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Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 I DEDICATÓRIA À memória da minha irmã Mellendreth.

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Princidonio David Trabalho de Licenciatura

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Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 I

DEDICATÓRIA

À memória da minha irmã Mellendreth.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 II

AGRADECIMENTOS

Á minha mãe por tudo, principalmente pela força de eu poder lutar pelos meus objectivos;

À minha querida Tia Maria da Conceição por tudo;

À minha querida namorada Jackeline Maria do Ó Da Silva, pela força e companheirismo;

Ao meu Supervisor Dr. Zeferino B. Saugene pela paciência e orientação;

À todos os funcionários e Docentes do DMI, pela paciência e pelos conhecimentos transmitidos.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 III

DECLARAÇÃO DE HONRA

―Declaro por minha honra, que este trabalho é fruto da minha investigação, e que o mesmo foi

realizado para ser submetido apenas como Trabalho de Licenciatura em Informática na

Universidade Eduardo Mondlane e em nenhuma outra Instituição de Ensino‖.

Maputo, Outubro de 2010

( Princidónio Roberto de A. David )

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RESUMO

Ao longo dos últimos anos, a Tecnologia Web tem estado a evoluir de forma a incorporar novos

recursos e novas funções, deixando de ser apenas um mecanismo de acesso a um grande

repositório de documentos electrónicos estáticos para tornar-se uma rica interface de acesso dos

usuários a novos Sistemas de Informação (SI) dinâmicos (Junior & Vidal, 2006).

Por permitir universalização de acesso à informação, a Tecnologia Web gera novas oportunidades

de negócio para as organizações, tais como a fácil interação com os clientes, sobretudo em

organizações onde a interação com os seus clientes é praticamente um processo indíspensavel,

reduzindo deste modo os custos de transporte e de comunicação.

Por outro lado, com a proliferação dos dispositivos móveis tais como telefones celulares, têm

vindo a impulsionar a integração de mais funcionalidades nas aplicações Web, com vista a

melhorar ainda mais o mecanismo de acesso a informação por estas disponiblizadas.

O presente trabalho consiste em providenciar aos Escritórios de Advocacia uma ferramenta que

permite dinamizar o funcionamento destes. A motivação deste trabalho surge devido a grande

maioria dos Escritórios de Advocacia sediados na capital não estarem a tirar proveito das

Tecnologias Web e Móvel (Mobile). O relacionamento com o cliente continua a ser de forma

presencial, o que não tem flexibilizado a gestão do processo de interação com os seus clientes e

actualização da informação sobre o estado corrente dos processos dos mesmos, visto que o

cliente deve sempre deslocar-se até ao escritório ou telefonar para saber da situação do seu

processo.

Como forma de contornar esta situação, o presente trabalho vem como uma mais-valia para

melhoria do funcionamento dos Escritórios de Advocacia que consiste na implementação de um

Sistema Web, aplicando também a Tecnologia Mobile, mas para esta última concretamente o

serviço de envio e recepcão de mensagens curtas (SMS).

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ABREVIATURAS

AJAX Asynchronous JavaScript And XML

API Application Programming Interface

B2B Business To Business

B2C Business To Costumer

BSS Base Station Subsystem

CDMA Code Division Multiple Access

GPS Global Positioning System

GPRS General Packet Radio Service

GSM Global System for Mobile communication

HLR Home Locator Register

HTML Hipertext Markup Language

HTTP Hypertext Transfer Protocol

IMEI International Mobile Equipment Identification

IBM International Business Machines

IDE Integrated Development Environment

ISP Internet Service Provider

J2EE Java 2 Enterprise Edition

JSP Java Server Pages

ME Mobile Equipment

MS Mobile Station

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NSS Network Station Subsystem

OSS Operation Subsystem

PDA Personal Digital Assistant

PIM Personal Information Manager

SDO Standard Development Organization

SI Sistemas de Informação

SGBD Sistema de Gestão de Base de Dados

SMS Short Message Service

SIW Sistemas de Informação Baseados na Tecnologia Web

SIM Subscriber Identification Module

SME Shorty Message Entity

SMSC Short Message Service Center

TDMA Time Division Multiple Access

TIC’s Tecnologias de Informação e Comunicação

UML Unified Modeling Language

URI Uniform Resource Identifier

URL Uniform Resource Locator

3GPP Third Generation Partnership Project

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 VII

ÍNDICE

DEDICATÓRIA ................................................................................................................................ I

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... II

DECLARAÇÃO DE HONRA ...................................................................................................... III

RESUMO ........................................................................................................................................ IV

ABREVIATURAS........................................................................................................................... V

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1

1.1. ENQUADRAMENTO ........................................................................................................... 1

1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................. 3

1.3 OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 4

1.3.1 Objectivo Geral .................................................................................................................. 4

1.3.2 Objectivos Específicos ...................................................................................................... 4

1.4 METODOLOGIA ................................................................................................................... 4

1.4.2 O Framework ZK ............................................................................................................... 6

1.4.3 Sistema de Gestão de Base de Dados Mysql ..................................................................... 9

1.4.4 Eclipse ................................................................................................................................. 10

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................................... 11

CAPÍTULO II. TECNOLOGIA WEB ....................................................................................... 12

2.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12

2.2 WORLD WIDE WEB E TECNOLOGIA WEB .................................................................... 14

2.2.1 Padrões da Tecnologia WEB........................................................................................... 14

2.2.2 Aplicação da Tecnologia WEB ....................................................................................... 15

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2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO BASEADOS NA TECNOLOGIA WEB ........................ 18

2.3.1 Diferenças entre Sistemas Web e outros Sistemas ........................................................... 18

2.3.3 Aplicação dos Sistemas Web ........................................................................................... 19

2.3.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Baseados na Tecnologia Web ......................... 19

2.4 RESUMO ............................................................................................................................. 20

CAPÍTULO III. TECNOLOGIA E SERVIÇOS MOBILE ..................................................... 21

3.1 WEB MOBILE ....................................................................................................................... 21

3.2 DISPOSITIVOS MÓVEIS .................................................................................................... 21

3.2.1 Telemóveis...................................................................................................................... 21

3.2.2 Personal Digital Assistant ................................................................................................ 22

3.2.3 Outros Dispositivos ......................................................................................................... 22

3.3 USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS ..................................................................................... 22

3.4 GERAÇÕES DOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES MÓVEIS ...................................... 22

3.5 CONTEXTO DE TELECOMUNICAÇÕES - PADRONIZAÇÃO E

REGULAMENTAÇÃO ...............................................................................................................23

3.6 SISTEMA GLOBAL PARA COMUNICAÇÕES MÓVEIS................................................. 24

3.6.1 Arquitetura GSM ............................................................................................................. 24

3.7 SERVIÇO DE MENSAGENS CURTAS – SHORT MESSAGE SERVICE ........................ 27

3.7.1 Descrição do Serviço ....................................................................................................... 27

3.7.2 SMS Use Cases – Casos de Uso do SMS ......................................................................... 28

3.7.3 Arquitetura do SMS na Rede GSM .................................................................................. 31

3.7.4 Funcionalidades Básicas do Serviço de Mensagens Curtas ............................................ 33

3.7.5 SMS – Protocolos e Camadas .......................................................................................... 34

3.7.6 SMS – Interoperabilidade entre Redes Móveis ............................................................. 36

3.7.7 SMS e Comandos AT ....................................................................................................... 37

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 IX

3.7.8 SMS Prós e Contras.......................................................................................................... 39

3.7.9 A Biblioteca SMSLib ...................................................................................................... 39

3.7.10 Integração do SMS em uma Aplicação Web .................................................................. 39

3.8 Benefícios da Integração do SMS em uma Aplicação Web ................................................... 44

3.9 RESUMO ............................................................................................................................... 44

CAPÍTULO IV. TECNOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES

MÓVEIS ......................................................................................................................................... 47

4.1 PLATAFORMA JAVA 2 ENTERPRISE EDITION (J2EE) ................................................ 47

4.1.1 Componentes J2EE .......................................................................................................... 48

4.1.2 Especificação J2EE ......................................................................................................... 50

4.2 Tecnologia Java Server Pages ............................................................................................... 50

4.2.1 JSP versus Servlet ............................................................................................................ 52

4.2.2 Vantagens da Técnologia JSP .......................................................................................... 53

4.4 RESUMO ............................................................................................................................... 53

CAPÍTULO V. CASO DE ESTUDO: GESTÃO DE PROCESSOS DE ESCRITÓRIOS DE

ADVOCACIA ................................................................................................................................. 54

5.1 ACTUAL FUNCIONAMENTO DOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA ......................... 54

5.1.1 Processo de Interação entre o Cliente e os Escritórios de Advocacia ............................. 54

5.1.2 Armazenamento e Gestão de Informações ...................................................................... 54

5.1.3 Método de Trabalho ou Acompanhamento dos Processos por parte do Advogado ........ 55

CAPÍTULO VI. MODELO DE FUNCIONAMENTO PROPOSTO........................................ 57

6.1 Modelação .............................................................................................................................. 57

6.1.1 Diagrama de Casos de Uso (Use Case) ........................................................................... 57

6.1.2 Diagrama de Classes ........................................................................................................ 58

6.2 Arquitetura do Modelo Proposto ............................................................................................ 60

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 X

6.3 Descrição do Modelo Proposto com Base na Implementação de um Sistema Web com o

Serviço de Envio e Recepção de SMS’s. ..................................................................................... 61

6.4 Avaliação do Teste da Aplicabilidade do Modelo Proposto .................................................. 64

CAPÍTULO VII. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 65

7.1 CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 65

7.2 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................ 66

CAPÍTULO VIII. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 67

ANEXOS ......................................................................................................................................... 70

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 XI

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.2.2 - Funcionamento da Tecnologia Web para o acesso a um Web Site Tradicional ... 15

Figura 2.2.3 - Utilização da Tecnologia Web como plataforma de acesso a outros Sistemas de

Informação. ..................................................................................................................................... 16

Figura 2.2.4 - Tecnologia Web como plataforma de comunicação entre Sistemas . ..................... 17

Figura 3.6.1 - Arquitetuta GSM ..................................................................................................... 25

Figura 3.6.1.1 - Terminal Móvel – reproduzido com a permissão da Alcatel Business System (Le

Bodig, 2008). ................................................................................................................................... 26

Figura 3.1.1.2 - Cartão SIM (Le Bodig, 2008). ............................................................................. 26

Figura 3.7.3 - Arquitetura do SMS na rede GSM . ........................................................................ 32

Figura 3.7.5.1 - A Pilha do Protocolo SMS .................................................................................. 35

Figura 3.7.5.2 - Transferênçia da mensagem entre dois SME‟s. ................................................... 35

Figura 3.7.6 - Transferênçia da Mensagem . ................................................................................. 37

Figura 3.7.7.1 - Conexão entre uma MS e um equipamento TE . .................................................. 38

Figura 3.7.7.2 - Uso dos comandos AT entre uma MS e um TE . .................................................. 38

Figura 3.7.10.1 - SMS Gateway actuando como intermediário entre dois centros de mensagens 40

Figura 3.7.10.2 - Aplicação de mensagens de texto conectado a SMSC‟s sem um SMS Gateway 41

Figura 3.7.10.3 - Aplicação de SMS para SMSC‟s conectada através de um SMS Gateway . ..... 41

Figura 3.7.10.4 - Aplicação de mensagens de texto SMS conectada a um Pool de telefones

móveis ou modems GSM/GPRS através de um SMS Gateway . ..................................................... 42

Figura 4.1 - Cenário de 3 camadas ............................................................................................... 48

Figura 4.1.1 - Modelo de aplicação JEE. ...................................................................................... 49

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 XII

Figura 4.2 - Arquitetura da Tecnologia JSP ................................................................................ 51

Figura 5.1 - Actual Funcionamento dos Escritórios de Advocacia. .............................................. 56

Figura 6.1.1 - Diagrama de Use Case do Modelo Proposto. ........................................................ 58

Figura 6.3.1 – Página de Acesso ao Sistema. ................................................................................ 63

Figura 6.3.2 - Modelo Proposto com base na implementação de um Sistema Web com o serviço

de envio e recepção de SMS. ........................................................................................................... 64

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 1

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO

Este capítulo descreve o enquadramento, a descrição do problema, os objectivos geral e

específicos, a metodologia empregue para o alcance dos objectivos prêviamente definidos e a

estrutura do trabalho.

1.1. ENQUADRAMENTO

O desenvolvimento tecnológico tornou-se hoje o diferencial compectitivo das organizações

modernas. A descoberta de novas tecnologias ampliam e criam mercados, que permitem progresso

e mudanças mundiais (Junior & Vidal, 2006).

Actualmente as organizações são os principais consumidores das Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC) em Moçambique e em outros cantos do mundo, pois estas são um factor

curcial para a nova geração dos sistemas de informação, e o sucesso de uma organização é

completamente dependente do Sistema de Informação existente. Daí há uma especial atenção, por

parte dos gestores séniores das organizações em definir estratégias de recolha de informação, que

facilite o suporte à estruturação do sistema de informação como por exemplo o tipo de tecnológias

a usar de modo a fazer face a competividade do mercado, prestando serviços de qualidade e

satisfazendo os seus clientes.

Os SI baseados na Tecnologia Web ou simplesmente Sistemas Web, tem sido a principal

preferência por parte das organizações modernas, por estes apresentarem características

competitivas para o mundo dos negócios (Junior & Vidal, 2006). A vantagem de utilização destes

sistemas é que estes geram novas oportunidades de negócio tais como fácil interação com os

clientes ou fornecedores, disponibilidade de informação imediata, pois estes podem ser acedidos a

partir de qualquer local com acesso a rede, tendo a capacidade de lidar com grandes volumes de

dados, actividades que envolvem o comércio, governação, marketing, entre outros.

Por outro lado, com a proliferação dos dispositivos móveis tais como telefones celulares, tem vindo

a impulcionar a integração de mais funcionalidades nas aplicações Web, com vista a melhorar ainda

mais o mecanismo de acesso a informação por estas disponiblizadas. A integração do serviço de

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 2

envio e recepcão de Serviço de Mensagens Curtas (SMS) em aplicações Web, tem vindo a

impulcionar bastante o processo de interação entre as organizações e os seus respectivos clientes,

ajudando aos clientes a receberem informações uteis através do envio de um simples SMS.

Escritórios de Advocacia são organizações voltadas ao atendimento das necessidades de pessoas

físicas e jurídicas nas áreas de Direito, como Tributário, Civil, Comercial, Trabalhista (Junior,

1991). Alguns Escritórios de Advocacia, senão todos sediados no país tem sido os que menos tiram

proveito das Tecnologias Web e Mobile, pela falta de conhecimento das vantagens por estas

oferecidas e como as mesmas melhorariam o processo de funcionamento destes.

É objectivo deste trabalho explorar e implementar as potencialidades da Tecnologia Web e o

Serviço de Mensagens Curtas (SMS) para facilitar a interação entre os clientes e os Escritórios de

Advocacia, a gestão de processos jurídicos, como forma de melhorar o modo de funcionamento dos

mesmos.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 3

1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

― É notável a crescente procura por parte das organizações por novos métodos de comunicação e de

interação com os seus clientes, e com certeza a Internet e as Tecnologias por si suportadas,

apresentam-se como a melhor opção para essa integração ( Carlos R. et al, 2005) ‖ (Junior & Vidal,

2006).

O principal obstáculo é a falta de métodos eficazes que permitem aos Escritórios de Advocacia

flexibilizar a interação com os clientes e melhorar os processos internos de negócio. A actividade

principal dos Escritórios de Advocacia consistem na prestação de serviços de advocacia tais como

aconselhamento jurídico, de patrocínio, de negócio entre outros, tendo como clientes pessoas

localizadas em Maputo e em outras províncias do país.

O fluxo de informação nestas instituições é bastante elevado e é suportado por processos manuais,

o que leva com que os processos sejam armazenados e transportados de um local para outro em

papeis o que torna muito dificil o acompanhamento destes por parte do advogado e o conhecimento

da situação dos mesmos por parte do cliente, pois os “montes” de papeis aos poucos vão se

transformando numa Base de Dados. Não obstante, por se possuir um número elevado de

processos, há uma grande dificuldade na gestão dos processos o que leva com que:

O cliente sempre se dirija ao escritório a fim de saber da situação corrente ou o estado do

seu processo – uma das vantagens de um Sistema Web é o acesso global, o que permitiria o

acesso a informção pretendida a partir de qualquer local com acesso a Internet. Por outro

lado, caso o cliente necessite de alguma informação e esteja numa área sem acesso a Internet,

com o serviço de envio e recepção de SMS integrado no Sistema Web, o cliente a partir do

envio de um simples SMS com um formato “pre-definido” para o sistema, poderia receber a

informação pretendida, uma vez que as SMS estão disponiveis em qualquer recarga das nossas

operadoras de telefonia móvel, o que contribuiria deste modo para a redução de custos de

comunicação e de transporte;

O cliente na maioria das vezes fica irritado, devido a morosidade existente no

acompanhamento ou fecho dos processos – os Sistemas Web apresentam uma grande

vantagem na facilidade de lidar com grandes volumes de dados, o que evitaria a morosidade

existente;

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 4

Limite que na maioria das vezes o advogado trabalhe e dê a conhecer ao seu cliente sobre a

situação do seu processo somente no seu local de trabalho – a implementação de um Sistema

Web contornaria esta situação, atravésdo acesso global, o que permitiria que o advogado

trabalha-se em qualquer local, bastando para tal, aceder o sistema a partir de qualquer local

com acesso a Internet.

