em sala, atendendo as crianças com dificuldades em adaptar-se;

- Planejamento das atividades garantindo a ludicidade e organização dos horários dos espaços coletivos,

principalmente o horário do lanche que foi uma turma por vez. Apenas acrescentar 10 minutos a mais no

horário de lanche de cada turma;

- Iniciar as entrevistas após o termino do período de adaptação, pois nesse período os professores

puderam em HTP reorganizar a rotina e registrar;

- Apresentar a rotina com imagens desde o primeiro dia de aula, mesmo que na semana de adaptação, a

antecipação possibilitou que as crianças ficassem menos ansiosas.

Em 2016 também tivemos a revisão dos planos de ações desenvolvidos pela U.E em relação ao

atendimento a diversidade (PPP 3.1.14), já que consideramos que a permanência e o sucesso escolar se

dão através das propostas de respeito às diferenças e o atendimento as especificidades, com os princípios

da laicidade, da gratuidade e do atendimento a todos. A equipe escolar tem se apropriado desse trabalho

de forma efetiva, porém avaliou-se que esses são assuntos que precisam ser regularmente retomados

devido a sua complexidade e a rotatividade de profissionais, principalmente em 2017, pois estaremos

recebendo novas professoras devido à remoção.

→ Indicativos para 2017:

- Retomada dos combinados sobre período da adaptação para planejamento de 2017;

- Retomada do plano de ação sobre o atendimento a diversidade.

☺PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: As práticas pedagógicas são avaliadas constantemente, seja por instrumento específico, por registros

individuais ou por momentos coletivos de reflexões e sistematizações.

Considerando que o HTP vem ao encontro de qualificar a prática pedagógica, em 2016 a equipe docente

com a equipe gestora elaborou cronograma com as atribuições do HTP divididas nos dias da semana. A

maior parte do grupo conseguiu utilizar o tempo para planejar, avaliar e registrar, algumas professoras

utilizaram mais esse momento para organizar materiais e trocar experiências. Uma professora salientou

que após a jornada de trabalho fica difícil realizar as atribuições do HTP. Algumas professoras

conseguiram estudar nesses momentos e relataram que isso aprimorou a prática. A maioria das

professoras ainda prefere estudar em casa. Avaliamos que estamos aprimorando a utilização desse

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momento na jornada de trabalho, mas temos ainda um desafio na questão formativa de encontros

coletivos. O HTP também foi utilizado para conversas e planejamentos em parceria com as gestoras,

sendo muito produtivo. Quanto ao apontamento de fragmentar o HTP em trinta minutos, além da

questão via secretaria de educação, ficou como reflexão para o grupo: os professores conseguiriam fazer

planejamento e registro em 30 minutos? Conseguiriam estudar ou realizar pesquisas em 30 minutos?

Considerando ainda que é fundamental a organização dos materiais e dos ambientes para que as

propostas planejadas sejam efetivadas, no ano de 2016 todo o grupo conseguiu estabelecer esse

combinado, sendo que algumas professoras separaram os materiais para a semana toda com

antecedência e organizaram a sala no horário de HTP, pois o planejamento detalhado contribui para essa

organização. Uma professora apontou como facilitador a estratégia de elaborar uma lista de acordo com

o planejamento da semana para separar os materiais. Outra professora utilizou como estratégia deixar os

materiais separados e organizou a sala junto com as crianças.

Em relação às propostas pedagógicas propriamente ditas, a maioria das professoras considerou que

procuraram ter um olhar atento para que as atividades propostas fossem lúdicas, ou seja, envolventes e

com sentido para as crianças. Após plano formativo compreenderam melhor a questão da ludicidade e

procuraram garantir a ludicidade em seu planejamento e na postura ao aplicar as atividades. Algumas

professoras apontaram que compreendem a questão da ludicidade e estão tentando por em prática, mas

ainda sentem dificuldades. Como esse é um norte do trabalho, as discussões continuarão presentes em

2017, seja no espaço coletivo ou no espaço individual.

As atividades que propiciam interação são planejadas de diversas formas, seja entre a própria turma ou

com as demais turmas da escola. Nesses momentos os adultos participam diretamente como parceiro

mais experiente e mediador, ou indiretamente, como organizador, observador e analisando de forma

geral a proposta para enriquecê-la.

A equipe docente considerou que a brincadeira simbólica é uma proposta que garante as diversas formas

de interação. Atualmente as brincadeiras são planejadas e por isso, mais estruturadas, ou seja, colocam

brinquedos que possibilitam um brincar mais qualificado, como, por exemplo, ao propor a brincadeira

de casinha organizam, com as crianças, mobiliários, utensílios, bonecas e tudo que compõe esse

ambiente. Ao propor a brincadeira de médico tentam montar um consultório ou um hospital de forma

mais representativa possível.

No ano de 2016 as brincadeiras simbólicas ocorreram com a organização dos espaços e materiais,

oportunizando a criatividade e a socialização. Algumas professoras organizaram as brincadeiras com as

crianças, sendo que as próprias crianças também solicitaram com o que brincar. Essas professoras

apontaram que garantem momentos de brincadeira simbólica dentro do planejamento, uma colocou que

abre espaços somente nas atividades diversificadas, sendo que essa última ainda disse da sua

necessidade de incluir a brincadeira simbólica de forma mais estruturada em seu planejamento. Após a

discussão sobre a brincadeira simbólica e as intervenções dos adultos, atualmente a maioria das

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professoras participa mais como observadoras para que possa acrescer elementos na brincadeira, seja no

mesmo momento ou em planejamento posterior. Também participam ativamente quando incluídas pelas

próprias crianças. Algumas professoras apontaram a necessidade de participar das brincadeiras para

mediar às relações em alguns momentos, principalmente com os pequeninos. Todas as professoras

compreenderam a importância de observar e registrar os momentos de brincadeira como instrumentos

para acompanhar o desenvolvimento da criança. Atualmente alguns desses momentos aparecem nos

registros semanais.

Em 2016 fizemos vários encontros para avaliar a brincadeira simbólica coletiva que ocorre uma vez ao

mês, onde cada sala tem seu tema específico e as crianças fazem inscrições para brincar do que desejam.

As professoras observaram que essa prática possibilitou que as crianças planejassem ao longo da semana

do que queriam brincar e até combinassem parceiros para se inscreverem na mesma sala. As crianças

ficaram comprometidas com suas escolhas e desenvolveram a brincadeira com criatividade, dando

enredo e inventando formas de brincar nas salas que a priori foram organizadas pelos adultos. O que

demonstrou que as brincadeiras não ficaram engessadas apesar do tema. As crianças tiveram a

oportunidade de realizar avaliações junto com sua turma, sendo que alguns brinquedos foram

acrescentados a partir dessas avaliações, assim como a modificação na própria brincadeira. Atualmente

as propostas ainda são bem envolventes (casinha, pet shop, carrinho, salão de beleza, hospital e

mercado), porém o mercado precisa ser revisto. Para isso ficou combinado a observação da CP nessa

brincadeira. Outra questão que precisa de uma análise mais apurada é a troca de brincadeira depois de

meia hora, só para as crianças que querem, pois algumas professoras apontaram que as crianças não se

envolvem com essa segunda brincadeira e outras acreditaram que isso possibilitou que as crianças

pudessem conhecer outras propostas.

Além da brincadeira simbólica coletiva, outras atividades compuseram as atividades coletivas na escola,

tais como: teatros, histórias, oficinas, circuitos. As professoras destacaram as seguintes aprendizagens:

interação com os diferentes atores da escola, socialização, trocas de experiências, ampliação na forma de

brincar, cooperação, solução de conflitos de forma mais autônoma, apreciação das produções do outro,

superação de desafios, respeito ao próximo, expressar-se, participar de ações coletivas, ampliação da

oralidade para comunicar-se, além de organizar os espaços e materiais. Na avaliação das crianças

apareceu como destaque o teatro.

Com relação ao circuito onde cada turma se responsabiliza uma vez por quinzena pela elaboração do

croqui e organização dos espaços e materiais, todas as professoras consideraram que a proposta é rica

em possibilidades, sendo que as crianças puderam brincar de forma criativa e com desafios corporais.

As crianças trouxeram em avaliação que adoraram os circuitos com temas (índio, casa da bruxa e sete

anões), assim como uma professora também colocou que houve grande entusiasmo das crianças nessas

propostas. Ao final do ano foi apontada a necessidade de aquisição de materiais para as brincadeiras de

circuitos.

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Outra prática pedagógica efetiva na escola é a experiência das crianças com a literatura, onde em alguns

momentos as crianças ouvem histórias, lidas e contadas pelos professores, e em outros momentos leem e

contam histórias para os colegas. Assim como no ano anterior, um facilitador apontado pelo grupo foi o

acervo da escola, onde encontram variedade de gêneros e utilizaram de forma rica com as crianças.

Algumas professoras apontam como facilitador a separação com antecedência dos livros dos projetos. A

maioria das professoras diversificaram os gêneros ao longo do ano, tais como: lendas, clássicos,

notícias, poesias. Algumas professoras apontaram que variaram a utilização de recursos nas contações,

tais como: tapetes, aventais, músicas, sombra e conto desenhado. Uma professora trouxe que utilizou

variedade, porém acredita que precisa trazer outros títulos, pois não inovou sobre o que ela própria

conhecia.

Vale salientar que no ano de 2016, devido o projeto com as regiões a equipe escolar possibilitou maior

contato das crianças com as lendas, o que trouxe grande reflexão para o grupo, já que por vezes,

acabamos limitando os gêneros trabalhados por duvidar da capacidade das crianças em lidar com temas

mais complexos. Ao longo do trabalho pudemos observar as crianças conversando sobre os personagens

e sobre os enredos das histórias. Ao serem questionadas sobre o que aprenderam na escola, as crianças

trouxeram conteúdos dos projetos de forma geral, assim como, falaram da Iara, Cuca, Saci, Boi bumba,

etc.

Considerando ainda o trabalho com projetos, uma parceria fundamental foi com o “Expresso Lazer”

para que pudéssemos pensar em ludicidade, utilização da literatura, dos espaços e materiais. Os

conteúdos dos projetos foram contextualizados no dia a dia em sala de aula e complementados com a

presença dos profissionais do Expresso Lazer, onde trouxeram o encantamento e a vitalidade presentes

nessa equipe.

Através dos projetos as crianças tiveram a oportunidade de vivenciar experiências com a linguagem

escrita: textos escritos, produção de textos com a professora como escriba e escrita de próprio punho.

Realizaram escritas de receitas, cartazes, convites, elaboração de textos (recontos), listas, etc. Também

vivenciaram brincadeiras onde representavam a escrita de próprio punho, como médico e mercado.

Uma questão importante avaliada foi à relação das crianças com os espaços e tempos da escola,

possibilitando assim, o atendimento as especificidades. Ao propor as atividades, as professoras,

consideraram que respeitaram o tempo de cada um para a sua realização, buscando alternativas para os

que já terminaram. Algumas professoras possibilitaram que as crianças dessem andamento ao plano de

aula do dia. Outras professoras trabalharam em pequenos grupos ou por centro de interesses. Outras

professoras organizaram cantos com diversas atividades, onde ao termino da atividade principal, as

crianças puderam se direcionar a esses cantos. Uma professora apontou que aguardava um número de

crianças terminarem para liberá-las para a atividade de transição, evitando ansiedade na criança que não

terminou. Equipe gestora salientou a necessidade de planejar as atividades transitórias de forma que

estimulem e envolvam as crianças. Em relação à transição dos espaços com a turma toda, a maioria das

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professoras considera que as crianças transitam de forma tranquila, pois as crianças sabem com

antecedência a rotina. Mesmo com a antecipação da rotina, algumas professoras apontaram que

costumam conversar com as crianças sobre aonde irão e combinam os procedimentos antes de sair da

sala. Algumas professoras utilizaram a estratégia de brincarem ou cantarem pelo caminho.

O espaço da escola é visto pela comunidade escolar como um espaço educativo, pois nele sempre há

trabalhos expostos. Os projetos estiveram presentes em nossas paredes e serviram de disparadores para

as conversas com as crianças, seja porque a criança ou a turma se interessou, ou ainda, porque a própria

professora chamou a atenção das crianças para o que estava exposto, provocando a curiosidade. As

atividades expostas também remeteram as crianças a se recordarem dos assuntos tratados ao longo do

ano. Como desafio de algumas professoras, ficou a de variar o percurso para que as crianças possam

observar as atividades nos corredores que normalmente não passariam.

Considerando ainda o espaço da escola como um espaço que comunica e troca conhecimentos com seus

atores, a maioria das professoras teve a prática de expor as produções de suas crianças, fosse aos

corredores ou dentro da própria sala de aula. Duas professoras apontaram que precisam se rever nessa

questão, pois possuem o habito de expor mais dentro da própria sala, mesmo entendendo a importância

da troca com a escola como um todo.

Equipe escolar considerou ainda que ao expor as atividades precisamos sempre olhar com cuidado para

essa exposição, garantindo que estejam sempre bem fixadas, com datas e identificadas (nome da turma e

proposta), pois assim as professoras podem conversar com as crianças sobre as produções e abordar

diversos assuntos. Expor sempre as atividades na altura das crianças.

Em relação aos momentos de alimentação, no ano anterior foi levantada uma problemática sobre a

agitação das crianças e a movimentação excessiva no refeitório, por isso, após analise, revimos algumas

ações. Atualmente as ações que estão dando certo e devem permanecer são:

- Oferecer o primeiro alimento e incentivar que as crianças experimentem. Após um pequeno intervalo,

ao verificar que as crianças realmente não aceitaram o primeiro alimento, disponibilizar as vasilhas para

que se sirvam do segundo alimento;

- Ensinar as crianças o procedimento de descascar suas frutas na mesa, comerem e após o termino do

alimento levarem as cascas para o lixo;

- Uma cozinheira fica do lado de fora repondo os alimentos necessários para evitar a circulação

excessiva de crianças indo até a bancada da cozinha;

- Professora deverá permanecer no apoio a criança, ajudando-a quando necessário e orientando em ações

para que possam ser mais autônomas.

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→ Indicativos para 2017:

- No início do ano, elaborar junto com a equipe docente o cronograma do HTP e garantir os encontros

coletivos de estudo;

- Garantir espaços de discussões sobre ludicidade;

- Manter organizados os espaços onde guardamos os materiais, essa organização será feita pela própria

equipe docente periodicamente. Retornar para a sala de brinquedos o que é de uso coletivo;

- Anotar no planejamento, de forma detalhada, os materiais que utilizará na semana seguinte, dando

tempo de procurar ou solicitar o que é necessário;

- Organizar as atividades coletivas no início do ano, comprometendo toda a equipe docente;

- Ao longo dos bimestres avaliar as propostas de brincadeira simbólica coletiva periodicamente,

inclusive ouvindo as crianças, para analisar o que estão oferecendo de aprendizagens e replanejá-las

frequentemente. Ter um olhar mais atento para a utilização de recicláveis;

- Diversificar os materiais e os espaços dos circuitos. Providenciar a compra de materiais para os

circuitos

- Ao término da utilização do circuito, olhar para os espaços e materiais que compõem o circuito para a

reorganização juntamente com a turma;

- Ao planejar o circuito com os objetos sugeridos pelas crianças, sempre acrescer de alguns objetos

sugeridos pelas professoras (apresentação de diferentes objetos);

- Conversar mais com as crianças sobre o que está exposto. Caminhar mais pelos corredores com esse

intuito. Continuar lendo o cardápio do dia para as crianças, para que possam saber com antecedência o

que será servido;

- Variar os percursos pela escola para que as crianças possam apreciar as produções expostas.

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IV - CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE

ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Caracterização da comunidade

Nesses últimos anos a comunidade do entorno da escola tem passado por grandes processos de

transformações físicas, estruturais e humanas. Por esse motivo, a equipe escolar fez um estudo em

2013 do seu entorno visando adequar às ações e propostas à realidade e as necessidades da comunidade

que atende. Porém, passado alguns anos, novas transformações são verificadas por meios informais,

onde mais uma vez a equipe se depara com a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre a

comunidade, abrindo em 2017 nova necessidade de aproximação entre escola e comunidade. Essas

ações de reconhecimento se darão ao longo do ano, com passeios pelos espaços, com pesquisas,

retomadas de instrumentos informativos e análise da realidade para elaboração de plano de atendimento.

Como a construção de uma nova história se dará a partir de uma história já contada em 2013 a

comunidade da Vila Ferreira contava com algumas associações, tais como: uma ONG (reabilitação de

dependentes químicos), duas escolas de Samba, o CRAS (Centro Regional de Atendimento Social), o

CASF (Centro de Atendimento Sócio Familiar), Associação dos Moradores da Vila Ferreira e

Associação Amigos de Bairro da Vila Ferreira.

Ainda em 2013 foi realizado um trabalho junto à equipe escolar, onde visitamos algumas

instituições com o intuito de buscar mais informações sobre os atendimentos oferecidos à comunidade.

O CRAS estava situado à Rua João Batista Capitânio, 160 – Jd. Esmeralda. Essa instituição tem

como finalidade acolher, orientar e encaminhar algumas necessidades básicas das famílias, como por

exemplo, em qual programa do governo a família se enquadra (bolsa família, renda cidadã, cartão

alimentação entre outros); assim como promover ações socioeducativas (cursos de artesanatos).

A região contava também com várias escolas municipais, sendo as mais próximas à U.E a EMEB

Profº Florestan Fernandes que atende o ensino fundamental e a EMEB Marcelo Peres Ribeiro,

inaugurada em 2010, que atende as crianças de 0 a 3 anos, assim como o CEU Celso Augusto Daniel.

Também está situada nas proximidades, a Escola Estadual Professora Maria Osório Teixeira, que atende

o ensino fundamental II e o ensino médio.

A EMEB Profº Florestan Fernandes possuía projetos voltados ao atendimento aos próprios

alunos, tais como, “Tempo de Escola” e “Segundo Tempo”. O projeto Tempo de Escola não abrangia

toda a demanda, por isso, existiam critérios para a seleção dos alunos participantes. Na ocasião os

projetos voltados à comunidade de forma geral que eram os de laboratório de informática e biblioteca

interativa estavam indisponíveis, mas existia a intenção de retomá-los. A quadra de esporte podia ser

utilizada pela comunidade aos finais de semana. Também no Florestan Fernandes, ocorriam as OP

(orçamento participativo), onde recebiam o prefeito e alguns secretários para prestação de contas e junto

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com a comunidade definirem o que era prioritário para a comunidade em relação ao trabalho da

prefeitura. Entre as prioridades elencadas em 2016, a reforma do Florestan Fernandes foi aprovada para

2017.

O CEU Celso Augusto Daniel, além do atendimento à educação básica e EJA, disponibilizava

seus espaços para as secretarias de cultura e lazer. Essas secretarias promoviam alguns eventos à

comunidade, os quais eram divulgados pontualmente por essas próprias secretarias, tais como, teatro e

cinema. No CEU também havia cursos profissionalizantes, onde os interessados realizavam suas

inscrições (manicure, depilação e culinária). Esses cursos eram divulgados periodicamente pela

secretaria de educação e pela própria U.E.

Na EMEB Padre José Maurício era oferecido ao público curso de capoeira gratuito, sempre às

quartas-feiras à noite, aos sábados à tarde e aos domingos no período da manhã. Contávamos com a

quadra de esportes que também era disponibilizada à população aos finais de semana, conforme

solicitado, com a supervisão do guarda.

A Escola Estadual Professora Maria Osório Teixeira tinha o projeto ‘Escola da família’, que atendia a

comunidade aos finais de semana. Esse projeto oferecia diversos cursos, entre eles: teatro, ballet, libras e

inglês. Todos os cursos eram gratuitos e ministrados por monitores em formação acadêmica. Os

monitores eram selecionados pelo site do governo estadual/escola da família, onde os estudantes

acadêmicos podiam fazer a inscrição e, se selecionados, ganhariam a bolsa integral do seu curso.

Não foi possível colher informações na Associação dos Moradores da Vila Ferreira e Associação

Amigos do Bairro da Vila Ferreira, pois não conseguimos contato com os responsáveis. A sede estava

situada em frente à EMEB Profº Florestan Fernandes. Conforme pesquisa realizada pela equipe escolar

em visita a comunidade em 13/04/13, a comunidade desconhecia o trabalho disponibilizado por essas

instituições:

No bairro existe Centro Comunitário / Associação de moradores?

Sim 16

Não 18

Sim

Não

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Qual o atendimento disponibilizado neste local?

Aula de dança 1

CDHU 3

Não sabe 3

Nenhum 13

Orientação médica 4

No bairro existiam diferentes modalidades de comércio, tais como: lojas, depósitos de materiais

de construção, bicicletaria, lojas de roupas, mecânicas de autos e motos, cabeleireira, padaria, açougue,

rotisseria, bares, etc., assim como, igrejas de diversas crenças.

A partir de 2013, a Prefeitura de São Bernardo do Campo passou a dividir a cidade em regiões

conforme PPA (plano plurianual), sendo que o bairro Vila Ferreira está localizado na macrorregião 3-K.

Dentro dessa divisão, quanto ao atendimento à saúde, os moradores contavam com duas UBS

localizadas nos bairros vizinhos, uma no Bairro Alves Dias (UBS Lucia Magalhães Gomes Ramacciotti)

e a outra no Jardim Nazareth (UBS do Jardim Nazareth), havia também agentes de saúde que visitavam

as casas das crianças. As famílias também buscavam atendimento na UPA, localizada próxima ao Bairro

Assunção.

De acordo com os dados apresentados pela divisão da macrorregião, existiam no bairro projetos

que abrangiam esportes e lazer, tais como: Projeto Tigrinho, Projeto Esporte e Lazer, Tempo de Férias,

Projeto de Bem com a Vida e Expresso Lazer. Entretanto, após pesquisa realizada pela equipe escolar

em visita à comunidade, durante reunião pedagógica em 13 de abril de 2013, constatou-se que a

população desconhecia tais projetos, conforme gráfico abaixo:

Quais opções de lazer existem no bairro?

Muitas 0

Poucas 6

Nenhuma 18

Projeto de bem com a vida 1

Devido a essa constatação identificou-se a necessidade de maior divulgação dos projetos

oferecidos para a comunidade. Portanto, a equipe da EMEB Padre José Mauricio, em parceria com

02468

101214

Série1

0

5

10

15

20

Muitas Poucas Nenhuma Projeto debem com a

vida

Série1

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essas entidades, fez a divulgação em momentos oportunos, como por exemplo, em cartazes fixados na

entrada e em reunião de APM/CE.

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2. Comunidade escolar

2.1 Caracterização

A nossa comunidade escolar é composta por crianças matriculadas nessa U.E. de 03 a 06 anos de

idade, seus familiares, parceiros de trabalho (orientadora pedagógica e equipe de orientação técnica) e

funcionários, entre eles: professores, gestores, auxiliar em educação, oficiais de escola, auxiliares de

limpeza, cozinheiras e vigilantes. A maioria das crianças ingressantes nessa unidade escolar vem das

creches próximas à escola, seja da própria prefeitura ou das creches conveniadas.

