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Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

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Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

Mestre em Direito Previdenciário PUC/SPEspecialista em Direito Previdenciário pela EPD Advogada e Consultora Jurídica Professora de Direito Previdenciário Ex Servidora do INSS

E-mail: [email protected]

Face: Vera Queiroz

Instagran: veramcq

WhatsApp 11- 9.9984-8159

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PROCESSO

ADMINISTRATIVO

PREVIDENCIÁRIO

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA:

CF, Art. 5º, inc. LIV e LV.

Lei n. 8.212/91 Plano de Custeio daSeguridade Social.

Lei n. 8.213/91 Planos de Benefícios daPrevidência Social.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA:

Lei n. 9.784/99 Regula o processoadministrativo no âmbito da AdministraçãoPública Federal.

Decreto n. 3.048/99 Regulamento daPrevidência Social.

Decreto n. 9.094/2017 Simplificação dosserviços públicos.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA:

IN INSS/PRES n. 77/2015 - arts. Estabelecerotinas para agilizar e uniformizar oreconhecimento de direitos dos segurados ebeneficiários.

Portaria n. 116/2017 Regimento Internodo Conselho de Recursos do Seguro Social.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

CF, art. 5º

CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA – (inc.LV) dos quais decorrem o principio da amplainstrução probatória e a regra da interdição daprova obtida ilicitamente (inc. LVI)

DEVIDO PROCESSO LEGAL (inc. LIV) - ninguémserá privado da liberdade ou de seus bens semo devido processo legal.

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PROCESSO ADMINISTRATIVOPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIO DA ISONOMIA: significa quenenhum administrado (segurado, dependente,procurador, etc.) deverá ser tratado demaneira distinta salvo quando houver algumadiferença entre os administrados quejustifique tratá-los de modo distinto de outro,como é o caso de “pessoas preferenciais”. CF,art. 5º, caput.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE: significa que aAdministração Pública tem o dever de darprosseguimento ao processo, podendo, porsua conta, providenciar a produção de provas,solicitar laudos e pareceres, enfim, fazer tudoaquilo que for necessário para que se cheguea uma decisão final conclusiva.

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PROCESSO ADMINISTRATIVOPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL: No processoadministrativo o julgador deve sempre buscar averdade, ainda que, para isso, tenha que se valerde outros elementos além daqueles trazidos aosautos pelos interessados. Legitima, por exemplo,a Pesquisa Externa e a Justificação administrativae qualquer outra solicitação de documentos ouinformações feita Administração que tenha porobjetivo registrar nos autos algum fato.

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PROCESSO ADMINISTRATIVOPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: a autoridadeadministrativa deve apresentar as razões que alevaram a tomar uma decisão. O Princípio daMotivação deve ser sempre observado pelosservidores públicos, pois, além de ser daessência do próprio ato administrativo, ajuda aresguardar aqueles que praticaram os atos.(art. 50, Lei 9.784/1999)

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIO DA CELERIDADE: os atosprocessuais devem ser praticados parasolucionar os processos no menor prazopossível – sem prejuízo da qualidade doserviço, não se admitindo a demora por prazonão razoável. (CF, art. 5º, LXXVIII)

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIO DO INFORMALISMO: aplicado embenefício do administrado, dispensa ritossacramentais e formas rígidas para o processoadministrativo, principalmente para os atos acargo do particular..

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

CF, art. 37

LEGALIDADE

IMPESSOALIDADE

MORALIDADE

PUBLICIDADE

EFICIÊNCIA

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

PROCESSO E PROCEDIMENTO

José Cretella Júnior: expressões sinônimas.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro: processo é oinstrumento indispensável para o exercício dafunção administrativa; procedimento é oconjunto de formalidades que devem serobservadas para a prática dos atosadministrativos e que se desenvolve dentro deum processo administrativo.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

ESPÉCIES

Lei n. 9.784/99: processo administrativo édenominado de geral. Aplicável aos órgãos eentidades da Administração Pública Federal.

Legislação especial: aplicável a processoadministrativo em âmbito estadual, comaplicação subsidiária da lei geral.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

CLASSIFICAÇÃO

TRIBUTÁRIO

PREVIDENCIÁRIO

CIVIL

PENAL

LICITATÓRIO

DISCIPLINAR

SELETIVO (vestibular/concurso público)

OUTROS

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

CONCEITO: conjunto de atos administrativospraticados nos Canais de Atendimento daPrevidência Social.

INÍCIO: por requerimento formulado pelointeressado, de ofício pela Administração ou porterceiro legitimado (agendamento oucomparecimento na APS).