1.3 OBJECTIVOS

O presente trabalho tem como objectivos os seguintes:

1.3.1 Objectivo Geral

Desenvolver um protótipo de um Sistema Web que facilite na gestão dos processos jurídicos e

descrever os aspectos fundamentais do Serviço de Mensagens Curtas (SMS), bem como os

benefícios deste ao se integrar no Sistema Web.

1.3.2 Objectivos Específicos

Analisar o actual processo de gestão de actividades dos Escritórios de Advocacia;

Identificar e analisar aspectos fundamentais e ferramentas para o desenvolvimento de

Sistemas baseados em Tecnólogias Web, bem como a integração do serviço de envio e

recepcão de SMS;

Conceber um modelo de arquitectura de SI, que ajuda os Escritórios a flexibilizar a

interação com seus clientes;

Testar a aplicabilidade do modelo com base em um protótipo de um Sistema Web funcional

que ajude os Escritórios de Advocacia na fácil gestão dos processos jurídicos, dos processos

internos e interação com os seus clientes.

1.4 METODOLOGIA

Para o alcance dos objectivos acima citados foi usada a seguinte metodologia:

Para analisar o actual processo de gestão de actividades dos Escritórios de Advocacia foram

efectuadas:

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 5

Entrevistas não padronizadas de modo a obter pontos de vista pessoais e íntimos e permitir

acesso a informações que de outra forma não seriam alcançadas (Gradin, 2000). Os

entrevistados foram alguns advogados de alguns escritórios de advocacia da capital no mês

de Agosto, onde foi possivel colher todos os detalhes sobre o funcionamento actual dos

escritórios, desde a abertura de um processo até ao fecho do mesmo e como estes eram

armazenados e localizados. Foi tambem possivel saber o tipo de informação armazenada

nos processos e relactivamente a informação armazenada do cliente. (Guião de Entrevista

em anexo - A)

Para identificar e analizar aspectos fundamentais e ferramentas para o desenvolvimento de

Sistemas baseados em Tecnólogias Web, bem como a integração do serviço de envio e

recepcão de SMS foram feitas:

Pesquisas na Internet de várias obras, consultas em livros da area de desenvolvimento de

aplicacões Web e de integração do serviço de SMS nestas aplicações.

Para conceber o modelo de arquitetura de SI, que ajuda os Escritórios a flexibilizar a

interação com seus clientes fez-se:

A modelação do sistema usando a notação de modelação Unified Modeling Language

(UML) 2.0, que é uma notação gráfica usada para criar modelos orientados a objectos para

análise e projecto de software orientado a objetos (Balzert, 2008).

Para criar o protótipo de Sistema Web que ajudará na gestão dos processos jurídicos, dos

processos internos e interação com os seus clientes, reuniram-se todos os recursos de software

que foram necessários para o desenvolvimento do protótipo. No desenvolvimento do

protótipo foram usados:

O Framework ZK para o desenho da interface ou páginas Web;

O MySql como o sistema de gestão de base de dados;

A codificação foi feita usando a linguagem de programação Java na plataforma JEE com

recurso a tecnólogia JSP usando o editor Eclipse Europa.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 6

1.4.1 Unified Modeling Language

A UML é uma notação gráfica usada para criar modelos orientados a objectos para análise e

projecto de Software orientado a objectos. Actualmente, é considerada padrão em notação

orientada a objectos. A UML 2.0 é a versão mais recente da UML das versões 1.x publicada no

primeiro trimestre de 2005 (Balzert, 2008).

Elementos da Notação UML 2.0

Segundo Balzert (2008), a UML 2.0 possui os mesmos elementos da UML das versões 1.x. O

único elemento novo da versão 2.0 da UML é o conceito de classificador (classifier) que é uma

generalização do conceito de classe. Os elementos da UML 2.0 são:

Objecto;

Estereótipo;

Classificador;

Classe;

Classe Parametrizada;

Interface;

Atributo;

Tipo de Atributo;

Operação;

Associação;

Pacote.

Diagramas de UML 2.0

Segundo Balzert (2008), a versão 2.0 da UML apresenta os mesmos diagramas das versões 1.x,

para além dos Diagramas de Comunicação, Diagrama de Visão Geral de Interação e o Diagrama

de Estrutura Composta que são os novos para a versão 2.0. Os diagramas da UML 2.0 são

descritos a seguir:

Diagramas de Casos de Uso – Modelam o comportamento do sistema. Um caso de uso ou

use-case é uma sequência de transações realizadas pelo sistema em resposta ao disparo de um

evento, isto é modela o diálogo entre o actor e o sistema. Um caso de uso, quando realizado

completamente, fornece um valor avaliável para o actor.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 7

Diagrama de Classes - Modela classes, interfaces e seus relacionamentos (visão estática da

estrutura do Sistema). As classes surgem dos principais conceitos, aqueles relevantes para o

domínio do problema.

Diagrama de Sequência – Modela aspectos dinâmicos, representando a troca (interação) de

mensagens entre objectos. Este diagrama realiza um caso de uso, descrevendo a interação entre

os objectos envolvidos.

Diagrama de Estados – Modela uma máquina de estados, formado por estados, transições e

eventos.

Diagrama de Actividades – Tipo especial de Diagrama de Estado. Descreve a execução de

uma funcionalidade, de um comportamento.

Diagrama de Implementação – Modelam arquiteturas lógica e física do hardware e software

que implementam o Sistema.

Diagrama de Componentes – Exibe a organização e dependências existentes em um conjunto

de componentes do Sistemas (Programas fontes, objectos, executáveis e bibliotecas).

Diagrama de Implantação – Mostra a configuração dos nós de processamento em tempo de

execução e os componentes neles existentes.

Diagrama de Comunicação – é uma alternativa aos Diagramas de Sequência, que nas versões

1.x da UML eram chamados de Diagramas de Colaboração.

Diagrama de Visão Geral de Interação – é uma variante do Diagrama de Actividades, onde

cada nó descreve uma interação inline ou uma referência de interação. Ele mostra como várias

interações agem em conjumto e permite ter uma visão geral sobre interações complexas.

Diagrama de Estrutura Composta – descreve a estrutura interna de um classificador e suas

relações com outras partes do sistema. Ele mostra a configuração das partes, que juntas,

realizam as funções de classificador.

Diagrama de Distribuição – serve para especificar sistemas (de software) distribuidos em

vários computadores. Ele define a arquitetura de um sistema.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 8

1.4.2 O Framework ZK

Frameworks são Softwares que permitem facilmente criar interfaces ricas para aplicações Web.

ZK é um framework Web Ajax Open Source, que pemite o desenvolvimento de interfaces ricas

para aplicações Web com pouca programação e um custo de desenvolvimento reduzido, tal como

as antigas aplicações Desktop (Sousa, 2009).

Componentes e caracteristicas do ZK Framework

Segundo Sousa (2009), o Framework ZK apresenta as seguintes caracteristicas e componentes:

79 XUL e 83 HTML componentes prontos: Tabbox, grid, listbox, tree, menu, combobox,

bandbox, datebox, chart, hbox, vbox, window, slider, paging, audio, image, timer, include,

iframe, entre outros;

Drag-and-drop suportado por todos componentes;

Menu de contexto e Tooltips customizaveis suportado por todos componentes;

Ordenação customizada de listbox, grid, entre outros;

Auto-preenchimento para combobox;

“Load on demand” sem escrever nenhuma linha de código, desde a versão 2.4.0 ;

―Live data‖ ou ―Load on demand‖ para listbox ;

Todos componentes são clonáveis e serializáveis;

Validação e formatação para componentes de entrada de dados, com suporte completo a uso de

expressões regulares e $#,##0;

100% Java API para os componentes Google Maps, FCKeditor, DOJO e Timeline;

Componente Tree com paginação;

Server push, chamado de reverse-ajax, permite o servidor enviar dados para clientes activos, ou

seja, facilmente desenvolvemos um CHAT;

Em adição componentes TreeModel, Timebox e Flash;

Modelo server cêntrico e baseado em eventos:

Mais de 20 eventos suportados; onChange, onClick, onChanging, onScroll, onSelect, onShow,

onZIndex, etc;

Todos eventos são processados no servidor;

Todos eventos estão sincronizados. Não possui problema ―Racing Condition‖;

Scripting usando expressões EL. Inclui mas não limitado a Java, Javascript, Ruby and Groovy;

Mudanças no User-interface sem necessidade de restarting da aplicação;

Anotações que permite uma página acessar base de dados sem escrever código java;

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 9

Macro components;

Facilidade em encapsular componentes puramente clientes como componentes do ZK usando

100% Java API ;

Dialogos Modais verdadeiramente server-side e Internacionalização e MVEL plug-in;

Vantagens do ZK Framework

Facilidade de utilização

Simplicidade é um dos valores de base do ZK. Outra das facilidades que se encontra nesse

framework, é a disponibilidade com que a sua equipa de desenvolvedores está disposta a

ajudar.

A criação de novos/customizados componentes é bastante simples.

A documentação é muito boa e bem detalhada.

Plataforma Independente

ZK Mobile foi lançado e está na versão 0.8.6 com 10 MIL (Mobile Interactive Language) com

componentes já facilitados: listbox, listitem, textbox, image, label, command, datebox,

decimalbox, intbox, frame.

ZK suporta os seguintes browsers: Internet Explorer 6+/7, Firefox 1+, Safari 2+, Mozilla 1+,

Opera 9+ e Camino 1+.

Corre em qualquer web server que suporta Servlet 2.3+ e JVM 1.4+.

1.4.3 Sistema de Gestão de Base de Dados Mysql

MySql é um Sistema de Gestão de Base de Dados (SGBD) mais utilizado e conhecido dos

SGBD’s Open Source. O MySql apresenta fácil integração com muitas linguagens de

programação, e funciona em diversas plantaformas, é rápido, leve e fácil de usar, por isso é

largamente utilizado para desenvolvimento Web (Alecrim, 2010).

Carateristicas do MYSQL

Segundo Alecrim (2010), entre as caracteristicas técnicas do SGBD MYSQL, estão:

Alta compatibilidade com linguagens como PHP, Java, Python, C#, Ruby e C/C++;

Baixa exigência de processamento (em comparação como outros SGBD);

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 10

Vários sistemas de armazenamento de dados (batabase engine), como MyISAM, MySQL

Cluster, CSV, Merge, InnoDB, entre outros;

Recursos como Transactions (transações), conectividade segura, indexação de campos de

texto, replicação, entre outros;

Instrução em SQL, como indica o nome.

Triggers;

Stored procedures;

Sub-selects;

Suporte total ao Unicode;

INFORMATION_SCHEMA (para armazenamento do dicionário de dados);

Server side cursors;

Suporte a SSL;

Melhoria no tratamento de erros.

1.4.4 Eclipse

Segundo (Gallardo et al., 2003), ―o eclipse é um Integrated Development Environment (IDE) para

construção de programas de computador inicialmente desenvolvido pela IBM (International

Business Machines). Sendo que no ano de 2004, tornou-se independente, e actualmente é mantida

pela comunidade.

Romeiro (2005), ―Segundo (Silva e Coelho, 2007), ―afirmam em sua pesquisa que o Eclipse é um

IDE Open Source com o intuito de integrar as ferramentas de desenvolvimento, mesmo sendo de

diferentes fornecedores, ela é independente de sistema operativo e extensível interação de seus

plugins.

Nos dias actuais o Eclipse é um dos IDE Java mais utilizado mundialmente. Como principais

características destacam-se a orientação ao desenvolvimento com centenas de plugins e o uso da

SWT1 (Standard Widget Toolkit) ao invés do Swing

2 usado na biblioteca gráfica (THE ECLIPSE

FOUNDATION, 2008) ”.

1 SWT é um componente do Eclipse desenvolvido para prover um eficiente e portável uso das facilidades da

interface gráfica do sistema operativo (Wikipedia, 2010). 2 Swing é um conjunto de classes usadas para criação de aplicações gráficas em Java (wikipedia, 2010).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 11

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho é composto por oito cápitulos a saber:

No Capítulo 1 é apresentada a Introdução, mas concretamente o enquadramento, a descrição do

problema, os objectivos geral e específicos e a metodologia empregue para o alcance dos

objectivos previamente definidos. Por sua vez o Capítulo 2 apresenta aspectos relacionados com a

Tecnologia Web, o Capítulo 3 apresentada aspectos relacionados com a Tecnologia e Serviços

Mobile, o Capítulo 4 aborda os aspectos sobre a Tecnologia de Desenvolvimento de Aplicações

Móveis, o Capítulo 5 apresenta o Caso de Estudo relacionado com a Gestão de Processos de

Escritórios de Advocacia, o Cápitulo 6 apresenta Modelo de Funcionamento Proposto, o

Capítulo 7 apresentada as Conclusões e Recomendações sobre o trabalho e o Capítulo 8

apresentada a lista das Referências Bibliográficas.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 12

CAPÍTULO II. TECNOLOGIA WEB

No presente capítulo são abordados alguns aspectos sobre a Tecnologia Web e os Sistemas

baseados nesta tecnologia, e o impacto desta para as organizações.

2.1 INTRODUÇÃO

― Durante a década de 1990 foi criada uma nova tecnologia para a Internet: a Tecnologia Web. Ela

surgiu com o objectivo de formar um repositório do conhecimento humano e está baseada em

mecanismos de armazenamento, recuperação e visualização de documentos eletrônicos (Berners-

Lee et al., 1994) ‖ (Junior & Vidal, 2006).

A Tecnologia Web funciona de forma relactivamente simples: o repositório é formado por

documentos eletrônicos armazenados em servidores ligados à rede mundial de computadores, a

Internet, e que podem ser recuperados e visualizados a partir de qualquer computador conectado a

ela. Tais documentos eletrônicos são chamados de páginas Web e podem referenciar outros,

formando assim uma grande rede de informações, denominada World Wide Web (Junior & Vidal,

2006).

Ao longo dos últimos anos, a Tecnologia Web foi evoluindo de forma a incorporar novos recursos

e novas funções, deixando de ser apenas um mecanismo de acesso a um grande repositório de

documentos eletrônicos estáticos, para tornar-se uma rica interface de acesso dos usuários a novos

sistemas de informação dinâmicos. Por permitir a universalização do acesso à informação, a

Tecnologia Web gera novas oportunidades de negócios. Actividades que envolvem interação com

os clientes e fornecedores (por exemplo, compra, venda, atendimento pós-venda, suporte ao

cliente, recrutamento e divulgação dos produtos, serviços e pedidos) podem ser transformadas

para aproveitar os benefícios dessa tecnologia. Além disso, é possível utilizar os espaços virtuais

de forma similar ao que é feito em outras mídias, como jornais e revistas. Em muitos casos a

localização física das empresas torna-se menos importante, pois, de certa forma, na Web todas as

empresas estão à ―mesma distância” dos clientes e parceiros de negócios.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 13

Por outro lado, o espaço virtual e a forma como a interface do sistema com os usuários é projetada

têm sua importância ressaltada. Algumas actividades podem ser feitas sem intermediação (Yanes,

1998, p.42), como é o caso de alguns serviços oferecidos por órgãos governamentais. Por outro

lado, novos intermediários podem ser criados (Yanes, 1998, p.42), como serviços de busca na rede

ou de agregação de informações (Junior & Vidal, 2006).

Ao longo dos últimos anos, tem havido grande impulso nos negócios eletrônicos, principalmente

do comércio Business-to-Costumer (B2C) e Business-to-Business (B2B), e isso tem acontecido

devido às oportunidades geradas pela evolução da Tecnologia Web. A Tecnologia Web também

impulsionou o desenvolvimento de sistemas inter-organizacionais. Tais sistemas já existiam antes

dela, mas estavam baseados em redes privadas de comunicação, de altos custo e complexidade e

não na Internet. Esses sistemas permitem a troca directa de informações de negócios entre

parceiros dentro de uma cadeia produtiva. Sistemas colaborativos, em que os parceiros trocam

informações sobre previsão de demanda, stocks geridos pelo vendedor, aplicações de comércio

eletrônico entre empresas com transferência electrônica de pedidos e de fundos, utilizam as

vantagens e facilidades da Tecnologia Web, como o baixo custo e a alta disponibilidade (Junior &

Vidal, 2006).

Segundo (Junior & Vidal, 2006), ―A Tecnologia Web deve causar grande impacto nos sistemas de

informação das empresas, tanto na forma como estão sendo ou serão construídos quanto na

maneira como estão sendo ou serão utilizados. Os SI’s baseados nessa tecnologia apresentam

características diferentes dos sistemas desenvolvidos em outras tecnologias e, por isso, têm sido

considerados por alguns autores (Isakowitz, Bieber E Vitali, 1998; Press, 1999) como uma nova

geração de sistemas de informação e as diferenças dessa geração em relação às anteriores

introduzem desafios de gestão e técnicos (Isakowitz, Bieber E Vitali, 1998) para as organizações‖.

