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Aula 01 Curso: Direito Constitucional p/ ICMS RJ Professor: Jonathas de Oliveira

Professor: Jonathas de Oliveira...Curso: Direito Constitucional p/ ICMS RJ Teoria e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 01 Prof. Jonathas de Oliveira 4 de 45 (CESPE

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Curso: Direito Constitucional p/ ICMS RJ

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Assunto Página

1- Conceitos de Constituição 03

2- Regras materialmente constitucionais e formalmente constitucionais

04

3- Tipos de Constituição 06

3.1- Quanto à Origem 06

3.2- Quanto à Forma 07

3.3- Quanto à Extensão 07

3.4- Quanto ao Conteúdo 07

3.5- Quanto ao Modo de Elaboração 07

3.6- Quanto à Alterabilidade 08

3.7- Quanto à Dogmática 08

3.8- Quanto à Correspondência com a realidade (ontologia) 08

3.9- Quanto ao Sistema 09

3.10- Quanto à Origem de sua decretação 09

3.11- Quanto à Finalidade 09

3.12- Resumo da ópera: Constituição Federal de 1988 09

4- Hermenêutica constitucional 12

4.1- Métodos de interpretação constitucional 12

4.2- Princípios de interpretação constitucional 14

4.3- Princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição

15

5- Poder constituinte originário, derivado e difuso 19

5.1- Poder constituinte originário 19

5.2- Poder constituinte derivado 24

5.2.1- Poder constituinte derivado revisor 24

5.2.2- Poder constituinte derivado reformador 25

5.2.3- Poder constituinte derivado decorrente 26

Aula 01 – Conceito de Constituição; Regras materialmente constitucionais e formalmente constitucionais; Tipos de Constituição; Hermenêutica constitucional; Poder constituinte originário, derivado e difuso

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5.3- Poder constituinte difuso 26

6- Questões comentadas 28

7- Lista de exercícios 39

8- Gabarito 45

9- Referencial Bibliográfico 45

Olá guerreiras e guerreiros!

Este é mais um tópico que a FCC parece não apreciar muito... rs

Porém, nada impede que um súbito gosto surja no próximo ICMS RJ! Além disso, alguns conceitos que aqui serão tratados facilitam sobremaneira a compreensão de outros itens de bastante peso, como aqueles relativos ao controle de constitucionalidade.

Vamos então à aula!

Podemos identificar na doutrina três conceitos mais destacados de Constituição. São diferentes sentidos sob as quais tal termo pode ser compreendido.

Com um ou outro ajuste, são os conceitos mais cobrados em concursos públicos na área fiscal. Quase sempre, sem muitos desvios e sem maior nível de aprofundamento.

Na FCC, sua incidência é, historicamente, quase nula.

Político

Principal expoente: Carl Schimtt

Constituição é a decisão política fundamental (as normas que estruturam a base da sociedade). As demais

normas, ainda que inscritas no mesmo documento, seriam somentes leis constitucionais.

SociológicoPrincipal expoente: Ferdinand Lassale

Constituição é o somatório das forças sociais (fatores reais) que compoem o poder dentro da sociedade.

Jurídico

Principal expoente: Hans Kelsen

Constituição como norma logíco-jurídica: é a norma hipotética fundamental.

Constituição como norma jurídico-positiva: é a norma que fundamenta a existência das demais e lhes serve de

referência.

1- Conceitos de Constituição

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(CESPE / Auditor do TCU / 1996) Em relação ao pensamento jurídico-filosófico acerca da Constituição, julgue o item seguinte.

Os fatores reais de poder, segundo Ferdinand Lassale, não se submetem aos termos da Constituição escrita quando esta esteja dissociada daqueles.

Resolução: Correta. Questão antiga, eu sei, mas que serve para fixação. Fatores reais de poder = Definição de Lassale.

(CESPE / Auditor do TCU / 1996) Em relação ao pensamento jurídico-filosófico acerca da Constituição, julgue o item seguinte.

Na concepção de Hans Kelsen, a Constituição é o diploma que contém as regras que presidem a feitura das leis.

Resolução: Correta. Aqui temos o entendimento de Constituição como norma jurídico-positiva.

(CESPE / Analista Judiciário do STF / Área Judiciária / 2008) Acerca da teoria geral da constituição e do Poder Constituinte, julgue o item seguinte.

Considere a seguinte definição, elaborada por Kelsen e reproduzida, com adaptações, de José Afonso da Silva (Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Atlas, p. 41...).

A constituição é considerada norma pura. A palavra constituição tem dois sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. De acordo com o primeiro, constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental da validade da constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau. É correto afirmar que essa definição denota um conceito de constituição no seu sentido jurídico.

