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Produção Animal | Avicultura 3 - O Portal da Avicultura ...Hidratação do frango: posição da classe e do governo Notícias 3 Após anúncio do balanço positivo no terceiro trimestre

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Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

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eDITORIAL

O gasto dos brasileiros com carne e ovo

Agradecimentos

A Pesquisa de Orçamento Familiar

(POF) do IBGE serviu de pauta para

muitos veículos de comunicação, dos

mais variados setores, já que permite

diversas análises. A Revista do AviSite

não poderia deixar de estudar o docu-

mento e observar quanto o brasileiro

tem gasto com o frango e o ovo. Do to-

tal de gastos com alimentação nos do-

micílios, 18,7% estão voltados para as

compras de carnes (bovina, suína, de

frango e outras), pescados e ovos.

A maior parcela é gasta com a carne

bovina de primeira e a seguir vem o

frango. Como a diferença de preços en-

tre as duas carnes sempre foi significa-

tiva, só se pode concluir que o consumo

da carne de frango é bem maior que o

de carne bovina de primeira. Já o ovo,

entre os oito produtos de origem ani-

mal listados, aparece na penúltima po-

sição, com 4,3% do total. Confira ou-

tros dados na matéria da página 28.

Ambiência é o tema de nosso Ca-

derno Técnico. Em artigo na página 38,

pesquisadores do Nupea (Núcleo de

Pesquisa em Ambiência), da Esalq, SP,

fazem recomendações que ajudam a

garantir o melhor ambiente para que as

aves possam manter sua temperatura

corporal constante. E na página 34,

você confere alguns equipamentos e

produtos que trabalham para garantir o

conforto térmico das aves. Além disso,

o professor Iran de Oliveira finaliza a

edição com a coluna Ponto Final, abor-

dando as tendências da ambiência fren-

te às demandas do mercado (página

66).

Continuamos publicando mensal-

mente nosso Caderno de Postura (pági-

na 21) no intuito de levar informação ao

setor. Entre as notícias há dados das ex-

portações brasileiras de ovos, o mix dos

exportadores americanos, a produção

brasileira segundo o IBGE e o recall de

ovos contaminados por salmonella nos

Estados Unidos. Na próxima edição

continuaremos aprofundando o assun-

to. Não perca e boa leitura!

Agradecemos a todas as empresas que contribuíram com o Caderno de Ambiência através do envio de fotos e informações sobre seus produtos. Os pesquisadores Iran de Oliveira e Sheila Nasci-mento e a equipe da organização do Simpósio de Incubação da Facta também merecem nosso “mui-to obrigado”!

4 Avicultura | Produção Animal

Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo GodoyChristiane Galusni [email protected]

Redação Érica BarrosMariana [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Grupo [email protected]

InternetDarcy Jú[email protected]

Circulação e assinaturaCristiane dos Santos(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

CARNES E OVOS18,7% do total de

gastos que os brasileiros têm com

alimentação em casaerrata

Diferentemente do que foi publicado na seção Associações da edição de agosto (n°40), pági-na 61, Nélio Hand é Secretário Executivo da Associação de Avi-cultura do Espírito Santos (AVES), e não Presidente.

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errata

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Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

Outubro07 de outubro1º Dia do Ovo da USP de PirassunungaLocal: Anfiteatro Principal do Campus de PirassunungaRealização: Departamento de Produção e Nutrição Animal da Escola de Veterinária da USPE-mail: [email protected]

14 a 15 de outubroIV Simpósio Internacional de CoturniculturaLocal: Universidade Federal de LavrasRealização: Núcleo de Estudos em Ciência e Tecnologia Avícola (NECTA) - UFLAInformações: www.nucleoestudo.ufla.br/nectaE-mail: [email protected]

21 a 23 de outubroFIGAP/VIV América Latina 2010Local: Expo Guadalajara, Guadalajara, MéxicoInformações: www.viv.netE-mail: [email protected]

26 a 28 de outubro2010 National Poultry Waste Management SymposiumLocal: Sheraton Greensboro at Four Seasons, Greensboro, North Carolina, EUARealização: NC State UniversityInformações:www.ces.ncsu.edu/depts/poulsci/poultry_wa-ste_symposium.html

Novembro16 a 19 de novembroEuroTier 2010Local: Hanover, AlemanhaInformações: www.eurotier.de

17 a 19 de novembro Avisulat 2010 Local: Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Asgav, Sips e SindilatInformações: www.avisulat.com.brE-mail: [email protected]

24 a 26 de novembroIV CLANA - Congresso Latino Americano de Nutrição AnimalLocal: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, Estância de São Pedro, SPRealização: CBNA e Amena (Associação Mexicana de Estudos sobre Nutrição Animal)Informações: www.cbna.com.brE-mail: [email protected]

2010

Setembro09 a 10 de setembroVII Simpósio de Sanidade AvícolaLocal: Park Hotel Morotin, Santa Maria, RSRealização: LCDPA/ Universidade Federal de Santa MariaContato: (55) 3220-8072Informações: www.euvou.net/sanidadeavicolaE-mail: [email protected]

14 de setembroVII Encontro MercoLab de Avicultura Local: Cascavel, PR Realização: MercoLabContato: (45) 3218-0000Informações: www.mercolab.com.brE-mail: [email protected]

14 a 16 de setembroCurso Preparatório para a Formação de Auditor Interno em Bem-Estar das AvesLocal: Av. Brasil, 2890, Campinas , SPRealização: ITAl (Instituto de Tecnologia de Alimentos)Contato: (19) 3743-1758Informações: www.ital.sp.gov.brE-mail: [email protected]

14 a 17 de setembro8ª Feira Internacional de Processamento e Industrialização da Carne (MercoAgro)Local: Parque de Exposições Tancredo Neves, Chapecó, SCInformações: www.btsmedia.biz

16 e 17 de setembroVII Curso de atualização em avicultura para postura comercialLocal: Centro de convenções Prof. Dr. Ivaldo Melito, Unesp/Fcav, Jaboticabal, SPRealização: Unesp e Associação Paulista de Avicultura Informações: www.funep.org.br/eventosE-mail: [email protected]

23 de setembroIII Workshop Nutrição de Aves em PernambucoLocal: Auditório do Centro de Ensino de Graduação (CEGOE) da Universidade Federal Rural de Pernanbuco (UFRPE), RecifeRealização: UFRPE e Corn Products BrasilContato: (81) 3320-6571E-mail: [email protected] e [email protected]

22 e 23 de setembroSimprotec Carnes 2010Local: Centro de Eventos da Cidade Universitária de Londrina, PRRealização: UEL, Universidade Tecnológica Federal do PR e TechfoodsInformações: www.techfoods.com.brE-mail: [email protected]

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8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor Escreva para: [email protected]

Dados do IBGE sobre o abate animal inspecionado no Brasil mostram um dos resultados do melhora-mento genético na produção avícola: o aumento praticamente contínuo no ganho de peso do frango.

Sem dúvida observamos uma evolução do peso médio dos frangos de corte nas últimas décadas e, não pode-mos negar, os resultados obtidos são conseqüência de inúmeras melhorias que ocorreram no setor (genética, sanidade, ambiência, qualificação da mão obra, entre outras tantas). Mas como não falar sobre os problemas associados ao ganho de peso extraordinário dos fran-gos de corte? Problemas locomotores, cardiovasculares e de bem-estar entre tantos outros. Sem falar da ne-cessidade de “melhorias” nas instalações que já superam 50% dos investimentos feitos na criação de frangos de corte. Será o GPD – ganho de peso médio diário, o melhor coeficiente para avaliar os resultados obtidos na produção de frangos de corte?Karla Picoli, Maringá, PR

Evolução do peso médio do frango no Brasil entre 2000 e 2010

CFMV publicou no DOU nova Resolução, que não altera a obrigatoriedade do registro dos estabelecimentos avícolas em geral e apenas fixa novos parâmetros para os chamados RTs – por exemplo, máximo de 80 granjas por profissional.

O CFMV deveria, em primeiro lugar, exercer todo o seu poder de pressão técnica e jurídica sobre o Governo Federal, especificamente sobre o Ministério do Desenvol-vimento Agrário, no sentido de garantir assistência técnica e vigilância sanitária efetiva, gratuita, a toda e qualquer propriedade da agricultura familiar. A possível produção de alimentos destas propriedades, seja de origem vegetal ou animal, não possui a garantia sanitária mínima para seu auto-consumo ou comercialização. Não há conhecimento dos fertilizantes e defensivos agrícolas utilizados, sua aplica-ção ou período de carência, assim como produtos e drogas utilizadas no tratamen-to dos animais, doses e período de retirada. Me parece que os membros do CFMV e autoridades do Ministério do Desenvolvimento Agrário desconhecem, em abso-luto, os elevados riscos de enfermidades que este tipo de produção pode acarretar na saúde dos consumidores e no agronegócio brasileiro. A Influenza Aviária e a Doença de Newcastle geralmente nascem nestas condições. Esta atividade, criada com a finalidade de manter o homem no campo, cumpre eventual e precariamen-te o seu objetivo principal e coloca a saúde animal e a saúde pública de uma nação em elevado risco. O agronegócio brasileiro não precisa de mais uma agência regu-ladora. Basta a fiscalização do MAPA e das certificadoras internacionais que ates-tam a qualidade de nossos produtos, exportados para mais de 160 países. Com a palavra o CFMV.Paulo Martins, São Paulo, SP

Exigências do CFMV para avicultura permanecem sob contestação

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Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em agosto

Nada, por enquanto, que se compare aos preços recebidos, por exemplo, entre agosto e setembro

de 2008, quando cada tonelada de carne de frango in natura exportada rendeu mais de US$2.000 por tone-lada. Mas o setor está no bom caminho. Ao alcançar, em julho, preço médio de US$1.676,52/t, o produto negociado internacionalmente pelo Brasil registrou valorização de, praticamente, 8% sobre o mesmo mês do ano passado. Leia mais na página 16.

2º maior volume da história, embarques de frango em julho superam as 360 mil toneladas

1

A Ubabef contestou, por meio de nota, a metodolo-gia usada pelo Ministério da Agricultura para aferir

a quantidade de água presente em carnes de aves in natura resfriadas e congeladas. Nelmon da Costa, Diretor do DIPOA, admitiu que a avaliação para esse tipo de corte de aves não consiste em uma análise de perícia técnica, e sim na reprodução de uma avaliação que pode ser feita até mesmo pelo consumidor. Leia mais na página 12.

Hidratação do frango: posição da classe e do governo

Notícias

3

Após anúncio do balanço positivo no terceiro trimestre fiscal de 2009/2010, o presidente da norte-americana Tyson Foods, Donnie Smith, acredita que o aumento das exportações da carne de frango vai impulsionar os

negócios da multinacional em 2011. Para isso, segundo o dirigente, a empresa pretende focar na retomada das ne-gociações dos EUA com a Rússia, suspensas desde janeiro. Leia mais na página 20.

Lucrativa no 3º tri, Tyson Foods prevê retomada das exportações5

2

A média entre o limite inferior e o superior proje-tado pelo AviSite aponta volume de 16,2 mi-

lhões de matrizes de corte, 15,5% a mais que o alojado no mesmo período de 2009, mas apenas 1,2% a mais que o registrado nos quatro primeiros meses de 2008. Mas tudo não passa de pura especulação.

Matrizes de corte: quanto o setor pode ter alojado no 1º quadrimestre?

4

Em julho, as exportações de carne de frango in natura, industrializada e salgada surpreenderam.

Com isso, as exportações em julho atingiram 360,526 mil toneladas, a segunda maior exportação do setor, ficando somente 889 toneladas abaixo do recorde atual (361,415 toneladas, em junho de 2008). Leia mais na página 56.

Preço médio do frango exportado já atinge níveis pré-crise

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10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Novas idéias a favor da incubaçãoSimpósio da FACTA apresenta as mais recentes tecnologias e conceitos usados nesta etapa da produção

Evento

Campinas sediou nos dias 10, 11 e 12 de Agosto, o Seminá-

rio Nacional de Incubação de Ovos, promovido pela Fundação APINCO de Ciência e Tecnolo-gias Avícolas (FACTA). O evento apresentou pesquisas, tecnolo-gias e inovações cuja aplicação prática contribui para a melhoria do processo de incubação artifi-cial. Os palestrantes, nacionais e internacionais, abordaram as-suntos que envolveram a evolu-ção genética das aves - corte e postura, conceitos básicos de in-cubação e desenvolvimento em-brionário e processos de desin-fecção na granja e incubatório, além de inúmeras inovações tec-nológicas que têm ocorrido no processo de incubação, que vão desde sistemas de controle da temperatura do embrião até a di-minuição da janela de nascimento.

Na cerimônia de abertura, Paulo Martins, componente do corpo técnico da FACTA e um dos organizadores do evento, sa-lientou a oportunidade de ouro para pensar e quebrar paradig-mas. Para ele, os três dias do en-contro foram como um exercício, pois apesar do tema ser conheci-do por todos os técnicos que mi-litam na avicultura, o incubató-rio ainda é visto, em algumas empresas, como apenas um “ane-xo” da cadeia de produção. “Nos dias atuais, essa fase corresponde a 40% na vida de um frango de 2,0 kg de peso vivo”. Martins questionou: “E daqui a dez anos? Qual será a porcentagem da in-cubação na vida da ave?”.

10 Produção Animal | Avicultura

PÚBLICO Surpresa pela qualidade técnica e participação

PAULO MARTINS Oportunidade de ouro para pensar e quebrar

paradigmas

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O público formado por 160 pessoas, originárias de 12 esta-dos brasileiros, além de países da América Latina, como do Peru, Bolívia e Colômbia surpre-endeu os organizadores, tanto pelo número, quanto pela quali-dade técnica e participação. O Diretor- Presidente da FACTA, Edir Nepomuceno da Silva, se despediu dos participantes enfa-tizando a admiração pela quan-tidade de inscritos: “Nós esperá-vamos menos pessoas interessadas. Essa ampla partici-pação demonstra a necessidade do mercado de aprofundar esse tema”.

Barbara Tzschenke, professo-ra da Universidade de Berlin dis-correu sobre a influência da ma-nipulação térmica embrionária na qualidade do frango de corte. A palestrante falou sobre o de-senvolvimento do sistema ter-mo-regulatório e em seguida apresentou resultados coletados a partir de experimentos onde foram utilizadas diferentes ma-nipulações térmicas. Dentre es-ses, um estudo com frangos Ross chamou a atenção do público. Nele, foi aplicado nas aves um

estímulo de curta duração com ligeiro aumento na temperatura (+1°C acima do padrão por 2h/dia), cuja conseqüência foi uma melhora significativa na taxa de eclosão e um aumento no núme-ro de machos eclodidos. Indaga-da sobre a razão para esse acon-tecimento, Barbara respondeu: “Não temos conclusões sobre a causa desse fenômeno. Nós não conseguimos influenciar o sexo [com manipulações térmicas], essa é uma característica estabe-lecida muito antes da nossa intervenção”.

Ron Meijerhof, consultor ho-landês, arrancou risadas da pla-téia ao comparar frangos com carros: “É muito cômodo você

criar um Gol e depois querer que se transforme em uma Ferrari”. No decorrer da palestra, Ron en-sinou aos presentes “como se constrói um motor potente” – em suas palavras – mencionan-do os cuidados essenciais no iní-cio da vida do pinto para a consolidação de um frango de qualidade. Ressaltou, inclusive, a relevância da alimentação – durante o transporte – com ra-ção umedecida. “O jejum causa redução corporal”, comenta, “e ração de transporte sem água re-sulta no aumento da produção de calor”. Outro fator essencial é a manutenção da temperatura ideal: “O ambiente ideal deve começar no transporte”.

Evento apresentou pesquisas, tecnologias e inovações cuja

aplicação prática contribuem para a melhoria do processo de incubação

artificial

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12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

“A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) contestou, por meio de

nota, a metodologia usada pelo Ministério da Agricultura para aferir a quantidade de água presente em carnes de aves in natu-ra resfriadas e congeladas”. A entidade prossegue com a observação de que “em resposta ao anúncio de suspensão das vendas de produtos das unidades de Capinzal (SC), da BRF Brasil Foods; de Cafelândia (PR), da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) e de Jarinu (SP), da Rigor Alimentos, a entidade afirmou que o método empregado não é baseado em critérios técnico-científicos e que as empresas já apresentaram recurso ao Ministério”.

E o que diz o Ministério a respeito? Oficialmente, nada. Mas segundo matéria assinada pela jornalista Tatiana Freitas, da Folha de São Paulo, Nelmon da Costa, Diretor do Departamento de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura, admite que a avaliação para esse tipo de corte de aves não consiste em uma análise de perícia técnica, e sim na reprodução de uma avaliação que pode ser feita até mes-mo pelo consumidor.

“Pesamos o produto antes e de-pois de descongelado para verificar a quantidade de água presente nele”, disse.

“Admitimos que a análise não tem precisão científica e por isso nossos critérios não são extremamente rigoro-sos. E as empresas sabem disso.”

Tatiana Freitas encerra sua matéria observando que “segundo ele (Nelmon), uma equipe do ministério vem desenvolvendo uma técnica que utilize critérios para tornar essa avalia-ção mais precisa”.

O AviSite vem divulgando as em-presas que estiveram no regime espe-cial do DIPOA e os leitores tem partici-pado da questão enviando comentários. Para saber mais faça uma busca com o termo hidratação do frango em avisite.com.br/busca.

Contestações sobre metodologia do DIPOA para análise da quantidade de água

A posição da classe e a do governoHidratação do frango

Setor avícola contesta e DIPOA admite falta de precisão científica

Classe

X Governo

Avicultura apresentou 3º melhor resultado

Dados da “Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física”, do IBGE, apontam

que o abate de aves no primeiro semestre de 2010 aumentou 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho é resultado de um incremen-to de 4,1% no primeiro trimestre e de 5% no segundo trimestre.

Entre os Produtos Industriais Derivados da Produção Animal, as aves foram as que apresentaram o terceiro melhor resultado. O segmento que mais evoluiu no semestre foi o de processamento de couros e peles (+14,8%), vindo a seguir o leite, com expansão de 5%. Mas as aves ficaram acima da média do setor, 3,4%.