As diferenças dessa nova geração de SI introduzem desafios de gestão e técnicos e o seu sucesso

dependerá principalmente do sucesso no desenvolvimento (Isakowitz, Bieber e Vitali, 1998). Os

sistemas de informação baseados na Tecnologia Web, ou simplesmente Sistemas Web, envolvem

recursos de hipertexto/hipermídia, informações estruturadas e não-estruturadas, arquitetura de

comunicação assíncrona capaz de suportar grande número de acessos, questões de segurança

(quando se utiliza infra-estrutura de comunicação pública) e interligação com os sistemas

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 14

existentes, dentre outras questões ainda não completamente resolvidas pelas abordagens clássicas

de sistemas de informação (Junior & Vidal, 2006).

2.2 WORLD WIDE WEB E TECNOLOGIA WEB

Segundo (Junior & Vidal, 2006), na pesquisa por estes efectuados, diferenciaram o termo Web de

Tecnologia Web. Estes definiram a Tecnologia Web como o conjunto de padrões para

comunicação, endereçamento e apresentação de informações e a Web como o conjunto formado

por todas as informações e serviços (recursos computacionais) que podem ser recuperados ou

utilizados através da Tecnologia Web.

2.2.1 Padrões da Tecnologia WEB

Segundo (Junior & Vidal, 2006), a Tecnologia Web pode também ser definida como um sistema

de padrões que inclui os descritos a seguir:

Padrões de Endereçamento — todos os recursos da Web possuem um endereço

eletrônico único e podem ser localizados de qualquer lugar-ponto da Internet,

independentemente da plataforma computacional em que o recurso resida. Cada endereço é

chamado de Uniform Resource Locator (URL).

Padrão de Comunicação — a Tecnologia Web utiliza um protocolo de comunicação que

permite a solicitação e a obtenção de recursos da Web. Esse protocolo, chamado Hypertext

Transfer Protocol (HTTP), permite a busca de recursos em diversos formatos e não

somente de hipertexto como o nome sugere.

Padrão de Estruturação das Informações — o padrão da Tecnologia Web para

apresentação das informações está baseado numa linguagem de marcação chamada

HyperText Markup Language (HTML). Essa linguagem define os elementos para a

visualização de informações. Com a evolução da Tecnologia Web foi criada uma

metalinguagem chamada Extensible Markup Language (XML) que permite definir de forma

extensível como uma informação pode ser estruturada e trocada entre sistemas de

informações, diretamente pela Internet.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 15

2.2.2 Aplicação da Tecnologia WEB

Segundo Edson e Vidal (2006), ―Um campo crescente de pesquisa é o que procura adicionar

características da hipermídia aos sistemas de informação tradicionais. ―Os benefícios de adicionar

funcionalidade hipermídia às aplicações de sistemas de informação são que a hipermídia

proporciona acesso navegacional, contextual para ver informação e que representa conhecimento

em uma forma relactivamente próxima do conjunto total e organizado de ideias organizacionais

que as pessoas usam. Assim, a hipermídia apóia entendimento‖ (Bieber et al., 1997, p.35). Esse

campo tem sido impulsionado pela evolução da Tecnologia Web, uma vez que ela pode ser

considerada um sistema hipermídia (Anderson, 1997, p.157; Nürnberg e Ashman, 1999; Osterbye

e Wiil, 1996), sendo a World Wide Web ―o maior sistema distribuído de hipermídia em uso‖

(Anderson, 1997, p.157). Para aproveitar as facilidades de hipermídia, a Tecnologia Web começou

a ser utilizada como mecanismo para a divulgação de informações‖.

A Figura 2.2.2 ilustra o funcionamento da Tecnologia Web para acesso a um Web Site tradicional,

com documentos electrônicos basicamente estáticos:

Navegadores

Internet

Servidor

Sistema de

ficheiros

Solicitação

Página

Página

FicheirosUsuário

usa

Figura 2.2.2 - Funcionamento da Tecnologia Web para o acesso a um Web Site Tradicional (Adaptado de Junior &

Vidal, 2006).

Ao longo do tempo, novos recursos foram acrescentados à Tecnologia Web. Eles permitem que

essa tecnologia seja utilizada como infra-estrutura de acesso a sistemas de informação. Dessa

forma, os usuários interagem com os sistemas por meio dos próprios navegadores Web,

fornecendo informações aos servidores, os quais processam e geram dinamicamente as respostas

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 16

aos usuários. Assim, a troca de informações entre usuários e Web é bidirecional, de forma similar

ao que ocorre com os sistemas de informação baseados nas tecnologias tradicionais (Junior &

Vidal, 2006).

A Figura 2.2.3 ilustra o funcionamento da Tecnologia Web como plataforma para acesso a

sistemas de informação:

Navegador

Internet

Servidor

Sistema de

ficheiros

Aplicação

Página

Página

Ficheiros

Solicitação

Pagina

Solicitação

Usuário

usa

Figura 2.2.3 - Utilização da Tecnologia Web como plataforma de acesso a outros Sistemas de Informação (Adaptado

de Junior & Vidal, 2006).

Uma limitação para a utilização da Tecnologia Web, conforme mostrado, era o facto de que ela

fazia apenas a intermediação entre o navegador e o aplicativo, mas, caso o aplicativo precisasse se

comunicar com outro sistema, deveria utilizar uma tecnologia tradicional. Para eliminar essa

restrição, novas extensões foram recentemente desenvolvidas e incorporadas à Tecnologia Web,

permitindo que seja usada também como infra-estrutura de comunicação entre sistemas, como

ilustra a Figura 2.2.4:

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 17

Navegador

Internet

Servidor

Sistema de

ficheiros

Solicitação

Página

Página

ficheiros

Solicitação

PáginaSolicitacao do

servico

dados

dados

Internet

aplicacao

aplicação

Solicitação

do servico

dados

Solicitação

do servico

Usuário

usa

Figura 2.2.4 - Tecnologia Web como plataforma de comunicação entre Sistemas (Adaptado de Junior & Vidal, 2006).

Os novos sistemas de informação podem trocar informações com quaisquer outros sistemas

disponíveis na Web, permitindo, por exemplo, que algumas funções, ou módulos de um sistema

sejam desenvolvidas e processadas em uma organização e outras sejam desenvolvidas e

processadas em outras organizações. Em outras palavras, a Tecnologia Web passa a ser a infra-

estrutura de comunicação tanto entre pessoas e sistemas quanto também entre os próprios

sistemas. Isso elimina diversas barreiras até então existentes para a interligação directa entre

sistemas de informação e também entre organizações (Junior & Vidal, 2006).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 18

2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO BASEADOS NA TECNOLOGIA WEB

Um Sistema baseado na Tecnologia Web ou simplesmente Sistema Web é uma aplicação acessada

por um navegador por meio de uma rede como por exemplo Intranet ou Internet (Junior, 2004).

Para Press (1999, p.13), ―se considerarmos os sistemas de processamento em lote, os sistemas de

compartilhamento de tempo e as aplicações cliente-servidor como as três primeiras gerações de

processamento de dados empresariais, a quarta geração é a dos Sistemas de Informação baseados

na Web‖, os quais são caracterizados pela universalização do acesso às redes de computadores e

pela utilização de sistemas de padrões abertos para a comunicação.

Várias denominações têm sido dadas a tais sistemas, como: Web Sites, Web-Based Information

Systems (WBIS), Web Information Systems (WIS), Sistemas Web, Aplicações Web, Sistemas de

Informação Web, Sistemas de Informação Baseados na Tecnologia Web (SIW).

2.3.1 Diferenças entre Sistemas Web e outros Sistemas

Segundo Junior e Vidal (2006), ―os SIW apresentam diferenças com relação aos Sistemas

Tradicionais. Uma delas diz respeito ao modo de acesso à informação, que é feito através da

navegação, característica intrínseca da hipermídia. Ou seja, independentemente de como um

usuário chegou a uma página, ―ele normalmente tem a opção de acesso às páginas ligadas à página

actual, selecionando uma ligação específica, ele fará com que a página apontada pela ligação seja

exibida e esse processo pode ser repetido indefinidamente‖ (Schwabe, Rossi E Garrido, 1998,

p.3). Outra diferença em relação aos Sistemas Convencionais é que, enquanto esses apresentam

restrições quanto ao local de acesso, os SIW utilizam o conceito de acesso universal. ―Acesso

universal significa que o usuário põe algo na Web e pode acessá-lo a partir de qualquer local; não

importa o sistema operativo utilizado, em que plataforma o usuário está a correr‖ (Berners-Lee,

1996).

Também existem algumas diferenças entre os sistemas de informação baseados na Tecnologia

Web e os Web Sites Tradicionais. Enquanto os últimos permitem apenas que os usuários possam

recuperar informações, os SIW são projectados para que também seja possível alterá-las, ou seja,

neles os usuários podem processar dados de negócio interativamente (Takahashi, 1998, p.103).‖

Além disso, os Web Sites Convencionais são projectados para usuários anônimos, oferecendo

normalmente apenas uma visão para todos (Takahashi, 1998, p.103). Em contraste, os SIW

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 19

buscam atender uma comunidade identificada de usuários, os quais têm tarefas e requisitos

específicos e, frequentemente, precisam de visões específicas para atingir suas tarefas (Junior &

Vidal, 2006).

2.3.3 Aplicação dos Sistemas Web

Segundo Edson e Vidal (2006), ―os SIW apóiam o trabalho e, geralmente, são altamente

integrados com outros sistemas não-Web, como base de dados e sistemas de processamento de

transações (Isakowitz, Stohr e Balasubramanian, 1995, p.79). Finalmente, a estrutura de

navegação de um Web Site tradicional é projetada principalmente para facilitar a busca e o

entendimento de informações, enquanto a estrutura de navegação dos SIW é ―projectada para

apoiar fluxo de trabalho específico‖ (Takahashi, 1998, p.103). Segundo Isakowitz, Bieber e Vitali

(1998, p.78), as aplicações de sistemas de informação baseados na Tecnologia Web podem ser

classificadas em quatro grandes tipos, abordados a seguir:

Sistemas de Apoio ao Trabalho Interno — tipicamente, utilizam uma Intranet como infra-

estrutura de comunicação. Substituem ou servem de interface de acesso a sistemas de informação

já existentes nas Tecnologias Tradicionais.

Sites de Presença na Web — ferramentas de marketing utilizadas para alcançar

consumidores fora da empresa.

Sistemas de Apoio ao Comércio Eletrônico — sistemas que apóiam interações com os

consumidores, como compras on-line. Tipicamente, comunicam-se com sistemas já existentes em

outras tecnologias, como sistemas de processamento de pedidos e sistemas de controlo de

estoques.

Sistemas de Apoio ao Comércio entre Empresas — sistemas que apóiam interações com

outras empresas. Tipicamente, utilizam uma Extranet como infra-estrutura de comunicação e

comunicam-se com outros sistemas já existentes em outras tecnologias, como processamento de

pedidos e sistemas de controlo de estoques‖.

2.3.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Baseados na Tecnologia Web

Segundo Junior (2004), um Sistema Web apresenta algumas vantagens e desvantagens tais como:

Vantagens

Clientes geograficamente distribuídos;

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 20

Manutenção centralizada, sem precisar distribuir ou instalar software;

Independente de plataforma.

Desvantagens

Dependente do tráfego da rede;

Depende da qualidade de serviço de Internet fornecido pelo provedor do serviço (ISP).

2.4 RESUMO

A Tecnologia Web foi criada como forma de desenvolver o conhecimento científico, mas

tem sido utilizada também como mecanismo de acesso a vários tipos de sistemas de

informação empresariais, assim como de comunicação entre eles, gerando diversas

oportuidades de negócios para as organizações.

Para organizações onde o processo de interação com os seus clientes é uma actividade

indispensavel, o uso de um sistema baseado na tecnologia Web é uma solução ideal, pois

todas organizações presentes na Web estão a distância “zero” dos seus respectivos

clientes.

Os Sistemas Web são desenvolvidos para usuários ― privados ‖, isto é, somente para os

clientes e os funcionários da organização que estiverem a usar o sistema, ao contrário dos

Web Sites, que são desenvolvidos para usuários ―publicos”.

As vantagens da Tecnologia Web devem levá-la a substituir ou complementar grande

número de Sistemas de Informação actualmente em operação nas organizações.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 21

CAPÍTULO III. TECNOLOGIA E SERVIÇOS MOBILE

No presente capítulo são abordados alguns aspectos sobre a Tecnologia Mobile e faz-se uma

descrição completa do Serviço de Mensagens Curtas e a importância deste para as organizações.

3.1 WEB MOBILE

Web Mobile refere-se simplesmente ao acesso Web através de dispositivos móveis tais como

telefones celulares e Personal Digital Assistant (PDA). O alcance e as capacidades dos dispositios

móveis têm crescido fenomenalmente nos últimos anos, pois quase todos telemóveis podem agora

acessar a Internet duma ou doutra maneira e todos os PDA’s possuem um Browser. As pessoas

estão se acostumando ao acesso a informação na Web através dos seus dispositivos móveis, muitos

usam PDA para verificar seus e-mails e administrar outros Bits de informação. Hoje em dia as

pessoas acessam com facilidade os seus blogs e visualizam fotos e videos on-line enquanto estão

viajando. Web Mobile é tudo isto. Qualquer Website acessado à partir de um dispositivo móvel é

também a Web Mobile (Mehta, 2008).

3.2 DISPOSITIVOS MÓVEIS

Se formos a qualquer loja de eletrônicos, encontraremos centenas de telefones celulares. A vida

útil de um modelo de telefone móvel é inferior a 18 meses. As pessoas mudam seus telefones a

cada dois anos, e as companhias disponibilizam novos modelos a cada mês. Os telemóveis não são

os únicos dispositivos móveis, pois existem outros dispositivos de computação de bolso, tais como

PDAs, Micro Notebooks, e até mesmo computadores portáteis de mão (Mehta, 2008).

No presente trabalho, incluem-se, tanto os telefones móveis e dispositivos de bolso sempre que se

referem a dispositivos móveis. A seguir discute-se algumas características específicas e as

limitações dos dispositivos móveis.

3.2.1 Telemóveis

Os telefones móveis são o maior segmento de dispositivos móveis conhecidos por todos nós. Os

telefones móveis têm um processador especialmente concebido e executando algum tipo de

sistema operativo. Symbian e Windows Mobile são os sistemas operativos amplamente utilizados

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 22

em telefones móveis, e muitos fabricantes de telefones desenvolvem seus próprios sistemas

também. O mais importante uso de um telemóvel é para falar, também pode ser usado para tirar

fotos, enviar mensagens, tocar música, entre outros. Nos últimos três anos, os telemóveis têm visto

uma série de inovações, tudo isso resultou em uma grande variedade de dispositivos no mercado à

partir de telefones com recursos simples para telefones inteligentes (Smart Phones), (Mehta,

2008).

3.2.2 Personal Digital Assistant

Esta é a outra classe dos dispositivos móveis. Os PDA’s (Personal digital assistent), ja existem há

algum tempo e têm evoluido ao longo deste periodo. Eles contem aplicações de negócio, de

produtividade e de e-mail. Geralmente eles têm um teclado, quer no aparelho ou na tela. A

funcionalidade de telefone é um add-on para PDA’s. A maioria dos PDA’s dos consumidores são

actualmente os telefones inteligentes. Estes dispositivos portáteis estão se fundindo com os

telefones actualmente, e são muito populares entre os utilizadores empresariais (Mehta, 2008).

3.2.3 Outros Dispositivos

Há outros dispositivos que são utizados de forma móvel. Muitos dispositivos estão embarcados a

usar a tecnologia de comunicação móvel, tais como micro-computadores portáteis, relógios ou

autómoveis. As consolas de alguns jogos também são usadas como clientes Web actualmente.

Espera-se que muitos dispositivos híbridos possam chegar nos próximos anos, alavancando maior

poder de computação e tecnologia de comunicação móvel (Mehta, 2008).

3.3 USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS

O uso de dispositivos de comunicação móveis está crescendo rapidamente. Os usuários utilizam

dispositivos móveis para troca e acesso de dados, troca de mensagens de texto ou de voz entre

outros. Os dados incluem o uso de coisas simples como um SMS para a Web móvel, comunicação

de voz, vídeo e TV móvel em inovações, e outros (Mehta, 2008).

3.4 GERAÇÕES DOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES MÓVEIS

Segundo Metha (2008), deste a introdução da rede experimental de comunicações moveis, as

tecnologias beneficiaram de grandes avanços comumente classificados em três gerações:

A Primeira Geração (1G) surgiu na década 80, e foi caracterizada pela comunicação análogica

sem fio e um apoio limitado da mobilidade do usuário.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 23

A Segunda Geração (2G) surge na década 90, com a introdução da Tecnologia digital de

comunicações. Estes sistemas da segunda geração são caracterizados pela prestação dos melhores

serviços voz de alta qualidade disponivel para o mercado. O sistema mais conhecidoda 2G é o

Sistema Global para Comunicações Moveis (GSM).