São pessoas advindas das diversas partes do país que carregam consigo vivências e experiências

diversas, que os caracterizam como seres únicos. Suas culturas, costumes, valores, crenças e situações

socioeconômicas são variadas.

Essa diversidade foi reconhecida em todos os aspectos levantados para a caracterização da

comunidade escolar em 2013, através de vários instrumentos de coleta e análise de dados, tais como:

ficha de matrícula, certidão de nascimento, questionários, entrevistas, reunião com pais e visitas à

comunidade. E todas essas diferenças e semelhanças enquanto seres humanos fundem-se no ambiente

escolar da nossa EMEB. Ambiente esse de discussão, reflexão, participação, para que seja de acolhida,

de respeito às diferenças, de construção de memórias e histórias, através de ações que garantam

atendimentos a todos e qualidade nas propostas pedagógicas.

Para tanto algumas questões foram relevantes de serem pesquisadas como a crença e a estrutura

familiar, já que estão diretamente relacionadas aos anseios das famílias no que se refere às

comemorações de algumas datas comemorativas, principalmente por se tratarem de eventos que sempre

foram reproduzidos no ambiente escolar. Essa pesquisa possibilitou o desenvolvimento de um trabalho

de reflexão e tomada de decisões por parte da comunidade escolar, desmistificando a existência de uma

única forma de apresentação da família e da cultura. Atualmente percebe-se que a demanda com

trabalho de valorização e respeito às diferenças é necessário, sendo que as políticas públicas vêm ao

encontro dessas necessidades.

Outra característica bastante significativa nessa comunidade escolar, que aparece em diversos

momentos, seja em conversas formais ou informais, é a questão da alfabetização na educação infantil

centrada principalmente na leitura e escrita. Portanto esse tema está sempre em debate em momentos

formativos com a equipe escolar e com os responsáveis pelas crianças de forma geral, valorizando o

letramento e o espaço do brincar como fundamentais para o desenvolvimento infantil.

Quanto à estrutura física, que envolve a moradia de nossas crianças, observamos que o bairro

está dividido entre moradias do CDHU (prédios), moradias de alvenaria e madeira já identificadas pelo

CDHU para continuidade da urbanização e também moradias estáveis de alvenaria próximas à escola.

Fazendo uma retrospectiva desta comunidade observamos melhorias quanto ao saneamento básico e

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organização do espaço físico. Encontramos também muitas construções de prédios em andamento, o que

caracteriza que o bairro ainda receberá muitos moradores.

Houve um crescimento demográfico do bairro, entretanto segundo informações obtidas em

reunião com a equipe do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), algumas

reestruturações ainda não estão atendendo a necessidade direta da comunidade, como por exemplo, o

serviço urbano de coleta de resíduos domiciliares. Por esse motivo o CDHU vem desenvolvendo um

projeto de conscientização sobre o destino dos resíduos produzidos pela comunidade, juntamente com a

zoonose e a UBS.

Pensando na necessidade da comunidade em que a escola está inserida, assim como na

preservação do meio ambiente, a comunidade escolar vem se envolvendo em alguns projetos, tais como:

Passagem da Vitória

Passagem Alto da Boa Vista

Avenida Juscelino Kubitschek

Rua João Batista Capitânio

Avenida Juscelino Kubitschek

Avenida Juscelino Kubitschek

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coleta de óleo para reciclagem (parceria com o Instituto Triângulo), reutilização de materiais reciclados

(confecção de brinquedos), coleta de recicláveis (plásticos, vidros e papéis), reaproveitamento de

alimentos e preservação da natureza e seus recursos.

ANÁLISE DOS GRÁFICOS

Constatamos que a maioria dos pais das crianças matriculadas nessa U.E. é nascida no Estado de

São Paulo. Verificamos ainda, que uma parcela considerável de pais é proveniente da Bahia e de Minas

Gerais. Já as crianças matriculadas nessa U.E. são nascidas no ABCD, sendo em sua maioria, na cidade

de São Bernardo do Campo.

11%

1%

1%

13%

63%

6% 5% Diadema

Jundiaí

Mauá

Santo André

São Bernardo do Campo

São Paulo

Outros Estados

2%

11%

1%

5% 1%

1%

6%

1% 2%

1%

6%

4%

1%

56%

2%

Alagoas

Bahia

Brasilia

Ceará

Maranhão

Mato Grosso do Sul

Minas Gerais

Pará

Paraíba

Paraná

Pernambuco

Piauí

Rio Grande do Norte

São Paulo

Sergipe

Alunos Fichas de matrícula

Pais

Fichas de inscrição

Certidão de nascimento

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Em questionário apareceu que a maioria das crianças tem como responsável direto a mãe, e de

acordo com a entrevista realizada no início do ano com os responsáveis, a equipe escolar constatou que,

frequentemente, os avós, padrastos e outros, assumem os cuidados diários das crianças, indicando que as

famílias são compostas por diversas estruturas e o núcleo familiar é variado.

Nos dados coletados observamos uma variedades de crenças, sendo que uma pequena parcela

não declarou crença alguma. Muitas pessoas declararam ainda que são orientadas por alguma religião,

com uma parcela maior denominando-se católicas.

A escolaridade dos responsáveis pelas crianças também é bem variável, constatamos que

atendemos responsáveis diretos pelas crianças com formação acadêmica e outros que não frequentaram

a escola. Em sua maioria os responsáveis declaram que possuem ensino médio completo. Importante

salientar que para a equipe escolar a escolaridade dos responsáveis diretos ou indiretos pelas crianças

não influência em sua competência, apenas serve para oferecermos suporte em propostas pedagógicas

que envolvam a comunidade.

37%

4%

50%

9%

Pai e mãe

Pai

Mãe

Outros

Questionário

36%

2%

57%

1% 2%

1%

1%

Evangélica

Espírita

Católica

Test. Jeová

Cristão

Não declarou crença

Deus

Questionário

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2.2 Plano de Ação para a Comunidade Escolar

Justificativa

* Há alguns anos a comunidade vem passando por grandes transformações em sua estrutura física e humana, sendo esse reflexo notório na comunidade escolar. Por esse motivo, em 2017, retomaremos em parceria (escola/comunidade) o estudo sobre questões do entorno, a fim de adequar o atendimento as nossas crianças e famílias considerando a realidade.

* Também observamos que a comunidade escolar, assim como a sociedade de forma geral, vem enfrentando algumas questões ambientais com a produção excessiva de resíduos residenciais. Pensando nessa problemática, consideramos também para o plano de ação com a comunidade desenvolver estratégias que minimizem o acúmulo desses resíduos e consequentemente seu impacto ambiental.

* Outra questão que consideramos importante nesse plano de ação é pensar como contribuir para a qualidade de vida, sendo assim, todo ano estabelecemos parceria com a equipe da Unidade de Saúde Básica (UBS) Alves dias, buscando acompanhar as famílias e as crianças com relação aos cuidados com a saúde. Esse ano vamos dar continuidade a essa parceria, intensificando nossas ações, bem como trazer para as discussões a questão da alimentação saudável.

Objetivos gerais e específicos

* Conhecer o entorno da escola e as pessoas que compõe a comunidade escolar, visando qualificar as propostas e ações para atendê-los em suas necessidades.

* Elaborar projeto coletivo escolar com o tema “meio ambiente e sua

transformação” em parceria com a comunidade

* Conscientizar a comunidade escolar sobre a necessidade da coleta seletiva, reutilização de sucatas, coleta de óleo;

* Redirecionar a finalidade de alguns resíduos residenciais (alimentos, embalagens e óleo).

* Refletir a importância da saúde bucal, para qualidade de vida.

* Discutir com as famílias estratégias para garantir uma alimentação mais saudável.

22%

14%

14%

43%

0% 3%

1% 2%

1% Fund. Incompleto

Fundamental Completo

Médio Incompleto

Médio Completo

Superior Incompleto

Superior Completo

Pós graduação

Não frequentou

Em branco

Questionário

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Ações propostas (metodologia)

* Passeios ao entorno da escola visando levantar observáveis pertinentes ao desenvolvimento do trabalho da escola, como por exemplo, coleta de lixo, espaços para lazer/brincadeiras das crianças, tipos de moradias, comércio e associações/instituições para possíveis parcerias, etc.

* Entrevistas com as pessoas que trabalham em locais onde se tenham potencialidades de parcerias, exemplo, CRAS, escolas, associações;

* Levantamento de dados através de pesquisas, entrevistas, ficha de matriculas, certidão de nascimento, etc.;

* Elaborar projeto pedagógico sobre meio ambiente com a contribuição e participação da comunidade;

* Parceria com o Instituto Triângulo (contaminação do meio ambiente e reaproveitamento de óleo de cozinha);

* Campanha de arrecadação de sucata para construção de brinquedos e de kits de brincadeira simbólica;

* Parceria com a equipe da UBS Alves Dias através de palestras.

* Parceria com nutricionista para palestras (possivelmente da SE ou do SESI);

* Elaboração de folder sobre alimentação saudável.

Responsáveis * Equipe de gestão e parceiros.

Prazo/ Periodicidade * Durante todo o ano letivo.

2.3 Avaliação

A avaliação será processual, ocorrendo semestralmente durante as reuniões com Conselho de

Escola/APM e encontro com pais, em impressos baseado nos Indicadores da Qualidade na Educação

Infantil que abordam os temas formativos de atendimento aos alunos e às famílias. Ao término de cada

evento com a comunidade presente, as famílias deixarão suas impressões e sugestões através de

registros com materiais disponibilizados pela U.E.

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3. Equipe Escolar

3.1 Professores

3.1.1 Caracterização

A equipe de professores é composta por

profissionais que são formados na área do magistério, seja

a nível médio ou superior. Atualmente faz parte da

equipe, oito professoras no período da manhã e oito

professoras no período da tarde. Dessas,cinco dobram

período em outras unidades, seja do próprio município ou

em outros municípios. Dessas professoras que dobram

período em outras escolas, três lecionam no fundamental, as demais se dedicam exclusivamente a

educação infantil.

Para o atendimento e a qualificação da equipe de professoras temos como prática organizada o

trabalho com Plano de Formação e Plano de Ação, sendo que essa prática contribui em muito para

construção efetiva de novos conhecimentos e novas práticas.

Anualmente as necessidades formativas da equipe docente são elencadas levando-se em

consideração as avaliações da equipe e observações realizadas ao longo do ano anterior e posteriormente

validadas pela própria equipe docente e gestores.

O plano de formação é efetivado em sua maior parte em HTPC e reuniões pedagógicas e o plano

de ação de algumas necessidades específicas ocorre nos momentos de atendimento individualizado ao

professor ou nos horários de trabalho pedagógico (HTP).

O HTP (horário de trabalho pedagógico) é o horário de trabalho dos docentes, sem crianças

(alunos), onde realizam as atividades relacionadas às suas atribuições para organização e qualificação

das ações pedagógicas. Entre as atribuições realizadas nesses momentos, a nossa equipe docente, elenca

planejamento, registros, organização das salas e materiais e estudo. Visando a organização desse tempo,

a equipe docente elaborou um cronograma semanal com atividades individuais e coletivas.

O HTP das professoras de 30 horas semanais do período da manhã ocorre de segunda a sexta-

feira das 7:00 às 8:00. O HTP das professoras do período da tarde ocorre de segunda a sexta-feira das

17:00 às 18:00.

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Organizar sala e materiais para a semana /separar

livros

Elaborar ou organizar as

atividades/ grupo de estudo sobre as

atividades da rotina (socialização de

práticas / Estudo de pequenos textos)

Organização das atividades coletivas

(tarde) / planejamento e

registros /

Organização das atividades coletivas

(manhã) / planejamento e

registro

Planejamento e registro

OBS.: Última semana do mês encontro coletivo com as gestoras para estudo de pequenos textos

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Em 2017 o HTPC acontecerá em um único horário para os dois agrupamentos de professoras

(manhã e tarde), sempre às quartas-feiras das 18:40 às 21:40, em conformidade com as normativas da

SE. Garantir um único agrupamento tem favorecido as discussões, já que esse é o momento onde os

períodos se encontram para tratar dos assuntos referentes à escola.

Para tentar garantir a organização e a previsibilidade dos HTPC’s, no início de cada semestre, a

equipe gestora entrega a equipe docente um cronograma de previsão de assuntos a serem abordados a

cada encontro, considerando as necessidades. Esse cronograma passa por apreciação e análise da equipe

para sugestões e readequações.

O planejamento do HTPC é flexível e poderá passar por alterações caso haja necessidade.

A demanda administrativa será organizada e socializada nesse momento caso haja necessidade,

pois estamos organizando outros espaços e formas de comunicação para essas questões.

Devido ao plano de formação e algumas ações específicas, poderemos convidar toda a equipe

escolar para participar de determinados HTPC’s.

Acreditamos que o HTPC tem como objetivos:

Proporcionar trocas efetivas de conhecimentos no grupo de professores e gestores;

Discutir e construir os princípios que norteiam o nosso trabalho a partir do aprofundamento

sobre os estudos de concepções de criança, escola e ensino aprendizagem;

Garantir momentos de formação e reflexão sobre as práticas pedagógicas;

Estabelecer relações pessoais entre os indivíduos do grupo.

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PROFESSORES

Nome Situação

Funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola Observação Graduação

Pós

Graduação

Adriana Sabatini Gonçalves

CLT Magistério e

Letras

Desde Mai/07

Desde Fev/13

EMEB Estudante Flamínio Araújo de

Castro Rangel

Alline de Oliveira Ramos

Estatutária Pedagogia Educação Infantil

Desde Abr/12

Desde Jul/13

***

Ana Cristina da Silva Estatutária Magistério e Pedagogia

Psicopedagogia Desde Jan/12

Desde Fev/15

***

Catia das Graças Horário

Estatutária Pedagogia Psicopedagogia e Ed. Inclusiva

Desde Mar/12

Desde Fev/15

Diadema

Cintia Sato Estatutária Pedagogia e

Artes Visuais

Psicopedagogia, Artes e

Educação

Desde Out/13

Desde Fev/17

***

Cleusa Caetano Guerino

Estatutária Pedagogia Desde Jan/12

Desde Fev/15

***

Fabiana Carvalho de Araújo Silva

Estatutária Pedagogia,

Letras e Magistério

Ed. Inclusiva ,

Ludopedagogia e Psicopedagogia

Desde Fev/10

Desde Fev/17

***

Janaina Barbosa Montes

Estatutária Pedagogia Ludopedagogia e Psicomotricidade

Desde Ago/13

Desde Fev/17

São Paulo

Leila Rodrigues Rocha

Estatutária Pedagogia Ed. Infantil e Alfabetização

Desde Abr/15

Desde Abr/15

***

Luciene Luisa de Oliveira Pereira

Estatutária Pedagogia Não Desde Ago/10

Desde Fev/13

EMEB Coelho Neto

Magali Francisca Saraiva

Estatutária Pedagogia Alfabetização e Letramento

Desde Ago/13

Desde Fev/17

***

Marcia Andrade da Costa

Estatutária Pedagogia e

Teologia Não

Desde Jun/16

Desde Jun/16

***

Maria dos Remédios de Moura Costa

Estatutária Pedagogia Não Desde Fev/17

Desde Fev/17

***

Paula Harumi Kawakami dos Santos

Estatutária Letras Não Desde Mar/13

Desde Fev/17

***

Priscila de Oliveira Basso

Estatutária Pedagogia Psicopedagogia Desde Ago/13

Desde Fev/17

Diadema

Rebeca Cristina Silva Soares

Estatutária Pedagogia Cursando Psicomotricidade

Desde Abr/12

Desde Fev/15

***

Valdirene Reis da Silva

Estatutária Pedagogia Não Desde Mai/95

Desde Fev/97

Diadema

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3.1.2 Plano de Formação para os professores

Justificativa

Após estudo sobre instrumentos metodológicos a maior parte da equipe docente apropriou-se de novas práticas de observar, registrar e planejar, porém algumas inquietações se fizeram presente no momento de tornar esse material elaborado como parte da documentação pedagógica. Por esse motivo vamos aprofundar nossos estudos visando responder algumas questões:

* Somente o relatório dá visibilidade ao processo de desenvolvimento das crianças?

* O que escrever nesses relatórios e quais imagens utilizar?

* Os registros semanais também são considerados como documentação pedagógica?

* Quais materiais devem separados para compor um portfólio?

* Como fazer com que a criança seja protagonista na elaboração da documentação?

* Qualquer exposição vira documentação?

Objetivos gerais e

específicos

OBJETIVOS GERAIS:

* Possibilitar a visão da equipe docente como produtora e autora de prática e teoria, fortalecendo o sentido de pertencimento de cada um em uma identidade coletiva;

* Socializar conhecimentos acumulados individualmente, vislumbrando o fortalecimento da construção de grupo;

* Instrumentalizar o professor para a qualificação de seus saberes e práticas através de discussões e estudos teóricos;

* Reconhecer o Projeto Politico Pedagógico da escola como instrumento norteador das nossas ações.

* Apropriar-se do PPP da escola como ponto de partida para as discussões, reflexões e planejamentos das ações, revisando-o de acordo com a elaboração dos saberes construídos pela equipe.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

* Compreender a importância e a necessidade da documentação como instrumento que revela o processo de desenvolvimento da criança;

* Aprofundar conhecimentos sobre as teorias formuladas a respeito dos temas formativos de forma reflexiva, estabelecendo relações com as práticas pedagógicas da equipe;

* Debater as práticas e os conhecimentos individuais, possibilitando o aprimoramento das propostas a partir de estudos e trocas entre os pares;

* Analisar e encaminhar práticas docentes referentes às propostas de documentação;

* Colocar em jogo os conhecimentos já adquiridos e os conhecimentos construídos ao longo da formação, concretizando-os em possibilidades de documentação;

* Analisar as práticas de documentação buscando aprimorar a intencionalidade das propostas;

* Refletir sobre diversas formas de documentar as ações que levem ao exercício de analisar e encaminhar propostas pedagógicas;

* Apropriar-se de estratégias com focos de observações possíveis para análise e registro sobre as experiências vividas pelas crianças e avaliação sobre a prática

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docente.

* Debater práticas docentes que levam a equipe docente a pensar sobre propostas lúdicas e significativas (diversas linguagens), que envolvam o pensar e o fazer das próprias crianças;

Ações propostas

(metodologia)

* Estudos teóricos sobre os temas formativos com discussões sobre seus conteúdos, buscando analisar a prática a partir desses embasamentos;

* Registros reflexivos que se tornem documentação com foco nas experiências vividas pelas crianças a partir atividades propostas em planejamento;

* Socialização e análise de documentação elaborados por membros da equipe docente;

* Levantamento de possibilidades e dificuldades referentes a observações em sala

* Propostas de exercício do “olhar observador e registro” com foco nas crianças;

* Socialização das experiências vividas pelas professoras sobre o olhar observador

* Seminários elaborados pelas professoras, em pequenos agrupamentos, sobre documentação, considerando sua elaboração com a participação das crianças, os focos de observação, as formas de registros utilizados com as crianças e pela professora;

* Avaliações periódicas do plano formativo utilizando diversas linguagens;

* Análise e revisão do PPP;

Embasamento Teórico:

* Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – MEC - 2010;

* Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica – MEC - 2013

* Proposta Curricular de SBC;

* Abordagem Reggio Emila:

- Bambini: A abordagem Italiana à educação infantil – Lella Gandini

- Tornando visível a aprendizagem das crianças – Linda Kinney

- Qualidade na Educação da Primeira Infância: perspectivas pós-modernas – Gunilla Dahlberg

- Processo de Documentação como ciclo de investigação: Gamdini e Goldharber

- A documentação pedagógica na abordagem italiana: apontamentos a partir de pesquisa bibliográfica

- Mônica Pinazza: Material de produção própria

* Francisco Marques – Muitas coisas poucas palavras - 2009;

* Loris Malaguzi – As cem linguagens da criança;

* Francesco Tonucci – Com olhos de criança - 2203;

* Revistas: Pátio, Avisa lá e Nova Escola;

* Mario Sérgio Cortella – Paradigmas da Educação;

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* Vídeos:

- Ateliê de fotografia: Um olhar sensível para a infância – André Carrieri

- Como fazer registros pedagógicos em foto e vídeo – André Carrieri

- Afinal o que é documentação pedagógica? – Tempo de creche

- Documentação pedagógica – Escola Bakhiota

* Em aberto - Indicações de embasamento teórico e pesquisas conforme tema.

Responsáveis Equipe gestora

Cronograma

* HTPC’s semanais;

*Reuniões Pedagógicas;

*Encontros em HTP.

3.1.3 Avaliação do Plano de Formação

A avaliação do Plano de Formação se dará através da observação da rotina, do acompanhamento,

de registros e práticas, reflexões coletivas sobre os registros individuais, levantamento dos conteúdos e

sistematização dos encontros através de diversos tipos de registros (várias linguagens: desenhos,

imagens, representações, etc.) e avaliação periódica do plano de formação (justificativa, objetivos,

aprendizagens do grupo) e dos textos do PPP que contemplam o assunto, tais como, a rotina, concepções

e os princípios.

3.2 Auxiliares em Educação

3.2.1 Caracterização

Na U.E. contamos com o apoio de um auxiliar de educação, cuja carga horária é de 40 horas

semanais. Sua função é de dar apoio às salas que possuem crianças com deficiência, tanto no período da

manhã como no período da tarde. Esse é um apoio de suma importância, já que auxilia no atendimento

às especificidades da criança e ao mesmo tempo possibilita ao professor atender as crianças de forma

geral.

O auxiliar de educação também tem o compromisso de registrar os seus observáveis e suas

dúvidas, pois através dos registros é possível a devolutiva e orientações por parte da coordenação,

ajudando nos aspectos formativos dessa profissional. Assim como também se faz necessário para o

acompanhamento formativo a observação e reuniões individuais a respeito dos atendimentos realizados

por esse profissional.

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Nome Situação

Funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo

na

escola

Observação Graduação

Pós

Graduação

Wanderley de Araujo

Rocha Estatutário Pedagogia * * *

Desde

Fev/14

Desde

Jul/16

3.2.2 Plano de formação para os auxiliares

Justificativa

Independente de qual for a sua deficiência, a criança tem o direito de frequentar a

educação regular, sendo que os profissionais precisam se preparar para atendê-los com

qualidade, valorizando suas capacidades e potencialidades e, ao mesmo tempo

garantindo o atendimento às suas necessidades.

Objetivos gerais e específicos

* Conhecer a legislação vigente sobre o atendimento às crianças com deficiência no ambiente escolar;

* Refletir sobre embasamentos teóricos referentes aos benefícios do trabalho com inclusão no ambiente escolar;

* Discutir casos específicos das potencialidades e capacidades de cada criança;

* Atender com qualidade as crianças.

Ações propostas (metodologia)

* Acompanhamento e devolutiva dos registros;

* Participação em encontros com a equipe técnica sobre os casos acompanhados pelo auxiliar em educação;

* Leitura de textos e legislações para reflexão e discussão com a gestão;

* Leitura sensível de imagens e vídeos para discussão com a gestão;

* Estudo de caso;

* Encaminhamentos do trabalho;

* Análise de práticas.