Resolução: Correta. Questão bem didática e ilustrativa. Pena que nem todas de CERTO x ERRADO do CESPE sejam assim!

Ao abordamos o conceito de Constituição, quer sob o prisma formal, quer sob o ponto de vista material, podemos tirar as seguintes conclusões em relação às regras constitucionais.

2- Regras materialmente constitucionais e formalmente constitucionais

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No capítulo anterior havíamos apontado que “regras” nada mais são que espécies do gênero “normas”. Pois bem... É importante que o candidato conserve tal distinção em mente, o que será especialmente útil ao estudarmos os tipos de Constituição.

No mais, desde já, considere-se uma afirmativa correta: o Brasil adota o critério formal na identificação da constitucionalidade de suas normas.

Por exemplo, se a Constituição tratar do preço dos automóveis (seja pelo texto original, seja por mudança oriunda de revisão ou reforma), então o preço dos automóveis será matéria constitucional.

(CESPE / Técnico do MPU / Área de Administração / 2013) No que se refere à CF, julgue o item a seguir.

Todas as normas presentes na CF, independentemente de seu conteúdo, possuem supremacia em relação à lei ordinária, por serem formalmente constitucionais.

Resolução: Correta. Conciliando o conceito de supremacia da Constituição (relembrem a pirâmide de Kelsen) e, sabendo que no Brasil se adota o critério formal de Constituição, temos que, qualquer norma (regra ou princípio) constitucional será hierarquicamente superior à legislação infraconstitucional (leis ordinárias, complementares, decretos, resoluções etc.).

IMPORTANTE: Algumas vozes doutrinárias chamam a atenção para o fato de que a partir da Emenda Constitucional nº 45 de 2004, seria adequado afirmar que o Brasil comporta um critério misto, em especial pelo o que dispõe o art. 5º, §3º da Constituição Federal:

REGRAS MATERIALMENTECONSTITUCIONAIS

• Fator distintivo: qual a qualidade doconteúdo da regra?

• É materialmente constitucional aregra que versa sobre aspectonuclear da sociedade em seumodus operandi jurídico-positivo(forma de Estado, forma degoverno, sistema de governo,divisão de Poderes etc.).

• Tal critério admite a existência deregras constitucionais fora da cartaconstitucional.

REGRAS FORMALMENTECONSTITUCIONAIS

• Fator distintivo: qual procedimentolegislativo de introdução da regrano ordenamento jurídico?

• É formalmente constitucional aregra existente por simplesmanifestação do poder constituinte(originário, revisor ou reformador),independentemente do seu teor.

• Tal critério admite comoconstitucionais regras indiferentesao funcionamento estrutural dasociedade (ex.: CF/88, art. 242,§2º, que trata do Colégio Pedro II).

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“Art. 5º [...] § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Observe-se que o dispositivo condiciona a referida equivalência à matéria (tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos) e a seu modo de introdução no ordenamento jurídico (rito de aprovação idêntico ao das emendas constitucionais).

Este parágrafo vem sendo cada vez mais cobrado nos certames e será melhor examinado na aula 03. Portanto, desde já, ATENÇÃO.

Antes de mais nada, cumpre destacar que não há tipologia mais ou menos acertada. As diferentes classificações dizem apenas com perspectivas a partir das quais a Constituição (para fins didáticos, entenda-se o termo aqui em seu sentido jurídico) é visualizada.

Adotamos e adaptamos aqui a estrutura de apresentação proposta por Lenza (2012). No entanto, cumpre sublinhar que a tradição da Fundação Carlos Chagas é a de pouco abordar tal conteúdo, ao contrário de outras bancas, notadamente a Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF) e o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE), bem mais apaixonadas pela teoria do Direito Constitucional.

Outorgadas

Instituídas unilateralmente pelo agente ou classe política dirigente num movimento de auto

contenção/restrição. Não obtiveram legitimidade por parte do povo.

Ex.: No Brasil, as de 1824, 1937 e 1967.

Promulgadas

Instituídas pela via democrática, resultantes de uma Assembleia Nacional Constituinte eleita e, portanto,

legitimada por parte do povo.

Ex.: No Brasil, as de 1891, 1934, 1946 e 1988.

CesaristasSemelhantes às outorgadas. No entanto,

referendadas (ação a posteriori) pelo povo. Pouco cobradas em provas.

3.1- Quanto à Origem

3- Tipos de Constituição

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Escritas Materializadas num documento escrito e único. Ex.: No Brasil, a de 1988.

Não escritas (costumeiras)

Materializadas em textos legais diversos e esparsos, além de se fazerem presentes por meio

das convenções sociais, costumes, jurisprudência etc.