A Terceira Geração (3G) surge no princípio de 2004, com a implantação dos sistemas móveis em

vários paises europeus. Com os sistemas 3G, várias tecnologias sem fio convergem com as

tecnologias da Internet. Serviços da terceira geração abrangem uma grande variedade de

conteudos mutimídia e rentaveis serviços de apoio a mobilidade dos usuários no mundo inteiro.

3.5 CONTEXTO DE TELECOMUNICAÇÕES - PADRONIZAÇÃO E

REGULAMENTAÇÃO

No ambiente das telecomunicações, Standard Development Organizations (SDO’s), fornecem um

quadro necessário para o desenvolvimento de normas. Esses padrões são documentos técnicos

definindo ou identificando as tecnologias que permitam a realização das tecnologias e serviços de

redes de telecomunicações. O principal objectivo dos SDO’s é desenvolver e manter padrões

amplamente aceites, permitindo a introdução de serviços atractivos atravéz de redes

interoperáveis. Os actores que estão envolvidos no processo de padronização são os operadores de

redes, fabricantes e empresas terceiras, com conteudos como, prestadores de serviços,

equipamentos de teste e autoridades reguladoras.

Um dos principais objectivos das actividades de regulamentação de telecomunicações móveis é

garantir que o ambiente das telecomunicações seja organizado em um ambiente suficientemente

competitivo e que a qualidade dos serviços oferecidos aos assinantes seja satisfatória. No princípio

da comunicação móvel, vários SDO’s regionais desenvolveram tecnologias e serviços de redes de

forma independente, e isto levou ao desenvolvimento de interoperabilidade de redes heterogêneas,

onde raramente era assegurada. A falta de interoperabilidade dos sistemas móveis da primeira

geração, impediu a expansão de um sistema global internacional de redes moveis que teria a

experiência do usuário. Com os sistemas da segundo e terceira geração, os principais SDO’s

decidiu reunir os seus esforços a fim de assegurar que as redes de comunicações moveis

interagissem de forma adequada em várias regiões do mundo. Em 1998, esse esforço foi iniciado

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 24

por vários SDO’s incluindo ARIB (Japão), ETSI (Europa), TTA (Coréia), TTC (Japão), e T1

(E.U.A).

3.6 SISTEMA GLOBAL PARA COMUNICAÇÕES MÓVEIS

Antes da introdução do Sistema Global para Comunicações Moveis, redes móveis implementadas

em diferentes paises eram incompativeis. Esta incompatibilidade tornou impraticável o roaming3

de usuários móveis através das fronteiras internacionais. A fim de obter essa incompatibilidade em

torno desses sistemas, o Conférence Europénne des Postes et Télécommunications (CEPT) criou o

Groupe comissão Spécial Mobile1 committee em 1982.

A principal tarefa deste comité foi de padronizar uma rede pública de comunicação celular pan-

europeia, a faixa dos 900 Mhz. Em 1989, o European Telecommunications Standard Institute

(ETSI) assumiu a responsabilidade pela manutenção e evolução das especificações do Global

System for Mobile Communication. Em 2000, essa iniciativa foi transferida para a Third

Generation Partnership Project (3GPP). A iniciativa foi tão bem sucedida que

redes compatíveis com o padrão GSM têm sido desenvolvidas em todo o mundo. Variações da

especificação do GSM foram padronizadas para o 1800 e 1900 MHz e são

conhecido como DCS 1800 e PCS 1900, respectivamente. Em março de 2004, a associação GSM

relatou um total de 1,0468 bilhões de assinantes distribuídos por 207 países. A rede GSM é

caracterizada pelas comunicações de voz digital e suporte de baixa taxa de

serviços de dados. A interface aérea GSM é baseada em Time Division Multiple Access (TDMA).

Com TDMA, uma banda de rádio é compartilhada por vários assinantes interação da atribuição de

um ou mais Timeslots em suportes de rádio dada a cada assinante. Com o GSM, a transferência de

dados pode ser realizadas ao longo do circuito de comutação de conexões. Um dos serviços GSM

mais popular é o SMS. Este serviço permite que os assinantes de SMS possam trocar curtas

mensagens de texto (Le Bodig, 2008).

3.6.1 Arquitetura GSM

De acordo com Le Bodig (2008), a rede GSM é composta por três subsistemas que são:

3 É um termo usado em telefonia móvel mas também aplicável a outras tecnologias de rede sem fio. Designa a

habilidade de um usuário de ume rede para obter conectividade em aréas fora da localização geografica onde está

registado, ou seja, obtendo conectividade atravéz de uma outra rede onde é visitante (Wikipédia, 2010).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 25

Subsistema da Estação Base (BSS), Subsistema de rede (NSS), Subsistema de operações

(OSS) que são descritos mais em diante nesta secção.

O OSS implementa funções que permitem a administação da rede móvel. Por razões de clareza,

elementos da OSS não estão representados arquitetura GSM mostrado na Figura 3.6.1:

ME

SIM

BTS

BTS

BSC

HLR

MSC

VLRTE

Equipamento Movel (ME)O ME contem o transmissor de radio

e processadores do sinal digital.

ESTACAO MOVEL (MS)ESTACAO DE SUBSISTEMA BASE

(BSS)SUBSISTEMA DE REDE (NSS)

Equipamento Terminal (TE)O ME e um dispositivo tal como um

PDA, conetado ao ME.

Modulo de Identificacao do

assinante (SIM)O SIM permite identificar o usuario na

rede

Estacao Transmissora Base

(BTS)O BTS contem a transmissao de radio

para a comunicacao com as estacoes

moveis

Controlador da Estacao

Base (BSC)O BSC faz a gestao dos recursos de

radio para um ou mais BTS’s

Alocador do Registo local

(HLR)A base de dados HLR contem toda a

informacao administrativa de cada

usuario registado

REDE TELEFONICA

Centro de Comutacao Movel

(MSC)O MSC organiza funcoes tais como

registo, autenticacao, actualizacao da

localizacao do usuario, etc.

Alocador do Registo do

Visitante (VLR)A base de dados VLR contem toda a

informacao da localizacao do

assinante

Figura 3.6.1 - Arquitetuta GSM (Adaptado de Le Bodig, 2008).

3.6.1.1 Terminal Móvel - Mobile Station

A terminal móvel (MS) é um dispositivo que recebe e transmite os sinais de radio dentro de uma

célula site. Uma estação móvel pode ser um aparelho de base móvel, como o mostrado na figura

3.6.1.1, ou um mais complexo PDA. As capacidades de telefonia móvel incluem comunicações de

voz, recursos de mensagens e gestão da lista telefónica. Além destas capacidades basicas um PDA

é normalmente enviado com um Microbrowser Internet e um avançado gestor de informações

pessoais (PIM), para gerir os contactos e calendário. A terminal móvel é composta de um

equipamento móvel (ME) e o módulo de identificação do assinante (SIM). O único equipamento

de identificação móvel internacional (IMEI) armazenados no (ME), identifica exclusivamente o

dispositivo quando conectado a rede móvel (Le Bodig, 2008).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 26

Figura 3.6.1.1 - Terminal Móvel – reproduzido com a permissão da Alcatel Business System (Le Bodig, 2008).

O SIM é geralmente fornecido pela operadora de rede para o assinante na forma de um Smart

Card. O Microship SIM é muitas vezes tirado do cartão inteligente e directamente inserido em um

slot dedicado nos equipamentos móveis. Um Microship SIM é apresentado na figura 3.1.1.2.

Actualmente as terminais móveis podem conectadas a um dispositivo externo como um PDA ou

um computador pessoal, denominado de equipamento terminal na arquitetura GSM. Uma

mensagem curta (SMS) é geralmente armazenada no terminal móvel (Le Bodig, 2008).

Figura 3.1.1.2 - Cartão SIM (Le Bodig, 2008).

3.6.1.3 Subsistema Base Station

Este elemento é composto por Base Transceiver Station (BTS) e Base Station Controller (BSC). A

BTS implementa, ou seja, garante a interface de comunicação com as terminais móveis (MS) que

se encontram dentro da sua cobertura o que inclui modulação e ajuste do sinal, modo que uma

BSC pode ter conectado várias BTS. Por sua vez uma BSC provê um conjunto de funcionalidades

para gerir as conexões a ela efectuadas, como por exemplo a configuração das células da rede e os

níveis de rádio frequência. Em uma rede típica GSM uma BSC pode controlar mais do que 70 BTS

(Le Bodig, 2008).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 27

3.6.1.4 Subsistema de Rede – Network Subsystem

Segundo Le Bodig (2008), ―Um subsistema de rede (NSS), é composto pelo Mobile Switcing

Center (MSC), Visitor Locator Register (VLR) e Home Locator Register (HLR). O MSC entre

outras funcionalidades, é responsável pelo desvio de comunicações do sistema e pela ligação à

outras redes. O VLR contém informação dinâmica no que concerne aos usuários que estão ligados

a rede e sua respectiva localização sendo usualmente integrado no MSC. O HLR por sua vez, é um

elemento das redes que contem detalhes da subscrição para cada usuário da rede, sendo capaz de

manter informações sobre milhares de usuários. Le Bodig (2008), refere ainda que na rede GSM a

sinalização é baseada no protocolo Signaling System Number 7 (SS7) complementado pelo uso do

protocolo Mobile Application Part (MAP). Este último, é usado para a movimentação do usuário

na rede bem como para fornecer informação adicional entre o HLR e os outros elementos da rede,

de modo que para cada usuário, este elemento efectua o mapeamento entre o International Mobile

Subscriber Identity (IMSI) e o Mobile Station ISDN Number (MSISDN). Para Samanta (2005) as

mensagens SMS são transmitidas sob o suporte do protocolo SS7, protocolo adoptado

mundialmente nas redes de telecomunições para prover a sinalização. Este protocolo é usado para

prover informações como a gestão de mobilidade, serviços suplementares, roteamento entre

outros‖.

3.7 SERVIÇO DE MENSAGENS CURTAS – SHORT MESSAGE SERVICE

O serviço de Mensagens Curtas (SMS) é um serviço que permite a troca de curtas mensagens de

texto entre os assinantes do serviço. Acredita-se que a primeira curta mensagem de texto foi

experimentalmente transferida em 1992, sobre a sinalização de uma rede GSM Europeia. Uma vez

que esta experiência foi bem sucedida, o uso de SMS tem sido objecto de enorme crescimento (Le

bodig, 2008).

3.7.1 Descrição do Serviço

Desenvolvido como parte das especificações tecnicas da Phase 1 do GSM, o serviço de mensagens

curtas permite que os assinantes de uma rede troquem mensagens contendo uma pequena

quantidade de texto. O trabalho sobre a padronização do SMS foi iniciado pelo Europeans

Telecommunication Standard Institute (ETSI) e é agora realizada no âmbito das actividades da

3GPP. Desde o início da introdução das redes GSM, o SMS foi portado para outras tecnologias de

rede tais como GPRS e CDMA. Estas mensagens podem ser enviadas de dispositivos

GSM/UMTS, mas também de uma gama de dispositivos como anfitriões da Internet, Telex e Fax-

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 28

simile. O SMS é uma tecnologia muito madura apoiada por 100% dos aparelhos GSM e pelas redes

GSM no mundo inteiro (Le Bodig, 2008).

3.7.2 SMS Use Cases – Casos de Uso do SMS

SMS foi destinado a ser um meio de troca de quantidades limitadas de informação entre os dois

assinantes móveis. Foi destinado a ser um meio de troca de quantidades limitadas de informação

entre dois assinantes móveis. Esta capacidade limitada tornou-se um bloco de construção para o

desenvolvimento de serviços mais atraentes que vão desde o descarregamento de toques, para

aplicações profissionais como monitoramento remoto e rastreamento de frotas. Casos de uso de

SMS descrito nesta secção são representativos de aplicações típicas baseados em SMS, incluindo

os consumidores, aplicações empresariais e de operador.

3.7.2.1 Aplicação do Consumidor Baseado em SMS

Segundo Le Bodig (2008), nesta categoria estão agrupados serviços como mensagens de pessoa

para pessoa (Person-to-Person Messaging), serviços de informações e de descarregamento e

aplicações para promover conversas entre vários assinantes. Os consumidores têm acesso a estes

serviços para personalizar seus aparelhos recebendo informações de servidores remotos ou

simplesmente para intercâmbio de informações entre clientes.

Person-to-Person Messaging é o caso de uso original para o qual o SMS foi concebido. Este caso

diz respeito a troca de uma curta mensagem de texto entre dois assinantes móveis. O assinante que

origina a primeira mensagem, compõe a mensagem utilizando a interface homem-máquina do

dispositivo móvel. Após a composição, o assinante digita o número do telefone do destinatário da

mensagem e envia para o servidor da rede. A mensagem é então transportada ao longo de uma ou

mais redes antes de chegar ao destinatário da rede móvel. Se o telefone do destinatário é capaz de

lidar com a mensagem imediatamente, então a mensagem é transferida para o telemóvel do

destinatário e o assinante destinatário é notificado de que uma nova mensagem chegou, no caso

contrário a mensagem é mantida temporariamente pela rede até que o aparelho receptor se torne

disponível. Contudo, devido a dificuldade de compor mensagens usando os dispositivos móveis,

os utilizadores acabaram por criar a seu proprio dialeto que consiste no uso de termos abreviados:

“This dialect consists of using abbreviated terms that are quick tocompose on mobile handsets.

For instance, „„RUOK‟‟ means „„Are you OK‟‟? and „„C U L8ER‟‟ means „„See you later!‟‟ This

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 29

is sometimes complemented by the use of text-based pictograms or „„smileys.‟‟ For instance, :-)

represents a „„happy mood‟‟ and :-( represents a “sad mood”.” (Le Bodig, 2008).

Segundo Le Bodig (2008), outro caso de aplicação é relactivo aos sistemas de informação sendo o

caso mais comum do cenário “Machine-toPerson”. Neste cenário, utilizadores podem receber

informações sobre relatórios financeiros, estado de tempo, entre outro tipo de informação,

bastando para o efeito que os utilizadores se subscrevam aos respectivos serviços. Alem desses

casos destacam-se os serviços de mensagens de voz, de notificações de faxes, e de correio

electrónico, pelos quais os utilizadores podem receber mensagens alertando sobre a recepção de

mensagens de voz, de faxes e de correio electrónico em algum servidor remoto.

3.7.2.2 Aplicações Corporativas Baseadas em SMS

Nesta categoria são agrupados os serviços sob medida para a necessidade dos profissionais. Isto

inclui posicionamento de veiculos e monitoramento de máquinas. Para a monitorização de

veículos e a sua localização em terra é usada a tecnologia “Global Positioning System”(GPS).

Para o efeito um dispositivo analiza os sinais de radiodifusão de um grupo de satélites, cuja

informação sobre a localiza é normalmente expressa em termos de longitude, latitude e as vezes a

altitude. Um receptor GPS acoplado a um aparelho, embutido ou como um acessório, pode

fornecer a localização de uma pessoa ou um equipamento. Esta informação de localização pode

ser formatada em uma mensagem curta e enviadas para um servidor remoto interação de SMS. O

servidor interpreta essas informações locais recebidas de vários aparelhos e apresenta-os em

mapas geográficos associados. Em aplicações de logística pode ajudar a manter o controlo de uma

frota de camiões ou ajudar os policiais a rastrear veículos frustados. As mensagens também são

usadas para a monitorização remota, isto é, podem transportar informações sobre o estado de

dispositivos remotos. Por exemplo, um administrador de um sistema pode ser notificado por uma

mensagem curta que um servidor está executando à baixo nível dos recursos ou que uma falha foi

detetada em um servidor remoto (Le Bodig, 2008).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 30

3.7.2.3 Aplicações Destinadas às Operadoras de Telefonia Móvel

Segundo (Le Bodig, 2008), as operadoras de telefonia usam o SMS como um bloco de instrução

para permitir a realização de vários serviços, tais como os listados abaixo:

Bloqueio do SIM (Subscriber Identy Module)

As operadoras de telefonia móvel usam o SMS para o bloqueio de cartões SIM, pois algumas

delas permitem que seja usado apenas um único chip específico. Após um periodo mínimo de

subscrição, o usuário poderá solicitar ao operador para desactivar o bloqueio a fim de ser

capaz de usar o telemóvel com outro cartão SIM (a partir do mesmo operador ou de outro

operador). Se o operador concorda com o bloqueio seja desativado, então o operador envia

uma mensagem curta que contém um código que permite o dispositivo a ser desbloqueado.

Actualizações do SIM

Com o SMS, as operadoras podem actualizar remotamente parâmetros armazenados no SIM.

Esta é realizada interação do envio de uma ou mais mensagens com novos parâmetros para

um dispositivo móvel. No passado, as operadoras utilizavam este método para actualizar os

números do correio de voz de acesso, atendimento ao cliente (perfís de determinar quais

serviços de rede são acessíveis para o assinante).

Indicador de Mensagem em Espera

Operadoras têm utilizado o SMS como uma maneira simples de actualizar os indicadores de

mensagem em espera. Com este mecanismo, uma curta mensagem contém o tipo de indicador

(voice mail, etc) para ser actualizado junto com o número de mensagens em espera.