Responsáveis * Equipe gestora

Cronograma

* HTPC’s específicos;

* Reuniões Pedagógicas;

* Encontros agendados com a EOT;

* Devolutivas quinzenais.

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3.2.3 Avaliação do Plano de Formação:

A avaliação do Plano de Formação se dará através da observação da rotina, do acompanhamento,

de registros e práticas, reflexões coletivas sobre os registros individuais, levantamento dos conteúdos e

sistematização dos encontros através de diversos tipos de registros (várias linguagens: desenhos,

imagens, representações, etc.) .

3.3 Funcionários

3.3.1 Caracterização

Nosso quadro atual de funcionários é formado por:

05 funcionárias de apoio (terceirizado Guima – empresa terceirizada)

02 oficiais de escola, sendo 01 oficial na BEI

02 cozinheiras (terceirizado Convida – empresa terceirizada)

Durante este ano continuaremos privilegiando:

Autonomia do grupo, tomada de decisões em assuntos que dizem respeito ao trabalho;

A formação da equipe, pois são educadores dentro do espaço escolar e por isso participarão das

Reuniões Pedagógicas e de reuniões mensais com toda a equipe de apoio, cozinha e oficiais de escola.

Temos como dinâmica de organização e limpeza dos espaços internos e externos e dos

equipamentos a seguinte rotina:

Limpeza das salas - diária e entre os intervalos dos períodos, com limpeza das mesas,

organização do mobiliário, limpeza do chão (varrer e passar pano);

Banheiros - lavados diariamente e manutenção da limpeza durante todo o período;

Pátio – lavar diariamente e varrer quando necessário para a manutenção;

Refeitório – lavar diariamente e varrer quando necessário para a manutenção;

Ateliê, Sala de brinquedos e Biblioteca – varrer e passar pano, tirar o pó e organizar os materiais

nos lugares corretos diariamente e encerar uma vez por semana;

Parque, tanque de areia e área externa – limpeza geral 02 vezes por semana, e de acordo com a

necessidade. Higienizar o parque e tanque de areia às sextas-feiras;

Área interna - Encerar toda área interna semanalmente;

Os bebedouros deverão ser lavados diariamente;

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Retirada do lixo das lixeiras internas e levar para a parte externa. Lavagem diária da lixeira;

Abastecer banheiros, lavatórios e locais semelhantes com materiais higiênicos;

Limpeza geral das dependências e instalações da U.E.;

Responsabilizar-se pelo manuseio de objetos, utensílios e/ou equipamentos, quando da limpeza

dos móveis existentes na U.E.;

Controlar o uso e o gasto dos materiais de limpeza, solicitando através de impresso próprio,

quando necessário (mapa de materiais);

Todos os materiais da escola (jogos e brinquedos) deverão estar devidamente limpos e

organizados.

OBS: É importante a cooperação de toda a equipe para o atendimento às crianças em caso de acidentes,

trocas de roupa e auxílio nas questões de preservação da segurança, assim como participação nos

estudos de meio.

3.3.2 Plano de Formação para os funcionários:

Justificativa

Em 2016 buscando qualificar o trabalho e suas ações dentro do ambiente escolar fizemos um estudo sobre o desenvolvimento infantil, sua história , algumas características peculiares a cada faixa etária e como lidar com elas, onde a equipe conseguiu trazer significado para muitas práticas observadas no dia a dia da escola. A partir daí, outras inquietações surgiram e para darmos continuidade aos nossos estudos a proposta de trabalho para 2017 é conhecer o trabalho desenvolvido com as crianças de inclusão nas escolas de SBC.

Objetivos gerais e específicos

* Entender o processo de inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares; * Promover uma cultura de convivência com as diferenças; * Refletir sobre o significado do trabalho com as diferenças.

Ações propostas (metodologia)

* Apresentação mensal do calendário da U.E.; * Slides para apresentação do histórico do processo de inclusão no Brasil e em SBC; * Leitura dos textos elaborados pela equipe gestora a respeito do tema; * Discussão em grupo sobre determinadas características de cada deficiência; * Participação da psicóloga Cidinha e fono Mônica em reunião de formação com a equipe; * Vídeo sobre a inclusão;

Responsáveis * Equipe gestora

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Cronograma * Mensalmente;

3.3.3 Avaliação do Plano de Formação

A avaliação ocorrerá em diversos momentos da formação, sendo:

Análise com a equipe de apoio considerando o envolvimento de cada um na organização da

escola, para propiciar a participação efetiva de todos nas atividades propostas;

Reflexões coletivas sobre as práticas pedagógicas que ocorrem na escola a partir da formação e

encaminhamentos de novas ações;

Avaliação semestral.

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4. Conselhos

4.1 Conselho de Escola

4.1.1 Caracterização do Conselho de Escola

O Conselho de escola é composto por representantes da comunidade escolar e tem como

atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito da

escola. Cabe ao conselho também, analisar as ações, negociar e encaminhar as demandas educacionais,

possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática. Trata-se de uma instância de

discussão, acompanhamento e deliberação, na qual se busca incentivar uma cultura democrática. Nesse

sentido temos como proposta promover a interação das ações entre Conselho de Escola, APM e

comunidade.

“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e

dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão,

também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso

que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente.” Paulo Freire.

CONSELHO DE ESCOLA

Nome Segmento Função no

conselho Titular ou suplente

Carina Schiavinato Pires de Angelo Diretora Escolar Presidente Titular

Kátia Cilene de Souza Rocco Coord. Pedagógica 1ª secretária Titular

Márcia Andrade da Costa Professora 2ª secretária Titular

Marina Mengod Dal Cortivo Oficial de escola Titular Titular

Herlene Batista Carvalho Mãe de aluno Coord.de pais Titular

Adriana Silva dos Santos Mãe de aluno Titular Titular

Raony Pereira Cardoso Pai de aluno Titular Titular

Carla Cristina Santos Mãe de aluno Titular Titular

Danyela Liberalino Santos Oficial de escola Suplente Suplente

Ana Cristina da Silva Professora Suplente Suplente

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Cíntia Sato Professora Suplente Suplente

Karen Cristina Aparecida Dias Durães Mãe de aluno Suplente Suplente

Simone Silva Sousa Mãe de aluno Suplente Suplente

Tamires Ferreira Gomes Teles Mãe de aluno Suplente Suplente

4.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola

Almejamos constituir um Conselho de Escola e APM atuantes em nossa escola, pois quando se

opta por uma gestão democrática entende-se que toda comunidade escolar participa das decisões, através

da sua representação nos dois órgãos colegiados.

Dessa forma, as reuniões do Conselho de Escola e APM acontecerão no mesmo dia e horário,

visando integração e parceria entre os membros. Todos os membros serão convidados a participar das

Reuniões Pedagógicas.

As reuniões ocorrerão mensalmente, sempre às quartas-feiras, no período da manhã, para facilitar

a organização dos participantes.

Justificativa

Este ano realizaremos em nossa escola um projeto coletivo voltado para conscientização ambiental, no sentido de transformar o meio em que vivemos, tornando-o sustentável. Enquanto grupo atuante dentro da comunidade escolar buscaremos incentivar a participação de todos os envolvidos neste processo através de diversas ações dentro e fora da escola.

Objetivos gerais e específicos

* Socializar os recursos da APM com o Conselho de escola, a fim de melhor encaminhar as ações conjuntas do plano de trabalho;

* Participar com pesquisas junto à comunidade escolar;

* Contribuir com suas experiências pessoais e conhecimentos sobre o assunto trabalhado;

* Participar de diversos momentos de atividades junto às professoras e as crianças;

*Organizar e divulgar palestras;

*Participar de atividades de intervenção no ambiente escolar.

Ações propostas (metodologia)

* Apresentação do plano de trabalho para o colegiado, encaminhando as ações para melhor investimento dos recursos;

* Apresentação das demandas da escola em cada reunião do colegiado, buscando sempre a clareza na execução do plano de trabalho;

* Pesquisa com as famílias sobre o assunto trabalhado;

* Momentos de participação na rotina escolar (roda de conversas, culinárias,

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brincadeiras, entre outras);

*Confecção de cartazes para expor na escola;

*Avaliação semestral;

*Avaliação ao longo dos momentos formativos.

Responsáveis Equipe gestora e Conselho de Escola

Periodicidade Durante todo o ano letivo

4.1.3 Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola

Participação efetiva da maioria dos membros em todas as reuniões. Registros reflexivos

considerando os objetivos elencados. Coletas de dados, imagens e outras formas de avaliação, formando

um portfólio.

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5. Associação de Pais e Mestres

5.1 Caracterização

A APM participa, contribui e executa, nas questões político-pedagógicas, administrativas e

financeiras da U.E., objetivando o bom aproveitamento e andamento dos recursos existentes e na

aquisição de equipamentos, materiais pedagógicos e administrativos; bem como na manutenção do

ambiente físico escolar. Mantendo a prática da Gestão Democrática entre os

colegiados/escola/comunidade.

As reuniões acontecerão mensalmente, sempre às quartas-feiras, no período da tarde, a fim de

facilitar a organização dos participantes.

MEMBROS DA APM

Nome Segmento Função

Carina Schiavinato Pires de Angelo Conselho Deliberativo Presidente

Magali Francisca Saraiva Conselho Deliberativo 1ª secretária

Midiã Rodrigues de Lima Conselho Deliberativo 2ª secretária

Carla Cristina Santos Conselho Deliberativo Membro

José Neto Alves de Oliveira Conselho Deliberativo Membro

Cíntia Sato Diretoria Executiva Diretora Executiva

Ana Cristina da Silva Diretoria Executiva Vice Diretora

Adriana Silva dos Santos Diretoria Executiva 1ª tesoureira

Simone Silva Sousa Diretoria Executiva 2ª tesoureira

Kátia Cilene de Souza Rocco Diretoria Executiva 1ª secretária

Priscila de Oliveira Basso Diretoria Executiva 2ª secretária

Caroline Kraciunas de Oliveira Conselho Fiscal Presidente

Karen Cristina Aparecida Dias Durães Conselho Fiscal Membro

Alline de Oliveira Ramos Conselho Fiscal Membro

5.2 Plano de Ação da APM

Nas reuniões com os membros da APM, temos como objetivo discutir a forma que será

executado o plano de trabalho, conforme os recursos financeiros repassados através do convênio da

Prefeitura e do PDDE; sempre tendo em vista a qualidade do ensino e o atendimento das necessidades

pedagógicas e administrativas.

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Sempre como princípio o exercício da gestão democrática e da escola inclusiva.

Justificativa: Este ano realizaremos em nossa escola um projeto coletivo voltado para conscientização

ambiental, no sentido de transformar o meio em que vivemos, tornando-o sustentável. Enquanto grupo

atuante dentro da comunidade escolar, buscaremos incentivar a participação de todos os envolvidos

neste processo através de diversas ações dentro e fora da escola.

Objetivos gerais e específicos

* Discutir e executar o plano de trabalho;

* Participar com pesquisas junto à comunidade escolar;

* Contribuir com suas experiências pessoais e conhecimentos sobre o assunto trabalhado;

* Participar de diversos momentos de atividades junto às professoras e as crianças;

*Organizar e divulgar palestras;

*Participar de atividades de intervenção no ambiente escolar.

Ações propostas (metodologia)

* Apresentação do plano de trabalho para o colegiado, encaminhando as ações para melhor investimento dos recursos;

* Apresentação das demandas da escola em cada reunião do colegiado, buscando sempre a clareza na execução do plano de trabalho;

* Pesquisa com as famílias sobre o assunto trabalhado;

* Momentos de participação na rotina escolar (roda de conversas, culinárias, brincadeiras, entre outras);

*Confecção de cartazes para expor na escola;

* Avaliação semestral;

* Avaliação ao longo dos encontros.

Responsáveis * Equipe gestora e membros da APM

Periodicidade Durante todo o ano letivo

5.3 Avaliação

Participação efetiva da maioria dos membros em todas as reuniões. Registros reflexivos

considerando os objetivos elencados. Coletas de dados, imagens e outras formas de avaliação, formando

um portfólio.

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V - ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

Lei 9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases;

Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos:

Art. 3º que altera a redação do art. 32 da Seção III do Ensino Fundamental;

Art. 5º que estabelece: “Os Municípios, os Estados e o Distrito Federal, terão prazo até

2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto no art. 3º desta lei

e a abrangência da pré-escola de que trata o art. 2º desta lei.”

Objetivo da Educação Básica

LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Capítulo II

Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação

comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e

em estudos posteriores.”

Seção II

Da Educação Infantil

“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o

desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as

crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos

Objetivos Gerais da Escola

Cuidar e educar

A educação infantil é constituída pelos dois atos indissociáveis: Cuidar e Educar.

Crianças pequenas ainda estão em desenvolvimento, por isso, necessitam do apoio e do auxílio do

adulto para algumas necessidades básicas, tais como: higiene pessoal, prevenção de acidentes, auxilio

em estabelecer relações com o outro, locomoção pelos ambientes, etc. Essas ações ao mesmo tempo em

que cuidam também educam.

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Garantir educação de qualidade

É de responsabilidade dos profissionais que atuam na escola garantir que as crianças recebam uma

educação de qualidade, visando seu desenvolvimento integral. Para isso, trabalhamos com o

desenvolvimento infantil, a infância e os aspectos que envolvem as relações humanas, buscando formas

adequadas de lidar com as diversas situações do cotidiano escolar.

Desenvolver a autonomia do aluno

A criança tem plena capacidade de desenvolver sua autonomia (moral, intelectual, crítica e criativa)

se lhe forem garantidas oportunidades para tal, com momentos de escolhas/liberdade de opinião e de

expressão/construção de regras de forma democrática.

Garantir a ludicidade

Levando em conta a especificidade da criança, o lúdico vem ao encontro de uma aprendizagem

prazerosa, saudável e que respeita o desenvolvimento infantil, devendo permear todas as ações da U.E.

Garantir o brincar como espaço de aprendizagem

A brincadeira deve ser garantida na rotina escolar, pois através do brincar a criança estabelece

relações interpessoais, participa de resoluções de conflitos, autonomia, levantamento de hipóteses (testa,

seleciona, descarta), constrói conceitos e valores, experimenta novos papéis e manipula a realidade.

Estabelecer gestão democrática

A escola não é só prédio, ela se faz nas relações, na diversidade humana. Partindo deste princípio, a

participação de todas as instâncias nas avaliações, tomada de decisões e ações é de suma importância

para a construção de uma escola inclusiva, onde todos exerçam a sua cidadania.

Obs. Consideram-se as diversas instâncias: gestores, professores, apoio, crianças, pais, comunidade

de forma geral.

Desenvolver a interação entre os indivíduos

Nas diversas relações com o outro nos constituímos como seres humanos. Também formulamos e

reformulamos nossos saberes. Aprendemos com o outro e ao estabelecer relações interpessoais,

ampliamos nosso universo cultural e social, portanto no ambiente escolar, onde a diversidade se faz

presente, a interação entre os indivíduos deve ser meta de trabalho.

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Respeitar a diversidade humana

Cada indivíduo é único. São várias as situações que o colocam nessa condição humana (social,

afetiva, cultural, costumes, físicas, etc.), cabe à escola conhecer essas especificidades para desenvolver

atitudes de respeito e propiciar um atendimento de qualidade no processo de aprendizagem.

Garantir a igualdade de atendimento à criança

Todas as crianças da escola devem ser respeitadas, além de ser garantida a sua integridade física,

moral e emocional, tendo uma educação de qualidade independente das condições e adequações dos

materiais e espaço físico disponível.

Considerar que toda a equipe escolar é educadora

Precisamos ter clareza desse princípio em que todos, no espaço escolar, têm responsabilidades com

a formação dos alunos, necessitando, também, de formação continuada.

Garantir o atendimento às crianças com deficiência

Consideramos que o respeito à diversidade já inclui o atendimento ao aluno com deficiência, pois a

garantia de escola inclusiva se dá a todas as crianças, porém alguns encaminhamentos se fazem

necessários, tais como:

Uma parceria entre especialistas (fonoaudióloga, psicóloga, professoras itinerantes,

assistente social, Secretarias Municipais), pais e professores, garantindo não apenas o

desenvolvimento físico e social, mas também o desenvolvimento cognitivo; redução maior no

número de alunos na sala de aula e a estagiária de apoio à inclusão.

Estabelecer parceria com as famílias

Consideramos que a parceria entre escola e família é fundamental para o desenvolvimento de nossas

crianças. São várias as ações que a escola planeja para estabelecer essa parceria, tais como reuniões,

canais de comunicações, ações pedagógicas, entre tantas outras. Acreditamos ainda que são várias as

estruturas familiares das nossas crianças e cabe aos profissionais da U.E. conhecê-las para que possam

respeitar e trabalhar com a diversidade, buscando desenvolver atitudes desprovidas de qualquer forma

de preconceito.

As famílias das crianças são providas de expectativas, por isso, os educadores precisam cuidar da

comunicação com os mesmos, onde procure compreender seus posicionamentos, buscando, quando

necessário, resolver conflitos de forma respeitosa e profissional.

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Considerar a diversidade em relação às datas comemorativas e eventos

Os princípios que regem a escola pública são: laicidade, gratuidade e atendimento à diversidade

humana. Por isso, precisamos nos aprofundar nas questões que envolvem as datas comemorativas,

buscando garantir que a função da escola seja meta e não os princípios pessoais.

Obs. Como função da escola entende-se a cultura e sua diversidade.

Possibilitar a formação e atualização profissional visando à qualidade de ensino-

aprendizagem

A educação é dinâmica, sendo assim, devemos estar sempre buscando o aprimoramento e

atualização da nossa proposta de trabalho. Essa construção de conhecimento se dá através de estudos

teóricos, discussões, tematizações de práticas, palestras, cursos vinculados às necessidades da escola,

onde a reflexão deve estar sempre presente.

Objetivos da Educação Infantil – 4 a 5 anos

Propiciar o desenvolvimento da autonomia moral e intelectual, crítica e criativa da criança;

Ampliar conhecimentos humanos e científicos, experiência de vida;

Possibilitar a convivência com a diversidade, garantindo o desenvolvimento do respeito a si

mesmo e ao outro e a valorização da cultura;

Desenvolver nas crianças atitude de respeito e colaboração ao meio ambiente;

Desenvolver cuidados básicos de higiene e saúde;

Garantir a aprendizagem saudável, respeitando as fases de desenvolvimento e suas necessidades,

como, por exemplo, o movimento e o brincar;

Garantir que o trabalho pedagógico propicie o desenvolvimento das diversas linguagens.

Campos de experiências ... práticas pedagógicas

2.1 Linguagem oral e escrita

CONCEPÇÃO

A oralidade, assim como a escrita e a leitura tem como

fundamento dar acesso ao conhecimento acumulado historicamente

considerando o SER como alguém que atua nessa história,

modificando ou preservando o meio em que está inserido.

Partindo dessa concepção, os conteúdos de oralidade, escrita

e leitura não devem ser “olhados” apenas com o intuito de

desenvolver a fala correta, escrita e a decodificação de signos, mas

sim de desenvolver as “capacidades comunicativas” dos indivíduos,

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fazendo com que estejam imersos em um mundo letrado.

A linguagem oral possibilita o entrelaçamento de linguagem e pensamento, transformando

pensamento em fala e fala em pensamento. Portanto, é de fundamental importância que além dos

momentos informais o professor tenha em sua rotina atividades específicas e planejadas para a

linguagem oral, de forma a desenvolver as capacidades linguísticas dentro de um contexto significativo

e reflexivo (ações/práticas).

O ouvinte também é ativo no momento da oralidade coletiva, pois ao ouvir o outro também

reformula o seu pensamento.

Propiciar experiências onde as crianças possam se comunicar das mais diversas formas, tais

como, rodas de avaliação, conversa, música, apreciações, assim como, comunicar recados, desejos, etc.

O momento de leitura (gêneros e portadores diversos), além da característica de formar leitores,

também está diretamente relacionada ao desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Na linguagem

oral, ao passo que o aluno tenha oportunidades de falar sobre a leitura realizada, recontar fatos ou

histórias, produzir oralmente textos. Na escrita, ao passo que o aluno tenha a oportunidade de analisar a

forma de escrita desses textos e refletir sobre o sistema de representação.

Observando a importância da leitura, o professor tem que oferecer livros e textos de qualidade,

bem escritos e com conteúdo adequado à faixa etária.

É fundamental que as crianças possam vivenciar experiências:

- Onde os professores realizem leituras para suas crianças (individual, pequenos grupos ou

coletivo),

- Onde as crianças brinquem de ser leitoras, manuseando livros, lendo histórias individualmente

ou contando histórias para os seus colegas,

- Onde possam fazer escolhas dos livros que querem ouvir histórias ou brincar de ler histórias

A linguagem escrita é presente numa prática social e isso deve ser considerado no planejamento

de situações de escrita, propor atividades com função social real faz com que o aluno observe a

necessidade da aprendizagem da escrita e leitura. Nesse sentido, as crianças precisam vivenciar

experiências onde os professores são escribas de suas produções de bilhetes, convites, listas, textos

significativos.

Também na educação infantil, a criança aprende a escrever escrevendo, mesmo que de forma não

convencional. Aprende a ler lendo, mesmo que de forma não convencional e a falar falando, mesmo que

muitas vezes com sincretismo.

Mas esse caminhar não pode ser “só”, é necessário um educador comprometido, que tenha a

consciência da importância do planejamento e de suas intervenções no ato do ensinar.

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OBJETIVOS INF.III:

ESCRITA E LEITURA:

Identificar o próprio nome e de alguns colegas;

Apropriar-se da escrita do próprio nome em momentos significativos;

Ampliar o tempo de concentração e o hábito pela leitura;

Desenvolver atitudes de leitor;

Familiarizar-se a diversos gêneros literários e portadores de textos

ORALIDADE:

Respeitar as diferenças linguísticas, compreendendo que a oralidade se dá na singularidade e

que depende das vivências de cada indivíduo. Exemplo: regiões em que viveu, experiências familiares

sociais, etc.;

Construir novos conhecimentos participando de momentos de oralidade e escuta;

Ampliar as suas possibilidades comunicativas;

Expor oralmente o pensamento com a intervenção da professora;

Participar de situações onde exista a necessidade de organizar o seu pensamento e expô-lo

através da oralidade, percebendo a significação dada às suas falas sincréticas;

Expressar as suas ideias e opiniões a respeito de fatos, histórias, obras, situações vividas e

cotidianas.

Contar e recontar histórias com apoio ou intervenções;

Participar de momentos de oralidade ora como interlocutor ora como ouvinte;

Recitar textos memorizados (parlendas, poesias, trava-línguas).

CONTEÚDOS

Escrita do próprio nome com apoio;

Reconhecimento do próprio nome;

Participação em momentos de leitura realizados pelo professor, de diferentes portadores;

Uso de linguagem para comunicar;

Relatos de experiências do cotidiano;

Reconto de histórias;

Reprodução oral de jogos verbais;

Narração de fatos com sequência lógica.