De acordo, ainda, com o IBGE, entre os Produtos Industriais Utilizados pela Produção Animal o segmento de produtos veterinários teve comporta-mento oposto ao de rações e suple-mentos vitamínicos, pois este cresceu 11,2% e os veterinários apresentaram redução de 5,7%.

Abate de aves do 1º semestre aumentou 4,6%IBGE

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Produção Animal | Avicultura 13

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Produção Animal | Avicultura 13

DOU publica IN 17 sobre procedimentos sanitários

Assinada pelo Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da

Agricultura, Francisco Jardim, foi publicada na edição do dia 04 de agosto do Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 17, de 3 de agosto de 2010, que aprova procedimentos e requisitos zoossanitários para a importação de aves (e de seus ovos férteis) para fins ornamentais.

Na mesma edição foi publicada a Portaria nº 404, de 3 de agosto de 2010,

abrindo à consulta pública, pelo prazo de 30 dias, projeto de Instrução Normativa que altera a Seção VII do Capítulo I do Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilância Agropecuária Internacional. A alteração objetiva, entre outros, definir condições básicas para habilitação de portos, aeroportos e postos de fronteira como ponto de ingresso e egresso de, por exemplo, animais vivos importados e exportados.

Mesmo não envolvendo, especifica-mente, a avicultura comercial, as duas normas são de interesse direto do setor, pois, ainda que indiretamente, tratam da preservação do status sanitá-rio dos plantéis avícolas brasileiros. Acesse o texto da Instrução Normativa e da Portaria através do endereço www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=04/08/2010&jornal=1&pagina=3&totalArquivos=120.

Normas de interesse da avicultura são publicadasLegislação

Ações para recuperação de valores pagos ao tributo ganharam enorme impulso

Inconstitucionalidade do Funrural Polêmica

Muitos produtores estão entrando com ações para garantir o direito de

não recolherem o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Mas as limina-res para suspender o pagamento não estão

sendo concedidas, pelo menos enquanto a questão é discutida. O tributo incide sobre a receita bruta da comercialização da produção rural e foi considerado, no início do ano, inconstitucional pelo Supremo

Tribunal Federal (STF) em um processo específico. Cinco meses depois o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região contra-riou o STF e suspendeu a liminar. Mas, a disputa está longe de um fim.

Abate de aves do 1º semestre aumentou 4,6%

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14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Brazilian Chicken entra no ar

Marca internacional da exportação de frangos do Brasil, o site Brazilian Chicken (www.brazilianchicken.com.br)

entrou no ar. O portal, resultado da parceria entre a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), tem como objetivo fomentar novos negócios internacionais para o setor avícola.

O site é bilingue (português / inglês) – em breve, estará disponível também em outros idiomas, em especial, dos maio-res mercados importadores do frango brasileiro – e possui em seu conteúdo, informações sobre empresas exportadoras, víde-os institucionais, agenda de participação do setor avícola em feiras internacionais, além de dados sobre a produção mundial de frangos.

Pelo endereço eletrônico, o internauta tem acesso a dados sobre a produção avícola brasileira, com um mapeamento deta-lhado sobre empresas exportadoras, as características da pro-dução nacional e os conceitos de sustentabilidade utilizados pela cadeia produtiva.

Desenvolvimento do portal visa fomentar novos negócios internacionais

Site

Camex acatou denúncia do setor avícola e permite ação contra UE

O setor avícola brasileiro recebeu o aval da Câmara do Comércio

Exterior (Camex), no dia 17 de agos-to, para entrar com ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra medida da União Européia (UE) que discrimina as ex-

portações brasileiras de frango. As entidades do setor calculam prejuízo anual ao redor de US$ 450 milhões, conforme noticiado no Valor Econômico. Carlos Cozendei, diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, se pronunciou sobre o assunto. De acordo com o dirigente,

a Camex “acatou denúncia do setor avícola, de que a medida adotada pela UE está causando graves danos econômicos às exportações nacionais”.

O bloco restringiu a importação a três categorias: congelada, ultracon-gelada ou fresca. A regra atinge os produtos brasileiros que são descon-gelados para o processamento de pratos preparados. Se o frango é descongelado não é classificado em nenhuma das categorias permitidas. Com isso, a regra limitaria a carne de ave fresca apenas aos países da pró-pria Europa. “Para o governo brasilei-ro, há uma discriminação pelo fato de não poder ser descongelado lá”, explicou Cozendei. Ele não deu prazo para a entrada do processo na OMC, explicando agora o Ministério das Relações Exteriores começará a pre-parar a petição.

Governo autoriza painel na OMC Sinal verde

“Há uma discriminação pelo fato de o frango não poder ser descongelado

lá”

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Produção Animal | Avicultura 15

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A Secretária Executiva (SECEX), vinculada Ministério do

Desenvolvimento da Indústria e do Comércio (MDIC), apresentou os da-dos consolidados quanto à exportação de carne de frango in natura no pri-meiro semestre de 2010 e mostrou que Rússia e China integram o rol dos 10 principais importadores do produto brasileiro (pela primeira vez nos seis meses iniciais do ano, sem considerar industrializados e carne de frango salgada).

Exceto eventuais trocas de posição, os oito primeiros maiores importado-res da carne de frango do Brasil já figuravam entre os “10 mais” do pri-

meiro semestre do ano passado. Assim, Rússia e China surgem, respec-tivamente, na nona e décima posições.

A receita cambial proporcionada pela Rússia (cuja posição em 2009 os dados da SECEX/MDIC não possibili-tam identificar) mais do que dobrou no semestre, fazendo com que a parti-cipação russa nas exportações brasilei-ras de carne de frango in natura au-mentasse 72% - de 1,8% do total no primeiro semestre de 2009 para 3,1% no mesmo período deste ano.

Bem mais significativo, no entanto, foi o incremento observado em rela-ção à China, de quase oito mil por cento, o que fez com que a participa-

ção anterior, próxima de zero no ano passado, subisse para 3% nos seis primeiros meses de 2010. Mas essa expansão, de qualquer forma, precisa ser encarada na sua exata medida, pois corresponde, ao menos parcial-mente, a substituições de importações antes realizadas através de Hong Kong.

É talvez por isso que Hong Kong está entre os dois países (dos dez que lideram as importações do produto brasileiro) cuja receita cambial no período sofreu retração. O outro é a Venezuela, que gastou 14,4% menos e, com isso, recuou da quarta para a quinta posição entre os “10 mais”.

Pela primeira vez no ano, países aparecem na lista

China e Rússia estão entre os 10 maiores importadores

Frango brasileiro

Incremento observado em relação à China é de quase oito mil por cento

CARNE DE FRANGO10 principais importadores do produto in natura brasileiro

no primeiro semestre, segundo a receita cambialUS$ MILHÕES

PAÍS IMPORTADO E

POSIÇÃO*2009 2010 VAR.

PARTICIPAÇÃO

2009 2010

1 – Japão, (1) 326,346 421,207 29,1% 14,5% 15,8%

2 - Arábia Saudita, (2)

313,419 400,408 27,8% 13,9% 15,0%

3 - Hong Kong, (3)

283,117 277,931 -1,8% 12,6% 10,4%

4 - Emirados Árabes, (5)

141,218 177,600 25,8% 6,3% 6,7%

5 - Venezuela, (4)

163,547 140,009 -14,4% 7,3% 5,3%

6 - Kuwait, (6) 106,523 120,745 13,4% 4,7% 4,5%

7 - África do Sul, (9)

61,370 89,097 45,2% 2,7% 3,3%

8 - Iraque, (8) 87,891 85,179 -3,1% 3,9% 3,2%

9 - Rússia, (?) 39,957 83,230 108,3% 1,8% 3,1%

10 - China, (?) 0,977 78,639 7.952,2% 0,0% 3,0%

Sub-total 1.524,363 1.874,045 22,9% 67,7% 70,4%

Demais 726,782 789,104 8,6% 32,3% 29,6%

TOTAL 2.251,145 2.663,149 18,3% 100,0% 100,0%Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE

* Números entre parênteses indicam posição do importador no 1º semestre de 2009

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16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Frango exportado registra valorização de 8%

Nada, por enquanto, que se compare aos preços recebidos, por exemplo, entre

agosto e setembro de 2008, quando cada tonelada de carne de frango in natura expor-tada rendeu mais de US$2.000 por tonelada. Mas o setor está no bom caminho.

Ao alcançar, em julho, preço médio de US$1.676,52/t, o produto negociado inter-nacionalmente pelo Brasil registrou valoriza-ção de, praticamente, 8% sobre o mesmo mês do ano passado. Foi, também, o maior valor registrado desde novembro de 2008, situando-se nos mesmos patamares observa-dos entre abril e março de 2008, quando a crise econômica era prenunciada por poucos.

É sempre bom rememorar que os eleva-dos preços alcançados no quadrimestre ju-lho-outubro de 2008 (período em que a tonelada de carne de frango in natura foi remunerada por valor médio próximo de US$2.000) foram consequência de uma “bolha de demanda”. Assim, embora a ten-dência de recuperação de preços se mante-nha, talvez demore algum tempo até que aqueles valores sejam novamente atingidos.

Preço médio atinge níveis pré-criseNo caminho certo

Introdução do grão na dieta das aves é forma de fugir da dependência do milho

Os ovos e a carne de frangos alimen-tados com arroz têm recebido algu-

ma atenção no Japão e se revelam um bom negócio na cozinha e também uma forma de aumentar a auto-suficiência japonesa na produção de alimentos. Alguns restaurantes estão servindo com sucesso a “omelete de arroz”. Como a gema dos ovos de aves alimentadas prin-cipalmente com arroz é pálida, os clientes costumam perguntar por que a omelete é “branca”.

A iniciativa começou há dois anos atrás, com um produtor da província de Ibaraki (região próxima a Tóquio), que resolveu alimentar as aves de sua granja de poedeiras com arroz, quando os preços

do milho no mercado internacional subi-ram. Apesar do custo dos produtos deri-vados de frangos alimentados com arroz ser maior para o consumidor final, produ-tores locais estão apostando na criação de marcas para identificar estes alimentos.

O Japão está no topo da lista dos maiores consumidores de ovos e, apesar de 96% desses ovos serem produzidos internamente, 90% do milho usado na alimentação de aves é importado. Seiji Nobuoka, professor da Universidade de Tókio, acredita que os japoneses devem entender a importância da introdução do arroz na alimentação das aves, que é uma forma de fugir da dependência de alimen-tos importados.

Arroz na alimentação das poedeiras Lá no Japão

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Produção Animal | Avicultura 17

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Volume enviado para Rússia caiu mais de 60%

Embarques retrocedem no volume e na receitaExportação dos EUA

Recentemente, o AviSite mostrou que embora as exportações norte-

-americanas de patas de frango te-nham recuado 30% (quadrimestre janeiro-abril de 2010), a eventual perda daí decorrente foi totalmente neutrali-zada e superada com a valorização do produto, cujo preço médio dobrou em relação ao mesmo período de 2009 . Isso, entretanto, não se repetiu com as demais exportações de carne de frango (inteiro e cortes). Porque a queda de praticamente 10% no volume exporta-do (neste caso, período janeiro-maio) foi acompanhada de uma redução de 9% na receita cambial.

Notar, a propósito, que o volume exportado para o Leste asiático recuou 6,7% enquanto, opostamente, a recei-ta cambial aumentou 6,2%. É onde entram as patas de frango, importadas essencialmente por China e Hong Kong.

O mesmo, porém, não se aplica ao bloco de 12 países integrantes da ex--União Soviética (11 deles integrando, hoje, a Comunidade de Estados Independentes – CEI), no qual o princi-

pal importador é a Rússia. Em função desta, principalmente, as exportações para o bloco recuaram 64,2% e fize-ram com que a receita cambial recuas-se quase 70%, o que indica redução também no preço médio dos produtos exportados.

A ressaltar, entre os mercados que ampliaram suas importações, o cresci-mento de mais de 88% na receita cambial e de quase 85% no volume da América do Sul. Ou seja: os EUA estão ampliando a participação entre os vizinhos brasileiros.

EUAValor e volume das exportações de carne de

frango no período janeiro-maio de 2010

MERCADO DE DESTINO

VALOR VOLUME

US$ MI VAR. ANUAL T VAR. ANUAL

América do Norte

441,4 8,7% 302,2 12,7%

Leste asiático 290,5 6,2% 243,2 -6,7%

Caribe 135,0 -7,4% 136,2 0,1%

Ex-URSS (12 países)

102,0 -69,8% 118,3 -64,2%

Oriente Médio 99,2 -23,4% 116,5 -20,3%

África Subsaariana

87,0 64,7% 97,5 39,6%

Sudeste asiático 71,3 34,1% 70,4 36,6%

União Europeia 68,5 -0,1% 86,9 16,0%

América Central 36,7 9,9% 38,4 11,0%

Sul da Ásia 24,9 58,5% 27,3 64,5%

América do Sul 24,5 88,8% 28,5 83,9%

Oceania 20,8 12,4% 16,6 12,5%

Demais mercados

12,6 89,4% 2,7 -60,6%

TOTAL 1.414,4 -9,0% 1.284,7 -9,9%Fonte: USDA – Elaboração e análises: AVISITE

Países da América do Sul ampliaram

compras do frango

norte-americano

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Notícias

18 Produção Animal | Avicultura

Suspensão das exportações fez setor perder mais de US$60 milhões

O mundo todo comemora o res-tabelecimento das relações

entre Colômbia e Venezuela. Mas, com certeza, quem mais torce para que elas evoluam de vez e os en-tendimentos de ordem comercial sejam totalmente equacionados são os avicultores colombianos. Explicando: há mais de um ano o governo da Venezuela está em débito com a Colômbia. É que em julho do ano passado, tão logo o então Ministro da Defesa e atual Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, garantiu acesso militar dos EUA às bases colombia-nas, o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, simplesmente conge-lou o comércio entre os dois países. Desde então os exportadores co-

lombianos estão com um crédito pendente de US$800 milhões.

A avicultura está entre os credores. E segundo Jorge Enrique Bedoya, Presidente da Federação Nacional dos Avicultores da Colômbia (FENAVI), todo o setor espera que o comér-cio entre os dois países seja retomado o mais rápido possível, pois a suspensão das exportações para a Venezuela fez o setor per-der mais de US$60 milhões, o que forçou a atividade a buscar outros mercados bem mais distantes, no continente asiático.

Torcida pela retomada nas negociações com Venezuela

Avicultores colombianos

Produto é usado em pratos requintados no leste asiático

Países como Brasil e EUA, que têm na China seu maior importador de patas

de frango, enfrentam doravante um novo (e futuramente forte) concorrente: a Índia

De acordo com o jornal diário Times of India, o produto – que na China é utilizado em pratos requintados, mas também na chamada “comida de rua” (e que na Índia é apenas um subproduto do frango) – vem sendo exportado aos milhares de toneladas para a China e seu território especial, Hong Kong. Com a vantagem de depender de bem menos frete que as patas de frango vindas do Brasil ou dos Estados Unidos.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a China (incluso Hong Kong) importou em 2008 perto de 650 mil toneladas de patas de frango, a metade

fornecida pelos EUA, 19% pelo Brasil e os restantes 31% por uma série de outros países não especificados.

Mesmo estando entre os últimos, a Índia deve ter exportado pequena quanti-dade de patas de frango para a China. Mas essa é uma participação que tende a crescer, porque há grandes investimentos na avicultura indiana, inclusive de empre-sas avícolas multinacionais interessadas em obter uma fatia desse vasto mercado de um bilhão de consumidores potenciais.

Isso vai exigir, claro, uma mudança nos hábitos de consumo dos indianos, que ainda preferem o frango doméstico ao industrial. Mas um hábito, certamente, não será alterado: o de passar a consumir patas de frango. O país vizinho se encar-regará de absorver o subproduto.

China tem mais um fornecedor de patas de frango: a Índia

Menos frete

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Produção Animal | Avicultura 19

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Marketing na marca Seara elevou despesas comerciais Lucro do Marfrig cai 68,5% no 2º trimestreBalanço

O Marfrig reportou lucro de R$ 127,4 milhões no segundo trimes-

tre de 2010, 68,5% abaixo do ganho apurado em igual período de 2009 (R$ 405 milhões). No entanto, a compa-nhia lembra que o desempenho do segundo trimestre de 2009 foi influen-ciado por ganhos de R$ 502,6 milhões decorrentes do impacto da variação cambial sobre o resultado financeiro. O lucro líquido de abril a junho deste ano ficou mais de três vezes acima do saldo dos três meses antece-dentes, de R$ 41,7 milhões.

No campo operacional, os resultados foram puxados pelo crescimento de vendas na divisão de bovinos, alia-do à entrada das operações da Seara, que teve a aquisição concluí-da em janeiro. De abril a junho, a receita líquida do Marfrig somou R$ 3,558 bilhões, superando em 10,4% os R$ 3,222 bilhões dos três meses ante-cedentes e em 48% as vendas de um ano antes, que foram de R$ 2,404 bilhões.

Na compara-ção do segundo trimestre com o mes-mo período de 2009, o resultado ope-racional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impos-tos, depreciação e amortização) subiu 56,1%, chegando a R$ 286,3 milhões (margem de 8%). A cifra, contudo, ficou 29,7% abaixo dos R$ 406,9

milhões registrados no primeiro trimestre.

De acordo com a companhia, a margem foi pressionada pelo aumento das despesas comerciais, principalmen-te em decorrência do investimento em marketing nas marcas Seara, Paty, Moy Park e Pemmican. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Seara lança 120 produtosPara otimizar os investimentos da

companhia na reativação e internacio-nalização da marca, o Marfrig está promovendo a convergência de seus produtos sob o nome Seara.

No mais recente passo dessa es-tratégia, o grupo lançou cortes de

carne bovina com essa bandeira, que originalmente só trabalhava com carnes de aves e suínos.

“O Marfrig tem tradição em tra-balhar marcas no mercado de carne bovina, com Bassi e Montana”, avalia o consultor Osler Desouzart, especia-lista no mercado de proteínas animais.

Com a integração de várias plata-formas sob uma mesma marca, os pesados investimen-tos no nome ficam diluídos.