CONCLUSÃO: com a decisão definitiva no âmbitoadministrativo

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

PRECEITOS FUNDAMENTAIS

Art. 659. Nos processos administrativosprevidenciários serão observados, entre outros,os seguintes preceitos:

• I - presunção de boa-fé dos atos praticados pelos interessados;

• II - atuação conforme a lei e o Direito;

• III - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes e competências, salvo autorização em lei;

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

PRECEITOS FUNDAMENTAIS• V - atuação segundo padrões éticos de probidade,

decoro e boa-fé;• VI - condução do processo administrativo com a

finalidade de resguardar os direitos subjetivos dossegurados, dependentes e demais interessados daPrevidência Social, esclarecendo-se os requisitosnecessários ao benefício ou serviço mais vantajoso;

• VII - o dever de prestar ao interessado, em todas asfases do processo, os esclarecimentos necessários parao exercício dos seus direitos, tais como documentaçãoindispensável ao requerimento administrativo, prazospara a prática de atos, abrangência e limite dosrecursos, não sendo necessária, para tanto, aintermediação de terceiros;

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

PRECEITOS FUNDAMENTAIS

• VIII - publicidade dos atos praticados no curso do processo administrativo restrita aos interessados e seus representantes legais, resguardando-se o sigilo médico e dos dados pessoais, exceto se destinado a instruir processo judicial ou administrativo;

• IX - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

• X - fundamentação das decisões administrativas, indicando os documentos e os elementos que levaram à concessão ou ao indeferimento do benefício ou serviço;

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

PRECEITOS FUNDAMENTAIS

• XI - identificação do servidor responsável pelaprática de cada ato e a respectiva data;

• XII - adoção de formas e vocabulário simples,suficientes para propiciar adequado grau decerteza, segurança e respeito aos direitos dosusuários da Previdência Social, evitando-se o usode siglas ou palavras de uso interno daAdministração que dificultem o entendimentopelo interessado;

• XIII - compartilhamento de informações comórgãos públicos, na forma da lei;

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

PRECEITOS FUNDAMENTAIS

• XIV - garantia dos direitos à comunicação, àapresentação de alegações finais, à produção de provase à interposição de recursos, nos processos de quepossam resultar sanções e nas situações de litígio;

• XV - proibição de cobrança de despesas processuais,ressalvadas as prevista em lei;

• XVI - impulsão, de ofício, do processo administrativo,sem prejuízo da atuação dos interessados; e

• XVII - interpretação da norma administrativa da formaque melhor garanta o atendimento do fim público a quese dirige, vedada aplicação retroativa de novainterpretação.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASES: conjunto de atos administrativospraticados nos Canais de Atendimento daPrevidência Social.

INICIAL

INSTRUTÓRIA

DECISÓRIA

RECURSAL

EXECUTÓRIA

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

Canais de Atendimento da Previdência Social:

Portal do INSS: www.inss.gov.br

Central de Teleatendimento: 135

Central de Serviços: Meu INSS

UNIDADES DE ATENDIMENTO: APS, PREVmóvel ePREVcidade.

IN 77/2015 Art. 667 (alterada pela IN/PRES n. 96, de14/05/18).

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INICIAL

É a fase em que o processo é iniciado e em que sedefine o que se está pretendendo com a instauraçãodo processo administrativo.

LEGITIMIDADE: o processo administrativo éinstaurado através de pedido formulado pelosegurado, pelo dependente, por terceirolegalmente autorizado ou de ofício pelaPrevidência Social.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

Segurado: a pessoa física que mantém vínculocom a Previdência Social, maior de 16 anos deidade.

Dependente: aquele que dependeeconomicamente do segurado e que a leiestabeleceu como tal. O maior de 16 anos deidade pode, por si próprio, se habilitar noprocesso.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

Terceiro legitimado: i. o procurador legalmenteconstituído; ii. o representante legal (tutor,curador, detentor da guarda ou administradorprovisório do interessado, quando for o caso); iii. aempresa, o sindicato ou a entidade deaposentados devidamente legalizada (art. 117, Lei8.213/91); iv. o dirigente de entidade deatendimento (art. 92, § 1º do ECA).

OBS: analfabeto ou impossibilitado de assinar.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

Previdência Social: quando tiver ciência daincapacidade do segurado, mesmo que este não otenha requerido,deverá ser processado de ofício obenefício de auxílio-doença.

Art. 668. Todo requerimento de benefício ouserviço deverá ser registrado nos sistemasinformatizados da Previdência Social na data docomparecimento do interessado. (IN 77/2015)

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

O PROCURADOR LEGALMENTE CONSTITUÍDO:não precisa ser advogado!

Procuração: é o instrumento do mandato em quealguém recebe de outrem poderes para, em seunome, praticar atos ou administrar interesses.Poderá ser público ou particular, porém éobrigatória a forma pública quando se tratar deanalfabeto.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

REQUISITOS DA PROCURAÇÃO:I - identificação e qualificação do outorgante e dooutorgado;II - endereço completo;III - objetivo da outorga;IV - designação e a extensão dos poderes;V - data e indicação da localidade de sua emissão;VI - informação de viagem ao exterior, quando for ocaso; eVII - indicação do período de ausência quando inferiora doze meses, que servirá como prazo de validade daprocuração.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

MOMENTO DA APRESENTAÇÃO: no início doatendimento e, quando formalizado o processo,será anexada aos autos acompanhada de cópia dodocumento de identificação do procurador.