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OBJETIVOS INF. IV:

ESCRITA E LEITURA:

Identificar o próprio nome e de colegas;

Apropria-se da escrita do próprio nome em momentos significativos;

Escrever o próprio nome;

Ampliar seu repertório de letras em suas escritas;

Avançar em suas hipóteses de escrita;

Realizar leituras de textos memorizados procurando ajustá-lo através de estratégias de leitura;

Nomear algumas letras do alfabeto;

Utilizar palavras estáveis como referência para refletir sobre o sistema de escrita;

Produzir escritas de próprio punho mesmo que de forma não convencional (textos, listas, etc.);

Diferenciar letras de números;

Explorar estratégias de leitura;

Reescrever pequenos textos tendo a professora como escriba;

Concentrar-se em momentos de leitura;

Identificar letras do próprio nome em outras palavras (estratégia de leitura e referência de

escritas);

Conhecer diversas estruturas de textos (parlendas, receitas, narrativas, poesias, etc.);

Interessar-se pelos momentos de leitura e escrita.

ORALIDADE:

Relacionar pensamento e linguagem expressando-se cada vez mais de forma coerente com o

contexto;

Produzir textos “orais” (narrativas, informativas e

científicas) com começo, meio e fim;

Contar ou recontar narrativas com propriedade da

oralidade utilizando sua marca pessoal e/ou aspectos da

linguagem escrita;

Utilizar-se das capacidades comunicativas (falas,

perguntas, argumentos, etc.) em diversas situações e

contextos;

Participar de momentos de oralidade, ora como

interlocutor ora como ouvinte;

Expressar os seus pensamentos e opiniões através da oralidade a respeito de situações, fatos,

músicas, histórias etc.;

Reproduzir oralmente textos memorizados.

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CONTEÚDOS:

Participação em situações cotidianas em que se faz uso da escrita;

Escrita do próprio nome em diversas situações significativas;

Produção de textos orais e escritos, individuais e coletivos;

Escrita do próprio nome, de nome de colegas e de outras palavras em momentos significativos;

Reescrita de pequenos textos, tendo a professora como escriba;

Reconhecimento do próprio nome e dos colegas em diversas situações;

Observação e exploração de diferentes materiais impressos (livros, revistas, jornais, etc.);

Exploração de estratégias de leitura;

Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;

Reconhecimento e nomeação de letras do alfabeto;

Participação em momentos de leitura de diferentes gêneros como leitores e como ouvintes;

Valorização da leitura como fonte de prazer, entretenimento, pesquisa, informação;

Uso de linguagem oral para comunicar;

Relatos de experiência de vida;

Reconto de histórias;

Reprodução oral de jogos verbais;

Narração de fatos com sequência lógica;

Elaboração de perguntas e respostas;

Conhecimento e reprodução de diversos gêneros de textos: trava-línguas, parlendas, adivinhas, etc.

OBJETIVOS INF.V:

LEITURA E ESCRITA

Ampliar o repertório de conhecimentos de letras do alfabeto;

Identificar o nome próprio e dos colegas, escrevendo-os em momentos significativos;

Utilizar os conhecimentos sobre o sistema de escrita em suas produções;

Apropriar-se de estratégias de escrita e leitura, utilizando referências;

Produzir textos tendo a professora como escriba;

Compreender a função social da escrita;

Reescrever textos de acordo com a sua hipótese de escrita;

Realizar escritas de acordo com sua hipótese de escritas (listas, músicas, pequenos textos,

legendas, etc.);

Avançar em sua hipótese de escrita;

Respeitar sua produção e as dos colegas;

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Ordenar textos escritos;

Revisar textos escritos com a professora como escriba;

Realizar leitura e escrita de textos memorizados, de acordo com suas hipóteses;

Interessar-se por escrever palavras e textos ainda que não de forma convencional;

Ampliar seus conhecimentos sobre a escrita convencional a partir do contato com diversos

gêneros linguísticos e portadores de texto (parlendas, receitas, listas, ficha técnica de jogos, poesias,

adivinhas, textos informativos, contos, etc.);

Valorizar a leitura como fonte de prazer e informação;

Reconhecer a importância dos livros, bem como da BEI;

Construir postura de leitor e ouvinte, lendo ainda que não convencionalmente.

ORALIDADE

Ampliar o conhecimento de mundo participando de situações orais, em momentos como ouvinte

e outros como interlocutor;

Fazer uso de diferentes gêneros de discurso de acordo com o contexto (falas, perguntas,

argumentação, etc.);

Expor ideias e opiniões a respeito das situações expostas, argumentando, quando necessário o

seu ponto de vista e respeitando o ponto de vista dos outros;

Expressar sentimentos e vivências, sentindo-se seguro e respeitado;

Utilizar-se da comunicação oral para a resolução de conflitos, melhorando as relações pessoais;

Contar e recontar histórias com coesão e coerência;

Utilizar-se das brincadeiras orais transmitidas culturalmente, tendo como desafio o

desenvolvimento da oralidade e a interação com o grupo (trava-línguas);

Observar e respeitar as variantes linguísticas a fim de que possa compreender a diversidade

cultural.

CONTEÚDOS:

Alfabeto;

Produção de textos com função social

(bilhetes, cartões, cartazes, etc.);

Escrita e leitura: textos memorizados,

listas, história muda, etc.;

Produção de textos coletivos;

Estratégias de leitura;

Atividades escrita significativas, utilizando

suas hipóteses;

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Escritas de próprio punho para favorecer a aprendizagem;

Revisão e correção de textos coletivos, tendo a professora como mediadora;

Participação em momentos de leitura de diferentes gêneros como leitores e como ouvinte;

Valorização da leitura como fonte de prazer, entretenimento, pesquisa, informação;

Utilização da biblioteca como espaço de leitura para o prazer e informação.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Construção de um ambiente alfabetizador, onde as crianças possam retirar informações, utilizar

índices de leitura e escrita, pesquisar, etc.;

Dar atenção ao que a criança fala, respondendo e/ou comentando de forma coerente;

Participar em momentos de revisão de textos escritos, complementando e ajustando-o quando

necessário;

Ajudar as crianças a explicitarem suas falas garantindo a continuidade do pensamento;

Cuidar para que tenham oportunidade de participação, buscando materiais, pedindo informações,

fazendo solicitações a outras pessoas da escola;

Utilizar a roda de conversa com intencionalidade nas propostas;

Garantir momentos diários de leitura;

Realizar com certa frequência leitura de um mesmo gênero, possibilitando reflexões sobre suas

características para que as crianças se apropriem da linguagem escrita;

Planejar momentos de reescrita de textos coletivamente;

Criar diferentes estratégias para ler e contar histórias;

Ler para informar, entreter, pesquisar e divertir;

Ler com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo, mobilizando as expectativas

das crianças;

Organizar momentos de leitura livre;

Garantir participação em Biblioteca Circulante;

Possibilitar acesso à boa literatura;

Expor cartazes com palavras significativas (nome, rotina, lista de histórias, personagens, etc.);

Garantir momentos de trabalhos em grupo ou duplas produtivas;

Planejar atividades e intervenções diversificadas, de acordo com as hipóteses.

AVALIAÇÃO:

São várias as estratégias de avaliação, inclusive com a participação das crianças. Como avaliação

das aprendizagens das crianças, o professor pode: compor um portfólio; observar e registrar, buscando

levantar as aprendizagens e os desafios conforme os objetivos; analisar o envolvimento das crianças nas

propostas.

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2.2 Linguagem matemática

CONCEPÇÃO

Os conteúdos matemáticos são partes integrantes do universo das crianças, pois estão presentes

em diversas situações do dia a dia, como por exemplo: em telefones, numeração de roupas, medição de

tempo (dias, meses e horas), supermercados, itinerários, culinárias, brincadeiras, jogos, etc.

Devido às experiências vividas no cotidiano, consideramos que as crianças trazem consigo

competências matemáticas e essas competências estão presentes de forma diferente em cada um.

Consideramos ainda, que são competências provisórias, que precisam ser investigadas pelo

professor com a finalidade de se colocar em jogo esses saberes, possibilitando a construção significativa

de novos conhecimentos, promovendo avanços por parte das crianças, através de propostas

sistematizadas.

O fazer pedagógico tem que se dar em um

contexto lúdico, desafiador, de trocas entre os pares,

com atividades que tenham sentido e significado. Em

um ambiente onde a recitação, a contagem, os

números, os jogos/brincadeiras e a resolução de

problemas façam parte da rotina.

Os jogos são ótimos recursos de trabalho com

os conteúdos matemáticos, desde que o professor

analise detalhadamente a sua especificidade, assim

como, considere os objetivos que pretende desenvolver

com sua turma ao escolhê-lo.

Na perspectiva da educação, o jogo tem que manter a sua função lúdica e a sua função educativa

de forma equilibrada, ou seja, na educação o jogo não pode ser desprovido de objetivo onde a criança

tenha aprendizagens, mas também não pode estar tão centrado no caráter educativo que perca o prazer e

o caráter lúdico.

Outro ponto a ser considerado quando se tem a proposta com jogos é a de que para a criança o

jogo é um fim em si mesmo, já para o professor é um meio de se trabalhar uma proposta pedagógica

mais significativa para infância.

Alguns jogos interessantes que podem compor o trabalhado na educação infantil e que propiciam

o desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos: jogos de encaixe, jogos de construção, quebra-

cabeça, jogos com cartas, percursos, tangran, fecha-caixa, Quilles, bilhar holandês, etc. Algumas

brincadeiras: amarelinha, brincadeira de roda, circuitos, boliche, basquete, etc...

As crianças precisam vivenciar experiências que envolvam: Números e sistema de numeração,

grandezas e medidas, espaço e forma e tratamento da informação. Apesar dessa separação para focar e

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sistematizar o estudo por parte do professor, considera-se que não existe um limite entre a apreensão de

conhecimentos, ou seja, os blocos se inter-relacionam. Por exemplo, quando abordamos um trabalho

com as crianças onde façam análise do espaço em que vivem e sua localização a partir de referências,

estamos abordando conteúdos de espaço e forma, mas ao mesmo tempo podemos apresentar e explorar

instrumentos de medição de espaço, incluindo assim grandezas e medidas, trabalhando também o

numeral com função social.

São três as fontes de conhecimento em matemática que se inter-relacionam, segundo Jean Piaget:

- Conhecimento físico (objetos) → propriedades do objeto em si mesmo;

- Conhecimento social (convenções sociais) → as possibilidades do objeto no meio social;

- Conhecimento lógico-matemático (relações mentais individuais) → relações mentais que os

indivíduos estabelecem entre os conhecimentos que possuem. O conhecimento lógico-matemático se

constitui de:

● Relações lógico-aritméticas: classificação, seriação e número;

● Relações espaço-temporais: formas de representação do espaço e do tempo.

No sistema de numeração as crianças não aprendem de forma linear e podem apresentar

diversas hipóteses sobre os números, sendo necessário garantir trabalhos pedagógicos desafiadores onde

as crianças busquem resolver seus conflitos em relação a contar, a comparar, a regularidade e a registrar.

Em relação a medidas e grandezas as crianças podem vivenciar diversas experiências de medir,

como por exemplo, tempo, comprimento, massa, temperatura, áreas, etc. É importante que a criança

tenha contato com instrumentos convencionais e não convencionais de medidas.

Considerando espaço e forma a geometria está muito presente, não só no reconhecimento das

formas geométricas, mas na exploração do espaço onde o

indivíduo está inserido. No trabalho com a geometria, que

envolve formas e relações espaciais, a criança desenvolve

a competência espacial, onde percebe-se atuante, percebe

os objetos que compõem o espaço ao seu redor, fazendo

leitura desse mundo, podendo assim, transformar os

objetos e orientar-se em meio a eles.

Experiências que propiciam o raciocínio e o

desenvolvimento das três fontes de conhecimento em

espaço e forma:

☺ Jogos de blocos de construção (tecido, madeira, materiais recicláveis, etc.), jogos de montar,

tangran, percurso;

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☺ Brincadeiras: circuito (organização do espaço, elaboração e leitura de layout/croqui),

localização dos espaços e discussão de itinerários, exploração de mapas e plantas baixas, construção de

maquetes, representações por atividades gráficas.

No tratamento das informações é necessário que a criança tenha a possibilidade de conhecer e

construir diversas formas de registros sobre os dados coletados, assim como compreendê-los e

interpretá-los. Por exemplo: gráficos com vários formatos ou tabelas.

A linguagem da matemática também se inter-relaciona com as diversas linguagens infantis,

como artes, música, expressão corporal, etc., como também propicia o despertar da curiosidade e busca

de estratégias para a resolução de problemas cotidianos.

OBJETIVOS DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO

Recitar a sequência numérica dentro de um contexto significativo, como em brincadeiras,

parlendas, etc.;

Observar e participar de diversos contextos em que se faz necessária a utilização de números e

outras formas de registros matemáticos;

Estabelecer a relação entre o que se recita e o que se conta;

Utilizar a contagem oral nas diversas situações em que se fizer necessário, utilizando a relação

termo a termo;

Controlar e comparar quantidades de objetos;

Estimar quantidades;

Perceber algumas regularidades ao recitar ou ao comparar as escritas dos numerais;

Utilizar registros convencionais ou não para comunicar as ideias matemáticas;

Realizar cálculos mentais com a utilização de instrumentos (mão, palitinhos, ábaco, etc.);

Utilizar algumas operações conforme necessidade de forma contextualizada, como soma,

subtração ou decomposição dos numerais, por exemplo, em jogos que necessitem de registros e

operações para marcação dos pontos;

Identificar diferentes funções dos números dependendo do contexto em que se encontra;

Desenvolver estratégias para a resolução de problemas, sejam estes formados intencionalmente

ou presentes no cotidiano;

OBJETIVOS ESPAÇO E FORMA

Manipular e explorar diversos materiais, objetos e brinquedos para descobrir suas propriedades,

características e possibilidades associativas;

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Desenvolver capacidades para comparar tamanhos e formas;

Planejar estratégias na elaboração de brincadeiras com os blocos de montar comparando

medidas, espessuras, classificando e seriando objetos e materiais;

Utilizar os objetos de forma criativa considerando suas características para construções

intencionais de brincadeiras simbólicas, montagem de circuito e jogos de percurso;

Transformar o pensamento em objeto

concreto nas brincadeiras com jogos de montar,

desenvolvendo a criatividade e a capacidade de

elaboração e expressão;

Estabelecer funções inversas (armar e

desarmar)

Perceber que o todo pode ser dividido

em partes menores e que as partes menores

pode compor o todo (jogos de encaixe, de

montar, quebra-cabeças, tangran);

Buscar a solução de problemas relativos às construções, jogos e brincadeiras;

Perceber os diversos itinerários que o levam ao ponto desejado através da exploração dos

ambientes da escola, por exemplo, banheiro, refeitório, etc.;

Elaborar coletivamente croquis, itinerários e percursos para a brincadeira de circuito ou

reconhecimento do espaço que o rodeia;

Ler e interpretar croquis, mapas, ou itinerários;

Reconhecer as diversas possibilidades de percurso para se

chegar ao ponto de referência;

Montar circuitos a partir de interpretações gráficas (croquis)

utilizando materiais e organizando os espaços de acordo com a

leitura realizada;

Explorar os circuitos organizados interagindo com os

materiais e objetos, usando ações mentais e corporais para resolver

desafios de acordo com sua criatividade e potencialidade;

Reconhecer e aprimorar as ações do seu corpo em relação ao

espaço e aos objetos que o compõem (noções espaciais);

Elaborar jogos de percurso tridimensional;

Organizar os espaços para jogar e brincar, assim como,

organizar os materiais e brinquedos de acordo com suas

especificidades após o seu uso;

Desenvolver atitudes cooperativas através dos jogos e brincadeiras;

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Representar oralmente ou por registros a posição de objetos ou percursos;

Desenvolver a linguagem matemática.

OBJETIVOS DE GRANDEZAS E MEDIDAS:

Observar e interagir em propostas onde se faz necessária a medição com diversos instrumentos,

convencionais ou não, por exemplo, receitas, altura, etc.;

Compreender a necessidade de padrões de medidas para determinadas situações do cotidiano;

Reconhecer alguns instrumentos de medidas convencionais ou não, participando de propostas

significativas;

Construir noção de tempo (presente, passado e futuro), participando e analisando a rotina

estabelecida, assim como a utilização do calendário com função social;

Refletir sobre a utilização do dinheiro em contextos em que isso se faz necessário.

CONTEÚDOS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Perceber as diversas formas de comunicar as informações coletadas, participando de todas as

etapas em que se faz necessário a coleta de dados, a sua organização, o registro (gráficos), a análise e

sua interpretação.

CONTEÚDOS DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO

Contagem / recitação de números;

Controlar quantidades;

Sequência Numérica (recitação, contagem, registro);

Comparação de quantidades;

Relações número e numeral;

Procedimentos de cálculo mental (operações, agregar, compor, decompor, estimar...);

Identificação de números em diferentes portadores e contextos;

Noções de sucessor e antecessor;

Comparação de escritas numéricas;

Noções de regularidade;

Registros não convencionais e/ou convencionais.

CONTEÚDOS GRANDEZAS E MEDIDAS:

Função social das medidas e grandezas na vida cotidiana;

Experiências com noções de peso e volume, através de instrumentos convencionais (balança, fita

métrica, régua) ou não convencionais (copos, colheres, xícaras, etc.);

Experiências com dinheiro, através de brincadeiras e situações reais de compra e venda;

Marcação e comparação de tempo (calendário, relógio).

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CONTEÚDOS ESPAÇO E FORMA

Orientação espacial (objetos e a si mesmo em relação ao espaço e objetos);

Descrição e representação de percursos e itinerários (oral ou gráfico);

Interpretação de mapas, croquis/layout e maquetes;

Exploração e identificação de formas geométricas;

Classificação e seriação de objetos;

Relações espaciais e temporais;

Análise e seleção de materiais e objetos;

Planejamento das ações considerando os objetos disponíveis;

Construção a partir de materiais e objetos disponíveis;

Registros gráficos (desenhos, escrita, texto coletivo, etc.);

Resolução de problemas;

Desafios corporais e mentais;

Parte e todo;

Construção de jogos.

CONTEÚDOS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Identificação das fontes de informação e das diversas formas de comunicação das informações

coletadas (tabelas, gráficos, etc.);

Representação e interpretação de gráficos e tabela.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Sistema de numeração

Garantir condições para que a criança busque informações por si própria;

Favorecer cooperações cognitivas (troca entre as crianças), através de:

Organização dos espaços e materiais

Troca de informações (orais, registradas)

Trabalhos em grupo, duplas, trios, etc.

Possibilitar situações onde as crianças precisem contar, operacionalizar, estimar, etc.

Espaço e forma

Analisar e avaliar se os jogos possuem qualidades educativas e estimulam a ação lúdica;

Analisar as possibilidades dos jogos de acordo com a faixa etária, com as capacidades das

crianças e com os objetivos desejados para a aprendizagem;

Considerar que as aprendizagens são diversas e diferem de criança para criança;

Garantir que o jogo seja desprovido de pressões relacionado a aprendizagens de conteúdos;

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Permitir a exploração e a manipulação de objetos de diversos formatos, tamanhos, espessuras e

texturas;

Colocar a criança em contato com seus pares para que possam interagir de forma a socializar

descobertas e saberes, como também participar dos jogos e das brincadeiras a fim de estimular as

crianças;

Organizar os espaços e os materiais com antecedência e acessível à criança para que essa possa

participar da elaboração e da organização dos espaços;

Considerar que o jogo e o brincar não são inatos, portanto é necessário estar disponível para

auxiliar a criança e ensiná-la a brincar, sempre oferecendo informações variadas, contribuindo para a

ampliação de repertório e possibilidades das crianças;

Considerar que a dimensão corporal está presente no jogo e na brincadeira;

Garantir momentos em que as crianças construam a partir dos próprios projetos e tenham

referências a partir de projetos dos outros (apreciações).

Medidas e Grandezas

Permitir que façam uso de maneira convencional e não convencional de diferentes

instrumentos e unidades de medida.

Favorecer o uso de diversos instrumentos e unidades de

medidas, sempre dentro da função social dos mesmos.

AVALIAÇÃO

Através da observação e do registro do professor e das

crianças, verificar se as crianças:

Elaboraram novas hipóteses e conhecimentos sobre para

que servem os números, como se organizam (regularidade),

onde são usados...;

Reconhecem o valor social da matemática;

Ampliam seus conhecimentos sobre as formas de

registro;

Diferenciam algumas unidades de medidas e seus usos.

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2.3 Corpo e suas expressões

CONCEPÇÃO:

O movimento do corpo faz parte do

desenvolvimento da criança. Através dele a criança

reconhece a si mesma e ao próximo. O movimento

está presente no cotidiano escolar e deve ser

respeitada essa necessidade da criança em qualquer

circunstância. As crianças aprendem a lidar com o

seu corpo através dessa movimentação. Porém

algumas propostas de experiências corporais

propiciam que as crianças possam lidar com o

próprio corpo de maneira mais intensa, com as

capacidades provenientes dele, reconhecendo-se dentro do espaço físico e histórico, assim como pode

perceber o outro, o que é essencial para a constituição do “ser”.

Essas experiências podem se dar através de jogos, brincadeiras e circuitos bem planejados, com

participação das crianças, onde possam explorar os objetos e obstáculos e desafiar seus movimentos

corporais.

OBJETIVOS:

Possibilitar o autoconhecimento do corpo e suas possibilidades de movimento;

Ampliar o relacionamento com pessoas, objetos e espaços;

Conhecer, praticar e apreciar as práticas da cultura corporal;

Ampliar as possibilidades expressivas do próprio

movimento;

Desenvolver atitudes de cuidado com o próprio

corpo;

Explorar e ampliar o repertório de brincadeiras e

jogos;

Explorar diferentes materiais e objetos;

Socializar-se;

Fazer uso de regras por meio de brincadeiras ou

jogo proposto;

Conhecer seus próprios limites;

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Explorar diferentes qualidades e dinâmicas de movimento;

Aprimorar seus movimentos.

CONTEÚDOS:

Desafios corporais (correr, subir, pular, rastejar, cambalhota, equilíbrio, etc.);

Circuito – exploração de materiais;

Expressividade – dança, brinquedos cantados, mímica;

Equilíbrio e Coordenação;

Jogos e Brincadeiras.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Garantir Corpo e Movimento diariamente na rotina, com intencionalidade;

Oferecer diversos tipos de materiais, proporcionando vários desafios;

Possibilitar a participação de todas as crianças nas atividades propostas;

Adequar os desafios de maneira gradativa para cada faixa etária, proporcionando o conhecimento

e controle sobre o próprio corpo e movimento;

Planejar partindo dos conhecimentos prévios das crianças, valorizando as novas conquistas;

Organização do ambiente e dos materiais ora pelo professor ora juntamente com a criança.

Atualmente estamos realizando trabalhos enriquecedores nesta área com o circuito. A

organização se dá quinzenalmente sob a responsabilidade de uma turma por vez. Neste planejamento as

crianças participam elaborando croquis, separando materiais e organizando o espaço juntamente com a

professora, garantindo as ações mentais e corporais das crianças.

AVALIAÇÃO:

Através da observação contínua e registros, considerando se os desafios estão coerentes e

prazerosos, possibilitando a resolução de problemas pelas crianças (individual/grupo), replanejando ou

elaborando um novo planejamento.