A Seara é patro-cinadora oficial do Santos Futebol Clube, da seleção brasileira de futebol e da Copa do Mundo de Futebol desde antes da última edição do evento, na África do Sul, até a Copa no Brasil, em 2014.

No caminho da ampliação da linha de produtos, a Seara também está lançando pratos prontos, como pizzas, sanduíches e massas, na busca pelos nichos de maior valor agregado.

A companhia aplicou R$ 46 mi-lhões em marketing no segundo trimes-tre deste ano, mas a metade desse valor é de investi-

mentos não-recorrentes.Essas despesas dobraram para R$

458 milhões, ante o mesmo período de 2009, enquanto a receita cresceu pouco menos de 50% na mesma comparação.

As informações foram lançadas pelo jornal Brasil Econômico.

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Empresas

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20 Produção Animal | Avicultura

Empresas

Após bons resultados, multinacional prevê retomada das exportações

após anúncio do balanço positivo no terceiro trimestre fiscal de

2009/2010, o presidente da Tyson Foods, Donnie Smith, acredita que o aumento das exportações da carne de frango vai impulsionar os negócios da multinacional em 2011. Para isso, se-gundo o dirigente, a empresa pretende focar na retomada das exportações dos EUA para a Rússia: “Nos anos anterio-res, o mercado russo absorvia cerca de 5% do total da produção de frango americana. Estamos esperançosos que todas as questões sejam resolvidas e assim, possamos voltar a comercializar com eles”, afirma.

Essas declarações foram feitas durante reunião com investidores, onde a empresa reportou lucro líquido de US$ 248 milhões no primeiro tri-mestre (encerrado no dia 03 de julho), nos Estados Unidos. Os números equi-valem a aumento de 89% no fatura-mento em relação ao mesmo período do ano passado.

Expansão na Grande Porto Alegre

A Tyson anunciou que, como parte de seu plano de expansão de vendas vai ampliar sua atuação no mercado gaúcho, onde anunciou sua chegada em 2009. O objetivo é que os consumi-dores da Grande Porto Alegre encon-trem com mais facilidade os produtos

da Macedo, já que o número de pon-tos de venda com a marca à disposição chegará a 500.

A expansão na capital apoiará um mercado já consolidado na Serra Gaúcha, para o qual a Tyson passará a oferecer uma variedade maior de pro-dutos. “O mercado gaúcho é grande consumidor de perna de frango, tanto o corte inteiro – coxa e sobrecoxa – quanto da sobrecoxa, além de coxas e sobrecoxas desossadas. Também nota-mos o aumento do consumo das coxi-nhas das asas”, explica Raphael Martins, diretor Comercial da Tyson do Brasil.

Centro de distribuição no RJPara focar o atendimento ao varejo

do Rio de Janeiro, a Tyson do Brasil inaugurou, em julho, um centro de distribuição em São João do Meriti (RJ).

Segundo a empresa, a estratégia co-mercial é o primeiro passo para o início da expansão de vendas da marca Macedo no Sudeste.

“O Rio de Janeiro é um ponto estratégico. Após avançarmos nos mercados da região Sul, o centro de distribuição no Rio de Janeiro nos permitirá explorar novas regiões e segmentos de mercado”, analisa Raphael Martins. Segundo o executivo, além da otimização e busca de maior eficiência nas três unidades da empresa – São José (SC), Itaiópolis (SC) e Campo Mourão (PR) –, o foco da Tyson passa a ser a ampliação nos mercado regional e nacional.

O centro de distribuição no Rio de Janeiro é o quinto da empresa no Brasil e trabalhará com todos os itens comer-cializados pela Tyson – cerca de 60. A gestão será feita pela própria Tyson.

Tyson Foods tem balanço positivo 3° trimestre fiscal

Resultado positivo é reflexo do aumento geral nos preços de venda

Maior produtora de carne bovi-na do mundo, a JBS, infor-

mou, dia 14 de agosto, lucro de 3,7 milhões de reais no segundo tri-mestre de 2010. O resultado ficou abaixo da estimativa média de ana-listas, ouvidos pela agência de notí-cias Reuters, que previram lucro de

180 milhões de reais para o perío-do. “A demanda por capital de giro, bem como o impacto da vola-tilidade cambial durante o trimes-tre, foram as principais causas des-se recuo do nosso lucro”, disse a empresa em notícia veiculada na Gazeta do Povo.

Na comparação anual, a receita operacional líquida da JBS cresceu 52,5 por cento, para 14,1 bilhões de reais. Segundo a empresa, o aumento refletiu o aumento geral nos preços de venda, condições de mercado favoráveis e crescimento na base de clientes.

JBS expande receita, mas lucro despenca No 2º trimestre

PONTOS DE VENDAS Locais com produtos Macedo devem chegar a 50 em Porto Alegre, RS

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21 Produção Animal | Avicultura

Embarques de ovo em crescimentoAlta sobre mesmo mês de 2009 é de 12%

Julho

Após fechar o 1º semestre de 2010 com queda de 7% na comparação com o

mesmo período do ano passado, as exporta-ções brasileiras de ovos atingiram no mês de julho 60,331 mil caixas de 30 dúzias, um crescimento de 12,0% sobre o mesmo mês de 2009. Os números foram divulgados pela Jox Assessoria Agropecuária e levantados

junto à SECEX/MDIC. No acumulado dos últimos 12 meses, o volume exportado teve aumento de 0,1% em relação a igual perío-do anterior. No ano (em sete meses), os embarques do produto alcançaram 829.152 caixas de 30 dúzias, queda de 6,04% na comparação com o acumulado entre os me-ses de janeiro e julho de 2009.

Caderno PosturaAs principais notícias do setor produtor de ovos O “mix” dos EUA na exportação de ovos ..........................22Notícias Curtas ......................................21 Ovos Brasilparticipa de eventos ..............................26

OVOSEvolução das Exportações do Produto In Casca nos últimos 24 meses

MILHARES DE CAIXAS DE 30 DÚZIAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Agosto 66.882 92.734 38,65%

Setembro 86.018 120.301 39,86%

Outubro 168.081 153.790 -8,50%

Novembro 133.542 176.329 32,04%

Dezembro 211.045 177.080 -16,09%

Janeiro 203.240 166.969 -17,85%

Fevereiro 177.936 135.088 -24,08%

Março 186.135 209.875 12,75%

Abril 135.333 99.692 -26,34%

Maio 76.824 84.444 9,92%

Junho 49.219 72.753 47,81%

Julho 53.844 60.331 12,00%

Em 7 meses 882.531 829.152 -6,04%

Em 12 meses 1.548.099 1.549.386 0,08%

Fonte: JOX – Elaboração e análises: AVISITE

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Caderno Postura

22 Produção Animal | Avicultura

O “mix” dos EUA na exportação de ovos

Exportação de ovoprodutos em 2009 (mil toneladas)

Dados servem de dica para o tipo de produto adquirido

USDA

Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram o

“mix” de ovos e ovoprodutos exportados pela avicultura norte-americana e representam im-portante dica para aqueles que, procurando exportar o produto, querem saber o que busca o mercado internacional.

Assim, as exportações de ovos in casca realizadas em 2009 ficaram próximas dos 2,5 milhões de caixas, aumentando quase 30% em relação a 2008.

Já na exportação de ovoprodutos, os destaques são a gema e a clara líquida e o ovo inteiro em pó. Juntos representaram mais de 55% das exportações de industrializados.

7,205 1,932 9,195 5,153 9,423

Produção brasileira aumentou 3,5%Volume soma 600,7 milhões de dúzias

IBGE/ 1º trimestre

A vitalidade observada no início de 2009 – quando a produ-ção do primeiro trimestre aumentou 3,6%, segundo da-

dos divulgados na ocasião – permaneceu intacta no início de 2010. Pois, conforme a pesquisa trimestral de produção pecuá-ria do IBGE, o volume de ovos de galinha produzidos no Brasil no primeiro trimestre deste ano somou 600,7 milhões de dú-zias, ultrapassando em outros 3,5% o volume registrado um ano atrás.

De certa forma, a mesma vitalidade é observada na compa-ração com o trimestre imediatamente anterior, o quarto de 2009. Pois enquanto há um ano se registrava recuo de mais de 1% em comparação ao quarto trimestre de 2008, desta vez detectou-se manutenção dos níveis anteriores de produção, com variação positiva da ordem de 0,1%.

É bom lembrar que o levantamento do IBGE abrange todos os tipos de ovos de galinha – para o consumo humano e os férteis.

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23 Produção Animal | Avicultura

O “mix” dos EUA na exportação de ovos

Exportação de ovoprodutos em 2009 (mil toneladas)

Volume soma 600,7 milhões de dúzias

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24 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

PSA discute sustentabilidade da produção de ovosCientistas revisam literatura acadêmica relacionada ao assunto

Encontro nos EUA

Ontem, na Europa; hoje, nos EUA; amanhã não se sabe onde... A realidade é que, mais

por imitação, paulatinamente o mundo vai proi-bindo o uso das gaiolas convencionais na produ-ção de ovos, propondo em seu lugar as baterias de gaiolas equipadas/enriquecidas (caso da União Européia) ou, simplesmente, a criação “livre, leve e solta” (caso da Califórnia, que tende a ser se-guido por Michigan e outros estados). Mas – per-gunta-se – existe uma base técnico-científica para comprovar que o bem-estar preconizado para as poedeiras está sendo alcançado? Ou se está apenas “vestindo um santo e desvestindo ou-tro”? Principalmente: discutidos e definidos até aleatoriamente, os novos métodos de produção garantem a sustentabilidade da produção de ovos? Ou o setor corre o risco de entrar em colapso?

Todos esses e outros assuntos relacionados à produção de ovos estiveram em discussão na primeira quinzena de julho em Denver (Colorado, EUA), no encontro anual da Associação [Norte--Americana] de Ciência Avícola, entidade conhe-cida (e respeitada) mundialmente através de sua sigla em inglês, PSA.

Para o evento de Denver, a PSA inseriu em um de seus “Simpósios sobre Questões Emergentes”, o tema “Sustentabilidade Social da Produção de Ovos”, dentro dele apresentando uma extensa revisão da literatura acadêmica relacionada ao assunto. Conforme a entidade organizadora, um grupo de aproximadamente 40 cientistas, econo-mistas, filósofos, cientistas sociais e outros espe-

cialistas participou da revisão, que abrange temas como bem-estar da poedeira, sistemas de cria-ção, questões ambientais, economia da produ-ção, saúde e segurança do trabalhador, seguran-ça alimentar e, entre outros, valores, atitudes e percepções da opinião pública em relação à pro-dução de ovos.

Para acessar o sumário dos trabalhos sobre sustentabilidade na produção de ovos apresenta-dos no encontro anual da PSA: www.adsa.asas.org/meetings/2010/abstracts/0831.pdf.

Resumo de um dos pontos levantados pelos cientistas participantes do Simpósio:“A mudança do sistema convencional de produção de ovos para as gaiolas enriquecidas ou para a

criação ao ar livre podem afetar a segurança ou a qualidade dos ovos. A segurança dos ovos pode ser microbiologicamente alterada através da contaminação por Salmonela Enteritidis ou outros patógenos, ou quimicamente devido à contaminação por dioxinas, pesticidas ou metais pesados. Já a qualidade pode ser afetada através de alterações na integridade da casca, gema, ou albúmen. A idade do lote, a linhagem e os programas de vacinação também interagem para afetar a segurança do ovo e devem ser levados em consideração. É prudente compreender estes diferentes efeitos antes de qualquer mudança em larga escala dos sistemas convencionais para os alternativos”.

Novos métodos de produção garantem a sustentabilidade da produção de ovos?

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25 Produção Animal | Avicultura

Recall de ovos contaminados nos EUA atinge a marca do 1,5 bilhãoFDA diz que ração avícola está ligada à contaminação

Salmonela I

A descoberta de bactéria salmonela em ovos produzidos na granja Wright

County Egg, em Iowa, nos Estados Uni-dos, provocou um dos maiores recalls da história do país. Segundo autoridades da indústria de aves, mais de 1,5 bilhão de ovos haviam sido recolhidos de circulação até o final de agosto para análise e trata-mento. Oficiais da Food and Drug Admi-nistration (FDA), órgão fiscalizador norte--americano de alimentos e medicamentos, afirmaram que a ração avícola pode ter sido um dos fatores de contaminação por

salmonela que desencadeou o recall.Os investigadores do órgão afirmam

que a ração encontrada na granja de Iowa, apresentou resultado positivo para salmonela. A revelação foi feita durante uma coletiva de imprensa, que contou com a presença do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A salmonela também foi encontrada no chão, nos dejetos e nos ingredientes usados na ração da granja de Iowa. Mais informações e detalhes sobre este assunto estarão dispo-níveis na próxima edição desta Revista.

Agentes insuspeitos podem atuar na disseminaçãoCarrinhos das salas de ovos são “caldo” para bactérias

Salmonela II

Trabalho conjunto desenvolvido por pesquisadores britânicos e norte-

-americanos e envolvendo granjas de criação de frango de corte de três dife-rentes estados dos EUA constatou uma associação direta entre os índices de iluminação artificial dos galpões e a maior ou menor incidência de salmonelas.

Os ovos também fizeram parte do estudo e estão sujeitos a contaminações por agentes insuspeitos. Por exemplo, pelos carrinhos utilizados nas salas de ovos para transportar o produto de um lado para outro.

À primeira vista esses equipamentos não têm nada a ver com a contaminação do meio ambiente por salmonelas por-que, sendo metálicos, praticamente não retêm organismos estranhos e são de fácil e rápida desinfecção. Mas técnicos do Serviço de Pesquisa Agrícola do

Departamento de Agricultura dos EUA, em um trabalho amplo e aprofundado, constataram que os estrados e pratelei-ras desses carrinhos – feitos, normal-mente, de madeira compensada – são um verdadeiro “caldo” para diversas bactérias, ou seja, não só salmonela, mas também Escherichia, Enterobacter, Klebsiella e Pseudomonas.

Conhecer quais bactérias estão presentes e aonde elas estão localizados em uma linha de produção de ovos são peças importantes no desenvolvimento de estratégia para reduzir os níveis de contaminação. Os resultados desde estudo serão aproveitados por microbio-logistas que trabalham com a indústria de processamento de ovos.

Para conhecer alguns detalhes desse trabalho, publicado no Journal of Food Protection: www.ars.usda.gov/is/pr/2009/091218.htm

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26 Produção Animal | Avicultura

Crédito das fotos: Tetsuo Miyakubo

Instituto Ovos Brasil segue participando de eventosObjetivo é sempre o mesmo: divulgar as qualidades do produto

“Alimento funcional”

No primeiro semestre deste ano, a Ovos Brasil, entidade sem fins lucrativos que

promove o ovo como alimento saudável, natural, de alto valor nutricional e seguro para consumo, marcou presença em diversos eventos das áreas médicas e de nutrição. Apostando na fórmula da aproximação com estes profissionais, a con-sultora da Ovos Brasil e nutricionista Lúcia En-driukaite, tem participado da programação técnico-científica destes eventos. Com o tema “Ovo, um alimento funcional”, o objetivo das palestras é demonstrar que o produto possui

nutrientes importantes para a manutenção da saúde e que pode ser consumido sem medo. “Esses profissionais, em especial o nutricionista, estão diretamente ligados à orientação alimen-tar da população e, por isso, têm papel essencial

na divulgação dos benefícios especiais do ovo, bem como no esclarecimento de mitos que se criaram a partir de informações controversas e largamente difundidas no passado”, salienta o Diretor Executivo do Instituto Ovos Brasil, José Roberto Bottura.

Em alguns casos, o instituto também partici-pa com estandes e oferece degustação de ali-mentos preparados a partir do ovo. Este ano, Lúcia Endriukaite passou por Brasília, DF, Joinvile, SC, Serra, ES, Santos, SP e esteve diversas vezes na capital São Paulo participando de congressos e aulas. Gabriel de Carvalho, farmacêutico bio-químico e introdutor da nutrição funcional no Brasil, também participou das palestras. Entre os maiores e mais importantes eventos que conta-ram com a presença da Ovos Brasil estão o Con-bran (XXI Congresso Brasileiro de Nutrição – 26 a 29 de maio, Joinvile), Ganepão 2010 (IV Con-gresso Brasileiro de Nutrição e Câncer – 16 a 19 de junho, São Paulo) e a GranExpoES (10 e 15 de agosto, Serra).

No Conbran, o estande do instituto recebeu visitas e promoveu a distribuição de boletins e folders informativos. Foram utilizados cerca de 750 ovos para preparar ovos mexidos, ofereci-dos a todos que passaram pelo espaço.

Consultores da Ovos Brasil se aproximam de

nutricionistas em palestras

BOTTURA Também na capital federal, apresenta o Boletim do Ovo

LÚCIA ENDRIUKAITE Em Brasília no Projeto Sexta Básica

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27 Produção Animal | Avicultura

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28 Produção Animal | Avicultura

POF 2008-2009

Pesquisa do IBGE revela hábitos das famílias brasileiras

Em uma família que gasta R$420,00 com a alimentação, R$15,12 e

R$3,36 são destinados para a compra de frangos e de

ovos, respectivamente

Como anda o consumo doméstico de ovos e frangos

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Produção Animal | Avicultura 29

Pesquisa do IBGE revela hábitos das famílias brasileiras

Do total de gastos que os bra-sileiros têm com alimenta-

ção nos domicílios, 18,7% estão voltados para as compras de car-nes (bovina, suína, de frango e outras), pescados e ovos. A maior parcela desses 18,7% (ou 21,9% do total) é gasta com a carne bovina de primeira. A seguir e não muito distante vem o frango, com 19,3%. Como a diferença de preços entre as duas carnes sem-pre foi significativa, só se pode concluir que o consumo da carne de frango é bem maior que o de carne bovina de primeira.

Os dados são da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), que visitou quase 60 mil domicílios no período de maio de 2008 a maio de 2009 com o objetivo de captar todos os hábitos de consu-mo observados ao longo do ano no Brasil (leia mais no box na página seguinte).

Os números divulgados pelo IBGE permitem diversas análises que interessam diretamente ao setor avícola brasileiro.

Sobre o consumo de ovos, por exemplo, entre os oito produtos de origem animal listados, o produto aparece na penúltima posição, com apenas 4,3% do total de gastos do orçamento familiar. Perde somente para os gastos com carne suína – 3,7% do total avaliado.