Wap Push

Wireless Application Protocol (WAP), em português, Protocolo para Aplicações sem Fio, é um

padrão internacional para aplicações que utilizam comunicações de dados digitais sem fio

(Internet móvel), como por exemplo o acesso à Internet a partir de um dispositivo móvel. Em

termos da sua aplicação, WAP é um protocolo criado para serviços móveis, tais como PDAs e

telefones móveis, com o intuito de permitir que eles acessem a portais de Internet. O WAP

permite que seus usuários enviem e leiam e-mails, consultem preços, leiam as últimas notícias,

entre outros serviços. WAP Push, disponível desde a versão 1.2 do WAP, vem sendo incorporado

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 31

à especificação para permitir que o conteúdo WAP possa ser acessado pelo usuário com um

número mínimo de operações. WAP Push funciona como uma mensagem de texto curta (SMS) que

inclui links para um endereço WAP4.

O SMS pode ser utilizado como portadora para a realização do Wap Push. Com essa configuração,

uma unidade de dados WSP ou o protocolo URI do conteúdo a ser recuperado é codificado em

uma mensagem curta e enviadas ao dispositivo receptor. Após a recepção dessa mensagem, o

Microbrowser WAP intercepta a mensagem, interpreta o conteúdo enviado, e apresenta o conteúdo

para o assinante.

3.7.2.4 Cadeia de Valor das Aplicações Baseadas em SMS

No cenário de pessoa para pessoa, SMS envolve duas pessoas, o criador da mensagem e o

destinatário da mensagem. Além disso, um ou mais operadores de rede estão envolvidos no

transporte da mensagem. No cenário máquina para pessoa, o modelo de negócio pode se tornar

mais complexo. Na verdade, o modelo de negócio envolve uma pessoa, o destinatário da

mensagem, uma ou mais operadoras de rede para transportar a mensagem, e os intermediários, tais

como fornecedores de serviço, restadores de portal, revendedores de SMS, entre outros. Para lidar

com a alta demanda de transferência de mensagens curtas no cenário máquina-para-pessoa, um

modelo de negócio tem sido posto em prática pelos operadores para fornecer ao SMS atacado para

prestadores de serviços. Isso permite que os prestadores de serviços, adquiram recursos de SMS

em massa a preços grossistas dos operadores e para revender mensagens curtas com conteúdo

personalizado para usuários móveis (Le Bodig, 2008).

3.7.3 Arquitetura do SMS na Rede GSM

Na arquitetura do serviço de mensagens curtas, na rede GSM, são acrescentadas duas entidades a

saber, o SMS Center (SMSC) e o E-mail Interação. Além disso, um elemento chamado a entidade

de mensagens curtas (Short Message Entity-SME), geralmente sob a forma de uma aplicação de

software em um dispositivo móvel, é necessário para o tratamento de mensagens (envio, recepção,

armazenamento, entre outros). A Figura 3.7.3 mostra a arquitetura do serviço de mensagens

curtas na rede GSM, mas não mostra a entidade de mensagens curtas.

4 http://pt.wikipedia.org/wiki/wap

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 32

ME

SIM

BTS

BTS

BSC

HLR

MSC

TE

Equipamento Movel (ME)O ME contem o transmissor de radio

e processadores do sinal digital.

ESTACAO MOVEL (MS)ESTACAO DE SUBSISTEMA BASE

(BSS)

Equipamento Terminal (TE)O ME e um dispositivo tal como um

PDA, conetado ao ME.

Modulo de Identificacao do

assinante (SIM)O SIM permite identificar o usuario na

rede

Estacao Transmissora Base

(BTS)O BTS contem a transmissao de radio

para a comunicacao com as estacoes

moveis

Controlador da Estacao

Base (BSC)O BSC faz a gestao dos recursos de

radio para um ou mais BTS’s

Alocador do Registo local

(HLR)A base de dados HLR contem toda a

informacao administrativa de cada

usuario registado

Centro de Comutacao Movel

(MSC)O MSC organiza funcoes tais como

registo, autenticacao, actualizacao da

localizacao do usuario, etc.

Um

Link

de

Radio

A

SMSC Email Gw

Email GatewayO gateway garante a

interoperabilidade entre o SMS e o

correio electronico

Figura 3.7.3 - Arquitetura do SMS na rede GSM (Adaptado de Le Bodig, 2008).

3.7.4.1 Entidade do Serviço de Mensagens Curtas – Shorty Message Entity

Shorty Message Entity (SME), designa um conjunto de elementos que podem receber e enviar

mensagens curtas. Uma SME, pode ser um aplicativo num terminal móvel, ou ainda um servidor

remoto da Internet, entre outros. A terminal móvel é geralmente pré-configurada durante o

processo de fabricação para o efeito, podendo ser também configurada manualmente. Uma SME,

pode ser também um servidor, que interliga o centro de SMS directamente ou remotamente. Tais

SME‟s são também conhecidos como SME‟s externos (ESME). Normalmente, uma ESME

representa um WAP servidor / proxy, um interação de e-mail ou um servidor de correio de voz.

Para a troca de mensagens curtas, a SME a partir do qual é gerada e enviada uma SMS, é

denominado Originator SME e a que recebe Recipient SME (Le Bodig, 2008).

3.7.3.2 Centro de Serviço ou de Mensagens – SMS Center

O Centro de Serviço (SC) ou SMS Center (SMSC), desempenha um papel muito importante na

arquitetura do serviço de mensagens curtas. As principais funções do SMSC são a retransmissão de

mensagens curtas entre as entidades de mensagens curtas (SME‟s) e o armazenamento e a

transmissão de mensagens curtas (armazenamento de mensagens se a SME beníficiária não estiver

Internet

Comutador Público Rede

Telefónica

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 33

disponível). O SMSC pode ser integrado como parte da rede móvel (por exemplo, integrado ao

MSC) ou como uma entidade de rede independente, podendo estar localizado fora da rede e ser

gerida por uma outra organização. É muito comum para operadoras de redes adiquirirem um ou

mais SMSC‟s, pois o SMS é actualmente considerado como o serviço mais popular fornecido por

qualquer rede móvel. No entanto, este último cenário é raramente encontrado na vida real, e um ou

mais SMSC‟s são geralmente dedicados a gestão de operações de SMS em uma única rede móvel.

Operadores das redes móveis geralmente têm acordos comerciais mútuos para permitir a troca de

mensagens entre redes. Isto significa que uma mensagem enviada de uma SME conectada a uma

rede móvel ―A‖ pode ser entregue a outro SME ligado a uma rede móvel B, esta capacidade de

usuários trocarem mensagens, mesmo se eles não estão inscritos para a mesma rede e, às vezes

localizadas em países diferentes, é sem dúvida, uma das principais características do SMS que faz

tanto sucesso. Grandes operadoras de telefonia móvel muitas vezes fazem uso de diversos centros

de SMS para cumprir as necessidades de seus clientes (Le Bodig, 2008).

3.7.3.3 E-mail Interação

Esta entidade é responsável pela funcionalidade E-mail-to-SMS, ou seja a possibilidade de enviar

correio electrónico para um recipient SME: “The Email interação enables an Email-to-SMS

interoperability by interconnecting the SMSC with the Internet” (Le Bodig, 2008). Interação desta

entidade, mensagens curtas podem ser enviadas de um SME para a Internet e vice-versa. O seu

objectivo principal é converter as mensagens e encaminhar para os respectivos domínios da

Internet.

3.7.4 Funcionalidades Básicas do SMS

O serviço de Mensagens Curtas dispõe de funcionalidades como a submissão, entrega e respectivo

relatório entre outras. O envio e recepção de mensagens são as principais funcionalidades do

Serviço de Mensagens Curtas. No envio de mensagens especifica-se o Recipient SME que pode ser

uma outra terminal móvel ou um domínio da Internet, processo chamado Short Message - Mobile

Originated (SM-MO). Por outro lado, o Short Message – Mobile Terminated (SM-MT) sugere o

processo pelo qual as mensagens são entregues a uma terminal móvel, mesmo durante a recepção

de chamadas de voz. Os usuários do serviço também podem especificar que lhes seja emitido um

relatório de entrega após a submissão de mensagens indicando se estas foram entregues ao

destinatário. Pela funcionalidade, periodo de validade, os usuários podem especificar o tempo em

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 34

que a mensagem pode permanecer no SMSC antes que seja recebida pelo Recipient SMS (Le

Bodig, 2008).

3.7.5 SMS – Protocolos e Camadas

Segundo Le Bodig (2008), a pilha de protocolos SMS é composta por quatro camadas que são: a

Camada de Aplicação (Application Layer), Camada de Transferênçia (Transfer Layer), Camada de

Revesamento (Relay Layer) e a Camada de Enlace (Link Layer). As aplicações baseadas em SMS

são directamente baseadas na camada de transferência. Consequentemente, qualquer engenheiro

que queira desenvolver uma aplicação, para que o SMS seja um bloco de construção, ele precisa de

dominar a Camada de transferência. A Camada de Aplicação é implementada nas entidades de

mensagens curtas (SME‟s) em forma de software que envia, recebe e interpreta o conteudo das

mensagens, como por exemplo editor de mensagens, jogos, entre outros. A Camada de Aplicação

é também conhecida como SM-AL (Short Message – Application Layer). Na Camada de

Transferência, a mensagem é considerada como sendo uma sequência de octetos contendo

informações como tamanho da mensagem, a origem e receptor da mensagem, a data de emissão,

entre outros. A Camada de Transferência é também conhecida como SM-T (Short Message

Transfer Layer). A Camada de Revesamento permite o transporte de mensagens entre vários

elementos da rede. O elemento da rede deve temporariamente guardar a mensagem, se o próximo

elemento onde a mensagem deve ser encaminhada não estiver disponível. Na Camada de

Revesamento, o centro de comutação móvel (MSC) possui duas funções adicionais. A primeira

função chamada de SMS Interação MSC (SMS-GMSC) consiste na recepção de mensagens de

qualquer centro de mensagens curtas (SMSC) e interrogando o alocador do registo local (HLR)

para obter a informação da rota e depois entregar a mensagem para a rede de destinatário. A

segunda função chamada de SMS Interworking MSC (SMS-IWMSC) que consiste na recepção de

mensagens de uma rede móvel e submetendo as ao servidor SMSC. A Camada de Revesamento é

também chamada de SM-RL (Short Message-Relay Layer). A camada de Enlace permite a

transmissão de mensagens no nível físico. Para este propósito a mensagem é protegida para fazer

face a um nível baixo de erros dos canais. A pilha do protocolo da camada de transporte é

mostrada na Figura 3.7.5.1:

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 35

MSCSMS-GMSC/

SMS-IWMSCSMSC

SM-AL

SM-TL

SM-RL

SM-LL

SM-RL

SM-LL SM-LL

SM-RL

SM-AL

SM-TL

SM-RL

SM-LL

Figura 3.7.5.1 - A Pilha do Protocolo SMS (Adaptado de Le Bodig, 2008).

Para o propósito de transporte, uma aplicação mapeia o conteúdo da mensagem e as instruções de

entrega associadas para o protocolo de transferência de unidade de dados (Transfer Protocol Data

Unit-TPDU) na Camada de Transferência. O TPDU é composto por de vários parametros

indicando o tipo de mensagem, especificando o estado do relatório, contendo a outra parte do texto

da mensagem, entre outros. Cada parametro possui um prefixo com a abreviatura para o TP

(Transfer Protocol), tais como TP-Message-Type-Delivery cuja abreviatura é TP-MTI, TP-Status

Report-Indicator cuja abreviatura é TP-SRI, TP-User-Data cuja abreviatura é TP-UD, entre

outros.

Na Camada de Transferência, a troca de mensagens do SME de origem para o SME de

destinatário, conciste em três etapas, que são mostradas na Figura 3.7.5.2:

SMSC

Figura 3.7.5.2 - Transferênçia da mensagem entre dois SME‟s (Adaptado de Le Bodig, 2008).

Estação

Móvel

(1) Submissão da

mensagem

(2) Relatório de

Entrega

(3) Entrega da

mensagem

(4) Relatório da

Submissão

SME de

Origem

SME do

Destinatário

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 36

Depois da criação pelo SME de origem, a mensagem é submetida ao SMSC (1a

Etapa). O SMSC

deve verificar com outros elementos da rede se a origem da mensagem possui a permissão para

enviar mensagens, como por exemplo o crédito pré-pago suficiênte, se o assinante pertence a rede,

entre outros, depois o SMSC entrega a mensagem ao SME do destinatário (2a Etapa). Se o SME do

destinatário não estiver disponível para a entrega da mensagem, então o SMSC guarda a

mensagem temporariamente até que o SME de destinatário esteja disponível ou até que o periodo

de validade da mensagem expire. Após a entrega ou exclusão da mensagem pela rede, o relatório

da mensagem deverá ser transferido de volta para o SME de origem (3a

Etapa), mas somente se

este relatório for requisitado pelo SME origem durante a submissão da mensagem.

3.7.6 SMS – Interoperabilidade entre Redes Móveis

Com as tecnologias GSM/GPRS, operadoras móveis facilmente podem efectuar a troca de

mensagens entre redes distintas. Para este propósito, as operadoras possuem comprimissos

comerciais, onde cada rede móvel conta o número de mensagens que são enviadas da outra rede

móvel. Depois de um dado periodo de tempo, essas contagens são comparadas e há uma

liquidação comercial entre as operadoras. Numa simples configuração, sinalizações de transações

MAP são permitidas entre as duas redes móveis. Na configuração, o SMSC do SME de origem

consulta o alocador do registo local (HLR) da rede de destinatário para obter a informação de

roteamento e efectuar a entrega da mensagem ao destinatário, e neste caso, o SMSC do destinatário

da mensagem não está envolvido na entrega da mensagem (Le Bodig, 2008). As diferentes etapas

envolvidas ne troca de mensagens na camada de transferênçia estão mostradas na Figura 3.2.5.2,

e esta configuração é suportada por quatro operadoras de redes móveis GSM no United Kingdom.

Infelizmente por outro lado, alguns aspectos são mais complicados, para a interoperabilidade entre

redes móveis que são baseadas com tecnologias diferentes, como por exemplo GSM/GPRS e

CDMA5 ou quando as sinalizações de interconexões não são suportadas entre redes distintas. Para

esta configuração, a troca de mensagens entre redes distintas pode ser oferecida interconectando as

duas redes móveis com um Interação ou interconectando ambas as redes com um protocolo de

5 CDMA (Code Division Multiple Access, ou Acesso Múltiplo por Divisão de Código) é um método de acesso a

canais em sistemas de comunicação. É utilizado tanto para a telefonia celular quanto para o rastreamento via satélite

(GPS) e usa os prefixos tecnológicos como o IS-95 da 1º geração -1G- e o tão popular IS-2000 da 3º geração -3G

(Wikipedia, 2010).

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 37

intercâmbio proprietário. Esta configuração, considerada da Camada de Transferência é mostrada

na Figura 3.7.6:

SMSC de Origem SMSC de Destino

Figura 3.7.6 - Transferênçia da Mensagem (Adaptado de Le Bodig, 2008).

Nesta configuração, a troca de mensagens entre os assinantes consiste de três a quatro etapas.

Depois da criação pela origem da mensagem, o SME de origem submete a mensagem ao SMSC de

origem (1a

Etapa). O SMSC de origem encaminha a mensagem para o SMSC do destinatário (2a

Etapa), e o SMSC do destinatário entrega a mensagem para o SME do destinatário (3a Etapa). Se o

estado do relatório foi requisitado pela origem da mensagem, então o SMSC do destinatário gera o

estado do relatório e transfere de volta ao SME de origem (4a Etapa).

3.7.7 SMS e Comandos AT

Comandos Attention (AT) são conjuntos de instuções usados para controlar um modem. Todas

estas instruções começam com um ―AT‖ ou ainda ―at‖. Os modems e telefones móveis

GSM/GPRS suportam comandos AT específicos para a tecnologia GSM tais como AT+CMGS,

para o envio de mensagens, AT+CMGL, para listagem e AT+CMGR para a leitura. O prefixo

―AT‖ informa ao modem sobre o início de um comando.6

Especificações técnicas [3GPP-27.005] protocolos de interfaces para o controlo de funções de

SMS entre a estação móvel (MS) e um equipamento terminal externo (TE) via uma interface

assíncrona. A estação móvel e o equipamento terminal (TE) são conectados através de um cabo

serial, de um link de infrarede ou interação de um outro link similar, como é ilustrado na Figura

3.7.7.1:

6 http://www.developershome.com/SMS/atCommandsIntro.asp

(1) Submissão da

mensagem

(2) Transferência da

mensagem

(3) Entrega da

mensagem

(4) Relatório do

estado

SME de

Origem SME do

Destinatário

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 38

Equipamento

Terminal

Estação Movel (MS) Equipamento

Terminal (TE) pode

ser um PDA, PC,

entre outros.

A conexão da estacão movel e o

Equipamento Terminal (TE) pode

pode ser feita com um cabo serial,

link de infrarede, entre outros

Figura 3.7.7.1 - Conexão entre uma MS e um equipamento TE (Adaptado de Le Bodig, 2008).