PROCURAÇÃO PÚBLICA COM AMPLOS PODERES:deverá ser anexada ao processo cópia autenticadapor servidor, sendo o original restituído aointeressado.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

PROCURAÇÃO PARA RECEBIMENTO DE VALORES: sóé possível nos casos de:

I - ausência;II - moléstia contagiosa; ouIII - impossibilidade de locomoção.

Para recebimento de benefício somente será aceita aconstituição de procurador com mais de umaprocuração ou procurações coletivas nos casos derepresentantes credenciados de leprosários,sanatórios, asilos e outros estabelecimentoscongêneres.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

QUESTIONAMENTOS

É necessário o reconhecimento de firma naprocuração particular? Não é necessário oreconhecimento de firma, salvo por imposiçãolegal. Entretanto, o servidor poderá solicitar oreconhecimento quando tiver dúvida sobre aautenticidade da procuração.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

QUESTIONAMENTOS

Quem pode ser outorgante ou outorgado? Todasas pessoas, exceto:

a) INCAPAZES PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL, ressalvadoo maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado,que poderá ser apenas outorgado;

b) SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS E OS MILITARES ematividade, que somente poderão representar parentesaté o segundo grau.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INICIAL

CESSAÇÃO DO MANDATO:

I - pela revogação ou renúncia;

II - pela morte ou interdição de uma das partes; ou

III - pelo término do prazo de validade ou conclusão do feito para o qual fora designado o procurador.

A emissão de nova procuração, com os mesmospoderes, revoga a anterior, sendo permitido osubstabelecimento da procuração sempre que constarpoderes para tal no instrumento originário.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INICIAL

A apresentação de documentação incompleta nãoconstitui motivo para recusa do requerimento dobenefício (art. 105 da Lei 8.213/91).

É vedada a recusa de recebimento derequerimentos pelos serviços de protocolo, salvoquando o órgão ou entidade for manifestamenteincompetente (Art. 5º do Decreto 9.094/17).

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INICIAL

FORMALIZAÇÃO: será suficiente a apresentação dosdocumentos originais ou cópias autenticadas em cartório,ou por servidor do INSS, podendo ser solicitada aapresentação do documento original para verificação decontemporaneidade ou outras situações, se necessário(Art. 674, IN 77/2015).

Equiparam-se aos originais os documentos autenticadospor: I - órgãos da Justiça e seus auxiliares; II - MinistérioPúblico e seus auxiliares; III - procuradorias; IV -autoridades policiais; V - repartições públicas em geral; VI -advogados públicos; e VII - advogados privados (que constena procuração). (Art. 677, IN 77/2015)

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INICIAL

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO: relacionam-se coma imparcialidade do servidor que conduz oprocesso, como interessado, perito, testemunhaou representante, amigo íntimo ou inimizadenotória, ou quando tais situações ocorram com ocônjuge, companheiro(a) ou parente até o terceirograu.

Falta grave para efeitos disciplinares.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

DER – DATA DA ENTRADA DO REQUERIMENTO

Art. 669 da IN 77/2015

Qualquer que seja o canal de atendimentoutilizado, será considerada como DER a data desolicitação do agendamento do benefício ouserviço, ressalvadas as seguintes hipóteses:

I - caso não haja o comparecimento dointeressado na data agendada para conclusão dorequerimento;

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

DER – DATA DA ENTRADA DO REQUERIMENTO

II - nos casos de reagendamento por iniciativa dointeressado, exceto se for antecipado oatendimento; ou;

III - no caso de incompatibilidade do benefício ouserviço agendado com aquele efetivamentedevido, hipótese na qual a DER será consideradacomo a data do atendimento.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

DER – DATA DA ENTRADA DO REQUERIMENTO

A DER será mantida sempre que o INSS não puderatender o solicitante na data agendada.

No caso de falecimento do interessado, osdependentes ou herdeiros poderão formalizar orequerimento do benefício, mantida a DER na datado agendamento inicial, hipótese em que,obrigatoriamente, deverá ser comprovado o óbito eanexado o comprovante do agendamento eletrônicono processo de benefício.

Aplica-se aos casos de requerimento de recurso erevisão.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INSTRUTÓRIA

É a fase em que se produzem as provasnecessárias à tomada de decisão pelo servidor doINSS.

Ato privativo e obrigatório do INSS, seja oprocesso constituído por meio físico oueletrônico, e ainda que não haja cumprimentodos requisitos legais para obtenção do benefício.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

FASE INSTRUTÓRIA

No processo administrativo, são admissíveis todosos meios de prova que se destinem a esclarecer aexistência do direito ao recebimento do benefícioou serviço, salvo se a lei exigir forma determinada.

É a fase destinada a averiguar e comprovar osrequisitos legais para a concessão de benefícios oupara a atualização de cadastro.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

CARTA DE EXIGÊNCIA

Não apresentada toda a documentaçãoindispensável ao processamento do benefício oudo serviço, o servidor deverá emitir carta deexigências elencando providências e documentosnecessários, com prazo mínimo de trinta diaspara cumprimento, podendo ser prorrogado porigual período, mediante pedido justificado dointeressado.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

CARTA DE EXIGÊNCIA

Caso o interessado solicite o protocolo somentecom apresentação do documento de identificação,deverá ser protocolado o requerimento e emitidacarta de exigência imediatamente e de uma sóvez, não sendo vedada a emissão de novasexigências caso necessário.