Supondo-se gastos mensais de R$420,00 com a alimentação (esse foi, aproximadamente, o valor médio nacional detectado pelo IBGE na POF 2008-2009), os gastos familiares mensais com carnes, pescados e ovos, exclusi-vamente (isto é, sem levar em conta o que foi consumido fora do domicílio), somaram R$78,54, destinando-se desse valor R$15,12 e R$3,36 para a compra de frangos e de ovos, respectiva-mente.

Como anda o consumo doméstico de ovos e frangos

Como é feita a Pesquisa de Orçamento

Familiar

A Pesquisa de Orçamento Familiar 2009-2009 foi realizada nas áreas

urbana e rural em todo o território brasileiro.

É a quinta pesquisa realizada pelo IBGE sobre orçamentos familiares. As pesquisas anteriores foram o Estudo Nacional de Despesa Familiar (Endef), de 1974/1975, a POF 1987/1988, a POF 1995/1996 e a POF 2002/2003.

A duração da coleta – um ano – é a maior entre todas as pesquisas do IBGE, com o objetivo de captar todos os hábitos de consumo observados ao longo do ano no Brasil. O tempo de coleta das informações – nove dias em cada casa – também é o maior do Instituto. Após selecionar por amos-tragem os domicílios que serão visita-dos, o IBGE envia uma carta de apre-sentação e um folheto explicativo informando aos moradores sobre a pesquisa. A entrevista é feita, geral-mente, durante quatro visitas, em dias distintos, com duração de aproxima-damente 1h.

O maior número de domicílios vi-sitados situou-se em Minas Gerais (5.982), seguido por Espírito Santo (4.385), São Paulo (4.137) e Bahia (3.465).

Além de apurar o peso e estatura de cada integrante do domicílio, a ren-da dos moradores, as despesas coleti-vas da família (água, luz, telefone) e individuais, a edição 2008/2009 da POF investigou a ingestão de alimen-tos dentro e fora do domicílio, o con-sumo de produtos orgânicos, light e diet, e a utilização de serviços e produ-tos que visam o desenvolvimento sus-tentável, como por exemplo, a separa-ção e coleta seletiva de lixo e o uso de energia elétrica proveniente de fontes alternativas.

Mais informações: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/con-dicaodevida/pof/2008_2009.

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30 Produção Animal | Avicultura

POF 2008-2009

Participação no orçamento familiarA Pesquisa de Orçamento Familiar mostra

também que, em um grupo de 13 alimentos, mais da metade perdeu participação no orça-mento alimentar domiciliar. Entre eles, aves e ovos que, na POF de 2002/2003, representa-vam 7,1% das despesas com alimentação nos domicílios e na POF mais recente (2008/2009) tiveram a participação reduzida para 6,9%.

De toda forma, o recuo registrado, de 2,82%, foi bem menos agudo que o observado, por exemplo, com farinhas e massas (-19,30%) ou com cereais e grãos (-23,08%).

Eventualmente, a queda de participação de aves e ovos apontada pela POF pode significar, também, queda de consumo. Caso, específico, dos ovos que, de acordo com o relatório anual da UBABEF para 2009, enfrentaram redução de 5,5% no consumo per capita (de 127 para 120 unidades/ano entre 2003 e 2009).

Porém, esse raciocínio não se aplica ao frango, cujo consumo per capita (dados, tam-bém, da UBABEF) aumentou mais de 5% no período enfocado (de 35,6 para 37,4 kg per capita). Aparentemente, no entanto, essa “con-quista” foi obtida à custa de preços reais de-crescentes.

Mas independente da realidade dessas

observações deve servir de alerta o fato de o grupo de alimentos representados por carnes, vísceras e pescados não só ter seguido caminho inverso ao de aves e ovos, mas também ter aumentado sua participação em, praticamente, 20%. Agora, eles absorvem mais de um quinto de todo o orçamento alimentar dos brasileiros.

Quanto o brasileiro gasta com o frango

A análise dos valores mensais que os brasi-leiros despendem com frango para consumo domiciliar tem, sem dúvida, inúmeros ângulos a serem avaliados. Mostra, por exemplo, que o gasto na compra do frango caminha bem mais lentamente que os gastos com alimentação. Assim, enquanto a classe de rendimento “7” tem gastos com alimentação 255% maiores que os da classe de rendimento “1” (o tamanho médio das famílias é similar - de 3,3 pessoas - segundo o IBGE), seus gastos com frango são apenas 72% superiores.

Por sinal, esse adicional de 72% sugere, a princípio, maior consumo de frango pela classe de rendimento maior. Mas isso não é necessa-riamente verdadeiro: o dispêndio mais elevado pode estar relacionado, apenas, à aquisição de cortes de frango com maior valor agregado.

POFDistribuição das despesas com alimentação no

domicílio segundo os grupos de alimentosMÉDIA MENSAL - % DO GASTO TOTAL COM ALIMENTAÇÃO

2002/ 2003 2008/ 2009 VARIAÇÃO %

Cereais, leguminosas e oleaginosas

10,4 8,0 -23,08%

Farinhas, féculas e massas

5,7 4,6 -19,30%

Açúcares e derivados 5,9 4,6 -22,03%

Legumes e verduras 3,0 3,3 10,00%

Frutas 4,2 4,6 9,52%

Carnes, vísceras e pescados

18,3 21,9 19,67%

AVES E OVOS 7,1 6,9 -2,82%

Leite e derivados 11,9 11,5 -3,36%

Panificados 10,9 10,4 -4,59%

Óleos e gorduras 3,4 2,3 -32,35%

Bebidas e infusões 8,5 9,7 14,12%

Alimentos preparados 2,3 2,9 26,09%

Outros Alimentos 8,3 9,4 13,25%

TOTAL 100 100 -

Fonte dos dados básicos: IBGE - Elaboração e análises: AVISITE

Alguns alimentos perderam participação no orçamento alimentar domiciliar, entre eles aves e ovos

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POFDespesas com alimentação no domicílio e,

especificamente, com a aquisição de frango e ovos de galinhaMÉDIA MENSAL FAMILIAR, EM R$

CLASSE DE RENDIMENTO

DESPESA COM ALIMENTAÇÃO (A)

DESPESA COM FRANGO (B) DESPESA COM OVOS (B)

R$/MÊS % DE (A) R$/MÊS % DE (A)

1 171,43 12,72 7,42% 2,84 1,66%

2 221,03 14,69 6,65% 3,27 1,48%

3 279,83 16,43 5,87% 3,68 1,32%

4 351,80 18,02 5,12% 3,80 1,08%

5 417,16 17,78 4,26% 3,97 0,95%

6 486,86 17,97 3,69% 3,98 0,82%

7 608,05 21,85 3,59% 5,10 0,84%

Total 290,39 15,95 5,49% 3,54 1,22%

Fonte dos dados básicos: IBGE - Elaboração e análises: AVISITE

CLASSES DE RENDIMENTO (média mensal familiar): 1 – Até R$830,00, inclusive sem rendimento;

2 – Mais de R$830,00 a R$1.245,00; 3 – Mais de R$1.245,00 a R$2.490,00; 4 – Mais de R$2.490,00 a R$4.150,00;5 – Mais de R$4.150,00 a R$6.225,00; 6 – Mais de R$6.225,00 a R$10.375,00;

7 – Mais de R$10.375,00.

Gasto na compra do frango caminha bem mais lentamente que os gastos com alimentação em geral

Quanto o brasileiro gasta com o ovoÉ provável que, se dependesse exclusivamente

do consumo familiar, a produção de ovos no Brasil, uma atividade sempre desafiante, estaria enfren-tando dificuldades bem maiores. Pois, como suge-rem os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009, a família brasileira adquire para o con-sumo doméstico não mais que uma a duas dúzias de ovos mensalmente.

Chega-se a essa conclusão a partir da informa-ção de que o gasto familiar mensal com a aquisição de ovos para o consumo doméstico é de R$3,54. Como no período da pesquisa (realizada entre maio de 2008 e maio de 2009) o preço do ovo ao consumidor girou entre R$2,70 e R$3,20/dúzia (dados do Procon-SP para o varejo paulistano)

parece estar claro que as compras máximas não chegaram às duas dúzias.

É verdade que, conforme sobe a classe de rendi-mento (quadro acima), aumenta o dispêndio com ovos. Mas, mesmo a diferença de 80% entre o gasto da classe “1” e o da “7” não significa, necessaria-mente, aquisição de maior volume do produto. Porque o dispêndio adicional pode estar relaciona-do à classificação, à embalagem ou, mesmo, ao tipo do ovo (branco, vermelho, orgânico, caipira, etc.).

Aceito que as compras variam entre uma e duas dúzias e levando em conta, ainda, que a família média detectada pela POF 2008-2009 do IBGE tem 3,3 pessoas, tem-se um consumo per capita domici-liar que deve girar entre 45 e 90 ovos in natura anualmente.

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32 Produção Animal | Avicultura

POF 2008-2009

Participação da alimentação fora de casa

A POF 2008/09 revelou que as famílias estão gastando bem mais com alimentação fora de casa do que gastavam em 2002/03. O percentual das despesas deste tipo, no total das despesas das fa-mílias, cresceu de 24,1% para 31,1%, nesse perío-do, ou seja, já representa quase um terço dos gas-tos com alimentos.

A análise regional aponta que o maior percen-tual com alimentação fora do domicílio ocorreu na Região Sudeste (37,2%), enquanto os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (21,4%) e Nordeste (23,5%).

Em valores, a despesa média mensal familiar

com alimentação foi de R$ 421,72, sendo R$ R$ 290,39 gastos com alimentação no domicílio e R$ 131,33, na alimentação fora do domicílio. Nas famílias com rendimentos mais altos (acima de R$ 10.375,00), a proporção da despesa com alimenta-ção fora do domicílio (49,3%) é praticamente igual à despesa com alimentação no domicílio (50,7%).

Frangos e ovos também participam do mon-tante de alimentos “food service”. Porém, a parce-la de consumo de alimentos no domicílio é muito significativa. Avaliar como caminham o frango e o ovo em relação aos outros alimentos é funda-mental para determinar as perspectivas de avanço da cadeia avícola brasileira.

Lembrando que a carne de frango e o ovo estão entre as proteínas mais financeiramente acessíveis para os brasileiros, vale destacar mais alguns dados da POF 2008/2009: _ Mais de um terço dos brasileiros declara

que não come o suficiente “às vezes” ou “nor-malmente”. No total, 35,5% das pessoas se classi-ficam nessa situação de fome._ A situação mais grave (os que “normal-

mente” não comem o suficiente) afeta 9,2% dos brasileiros. Os que “às vezes” passam fome so-

mam 26,3%. Os que “sempre” comem o suficien-te são 64,5%._ Entre a última pesquisa, de 2002/2003 e

a apresentada agora, houve redução entre os que disseram ter fome “às vezes” ou “normalmente”. Em 2002/03, eram 46,7% da população, caindo agora para 35,5%._ No Norte e Nordeste do país, a situação é

pior: cerca de 50% das famílias se referiram a insuficiência na quantidade de alimentos consu-midos.

Os produtos avícolas na alimentação dos brasileiros

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33 Produção Animal | Avicultura

Caderno AmbiênciaAs principais notícias do setor

Empresas e equipamentos ...............34UE se posiciona sobre bem-estar ................................37A perda de calor das aves ................38

GlobalG.A.P atualiza normas para transporte de animais Padrão aplica-se a todos os operadores e veículos certificados

Regulamentação

O comitê do setor de pecuária da GlobalG.A.P (Good Agricultural Practices ) desenvolveu

um conjunto de normas que regulamenta o trans-porte de animais pertencentes ao Sistema Integra-do de Garantia da Produção, idealizado pela orga-nização. O padrão V1.0 aplica-se a todos os operadores e veículos certificados pela GlobalG.A.P para o transporte de gado, ovelha suínos e aves por uma distância superior a 65km. A primeira versão segue em consulta pública até meados de setembro. (Acesse o material através do endereço www.globalgap.org/publiccom-ments/, em inglês).

Criado em 1997, por iniciativas de varejistas europeus, o GlobalG.A.P é um protocolo de certi-ficação com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade dos alimentos consumidos na União Européia. As normas são baseadas nas Boas Práti-cas Agrícolas e nos conceitos de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e também estabelecem requisitos para garantir a conservação ambiental, o bem-estar animal e a responsabilida-de social com relação às pessoas que estão envol-vidas na produção dos alimentos. Assim, a GlobalG.A.P é uma marca destinada ao uso de empresa para empresa e é uma das principais exigências para os produtores que desejam comer-cializar produtos para o bloco europeu. No Brasil, algumas empresas habilitadas realizam auditorias para conceder a certificação e algumas também oferecem treinamento específico para a aplicação dos conceitos do protocolo.

O conjunto de normas define os padrões para o trans-porte de animais em itens como a infra--estrutura do veículo (caminhão, navio, contêiner, balsa ou outros), a logística da operação e o planeja-mento de viagem, baseado na distância e no tempo. Uma delas, por exemplo, atesta a importância de pro-porcionar conforto térmico, quantidade de água e de ar adequada para os animais. Outra norma afirma que, para garantir a sanidade, o meio de transporte necessita ser feito por um material que facilite a limpeza e a desinfecção.

Outras cláusulas propõem regulamentação sobre manejo, planejamento de viagens, separação dos animais e outras medidas adicionais que devem ser tomadas no caso de jornadas mais longas. Nesse quesito, para a avicultura, é determinado que haja alimentação e água disponível para as aves, no caso da viagem para o abate durar mais do que doze horas. Outro tópico específico para a área avícola é a densidade do alojamento. A área destinada para cada ave pode variar dependendo do peso e tama-nho e também da condição física, das condições meteorológicas e do tempo de viagem.

NO TRANSPORTE Aves devem ter garantia de conforto térmico

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34 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência

Principais soluções para um ambiente controladoCritérios técnicos devem ser base da escolha

Empresas e Equipamentos

O conceito do termo ambiência já é velho conhecido da avicultura. E também já se

sabe como controlar e manter o ambiente interno estável e dentro da zona de conforto da ave. Mas... quais equipamentos usar? Como lembra a empresa GSI, observa-se cada vez mais a entrada de novos investidores no setor e de novos sistemas de criação de aves. No sistema de frangos de corte, há não muito tempo eram conhecidos somente dois siste-mas: o convencional com emprego da ventila-ção positiva e o túnel com ventilação negativa. Hoje, há também os sistemas Dark House e Blue House, ligados à ambiência da cor. Esta teoria consiste no efeito causado pela intensi-

dade da luz em conjunto com a cor do aviário na resposta produtiva da ave, onde em diver-sos estudos realizados verificou-se sempre um aumento de produtividade com melhores índi-ces de conversão alimentar, aumento da densi-dade de aves por m², ganho de peso diário e redução principalmente nos índices de derma-toses dentro do lote e no período de alojamento.

Abaixo, seguem algumas opções de equi-pamentos. Vale lembrar que o modelo ideal dos sistemas apresentados variam de acordo com o clima regional de onde está instalado o galpão e que toda decisão deve estar ampara-da em critérios técnicos.

CASP

A Casp destaca os seguintes equipamentos que buscam garantir a ambiência em aviários:

Exaustor BF 50 Casp by Munters Controladores

Mais informações: www.casp.com.br

• Forma construtiva projetada para maximizar performance• Estrutura em aço galvanizado• Bocal venturi monobloco• Balanceamento estático e dinâmico das hélices• Veneziana removível de PVC especial• Motores trifásicos e monofásicos (50/60 Hz)• Cone de descarga galvanizado• Esticador de correia padrão automobilístico• Polia da hélice em alumínio injetado e rola-mento especial blindado • Grade de proteção galvanizada com pintura epóxi

• Proteção contra travamento da CPU (watchdog timer)• Ventilação mínima inteligente• 2 grupos de refrigeração inteiramente programáveis• Acionamento de aquecimento • Sistema inteligente de alarmes• Desarme de cortinas• Acionamento da refrigeração por tempo ou umidade• Temperatura, umidade mínima e umidade máxi-ma e umidade desejada• Histórico inteligente de dados: armazena o histórico da temperatura mínima e máxima

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35 Produção Animal | Avicultura

Full Gauge Mais informações: www.fullgauge.com.br

A Full Gauge Controls destaca na área de ambiência o instrumento Humitech Super, que controla simultanea-mente até oito grupos de ventiladores, além da ventila-ção mínima. Possui comando para dois estágios de nebulização e um para cooling, apresentando também frio/calor automático e duas saídas para alarme (tem-peratura e umidade fora da faixa e falta de tensão/desarme de cortinas). O Humitech Super possui memória interna na qual permanentemente são registrados, em intervalos de tempo configurados pelo usuário, os valores de tempe-ratura, umidade, alarmes, estado das saídas, entre outros dados. Além disso, apresenta porta USB que possibilita descarregar os dados gravados da memória interna diretamente em um dispositivo de armazena-mento portátil como, por exemplo, um pen drive. O instrumento também possui conexão com o Sitrad, software de gerenciamento também desenvolvido pela Full Gauge Controls. Através deste software, é possível monitorar e alterar as configurações do Humitech Super através da internet em qualquer lugar do mun-do, bem como gerar relatórios gráficos e de texto.O Humitech Super apresenta o modo de arraste auto-mático dos parâmetros de controle, bastando ajustar a temperatura desejada para que todos os estágios se reconfigurem automaticamente (setpoints relativos). Permite fazer a programação das temperaturas e dura-ção (em dias) independentes para cada fase do lote. Opcionalmente, este instrumento faz a leitura da tem-peratura de dois pontos distintos do aviário, realizando o controle base-ado na tempera-tura média dos dois sensores.

Humitech Super

GSI Mais informações: www.gsibrasil.com.br.