Segundo Le Bodig (2008), a comunicação entre o MS e o TE pode ser estabelecida em três modos

diferentes:

Modo BLOCK: que é um protocolo de comunicação binária que inclui a proteção de erros,

e é aconselhavel usar quando a ligação entre o MS e o TE não é segura.

Modo TEXT: que é um protocolo baseado em caracteres e assente a comandos AT usados

para enviar instruções do TE para MS. O uso dos comandos AT entre uma MS e um TE

são mostrados na figura 3.7.7.2.

Protocol Data Unit (PDU): que é um protocolo baseado em caracteres cujos dados são

transmitidos em código hexadecimal. Este protocolo é útil quando as aplicativos não

percebem os comandos AT.

Figura 3.7.7.2 - Uso dos comandos AT entre uma MS e um TE (Le Bodig, 2008).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 39

3.7.8 SMS Prós e Contras

Le Bodig (2008), embora reconheça que o Serviço de Mensagens Curtas tenha se tornado um

serviço obíquo suportado por todas terminais móveis GSM, quer estejam na mesma rede num

mesmo país ou num outro, salienta que este serviço tem também desvantagens. A principal

desvantagem deste serviço é o tamanho da informação que uma SMS pode suportar. Se o texto

supera 160 caracteres ele é concatenado e dividido em partes de acordo com o seu tamanho. Outra

desvantagem é o facto de apenas textos serem inclusos numa SMS. E portanto, conteúdos

dinâmicos que um simples texto não são suportados por uma SMS. Estas limitações

porporcionaram o surgimento dos serviços Enhanced Messaging Service (EMS) e Multimedia

Messaging Service (MMS) que são extensões do serviço de mensagens curtas que permitem que os

usuários troquem mensagens contendo melodias, imagens e animações.

3.7.9 A Biblioteca SMSLib

A SMSLib é uma biblioteca ideal usada para o desenvolvimento de aplicações Java ou .Net para o

envio e recepção de SMS por meio de um modem ou um telefone móvel GSM sem que seja

necessário aprender códigos ou comandos AT por meio de interfaces seriais e Internet Protocol

(IP). Tem suporte para Inbound & Outbound ou ainda recepção e envio de mensagens de texto,

permite formatar mensagens em 7 bits, 8 bits e UCS2 (Unicode) entre outras funcionalidades.

Pode usar múltiplos Gateway ou modem GSM e a recepção e o envio de mensagens pode ser

efectuado por meio de duas opções, assíncrona (a biblioteca notifica a recepção de mensagens) ou

síncronamente (periodicamente pode-se efectuar a chamada através dos métodos read()). O envio

de mensagens sincronicamente sugere o bloqueio de todas as outras tarefas da biblioteca até que a

mensagem seja ou não enviada. Assincronamente as mensagens são enviadas sem que haja

necessidade de bloquear outras tarefas em execução (Delenikas, 2010).

3.7.10 Integração do SMS em uma Aplicação Web

A integração do Serviço de Mensgens Curtas em aplicações Web tem sido um processo de especial

atenção por parte dos desenvolvedores deste tipo de aplicações. Esta integração é bastante útil,

pois é possivel usar o SMS na entrada e saida de dados (IO) de uma aplicação Web. O principal

requisito para integração do serviço de envio e recepção de mensagens curtas em uma aplicação

Web é o SMS Gateway7. Um SMS Gateway é um dispositivo ou serviço que oferece transição de

7 http://www.ikaro.net/br/2009/02/SMS-web-applications.html

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 40

SMS, transformando o tráfego de mensagens móveis de uma rede para outros meios ou vice-versa,

permitindo a transmissão ou recepção de mensagens SMS com ou sem o uso de um telefone

celular8.

Segundo (Developershome, 2010)9, um problema existente de mensagens SMS é que SMSC‟s

desenvolvidos por empresas diferentes usam o seu proprio protocolo de comunicação e a maioria

destes são proprietários. Para lidar com este problema, um SMS Gateway é colocado entre dois

SMSC’s e actua como um Gateway de saida entre os dois SMSC‟s traduzindo um protocolo para

outro. Desta forma pode ser utilizado por duas operadoras diferentes de telefonia móvel a ligar os

seus SMSC‟s para permitir a troca de mensagens SMS entre elas. A Figura 3.7.10.1 ilustra um

SMS Gateway actuando como intermediário entre dois centros de mensagens:

Figura 3.7.10.1 - SMS Gateway actuando como intermediário entre dois centros de mensagens (Adapatado do10

).

Além de operadoras de telefonia móvel, provedores de conteúdo e desenvolvedores de aplicativos

também podem encontrar um SMS Gateway útil. Uma das maneiras para uma aplicação de

mensagens SMS enviar e receber mensagens de texto SMS em seu servidor é conectando-se a

SMSC’s das operadoras de telefonia móvel. Operadoras diferentes podem utilizar SMSC’s de

fornecedores diferentes, o que significa que a aplicação de mensagens de texto SMS pode precisar

do apoio de multíplos SMSC’s com protocolos específicos. A Figura 3.6.10.2 ilustra uma

aplicação de mensagens de texto conectado a SMSC’s sem um SMS Gateway, e como resultado a

complexidade de desenvolvimento da aplicação aumenta ao longo do tempo.

8 http://en.wikipedia.org/wiki/SMS_interaçãos

9 http://www.developershome.com

10 http://www.developershome.com/SMS/SMS_tutorial.asp?page=SMSInteração

SMSC 1 SMSC 1

SMS

Gateway

SMSC

Protocolo 1 SMSC

Protocolo 2

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 41

Figura 3.7.10.2 - Aplicação de mensagens de texto conectado a SMSC‟s sem um SMS Gateway (Adapatado do11

).

Para lidar com o problema acima, um SMS Gateway pode ser configurado para lidar com as

conexões com os SMSC’s. Após a configuração do SMS Gateway, a aplicação deverá saber como

se conectar a ele. A Figura 3.7.10.3 ilustra uma aplicação de mensagens de texto SMS para

SMSC’s conectada através de um SMS Gateway.

Figura 3.7.10.3 - Aplicação de SMS para SMSC‟s conectada através de um SMS Gateway (Adaptado do12

).

11

http://www.developershome.com/SMS/SMS_tutorial.asp?page=SMSGateway

12 http://www.developershome.com/SMS/SMS_tutorial.asp?page=SMSGateway

Aplicação de

Mensagens de

texto

SMSC 1

SMSC 2

SMSC 3

SMSC 4

SMSC

Protocolo 1

SMSC

Protocolo 2

SMSC

Protocolo 3

SMSC

Protocolo 4

SMS

Gateway HTTP, HTTPS

(ou outros

Protocolos)

Aplicação de

Mensagens de

texto

SMSC 1

SMSC 2

SMSC 3

SMSC 4

SMSC

Protocolo 1

SMSC

Protocolo 2

SMSC

Protocolo 3

SMSC

Protocolo 4

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 42

Além de se usar uma conexão directa com o SMS de uma operadora de telefonia móvel, outra

forma de enviar e receber mensagens de texto é usar um telefone celular ou um modem

GSM/GPRS. Para tal, a aplicação de mensagens de texto SMS terá de saber como se comunicar

com o celular ou o modem GSM/GPRS utilizando os comandos AT. Alguns SMS Gateway são

capazes de lidar com as ligações para celulares e modems GSM/GPRS. Para enviar mensagens de

texto SMS com um telefone celular ou um modem GSM/GPRS, a aplicação de mensagens de texto

SMS só precisará saber como ―falar” com o SMS Gateway e não precisa de saber nada sobre os

comandos AT. A Figura 3.7.10.4 ilustra uma aplicação de mensagens de texto SMS conectada a

um conjunto (Pool) de telefones móveis ou modems GSM/GPRS interação de um SMS Gateway.

Figura 3.7.10.4 - Aplicação de mensagens de texto SMS conectada a um Pool de telefones móveis ou modems

GSM/GPRS através de um SMS Gateway (Adaptado do13

).

É possivel integrar o serviço de envio e recepção de SMS em uma aplicação Web usando os

seguintes critérios14

:

O SMS como parâmetros de um Módulo HTML - As plataformas de Hardware/Software

que oferecem este tipo de serviço chamam-se SMS Gateway. Existem vários, e estes

permitem administrar o SMS exactamente como parâmetros de um módulo HTML, atravésde

um método get, com informações como o número do destinatário e o texto, que são nada mais

que parâmetros a serem valorizados “on-the-fly” interação do código antes de enviá-los ao

13

http://www.developershome.com/SMS/SMS_tutorial.asp?page=SMSGateway

14 http://www.ikaro.net/br/2009/02/SMS-web-applications.html

Aplicação de

Mensagens de

texto

Telemóveis

ou Modems

GSM/GPRS 1

Comandos AT

Comandos AT

Comandos AT

Comandos AT

SMS

Gateway HTTP, HTTPS

(ou outros

Protocolos)

Telemóveis

ou Modems

GSM/GPRS 2

Telemóveis

ou Modems

GSM/GPRS 4

Telemóveis

ou Modems

GSM/GPRS 3

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 43

script apropriado que se ocupa da expedição, ou são parâmetros já valorizados pelo próprio

SMS no caso de o nosso Script tê-los recebido do externo. Em outras para enviar um SMS via

script devemos simular um click de um módulo Web que envie os parâmetros número do

remetente e mensagem com o método get. Para receber e administrar um SMS equivale a

desenvolver um Script que recebe e administra os parâmetros número do destinatário e

mensagem de um módulo HTML que usa o modo get.

Integrar o SMS Interação com seu próprio Script – em geral, esses serviços oferecem um

painel de controlo online interação do qual é possivel enviar SMS e administrar os recebidos,

mas as potencialidades maiores se pode obter integrando o sistema com a sua própria

aplicação. Neste caso a empresa que oferece o serviço de SMS Gateway, fornece além das

técnicas específicas precisas, a possibilidade de configurar os Scripts da interface do nosso

lado, para tal devemos:

Verificar nomes e tipologias dos parâmetros a serem valorizados por cada SMS;

Verificar nome e o URI15

do Script para o qual enviar os dados para o envio do SMS;

Especificar o nome e o URI do Script do nosso lado que está esperando receber o SMS

para administrar os valores.

É possivel enviar SMS‟s personalizadas automaticamente a partir de uma aplicação Web a um

custo muito baixo e sem nenhuma taxa instalação, bastando para tal ter uma conexão a Internet e

com a tecnologia X.25 também suportada (Mavrakis, 2004).

Mavrakis (2004), diz também que é bastante fácil enviar SMS‟s automaticamente à partir de uma

aplicação, pois:

Não são necessários equipamentos específicos, como o Monaco Telematique Interação terá

nos comandos o interfuncionamento com as operadoras de telefonia móvel. Dependendo do

desejo do cliente, um SMS Gateway completo pode ser fornecido e instalado no computador

central do cliente, neste caso o cliente será conectado directamente as operadoras móveis.

15

Um Uniform Resource Identifier (URI) é uma cadeia de caracteres compacta usada para identificar ou denominar

um recurso na Internet. O principal propósito desta identificação é permitir a interação com representações do recurso

interação de uma rede, tipicamente a Rede Mundial, usando protocolos específicos. URIs são identificadas em grupos

definindo uma sintaxe específica e protocolos associados (Wikipedia, 2010).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 44

Ferramentas de envio automatico de SMS (Push SMS) são fornecidas gratuitamente:

como programas de computadores, ferramentas XML, API16

.

Não é necessário nenhuma inscrição, o único custo incorrido são os custos de transmissão

dos SMS‟s enviados com sucesso.

3.8 Benefícios da Integração do SMS em uma Aplicação Web

Segundo (Attitude, 2010)17

, a integração do Serviço de Mensagens Curtas em aplicações Web é

bastante útil devido às inúmeras vantagens por esta proporcionada. Ao integrar os serviços de

envio e recepção de SMS em uma aplicação Web, fará com que os usuários recebam informações

onde e quando for necessário. Estes poderão usar o SMS para:

Entrada e saida de dados de uma aplicação Web;

Enviar informações relevantes para os clientes ou usuários da aplicação;

Solicitar informações do site ou aplicação Web a qualquer hora e lugar;

Estar livre do computador para controlar e monitorar remotamente a aplicação Web, isto é,

poderá controlar e munitorar remotamente através de um dispositivo móvel;

Enviar notificações aos clientes ou fornecedores, entre outras.

3.9 RESUMO

Web Mobile é simplesmente o acesso a Web através de um dispositivo móvel;

Existem dois tipos populares de dispositivos móveis que são telefones celulares e PDA’s, e

estes são usados para a acesso a informação e troca de mensagens de voz e video;

16

API (Application Programming Interface) ou Interface de Programação de Aplicações é um conjunto de rotinas e

padrões estabelecidos por um Software para a utilização de suas funcionalidades por programas aplicativos que não

querem envolver-se em detalhes da implementação do Software, mas apenas usar seus serviços (Wikipedia, 2010).

17 www.attitude.com/integrating_sms_in_webapplication

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 45

Desde a introdução da rede experimental de comunicações móveis, as tecnologias

beneficiaram de grandes avanços comumente classificados em três gerações a saber: a

Primeira Geração (1G) surgiu na década 80, e foi caracterizada pela comunicação

análogica sem fio e um apoio limitado da mobilidade do usuário, a Segunda Geração (2G)

surge na década 90, com a introdução da Tecnologia digital de comunicações, a Terceira

Geração (3G) surge no princípio de 2004, com a implantação dos sistemas móveis em

vários paises europeus;

No ambiente das telecomunicações, Standard Development Organizations (SDO’s),

fornece-se um padrão necessário para o desenvolvimento de normas que são documentos

técnicos definindo ou identificando as tecnologias que permitam a realização das

tecnologias e serviços de redes de telecomunicações. O principal objectivo dos SDO‟s é

desenvolver e manter padrões amplamente aceites, permitindo a introdução de serviços

atractivos atravéz de redes interoperáveis.

Sistema Global para Comunicaões Móveis, é um sistema que garante que redes de

comunicações móveis desenvolvidas em paises diferentes sejam compativeis, pois antes da

introdução destes as redes desenvolvidas em paises diferentes eram incompativeis;

A arquitetura da rede GSM é composta por três subsistemas a saber que são: Subsistema da

Estação Base, Subsistema de Rede, Subsistema de Operações;

O Serviço de Mensagens Curtas é um serviço que permite a troca de curtas mensagens de

texto entre os assinantes do serviço. Este possui várias aplicabilidades tais como:

Aplicação do Consumidor Baseado em SMS onde estão agrupados serviços como

mensagens de pessoa para pessoa (Person-to-Person Messaging) que é o caso de uso

original para o qual o SMS foi concebido. Aplicações Corporativas Baseadas em SMS onde

são agrupados os serviços sob medida para a necessidade dos profissionais. Isto inclui

posicionamento de veiculos e monitoramento de máquinas. Aplicações Destinadas às

Operadoras de Telefonia Móvel onde as operadoras de telefonia usam o SMS como um

bloco de instrução para permitir a realização de vários serviços, tais como Bloqueio do SIM

(Subscriber Identy Module), Actualizações do SIM, Indicador de Mensagem em Espera e o

Wap Push. A arquitetura do serviço de mensagens curtas na rede GSM, é composta por

duas entidades a saber, o SMS Center (SMSC), o E-mail Interação e a entidade de

mensagens curtas (Short Message Entity-SME).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 46

Apesar do Serviço de SMS ter se tornado um serviço obíquo suportado por todas terminais

móveis GSM este possui algumas desvantagens, tais como o tamanho da informação que

uma SMS pode suportar que são de 160 caracteres e quando a mensgaem excede este

tamanho esta deve ser concatenada e dividida em partes, outra desvantagem é o facto de

apenas textos serem inclusos numa SMS e portanto, conteudos dinâmicos que um simples

texto não são suportados por uma SMS. Estas limitações porporcionaram o surgimento dos

serviços Enhanced Messaging Service (EMS) e Multimedia Messaging Service (MMS) que

são extensões do serviço de mensagens curtas que permitem que os usuários troquem

mensagens contendo melodias, imagens e animações.

A integração do serviço de envio e recepção de SMS em uma aplicação Web é bastante útil,

pois melhora significativamente as funcionalidades da aplicação. O principal requisito para

a integração destes serviços em uma aplicação Web é o SMS Gateway que é um dispositivo

que permite a passagem do SMS de um meio para outro. Pode-se fazer com que o envio

seja feito através de um click ou automaticamente (SMS Push), este último é bastante útil

pois permite que o administrador seja livre de controlar a aplicação. A integração deste

serviço permite que clientes de uma organização recebam informações úteis a qualquer

momento sem precisar de aceder a Internet.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 47

CAPÍTULO IV. TECNOLOGIA DE

DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES MÓVEIS

No presente capítulo são abordados os aspectos sobre a plataforma J2EE e a Tecnologia JSP.

4.1 PLATAFORMA JAVA 2 ENTERPRISE EDITION (J2EE)

J2EE é uma plataforma Java voltada para redes, Internet, Intranet. Ela contém bibliotecas

especialmente desenvolvidas para o acesso a servidores, a sistemas de e-mail e a bases de dados.