É vedado o cadastramento de exigência paraapresentação de procuração.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

COMUNICAÇÃO DOS ATOS

A Unidade de Atendimento na qual tramita o processoadministrativo deverá comunicar os interessadossobre exigências a cargo destes, bem como sobre asdecisões e seus fundamentos (Art. 665, IN 77/2015).

A comunicação deverá ser realizada na primeiraoportunidade, preferencialmente por ciência nosautos. Quando não houver ciência nos autos, acomunicação deverá ser feita via postal com aviso derecebimento, telegrama ou outro meio que assegurea ciência do interessado, devendo a informação ficarregistrada no processo administrativo.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

COMUNICAÇÃO DOS ATOS

As comunicações serão consideradas ineficazesquando feitas sem observância das prescrições legais,mas o comparecimento do interessado ou de seurepresentante legal supre sua falta ou irregularidade,iniciando neste momento a contagem do prazo.

O não atendimento da comunicação não implica noreconhecimento da verdade dos fatos de mododesfavorável à pretensão formulada pelo interessado.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

COMUNICAÇÃO DOS ATOS

No caso de apuração de irregularidade, o servidordeve observar o disposto no § 2º do art. 11 da Leinº 10.666, de 2003. Ou seja, deverá, em regra, serutilizada a comunicação por Carta com Aviso deRecebimento. Nesta hipótese, é essencial que oAR seja juntado aos autos, pois é por meio deleque se comprova que o segurado foi notificado.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

RETENÇÃO DE DOCUMENTOS

A retenção de documentos originais dosegurado/filiado/dependente deve ser evitada, sobpena de apuração de responsabilidade em caso deextravio ou retenção irregular. Deve-se preferirsempre a extração das informações ou a realização decópia reprográfica dos documentos. Quandonecessário para a análise do requerimento, o servidorpoderá reter os documentos pelo prazo máximo de 5dias, elaborando Termo de Retenção e Restituição deDocumentos em 2 vias e entregando a primeira via aosegurado (art. 577 da IN 45/2010).

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

A PRODUÇÃO DE PROVAS

É direito do segurado, ainda que não preencha osrequisitos para o benefício ou serviço.

As provas podem ser postuladas pelo requerenteou determinadas pelo servidor responsável pelacondução do processo.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

ESPÉCIES DE PROVAS

DOCUMENTAL: CTPS, CNIS, GPS, PPP, LTCAT, CAT,LAUDO MÉDICO, CERTIDÕES, DECLARAÇÕES,OUTROS.

TESTEMUNHAL (SUBSIDIÁRIA)

PESQUISA EXTERNA

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

ÔNUS DA PROVA

É do beneficiário: segurado ou dependente.

Prova emprestada para comprovar:

* o exercício de atividade rural em regime deeconomia familiar.

* a exposição habitual e permanente à agentesnocivos.

* a insalubridade discutida na Justiça do Trabalho.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

REGIME PROBATÓRIO PREVIDENCIÁRIO

• Prova de qualidade de segurado

• Tempo de serviço ou contribuição

• Comprovação da incapacidade laboral/ DII -

• Comprovação do agravamento lesão ou progressividade da doença

• Condição de deficiente

• Exposição ao agentes nocivos

• Relação de dependência econômica/união estável

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DA PROVA DOCUMENTAL

• Comprovação de fatos pretéritos

• Contemporaneidade dos fatos

• Produção administrativa ou judicial

• Prova plena, mas pode exigircomplementação

• CTPS, CNIS, FRE, LRE, PPP etc

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DA PROVA DOCUMENTAL

• Documentos de Identificação. Osdocumentos de identificação com foto devemser apresentados na formalização do processoadministrativo, a fim de que se proceda àvalidação dos dados (art. 580 da IN 45/2010).

• Reconhecimento de Firma. Salvo imposiçãolegal, o reconhecimento de firma somenteserá exigido quando houver dúvida deautenticidade (art. 580, § 2º, IN 45).

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DA PROVA DOCUMENTAL

• Certidões Públicas. As certidões denascimento, casamento e óbito, sãodocumentos dotados de fé pública nãopodendo ser questionados. (art. 581, IN 45).Entretanto, se as certidões registraremobservação de que a anotação se deu porforça de sentença judicial (campo próprio) e ainformação for relevante para o processo, oservidor poderá solicitar outrosesclarecimentos em vista do documento e dotipo de observação lançada na margem.

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Page 58: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

DA PROVA DOCUMENTAL

• Documentos em língua estrangeira. Osdocumentos em língua estrangeira deverão seracompanhados de tradução realizada por tradutorjuramentado.

• Documentos em posse de terceiros. Quando fornecessária a prestação de informações ou aapresentação de documentos por terceiros, poderáser expedida comunicação para esse fim,mencionando-se data, prazo, forma e condições deatendimento (art. 686, IN 77/2015).