A linha de equipamentos para ambiência interna de aviários da GSI inclui:

- Inlet de Teto equipamento com quatro saídas de ar, mais eficiente em termos de uniformi-dade do ambiente e manutenção da qualidade do ar;- Exaustores de 50” modelo com persiana e sistema Butterlfy, projetado para movimentar um elevado volume de ar, aliado ao baixo consumo de energia;- Nebulizadores de alta e média pressão aliados a um adequado sistema de ventilação, são uma opção para reduzir a temperatura interna do ambiente;- Sistema de Resfriamento Evapo-rativo Cooling para o controle da temperatura interna, atua retirando calor do ar externo, promovendo o ingresso de um ar mais úmido e de temperatura ideal para o animal;- Ventiladores 36” também com acionamento direto entre motor e hélice, proporciona um grande volume de ar movimento;- Light trap ou bloqueadores de luz desenvolvido para ser utili-zado em galpões “Dark House”;- Cortinas nas cores amarelo, azul, branca, preta-prata e preta--preta, fabricadas em trama de polietileno revestida com filme de polietileno e proteção UV.

Sistema de resfriamento evaporativo

Light trap

A Lubing lembra que, “por sermos um país tropical, enfrentamos um desafio extra para na ambiência”.Com os galpões “dark house” e os “mega-galpões”, a pesquisa para se reduzir a temperatura interna dos aviários passou a ser um grande dilema de todos os dias. A empresa acredita que a grande dificuldade é balance-ar a equação custo X benefício, onde há o investimento em equipamentos versus a redução da temperatura, através do resfriamento evaporativo, aliando a ventila-ção forçada, que oxigena o ambiente, além de oferecer a sensação térmica pelo ar em movimento. Para a ventilação forçada, atualmente é comprovada a grande vantagem dos exaustores (pressão negativa) sobre os ventiladores de circulação (pressão positiva).No resfriamento evaporativo, entre as tecnologias existentes, os mais conhecidos são os painéis evaporati-vos, placas de celulose, tijolos ou glóbulos de argila

expandida (vermiculita) e também os nebulizadores e climatizadores. Entre os climatizadores, existem os de alta pressão, que operam entre 400 a 600 libras (PSI) e a categoria de altíssima pressão, cuja pressão alcança 1.000 libras (PSI).Os de altíssima pressão mantém uma relação custo X benefício muito atrativa, por oferecer resultados efeti-vos no resfriamento evaporativo, com cama seca, me-nor perda de cama, patas das aves preservadas, possibi-litando até mesmo a redução da velocidade do vento. O sistema de climatização da Lubing opera com bicos metálicos e bomba de alta pressão (1.000 libras), redu-zindo com eficácia a temperatura ambiente e a poeira, além de umidificar o ambiente. Com resfriamento rápido, não molha a cama, reduzindo o estresse das aves ao promover maior conforto térmico. Também disponível a versão 600 libras.

Lubing Mais informações: www.lubing.com.br

Sistema Climatizador Top-Clima Plus

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36 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência

PlassonMais informações: www.plasson.com.br

A Plasson afirma que vem nos últimos anos focan-do o desenvolvimento de produtos na linha de ambiência, trazendo para o mercado brasileiro as melhores tecnologias utilizadas nos mercados mundiais.

Nos últimos dois anos a questão da ventilação mínima ou renovação do ar vem sendo bastante discutida e novos conceitos em equipamentos para este fim estão sendo desenvolvidos. A Plasson está trabalhando e em fase final de teste com o sistema de Inlets (janelas de ventilação), que permite que o ar frio entre no galpão e se misture com o ar quente que existe dentro do aviário, renovando o ar, sem causar redução na sensação térmica da ave. O sistema de Inlets Plasson funciona

através de um mecanismo de acionamento via moto-redutor que garante a abertura uniforme de todos os Inlets e consequentemente promove

maior uniformidade do ar ao longo de todo o aviário. A abertura dos Inlets é determinada pela pressão gerada no aviário pelo acionamento dos exausto-res via programação no controlador ou ainda é ajustada percentualmente conforme os exaustores são ligados. Outro item que a Plasson vem traba-lhando é o controlador de ambiente. Destaca-se nesta linha o controlador AC2000, desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro e que pro-move uma ventilação mais efetiva no aviário, desde os primeiros dias até o

final do lote. Seu sistema de ventilação por níveis permite que a variação da ventilação, conforme acionamento dos exaustores, seja menos sentida pelas aves, proporcionando maior bem-estar e

consequentemente melhores resulta-dos. Tem também saída para um siste-ma de pesagem de ração e de aves, controle da iluminação no próprio controlador, saída para variador de velocidade e para hidrômetro eletrôni-co, comunicação com PC (via cabo, internet ou rede telefônica), entre ou-tras vantagens.Sem perder tempo, no início deste ano, a Plasson disponibilizou para o mercado um novo Dimmer, que permite controlar a intensidade da luz em lâmpadas fluorescentes, e também um novo

desarme de cortina com exclusivo sistema que evita que o granjeiro esqueça a catraca do sistema de cortina travada.

Detalhe externo do Inlet

Detalhe Interno

Modelo do painel do AC2000

Valco Mais informações: www.valco.ind.br

O sistema Polair Pad Cool de resfriamento evaporativo é uma nova tecnologia em painéis evaporativos da Valco. O sistema possui exclusiva base estruturada moldada junto com a calha numa peça única de PVC, que faz com que as placas fiquem acima dos furos de drenagem, permitindo 100% do escoamento do excesso de água sem desper-dício para fora do sistema. O Polair Pad Cool foi desenhado com conectores e perfis especiais para rápida instalação e mínima manutenção. Outras características e benefícios do siste-ma Polair Pad Cool:

União das calhas com engate rápido, que facilita a montagem e permite grande flexibilidade em instalações de diversos comprimentos.

O fechamento da parte superior é pro-duzido em perfil de alumínio extrudado de fácil acesso. Seu desenho foi desenvolvido para distribuir a água uniformemente sobre todo o painel evaporativo.

O tanque é hermético e possui bomba submersa com filtro e bóia, mantendo a água limpa e livre de partículas indesejadas. Sendo localizado abaixo do nível do solo, evita os longos e grandes depósitos de água na base das placas.

Painel evaporativo

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37 Produção Animal | Avicultura

UE se posiciona sobre bem-estar de frangos e suas reprodutorasConclusões servirão de base para proposta de normatização

EFSA

Instalado no ano passado, o painel sobre saúde e bem-estar animal da

Autoridade Européia de Segurança Ali-mentar (EFSA, na sigla em inglês) publi-cou em julho suas conclusões, de caráter científico, sobre a influência da seleção genética no bem-estar de frangos, acres-centando a seu parecer opiniões acerca das influências do alojamento e do mane-jo no bem-estar de reprodutoras pesadas.

Para os especialistas reunidos em torno do painel da EFSA, o problema que mais afeta o bem-estar dos frangos co-merciais está relacionado, principalmente, ao rápido crescimento das linhagens atuais, fator resultante da seleção genéti-ca. Mas ao interagirem com fatores am-bientais (por exemplo, os relacionados à forma de alojamento ou ao manejo) os problemas observados podem se agravar.

As conclusões do painel da EFSA servirão de subsídio à Comissão Européia (braço executivo da União Européia) na elaboração de uma proposta de normati-zação a ser submetida ao Parlamento e ao Conselho Europeu.

Abaixo, um resumo e o link para acessar, em inglês, a íntegra dos parece-res divulgados e outras informações da EFSA:

Parecer científico sobre a influên-cia dos parâmetros genéticos no bem-estar e na resistência ao estresse de frangos comerciais. www.efsa.europa.eu/en/scdocs/doc/1666.pdf

Resumo: Há uma falta de dados científicos sólidos sobre bem-estar na Europa e também de indicadores de resultados, que deveriam ser publicados independentemente e disponibilizados ao público. As preocupações principais en-volvendo o bem-estar, que têm uma base genética e podem interagir com fatores de manejo e levar a um mal-estar, in-cluem desordens esqueléticas, dermatites, ascite e síndrome da morte súbita. A maioria destes problemas está associada às taxas de crescimento rápido. Existem

também diversas interações entre o am-biente e as características genéticas que podem seriamente afetar o bem-estar, como programa de luz, manejo da cama, deficiências alimentares, qualidade do ar e temperatura.

Parecer científico sobre aspectos de bem-estar relacionados ao manejo de avós e matrizes cria-das e mantidas com fins reprodutivos; www.efsa.europa.eu/en/scdocs/doc/1667.pdf

Resumo: Neste caso, faltam dados quantitativos sobre os diferentes tipos de manejo utilizados na Europa. No processo de avaliação de risco, os cinco principais, de acordo com os scores atribuídos, foram alta densidade de alojamento, taxa de crescimento rápido, restrição alimentar e baixa intensidade luminosa. Estes itens variaram ligeiramente de acordo com o período da postura, com o sexo, e a velocidade de crescimento das aves. Recomenda-se que as aves que requerem menos restrição alimentar devem ser selecionadas como futuros reprodutores, mesmo que isso possa implicar uma menor pressão na seleção de altas taxas de crescimento.

Posicionamento das partes inte-ressadas e dos atendentes à con-sulta pública sobre aspectos de saúde e bem-estar na seleção genética de frangos;http://www.efsa.europa.eu/en/scdocs/doc/1670.pdf

Representantes da indústria avícola, companhias de genética, grupos de pesquisa e outros trocaram conhecimen-tos de aspectos científicos e técnicos relativos ao bem-estar de frangos. Estes participantes concordam que a criação de frangos é uma indústria dinâmica e ressal-taram a importância de acessar dados recentes. Concluiu-se que a falta de um sistema harmonizado para recolhimento de dados pode dificultar a avaliação.

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38 Produção Animal | Avicultura

Caderno AmbiênciaCaderno Ambiência

O grande problema da produção ani-mal, de maneira geral, em tempos de mudanças climáticas, é exatamente a

adaptação das estruturas de produção, como as instalações, e também a adaptação dos ani-mais, que são mais ou menos tolerantes ao ca-lor em função do melhoramento genético e de suas linhagens, respectivamente.

O que se deve observar é que a maioria das informações existentes na literatura interna-cional é relacionada a aves que nem sempre possuem as mesmas características e expressão genotípicas daquelas que estamos produzindo hoje no campo. Esse desencontro é impactado pela velocidade do desenvolvimento tecnoló-gico e pelo tempo em que a tecnologia leva pa-ra atingir o produtor ou granjeiro do outro la-do da cadeia produtiva.

As aves são animais homeotermos, ou seja, mantêm sua temperatura corporal relativa-mente constante (aproximadamente 41ºC), mas possuem como característica a ausência de glândulas sudoríparas, o que dificulta as trocas de calor com o ambiente. Por isso, con-seguem trocar calor com o ambiente por qua-tro meios: convecção, condução, radiação e respiração, a fim de manter sua temperatura corporal em equilíbrio, como demonstrado na figura 1.

A necessidade térmica e a resistência ao ca-lor das aves variam de acordo com a semana de criação, conforme a tabela 1. As aves são mais tolerantes ao calor nas duas primeiras se-manas de vida, e essa resistência diminui no decorrer das semanas, o que demonstra que frangos de corte são mais resistentes ao frio do que ao calor. Isso ocorre também pelo fato de o material genético adotado pelas grandes em-presas brasileiras ser de origem estrangeira, de países em sua maioria com clima temperado, o que faz com que a tolerância ao calor não seja uma característica explorada nos programas de melhoramento genético.

As perdas por condução, convecção e ra-diação são chamadas de trocas sensíveis, uma vez que para ocorrerem elas dependem de um diferencial de temperatura entre a superfície corporal das aves e a temperatura ambiente. Conseqüentemente, quanto maior for essa di-ferença, mais eficientes serão essas trocas. Sen-do assim, para aumentar as trocas de calor com o ambiente, as aves se agacham, mantém as asas afastadas do corpo, a fim de aumentar

Autores Sheila Tavares Nascimento, Zootecnista – Mestranda, Física do Ambiente Agrícola e Pesquisadora NUPEA/ESALQ/USPIran José Oliveira da Silva, Prof. Dr. - Departamento de En-genharia de Biossistemas, Coordenador e Pesquisador NUPEA/ESALQ/USP

A perda de calor das aves: Entendendo as trocas com o meio

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39 Produção Animal | Avicultura

O Nupea (Núcleo de Pesquisa em

Ambiência), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), há 20 anos trabalha com ensino e pesquisa realizan-do investigações em ambi-ência com animais de pro-dução. Durante esse tempo, tem formado pro-fissionais em nível de mes-trado, doutorado e pós--doutorado, que atuam em diferentes seguimentos do mercado avícola, seja na pesquisa, docência ou no setor privado. As pesquisas em avicultura envolvem desde a avaliação térmica de materiais utilizados nos galpões, até o uso de tec-nologias e ferramentas avançadas em análise ex-ploratória de informações. As principais linhas de atuação são bem-estar animal, zootecnia de preci-são, ambiência pré-portei-ra e pós-porteira. Atualmente, a equipe de pesquisadores do Nupea atua junto a empresas avícolas na elaboração de diagnósticos térmicos e acompanhamento dos ciclos de produção para avaliação bioclimática, assistidos por laudos técni-cos. Maiores informações: www.nupea.esalq.usp.br ou [email protected].

Figura 1.Mecanismos de perda e ganho de calor das aves

Fonte: Adaptado de Fuquay, 1997

ao máximo a área de superfície corporal, e também aumentam o fluxo de calor para as regiões periféricas do corpo que não possuem cobertura de penas (crista, barbela e pés) (Macari & Furlan, 2001).

Por isso, é fundamental ressaltarmos a importância de se utilizar uma adequa-da densidade de alojamento de acordo com as condições construtivas e ambien-tais de cada região, já que em galpões abertos e sem ambiente controlado, as aves têm dificuldade em expressar estes comportamentos que auxiliam na ma-nutenção de sua temperatura corporal. Existem diversas recomendações de den-sidade de alojamento de aves, variando de local para local, devido principalmen-

te às condições de manejo e do ambiente de criação, mas poucos são os trabalhos realizados sobre a influência da densida-de de alojamento sobre os parâmetros termorregulatórios das aves.

Em condições de elevadas tempera-turas, as aves, portanto, vão atrás de lu-gares mais frescos dentro dos aviários, cavando buracos na cama para permitir um aumento das trocas por condução. Ao adotarmos uma densidade de aloja-mento elevada em galpões sem controle do ambiente, estaremos dificultando que as aves realizem as trocas por condu-ção e convecção, já que não conseguirão achar um local mais agradável e nem abrir as asas, a fim de aumentar a super-

Adaptação das aves e das estruturas de produção às mudanças climáticas é o grande problema da produção animal nos dias de hoje

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Caderno Ambiência

fície de contato, agravando ainda mais a situa-ção de estresse.

Portanto, as perdas por meios sensíveis são mais eficientes quanto maior for a diferença de temperatura entre as temperaturas do ar e da su-perfície do animal. Vale ressaltar que geralmen-te a temperatura superficial corpórea das aves encontra-se abaixo da temperatura ambiente. Mas as aves têm uma melhor capacidade res-ponsiva ao frio, pois utilizamos maciçamente material genético de países de clima temperado. As penas também influem nas perdas de calor, sendo um bom isolante para o frio, e não tão efi-cientes em condições de estresse por calor.

Pode-se verificar pela figura 2 que, para frangos de corte aos 42 dias, em condição de conforto, as trocas sensíveis e latentes são si-milares, mas, à medida que a temperatura au-menta, as trocas latentes são cada vez maiores, demonstrando a tentativa das aves em manter a homeotermia através da ofegação (evapora-ção respiratória).

Para os animais em geral, em um ambiente tropical, o mecanismo físico de termólise mais eficaz é o evaporativo, por não depender do di-ferencial de temperatura entre o organismo e o ar. Como nesses ambientes a temperatura do ar tende a ser próxima ou eventualmente su-

Tabela 1. Necessidade térmica de acordo com a semana de criação

Idade

Temperatura °C Umidade Relativa

Ótima CríticaÓtima Crítica

Máxima Mínima máxima mínima

1ª semana 35 33 42 30

60 <40 e >80

2ª semana 33 30 40 25

3ª semana 30 27 38 23

4ª semana 27 24 37 20

5ª semana 25 21 36 17

6ª semana 24 21 35 15Fonte: Macari & Furlan, 2001

Associação da ventilação com a nebulização proporciona diminuição da temperatura corporal das aves

Imag

em: C

asp

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41 Produção Animal | Avicultura

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42 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência

Figura 2.Trocas sensíveis e latentes de calor em frangos com 42 dias de idade.

Fonte: Nascimento et al., 2009.

Imag

em: G

SI

AMBIENTE CONTROLADO Sem efeitos negativos sobre o desempenho produtivo das aves

perior à corporal, os mecanismos de condução e de convecção tornam-se ineficazes. Mas as trocas através da respiração ofegante é bastan-te onerosa metabolicamente, pois grande quantidade de energia tem de ser utilizada pa-ra que as aves se mantenham em equilíbrio.

Quando as aves são expostas a altas tempe-raturas, observa-se imediatamente um aumen-to do consumo de água, enquanto a redução no consumo de alimentos leva algumas horas

para iniciar-se após a temperatura ambiente atingir níveis acima de sua temperatura de ter-moneutralidade. A sobrevivência das aves em ambientes termicamente estressantes depende em grande parte do consumo de grandes volu-mes de água, o que aumenta o período de so-brevivência.

Nesse caso, devemos ressaltar a importân-cia da localização das caixas d’águas nas gran-jas, onde, não muito raro, temos situações on-de estas são diretamente expostas à radiação solar, sem nenhum tipo de proteção. Em altas temperaturas, a água chegará aos bebedouros com uma elevada temperatura, o que fará com que ela perca grande parte de sua função refri-gerante no processo de perda de calor evapora-tivo respiratório.

Um dos efeitos do estresse térmico que acarreta em perdas substanciais é a redução do consumo de ração, pois as aves tentam dimi-nuir a produção de calor interno devido ao consumo de energia da ração. Tanto a digestão quanto a absorção dos nutrientes geram ener-gia, que liberado na forma de calor é o chama-do ‘incremento calórico’. Já as baixas tempera-turas podem melhorar o ganho de peso, mas à custa de elevada conversão alimentar.