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2.4 Ciências e educação ambiental

CONCEPÇÃO:

As crianças se sentem sempre motivadas a investigar o ambiente onde vivem os fenômenos da

natureza e os outros seres, formulando hipóteses, criando ideias, experimentos e soluções para

estabelecer relações com o meio físico e social e através deste exercício é importante acrescentar aos

conhecimentos que já possuem, os conhecimentos científicos.

É necessário propiciar experiências onde as crianças se tornem pesquisadores e também cientistas,

para através da pesquisa e experimentos terem a constatação ou não de suas hipóteses.

A Educação Infantil deve ser o lugar onde perguntar, observar, experimentar, pesquisar, sejam

constantes, sem a preocupação com o conceito e sim com os procedimentos e atitudes na busca de novos

e diferentes conhecimentos.

OBJETIVOS:

Formular perguntas a partir de suas hipóteses;

Pesquisar, experimentar e observar fenômenos

da natureza, seres vivos e sociedade e a realidade em

sua volta;

Expressar ideias de acordo com os temas

trabalhados;

Manifestar opiniões próprias;

Confrontar ideias;

Buscar informações;

Conhecer outros grupos sociais;

Valorizar sua identidade;

Vivenciar experiências, conhecendo diferentes contextos históricos e sociais.

CONTEÚDOS:

Seres vivos;

Conhecimento dos fenômenos da Natureza;

Processos de transformação dos seres humanos, natureza, sociedade e dos produtos naturais e

industrializados;

Espaços físicos e sociais;

Relações sociais.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Levantamento dos conhecimentos prévios das crianças (boas perguntas, confronto de hipóteses,

etc.);

Levantar problemas para que as crianças participem ativamente das soluções;

Considerar estes conhecimentos prévios, como ponto de partida e ampliação dos conhecimentos

das crianças;

Favorecer a busca de novas informações, através da observação, pesquisa, experimentação,

leituras, etc. de forma a estabelecer algumas relações simples, confrontando ideias;

Sistematização dos conhecimentos (conhecimento prévio);

Informação (construção de novos conhecimentos);

Organização de espaços, instrumentos e materiais didáticos pertinentes;

Organização de situações diversas que complementem e/ou ampliem as aprendizagens (passeios,

entrevistas, experiências, etc.);

Ênfase em trabalhos em grupos, duplas, trios,

etc., com vista a favorecer as cooperações cognitivas;

Favorecer registros das crianças.

AVALIAÇÃO:

A professora avaliará através da participação, da

observação e do registro, se as crianças:

Trazem assuntos do cotidiano, estabelecendo

relações, usando vocabulário adequado, expondo suas

hipóteses;

Reelaboram suas ações em função das informações que recebem e observam;

Tem atitudes de cuidado com o ambiente;

Demonstram interesse pela procura de novas informações;

Recorrem e utilizam adequadamente recursos de pesquisa.

2.5 Expressões artísticas

CONCEPÇÃO:

Expressão artística é o campo de experiência em que as crianças podem se expressar, criar,

recriar, inventar comunicar sentimentos, apreciar, refletir e construir o seu percurso criador.

Nela as crianças se expressam através das danças, músicas, desenhos, pinturas e apreciações. A

expressão artística evoca emoções, possibilitando o fazer a partir de seu próprio desejo, sem preocupar-

se com o que é belo aos olhos do outro. Através das pinturas e desenhos as crianças criam seu universo,

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usam a sua criatividade e imaginação. Na música e na dança brincam com seus corpos através da

sensibilidade e dos ritmos. A apreciação abre caminho para a ampliação do conhecimento da cultura, do

ponto de vista do outro, da sensibilidade estética. Enfim, a expressão artística abre muitas possibilidades

para a vivência da infância.

Não existe espaço ideal para a expressão artística, todos os espaços favorecem o

desenvolvimento dessa forma de expressão, sejam os espaços internos ou externos, tais como: ateliê,

pátio, quadra, jardim, sala de aula, biblioteca, quadro de azulejos etc. Artes podem ocorrer em qualquer

espaço da escola em que a criatividade permitir.

Em relação às artes plásticas, temos grande investimento em livros de artes e imagens de obras

de artistas para que as crianças possam conhecer, apreciar e conversar sobre suas sensações.

O ato criativo ocorre com as mais variadas propostas pedagógicas utilizando diversidade de

materiais e suportes, tais como: pinturas, desenhos,

massas de modelar, papelaria, recicláveis, pincéis, chão,

azulejos, etc.

A oficina de percurso também é uma proposta

bem interessante para que a criança possa se expressar. A

oficina de percurso possibilita produzir com autonomia e

criatividade, explorar diferentes modalidades e materiais,

perceber e utilizar diversas possibilidades de mistura de

materiais.

Os procedimentos de uso dos materiais oferecidos devem ser de conhecimento das crianças, para

que possam criar a partir deles;

Intervir sempre que necessário ajudando na criação, porém, respeitando o trabalho e autonomia

da criança;

Garantir que as produções não terminadas no tempo previsto possam ter continuidade na

próxima oficina.

A unidade escolar conta também com um espaço privilegiado

para que a artes ocorra, o ateliê. Esse é um espaço bem aproveitado,

onde os mobiliários e materiais são organizados à altura das crianças,

de forma que possam acessá-los com autonomia. Nesse espaço

guardamos os materiais de pintura, construção, recorte e colagem,

modelagem, desenhos, percurso criativo, cavaletes, etc.

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Salientamos ainda que como os momentos de artes não se dão somente nesse espaço, o

professor pode utilizar todo o material em outro espaço qualquer.

Como proposta de preparação do espaço, já que os mobiliários e materiais estão ao alcance

das crianças, incentivamos a participação delas na organização da atividade. Assim como a organização

ao final da proposta, pois assim as crianças sentem-se responsáveis por esse espaço coletivo.

O ateliê também tem um espaço para que as produções sejam acomodadas para secagem

quando necessário, sendo que as crianças ou o professor precisam retirar as produções com frequência,

demonstrando assim a valorização dos trabalhos que foram feitos. As produções podem ser expostas em

qualquer outro espaço da escola.

A limpeza e organização geral são feitas

diariamente por uma funcionária do apoio;

A reposição dos materiais é feita pelos

professores de apoio, quinzenalmente ou quando

necessário.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Garantir momentos de oficina de percurso;

Garantir que o uso, organização e reorganização

dos espaços e materiais sejam feitos pela e com a criança;

Garantir que as produções sejam cuidadas adequadamente e expostas nos painéis distribuídos

pela escola.

QUADRO DE HORÁRIOS DO ATELIÊ

MANHÃ

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

8:30 - 10:00 Adriana Valdirene Limpeza

10:00 - 11:30 Ana Cristina

Fabiana Cleusa Limpeza Paula

TARDE

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

13:00 - 15:00 Marcia Rebeca (14:30-15:30)

Limpeza Priscila

15:30 - 16:40 Alline Cintia Leila Limpeza Catia

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QUADRO DE HORÁRIOS DO QUADRO DE AZULEJOS

MANHÃ

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

8:30 - 10:00 Adriana Ana

Cristina

10:00 - 11:30 Cleusa Valdirene Paula Fabiana

TARDE

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

13:00 - 15:00 Marcia Priscila Rebeca (14:30-15:30)

Leila Marcia

15:30 - 16:40 Catia Alline Cintia

OBJETIVOS:

Atitudinais:

Expressar-se oral e corporalmente, encenando histórias;

Expressar-se e comunicar-se em artes, utilizando principalmente a linguagem do desenho e da

pintura;

Interessar-se pelas próprias produções, pelas produções de outras crianças e pelas diversas obras

artísticas (regionais, nacionais e internacionais), com as quais entrem em contato, ampliando seu

conhecimento de mundo e da cultura;

Desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de criação e produção.

Procedimentais:

Explorar e reconhecer uma diversidade de materiais e técnicas próprios da linguagem artística;

Organizar e cuidar dos materiais no espaço físico.

Procedimental/ atitudinal:

Expressar-se e comunicar-se em Artes utilizando a linguagem do desenho, pintura, modelagem,

colagem e construção.

Conceituais:

Desenvolver a interpretação de imagens a partir de observações de produções infantis (próprias e

dos colegas), além de observações de obras de arte;

Ampliar e desenvolver o repertório de imagens através de observações;

Perceber o trabalho de Artes como representação da realidade do artista ou da época vivida;

Conhecer locais específicos para apreciação em Artes;

Diferenciar as diferentes linguagens artísticas: desenho, pintura, modelagem, colagem e

construção.

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CONTEÚDOS:

Atitudinais:

Expressão oral e corporal;

Valorização de suas próprias produções, as de outras crianças e das produções de Artes em geral;

Organização e cuidados com os materiais no espaço físico da escola (sala, ateliê, etc.).

Procedimentais:

Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para desenhar, pintar, modelar, etc.;

Exploração e aprofundamento das possibilidades oferecidas pelos diversos materiais,

instrumentos e suportes necessário ao fazer artístico;

Adequação do suporte ao meio.

Procedimentais/ atitudinais:

Criação de pinturas, desenhos, colagens, modelagens a partir de seu próprio repertório e da

utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço,

textura, etc.

Conceituais:

Apreciação das suas próprias produções e dos outros colegas, por meio da observação e da

leitura de alguns elementos da linguagem plástica;

Observação dos elementos constituintes da linguagem visual: ponto, linha, forma, cor, volume,

contrastes, luz, texturas;

Leitura de obras a partir da observação, narração, descrição e interpretação de imagens e objetos;

Conhecimento da diversidade de produções artísticas como desenhos, pinturas, esculturas,

construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema, etc.;

Exploração e criação de objetos tridimensionais, tendo como base conhecimentos em

modelagem e construção;

Conhecimento da História da Arte.

Orientações Didáticas:

Organizar o trabalho nessa área, através de projetos e

sequências de atividades;

Adequar o local (ateliê) e oferecer diversidade de materiais

(suportes e meios);

Permitir a liberdade de interpretação das obras

(subjetividade);

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Permitir a liberdade da expressão gráfica, moldada, física, musical, etc.;

Buscar informações em artes, quanto a biografias, época, nome da obra, etc. (pesquisa);

Elaborar perguntas que instiguem a observação;

Facilitar o acesso das crianças aos diferentes tipos de materiais;

Expor as produções das crianças pelas dependências da escola;

Ampliar o repertório de possibilidades de uso e técnicas artísticas;

Garantir o acesso à Cultura Artística historicamente acumulada, através de livros, visitas a

exposições, estudos sobre artistas, etc.;

Possibilitar a apreciação e o fazer artístico, através de pesquisas sobre artista, previamente

escolhidos;

Permitir que as crianças falem sobre suas criações e escutem as observações dos colegas sobre

seus trabalhos;

Organizar exposições para dar destaque às produções infantis, colaborando para a autoestima das

crianças e seus familiares;

Prazer lúdico seja o gerador do processo de produção;

Buscar entender o processo de cada criança, a significação que cada trabalho comporta,

afastando julgamento: feio ou bonito, certo ou errado, bom ou ruim;

Implementar uma rotina de artes, contendo as principais atividades para a construção de

conhecimentos nesta área, pelas crianças: apreciação artística,

construção/modelagem, desenho, projetos/sequências,

percurso.

AVALIAÇÃO:

A avaliação se dará de forma contínua e sistemática,

considerando os objetivos e os conteúdos específicos da área

para cada faixa etária, utilizando-se de observações, registros,

construção de portfólios e relatórios.

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2.6 BRINCAR

CONCEPÇÃO:

O Brincar é a forma da criança “estar e interagir” diante do mundo social e físico. É brincando

que se abrem possibilidades da criança entrar em contato com outras pessoas e objetos, experimentando

e construindo conhecimentos de mundo.

Através do brincar a criança desenvolve a oralidade, constrói combinados e regras, expõe suas

vontades, resolve conflitos, troca experiências, argumenta e justifica suas escolhas/ideias, compartilha,

divide, respeita o próximo, enfim, aprende a brincar.

As brincadeiras ocorrem de diversas formas, tais como, brincadeiras simbólicas, tradicionais e de

construção. Na brincadeira simbólica, a criança tem a oportunidade de vivenciar outros papéis,

transgredir regras, refazer e repensar a realidade a qual está interpretando, tentando compreender o

mundo que se apresenta a ela, sem o compromisso com a verdade, tudo se torna faz de conta. Nas

brincadeiras tradicionais a criança vivencia situações de resgate de cultura, pois as brincadeiras são

passadas de geração para geração, onde são permitidas muitas vezes alguma reestruturação da mesma,

pois tudo se dá na construção social. Nas brincadeiras de construções as crianças são instigadas a

inventar, pesquisar, dar sentido a objetos e fazer a brincadeira acontecer.

Só que o Brincar não é algo inato, a criança não nasce sabendo brincar, mas sim aprendem nas

relações com o outro, à medida que a brincadeira acontece. Sendo assim, a educação infantil se torna um

espaço privilegiado para essa aprendizagem, pois é um espaço de convivência e que favorece as trocas

cognitivas, afetivas e culturais. A criança tem o direito de brincar e a educação infantil tem a obrigação

de garantir esse direto, principalmente quando reconhece a infância, o desenvolvimento infantil e as suas

especificidades.

Promover a construção de conhecimento nesse

sentido requer uma visão crítica do educador sobre o

que deseja para as crianças e quais conquistas são

prioritárias nessa faixa etária.

Propor brincadeiras requer intencionalidade de

trabalho, compromisso, envolvimento e criticidade por

parte do educador. Requer planejamento, observação e

registro, num movimento dialético. Ao planejar, o

professor vislumbra a sua intencionalidade com o grupo

de crianças, seleciona as propostas mais adequadas,

antecipa intervenções, sabe o que observar e avaliar.

É fundamental, em alguns momentos, que o professor enquanto parceiro mais experiente brinque

junto com as crianças, principalmente dos menores, pois esses estão explorando os materiais e o

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professor os ajuda a construir significados para os objetos. Nesse tipo de intervenção temos que tomar

cuidado para não nos tornarmos o centro da brincadeira. A participação do educador nas brincadeiras,

seja nas tradicionais ou nas simbólicas, aproxima-o das crianças, envolve com maior facilidade o grupo

de crianças e cria laços de afetividade.

Outra postura importante é a observação. Através da observação, o professor tem a possibilidade

de conhecer melhor os seus alunos, suas peculiaridades, como pode intervir com cada um, no que pode

melhorar a brincadeira, quais materiais pode acrescentar e até quais brincadeiras mais pode propiciar a

partir do que apresentam.

A criança é um ser pensante nesse processo, podendo participar do planejamento das

brincadeiras (do que vão brincar, do que precisam para determinada brincadeira, discutir como ocorrerá

a brincadeira, onde pode ocorrer, etc.). A participação das crianças na organização da brincadeira

também é importante para um maior envolvimento das partes.

Algumas experiências significativas que ocorreram em 2010:

Uma brincadeira tradicional proposta pelo professor, onde conversou com as crianças

sobre a sua infância e como brincava com essa proposta, depois todos brincaram juntos, inclusive o

professor;

Planejar uma brincadeira e chamar uma pessoa do apoio para brincar junto;

Organizar em uma mesma sala várias áreas de brincadeiras inter-relacionadas, como por

exemplo, comércio (uma livraria, um cabeleireiro, uma loja de bijuterias, clínica médica, etc.).

Desafios:

Não deixar se perder os estudos e as ações realizadas em 2010, pois a educação ainda carrega

uma concepção de ensino muito marcada pela visão do Brincar como “passa tempo”.

Algumas propostas:

Cabeleireiro

Escritório

Casinha (quarto, sala, cozinha)

Mercadinho

Escolinha

Consultório Médico

Fantasias

Pista para Carrinhos

Bonecas

Oficina Mecânica

Lava Rápido

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OBJETIVOS GERAIS:

Construir e reelaborar conhecimentos por meio de brincadeiras de forma lúdica e significativa;

Ampliar a capacidade comunicativa, utilizando inclusive o corpo como forma de expressão,

percebendo as diferentes possibilidades de comunicação em cada situação;

Interagir e socializar-se com as outras crianças;

Respeitar a diversidade cultural;

Ampliar valores;

Explorar diversos materiais, dando significados variados nas brincadeiras;

Vivenciar situações de brincadeiras utilizando o seu imaginário e sua criatividade;

Desempenhar diversos papéis na brincadeira simbólica;

Construir combinados e regras necessárias à brincadeira;

Conhecer as diferentes culturas (jogos e brincadeiras tradicionais);

Valorizar o resgate cultural das brincadeiras do repertório infantil;

Entender-se como produtor de cultura;

Aprimorar as habilidades motoras no deslocamento do espaço durante o Brincar: andar, saltitar,

correr, pular, engatinhar, etc.;

Ter noções de passado, presente e futuro (temporal).

AVALIAÇÃO:

A avaliação se dará de forma processual através de observação e registro com um olhar

investigativo para enriquecimento desse momento de aprendizagem.

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3. Rotina

Rotina é a organização dos tempos e espaços que norteiam as ações pedagógicas e as relações entre

criança-criança, criança-adulto, adulto-adulto. Nesses tempos e espaços aparecem as atividades que são

realizadas com periodicidade e intencionalidade educativa que possibilitam construção de conhecimento

por parte de todos os envolvidos.

3.1 Organização dos tempos e espaços pedagógicos

3.1.1 Atividades / Projetos (modalidades organizativas)

Todas as atividades realizadas na Educação Infantil

requerem intencionalidade educativa, e, portanto,

planejamento. Sendo as atividades planejadas em

modalidades organizativas, que são:

PROJETOS: Após alguns estudos, a equipe

pedagógica avalia que trabalhar com projeto

interdisciplinar enriquece muito as propostas, pois há um

diálogo entre os campos de experiência de forma

significativa e contínua, sem fragmentar o objeto de

conhecimento. No início do ano é necessário um tempo para

que o professor conheça os seus alunos e seus interesses antes de escolher o tema do projeto, dessa

forma o tema passa a ser significativo para as crianças. O professor também deve ter a consciência de

que alguns temas não partem necessariamente do grupo, mas a partir dele, ao observar o que é preciso

ser trabalhado com as crianças, principalmente por temas relevantes socialmente, nessa situação o

professor tem como objetivo despertar o interesse nas crianças. Considerando o princípio da criança

participativa no processo de aprendizagem é necessário que o projeto dê possibilidades da criança

participar de seu planejamento, inclusive da elaboração das etapas. Outra questão que precisa de atenção

é o planejamento de diversas formas em que as crianças possam sistematizar o que estão aprendendo

(registros através das diferentes linguagens). Um

dos aspectos importantes é o envolvimento das crianças

nos produtos compartilhados, pois assim se empenharão

para a realização dos mesmos. O projeto tem que ser

flexível, e após as observações e avaliações, algumas

etapas e estratégias podem ser modificadas, pois o

projeto é algo que está em movimento. É preciso

revisitar o projeto para que seja possível replanejar o

que não está dando certo, o que pode ser aprofundado ou

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o que está ocorrendo como o previsto. É necessário também incluir estratégias onde as crianças possam

avaliar as atividades propostas e seus avanços. Avaliar o projeto no decorrer do percurso é fundamental

para seu bom desenvolvimento e para uma melhor aprendizagem. A troca entre os professores também é

importante, pois um complementa a ideia do outro com as trocas de experiências.

Desafio para o grupo:

☺ Incluir os diversos campos de experiências no projeto de forma significativa;

☺ Utilizar diferentes estratégias para divulgar o projeto com as demais turmas da escola.

ATIVIDADES SEQUENCIADAS: são atividades onde as etapas são crescentes em desafios

(gradativas). Deve haver justificativa, objetivos, conteúdos, etapas, orientações didáticas e avaliações.

ATIVIDADES PERMANENTES: são atividades que acontecem com regularidade, com certa

frequência de tempo, que pode ser diária, semanal, quinzenal, mensal e assim por diante. Podemos

considerar como permanente as atividades da rotina, como por exemplo, roda de conversa, hora da

história, higienização, etc.

ATIVIDADES INDEPENDENTES: surgem de acordo com a necessidade do momento, ao longo do

ano. São assuntos imediatos e relevantes.

“O educador deve organizar situações didáticas de forma a permitir a explicitação das ideias das

crianças, a aproximação sucessiva de conteúdos e a sistematização dos conhecimentos construídos.”

(Proposta Curricular Vol. II)

3.1.2 Organização de agrupamentos (criança-criança)

As diversas atividades oferecidas na educação infantil precisam ser pensadas a partir das

seguintes organizações da dimensão humana:

- Individuais: as crianças precisam ter momentos em que elas possam ficar sozinhas, brincar sozinhas,

explorar suas coisas.

- Pequenos grupos: agrupamentos organizados para o trabalho em equipe ou de interação. Onde as

crianças precisam realizar algo junto. Onde precisam compartilhar materiais e ideias. Nessa organização

as propostas de atividades podem ser diferentes em cada agrupamento (atividades diversificadas), como

podem ser oferecidas as mesmas nos agrupamentos. O importante é que os agrupamentos tenham o

desafio de realizar a atividade em conjunto. O trabalho com pequenos grupos com atividades

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diversificadas é uma proposta onde várias atividades com experiências diferentes ocorrem ao mesmo

tempo de forma organizada. Essa proposta exige planejamento por parte do professor, sendo que a partir

da observação vai ampliando seus desafios e qualificando as atividades. Nessa organização as crianças

escolhem o que desejam realizar conforme seus interesses. Acreditamos que esta proposta deve fazer

parte da rotina da educação infantil cada vez mais, já que as crianças aprendem melhor quando estão nos

pequenos agrupamentos e envolvidas nas atividades de seus interesses. Outro aspecto que deve ser

ressaltado é a participação das crianças no planejamento das atividades, dando sugestões e avaliando,

assim como na organização do espaço e dos materiais.

- Grandes grupos (coletivo): viver situações com seu agrupamento como um todo

3.1.3 Período de adaptação/ Acolhida

No primeiro dia de aula, temos como dinâmica receber as crianças com a participação dos

familiares. Para este dia são planejadas situações da rotina, assim os familiares vivenciam um pouco das

atividades desenvolvidas pela escola no decorrer do ano e a criança tem a possibilidade de conhecer o

seu professor, o ambiente escolar e os seus colegas na presença de um familiar que lhe inspira

confiança. Devido ao grande número de pessoas circulando pela escola no primeiro dia de aula, as

atividades acontecem em dois tempos por período, ou seja, três turmas no primeiro horário e três turmas

no segundo horário. Isso tanto no período da manhã, quanto no período da tarde. Outro aspecto a ser

garantido para esse dia é a atenção especial da equipe de apoio para as crianças que comparecem sem

acompanhante.

Para os outros dias do período de adaptação também são planejadas atividades que ocorrem

normalmente na educação infantil, considerando os princípios da U.E, principalmente a “ludicidade”.

No período de adaptação reservamos um momento em que cada professor recebe o familiar da

criança individualmente para uma entrevista, dando atenção especial ao familiar, sendo esse um espaço

de escuta, onde os familiares socializam suas expectativas e trocam informações importantes com os

professores a respeito de seus filhos, possibilitando conhecer melhor a criança e a realidade de sua

família, dando dessa forma encaminhamento ao trabalho pedagógico e ao próprio período da adaptação

quando necessário. Observa-se que esse é um momento importante de aproximação entre professores e

familiares.