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PERÍODOS COMPUTÁVEIS COMO CONTRIBUIÇÃO

• Art. 55 da Lei 8.213/91 e Art. 60 do Decreto3.048/99

• Exceção: se já tiver sido considerado paraconcessão de qualquer aposentadoria, porqualquer regime de previdência social

• Comprovação CTPS, CTC, GPS, CNIS

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Page 60: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

ALGUNS EXEMPLOS:

– Período de exercício de atividade remunerada urbana e rural

– Período de recebimento de benefício por incapacidade

– Período de recebimento de salário maternidade

– Período de contribuição como segurado facultativo

– Tempo de serviço militar

– Tempo de serviço público

– Período de licença ou disponibilidade remunerada

– Tempo de exercício de mandato eletivo

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PROVA EXERCICIO DA ATIVIDADE – IN 77/2015

• Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação dovínculo e das remunerações do empregado urbano ou rural,far-se-á por um dos seguintes documentos:

• I - da comprovação do vínculo empregatício:

• a) Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho ePrevidência Social - CTPS;

• b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro deEmpregados ou do Livro de Registro de Empregados, ondeconste o referido registro do trabalhador acompanhada dedeclaração fornecida pela empresa, devidamente assinada eidentificada por seu responsável;

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PROVA EXERCICIO DA ATIVIDADE – IN 77/2015

• c) contrato individual de trabalho;

• d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize otrabalhador como signatário e comprove seu registro narespectiva Delegacia Regional do Trabalho - DRT;

• e) termo de rescisão contratual ou comprovante derecebimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço -FGTS;

• f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado eassinado por empregado da Caixa, desde que constem dadosdo empregador, data de admissão, data de rescisão, datas dosdepósitos e atualizações monetárias do saldo, ou seja, dadosque remetam ao período em que se quer comprovar;

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PROVA EXERCICIO DA ATIVIDADE- IN 77/2015

• g) recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado,com a necessária identificação do empregador e doempregado;

• h) declaração fornecida pela empresa, devidamente assinadae identificada por seu responsável acompanhada de cópiaautenticada do cartão, livro ou folha de ponto; ou

• i) outros documentos contemporâneos que possam vir acomprovar o exercício de atividade junto à empresa;

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Page 64: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL

• Art. 106 da Lei 8.213/91

• Rol alternativo e não concomitante

• Atividade contemporânea à época dos fatos

• Carência meses de atividade rural

• Documentos pessoais que demonstrem a profissão

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Page 65: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

PROVA DOCUMENTAL DO RURAL

• CTPS ou contrato individual de trabalho.

• Contrato de arrendamento, parceria ou comodatorural.

• Declaração fundamentada de sindicato ruralhomologada pelo INSS.

• Cadastro do INCRA para produtores em regime deeconomia familiar.

• Bloco de notas do produtor rural.

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Page 66: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

PROVA DOCUMENTAL DO RURAL

• Notas fiscais de entrada de mercadorias na pelaempresa adquirente.

• Documentos fiscais de entrega de produção rural àcooperativa e outros.

• Recolhimento de contribuição decorrente dacomercialização da produção.

• Cópia da declaração de imposto de renda provenienteda comercialização.

• Licença de ocupação ou permissão outorgada peloINCRA.

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CADASTRO NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS - CNIS

• Banco de dados informatizado do INSS constitui prova plena

• Alcança informações do RGPS e do RPPS

• É prova de filiação, salário de contribuição e tempo de contribuição

• Informações cadastrais de identificação e da vida laboral (vínculos, remunerações e contribuições)

• CNT - Cadastro Nacional do Trabalhador – Decreto 97.936/89

consórcio do MPAS, MTb e CEF. Após Lei 8.212/91 CNIS

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FONTES DO CNIS

• FONTES DO CNIS: NIT; PIS/PASEP; GFIP; RAIS; FGTS; CAGED e CCI

• RETIFICAÇÃO DO CNIS: Falta de informações ou imprecisão dedados

• OBJETIVOS:libera o segurado do ônus da prova

atendimento eficaz dos direitos dos trabalhadores

inibir fraudes e desvios na concessão de benefíciosprevidenciários e trabalhistas

controla a arrecadação e a fiscalização

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PRESUNÇÃO RELATIVA DO CNIS

• DIVERGÊNCIAS/RETIFICAÇÃO

• Os dados constantes do CNIS relativos a vínculos,remunerações e contribuições valem como prova defiliação à Previdência Social, tempo de contribuição esalários de contribuição, salvo comprovação de erroou fraude (Art. 681, IN 77/2015).

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PRESUNÇÃO RELATIVA DO CNIS

• DIVERGÊNCIAS/RETIFICAÇÃO

• Quando os documentos apresentados não foremsuficientes para o acerto do CNIS, mas constituíreminício de prova material, o INSS deverá realizar asdiligências cabíveis, tais como:

I - consulta aos bancos de dados colocados à disposiçãodo INSS;II - emissão de ofício a empresas ou órgãos;III - Pesquisa Externa; eIV - Justificação Administrativa.