As aves passam a utilizar a gordura corpo-ral como fonte de energia, pois esta produz um

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Referências BibliográficasFUQUAY, J.W. Heat Stress as it Affects Animal Production. Journal of Animal Science, 1981. 52:164-174.NASCIMENTO, S. T.; SILVA, I. J. O. ; RODRIGUES, V. C.; NUNES, M. L. A. Estudos preliminares de tole-

rância ao estresse térmico de duas linhagens comerciais de frangos de corte na sexta semana de produção. In: XVIII Congresso de Zootecnia, II Congresso Ibero-Americano de Zootecnia, 2009, Vila Real, Portugal. Livro de Comunicações, p. 474-477.

MACARI, M., FURLAN, R. L. Ambiência na produção de aves em clima tropical. In: SILVA, I. J. da (Ed.) Ambiência na produção de aves em clima tropical. Piracicaba: FUNEP, 2001. p. 31-87.

WELKER, J.S., ROSA, A.P., MOURA, D.J., MACHADO, L.P., CATELAN, F., UTTPATEL, R. Temperatura corporal de frangos de corte em diferentes sistemas de climatização. Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, n.8, p.1463-1467, 2008.

menor incremento calórico do que o metabolis-mo de proteínas e carboidratos da ração. Com a redução no consumo de ração e a conseqüente queda na ingestão de nutrientes, a produtivida-de do lote é diretamente afetada.

Nesse sentido, a condição ambiental deve ser manejada, na medida do possível, para evitar os efeitos negativos sobre o desempe-nho produtivo das aves, uma vez que podem afetar o metabolismo (produção de calor cor-poral em temperaturas baixas e dissipação de calor corporal em altas temperaturas), com conseqüente efeito sobre a produção de carne e a incidência de doenças metabólicas, como a ascite. Para isso, existem alguns sistemas de resfriamento adiabático evaporativo (SRAE) que auxiliam na manutenção do equilíbrio

da temperatura corporal das aves, através da ventilação, ventilação + nebulização, sistema de ventilação tipo túnel e sistema de resfria-mento por pad systems.

Welker et al. (2008), analisando diferen-tes sistemas de resfriamento em galpões com orientação Norte-Sul e Leste-Oeste, verificou que a associação da ventilação com a nebuli-zação proporcionou uma menor temperatu-ra corporal das aves em ambas as orienta-ções, indicando que a orientação Norte-Sul também pode ser adotada se um correto ma-nejo de climatização for efetuado.

Quando a temperatura estiver em níveis próximos a 21ºC, as aves perdem até 75% de calor por meios sensíveis: radiação, condu-ção e convecção. Porém, quando a tempera-tura ambiental aproxima-se da temperatura corporal das aves, em média, 41ªC, seu meio principal de perda de calor passa a ser a libe-ração de calor latente, por meio da respira-

ção ofegante. Portanto, o melhor é propor-cionar uma maximização das perdas sensíveis, evitando assim gastos energéticos pela ofegação.

Perdas de calor por meios sensíveis são mais eficientes quanto maior for a diferença entre as temperaturas do ar e

da superfície da ave Este artigo também está

disponível na íntegra em

avisite.com.br/cet

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AviGuia: produtos, serviços e empresas

No ano em que completa 65 anos de existência, a Agroceres

– companhia tradicional do agrone-gócio brasileiro – dá um salto ex-pressivo em seu negócio de nutrição animal ao anunciar um acordo defi-nitivo, pelo qual irá adquirir uma das mais conceituadas empresas do setor: a Multimix.

Com a aquisição a Agroceres aumenta substancialmente sua competitividade e passa a ser uma das três maiores empresas atuantes no mercado brasileiro, no setor premix, núcleos, suplementos e especialidades para nutrição animal, dispondo de produtos para todas as espécies de animais de produção e de companhia.

O negócio nutrição animal da Agroceres surgiu na década de 80, em decorrência da busca de conhe-cimentos específicos para nutrir os suínos da moderna genética que a empresa introduzia no Brasil. Já a Multimix foi fundada em 1986 (mes-mo ano em que a Agroceres iniciou a comercialização de premix e nú-cleos), tendo entre os seus fundado-res o Prof. Lamas, um dos mais renomados técnicos da avicultura brasileira em todos os tempos.

Por motivos semelhantes – o conhecimento específico de seus gestores – enquanto a Agroceres cresceu mais rapidamente na nutri-ção de suínos, o maior destaque de participação de mercado da Multimix se deu na nutrição de aves. Entretanto, nos últimos anos, tanto

a Agroceres quanto a Multimix cresceram de forma consistente e expandiram suas atuações na nutri-ção de outras espécies, especial-mente em bovinos de corte e leite. Marcelo Ribeiral, Vice Presidente da Agroceres e principal negociador pela empresa Multimix, comenta: “além de se complementarem na atuação em nutrição de diferentes espécies, identificamos muita siner-gia entre a Agroceres e a Multimix quanto a forma que elas atuam, sempre priorizando a inovação

tecnológica e o comprometimento com o negócio do cliente, através de produtos e serviços diferenciados.”

Fernando Pereira, presidente do Grupo Agroceres afirma: “A aquisi-ção da Multimix reforça o compro-misso da Agroceres de oferecer os melhores produtos e serviços ao agronegócio brasileiro. Estaremos posicionados como um dos líderes no negócio de suplementos para nutrição de aves de corte e de pos-tura, além de reforçar a liderança que já temos no mercado de suple-mentos para suínos. Também am-pliamos nossa capacitação e partici-pação no mercado de nutrição de bovinos de corte e leite e o nosso objetivo é crescer de forma acelera-da nestes setores”.

Carlos Alberto Soave, Diretor de Operações e sócio da Multimix co-menta: “Tenho certeza de que a

Agroceres se expande com Multimix Aquisição

FERNANDO PEREIRA Aquisição reforça

compromisso de oferecer melhores produtos

Dirigentes das empresas estão otimistas com negociação

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Produção Animal | Avicultura 45

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

empresa resultante desta união dará continuidade a nossa missão de ser a melhor empresa de nutrição ani-mal do Brasil. A Agroceres acredita nos mesmos valores que sempre cultuamos internamente e no trato com nossos clientes e isto facilitará muito a integração e a atuação conjunta das duas empresas. Eu e meus colegas continuaremos dando nossa contribuição para que tudo transcorra da forma mais produtiva possível nesta nova etapa, agora potencializada pelas capacitações somadas dos dois negócios”.

“Estamos convictos de que combinando a paixão pelo que fazemos, tecnologia e criatividade,

Agroceres e Multimix, juntas, leva-rão ao campo inovação contínua em produtos e serviços de alta qualida-de, abrindo maiores perspectivas de crescimento para nossa gente. A marca Multimix será utilizada em caráter definitivo, pois passará a ser a marca que identifica a Agroceres no negócio de Nutrição Animal”, comenta Maurício Nacif, Diretor Superintendente da Agroceres Nutrição Animal.

Sobre a Agroceres Dona de uma das marcas mais

lembradas do agronegócio brasilei-ro, a Agroceres além de atuar no segmento de nutrição animal possui

outras quatro unidades de negócio: a Agroceres PIC, empresa líder no mercado de genética de suínos e com 33 anos de existência; a Atta-Kill, também líder no mercado de iscas formicidas com a marca Mirex-S; a Inaceres, líder no merca-do de palmitos cultivados, detento-ra das marcas Gini, Golden, Palma D’oro e Aquarela; e a Biomatrix, especializada em sementes de milho e sorgo híbridos. Além disto, licen-cia a marca Agroceres para a Monsanto usar no mercado de sementes.

Mais informações sobre a a empresa em www.agroceres.com.br.

Meta

Dentre estratégias, está lançamento de programa para avicultura de postura

Segundo o Diretor da Novartis Saúde Animal no Brasil, Gustavo

Tesolin, o mercado nacional superou a França e hoje ocupa o terceiro lugar nos lucros da empresa. A multinacio-nal planeja expansão das operações no país para os próximos três anos. E a meta é audaciosa: depois de subir dois degraus em 2009 e ocupar a sétima colocação no ranking nacional de saúde animal, a Novartis pretende destacar-se entre as cinco maiores empresas com atuação no país.

A companhia não revela valores sobre os investimentos que serão realizados, mas o crescimento acon-tecerá com base em novos produtos e em possíveis aquisições de empre-sas, de acordo com Tesolin. “O Brasil deu passos importantes na área regulatória nos últimos dez anos. O governo ficou mais exigente e as regras de atuação ficaram mais cla-ras”, conclui. As informações foram

divulgadas no jornal Valor Econômico.

Dessa forma, mantendo o foco nessas estratégias e no crescimento do mercado da avicultura de postura, a empresa está lançando o programa “MAIS CONTROLE, MAIS POSTURA” cujo objetivo é promover um

aumento da postura e uma melhoria da qualidade dos ovos produzidos. O programa – destinado para aves de postura comercial e às matrizes de corte –prevê a associação, de forma sistemática, do Denagard™10 (um antibiótico) ao Protexin™ Concentrate (um aditivo probiótico). Segundo Borchardt Neto, Gerente de produtos da linha de aves e suínos, o programa foi criado com base nos resultados obtidos em vários traba-lhos científicos realizados em todo o mundo e na ampla experiência da Novartis no uso do Denagard™ para este fim.

Dentro do “pacote” do programa “MAIS CONTROLE, MAIS POSTURA” é disponibilizado ao produtor um software para computador para facili-tar o cálculo do ROI – retorno sobre o investimento. Saiba mais sobre os produtos que a Novartis oferece para o setor pelo site www.novartis.com.br.

Novartis planeja avanços no mercado brasileiro

BORCHARDT NETOPrograma foi criado com base em vários trabalhos científicos

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46 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Expansão

Empresa investe nas regiões Nordeste e Sul para suprir demanda

Investindo em suas operações no Nordeste e no Sul, a Poli-Nutri

anuncia dois novos empreendimen-tos: a inauguração de uma fábrica em Treze Tílias, SC, avaliada em R$ 15 milhões, e a ampliação das insta-lações do centro fabril localizado em Eusébio, CE. A nova indústria, cujo início das atividades está pre-visto para dezembro desse ano, objetiva suprir a demanda por pro-dutos especializados em nutrição animal, crescente na região e no mercado brasileiro – que passa por um período de consolidação, se-gundo José Leandro Bruzeguez, Diretor da empresa. “Atualmente, o mercado no Brasil passa por grande concentração. Uma empresa nacio-nal como esta tem de crescer para não ser engolida”, afirma, ressaltan-do o fato de que nos últimos dois anos propostas de aquisição recebi-das pela Poli-Nutri se intensificaram.

Com a ampliação, a indústria em Fortaleza, CE, vai aumentar a

capacidade de armazenamento e atender com qualidade os clientes do Norte e Nordeste. As novas instalações terão aproximadamente 7.000 m2 de área construída. A unidade de Eusébio gera, atualmen-te, 160 empregos diretos e vai pro-duzir núcleos, premixes e rações.

Em março deste ano, a compa-nhia investiu na instalação do centro de distri-buição em Lajedo, PE, com a finalidade de ampliar o abaste-cimento do mer-cado regional, em especial dos esta-dos de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia. Em maio, a empresa inau-gurou em Maringá, PR, o

laboratório de análises químicas, microbiológicas e físicas, voltado para elevar o padrão de qualidade de seus produtos, bem como para atender os clientes que buscam os melhores resultados de produtivida-de.

Fábrica de Maringá obtém certificação

A exemplo do centro fabril em Osasco, SP, a unidade da Poli-Nutri, localizada em Maringá, PR, recebeu no mês de agosto a certificação referente à Instrução Normativa de nº 65/06, que rege a licença para a utilização de medicamentos, conce-dida pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). A IN 65 também certifica que a empresa atende a todos os procedi-mentos exigidos, desde instalações adequadas, segurança, origem e qualidade de suas matérias-primas. Segundo a direção da empresa, a próxima unidade a se submeter à auditoria de certificação programa-da é a de Eusébio, no Ceará. Conheça as unidades de fabricação e os produtos da empresa através do site www.polinutri.com.br.

Poli-Nutri amplia suas atividades em nível nacional

NOVAS INSTALAÇÕES Planta no CE terá 7 mil m²

de área construída

EQUIPE DA UNIDADECertificação é fruto de

muito esforço

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Produção Animal | Avicultura 47

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América Latina

País vizinho agora usufrui das vantagens dos produtos do Laboratório

Numa parceria com o distribuidor local Exeo, o Laboratório Biovet

estende sua atuação na linha avícola para o Uruguai. No lançamento dos produtos, que contou com a presen-ça dos principais produtores e profis-sionais que atuam no segmento da avicultura daquele país, destaque para a palestra do assessor técnico do Laboratório Biovet e pesquisador internacionalmente reconhecido na área de coccidiose aviária, Juan Solis. O pesquisador traçou um panorama sobre a doença em reprodutoras, com foco em problemas do presente e do futuro. Questionado pelos participantes, apresentou ainda um diagnóstico da doença e seu trata-mento. Neste ponto, abordou o uso da Bio-Coccivet R e seus diferenciais sobre a concorrência, enfatizando o market share que a vacina conquis-tou. “Bio-Coccivet R é a solução adotada por 90% do total das quase 50 milhões de reprodutoras em produção no Brasil”, afirmou Solis.

Márcio Vital, responsável pelo Departamento de Negócios

Internacionais do Laboratório Biovet, fez um relato aos participantes sobre o posicionamento da marca brasilei-ra no mercado de Saúde Animal no País e no mundo, apresentando suas linhas de produtos, com ênfase no portfólio de soluções da Linha Avicultura. Vital mostrou ainda os

destaques das Linhas Pecuária e Pet, que no futuro também serão distri-buídas no Uruguai.

Atualmente, Costa Rica, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Cuba são países em plena atividade com soluções em saúde animal do Laboratório Biovet. Entre as vantagens oferecidas aos clientes internacionais, vale citar a facilidade na transferência técnica e cultural, envio ágil e fácil adaptação dos produtos, por terem sido desen-volvidas dentro de uma mesma zona climática.

Além da participação do Dr. Solis e de Márcio Vital, o lançamento da Linha Avicultura do Laboratório Biovet no Uruguai, também contou com a presença de Alessandro Campos, Gerente de Produtos e Serviços Técnicos da empresa. O evento foi realizado no dia 12 de agosto, no hotel Sheraton Punta Carretas - Montevidéu. Ao final das apresentações, as equipes do Biovet, da Exeo e os principais produtores e profissionais do segmento avícola do Uruguai confraternizaram-se durante coquetel.

Biovet estende atividades para Uruguai

JUAN SOLISPanorama sobre a coccidiose em reprodutoras

LANÇAMENTOPresença dos principais produtores e profissionais

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48 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Curso

Empresa orgulha-se em trazer conhecimento para setor avícola

Nos dias 02 a 06 de agosto, em Serra Negra, SP, a CASP promoveu a segunda edição do

Curso de Embriologia e Embriodiagnóstico em Aves de Produção Comercial, dedicado a tópicos como anatomia do aparelho reprodutor, formação do ovo e fertilização. Neste ano, foram dadas aulas teóricas e práticas sobre os principais temas envolvidos no processo de incubação de ovos.

Segundo Everton Gardezan, Gerente de Marketing da CASP, a empresa orgulha-se em patrocinar cursos como este que promovem o conhecimento e o desenvolvimento técnico da-queles que estão envolvidos direta ou indireta-mente com a produção de aves. O encontro contou com a participação de 20 pessoas, entre clientes, mestrandos, doutorandos e colaborado-res CASP da área de incubação. Acesse o site da CASP para mais informações: www.casp.com.br

CASP promove seminário sobre embriologia em aves comerciais

Equipe da CASP participa do evento

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Evento

Junto ao distribuidor Lambabue, empresa expõe produtos para nutrição

A ICC esteve presente na sex-ta edição do evento Avícola

e Porcinos, realizada final de junho em Buenos Aires, Argentina. Juntamente com o distribuidor Lambabue – repre-sentada pelo seu diretor Diego Buelink – a empresa apresentou aos participantes produtos para nutrição animal feitos a partir da fermentação de etanol. Um exemplo disso foi o Hilyses, que é obtido através da fermentação de uma cepa de Saccharomyces cereviseae na qual o creme de levedura é submetido a um pro-cesso de fermentação especial, que estimula a concentração do RNA com subseqüente ruptura da membrana celular e a libera-ção do material citoplasmático, o

que aumenta a digestibilidade e a disponibilidade dos nucleotíde-os.

Segundo Ricardo Barbalho, Gerente de Vendas da ICC, o uso do Hilyses tem crescido muito no Brasil e na América Latina, prin-cipalmente nos produtos para animais jovens. Outro produto que também foi exposto é o Immunowall, segundo a empre-sa, o probiótico líder de mercado no Brasil e também no exterior. Ricardo afirma ainda que para 2010 a ICC projeta crescimento e aumento na linha de produtos através de novos lançamentos. Saiba mais sobre a empresa e os produtos através do site da ICC, acessível pelo endereço: www.yeastbrazil.com.

ICC participa de feira internacional

ESTANDELambabue, distribuidor da

ICC, participa da feira

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Produção Animal | Avicultura 49

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50 Produção Animal | Avicultura

Com o amplo objetivo de conciliar a produção com o meio ambien-

te, a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) reali-zou, em conjunto com o Instituto de defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), o evento “Dia de Campo”. Nele, os avicultores aprenderam como funciona a compostagem de material orgânico para aves mortas – processo de estabilização e decom-posição da matéria orgânica através da ação de microorganismos. O téc-nico do IDAF, Frederico Lopes, foi o responsável por demonstrar para os participantes o uso e manuseio corre-to do sistema: a composteira funcio-na com uma estrutura de baias, onde as aves mortas são colocadas interca-ladas com o esterco misturado a alguma fonte de carbono, como pó de serra ou pó de arroz ou ainda palha de café. Em seguida, as cama-das são umedecidas com água, o que auxilia no processo de decomposição.

Lopes explicou que cada baia da composteira possui altura de 1,5 metro e que ao atingir essa altura, o material orgânico leva de 60 a 120 dias para a decomposi-ção total, inclusive de penas e ossos, dependendo do manejo. “As aves mortas precisam ir para um sistema compostagem para não causar impactos ambientais”, concluiu, relembrando aos pre-sentes que a utilização do método é um dos itens principais para que o produtor obtenha a licença ambiental da atividade avícola.