Consideramos ainda que a adaptação e o acolhimento não se encerram na primeira semana de

aula, precisamos ter um “olhar atento” para as necessidades de cada criança, seja qual for a época do

ano. O mesmo ocorre para as crianças que serão matriculadas no decorrer do ano.

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Pontos que foram avaliados como positivos pela equipe em 2016, permeando as ações 2017:

Planejamento:

Iniciar com cantos organizados com atividades diversificadas, pois a maioria das crianças

se envolve com os brinquedos, ficando assim mais tranquilo dar atenção para as crianças que

entram chorando e precisam de atenção especial;

A contação de histórias com diversos recursos envolvem as crianças deixando-as

encantadas;

O parque atrai muito as crianças desde o primeiro dia de aula, sendo um recurso de

motivação para que voltem no dia seguinte;

Levantar expectativas das crianças e considerá-las ao planejar a semana de adaptação,

propiciando a participação das crianças no planejamento;

Antecipar as atividades através de conversas, tanto

as atividades do dia como as que irão ocorrer no dia

seguinte;

Utilizar as plaquinhas da rotina desde o primeiro dia

também tranquiliza as crianças;

Outras atividades interessantes: recorte e colagem,

brincadeiras no pátio, desenho, massinha com palitos,

bolinha de sabão, roda de conversa e brinquedo

confeccionado pelas próprias crianças para levarem para casa.

A utilização dos espaços também ajuda as crianças a circularem com mais confiança na

semana de adaptação (ateliê, biblioteca, quadro de azulejos, quadra, parque)

Espaços da escola:

Os espaços foram organizados pensando na

acolhida das crianças, tanto a sala de aula quanto os

espaços alternativos, onde algumas crianças puderam se

acalmar;

A organização do lanche com uma única turma por

vez facilitou o trabalho dos professores que ainda não

conheciam seus alunos.

Receber e entregar as crianças na sala de aula dá

mais tranquilidade aos professores no período de adaptação.

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Um dia com os familiares

Dá uma maior segurança às crianças e às suas famílias, possibilitando a partilha de experiências.

Propicia o estabelecimento de vínculo de confiança entre professor e criança de forma mais tranquila

com a presença de um familiar. Os familiares têm a possibilidade de conhecer um pouco a professora de

seu filho e vivenciam uma parte da rotina da educação infantil. Os pais têm a oportunidade de participar

das ações da escola junto aos seus filhos. Garantia de atenção especial às crianças cujos familiares não

puderam estar presentes.

Em 2016, continuamos com a proposta de confecção da agenda ou do caderno, personalizando os

materiais das crianças. Avaliações: “Uma mãe agradeceu a professora por propiciar esse momento onde

ela pode se desligar de tudo”, “ Uma professora disse adorar essa atividade, pois as crianças passam dias

apreciando suas produções e conversando a respeito delas com seus colegas”.

Redução no horário

Foi importante para todos, mesmo para as crianças que já haviam frequentado a escola no ano

anterior. A mudança de professora, novos amigos e a separação dos familiares, causam inseguranças e

as crianças, gradativamente, vão estabelecendo novos vínculos. Com o horário reduzido a criança não

sente tanto a separação da família e podemos avaliar também, algumas ações/necessidades e replanejar o

próximo dia.

Comprometimento de toda a equipe:

Toda a equipe empenhada e preparada para dar acolhida às crianças;

Demonstração de alegria;

Atenção voltada à criança.

O que facilita muito a colaboração das colegas de trabalho é a alternância de horário, ou seja, três

turmas no primeiro horário e três turmas no segundo horário, tanto de manhã quanto a tarde.

Atenção para 2017: Manter um intervalo de 20 minutos entre a dispensa de uma turma e a acolhida de

outra, pois as professoras precisam de tempo para organizar a recepção de suas turmas. Começar as

entrevistas após o período de adaptação. Rever o tempo do último lanche, pois quando tem fruta fica

muito corrido.

Acolhida das crianças no decorrer do ano:

Após o período de adaptação, na entrada os professores recepcionam suas crianças e

responsáveis nas suas respectivas portas, nesse momento existe um contato direto entre professores e

comunidade, tornando a acolhida mais aconchegante.

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As portas 1, 2 e 3 dão acesso direto às salas de aula, assim as crianças chegam, colocam as

agendas em cima da mesa do professor, organizam suas mochilas e conversam entre elas enquanto o

professor recebe as outras crianças e seus familiares.

As portas 4, 5 e 6 são localizadas no pátio. Cada professor fica em uma porta de acordo com a

numeração da sala de aula. As crianças chegam e se sentam próximas umas às outras e ficam

conversando entre elas por cerca de 10 minutos. Assim que recebem a maioria das crianças, as turmas

sobem para as suas respectivas salas, onde colocam suas agendas sobre a mesa do professor e iniciam

suas atividades.

A maioria das turmas inicia com conversa e planejamento da rotina do dia. Alguns professores

recebem as crianças com cantos ou mesas organizadas com atividades diversificadas de livre escolha.

3.1.4 Hora da história (Ler e contar)

Este momento é provido de magia e encanto quando bem pensado e organizado, propiciando

diversas experiências significativas para as crianças.

Contar histórias que são passadas de forma oral de geração para geração (causos), ou ainda,

contar histórias de vida... ao ouvir essas histórias as

crianças exercitam a capacidade de emocionar-se com o

outro. As histórias dos livros também podem ser contadas

ao invés de lidas, com as expressões corporais ou

utilizando recursos diversos (Fantoches, objetos, etc.).

A leitura de livros também emociona quando bem

lido pelo leitor, isso não significa que é necessário ter

técnica de leitura. Mas é preciso ter o gosto pelo que está

apresentando, transmitindo emoção. Por isso, é

aconselhável que o leitor conheça de forma antecipada o

texto a ser compartilhado, buscando dar a entonação conforme o contexto da história. Exercitar a prática

narrativa para envolver os espectadores. Ler vários gêneros literários...

Após a leitura ou a utilização de um recurso também é importante propiciar um momento onde

as crianças possam explorar e brincar com eles.

Ler ou contar? Os dois precisam povoar os momentos de histórias. Quando se conta uma

história, põe um pouquinho de si ali. Quando se lê um livro as palavras estão marcadas pelo seu

grafismo, as palavras existem da forma como o autor deu vida. Por isso, mesmo que existam palavras

difíceis, o texto precisa ser lido sem mudanças, pois a criança vai entendê-la dentro de um contexto.

Para os pequenos cada roda de história é sempre única, pois mesmo repetindo a história, a

interação é outra.

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Ao transformar o momento da história em um momento de magia, as crianças são atraídas desde

muito pequeninas, e a escola é um espaço privilegiado para que isso ocorra, já que nem todas as crianças

possuem acesso à leitura em outros lugares.

O que fazer após ler ou contar histórias? Não há necessariamente uma ação após a história, mas

pode-se conversar sobre a história de acordo com o entendimento de cada um, sem almejar lição de

moral ou acertos. Apenas conversas...

Como num jogo, a professora troca de lugar com a criança e permitindo-se encantar com as

crianças contando e lendo histórias a sua maneira.

O momento da história normalmente é aberto diariamente nas salas de aula, na biblioteca ou

ainda, em algum cantinho especial da escola.

Uma proposta interessante é o “Rodízio de Histórias”, onde os professores planejam e contam

histórias para outras crianças. Esse é um momento

especial, pois as crianças passam pelas salas onde os

cartazes ficam expostos e fazem suas inscrições.

Depois das escolhas das histórias, em um dia

determinado, cada criança vai para a sala que deseja

e ouve a história escolhida. Além de um contato

direto com outro educador as crianças vivenciam

também estratégias e jeitos diferentes de contar e

ouvir histórias.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA LER E CONTAR HISTÓRIAS:

Garantir momentos diferenciados de LER e de CONTAR;

O professor precisa conhecer antecipadamente a história que vai ler para que possa dar

entonação, pausas e vibração para a leitura, tornando-a interessante aos olhos do ouvinte;

Possibilitar o trabalho com diferentes gêneros literários, garantindo as características e interesses

das diferentes faixas etárias;

Planejar a hora de história por temas, coleções, gêneros;

Informar o gênero que será lido, o nome do autor, ilustrador e o título.

Como já dito anteriormente, a leitura ou a contação de histórias podem ocorrer em qualquer local da

escola, como na própria sala de aula, embaixo de uma árvore e outros tantos espaços, sendo a nossa

biblioteca, um dos locais para que a criança entre no imaginário da leitura.

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Em 23 de outubro de 2004,

reinauguramos nossa Biblioteca com o nome

de “Pequeno Príncipe”. Este nome foi

escolhido pela comunidade em pesquisa feita

pela equipe escolar. Neste dia, tivemos na

biblioteca, apresentação de vídeos com

atividades desenvolvidas pela s crianças e

professores, além de hora da história e da

leitura, e nos demais espaços uma mostra

com produções de arte das crianças, entre

outras atividades.

Convidamos também o artista plástico Orbetelli, que iniciou um trabalho com óleo sobre tela,

com a presença e participação da comunidade. Após duas semanas, ele nos presenteou com sua obra que

recebeu o título de “Luz do Saber” e está exposta na secretaria da escola.

Em 2008, houve reforma em alguns espaços da escola, sendo que a biblioteca foi transferida

para um espaço maior e mais adequado. Atualmente contamos com espaço cênico, caixas de parede e

estantes para organização do acervo, baú de fantoches, DVD e televisão. O acervo fica à altura das

crianças.

Este espaço é utilizado com os seguintes objetivos e estratégias:

Momentos de leituras individuais, onde as crianças possam manusear os livros;

Pesquisa de livros para realização de Projetos/Sequências;

Atividades com pais;

Leitura feita pelos professores;

Seleção das leituras da semana.

O recurso visual como a TV deve ser utilizado para enriquecimento do trabalho pedagógico. Este

momento deve ser planejado de acordo com os projetos que estão sendo desenvolvidos com as crianças,

como por exemplo, pesquisa científica, evitando-se assim, o “assistir a TV” sem uma proposta

sistematizada.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA O USO DA BIBILOTECA:

Diversificar o uso do espaço com momentos de leitura, pesquisa, hora do conto, teatro, etc.;

O ambiente deverá ficar sempre em ordem após o uso de cada turma;

Livros danificados deverão ser colocados para conserto em local próprio;

Orientar as crianças quanto ao uso adequado dos livros e a organização das estantes.

QUADRO DE HORÁRIOS DA BIBLIOTECA

MANHÃ

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

8:30 - 9:30 Valdirene Limpeza Adriana

9:30 - 10:30

Paula

Ana Cristina

Limpeza Valdirene

10:30 - 11:30 Fabiana Limpeza Cleusa

TARDE

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

13:00 – 15:00 Rebeca (14:30-15:30)

Marcia Priscila Limpeza Marcia

15:00 - 16:00 Leila (15:30-16:30) Catia Cintia Limpeza Alline

3.1.5 Brincadeiras livres (supervisionadas) e dirigidas

Na educação infantil o brincar é uma condição da infância, por isso, ganha grande relevância na

rotina da unidade escolar. Porém, é um brincar planejado pelo professor mesmo quando considerado

livre para a criança. No PPP, na página 67, temos um item específico sobre o brincar, onde a concepção

traz reflexões sobre o ato do brincar, a postura do professor e os objetivos.

As brincadeiras livres supervisionadas são as brincadeiras que as regras são estabelecidas pelas

próprias crianças, como as brincadeiras simbólicas (representação de papéis), de exploração (corporal e

material) e de construção. Considera-se livre supervisionada, devido a atenção do professor estar

direcionado a esse brincar, observando e, por vezes, intervindo,

dependendo da intencionalidade do momento. Ao observar o

professor pode verificar a necessidade do seu grupo, buscando

qualificar a brincadeira através do ato reflexivo.

Na brincadeira livre supervisionada, o educador precisa

ofertar desafios que promovam a curiosidade das crianças, como

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por exemplo, materiais estruturados e materiais não estruturados, que propiciem que as crianças

inventem suas brincadeiras a partir do que conhecem, usando a imaginação e adequando-a conforme o

conhecimento dos seus parceiros.

Entende-se como materiais estruturados: brinquedos que por si só representa o seu significado,

carrinhos, bonecas, panelinhas, etc..

Entendem-se como materiais não estruturados: caixas de papelão, toquinhos de madeiras,

sucatas, etc. O trabalho com sucata requer um cuidado no planejamento, para não oferecer qualquer

objeto, assim como em sua manutenção.

Apesar do professor assumir o papel de organizador, é necessário respeitar o espaço das crianças

como seres atuantes no ato de organizador da brincadeira também, inclusive acolhendo as sugestões das

crianças do que é necessário para compor o brincar. O professor tem que considerar o ponto de vista das

crianças, afinal, a brincadeira pertence a elas.

As brincadeiras dirigidas são as que necessitam da explicitação das regras para que o brincar

ocorra. Normalmente essas brincadeiras são passadas de geração para geração, varia de região para

região ou são modificadas conforme o acordo de um grupo. Exemplo de brincadeiras dirigidas: roda

cantada, passa anel, mestre mandou, jogos, etc.

As brincadeiras dirigidas podem ser ofertadas pelo adulto ou

pela própria criança, desde que entre em acordo com seus parceiros

para a manutenção ou a reelaboração das regras. As brincadeiras

tradicionais entram como brincadeiras dirigidas, sendo que existem

muitas variações de uma mesma brincadeira.

As brincadeiras ocorrem nas mais diversas áreas da escola,

tanto na parte interna como na parte externa, tais como: sala de aula,

parque, quadra, pátio, jardim e biblioteca.

Parque é um momento livre para as crianças que propicia a interação, socialização, troca de

experiências, desenvolvimento da imaginação, cooperação, comunicação, exploração de movimentos

corporais, enfim, construção de conhecimento. Porém esse momento deve contar com a total atenção do

educador para que o brincar ocorra de maneira rica e segura.

O educador precisa observar o ambiente, promovendo as adequações necessárias de materiais e

isolando as possibilidades de riscos quanto à integridade física da criança.

Faz-se necessário também o “olhar” do educador com a intenção de enriquecer as propostas

específicas para esse espaço, inclusive participando em alguns momentos ativamente do brincar,

acrescendo dessa forma o repertório de brincadeiras das crianças com a areia. Aqui também devem ser

considerados a observação, o registro e a reflexão como forma de conhecer o aluno e garantir um

planejamento de qualidade para as propostas pedagógicas.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Garantir momentos de integração entre as turmas;

Garantir que o espaço e os brinquedos estejam sempre em condições de uso;

Orientar as crianças quanto ao uso correto e manutenção dos objetos;

Planejar situações que propiciem o enriquecimento do brincar dentro do parque, como por

exemplo, carrinhos, madeirinhas, etc.

O pátio é um espaço alternativo para atividades

de jogos e brincadeiras, é muito utilizado quando

chove ou de acordo com a proposta da professora.

Nele encontram-se brinquedos de parque de

plástico, como escorregadores, casinha e

gangorras. Quando a intersala é no coletivo geral,

também costumamos utilizar esse espaço, como

também para a proposta do circuito.

A Quadra também é outro espaço

privilegiado para o brincar, tanto para as brincadeiras

livres como dirigidas. Por ser um espaço amplo e cercado favorece a utilização de qualquer tipo de

materiais, tais como: bolas, cordas, bambolês, brinquedos de brincadeira simbólica, giz de lousa, etc.

Temos também uma área externa bem ampla, inclusive com jardins, que propicia muito o

planejamento para as brincadeiras.

Como esses espaços são de uso coletivo, procuramos organizar horários para que todos possam

utilizá-los de forma produtiva e tranquila, porém os espaços estão a serviço do planejamento das

atividades, sendo revistos sempre que necessário.

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Seguem quadros de organização dos horários:

QUADROS DE HORÁRIOS DO PARQUE (diariamente)

MANHÃ TARDE

08:30 Cleusa

13:20 Leila

09:00 Paula

13:50 Catia

09:30 Fabiana

14:20 Alline

10:00 Adriana

14:50 Cintia

10:30 Ana Cristina

15:20 Marcia

11:00 Valdirene

15:50 Priscila

16:10 Rebeca

QUADRO DE HORÁRIOS DO PÁTIO

MANHÃ

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

8:30 - 9:00 Fabiana (8:00-8:50)

Ana Cristina

Ana

Cristina

9:00 - 9:30 Valdirene Valdirene

9:30 - 10:00

10:00 - 10:30

10:30 - 11:00 Adriana Cleusa

11:00 - 11:30 Paula Janaina

TARDE

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

14:00 - 14:30 Priscila Priscila

14:30 - 15:00 Rebeca Marcia Marcia Priscila

15:00 - 15:30

15:30 - 16:00 Alline

16:00 - 16:30 Cintia Leila Catia

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QUADRO DE HORÁRIOS DA QUADRA

MANHÃ

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

8:30 - 9:00 Fabiana (8:20-8:50)

Ana Cristina

Fabiana (8:20-8:50)

9:00 - 9:30 Adriana Valdirene Valdirene

9:30 - 10:00

10:00 - 10:30

10:30 - 11:00 Cleusa

11:00 - 11:30 Paula

TARDE

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

13:30 - 14:00 Cintia

14:00 - 14:30

14:30 - 15:00 Priscila Marcia Rebeca

15:00 - 15:30

15:30 - 16:00 Priscila

16:00 - 16:30 Leila Catia Alline

3.1.6 Alimentação

A escola possui o serviço de merenda terceirizado pela empresa Convida. Nosso quadro é

formado por duas cozinheiras.

Atualmente servimos lanche para os dois períodos que variam de acordo com o cardápio

enviado mensalmente pela SE. Discutimos com toda a equipe escolar os objetivos que temos durante os

momentos de refeição, que são:

Incentivar a experimentação de alimentos diferentes (conhecer a importância dos alimentos);

Estimular a socialização e integração entre as crianças;

Respeitar a individualidade;

Proporcionar o manuseio de diferentes talheres;

Garantir que esses momentos sejam prazerosos;

Ter autonomia na escolha do que comer e para servir-se;

Respeitar os combinados para o uso desse espaço.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Discussão permanente sobre desperdício;

Respeito à diversidade;

Considerar este momento como de aprendizagem e que precisa de acompanhamento direto do

professor.

MANHÃ COMPLEMENTO

8:00 - 8:15 Fabiana,Cleusa,Ana

8:20 - 8:35 Paula, Adriana,Valdirene

LANCHE

09:00 - 9:30 Fabiana,Cleusa,Ana

9:30 - 10:00 Paula,Adriana,Valdirene

TARDE COMPLEMENTO

13:00 - 13:15 Alline,Rebeca,Cintia,Leila

13:20 - 13:35 Catia,Marcia,Priscila

LANCHE

14:00 - 14:30 Alline,Rebeca,Cintia

14:30 - 15:00 Leila,Catia

15:00 - 15:30 Marcia,Priscila

3.1.7 Higiene/ escovação

“Na escola a promoção e manutenção da higiene pessoal das crianças devem estar sempre presentes. É

interessante que sejam desenvolvidas ações favorecedoras de construção dos conhecimentos

necessários sobre como cuidar de si, do outro e do ambiente. Assim, a criança vai aprendendo a como

limpar o nariz, a importância de lavar as mãos após o uso do banheiro e das refeições, etc.”

(Proposta Curricular Vol. II)

A escovação é um hábito construído ao longo da vida de uma criança. Como se trata de um

hábito que se adquire com o tempo é importante a estimulação. Sendo assim, na educação infantil é

essencial que se desenvolva um trabalho intencional com a criança para que essa aprendizagem ocorra.

QUADRO DE HORÁRIOS DO REFEITÓRIO

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Desde o início do trabalho com a escovação ou a higiene bucal, se faz necessário definir

momentos específicos para essas atividades, cuidar para que esses momentos sejam tranquilos, sem

tumulto. Portanto, é necessário cuidar dos espaços onde a escovação será desenvolvida (bebedouro,

circulação de muitas turmas durante a atividade, etc.). Além disso, é interessante definir alguns cuidados

e procedimentos enquanto equipe escolar para assegurar os objetivos desse trabalho.

As aprendizagens das crianças se dão em ritmos e tempos muito singulares, individuais,

portanto a observação atenta dos educadores é que pode e deve definir os objetivos e procedimentos que

provoquem os avanços na apropriação desse hábito, como por exemplo, bochechar, cuspir, escovar as

línguas, escovação em formas circulares, etc.

Cabe ressaltar cuidados com a tendência para as formas controladoras e padronizadas dessa

aprendizagem (todos juntos, ao mesmo tempo, da mesma forma) é preciso visar um trabalho

singularizado e flexível para o atendimento à diversidade de saberes. Importante lembrar que conhecer

e reconhecer os saberes e hábitos das famílias das crianças auxilia na definição desse trabalho também.

Após as reflexões da Equipe Escolar, definiu-se que o principal objetivo desse trabalho é:

Visar objetivos maiores quanto à prevenção e saúde do aluno;

Que as crianças ao longo desse trabalho sejam capazes de:

Apropriar-se do hábito da escovação ao longo das vivências na educação infantil, tendo

consciência do porquê e para que do mesmo;

Perceber que a apropriação desse hábito assegura benefícios, especialmente, o bem estar

físico;

Tornar-se um multiplicador dessa aprendizagem em outros grupos sociais, por exemplo,

na família.;

Compreender que a escova é o principal instrumento para a higienização dos dentes, a

pasta é apenas elemento secundário. Portanto, em alguns momentos, é importante escovar sem

a pasta, em outros com quantidades mínimas de pasta.

Assegurar que as crianças compreendam que a escova é de uso pessoal e intransferível, e que a

sua utilização requer alguns cuidados, como não morder as cerdas, não esfregá-la no chão ou em outras

superfícies;

As Diretrizes da SE e da cidade vem considerando a escola como promotora de saúde, nesse

sentido, os objetivos acima elencados estão coerentes com essas orientações, já que há uma incidência

significativa de cárie na população infantil atendida na rede;

Enquanto equipe escolar destacamos alguns cuidados:

Todos os profissionais que atuam na escola são considerados educadores, portanto cabe a

cada um atentar, observar, intervir junto às crianças.

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Enquanto professores, destacamos alguns cuidados:

Orientação persistente e incansável junto às crianças adotando-se diversos recursos:

fantoches, histórias, rodas de conversa, orientações mais dirigidas (atenção individualizada, em

pequenos grupos de alunos), músicas, inserir a criança como referência para outras, utilização do

espelho para que a criança se apoie e proceda a sua higienização e avalie o resultado desse ato.

Importante destacar que as crianças menores sempre apresentam dificuldades em bochechar e

cuspir, escovar a língua, logo, essas também são aprendizagens que precisam ser asseguradas no

trabalho;

O adulto serve de referência para as crianças em muitas situações de aprendizagem. Escovar os

dentes junto com as crianças, em alguns momentos, é essencial;

Na relação com as famílias considerando esse momento da rotina, destacamos que:

É importante facilitar, na medida do possível, o acesso a alguns itens como escova e

creme dental.