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CNIS: PRINCIPAIS DIFICULDADES

• Ausência de anotação de vinculo

• Ausência de baixa

• Anotação de vinculo extemporâneo

• Divergência de datas

• Ausência de recolhimento

• Salário-de-contribuição divergentes* (retificar somente os sdc a partir de 07/1994)

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CNIS: PRINCIPAIS DIFICULDADES

MARCAS DO CNIS

• O CNIS apresenta, atualmente, algumasmarcas que tem como objetivo alertar oservidor sobre algum fato específico. Natradução dessas marcas, utiliza-se a expressãode “tratamento” para designar a atividade doservidor de analisar um vínculo com base nadocumentação do segurado.

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CNIS• PEXT – Pendência de vínculo extemporâneo não tratado.

• AEXT-VI – Acerto de vínculo extemporâneo indeferido

• PVIN-IRREG – Pendência de Vínculo Irregular

• PREM-EXT – Indica que a remuneração da competência do CI prestador de serviço é extemporânea.

• IGFIP-INF – Indicador de GFIP meramente informativa, devendo o vínculo ser comprovado

• AEXT-VT – Acerto de vínculo extemporâneo validado totalmente

• ILEI123 – Indica que a contribuição da competência foi recolhida com código da Lei Complementar 123/2006. (Plano simplificado de Previdência)

• IMEI – Indica que a contribuição da competência foi recolhida com código MEI. (Microempreendedor individual)

• IEAN (25) – Indica exposição à agentes nocivos no grupo 25 anos

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VALORAÇÃO DA CTPS

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VALORAÇÃO DA CTPS

• Empregado: CTPS – PROVA RELATIVA – em bomestado de conservação, sem defeito formal.

• SÚMULA 75 TNU: A Carteira de Trabalho ePrevidência Social (CTPS) em relação à qual não seaponta defeito formal que lhe comprometa afidedignidade goza de presunção relativa deveracidade, formando prova suficiente de tempo deserviço para fins previdenciários, ainda que aanotação de vínculo de emprego não conste noCadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

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A SENTENÇA TRABALHISTA COMO MEIO DE PROVA NO PROCESSO

PREVIDENCIÁRIO

• Sentença homologatória de acordo início deprova material.

• Fundada em elementos que evidenciem o efetivoexercício da atividade.

• Não poderá ser valorada como único meio deprova no processo previdenciário.

• Enseja evitar fraudes na concessão de benefíciosindevidos.

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A SENTENÇA TRABALHISTA COMO MEIO DE PROVA NO PROCESSO

PREVIDENCIÁRIO

• Somente a sentença trabalhista fundada emprovas materiais, poderá ser aceita como inicio deprova material e ter como consequência apresunção de recolhimento em favor do segurado.

• Não são acolhidas as sentenças homologatórias deacordo, nem condenatória com base na revelia ounão amparadas em provas materiais.

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PROVA DE ATIVIDADE DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

• Art. 38. Para fins de comprovação das remunerações docontribuinte individual prestador de serviço, a partir de abrilde 2003, no que couber, poderão ser considerados entreoutros, os seguintes documentos:

• I - comprovantes de retirada de pró-labore, que demonstre aremuneração decorrente do seu trabalho, nas situações deempresário;

• II - comprovante de pagamento do serviço prestado, ondeconste a identificação completa da empresa, inclusive com onúmero do CNPJ/CEI, o valor da remuneração paga, odesconto da contribuição efetuado e o número de inscrição dosegurado no RGPS;

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PROVA DE ATIVIDADE DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

• III - declaração de Imposto de Renda Pessoa Física -IRPF, relativa ao ano-base objeto da comprovação, quepossam formar convicção das remunerações auferidas;ou

• IV - declaração fornecida pela empresa, devidamenteassinada e identificada por seu responsável, ondeconste a identificação completa da mesma, inclusivecom o número do CNPJ/CEI, o valor da remuneraçãopaga, o desconto da contribuição efetuado e o númerode inscrição do segurado no RGPS.

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CONTRIBUINTE INDIVIDUALC.I. – IN 77/2015

• III - declaração de Imposto de Renda Pessoa Física -IRPF, relativa ao ano-base objeto da comprovação,que possam formar convicção das remuneraçõesauferidas; ou

• IV - declaração fornecida pela empresa, devidamenteassinada e identificada por seu responsável, ondeconste a identificação completa da mesma, inclusivecom o número do CNPJ/CEI, o valor da remuneraçãopaga, o desconto da contribuição efetuado e onúmero de inscrição do segurado no RGPS.

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DA PROVA TESTEMUNHAL

• A prova testemunhal no Direito Previdenciário éamplamente utilizada para corroborar a provadocumental.

• Não é admitida como prova única – Art. 55, § 3º daLei 8.213/91.

• É subsidiária da prova documental.

• Dispensa início razoável de prova material casofortuito ou força maior.

• Processo administrativo produzida por JustificaçãoAdministrativa.