Por essas características, o J2EE foi desenvolvido para suportar uma grande quantidade de

usuários em simultâneo e fornecer um ambiente comum para a construção de aplicativos

corporativos seguros, escalares e independentes da plataforma (Soares, 2007). Os requisitos de tal

ambiente exigem os seguintes padrões para construção:

Java 2 Standard Edition (J2SE), uma linguagem de programação independente da

plataforma;

Componentes que apresentam interfaces com o usuário com base na Web;

Componentes para encapsular processos coorporativos;

Acesso a dados em repositórios de dados coorporativos;

Conectividade com outras fontes de dados e sistemas legados;

A troca de dados integrada baseada em Extensible Markup Language (XML)18

;

O modelo de aplicação distribuido, multicamadas;

A capacidade de reutilizar componentes;

O modelo de segurança unificado e

Controle de transações flexivel.

A plataforma J2EE apresenta um conjunto de serviços, Interfaces de programação (APIs), e

protocolos que fornecem funcionalidade para tratar muitos detalhes do comportamento da

18

XML – é uma linguagem de marcação de dados extensível que foi projectada com um formato que descreve dados

estruturados que facilita declarações mais precisa do conteúdo (Soares ,2007).

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 48

aplicação, sem necessidade de uma programação complexa. Permite a criação de componentes

padronizados e reusáveis, que podem simplificar o desenvolvimento de aplicações (Soares, 2007).

A Figura 4.1 que se segue ilustra a divisão em camadas lógicas de funcionalidades que podem ser

baseadas nas diferentes responsabilidadedes das partes lógicas.

Figura 4.1 - Cenário de 3 camadas (Adaptado de Soares, 2007).

Lógica de Apresentação – determina como o usuário interage com o aplicativo e como as

informações são apresentadas.

Lógica do Negócio – contém as regras que governam o processo do negócio ou qualquer

outra funcionalidade incorporada no aplicativo.

Lógica de Acesso a Dados – governa a conexão com todas as fontes de dados usadas pelo

aplicativo e o abastecimento de dados dessas fontes de dados para a Lógica do Negócio.

4.1.1 Componentes J2EE

Aplicações J2EE são formadas por componentes. Um componente J2EE é uma unidade de

Software funcional, auto-contida que é montada em uma aplicação J2EE juntamente com suas

classes e arquivos relacionados e que se comunica com outros componentes. A especificação J2EE

define os seguintes componentes J2EE:

Aplicações e Applets clientes são componentes que rodam no cliente;

Servlets Java e páginas JSP são componentes Web que rodam no servidor.;

Enterprise JavaBeans (EJB) são componentes de negócio que rodam no servidor;

JDBC (Java Database Connectivity) é utilizado no acesso a base de dados.

Componentes J2EE são escritos em Java e compilados da mesma forma que qualquer programa

java. A Figura 4.1.1 que se segue apresenta o modelo de aplicação JEE:

Lógica de

Apresentação

Lógica do

Negócio

Lógica de Acesso

a Dados

Base de Dados

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 49

Figura 4.1.1 - Modelo de aplicação JEE (Adaptado de Mendes, 2000).

Como mostra a Figura 4.1.1, o modelo da aplicação J2EE é composto de 4 camadas: Camada

Cliente, Camada Aplicação Web constituída de Servlets Java ou JavaServer pages (JSP), Camada

de Lógica de Negócio constituída em Enterprise JavaBeans (EJB) e a Camada de Persistência que

acessa uma base de dados relacional. Esta aplicação é muito flexível, permitindo à arquitectura da

aplicação separar as funcionalidades da lógica de aplicação em vários níveis. O nível de

apresentação é tipicamente implementado usando a componente Java Server Pages (JSP),

executando-os no Web Container. Segundo (Soares, 2007), ―Costa (1998) define Web Container

como sendo um objecto que contém outros objectos. Estes objectos podem ser iniciada, chamada,

incluídos ou removidos dinamicamente, em tempo de execução, diferentemente do que ocorre

com uma composição onde este relacionamento é fixado em tempo de compilação‖.

Segundo (Soares, 2007), a plataforma J2EE é basicamente um modelo de aplicação distribuído em

multi-camadas no qual a lógica da aplicação é dividida em componentes de acordo com a sua

função. Isto permite que vários componentes da aplicação que compõem uma aplicação J2EE

sejam instalados em máquinas diferentes. Contudo, se não se tomar o devido cuidado com o J2EE

ou qualquer outra arquitectura multi-camadas, corre-se o risco de ter um sistema muitas vezes

mais lento do que um sistema de duas camadas.

Apresentação do

Lado Cliente Apresentação do

Lado Servidor Lógica de negócio

do Lado Servidor SI Empresarial

Servidor Web

HTML Puro

Apllet Java

Aplicação Java

Browser

JSP

EJB

Servlets Java

Plataforma

J2EE

Contentor EJB

EJB

JSP

Cliente J2EE

EJB

Plataforma

J2EE

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 50

Um componente criado numa aplicação J2EE deve ser instalado no Container apropriado. Um

Container é um ambiente de execução padronizado que prevê serviços específicos a um

componente. Assim, um componente pode esperar que em qualquer plataforma J2EE

implementada por qualquer fornecedor, estes serviços estejam disponíveis. A plataforma J2EE

permite uma arquitectura flexível sendo que tanto os Web Container quanto a Enterprise Java

Beans (EJB) Container são operacionais.

A plataforma J2EE provê uma divisão clara, tanto lógica quanto física, de uma aplicação em

camadas. O particionamento de uma aplicação em camadas permite uma maior flexibilidade de

escolha da tecnologia apropriada para uma determinada situação. Múltiplas tecnologias podem ser

utilizadas para proverem o mesmo serviço possibilitando escolher a que melhor se adequa, com

base nas características do problema em questão.

4.1.2 Especificação J2EE

A especificação J2EE fornece uma abordagem baseada em componentes para o projecto,

desenvolvimento e a implantação de aplicações corporativas.

As partes componentes são:

J2EE Application Programing Model – modelo de programação.

J2EE Plantform – define um conjunto de API’s e políticas de utilização.

J2EE Compatibility Test Suite – verifica se um protocolo é compatível com a plataforma

J2EE padrão.

J2EE Reference Implementation – demontra as funcionalidades da especificação JEE e provê

a definição operacional da plataforma.

As soluções JEE são independentes de plataformas hardware e software e não amarradas a

produtos e API’s específicas de qualquer fabricante.

4.2 Tecnologia Java Server Pages

Segundo (Soares, 2007), ―JSP é uma tecnologia utilizada no desenvolvimento de aplicações para

Web. Ela fornece um modelo composto por HTML ou XML e códigos da linguagem de

programação Java, com o objectivo de gerar páginas dinâmicas. O código Java pode estar

separado ou encapsulado nas páginas HTML, dependendo do objectivo do seu uso (Bond et al,

2002) ‖.

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Com a tecnologia JSP é possível produzir aplicações que permitam o acesso a Base de dados, o

acesso a arquivos-texto, a captação de informações a partir de formulários, a captação de

informações sobre o visitante e sobre o servidor (Soares, 2007).

Uma das vantagens do uso da tecnologia JSP, é ser facilmente codificado, facilitando assim a

elaboração e manutenção de uma aplicação Web. Além disso, a tecnologia JSP permite a

separação da Programação Lógica (parte dinâmica) da Programação Visual (parte estática),

facilitando o desenvolvimento de aplicações mais robustas, onde o programador e Designer

podem trabalhar no mesmo projecto, mas de forma independente. Outra característica também é a

possibilidade de produzir conteúdos dinâmicos que possam ser reutilizados (Soares, 2007).

Segundo (Soares, 2007), ―JSP é uma tecnologia para desenvolvimento de aplicações Web

semelhante à tecnologia ASP da Microsoft, porém tem a vantagem da portabilidade de plataforma

podendo ser executado em outros sistemas operativos para além dos da Microsoft. Ela permite ao

desenvolvedor de páginas Web, produzir aplicações que permitam o acesso a base de dados, o

acesso a arquivos-texto, a captura de informação a partir de formulários, sobre o visitante e sobre

o servidor, o uso de variáveis e ciclos entre outras coisas (Ulisses, 2004) ‖. A Figura 4.2 ilustra a

Arquitetura da Tecnologia JSP:

Figura 4.2 - Arquitetura da Tecnologia JSP (Adaptado de Soares, 2001).

JSP ou Servlets Requisições do cliente são interceptadas aqui

EJB JavaBeans

Base de Dados

SERVIDOR

Request

Response

Request Response

Request

Response

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De acordo com Soares (2007), o funcionamento desta Arquitetura consiste em:

Quando uma página JSP é requisitada pelo cliente interação de um Browser, esta página é

executada pelo servidor, e a partir daí será gerada uma página HTML que será enviada de

volta ao Browser do cliente. A página HTML mais o Script são compilados para Java na

primeira chamada. O ambiente Java Virtual Machine (JVM) deve existir no servidor;

Quando um cliente faz uma solicitação de um arquivo JSP, um objecto Request é enviado para

o JSP Engine. O JSP Engine envia a solicitação para qualquer componente (JavaBeans ou

Enterprise Java Beans) especificado no arquivo;

O componente controla a requisição possibilitando a recuperação de informações em base de

dados ou outro tipo de dado armazenado e, em seguida, o componente envia o objecto

Response de volta para a JSP Engine. A JSP Engine e o servidor Web enviam a página JSP

revista de volta para o cliente, onde o usuário pode visualizar os resultados no seu Browser. O

protocolo de comunicação usado entre o cliente e o servidor pode ser o HTTP ou outro

protocolo.

4.2.1 JSP versus Servlet

Segundo (Soares, 2007), ―O modelo de programação JSP destina-se a fornecer várias vantagens

em relação aos servlets, incluindo as seguintes (Sampaio, 2004):

JSPs fornecem uma sintaxe de atalho para misturar o código estático com a lógica dinâmica.

O código JSP, normalmente, é muito mais compacto e fácil de entender, comparado a um

servlet;

JSPs oferecem suporte a uma separação clara do código Java em componentes como Java

Bean. Segundo Jevaux (2003), JSP é uma classe Java que segue um conjunto de convenções

de desenhos e bibliotecas tags JSP;

JSPs oferecem suporte ao modelo Rapid Application Development (RAD), (método que

possibilita o rápido desenvolvimento de aplicações), no qual a tradução de arquivo-fonte

JSP é automaticamente gerida pelo mecanismo JSP;

A sintaxe JSP é compatível com XML, de modo que as páginas JSP podem ser produzidas

usando-se ferramentas de autoria baseadas em XML‖.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 53

4.2.2 Vantagens da Técnologia JSP

Segundo (Soares, 2007), o JSP apresenta as seguintes vantagens:

Facilidade de codificação – facilitando assim a elaboração e a manutenção de uma

aplicação Web.

Separação de Programação – ela separa a programação lógica (parte dinâmica) da

programação visual (parte estática), facilitando o desenvolvimento de aplicações mais

robustas, onde o programador e Designer podem trabalhar no mesmo projecto, mas de

forma independente.

Reutilização dos conteudos dinâmicos – a tecnologia JSP permite produzir conteudos

dinâmicos que possam ser reutilizados.

Portabilidade - possibilidade de ser executado em vários sistemas operativos.

4.4 RESUMO

J2EE é uma plataforma Java voltada para redes, Internet, Intranet. Ela contém bibliotecas

especialmente desenvolvidas para o acesso a servidores, a sistemas de e-mail e a base de

dados.

Aplicações J2EE são formadas por componentes. Um componente J2EE é uma unidade de

Software funcional, auto-contida que é montada em uma aplicação J2EE juntamente com suas

classes e arquivos relacionados e que se comunica com outros componentes. A especificação

J2EE define os seguintes componentes J2EE: aplicações e Applets clientes que são

componentes que rodam no cliente, Servlets Java e páginas JSP que são componentes Web que

rodam no servidor, Enterprise JavaBeans (EJB) que são componentes de negócio que rodam

no servidor e JDBC (Java Database Connectivity) que é o componente utilizado no acesso a

base de dados.

Java Server Pages (JSP) é uma tecnologia para desenvolvimento de aplicações Web. Esta é

semelhante à tecnologia ASP da Microsoft, porém tem a vantagem da portabilidade de

plataforma podendo ser executado em outros sistemas operativos para além dos da Microsoft.

Dentre as vantagens desta em relaçao a ASP estão: a independênçia do servidor e plataforma,

processo de desenvolvimento aberto (Open Source), Tags, reusabilidade entre plataformas e a

vantagem da linguagem Java.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 54

CAPÍTULO V. CASO DE ESTUDO: GESTÃO DE

PROCESSOS DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

O presente capítulo descreve o actual funcionamento dos Escritórios de Advocacia, isto é,

descreve o actual processo de interação entre o cliente e os Escritórios de Advocacia, desde a

abertura de um processo e o seu acompanhamento por ambas as partes.

5.1 ACTUAL FUNCIONAMENTO DOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

Segundo pesquisas feitas com base em entrevistas semi-estruturadas (cujo algumas das questões

feitas estão no guião de entrevistas que se encontra no (ANEXO-A)) à alguns funcionários

(advogados) internos e externos aos Escritórios de Advocacia, concluiu-se que a maior parte dos

destes, se não todos sediados no país carrecem de uma boa prática de interação com os seus

clientes, de métodos eficazes para a gestão de processos e trabalho do advogado.

5.1.1 Processo de Interação entre o Cliente e os Escritórios de Advocacia

Actualmente o processo de interação entre o cliente e os Escritórios de Advocacia, desde a

abertura de um processo, o seu acompanhamento, até ao fecho do mesmo, é feito pelo método

presêncial, isto é, pela deslocação do cliente até ao Escritório (Caso o cliente pretenda abrir um

processo), ou via telefone por parte do cliente ao Escritório e vice-versa (Caso o cliente tenha um

processo aberto e o mesmo tenha sofrido actualizações por parte do advogado, e este queira

informar sobre a situação do processo ao cliente ou o cliente queira saber da situação do seu

processo). Este, processo de interação entre o cliente e o Escritório é inadequado, despendendo

recursos financeiros tais como custos de telefonia e de transporte sem necessidade de ambas as

partes.

5.1.2 Armazenamento e Gestão de Informações

Actualmente as informações referentes ao cliente e os processos são armazenadas em separado,

isto é, as informações referentes ao cliente são armazenadas em uma pequena base de dados

automatizada e o armazenamento dos processos em pastas (arquivos de papel) que são

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 55

identificados por números. Estes números são constituidos pelo número do cliente e o ano em

curso.

Os pareceres de cada um dos processos escritos pelo advogado são armazenados em pastas no

computador do advogado que acompanha o caso.

5.1.3 Método de Trabalho ou Acompanhamento dos Processos por parte do Advogado

Todo o acompanhamento feito pelo advogado, isto é, os pareceres por si escritos são armazenados

no escritório em pastas no computador do advogado que acompanha o caso, permitindo deste

modo que o advogado trabalhe na maioria das vezes no próprio escritório e dê a conhecer ao seu

cliente sobre o estado do seu processo somente no escritório, o que faz com que o cliente se

desloque sempre ao escritório ou telefone para puder obter o estado do seu processo. Por outro

lado, como as informações dos processos ficam armazenadas no escritório, no computador do

advogado, obriga que os advogados transportem informações referentes aos processos em flash

drives para casa, visto que este não é um método seguro. A Figura 5.1 que se segue esquematiza o

actual funcionamento dos Escritórios de Advocacia:

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 56

Secretária

Processos

Advogado

Solicitação de Informação sobre

o estado do processo.

Resposta sobre os requisitos

para a abertura do processo ou

uma resposta sobre o estado

do processo

Armazenamento

Informação de Alocação de

um processo ao advogado

Armazenamento

Informação sobre o estado do

processo

Requisita abertura

de um processo.

Figura 5.1 - Actual Funcionamento dos Escritórios de Advocacia.

Cliente

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 57

CAPÍTULO VI. MODELO DE FUNCIONAMENTO

PROPOSTO

Este capítulo descreve a proposta de solução do problema baseada na implementação de um

Sistema Web com o serviço de envio e recepção de SMS integrado.

6.1 Modelação

Segundo (Soares, 2007), um modelo é uma simplificação da realidade, uma vez que detalhes não

essenciais podem ser omissos. A manipulação do modelo é mais fácil do que a realidade que se

está modelando, pois a compreensão desta realidade é feita pela interação de diferentes visões da

modelagem (camadas de abstração).

A Interação de um modelo representa-se a estrutura e comportamento do Software desejado:

Visualização;

Controle da Arquitectura;

Compreensão;

Análise de Riscos.

Para a modelação do Modelo Proposto foi usada notação de modelação UML 2.0 que é uma

extenção da UML das versões 1.x.

6.1.1 Diagrama de Casos de Uso (Use Case)

A Figura 6.1.1 que se segue ilustra o Diagrama de Casos de Uso (Use Case) do Sistema Proposto.