Respeitar as condições, valores e saberes das famílias, disponibilizando alguns recursos

para que o trabalho ocorra de forma significativa sem criar constrangimentos e preconceitos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A ESCOVAÇÃO:

Possibilitar a construção da autonomia;

Considerar que procedimentos como escovação, uso do banheiro, cuidados com os materiais

de uso individual, são aprendidos.

QUADRO DE HORÁRIOS DA ESCOVAÇÃO

MANHÃ

TARDE

Ana Cristina 9:45 (esp.1)

Cintia 14:30 (esp.2)

Cleusa 9:45 (esp.2)

Catia 15:00 (esp.1)

Adriana 9:50 (esp.1)

Alline 15:10 (esp.2)

Valdirene 10:00 (esp.1)

Priscila 15:30 (esp.1)

Paula 10:10 (esp.1)

Rebeca 15:30 (esp.2)

Fabiana 10:10 (esp.2)

Marcia 15:50 (esp.1)

Leila 16:00 (esp.1)

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3.1.8 Construção da rotina do dia

Esse é o momento onde o professor, juntamente com as crianças, monta as atividades que farão

parte do dia deles. Normalmente ocorre logo na entrada ou assim que acaba a primeira atividade

(acolhida).

Essa proposta tem como finalidade que a criança conheça a proposta de atividades para o dia,

sentindo-se segura e acolhida, além de poder prever e planejar sua ação. Nesse sentido a criança, à

medida que participa da construção da rotina e do seu desenvolvimento no decorrer do dia, tem também

a possibilidade de construir a noção temporal (passado, presente e futuro).

Consideramos que a apresentação ou a construção da rotina diária deve ocorrer de forma lúdica,

dinâmica e cada vez mais possibilitando a participação das crianças, inclusive onde possam opinar sobre

as atividades oferecidas e sugerir outras de seu interesse.

Algumas propostas são validadas por essa equipe, sendo que os recursos utilizados na construção

da rotina do dia variam e entre eles destacamos:

Imagens que representam as atividades (fotos, recortes, desenhos, etc.);

Imagens e escritas (juntas ou separadas);

Escrita na lousa;

Plaquinhas com as escritas.

Assim como variam também as estratégias utilizadas para apresentar esses recursos que são:

Utilizam as imagens fixando-as em ordem de atividade vertical ou horizontalmente, onde

conversam com as crianças sobre o que irão fazer. Ao longo do período vão retomando o que já

aconteceu e sua próxima atividade, inclusive algumas turmas chegam a virar a atividade que já passou;

Utilizam a imagem com a escrita anexa, fazendo a mesma dinâmica do professor acima, porém

nessa situação a criança pode recorrer também a escrita para retomar a rotina do dia;

Utilizam as imagens e as escritas separadamente, onde ao longo do diálogo vão acoplando a

escrita à imagem ou vice-versa de forma problematizada, possibilitando inclusive a reflexão sobre a

escrita;

Utilizam apenas a escrita, considerando o grau de desafio de cada turma, através de uma troca

problematizada, ambos (professora e criança) constroem a rotina diária.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A CONSTRUÇÃO DA ROTINA:

Diversificar as formas de realizar essas atividades, garantindo a participação ativa e mental das

crianças;

Construir a rotina diária com a turma, estabelecendo o contrato didático da classe;

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Rever sempre este tempo, respeitando o ritmo das crianças;

Manter a rotina exposta à altura das crianças.

3.1.9 Calendário

O calendário na educação infantil deve ser utilizado conforme sua função social, onde nas datas

são anotadas as informações importantes para cada turma, que podem ser atividades que as crianças

estão aguardando com ansiedade, como por exemplo, as datas de nascimento, etc.

Esse calendário precisa ser mantido ao alcance das crianças para que possam realizar pesquisas,

contando quantos dias faltam para chegar o evento marcado. Com essa proposta a professora vai

apresentando os dias, os meses e os anos, assim como o passado, o presente e o futuro, com o objetivo

que as crianças construam noção temporal.

3.1.10 Rodas (conversa, apreciação, música, avaliação)

É um momento especial onde as crianças se expressam, se comunicam com grupo e têm a

oportunidade de aprender a ouvir o outro, desenvolvem e ampliam o vocabulário, a linguagem oral, bem

como o pensamento e a sequência de fatos. Devem ser momentos planejados e com temas que

interessem à turma e à faixa etária.

As rodas também servem para a participação das

crianças em planejamento das atividades e em avaliação

das propostas e suas aprendizagens.

Essa proposta deve ser diária, respeitando o

tempo e o interesse das crianças. Cabe ainda salientar

que as diversas rodas é um momento planejado, mas não

único, pois as crianças precisam conversar em diversas

ocasiões, pois a informalidade também garante o

desenvolvimento da linguagem e do pensamento.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Respeitar a criança como interlocutora;

Diversificar estratégias durante a semana;

Respeito ao pensamento sincrético;

Abordar assuntos referentes aos projetos/sequenciadas;

Abordar temas sociais relevantes considerando as faixas etárias.

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3.1.11 Circuito

A proposta do circuito ocorre quinzenalmente às quintas-feiras. Organizamos um cronograma

onde a cada quinzena uma turma fica responsável pela elaboração do croqui, pela separação dos

materiais e pela montagem do espaço da brincadeira. Depois do espaço organizado todas as turmas

brincam livremente, em horários pré-estabelecidos no dia anterior.

Como somente uma turma por vez planeja a atividade para os dois períodos (manhã e tarde), no

período oposto da turma que fez o planejamento, a

primeira turma fica responsável por ler o croqui e

montar o espaço para a brincadeira.

Com essa proposta as crianças vivenciam

experiências relacionadas aos conhecimentos

matemáticos, assim como o desenvolvimento das

habilidades corporais e o desenvolvimento da

imaginação.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A BRINCADEIRA DE CIRCUITO:

As crianças podem brincar livremente pelo circuito, com os movimentos corporais que

desejarem, buscando seus próprios desafios;

As atividades propostas têm que comportar todas as crianças da turma, evitando fila de espera

para brincadeira;

Quando as crianças estiverem planejando as atividades que irão compor o circuito, o professor

deve sugerir alternativas, já que é a pessoa que mais conhece os materiais disponíveis da escola;

A disposição das brincadeiras não precisa ser em forma circular;

Uma variação pode ser a montagem de estações de brincadeiras e circuitos temáticos.

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3.1.12 Atividade coletiva (interações entre crianças- crianças e crianças- adultos)

A atividade coletiva é um momento da rotina muito especial, onde as crianças têm a

oportunidade de interagir e de participar de atividades prazerosas e significativas. Pensando na dinâmica

do dia a dia, as pessoas que compõem a escola (crianças

das diversas turmas, professoras e apoio) acabam se

encontrando apenas em momentos restritos, então esse é

um momento de interação entre toda a equipe escolar, pois

todos são envolvidos em sua elaboração e execução.

Com a atividade coletiva podemos trabalhar com

as “cem linguagens das crianças” e até mesmo dos adultos

(sensações, experimentações, fantasia, participação,

felicidade, emoção, sentimentos, criatividade, etc.), são

atividades ricas em experiências. Como nos afirma

Larrosa: “A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não

o que acontece, ou o que toca.”

Por isso a atividade deve propiciar:

Construção de memória através dos momentos diferenciados e significativos;

Interação entre as crianças;

Ampliação de conhecimento de mundo através das diferentes linguagens;

Liberdade de expressão.

Quando planejamos a atividade coletiva, temos que considerar que todos da equipe são

educadores e cada um ficará com a parte da atividade que mais se identifica, como por exemplo, uns

organizam e cuidam das crianças, outros fazem cenários e outros apresentam. Quanto mais

envolvimento da equipe como um todo, mais elaborada será a atividade, permitindo dessa forma que a

atividade se torne um momento marcante para todos (crianças e adultos).

A atividade coletiva ocorre duas vezes por mês. E os temas podem ser sugeridos por todos,

fazendo ou não parte dos projetos das turmas.

Atividades interessantes/sugeridas: circo, oficinas de brincadeiras, teatros (fantoche, professores

e apoio, recursos variados), oficinas de percurso, ateliê, show de talentos, apresentações (dança, sarau,

poesia, capoeira, etc.), produções artísticas coletivas (com tinta, com giz de cera, com giz e cola),

músicas com movimentos, desfile, dia do esquisito, oficinas de histórias, oficinas de artes, história com

desenho, etc. As propostas são variadas e planejadas semestralmente.

Uma das propostas mais frequentes é a brincadeira simbólica coletiva, onde cada sala de aula

planeja um tema e as crianças fazem escolhas para que possam brincar no dia da atividade coletiva. A

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organização de cada ambiente é pensada de forma a favorecer ricamente o brincar, garantindo papéis

para todos os participantes. Os materiais que compõe os temas são incrementados ao longo do ano, a

partir do olhar observador do professor e das sugestões das crianças.

As propostas de salas para o primeiro semestre de 2016: salão de beleza, casinha, hospital, pet

shop, trânsito e mercado. As crianças farão inscrições para as salas que desejam brincar na própria

semana da brincadeira. A escolha é livre desde que observado o número máximo de participantes por

sala, numa média de 25 crianças. A brincadeira coletiva terá 45 minutos de duração, sendo que os 15

últimos minutos serão livres, já que no ano anterior as professoras avaliaram que uma hora é muito

tempo e as crianças se dispersam. As crianças se locomoverão livremente nos corredores para ir à sala a

qual está inscrita, assim como, para o retorno a sua sala ao final da brincadeira. As crianças também

ajudarão suas respectivas professoras a organizar suas salas para as brincadeiras.

Para garantir a avalição processual dessa proposta, as professoras farão registros reflexivos com

focos de observações e as crianças se colocarão em roda de conversa sobre o assunto. Após o intervalo

de três práticas reavaliaremos a sua continuidade.

3.1.13 Estudo do meio

Estudo do meio são os passeios que a escola planeja e organiza para que as crianças possam

vivenciar outras experiências, ampliando seu conhecimento

de mundo. Alguns passeios são oferecidos a partir de

uma proposta que amplie o universo cultural, tais como:

teatros, parques, museus, etc. e outros estão diretamente

relacionados aos projetos desenvolvidos pela turma,

ampliando assim o conhecimento sobre o objeto de

estudo.

As turmas deverão ser acompanhadas pelo

professor;

Somente poderão participar dos passeios os

alunos cujos pais ou responsáveis autorizarem por

escrito a saída da criança da escola;

As professoras e acompanhantes deverão levar

celular com bateria carregada;

A escola deve aceitar ligação a cobrar em dias

de passeio.

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3.1.14 Atendimento à diversidade (festas, eventos e datas comemorativas)

Considerando os princípios da escola pública, laica e gratuita, acumulamos na U.E algumas

discussões em relação às datas comemorativas e suas implicações pessoais e pedagógicas.

A Páscoa para cada religião tem o seu fundamento e, historicamente, passou a ter um forte apelo

consumista, que no momento está relacionado ao chocolate. Cabe à escola possibilitar a ampliação dos

conhecimentos das crianças sobre essas diversas manifestações, já que não se pode ignorar o fato de sua

existência e tão pouco privilegiar uma manifestação em detrimento da outra.

A Festa Junina tem uma conotação católica muito forte apesar de ser uma manifestação cultural,

por isso, em diversas ocasiões com essas festas realizadas pela escola, ocorreu de alguma forma a

discriminação ou exclusão de crianças. Algumas famílias chegaram a impedir a vinda de seus filhos para

o espaço escolar procurando evitar a participação deles em ensaios ou atividades relacionadas ao tema.

Assim como também solicitavam aos professores que retirassem seus filhos no momento do ensaio,

provocando um mal-estar entre o que a família passa de ensinamentos religiosos para o seu filho e o que

a escola oferecia, mesmo que sem o fundamento religioso. Por isso, o trabalho com conteúdos juninos

só ocorrerá desde que dentro de um contexto em que a cultura esteja presente, em qualquer época do

ano, não sendo mais tema da escola como um todo.

Considerando a escola como o espaço de convivência das diferenças, as manifestações culturais

precisam ser “olhadas” em suas diversas formas, ampliando o universo cultural dos envolvidos, sem

sobressaltar uma ou outra manifestação.

A mesma discussão se deu em torno das datas comemorativas do dia das mães/dia dos pais e sua

relação com a escola, no âmbito de cuidar das diferenças nas formações das famílias e tudo o que isso

implica para a criança, sendo prioridade a criança e seu estado emocional.

O dia das mães e dia dos pais são datas consideradas importantes para a comunidade e de forte

apelo na mídia, então cabe aos professores ouvirem as crianças próximo a estas datas, para que possam

falar sobre a constituição de suas famílias, quem cuida delas, como é o sentimento delas em relação a

esse cuidar. Sendo também que o tema sobre as diversas formações de famílias será abordado ao longo

do ano, isso por se tratar da constituição de identidade do ser humano.

Assim como também a data de nascimento com ênfase na formação da identidade e não mais

como uma data comemorativa, já que cada família tem sua forma de comemoração ou não, muitas

vezes, relacionada a crenças religiosas.

Alguns temas que culminam em datas comemorativas, pois implicam lutas sociais por direitos de

igualdade ou relevância para o bem comum serão trabalhados, por exemplo, o Dia da Consciência Negra

e do Meio Ambiente, porém esses trabalhos pedagógicos não podem ocorrer apenas nas datas

comemoradas, precisam ser sistemáticos devido a sua urgência social.

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PLANO DE AÇÃO DA DIVERSIDADE

Considerações para o trabalho com a formação das famílias

Ju

stif

icat

ivas

e o

bjet

ivos

Atualmente as famílias são compostas das mais diversas formas, não correspondendo a um padrão determinado e único com pai, mãe e filho. Algumas crianças inclusive não têm mãe e pai presentes, são cuidadas por outras com grau de parentesco ou não. Por este motivo se faz necessário um trabalho pedagógico que trate dessa diversidade. Visando o atendimento á diversidade, nossos objetivos são:

* Reconhecer e valorizar as diferenças e a diversidade;

* Expressar sentimentos sobre a sua posição familiar;

* Trocar experiências com seus colegas sobre as diversas formas de ser família;

* Perceber-se como ser valioso em seu espaço de convivência;

* Sensibilizar responsáveis sobre os direitos das crianças.

Con

teúd

os

* Relações sociais;

* Construção de identidade;

* Diversidade;

* Reconhecimento de si e do outro;

* Respeito às diferenças;

* Sensações e sentimentos.

Ati

vida

des

* Literatura infantil sobre as diversas famílias;

* Rodas de conversa sobre as famílias das crianças;

* Painel com fotos das crianças e das pessoas que cuidam delas.

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Just

ific

ativ

as e

obj

etiv

os

Algumas datas comemorativas apresentam forte apelo religioso ou consumista, então cabe à escola buscar seus fundamentos e assim possibilitar um trabalho que venha ao encontro da função da escola, que está diretamente relacionado ao conhecimento humanizado. Dessa forma, a escola cria espaços onde as manifestações sociais possam ser discutidas e reconhecidas como patrimônio, porém com o cuidado de apresentar a sua diversidade e não apenas uma única manifestação em detrimento das outras. As questões dos ensinamentos religiosos ficam a critério das famílias. Outra questão importante e que faz parte do papel da escola é a conscientização do consumismo nessas datas, levando a comunidade escolar à reflexão sobre o tema.

* Ampliar conhecimentos sobre a diversidade cultural e religiosa;

* Reconhecer e respeitar a diversidade cultural e religiosa;

* Refletir sobre aspectos consumistas que envolver estas datas (ser e ter).

Con

teúd

os

* Relações sociais;

* Construção de identidade;

* Conhecimento de mundo;

* Diversidade cultural;

* Reconhecimento de si e do outro;

* Consumismo.

Ati

vida

des

* Pesquisa com os familiares sobre seus hábitos e costumes em relação a estas datas comemorativas;

* Roda de conversa sobre as diferentes formas de se comemorar ou não esses eventos;

* Painéis informativos sobre as diversas culturas em relação a estas datas;

* Pesquisa com as crianças ou apresentação de pesquisas para conhecer as diversas culturas em relação à comemoração destas datas (utilizar imagens);

* Discussões e estudos com a comunidade escolar sobre educação inclusiva para todos;

* Análise das situações consumistas que envolvem algumas datas;

* Teatro sobre a diversidade cultural.

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Trabalhos de relevância social

Just

ific

ativ

as e

obj

etiv

os

Atualmente não pautamos mais o currículo da educação em datas comemorativas, mas sim, em projetos e atividades dentro de um contexto significativo. Alguns temas que culminam em datas comemorativas, pois implicam lutas sociais por direitos de igualdade ou relevância para o bem comum serão trabalhados, por exemplo, o dia da Consciência Negra. Porém, este trabalho pedagógico não pode ocorrer apenas na data comemorada, precisa ser sistemático devido à sua urgência social no combate ao preconceito racial.

* Reconhecer a si e ao outro como integrantes da sociedade;

* Valorizar as diferenças e a diversidade;

* Conhecer culturas africanas.

Con

teúd

os

* Relações humanas;

* Diversidade racial e cultural;

* Construção de identidade;

* Reconhecimento das diferenças;

* Conhecimento de mundo;

* Valorização da cultura negra.

Ati

vida

des

Obs. As atividades deverão ocorrer ao longo do ano, permanentemente.

* Utilizar literatura com personagens de diversas etnias e diversidade racial. Essa literatura tem que ser incluída no acervo da escola e do planejamento de forma consciente, mas como personagens que compõem o dia a dia;

* Incluir fantoches negros e de várias etnias em contação de histórias, inclusive nos clássicos;

* Incluir bonecos negros nas brincadeiras simbólicas;

* Rodas de conversa sobre as diferenças entre as pessoas e a valorização dessas diferenças;

* Trabalhar com artistas plásticos e celebridades negras (Esther Malangú, Tinga-Tinga, Nelson Mandela, etc..)

* Filmes infantis de personagens negros (Kiriku e a feiticeira, etc..)

* Trabalhar com a literatura africana.

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3.2 Organização de tempos e espaços institucional

3.2.1 Atendimento às famílias

Consideramos fundamental que as famílias se sintam acolhidas desde o primeiro contato com a

escola, pois nesse momento inicia-se o processo onde se estabelecerá o vínculo de confiança entre

escola e família. Por isso, a acolhida das famílias tem início quando as mesmas comparecem a escola

para buscar informações sobre vagas para seus filhos. Nesse primeiro contato são dadas as informações

com atenção e nos colocamos à disposição, inclusive para conversa sobre o trabalho pedagógico e

apresentação do espaço escolar. O mesmo na efetivação da matrícula.

Já o contato mais efetivo dos familiares e crianças com a equipe escolar se dá na primeira

reunião com pais, cujas orientações encontram-se no item específico sobre reunião com pais e que

também fazem parte da acolhida aos familiares.

No dia a dia o atendimento ao público de forma geral é feito durante o horário de aula, sendo a

Oficial de Escola a responsável direta por ele. Entretanto, toda a equipe é responsável por receber,

encaminhar e atender a comunidade em caso de necessidade.

Temos como princípio um atendimento de qualidade, eficaz e rápido, onde a comunidade seja

recebida com respeito e carinho e possa resolver suas questões.

A secretaria da escola é o primeiro espaço destinado a este atendimento, onde os pais podem

entrar e serem atendidos no balcão. Quando há a necessidade em aguardar, contamos com dois sofás que

são utilizados pela comunidade.

Questões pedagógicas são encaminhadas imediatamente aos gestores, procurando esses

esclarecer as dúvidas e anseios dos familiares, inclusive apresentando a proposta pedagógica da U.E.

3.2.2 Participação da comunidade em atividades pedagógicas

Esta U.E tem como objetivo constante a integração entre escola e comunidade, visando o

desenvolvimento integral da criança e a valorização da proposta pedagógica. Buscamos envolver estas

famílias convidando-as a participar de alguma etapa do trabalho pedagógico que requer a sua presença

na escola, assim como enviando pesquisas para serem respondidas em casa e durante os eventos. Outra

proposta muito utilizada é a mala de leitura, onde a criança leva para casa uma malinha com um livro,

caderno de registro, caderno de desenho e materiais diversos (lápis de cor, canetinhas, tintas, pincéis,

etc.). Essa atividade tem como finalidade que alguém da família leia a história junto com a criança e

depois faça uma atividade gráfica, propiciando um momento de troca de experiências entre ambos.

Desde 2007, a equipe escolar observa e avalia que a participação das famílias tem acontecido de

forma interessante desde os primeiros dias do ano letivo. Há uma repercussão mais positiva por parte

das famílias quando a escola organiza oficinas, reuniões com pais e outros eventos. Portanto, é nessa

perspectiva que a equipe escolar vem investindo junto ao trabalho com as famílias, buscando envolver

os pais da seguinte maneira:

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Iniciar o processo de envolvimento das famílias ao final do ano, na efetivação da matrícula,

entregando um informativo sobre a reunião com pais e a importância do período de adaptação;

Expor na recepção um painel com fotos dos trabalhos realizados na U.E.;

Ao longo do ano letivo, conversar com os familiares sobre a importância de sua participação na

vida escolar das crianças, valorizando a sua participação;

Chamar os pais de matrícula nova para uma reunião de reconhecimento da escola em dezembro;

Adequar as atividades com a participação dos familiares de acordo com a faixa etária,

considerando que muitas crianças e familiares já frequentaram as atividades anteriormente.

3.2.3 Reunião com pais

A reunião com pais é um dos momentos que consideramos de grande importância para o

fortalecimento das relações entre professora, pais/responsáveis e escola. Por isso, estamos realizando um

trabalho de conscientização quanto à importância da Reunião com Pais junto a toda equipe escolar.

Os primeiros contatos do ano da equipe escolar com as famílias e crianças se dão através da

primeira reunião com pais, recebemos os familiares no pátio, onde apresentamos todos os profissionais

da escola e, em seguida cada responsável acompanha o professor de seu filho para reunião específica. O

conteúdo da reunião é cuidadosamente planejado por toda a equipe escolar, sendo importante:

Apresentar um pouco da trajetória profissional do professor;

Apresentar alguns objetivos da educação infantil pautados em documentos;

Entregar e discutir as orientações de funcionamento das escolas de educação infantil;

Garantir um tempo para ouvir as expectativas e dúvidas dos familiares.

A primeira reunião com pais é pensada partindo dos seguintes objetivos:

Acolher os pais;

Apresentar toda a equipe da escola;

Possibilitar a apresentação dos pais e dos professores.

Em 2016 devido à avaliação positiva do ano anterior, mantivemos como organização dois turnos

de reuniões por período, sendo, no primeiro turno três professoras com as famílias e três professoras de

apoio com as crianças em uma sala organizada com brincadeiras e, no segundo turno a inversão dos

papéis. Essa organização se deu no período da manhã e no período da tarde.