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PROCEDIMENTOS PROBATÓRIOS

Dividem-se em:

Justificação Administrativa

Pesquisa externa

Exame médico pericial

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JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

Lei 8.213/91

Art. 108. Mediante justificação processada perante aPrevidência Social, observado o disposto no § 3º doart. 55 e na forma estabelecida no Regulamento,poderá ser suprida a falta de documento ou provadoato do interesse de beneficiário ou empresa, salvono que se refere a registro público.

Decreto 3.048/99 – art. 142 ao 151

Capitulo X – IN 77/2015 – art. 574 ao 600

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JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

• Não é procedimento autônomo nem independente edeve ser requerida dentro do processo administrativode concessão de benefício.

• Hipóteses: tempo de serviço, dependência econômica,identidade e de relação de parentesco.

• Não cabe JA para comprovar fato que exige registropúblico.

• Para o processamento da J.A. o interessado deveraapresentar requerimento expondo os pontos quepretende justificar, indicando as testemunhas (mínimode 3 e máximo de 6).

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JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

• As testemunhas deverão comparecer no dia e horamarcados para serem inquiridas (pelo funcionário doINSS!!).

• A autoridade que autorizou a JA compete homologar ounão a JÁ.

• Da decisão não cabe recurso.

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JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

• Suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiário

• Inexistência de outros meios de prova

• Início razoável de prova material exceto caso fortuito e força maior

• Avaliada quanto à forma e quanto ao mérito

• Testemunhas idôneas e restritas

• Processada sem ônus

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RURAL: PROVA TESTEMUNHAL

• A prova testemunhal deve observar os termosdos artigos 442 a 463 do CPC.

• Súmula 149 do STJ: “A prova exclusivamentetestemunhal não basta à comprovação daatividade rurícola, para efeito de obtenção debenefício previdenciário”.

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PESQUISA EXTERNA• A pesquisa externa é a atividade externa exercida

pelo servidor com o intuito de:• a) Verificar a veracidade dos documentos, bem como

buscar informações úteis à apreciação dorequerimento;

• b) Realizar as visitas necessárias ao desempenho dasatividades de Serviço Social;

• c) Atender programas revisionais de benefíciosprevidenciários e de benefícios assistenciaisprevistos na legislação;

• d) Atender as solicitações da Procuradoria e doPoder Judiciário para a coleta de informações úteis àdefesa do INSS.

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PROVA EM RELAÇÃO AOS DEPENDENTES

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A PROVA NOS BENEFÍCIOS DOS DEPENDENTES

• Benefícios: Pensão por Morte e AuxílioReclusão.

• Requisito: a) Qualidade de dependente; b)Qualidade de Segurado.

• Inscrição quando do requerimento dobenefício.

• Tempo de fruição variável.

• Morte presumida desaparecimento poracidente, desastre ou catástrofe.

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ROL DE DEPENDENTES

• 1ª CLASSE

cônjuge, companheira (o) – ex com pensão alimentícia

filho e equiparado: de qualquer condição, menor de 21anos, não emancipado, maior de 21 anos inválido oudeficiente(intelectual, mental ou deficiência grave)

• 2ª CLASSE

pais

• 3ª CLASSE

irmãos: de qualquer condição, menor de 21 anos, nãoemancipado, maior de 21 anos inválido ou deficiente (intelectual,mental ou deficiência grave)

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CRITÉRIOS

• Critério da Preferência: dependentes na 1ª classe excluem os demais.

• Critério do Rateio: dependentes da mesma classe concorrem em igualdade de condições.

• Critério da Dependência Econômica:

presumida para dependentes da 1ª classe

comprovação obrigatória para os demais

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COMPROVAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL

• Decorre de união pública, duradoura e contínua.

• Intuito de constituir família.

• Prova documental e testemunhal.

• Competência para reconhecimento JustiçaFederal.

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COMPROVAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

• Presumida cônjuge, companheira (o) e filhos

não é absoluta

• Comprovação obrigatória pais e irmãos

• Prova documental (mínimo de 3) e testemunhal

• Vide o Rol do § 3º do art. 22 do Decreto 3.048/99

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DOCUMENTOS HÁBEIS

• Certidão de nascimento de filho havido em comum

• Certidão de casamento religioso

• Declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente

• Disposições testamentárias

• Declaração especial feita perante tabelião

• Prova de mesmo domicílio questionável

• Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil.

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Page 96: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

Continuação

• Procuração ou fiança reciprocamente outorgada.

• Conta bancária conjunta.

• Registro em associação de qualquer natureza, ondeconste o interessado como dependente do segurado.

• Anotação constante de ficha ou livro de registro deempregados.

• Apólice de seguro da qual conste o segurado comoinstituidor do seguro e a pessoa interessada comosua beneficiária.

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Page 97: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

Continuação

• Ficha de tratamento em instituição de assistênciamédica, da qual conste o segurado comoresponsável.

• Escritura de compra e venda de imóvel pelosegurado em nome de dependente.

• Declaração de não emancipação do dependentemenor de vinte e um anos.