A ação aconteceu no Sítio Dois Irmãos, em Marechal Floriano, ES, no dia 28 de julho. A propriedade pertence aos avicul-tores Oderli Schneider e Osório Schneider, que aderiram ao méto-do há dois anos. “A composteira é altamente eficaz para o tratamen-to desse material. Além de ser ecologicamente correta, não gera

odor e nem atrai insetos ou roe-dores”, diz Oderli.

Segundo o secretário executi-vo da AVES, Nélio Hand, a reali-zação do Dia de Campo foi bas-tante positiva e conseguiu demonstrar a simplicidade e ren-tabilidade do procedimento. “O processo de compostagem é uma exigência dos órgãos ambientais para a liberação da licença, mas muitos produtores tinham receio, principalmente, sobre os custos”, explica.

A ação faz parte de um intenso trabalho que vem sendo realizado por parte da AVES e o IDAF, como apoio do SEBRAE-ES no sentido de sensibilizar o setor a promover ajus-tes ambientais em suas proprieda-des. Para saber mais entre em conta-to com a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) pelo telefone: (27) 3288-1182 ou e-mail: [email protected].

AVES incentiva uso de compostagem para aves mortas Em parceria com IDAF, entidade demonstra eficácia do método

Espírito Santo

Associações

AULA PRÁTICA Material orgânico se

decompõe de 60 a 120 dias

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Produção Animal | Avicultura 51

Indústria avícola gaúcha obtém isonomia fiscal Carga tributária sobre produtos avícolas cai pela metade

Rio Grande do Sul

O governo do estado do Rio Grande do Sul atendeu a reivindicação da

avicultura gaúcha e concedeu, no dia 17 de Agosto, a redução do Imposto sobre Circulação de Produtos e Servi-ços (ICMS) da carne de frango de 7% para 3% nas operações realizadas dentro do Estado até abril de 2011. A medida permite maior competitividade à carne de frango gaúcha diante de outros estados, principalmente da região sul e entre em vigor a partir desse mês. Em Santa Catarina, atual-mente, a alíquota de ICMS para co-mercialização interna da carne é zero e no Paraná, 1%.

Essa foi uma conquista para a As-sociação Gaúcha de Avicultura, (As-gav), assim como os demais envolvidos no setor, que negociava desde o início do ano a obtenção de isonomia fiscal

nas vendas de carne dentro e fora do RS. Para o Presidente da Asgav, Luiz Fernando Ross, a expectativa é recupe-rar pelo menos metade do mercado, hoje ocupado com frango de outros estados. “Avaliamos que 40% do pro-duto consumido no Rio Grande do Sul venha de fora. Se conseguirmos redu-zir isso para 20%, já vai ser muito bom”,completa o dirigente.

Segundo informações concedidas ao Valor Econômico, no ano passado os frigoríficos locais venderam 191 mil toneladas do produto no Rio Grande do Sul, ante 296 mil toneladas em 1998. “Perdemos mais de 100 mil toneladas em 12 anos”, declara Ross. Conforme expectativas da secretária da fazenda, o benefício tributário vai representar redução de arrecadação ao redor de R$ 10 milhões por ano.

Avicultores de AL denunciam preço predatórioProdutores de PE e MG vendem por menos

Alagoas

A Associação dos Avicultores e Suinocultores de Alagoas (Avisal)

denunciou em agosto a prática do chamado “preço predatório” da carne de frango. Segundo dirigentes da entidade, os avicultores de Pernambu-co e Minas Gerais estão vendendo a mercadoria por um preço abaixo dos custos de produção, prática conside-rada ilegal de acordo com a lei federal 8.884 que regulariza a ordem econô-mica. “Estamos preocupados porque o preço praticado está totalmente fora dos custos de produção. Gerando uma concorrência desleal que logo vai

afetar a geração de emprego do se-tor”, alertou Klécio Santos, presidente da Avisal e da Cooperativa Pindora-ma.

Para a associação, Pernambuco tem 16 milhões de frangos alojados, um número bem maior que sua capa-cidade de consumo e parte desta alta produção seria escoada em Alagoas. A categoria ainda denunciou que boa parte dessa produção entra em Ala-goas de forma clandestina, ou seja, sem pagar impostos, o que gera pre-juízos não só para o estado como para todos os produtores do setor.

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52 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo

Em agosto, após o que se poderia chamar de “longo e tenebroso inverno”, o mercado do frango

deu fortes sinais de reativação. A ponto de - pela primeira vez no ano e pela se-gunda vez em mais de doze meses - al-cançar valor médio superior ao registra-do no mesmo mês do ano passado.

Efeito, primeiro, da entressafra da carne bovina que, desta vez, vem tor-nando a carne de frango extremamen-te atrativa em termos de preço. Mas efeito, também, das exportações de carne de frango, que abriram o segun-

do semestre com números sem dúvida inesperados.

Em julho, por exemplo, o volume embarcado superou pela segunda vez na história das exportações a marca das 360 mil toneladas mensais. É provável, no entanto, que esse tenha sido o maior volume já embarcado pelo setor, como aponta a análise sobre as expor-tações, à página 56.

Em agosto pode não ter sido muito diferente, visto que dados levantados junto à SECEX/MDIC no fechamento desta edição (1º de setembro) aponta-

vam, apenas para a carne de frango in natura (frango inteiro e cortes), volume da ordem de 315 mil toneladas, a ter-ceira maior marca da história do setor.

Portanto, tudo bem? Nem tudo.Pois os principais insumos do setor (leia-se: grãos) tendem, daqui para frente, a avançar de maneira significati-va – o que significa aumento de custo capaz de tirar toda a atratividade atual-mente proporcionada pelo frango. Por isso, mais do que nunca, é necessária extrema atenção com a evolução do mercado.

Entressafra da carne bovina e melhor desempenho das exportações garantem melhores tempos para o frango

Produção de pintos de corte

MAIO/2010500,989 milhões

8,48%

Produção de carne de frango

MAIO/20101.025.309 toneladas

13,69%

Exportação de carne de frango

MAIO/2010360.526 toneladas

13,66%

Oferta interna de carne

de frangoMAIO/2010

703.158 toneladas17,56%Alojamento de

matrizes de postura

JULHO/201071,065 mil-16,26%

Alojamento de pintainhas de

posturaJULHO/2010

7,241 milhões39,96%

Desempenho do frango vivo

AGOSTO/2010R$1,62/kg

8,50%

Desempenho do ovo

AGOSTO/2010R$37,15/cxa.

-0,66%

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Produção Animal | Avicultura 53

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54 Produção Animal | Avicultura

Produção de pintos de corteEm maio, 501 milhões de cabeças

Evolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Junho 437,041 482,089 10,31%

Julho 476,081 500,270 5,08%

Agosto 484,328 482,678 -0,34%

Setembro 485,261 467,938 -3,57%

Outubro 496,165 503,041 1,39%

Novembro 431,662 462,635 7,18%

Dezembro 443,854 493,895 11,27%

Janeiro 417,755 472,898 13,20%

Fevereiro 406,918 448,957 10,33%

Março 425,628 510,371 19,91%

Abril 455,711 497,581 9,19%

Maio 461,811 500,989 8,48%

EM 5 MESES 2.167,822 2.430,796 12,13%

EM 12 MESES 5.422,215 5.823,342 7,40%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Os últimos dados disponibilizados pela APINCO mostram que em

maio de 2010 a produção brasileira de pintos de corte totalizou 501 milhões de cabeças, aumentando perto de 8,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Houve aumento, também (de pou-co mais de meio por cento), em relação ao mês anterior, abril de 2010. Neste caso, porém, a variação positiva foi apenas nominal. Pois, considerando-se que maio é mês de 31 dias, a produção efetiva do período foi 2,5% menor.

Agora, em cinco meses, o volume de pintos de corte produzido em 2010 está próximo dos 2,431 bilhões de ca-beças, volume que representa incre-mento de 12,13% sobre o mesmo pe-ríodo do ano passado.

Vale notar, entretanto, que há um ano, nesse mesmo período – e devido à retração do consumo interno como decorrência da crise econômica mun-dial – a produção brasileira apresentou retração de pouco mais de 2%. Isso le-vado em conta e tomando-se como re-ferência a produção de dois anos atrás (2,214 bilhões de cabeças entre janeiro e maio de 2008), tem-se uma variação ponta a ponta (2008/2010) de 9,79% e um crescimento médio de cerca de 4,5% ao ano no biênio 2009/2010.

A produção média alcançada até maio (pouco mais de 486 milhões de cabeças mensais) projeta para o ano volume total da ordem de 5,834 bi-lhões de pintos de corte – em torno de 5% a mais que o produzido em 2009.

Observado, no entanto, o compor-tamento habitual do setor, é imprová-vel que o volume produzido volte a fi-car aquém dos 500 milhões de cabeças no restante do ano. Dessa forma, man-tida a média produzida no trimestre março/maio, o volume total será pelo menos 100 milhões de cabeças maior que o acima apontado, podendo che-gar aos 5,950 bilhões de pintos de corte.

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Produção Animal | Avicultura 55

Produção de carne de frangovolume produzido em maio representa novo recorde do setor

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Junho 861,759 892,223 3,54%

Julho 897,014 956,585 6,64%

Agosto 923,774 1004,081 8,69%

Setembro 926,548 956,166 3,20%

Outubro 990,463 957,625 -3,32%

Novembro 998,586 979,969 -1,86%

Dezembro 975,672 1010,062 3,52%

Janeiro 889,681 1000,611 12,47%

Fevereiro 780,499 870,352 11,51%

Março 862,047 966,853 12,16%

Abril 830,420 978,332 17,81%

Maio 901,884 1025,309 13,69%

Em 5 meses 4.264,531 4.841,457 13,53%

Em 12 meses 10.838,347 11.598,168 7,01%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em maio passado, conforme a APINCO, a produção brasileira de carne de fran-

go totalizou 1,025 milhão de toneladas, volume que representa novo recorde do setor e supera em 1,5% o recorde anterior, mantido desde dezembro de 2009, mês em se produziram 1,010 milhão de tonela-das de carne de frango.

Com o volume produzido em maio – correspondente a aumentos de 4,80% so-bre o mês anterior e de 13,69% sobre maio de 2009 – o total acumulado nos cinco primeiros meses do ano soma 4,841 milhões de toneladas, apresentando incre-mento de 13,53% sobre o mesmo perío-do de 2009.

É impossível ignorar, no entanto, que – a exemplo do ocorrido na produção de pintos de corte – a crise econômica mun-dial resultou também na redução da pro-dução de carne de frango, fazendo com que nos cinco primeiros meses de 2009 caísse mais de 4% em relação ao ano anterior.

Isso observado constata-se que o vo-lume produzido entre janeiro e maio de 2010 se encontra apenas 8,58% acima daquele registrado no mesmo período de 2008, o que configura aumento médio in-ferior a 4,5% ao ano no biênio 2009/2010.

A produção até agora divulgada (em cinco meses, média mensal de 968,3 mil toneladas) projeta para a totalidade do ano volume em torno dos 11,620 milhões de toneladas, 5,4% a mais que o registra-do em 2009.

Mas também aqui – a exemplo do que deve ocorrer com os pintos de corte – é absolutamente improvável que o volu-me mensal produzido volte a ficar abaixo do milhão de toneladas mensais. E mesmo esse volume mantido entre junho e de-zembro, o total produzido não será infe-rior a 11,8 milhões de toneladas, aumen-tando 7% em relação ao ano que passou.

Coincidentemente, esse é o índice de expansão da produção nos últimos 12 me-ses e que, entre junho de 2009 e maio de 2010, soma 11,598 milhões de toneladas.

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56 Produção Animal | Avicultura

Em julho passado, além das exporta-ções do produto in natura (cortes e

frango inteiro) terem alcançado seu se-gundo melhor resultado em todos os tempos, também os embarques do produto industrializado e da carne de frango salgada apresentaram forte re-cuperação (aumento de mais de 100% em relação ao mês anterior). Como re-sultado, o volume total exportado no mês totalizou 360.526 toneladas, o que acabou correspondendo ao segundo maior volume exportado pelo setor desde o início dos primeiros embar-ques, em 1975.

Cerca de 14% e 11% maior que, respectivamente, os registrados há um ano (em julho de 2009, 317.207 tonela-das) e no mês anterior (em junho de 2010, 325.272 toneladas), o volume de julho passado ficou a menos de mil to-neladas do recorde mantido desde maio de 2008, ocasião em que os em-barques ficaram em 361.415 toneladas.

Entretanto, nada impede que este tenha sido o verdadeiro recorde das ex-portações e não aquele de 2008. É que, naquela ocasião, o volume de car-ne de frango exportado pelo Brasil, de-pois de situar-se em 313.233 toneladas no mês de março, recuou para apenas 270.022 toneladas no mês seguinte (-13% em abril), voltando a recuperar--se em maio (+34%), mês em que regis-trou o recorde de 361.415 toneladas. Mas o forte retrocesso de abril de 2008 sempre foi interpretado como subcon-tabilização dos embarques efetivos (ocorreu, naquele mês, greve dos fiscais da receita federal), compensados (artifi-cialmente) no mês de maio, quando al-cançaram novo recorde. Na prática, pois, é improvável que em maio de 2008 se tenha chegado às 360 mil to-neladas.

Mas, voltando às exportações des-te ano, somam, até julho, 2.165,6 mil toneladas, apresentando incremento de menos de 2% sobre o mesmo perí-odo do ano passado.

Exportação de carne de frangoEm julho, o segundo maior volume da história

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Agosto 322,698 301,257 -6,64%

Setembro 323,949 289,951 -10,49%

Outubro 315,632 335,445 6,28%

Novembro 235,061 268,615 14,27%

Dezembro 266,598 314,785 18,07%

Janeiro 274,781 233,324 -15,09%

Fevereiro 263,222 282,471 7,31%

Março 306,539 331,941 8,29%

Abril 329,922 309,942 -6,06%

Maio 303,767 322,151 6,05%

Junho 329,014 325,272 -1,14%

Julho 317,207 360,526 13,66%

Em 7 meses 2.124,452 2.165,627 1,94%

Em 12 meses 3.588,389 3.675,679 2,43%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

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Produção Animal | Avicultura 57

oferta interna de carne de frangonos cinco primeiros meses de 2010, volume 20% maior

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 Var.

Junho 531,634 563,210 5,94%

Julho 557,654 639,378 14,65%

Agosto 601,076 702,824 16,93%

Setembro 602,599 666,215 10,56%

Outubro 674,830 622,180 -7,80%

Novembro 763,525 711,354 -6,83%

Dezembro 709,074 695,278 -1,95%

Janeiro 614,900 767,287 24,78%

Fevereiro 517,277 587,882 13,65%

Março 555,508 634,912 14,29%

Abril 500,498 668,390 33,54%

Maio 598,117 703,158 17,56%

EM 5 MESES 2.786,300 3.361,629 20,65%

EM 12 MESES 7.226,692 7.962,068 10,18%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Embora significativamente distante do recorde mantido desde o início do ano

(767.287 toneladas em janeiro de 2010), a oferta interna de carne de frango voltou a superar a marca das 700 mil toneladas mensais.

Em maio passado, considerados os da-dos da APINCO (produção total de 1.025.309 toneladas) e os da SECEX/MDIC (exportação de 322.151 toneladas), perma-neceram no mercado interno 703.158 to-neladas de carne de frango, volume 5,20% e 17,56% superior aos alcançados, respec-tivamente, no mês anterior e no mesmo mês do ano anterior.

Com o último resultado, a disponibili-dade interna de carne de frango nos cinco primeiros meses de 2010 ultrapassou ligei-ramente a casa dos 3,360 milhões de tone-ladas, encontrando-se 20% acima do volu-me disponibilizado no mesmo período de 2009. Notar, de toda forma, que em rela-ção ao período janeiro-maio do ano ante-rior, 2008, o incremento foi de apenas 14,08%, índice que configura expansão média de 7% ao ano no biênio 2009/2010.

A disponibilidade total registrada até maio corresponde a um volume médio de 672,3 mil toneladas que, por sua vez, proje-ta para o ano de 2010 oferta próxima de 8,070 milhões de toneladas, 9% a mais que o disponibilizado em 2009.

O acumulado nos 12 meses encerrados em maio de 2010 registra um índice de ex-pansão não muito diferente - +10,18%. Isso significa que a produção de pouco mais de 7,226 milhões de toneladas entre junho de 2008 e maio de 2009 subiu, 12 meses de-pois, para 7,962 milhões de toneladas.

Mas, novamente, esse não chega a ser um índice de evolução preocupante, pois comparado ao volume acumulado nos 12 meses decorridos entre junho de 2007 e maio de 2008 (ou seja, antes que eclodisse a crise econômica mundial), o incremento não vai além de 11%, o que significa, no último biênio, expansão média de cerca de 5,5% ao ano – um índice bem mais palatá-vel que os 20% de expansão observados de janeiro a maio deste ano.

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58 Produção Animal | Avicultura

alojamento de matrizes de posturavolume alojado no ano é 10% maior

Evolução mEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHARES DE CABEÇAS

MATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2008/09 2009/10 VAR.% 2008/09 2009/10

Agosto 45,253 100,270 121,58% 31,33% 61,16%

Setembro 32,233 65,483 103,16% 61,20% 84,73%

Outubro 78,722 34,185 -56,58% 69,35% 49,42%

Novembro 47,700 37,926 -20,49% 66,04% 63,33%

Dezembro 44,380 90,597 104,14% 71,16% 58,71%

Janeiro 16,736 79,451 374,73% 87,23% 83,97%

Fevereiro 29,311 54,331 85,36% 81,24% 74,16%

Março 17,549 50,609 188,39% 59,22% 79,36%

Abril 83,830 40,810 -51,32% 67,14% 66,35%

Maio 82,784 69,370 -16,20% 75,57% 64,54%

Junho 89,356 80,594 -9,81% 67,60% 72,47%

Julho 84,867 71,065 -16,26% 68,64% 77,82%

EM 7 MESES 404,433 446,230 10,33% 70,79% 74,56%

EM 12 MESES 652,721 774,691 18,69% 67,08% 70,17%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Dados da UBABEF apontam que em julho passado somaram

71.065 cabeças as matrizes de postura alojadas no país. Quase 78% delas correspondentes à linhagens produto-ras de ovos brancos.