Em relação às outras reuniões com pais acreditamos que deva ocorrer de maneira formativa e

não apenas informativa. É fundamental que os pais consigam entender o universo escolar em que seu

filho está inserido para que dessa forma também possa participar desse espaço. Temos ainda como

objetivo que os pais conheçam e participem do Projeto Pedagógico desenvolvido na escola, de forma

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dinâmica e reflexiva. Nesse momento tratamos também das questões que envolvem o desenvolvimento

infantil e a construção do conhecimento pela criança com intencionalidade educativa por parte da

escola.

Para conseguirmos uma reunião de qualidade sempre levamos em consideração no planejamento

dessas ações a elaboração das pautas, a escolha dos temas e dinâmicas, o espaço e organização do

espaço para a participação coletiva/individual, avaliação, elaboração de convites e acolhimento.

Os temas são determinados a partir das necessidades formativas percebidas pelas professoras em

outras reuniões ou em conversas com os próprios pais. A dinâmica tem como objetivo provocar os pais

para maior participação com temas geradores de polêmicas ou brincadeiras (descontração).

A utilização de imagens (fotos ou vídeos) envolve bastante os responsáveis, facilitando a

participação deles nas discussões, principalmente porque observam suas crianças nas atividades

propostas. Ao utilizar essa estratégia precisamos nos atentar para filmar ou fotografar todas as crianças

de forma igual, sem deixar uma ou outra em mais evidência.

O espaço da sala deve estar organizado, quando necessário para a realização de atividades ou

com as cadeirinhas em uma grande roda, propiciando uma visão ampla das pessoas presentes e

garantindo que todos estejam em um mesmo posicionamento, ou seja, ninguém em evidência. As

paredes precisam revelar o trabalho pedagógico que acontece dentro da sala, assim como os corredores

da escola. Lembrar sempre que a organização do espaço comunica a concepção pedagógica das pessoas

que ali se encontram.

Os materiais que serão apresentados também devem ser organizados com antecedência, de

preferência com a participação das crianças, já que apostamos em sua capacidade organizativa. A

confecção dos convites e informativos para a reunião com pais deve garantir a participação das crianças,

pois se trata de uma possibilidade de trabalhar a escrita significativa e com função social, além é claro

de envolvê-las para maior participação de seus responsáveis nesse momento.

A equipe escolar validou que em uma das reuniões do ano as crianças farão uma apresentação do

trabalho pedagógico aos seus responsáveis ou serão desenvolvidas atividades onde os responsáveis e as

crianças possam interagir. Lembrando sempre que essa dinâmica deverá ser no início da reunião e com o

cuidado de planejar atividades que não ocupem muito tempo, pois a reunião tem um tempo limitado e a

pauta precisa ser apresentada em sua íntegra.

Considerando ainda que haverá envolvimento das crianças na organização da reunião com os

pais, devemos também estar preparados para lidar com algumas frustrações por partes das crianças

geradas pela ausência de alguns responsáveis. Portanto, a equipe escolar achou por bem mandar

informativos antes da reunião explicando a sua importância e a participação das crianças nesse

planejamento, onde caberá também aos responsáveis explicar para a criança o motivo de sua ausência

(se for o caso), evitando julgamentos inapropriados por parte dos adultos e das crianças envolvidas.

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Em algumas reuniões também estão previstas atividades coletivas junto aos pais, planejada e

executada por profissionais desta U.E., onde cada profissional demonstra suas habilidades. Esta proposta

pode ocorrer através de dinâmicas, oficinas, histórias, teatro, exposições entre outras formas.

NOSSOS ENCAMINHAMENTOS:

Garantir pelo menos uma reunião anual com a equipe escolar para retomada dos conteúdos sobre

reunião com pais;

Garantir reuniões com datas e horários diferenciados para as turmas desta Unidade Escolar com

a EMEB Profº Florestan Fernandes e com a EMEB Marcelo Peres Ribeiro (creche);

Garantir que a reunião seja atrativa, coerente e proveitosa;

Garantir um momento individual aos pais que querem conversar sobre seus filhos;

Cuidar para que a reunião com pais não vire um momento de reclamações e coloque crianças em

situação constrangedora;

Elaborar dinâmicas e atividades que propiciem maior integração entre família e escola,

objetivando também informar, formar e transmitir aos mesmos o trabalho Pedagógico realizado nesta

U.E.

3.2.4 Entrevista

Rediscutir sempre que necessário o roteiro da entrevista de forma que essa contribua mais para o

trabalho pedagógico da escola. As entrevistas serão iniciadas após o término do período de adaptação,

em horário de HTP. Os objetivos dessas entrevistas são:

Conhecer os pais individualmente;

Iniciar um processo de formação de vínculo entre professor e família;

Conhecer um pouco sobre os hábitos, preferências e características das crianças.

Após discussão com a equipe de professoras, validamos o roteiro para a entrevista com as seguintes

questões:

Nome da criança

Seu filho já frequentou outra escola? Comente.

Com quem mora?

Qual a brincadeira preferida da criança?

A criança tem contato com livros? Você costuma contar histórias para ela?

Quais os medos da criança?

A criança usa o banheiro sozinha ou precisa de auxílio?

Em que momento do dia a criança está mais disposta?

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Qual característica acha importante destacar em seu filho?

Usa chupeta ou tem algum objeto de apego?

O que você acredita que seu filho aprenderá no decorrer do ano?

Tem alguma restrição alimentar?

O que você gostaria de acrescentar sobre seu filho?

A criança apresenta algum problema de saúde? Faz uso de medicamento?

Foi importante garantir um horário diferenciado, em HTPC e em outros dias para atendimento às

famílias, conforme sua disponibilidade, conciliando com os horários dos profissionais envolvidos para

atender aos pais e mães que trabalham e não podem vir em horário de serviço.

3.2.5 Horários de entrada e saída

A organização da escola para o horário de entrada acontece da seguinte forma: os professores

recepcionam as crianças acolhendo-os pessoalmente, procurando sempre cumprimentar os responsáveis,

para saber se está tudo bem com a criança.

Para o horário de saída a escola tem uma organização que é realizada no início do ano, na

primeira reunião com pais, onde os responsáveis preenchem um impresso, com o nome das pessoas que

estarão autorizadas a retirar a criança durante o ano. Caso o nome da pessoa não conste nesta relação

preenchida pelo responsável, a criança não será entregue sem antes entrar em contato o mesmo.

Nesta U.E. há uma incidência de atrasos nos horários de entrada e saída das crianças, sendo

assim se fazem necessárias as articulações quanto às ações mediadoras/formativas sobre esse assunto

junto aos responsáveis.

São considerados atrasos as famílias que ultrapassam dez minutos de tolerância no período de

entrada e saída.

Em caso de atraso no horário de entrada: (Sempre serão dados dez minutos de tolerância)

Na primeira ocorrência explicaremos para os pais ou responsáveis a rotina da turma, sendo que a

professora prepara uma acolhida para recebê-los.

Quem receber a criança na secretaria deverá encaminhá-la até a sua turma.

Caso o atraso seja recorrente e a criança estiver acompanhada por outro menor, esse levará um

bilhete comunicando o responsável do ocorrido.

Em caso de atraso no horário da saída:

1. A cada atraso, o responsável deverá assinar um documento por escrito;

2. No caso da recorrência dos atrasos os pais ou responsáveis serão convocados a comparecerem à

escola para conversar com a direção sobre os motivos destes atrasos;

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3. No caso do terceiro atraso serão tomadas as seguintes providências:

Conversar com a família, tentando auxilia-los com relação à organização familiar;

Caso a questão não seja resolvida, a escola solicita o auxílio do Conselho Tutelar, para que sejam tomadas medidas necessárias.

Todas as medidas adotadas são levadas ao conhecimento da comunidade escolar.

Após o horário, a criança passará a ser de responsabilidade dos gestores, ficando esses

comprometidos a entregá-los aos seus responsáveis seguindo as orientações.

Não é autorizado sair com a criança da escola sem o conhecimento da direção.

4. Avaliação

4.1. Das aprendizagens das crianças

Consideramos como avaliação a ação-reflexão contínua e processual do professor, ou seja, no

dia-a-dia e em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, não tendo como foco a

classificação ou promoção da criança, mas sim a qualidade de ensino e consequentemente de

aprendizagem.

Temos como instrumento de avaliação da aprendizagem dos alunos dois relatórios individuais

por ano, sendo um no final do primeiro semestre e outro no final do segundo semestre. Esse instrumento

é uma sistematização de observações e registros ocorridos em todo o processo de aprendizagem,

portanto não se trata de um momento estanque de avaliação.

Como instrumento avaliativo, selecionamos algumas atividades significativas ao longo do

processo para que componham os portfólios das crianças. Essas atividades em ordem cronológica dão

uma visão do desenvolvimento das crianças em alguns aspectos, mas que não podem ser mensuradas

separadamente do contexto ou como único instrumento.

4.2. Do percurso da U.E

Equipe docente: Ocorre em momentos determinados (Junho: Auto avaliação e Dezembro: com

toda a comunidade escolar) e a qualquer tempo conforme demanda e necessidade.

Estratégias: instrumentos elaborados a partir do documento: Indicadores de Qualidade da Ed. Infantil;

momentos de reflexões; registros ou relatórios reflexivos; Levantamentos de dificuldades e

encaminhamentos possíveis; verbais; acolhidas de reclamações (registros e conversas) /Observações a

partir da problemática/avaliação coletiva da problemática e encaminhamentos ou a partir da análise do

PPP.

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Sistematização: A equipe gestora coleta os dados e faz uma sistematização das discussões. Essas

informações tratadas retornam para a equipe par discussão. A equipe encaminha as necessidades para a

busca da superação do que foi discutido.

Equipe de apoio: para aplicar a avaliação sempre será levada em consideração a construção

equipe a que se destina a avalição naquele momento. São vários movimentos avaliativos no

decorrer do ano e um final em dezembro com toda a comunidade escolar.

Estratégias: instrumentos elaborados a partir do documento: Indicadores de Qualidade da Ed. Infantil em

dezembro, numa avaliação de grupo; levantamento de observáveis por parte da equipe gestora ou por

membro da própria equipe de apoio.

Sistematização: Discussão coletiva. A equipe de apoio trata os dados levantados. Os dados voltam para

discussão no coletivo, onde acontecem os encaminhamentos.

Comunidade:

- Atividades abertas (eventos e propostas pedagógicas): Registros escritos (cavaletes e murais),

conversas informais e coletas de informações via agenda, bilhetes, etc.

- Reunião com pais: as estratégias são planejadas na elaboração da pauta de reunião. Temos como

desafio: Ampliar a avaliação para que os familiares possam sugerir e encaminhar ações junto à escola.

- APM/CE: As avaliações normalmente ocorrem de forma verbal e registros e em todas as propostas que

envolvem os familiares (passeios, palestras, reunião com pais, sábados letivos), inclusive sobre o plano

formativo. Uma estratégia que validamos é a utilização de imagens como disparadora de conversas para

avaliar.

OBS.: ao final do ano a comunidade é chamada para participar da Reunião Pedagógica sobre avaliação.

Crianças (alunos):

- Em 2014 iniciamos discussão sobre a participação das crianças no processo avaliativo. Ao final de

2014 a equipe gestora realizou a avaliação junto às crianças em sala de aula, com perguntas previamente

elaboradas pela própria equipe gestora.

- Em 2015 algumas professoras iniciaram alguns movimentos avaliativos com as crianças, mas a equipe

ainda considerou um desafio a ser superado em 2016. Ainda ao final de 2015 (dezembro) equipe gestora

junto às crianças. As questões foram elaboradas junto com a equipe docente.

- Buscando qualificar a avaliação junto às crianças em 2016, a equipe discutiu:

Por que as crianças precisam avaliar?

O que avaliar com as crianças?

Como avaliar com as crianças?

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

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Os planejamentos e registros dos professores são acompanhados pela coordenadora pedagógica,

intercalados quinzenalmente, ou seja, a cada semana um grupo de seis professores. Fazem parte desse

acompanhamento às devolutivas por escrito com sugestões, problematizações e materiais para estudo,

segundo a necessidade de cada professor. Também são agendados encontros individuais para

devolutivas, encaminhamentos e formação, Assim como observações da rotina.

A equipe de gestão se reúne semanalmente para analisar os conteúdos levantados em HTPC,

reuniões pedagógicas, reuniões com a equipe de apoio e conselho de escola/APM, a fim de retomar os

planos formativos de cada segmento, buscando encaminhá-los conforme a necessidade, tais como

levantamentos de suportes teóricos, necessidades formativas individuais e coletivas, organização de

comunicados e informativos, compras de materiais, entre outros.

Nas reuniões realizadas com cada segmento ou individualmente é feito registro para o

acompanhamento e sistematização das discussões. Tais registros tornam-se documentos importantes na

construção de portfólios dos funcionários e dos planos formativos.

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6. Ações Suplementares

6.1 AEE – Atendimento Educacional Especializado

Quando temos a convicção de que a escola é para “TODOS”, temos como princípio a escola

inclusiva, onde propicie o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos. Para que isso ocorra

precisamos nos atentar as especificidades apresentadas por algumas crianças, inclusive as que são

público alvo da educação especial na perspectiva da educação inclusiva.

Apresentam-se como público alvo da educação especial na perspectiva inclusiva as crianças com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação, desde a

educação infantil à educação de jovens e adultos que frequentam o ensino regular.

No sentido de garantir uma educação inclusiva de qualidade para essas crianças, temos como

proposta nacional o AEE, sendo esse um recurso de apoio à inclusão com a finalidade de fortalecer o

processo inclusivo, tendo como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de

acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas

necessidades específicas.

Esse atendimento é realizado pelo professor do AEE, que na educação infantil desenvolve um

trabalho no próprio turno regular em que a criança está matriculada, juntamente com o professor da sala

de aula. Esse atendimento recebe o nome de ação colaborativa.

Porém nem todas as crianças do público alvo necessitam do acompanhamento da professora do

AEE, pois algumas especificidades são trabalhadas pelos próprios profissionais da escola (professor,

equipe de gestão e auxiliar de educação) e/ou equipe técnica. Por isso, nessa unidade escolar

respeitamos como fluxo para avaliar a necessidade ou não desse atendimento, considerando as seguintes

etapas:

1º Observação em sala e registros do professor;

2º Observações em sala e registros da CP;

3º Encontro entre CP e professor para discussão sobre o caso;

4º Encontro com a professora do AEE (discussão do caso e leitura do material que compõe o

prontuário da criança);

5º Observação em sala e registro por parte da professora do AEE;

6º Discussão do estudo de caso com EOT e, se necessário, observação em sala por parte dessa

equipe;

7º Encontro entre gestão, EOT, professor da sala e professora do AEE para discussão de caso e

encaminhamentos.

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Todo esse processo é registrado em ficha RAE (Registro de acompanhamento específico). Em

2014, até o momento, não temos crianças atendidas pelas professoras do AEE.

Documentos utilizados:

- Instrumentos metodológicos do AEE – Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo –

Julho/2012

- Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva – MEC: 2007

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VI – CALENDÁRIO HOMOLOGADO

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VII - REFERÊNCIAS

LEGISLAÇÃO:

* Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Diretrizes e bases da educação nacional;

* Resolução nº 05, de 17 de dezembro de 2009 – Diretrizes curriculares nacionais para a educação

infantil;

* Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990 – Estatuto da criança e do adolescente;

* Resolução n.º, de 30 de maio de 2012 – Diretrizes nacionais para educação em direitos humanos;

* Parecer 08/2012, de 06 de março de 2013 – Diretrizes nacionais para educação em direitos humanos.

DOCUMENTOS:

* Documento Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva –

MEC/SEESP;

* “Suleando” Parâmetros Norteadores da Rede Municipal de Ensino de São Bernardo do Campo – 2011;

* Práticas cotidianas na educação infantil – Bases para reflexão sobre orientações curriculares –

MEC/2009;

* Validação (Caderno de educação infantil) – Rotina na educação infantil – Secretaria de Educação de

Cultura São Bernardo do Campo, 2001;

* Ensino Fundamental de nove anos: orientações para inclusão da criança de 06 anos de idade –

MEC/2007;

* Proposta curricular – Educação Infantil – Volume II / Caderno 02 - Secretaria de Educação e Cultura

de São Bernardo do Campo, 2007;

TEXTOS:

* Trabalhando com as famílias – Caderno de ação – CBIA/SP

* A escola como um lugar de cultura mais elaborada – Maria Auxiliadora Soares Faria e Suely Amaral

Mello

* O problema do meio – Lev Seminovich Vygostky

* Espaço para crescer – Michelle G. Zachlod

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* Letramento (e não alfabetização) na educação infantil e formação do futuro leitor e produtor de textos

– Suely Amaral Mello

* Queremos um diplodocus – Texto publicado na revista In-fan-cia, Barcelona, março de 2004 e

traduzido por Suely Amaral Mello

* A educação das crianças de 0 a 6 anos: regularidades do desenvolvimento – Suely Amaral Mello

* Aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural – Suely Amaral Mello

* O que dizem as paredes da escola – Revista Avisa lá

LITERATURA:

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo-SP- Editora Cortez, 1997

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa, São Paulo – SP –

Paz e terra, 1996

HEINKEL, Dagma. O brincar e a aprendizagem na infância, Ijuí-RS- Editora Unijuí, 2003

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. (org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação, São Paulo-SP-

Editora Cortez, 1997

TONUCCI, Francesco. Com olhos de criança, Porto Alegre - RS- Artes Médicas, 1997

VEIGA, Ilma Passos A.(org.) Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível,

Campinas-SP- Papirus Editora, 2007

WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola, São Paulo-SP- Editora Cortez, 1995

(Literatura a respeito das áreas de conhecimento e temas de acordo com os planos de formação)

WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, São Paulo-SP- Editora Ática, 2004

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VIII - ANEXOS

INDICAÇÃO DE LITERATURA INFANTIL PARA A DIVERSIDADE:

- Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha – Ruth Rocha

- Minha família é colorida – Georgina Martins

- O livro da mamãe – Todd Parr

- O livro da família – Todd Parr

- As famílias do mundinho - Ingrid Biesemeyer Bellinghausen

- Um mundinho para todos – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen

- Sinto inveja – Brian Moses

- Sinto raiva – Brian Moses

- Quando me sinto sozinho – Trace Moroney

- Todo mundo fica triste – Jane Bingham

- Todo mundo fica feliz – Jane Bingham

- Um mundinho sem bullyng - Ingrid Biesemeyer Bellinghausen

- Declaração universal dos direitos humanos – Moreira Acopiara

- Declaração universal dos direitos humanos – Ruth Rocha

- Viva a diferença – Ruth Rocha

- Tudo bem ser diferente – Todd Parr

- Diversidade – Núria Roca

- Somos todos diferentes, mas nossos direitos são iguais – Alexandre Taleb

- Na minha escola todo mundo é igual – Rossana Ramos

- Crianças como você – Agop Kayayan

- Camila está namorando – Nancy Delvaux

- O clube do arco-íris – Annette Aubrey

- Só um minutinho – Ana Maria Machado

- Eu absolutamente preciso usar óculos – Lauren Child

- Eu quero ir pra casa só um pouquinho – Lauren Child

- A princesa e a ervilha – Rachel Isadora

- As tranças de Bintou – Sylviane A. Diouf

- Menina bonita do laço de fita –

- Feliz aniversário Jamela – Niki Daly

- Obax – André Neves

- Vermelho – Maria Tereza

- O que tem nesta venda – Elias José

- Se tudo isso acontecesse – Elias José

- A menina e o tambor – Sônia Junqueira

- As cores do mundo de Lúcia – Jorge Fernando dos Santos

- A fuga da gata – May Shuravel

- Uma pipa tão pipa no céu – Regina siguemoto

- Como as histórias se espalharam pelo mundo

- Os reizinhos de Congo

- Chuva de manga – James Rumford

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DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA

A área interna está caracterizada e dividida em:

01 diretoria

01 sala de professores

01 antessala (recepção)

01 banheiro para professores/direção

01 banheiro para a equipe de apoio

01 banheiro masculino

07 salas de aulas grandes

04 banheiros de alunos

01 banheiro adaptado para deficiente

01 pátio coberto

01 palco

01 refeitório

01 cozinha para funcionários

01 cozinha

01 despensa

01 almoxarifado

01 ateliê de artes

01 biblioteca

01 sala para materiais de corpo e movimento

01 sala de brinquedos

A área externa é composta por:

Parque – com brinquedos de madeira

Quadra

Tanque de areia

Jardins

Canteiros para horta/jardinagem

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MATERIAIS PEDAGÓGICOS E EQUIPAMENTOS

Os equipamentos que dispomos são:

03 aparelhos de som portáteis

02 televisores a cores

01 som com caixa e equalizador

01 microfone com fio

01 mesa de som

02 aparelhos de DVD

02 máquinas fotográficas digitais

01 aparelho de slide

03 computadores

03 impressoras

01 máquina de escrever

02 guilhotinas

01 encadernadora

01 telefone sem fio

02 telefones com fio

01 plastificadora

01 episcópio

01 retro projetor

Materiais Pedagógicos

Brinquedos diversos para a brincadeira simbólica e atividades diversificadas

Instrumentos de bandinha

Objetos para atividades físicas

Livros

CD’s

DVD

Fantasias

Fantoches

Jogos para as áreas de conhecimento

Materiais didáticos diversos

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ORIENTAÇÕES SOBRE ACIDENTES E OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO CRIANÇAS

Após discussão, estudo e reflexão, encaminhamos os seguintes procedimentos:

Todos os funcionários são responsáveis pelos alunos devendo prestar socorro quando houver necessidade;

Usar apenas água e soro para a higiene do machucado;

Preencher o caderno de ocorrência de acidentes, pedindo ao final do período para que o responsável tome ciência do fato.

Quando for criança que vai embora com o transporte, lembrar sempre de avisar os pais, através da agenda, o mesmo procedimento quando a criança for embora com menor;

Batida na cabeça e/ou no rosto devem sempre ser comunicadas à direção;

Em caso de necessidade de levar a criança à UBS, comunicar e esperar o responsável para que a acompanhe juntamente com um representante da escola;

Levar a ficha de matrícula nesses momentos;

Em caso de acidentes graves, acionar o resgate;

A professora deve acompanhar a criança para o curativo quando ela estiver muito nervosa ou em casos graves;

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CUIDADOS COM OS MATERIAIS DE USO COLETIVO

São considerados os materiais de uso coletivo aqueles utilizados por todas as turmas, sendo os

adultos responsáveis por sua conservação, organização e utilização adequada.

Levantamos os seguintes procedimentos quanto ao uso dos materiais coletivos:

O professor deve estar atento o tempo todo;

Organizar os materiais de maneira mais acessível;

Construir com as crianças as orientações para o uso dos brinquedos e dos materiais de forma geral;

Organizar com as crianças as fantasias nos cabides e nas araras;

Separar as fantasias e os brinquedos para conserto e avisar os funcionários de apoio;

Devolver os brinquedos no local onde foram retirados;

A bandinha deve ser utilizada com propostas;

Não guardar os brinquedos na sala de aula;

Envolver os funcionários de apoio para a limpeza, conservação e organização dos materiais;

Lavar e passar as fantasias ao final de cada semestre, deixando-as em ordem;

Os brinquedos da sala de aula podem ser deixados no corredor, de forma organizada, para que o pessoal de apoio possa guardar;