• Quaisquer outros que possam levar à convicção dofato a comprovar.

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Page 98: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

PROVAS ESPECÍFICAS PARA O AUXÍLIO-RECLUSÃO

• Prova da qualidade de segurado de baixa renda –01/2018 = R$1.319,18.

• Prova da prisão do segurado – esta somente atravésdos meios específicos de prova, ou seja, a certidãode efetivo recolhimento à prisão –, sendoobrigatória, para a manutenção do benefício, aapresentação de declaração de permanência nacondição de presidiário (prova tarifada).

• Prova da inexistência de remuneração paga pelaempresa ou percepção de aposentadoria ou auxílio-doença (CNIS).

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Page 99: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

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A PROVA NOS BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

• Qualidade de segurado e carência, quando for o caso

• INCAPACIDADE

• Agravamento ou a progressividade da doença na filiação

• “A perícia médica a cargo da Previdência Sociale a perícia médica judicial são instrumentosindispensáveis à análise da concessão debenefícios por incapacidade real, ou seja, oauxílio-doença, a aposentadoria por invalidez eo auxílio-acidente.” SAVARIS, José Antônio

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INCAPACIDADE/INVALIDEZ

NB: 31/91 – AUXILIO DOENÇA – INCAPACIDADE PARA O EXERCICIO DA ATIVIDADE HABITUAL

PARCIAL OU TOTAL + TEMPORÁRIA NB: 32/92 – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ –

INCAPACIDADE PARA O EXERCICIO DE QUALQUER ATIVIDADE LABORAL

• TOTAL + DEFINITIVO + NÃO PODE SER REABILIDADO PARA OUTRA ATIVIDADE

NB: 94/36 – AUXILIO ACIDENTE – REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL

• PARCIAL + DEFINITIVA + NEXO CAUSAL PARA NB: 94 GRANDE INVALIDEZ – INCAPACIDADE TOTAL, PERMANENTE +

DEPENDE DE 3ª PESSOA DII – DATA O INICIO DA INCAPACIDADE

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PERÍCIA MÉDICA

• APOSENTADORIA POR INVALIDEZ § 1º do art. 42 LEI 8.213/91

• § 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

• AUXILIO-DOENÇA § 4º do art. 61 – LEI 8.213/91

• § 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.

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DA PROVA PERICIAL (PROVA TARIFADA)

• O exame pericial tem como pressuposto a necessidade de conhecimentos técnicos ou científicos - arts. 464 a 480 CPC

• Incapacidade para o trabalho ou ainda a data de início da incapacidade

• Laudo pericial não vincula o juiz – Art. 479, CPC

• Médico Perito do INSS avaliação em processo administrativo

• Profissional de confiança do juízo avaliação em processo judicial

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LAUDO PERICIAL

• Art. 473. O laudo pericial deverá conter:

• I - a exposição do objeto da perícia;

• II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

• III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;

• IV - resposta conclusiva a todos os quesitosapresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

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LAUDO PERICIAL

• § 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentaçãoem linguagem simples e com coerência lógica, indicandocomo alcançou suas conclusões.

• § 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de suadesignação, bem como emitir opiniões pessoais que excedamo exame técnico ou científico do objeto da perícia.

• § 3o Para o desempenho de sua função, o perito e osassistentes técnicos podem valer-se de todos os meiosnecessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,solicitando documentos que estejam em poder da parte, deterceiros ou em repartições públicas, bem como instruir olaudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ououtros elementos necessários ao esclarecimento do objeto daperícia.

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Page 106: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

ASSISTENTE TÉCNICO

• Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

• § 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

• § 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

• I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

• II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte

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Page 107: Profa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

RELATÓRIOS MÉDICOS PARTICULARES

• Podem ser utilizado pelo juiz para concessão da Antecipação dos Efeitos da Tutela para fins de restabelecimento de benefícios por incapacidade.

• Não dispensam a prova médica pericial, que deverá ser produzida a fim confirmar ou infirmar a incapacidade

• DECRETO Nº 8.691, DE 14 DE MARÇO DE 2016 –Cooperação entre INSS/SUS

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NEXO CAUSAL

• No que se refere ao Acidente de Trabalho, o laudo de vistoriaé prova essencial para comprovar o nexo entre o acidente dotrabalho e o ambiente do trabalho, podendo, todavia, ser avistoria substituída pelo Nexo Técnico Epidemiológico NTEP,nos termos do art. 21-A da Lei 8.213/91.

• O enquadramento só pode ser realizado pela perícia médica• A aplicação do Nexo Técnico epidemiológico gera a presunção

de nexo causal entre a doença incapacitante e o ambiente dotrabalho. Porém, essa presunção é relativa e não pode serelidida por qualquer meio de prova; antes, requer a produçãode nova prova pericial, dessa vez acompanhada da vistoria emrelação ao ambiente do trabalho. Ou seja, deve-se percorrer ocaminho inverso do dispositivo legal.

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NTEP

• Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

• § 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

• § 2o A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

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MUITO OBRIGADA!!!