Este ilustra os principais Actores e como estes interagem com o sistema.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 58

Advogado

Cadastra cliente,

processo e advogado

Cliente

Sistema Web

Validar dados

Acompanhar processo

localizar processo

Gerir clientes,

funcionários e processos

Emitir relatórios

Receber e enviar

SMS

Actualizar processo

Requisitar

abertura do processo

Disponibilizar

requisitos para abertura do

processo

«extends»

Acompanhar o

andamento do processo

Solicitar informação do

estado do processo por

SMS

Disponibilizar

informações de processos

Recepcionista

Validar dados

atender cliente

Figura 6.1.1 - Diagrama de Use Case do Modelo Proposto.

6.1.2 Diagrama de Classes

A Figura 6.1.2 ilustra as principais classes do sistema e como elas se relacionam entre si:

<<include>>

<<include>>

<<include>>

<<include>>

<<include>>

<<include>>

<<include>>

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 59

+getId() : Object

+setId()

+...()

-id : int

-nome : string

-sexo : string

-contacto : string

-endereco : string

-email : string

-estado : string

Advogado

+getCod() : Object

+setCod()

+...()

-cod : int

-assunto : string

-nomeRequerente : string

-nomeRequerido : string

-advogado : string

-advogadoContra : string

-dataEntrada : string

-descricao : string

-ValorDaCausa : double

Processo

+getId() : int

+setId()

+...()

-id : int

-nome : string

-apelido : string

-sexo : string

-contacto : string

-endereco : string

-email : string

Cliente

1 *

*

1

-data : String

-hora : String

Registo

1

*

possui

acompanha

+getId() : int

+setId()

+...()

-id : int

-nome : string

-apelido : string

-sexo : string

-contacto : string

-endereco : string

-email : string

AdvogadoParte

+getId() : int

+setId()

+...()

-id : int

-nome : string

-apelido : string

-sexo : string

-contacto : string

-endereco : string

-email : string

Parte

*

1 1

*

envolve

envolve

regista

-in : int

-nomeEnt : string

-provEnt : string

-enderEnt : string

EntidadeJulgadora

1*

possiu

-id : int

-idPoroc : int

-detalhes

Historico

* 11

*

possiu

Figura 6.1.2 - Diagrama de Classes do Modelo Proposto.

Conforme mostra o diagrama acima, a classe central Processo está relecionada com todas as

classes do sistema (classes cliente, Advogado, Parte e Advogado da Parte e Historico). É possivel

notar que num Processo está envolvido uma e única Parte (o requerido) mas uma Parte pode estar

envolvida em vários Processos. Nota-se também que um Cliente pode possuir vários Processos

mas que um Processo pertence somente a um e único Cliente. É possivel ver também que um que

um processo possui uma Entidade Julgadora e que o mesmo possui o seu histórico, que um

Advogado ou Advogado da Parte podem estar envolvido em vários processos mas que em um

Processo envolve somente um e único Advogado ou Advogado da Parte.

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 60

6.2 Arquitetura do Modelo Proposto

O Sistema Web com o serviço de envio e recepção de SMS‟s, incrementará mais dinâmismo no

método de trabalho dos advogados e no acesso a informação referente ao processo para os

clientes. O Sistema Web foi desenvolvido usando a plataforma JEE, portanto deve ser publicado

numa máquina com qualquer sistema operativo e com um servidor de aplicação instalado e deverá

ser acedido utilizando um computador pessoal com uma conexão a Internet através de qualquer

Browser (Mozila Firefox, Internet Explorer e outros).

Caso o cliente esteja numa área sem acesso a Internet poderá também receber informações

referentes ao andamento do processo à partir do envio de um SMS para o Sistema Web, e este

através do serviço Push SMS (serviço que permite o envio de SMS‟s automaticamente). As

mensagens de requisição enviadas para o Sistema Web, antes irão para o centro de mensagens da

operadora de telefonia móvel (SMSC) e depois enviadas para o SMS Gateway da aplicação

(Modem GSM) e só depois encaminhas para o Sistema. A Figura 6.2 que se segue, ilustra de

forma diagramática a arquitetura do modelo proposto:

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 61

Cliente

Advogado

Sistema Web com

o servico de

envio e recepção

de SMS

Internet

Servidor

Terminal Movel

Requisicao

via HTTP

usa

Link Wan

Centro de

Mensagens (SMSC)

Modem GSM

Telefone Movel

como um

Modem

ou

Link Wan

Link Wan

usa

Figura 6.2 - Arquitetura do Modelo Proposto.

6.3 Descrição do Modelo Proposto com Base na Implementação de um Sistema Web com o

Serviço de Envio e Recepção de SMS’s.

O objectivo da implementação do Sistema Web com o serviço de envio e recepção de SMS‟s é de

dar suporte ao actual SI, isto é dar mais dinâmica ao actual funcionamento dos Escritórios de

Advocacia, melhorando significativamente os processos internos de negócio, tais como o processo

de interação entre o cliente e os Escritórios de Advocacia, a gestão dos processos jurídicos, gestão

de informações referentes aos clientes e funcionários e o método de trabalho do advogado.

Com base na implementação do Sistema Web e considerando o acesso global como uma das

vantagens deste, o processo de interação presencial seria somente na altura da abertura do

processo. Após a abertura do processo, o método de interação presencial ou por telefone por parte

do cliente para situação referente ao acompanhamento sobre o estado do seu processo, será feito a

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 62

partir de qualquer local bastando para tal aceder o Sistema a partir de um PC ou um dispositivo

móvel com acesso a Internet, eliminando deste modo os custos de telefone e de transporte.

O usuário ao efectuar o login é identificado por um campo “tipo” (Advogado ou Cliente), que é o

campo atravésdo qual se faz o devido direccionamento. Existem dois “perfis” para os Advogados

(administrador e não administrador). Para um usuário “Advogado Administrador” o sistema

direcciona-o para a página principal do sistema, onde este terá total a todas operações do sitema

(Anexo B), tais como Gestão de Clientes, Advogados, Advogados da(s) Parte(s), Partes,

Processos, Usuários e Emissão de Relatórios. Para o “Advogado não Administrador” o sistema

direcciona-o para uma página com o nível limitado de operações, tais como Acompanhamento de

Processos, Pesquisas e Emissão de Relatórios (Anexo C). Para o um usuário “cliente” o sistema

também o direcciona para a respetiva página, onde este podera verficar o Andamento do(s) seu(s)

Processo(s) (Anexo D). Para além das opções disponiveis para cada tipo de usuário, estes também

poderão alterar os dados (username e password) de login ao Sistema.

Por outro lado, caso o cliente esteja num local sem acesso a Internet, com o serviço de envio e

recepção de SMS integrado no Sistema Web o cliente poderá a partir do envio de um simples SMS

(pois as nossas operadoras oferecem SMS‟s gratís disponiveis em qualquer recarga) receber

informações úteis sobre o estado do seu processo eliminando também custos de transporte e de

comunicação (custos de ligação telefónica).

As informações referentes aos funcionários dos Escritórios, dos clientes e dos processos jurídicos

(novos, em andamento ou concluidos) serão armazenadas numa única base de dados da aplicação

do Sistema Web, permitindo assim uma fácil gestão das mesmas e dando mais dinâmica ao

funcionamento dos Escritórios.

Tomando em conta a vantagem do acesso global de um Sistema Web, o método de trabalho do

advogado, isto é, o acompanhamento dos processos feitos por si, passarão a ser feitos à partir de

qualquer local com acesso a Internet, bastando para tal aceder o Sistema, isto é, o advogado

passará a acompanhar os processos tanto no Escritório ou em qualquer outro local.

O Sistema Web, deverá de controlar o preenchimento dos campos obrigatórios e emitir relatórios

contendo informações sobre os clientes, os advogadodos e os processos por estes acompanhados,

as partes e os respectivos advogados, processos concluidos ou pendentes, entre outros. As Figuras

6.3.1 e 6.3.2 mostram a página de acesso ao sistema e de forma diagramática o modelo proposto

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 63

baseado na implementação de um Sistema Web com o serviço e envio e recepção de SMS

respectivamente:

Figura 6.3.1 – Página de Acesso ao Sistema.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 64

Figura 6.3.2 - Modelo Proposto com base na implementação de um Sistema Web com o serviço de envio e recepção

de SMS.

6.4 Avaliação do Teste da Aplicabilidade do Modelo Proposto

O teste da aplicabilidade do modelo foi feito com base em processos não reais tirados da Internet,

devido a indisponibilidade dos advogados entrevistados e da dificuldade de acesso de um processo

real. Com base nesses testes das funcionalidades e das vantagens do sistema proposto pelo autor, e

tendo em conta as opiniões e sugestões previamente colhidas do advogado no acto da entrevista

em termos de desejos de melhorias no que diz respeito ao funcionamento de um modo geral dos

Escritórios de Advocacia, a aplicabilidade do sistema será benéfico, uma vez que o

desenvolvimento deste baseou-se na eliminação dos constrangimentos apresentados pelo

advogado no acto da entrevista. Contudo, a implementação do sistema proposto melhorá

significativamente o funcionamento destes, no que diz respeito a gestão dos processos, isto é, na

abertura, organização, consultas, acompanhamento, actualizacões e emissão de relatórios, bem

como na gestão de todos outros processos internos tais como usuários, clientes, advogados, partes

envolvidas.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 65

CAPÍTULO VII. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

7.1 CONCLUSÕES

O resultado das entrevistas realizadas em alguns Escritórios de Advocacia mostra que o actual

método de interação destes com os seus clientes, o acompanhamento do andamento dos processos

jurídicos pelo advogado ou pelo cliente, a gestão das informações existentes, ainda que

dificilmente ―responda‖ o propósito da sua implementação necessita de se tornar automatizado

como forma de reduzir custos desnecessários, trazer mais dinâmica, melhorando

significativamente o funcionamento destes. Pela entrevista tida com os advogados, concluiu-se

que a organização em estudo está preparada para receber o sistema proposto devido ao entusiasmo

por este apresentado quando foi lhe dado uma ideia dos benefícios que o sistema proposto traria.

A ideia apresentada do processo de interação dos clientes e os Escritórios de Advocacia através de

um Sistema Web com o serviço de envio e recepção de SMS, pode ser estendida para outras

instituições onde o processo de interação com os seus clientes é indispensável como por exemplo a

consulta de notas e outras informações úteis pelos estudantes em Instituições Acadêmicas.

Os SI’s baseados na Tecnologia Web devido as vantagens por estes apresentados poderão vir a

substituir grande parte de Sistemas de Informação actualmente adoptados ou existentes nas

Organizações. As desvantagens do uso destas tecnologias para a realidade do nosso país, é que o

bom desempenho destes depende muito da qualidade do serviço de Internet fornecido pelo

provedor de serviços (ISP), o que obrigará que as organizações que adoptem por estes sistemas

dispendam recursos financeiros para que tenham os melhores pacotes de fornecimento de Internet.

Há vários mecanismos para se integrar o serviço de envio e recepção de SMS‟s num Sistema Web,

mas o melhor é o Push SMS que são ferramentas usadas para o envio e recepção automatico de

SMS‟s pois algumas destas são fornecidas gratuitamente, o que fará com que as organizações

tenham um serviço adicional e de valor sem dispender grandes quantidades monetárias e permitirá

que instituições com constante interação com os seus clientes e vice-versa, possam disponibilizar e

receber informações úteis facilmente.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 66

7.2 RECOMENDAÇÕES

Do trabalho realizado recomenda-se o seguinte:

Para uma possível implementação da proposta de solução apresentada neste trabalho, devem ser

levados em consideração os seguintes aspectos:

Deve-se fazer uma análise/estudo detalhada(o) relactivamente no que diz respeito a todos

requisitos relacionados aos processos jurídicos desde os requisitos para a abertura, as formas

de pagamento bem como o tipo de informações úteis a serem armazenadas e geridas pelo

sistema de modo que este responda todas as necessidades dos Escritórios de Advocacia.

Por se tratar de um Sistema que lidará practicamente com documentos electrônicos, deve-se

criar mecanismos para que estes armazenem-os e garantam a autenticidade dos mesmos.

Uma vez que o Sistema estará disponível na Internet, onde os riscos de interceptação,

manipulação e viciação da informação são muito elevados, devem-se criar fortes mecanismo

de controle de aspectos de segurança.

Recomenda-se a trabalhos futuros para que possam fazer a integração do serviço de envio e

recepção de SMS‟s em Aplicações Web e fazerem os respectivos testes.

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 67

CAPÍTULO VIII. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

No presente capítulo é apresentada a lista da bibliografia referênciada e consultada para a

realização do presente trabalho.

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Edição, UEM – Livraria Universitária.

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Delenikas, T., ―SMSLib‖, disponível em http://SMSLib.org. Consultado em 10/05/2010.

Diego, M. da R. e Galvan, S. H., (2008), ―Um modelo de Desenvolvimento de Sistemas Web

com foco na Aplicação dos Padrões da W3C: Desenvolvimento e Comparação de Sites, antes e

depois da Padronização‖, Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Bacharel,

Escola Superior de Criciúma, Esucri.

Gallardo, D., Burnette, E. e McGovern, R., (2003), ―Eclipse in Action: A Guide for Web

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Le Bodig, G., (2008), ―Mobile Messaging Technologies and Services SMS, EMS and MMS‖,

2a Edição, John Wiley & Sons Ltd.

Martins, C. R., ―UML e Programação Orientada a Objetos – Uma abordagem Prática‖,

disponivel em http://www.cinbesa.com.br. Consultado em 08/09/2009.

Macome, E., (1995), ―Introdução à Metodologia de Investigação‖, Imprensa Universitária,

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Mavrakis, D., (2004), ―Integrating SMS in Your Enterprise‖, 2a Edição, Monaco Telematique

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Mendes, O. D., (2000), ―Java 2 Enterprise Edition‖, 2a Edição, Richard Monson-Haefel.

Metha, N. , (2008), ―Mobile Web Development‖, Birmingham-Mumbai, Packt Publishing ltd.

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Soares, R. H. C., (2007), ―Aplicação da Tecnologia J2EE no Desenvolvimento do Sistema

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Pilatii, J., (2006), ―Automação de Escritório de Advocacia: Sistema Columna‖, Trabalho de

Conclusão de Curso submetido à Universidade Regional de Blumenau para a obtenção dos

Aplicação da Tecnologia Web e o Serviço de Mensagens Curtas (SMS) na Gestão de Processos de um Escritório de Advocacia

Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 69

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Bacharelado, Blumenau.

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Trabalho de Conclusão do Curso Engenharia de Computação‖, Escola Politécnica de

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Wikipedia, ―Swing‖, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/swing. Consultado em

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 70

ANEXOS

ANEXO A – GUIÃO DE ENTREVISTA

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

GUIÃO DE ENTREVISTA

Princidónio Roberto de Almeida David, estudante finalista do curso de Licenciatura em

Informática na Universidade Eduardo Mondlane, no âmbito da realização do trabalho de

conclusão do curso, pretende realizar entrevista a V. Excia. Agradece desde ja o precioso tempo

dispensado.

Data:

Hora de Início:

Hora de Fim:

Departamento do Entrevistado:

Nome do Entrevistado:

Cargo/Função do Entrevistado:

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Trabalho de Licenciatura Princidónio David 2010 71

QUESTÕES

1. Que tipo de serviços são oferecidos pelo Escritório de Advocacia?

2. Quais são os mecanismo seguidos pelo cliente para a abertura de um processo jurídico?

3. Que informações do cliente e dos funcionários são armazenadas e onde é que são

armazenadas?

4. Que informações relactivas ao processo jurídico são armazenadas e onde é que são

armazenadas?

5. Como é que são geridas as informações relactivas ao cliente, funcionário e os processos?

6. Como é que o cliente fica a saber da situação do seu processo?

7. Existe algum sistema em uso?

8. Se sim, qual? E como é que funciona?

9. O actual sistema satisfaz os requisitos da instituição?

10. Como é que é feito o acompanhamento dos processos, tanto pelo advogado e pelo cliente?

11. Gostava de ver algo melhorado?

12. Se o processo de armazenamento e gestão de informações referentes ao cliente, ao

funcionário e aos processos fosse feito interação de forma electrónica (por um sistema

informático) acrescentaria melhorias ao actual funcionamento do Escritório?

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ANEXO B – PÁGINA PRINCIPAL DO ADVOGADO ADMINISTRADOR

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ANEXO C – PÁGINA PRINCIPAL DO ADVOGADO NÃO ADMINISTRADOR

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ANEXO D – PÁGINA PRINCIPAL DO CLIENTE

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ANEXO E – PÁGINA DE REGISTO DO CLIENTE

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ANEXO F – PÁGINAS DE ACTUALIZAÇÃO DO CLIENTE

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ANEXO G – PÁGINA DE REGISTO DO PROCESSO

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ANEXO H – PÁGINA DE ACTUALIZAÇÃO DE UM PROCESSO PELO ADVOGADO

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ANEXO I – PÁGINAS DE ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO POR PARTE DO

CLIENTE

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ANEXO J – PÁGINA DE EMISSÃO DE RELATÓRIOS DE TODOS OS PROCESSOS

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ANEXO K – PÁGINA DE EMISSÃO DE RELATÓRIOS DE PROCESSOS POR ESTADO

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ANEXO L – CONFIRMAÇÃO DE SAIDA DO SISTEMA