Este número representa quedas de 16,26% sobre o total alojado em julho de 2009 e de 11,82% sobre o mês imediatamente anterior, junho de 2010. Este foi o terceiro maior volume alojado no ano, estando aquém ape-nas das 79.451 matrizes contabilizadas em janeiro e das 80.594 alojadas em junho.

Decorridos os sete primeiros meses do ano, o volume de matrizes de pos-tura alojado soma 446.230 cabeças, sendo 10,33% maior que o do mesmo período de 2009, quando foram aloja-das 404.433 matrizes. O alojamento total projetado para o ano é da ordem de 765 mil cabeças, volume 4,3% maior que as 733 mil cabeças alojadas em 2009.

Os dados levantados pela UBABEF também apontam um acumulado, em doze meses, de cerca de 775 mil cabe-ças, 18,69% a mais que o alojado nos 12 meses imediatamente anteriores (652,721), índice que corresponde a um adicional de quase 122 mil matri-zes. Apesar de perto das 800 mil cabe-ças, este volume ainda se encontra longe do mais de 1 milhão de cabeças acumulado entre julho de 2004 e ju-nho de 2005.

Estatísticas e Preços

Em julho foram alojadas 71.065

cabeças, o terceiro maior volume do ano,

estando aquém do volume alcançado em

janeiro e em junho

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Produção Animal | Avicultura 59

Em julho passado, conforme a UBABEF, foram alojadas no país

7,241 milhões de pintainhas de pos-tura. Deste total, 77,20% de linha-gens voltadas à produção de ovos brancos.

O volume alojado representou aumentos de 1,18% em relação ao mês anterior, quando foram aloja-das 7,156 milhões de cabeças, e de 39,96% em relação a julho de 2009, que registrou o alojamento de 5,173 milhões de pintainhas de postura.

Com esse resultado, o total acu-mulado nos sete primeiros meses do ano ficou em 44,783 milhões de ca-beças, equivalendo a um incremen-to de 27,7% sobre o mesmo período de 2009, quando foram alojadas 35,070 milhões de pintainhas de postura.

Vale registrar aqui, mais uma vez, que os índices de incremento em relação a 2009 não correspon-dem à realidade, já que os números do ano passado estão aquém do vo-lume realmente alojado.

De toda forma, partindo dos nú-meros registrados em dezembro de 2009 (5,181 milhões de cabeças), o alojamento de pintainhas de postu-ra aumentou em 2010 (e até julho passado) perto de 40%, índice que corresponde a um incremento mé-dio de, praticamente, 5% ao mês.

O alojamento total projetado para o ano é da ordem de 76,8 mi-lhões de cabeças, volume 26,43% maior que as 60,7 milhões de cabe-ças alojadas em 2009.

alojamento de pintainhas de posturaEm 2010, crescimento de quase 5% ao mês

Evolução mEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR.% 2008/09 2009/10

Agosto 4,895 5,046 3,09% 73,25% 71,86%

Setembro 5,135 5,145 0,19% 74,34% 73,80%

Outubro 5,015 5,025 0,20% 72,88% 72,91%

Novembro 4,811 5,251 9,16% 73,22% 71,03%

Dezembro 5,083 5,181 1,93% 74,79% 73,75%

Janeiro 4,990 5,723 14,70% 74,87% 76,94%

Fevereiro 4,790 5,502 14,87% 75,92% 73,30%

Março 5,161 6,162 19,39% 75,27% 78,60%

Abril 4,951 6,448 30,24% 75,30% 78,69%

Maio 4,797 6,551 36,58% 72,92% 76,99%

Junho 5,209 7,156 37,40% 74,77% 78,25%

Julho 5,173 7,241 39,96% 72,84% 77,20%

EM 7MESES 35,070 44,783 27,70% 74,55% 77,23%

EM 12 MESES 60,008 70,431 17,37% 74,20% 75,57%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Volume projetado para a totalidade do ano é 26,43% maior

que o alojado em 2009

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60 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

O frango vivo encerrou o oitavo mês do ano com o melhor valor

de 2010. Repetindo, no último dia de agosto, a mesma cotação reajustada na véspera, o produto comercializado no interior paulista foi remunerado por R$1,70/kg, valor que não era al-cançado pelos produtores paulistas há mais de um ano, ou seja, desde ju-lho de 2009.

Mesmo sendo recorde neste ano, a cotação mais recente deixou o fran-go vivo com valor apenas 3% acima daquele registrado nos primeiros dias do ano (R$1,65/kg). O mais significa-tivo, porém, é que essa valorização foi insuficiente para cobrir o aumento de custos do principal insumo do se-tor, o milho, cujo preço, no final de agosto, foi 10% superior ao observa-do nos primeiros dias de 2010.

Apesar, porém, do bom resultado obtido no fechamento do quarto bi-mestre – reflexo do recrudescimento do período de entressafra da carne bovina e do melhor desempenho das exportações de carne de frango – o preço médio do produto em agosto não apresentou evolução significati-va, mesmo porque os únicos dois re-ajustes registrados só ocorreram nos últimos dias do mês.

Dessa forma, o preço médio do produto em agosto ficou em R$1,62/kg, aumentando não mais que 3% em relação ao mês anterior e perma-necendo ainda aquém da média al-cançada em fevereiro passado, de R$1,63/kg - por ora a melhor de 2010.

É verdade que, em relação ao mesmo mês do ano passado, o valor médio de agosto de 2010 foi 8,5% superior, o que significou resultado positivo pela primeira vez neste ano (entre janeiro e julho, o preço médio do frango vivo foi sempre inferior ao de idêntico mês do ano anterior). Mas isso foi, muito mais, resultado da forte desvalorização enfrentada pelo

produto um ano atrás, ocasião em que o frango vivo perdeu quase um quarto de seu preço.

Em 2010, por sinal, o frango vivo continua com desempenho negativo em relação a 2009. De janeiro a agos-

to alcançou preço médio de R$1,51/kg, valor que além de se encontrar 7,62% abaixo da média de 2009 (R$1,63/kg) também corresponde ao menor valor nominal dos últimos quatro anos.

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja,

interior paulista – R$/KgMÊS MÉDIA

R$/KGVARIAÇÃO %

ANUAL MENSAL

AGO/09 1,49 -23,07% -17,16%

SET/09 1,37 -25,84% -8,18%

OUT/09 1,50 -8,21% 9,05%

NOV/09 1,54 -11,64% 2,76%

DEZ/09 1,64 1,26% 6,69%

JAN/10 1,58 -6,07% -3,80%

FEV/10 1,63 -9,37% 3,37%

MAR/10 1,52 -9,28% -6,57%

ABR/10 1,41 -11,85% -7,46%

MAI/10 1,40 -13,29% -1,02%

JUN/10 1,35 -27,98% -3,01%

JUL/10 1,57 -12,96% 15,71%

AGO/10 1,62 8,50% 3,19%

média e variação anual entre 2000 e 2010

ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57%

2001 0,97 6,47%

2002 1,13 16,49%

2003 1,45 28,31%

2004 1,49 2,75%

2005 1,35 -8,72%

2006 1,16 -14,70%

2007 1,55 33,62%

2008 1,63 5,16%

2009 1,63 0,15%

2010* 1,51 -7,62%

* Média entre 02/01 e 31/08/10

Desempenho do frango vivo em agosto de 2010 Pela primeira vez no ano, preço médio do produto teve variação positiva em relação ao mesmo mês de 2009

Frango vivoPrEços históricos E PrEço EFEtivo Em 2010

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1999/2009): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2010: (R$/KG, granja, interior paulista)

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

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Produção Animal | Avicultura 61

O que é bom dura pouco. Depois de registrar pela primeira vez –

em um período de 15 meses – resul-tado positivo em relação ao ano an-terior, o ovo volta a encerrar novo mês com resultado negativo: o preço médio do produto em agosto de 2010 ficou em R$37,15, valor que corresponde a uma redução de 0,66% sobre os R$37,40/caixa de agosto do ano passado.

Neste caso, o índice de redução é, sem dúvida, pequeno. Mas levan-do em conta que em agosto de 2009 o preço médio do ovo já havia regis-trado retrocesso de 18,65%, é fácil concluir que, no mês passado, o va-lor pago pelo produto ficou aquém daquele registrado dois anos atrás. Mas não só isso, porém. Pois, feita uma retrospectiva, constata-se que este último foi o pior agosto dos úl-timos quatro anos para o setor.

Por sinal, excetuada a perda de 0,66%, o comportamento do ovo em agosto passado foi absolutamen-te similar ao de agosto de 2009, as curvas de preços dos dois meses pra-ticamente se sobrepondo umas às outras. Só que, um ano atrás, no mesmo agosto, o Brasil enfrentava a “síndrome da gripe H1N1”, que, por exemplo, retardou o reinício do perí-odo letivo no segundo semestre e paralisou mercados. Como justificar, pois, o fraco desempenho do último mês se, aparentemente, nenhuma “síndrome” esteve presente e o con-sumo de bens em geral não regis-trou qualquer trava?

À primeira vista isso pode ser de-corrência, apenas, da época do ano (luminosidade novamente crescente, fim das baixas temperaturas) – o que redunda em aumento da produção. Mas o aumento sem dúvida existen-te não advém apenas da época do ano, mas também (e talvez principal-mente) do aumento do plantel de poedeiras – cujo volume havia au-

mentado 17% nos doze meses en-cerrados em julho de 2010, segundo as informações “oficiais” da ativida-de.

Esse fato precisa ser profunda-mente avaliado pelo setor. Mesmo

porque o preço obtido no final de agosto encontrava-se cerca de 3% aquém do valor obtido nos últimos dias de 2009. E, desde então, o prin-cipal insumo do setor, o milho, teve seu preço reajustado em 10%.

Desempenho do ovo em agosto de 2010 o pior agosto dos últimos quatro anos

ovo Extra brancoPrEços históricos E PrEço EFEtivo Em 2010

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1999/2009): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2010: (R$/caixa, no atacado paulista)

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano (R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS)

MÊS MÉDIA R$/CX

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

AGO/09 37,40 -18,65% 1,30%

SET/09 33,88 -21,66% -9,42%

OUT/09 31,35 -17,34% -7,48%

NOV/09 31,00 -21,24% -1,10%

DEZ/09 35,88 -9,59% 15,76%

JAN/10 31,80 -14,97% -11,38%

FEV/10 39,67 -8,90% 24,74%

MAR/10 40,96 -12,73% 3,27%

ABR/10 37,75 -16,96% -7,84%

MAI/10 39,12 -6,50% 3,63%

JUN/10 41,16 -4,55% 5,21%

JUL/10 37,89 2,62% -7,95%

AGO/10 37,15 -0,66% -1,94%

média e variação anual entre 2000 e 2010

ANO R$/CX VAR. %

2000 23,12 16,89%

2001 24,07 4,11%

2002 27,88 15,83%

2003 39,67 42,29%

2004 34,47 -13,11%

2005 33,48 -2,87%

2006 27,48 -17,92%

2007 39,42 43,45%

2008 43,62 10,65%

2009 38,66 -11,37%

2010* 38,20 -1,11%

* Média entre 02/01 e 31/08/10

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

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Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasAumento leva milho ao maior preço em 14 meses

Farelo de soja mantém ritmo de aumentos

Fonte das informações: www.jox.com.br62 Produção Animal | Avicultura

O farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em agosto de 2010 ao preço médio de R$654,00/tonelada, valor

8,82% maior que o de julho de 2010 – R$601/t. Na comparação com agosto de 2009 – quando o preço médio era de R$828/t – a cotação atual registra queda de 21%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoConsiderado o preço médio do farelo de soja em agosto, fo-

ram necessários 403,7 kg de frango vivo (na granja, interior de SP) para adquirir uma tonelada do insumo. Como em julho último essa relação foi de 382,8 kg para obtenção de uma tonelada de farelo, o volume de frango necessário para adquirir a mesma quantidade do produto aumentou 5,46%, representando queda no poder de compra para o avicultor.

No ano passado os preços do farelo de soja estiveram mais valorizados, por isso, na comparação anual, o valor atual represen-ta volume 27,35% menor de frango para se obter uma tonelada de farelo, já que em agosto de 2009 eram necessários 555,7 kg de frango para se obter uma tonelada do insumo.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em agosto de

2010 foram necessárias 21,3 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou que-da pelo segundo mês consecutivo, cerca de 11,4%, uma vez que em julho último 19,14 caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a agosto de 2009, há melhora no poder de com-pra de 28,3%, pois naquele período uma tonelada de farelo de soja custava, em média, 27,3 caixas de ovos.

O preço médio do milho, saca de 60 kg, interior de SP, fe-chou agosto de 2010 a R$20,63 – valor 9,15% maior que

a média de R$18,90 obtida pelo produto em julho. Em relação ao valor da saca de um ano atrás, o aumento é de 7,17%, pois o milho registrou média de R$19,25/saca em agosto de 2009.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) obteve pelo segundo mês se-

guido recuperação nas cotações: fechou agosto a R$1,62/kg - média 3,19% maior que a de a julho de 2010. Porém a valori-zação do milho foi bem maior, fazendo com que em agosto fossem necessários 212,2 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este valor representa queda no poder de compra de 5,47% em relação ao mês anterior, uma vez que em julho a tonelada do milho “custou” 200,6 kg de frango vivo, aproximadamente.

Valores de troca – Milho/OvoA avicultura de postura sentiu mais o aumento do milho. De

acordo com os preços médios dos produtos, a relação de troca entre o ovo (granja, interior paulista, caixa com 30 dúzias) e o cereal em agosto de 2010 foi de aproximadamente 11,2 caixas de ovos para uma tonelada do grão. Em julho de 2010 foram necessárias 10 caixas/t, o que significa volume 11,79% maior de ovos para se obter a mesma quantidade de milho. A piora na capacidade de compra do avicultor de postura deve-se à redu-ção do valor do ovo em agosto somada à valorização do milho: o preço médio da caixa de 30 dúzias caiu 2,36% ficando em R$30,65 – em julho passado a média havia sido de R$31,39.

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Produção Animal | Avicultura 63

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64 Produção Animal | Avicultura

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66 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

66 Produção Animal | Avicultura

As tendências da ambiência animal frente às demandas do mercado brasileiro da avicultura

Iran de Oliveira

é professor, pesquisador e coordenador do NUPEA-ESALQ/USP

Os novos rumos no setor produtivo ani-mal fazem com que pesquisadores, técnicos e produtores repensem os ca-

minhos a seguir, quando o assunto é ambiên-cia animal.

Não se trata aqui de questionarmos a im-portância e a viabilidade técnico-econômica do melhoramento das condições internas de um sistema de produção, mas de refletirmos que não basta climatizar um ambiente, espe-rando aumento de produtividade e lucrativi-dade.

É incrível como a difusão da tecnologia ainda não consegue atingir produtores e técni-cos nos mais diferentes rincões deste país. Hoje, enquanto pesquisa-se e aplicam-se ferra-mentas sofisticadas para tomada de decisão na ambiência avícola, ainda encontramos produ-tores e técnicos que discutem sobre as possibi-lidades de pintar ou não os telhados, arborizar ou não uma região, e se realmente vale a pena implementar sistemas de climatização nos avi-ários.

Apesar de galgarmos posições no topo da produção mundial de proteína animal, ainda estamos longe da eficiência requerida para re-duzirmos as perdas pontuais, principalmente quando o enfoque se volta para a ambiência em climas tropicais.

O NUPEA (Núcleo de pesquisa em Ambi-ência) da ESALQ/USP há 20 anos tem atuado com participação efetiva em pesquisas direcio-nadas com novos produtos para as empresas, testes de campo e em palestras de treinamen-to, sempre visando a auxiliar e formar toma-dores de decisão do setor. Porém, ainda perce-be-se o grande desconhecimento existente com relação à simples decisões como, por exemplo, sistema de pressão negativa e positi-va, e ventilação mínima, entre outros.

A tendência futura da ambiência extrapo-lou as porteiras da propriedade agrícola e está se voltando para a redução de perdas nas dife-rentes etapas da cadeia produtiva. Hoje, a am-biência se divide em três grandes áreas de atu-ação:

Ambiência dentro da porteira (ADEP) – área mais antiga e avançada, com

resultados e respostas precisas para solucionar os problemas da cadeia avícola diretamente junto às granjas e integrados;

Ambiência Pré Porteira (APRP) – tra-ta-se de uma área emergente, cuja necessidade de definição de parâmetros é incipiente. As pesquisas futuras tendem a estabelecer crité-rios mais precisos e determinar indicativos para tomada de decisões, desde o matrizeiro ao alojamento dos pintos de um dia. É uma área em expansão tanto sob o ponto de vista da pesquisa tecnológica como das empresas integradoras;

Ambiência Pós Porteira (APSP)- essa área de atuação já apresenta alguns resultados relacionados às operações pré-abate de fran-gos, já definidos, desde a pega até a espera nos abatedouros, englobando as condições de car-regamento, transporte e espera. Várias solu-ções já foram e continuam sendo estudadas, com propostas em função da realidade de pro-dução brasileira, cuja variabilidade é espacial e temporal.

Sendo assim, é importante afirmar que a ambiência deixou de ser simplesmente uma área direcionada para o conforto térmico dos animais. O conceito foi ampliado para a rela-ção com o ar, a água e o solo. Nesse sentido, englobam-se também os conceitos de bem-es-tar animal, que buscam melhores condições de produção sob todos os aspectos, ressaltan-do também os estudos com as respostas dos animais aos diferentes manejos aos quais são submetidos.

A percepção da atuação da área de ambiên-cia e a necessidade de profissionais especializa-dos são instrumentos de modernização, cres-cimento e excelência que os empreendedores devem possuir para alcançar cada vez mais re-conhecimento no mercado internacional.

Com o objetivo de contribuir para a evolu-ção da formação de recursos humanos na avi-cultura, o NUPEA forma mestre e doutores, além de especialistas na área de ambiência aví-cola, direcionados para o mercado brasileiro da avicultura, cuja formação permite a cons-trução de profissionais focados para tomar de-cisões e serem formadores de opinião.

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Produção Animal | Avicultura 67

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