Ex.: A Constituição da Inglaterra.

Sintéticas(concisas, sumárias,

sucintas)

Consubstanciam princípios fundamentais e estruturais do Estado, pouco ou nada versando

sobre pormenores. Tendem a ser mais duradouras e estáveis. Ex.: A Constituição norte-america e a brasileira

de 1981.

Analíticas(amplas, extensas,

volumosas)

Consubstanciam, além de elementos estruturantes, diversas minúcias de índole não essencial ao

funcionamento e à organização do Estado. Ex.: No Brasil, a de 1988 (vide art. 242, §2º).

Materialmenteconstitucionais

Textos legais que contém as normas essenciais ao funcionamento e à organização do Estado. O elemento distintivo é o conteúdo normativo e não necessariamente a existência de uma Constituição escrita ou outros fatores de

natureza formal. Ex.: No Brasil, a de 1824.

Formalmenteconstitucionais

Elemento distintivo é o processo de formação da norma e sua inserção no mundo jurídico por um órgão

constituinte (originário ou derivado), independentemente de seu teor. Ex.: No Brasil, a de 1988.

Dogmáticas

Constituições escritas que são elaboradas racional e sistematicamente por um órgão constituinte, a partir de

ideologias e dogmas previamente concebidos. Ex.: No Brasil, a de 1988.

Históricas

Constituições (escritas ou não) elaboradas gradativamente como reflexo imediato das características peculiares do povo do Estado e sua dinâmica ao longo do tempo. Ex.: A

Constituição da Inglaterra

3.5- Quanto ao Modo de Elaboração

3.4- Quanto ao Conteúdo

3.3- Quanto à Extensão

3.2- Quanto à Forma

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Imutáveis (permanentes)

Pretensamente eternas. Desconsideram a evolução da sociedade a qual pretendem normatizar.

Super rígidas

Parcialmente imodificáveis pelo poder constituinte derivado. O que as caracteriza é a existência de um núcleo de

matérias impossível de ser modificado (suprimido). Ex.: Para alguns autores, no Brasil, a de 1988 (vide cláusulas

pétreas).

RígidasProcesso de modificação requer um rito legislativo mais solene e moroso. Ex.: No Brasil, a de 1988 (vide

processo legislativo – art. 60 – de emenda à Carta Magna).

Flexíveis (plásticas)

Processo de modificação se assemelha àquele das leis infraconstitucionais (notadamente, medidas provisórias,

leis ordinárias, leis complementares e leis delegadas).

Ortodoxas Constituições formadas por basicamente uma única corrente ideológica. Ex.: A Constituição soviética de 1977

Ecléticas Constituições formadas por diversas correntes ideológicas. Ex.: A brasileira de 1988.

Normativas

Constituições que, de fato, disciplinam o agir do Estado e estabelecem em seu sistema estrutural elevada

correspondência com a realidade social e política. Ex.: A brasileira de 1988 é (ou para alguns autores, ‘pretende ser’)

normativa.

Nominalistas

Constituições que tentam estabelecer critérios limitadores ao poder político, porém não logram êxito. Estabelecem em seu sistema estrutural média correspondência com a

realidade social e política.

Semânticas

Constituições que apenas visam a legitimar as ações dos agentes ou classes políticas dominantes. Estabelecem

em seu sistema estrutural baixa correspondência com a realidade social e política.

3.8- Quanto à Correspondência com a Realidade (ontologia)

3.7- Quanto à Dogmática

3.6- Quanto à Alterabilidade

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TIPOLOGIA CF/88

Origem Promulgada

Forma Escrita

Extensão Analítica

Conteúdo Formalmente Constitucional

Modo de elaboração Dogmática

Principiológicas Constituições em que predominam princípios. Ex.: A brasileira de 1988.

Preceituais Constituições em que predominam regras.

HeterônomasConstituições decretadas por outro Estado ou organismo internacional. Ex.: A Constituição

japonesa de 1946.

AutônomasConstituições decretadas pelo próprio Estado que

por ela será regido. Ex.: Todas as Constituições brasileiras.

Garantia

(liberais ou negativas)

Constituições que visam a garantir a proteção dos direitos civis e políticos dos cidadãos em face à potencial arbitrariedade do Estado, numa típica

atuação negativa deste. Marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito.

BalançoConstituições que consubstanciam princípios socialistas.

Marcam a passagem de um Estado de Direito para um Estado Democrático de Direito.

Dirigentes

(sociais ou positivas)

Constituições que estabelecem uma diretiva ou projeto de Estado, numa típica atuação positiva deste.

3.12- Resumo da ópera: Constituição Federal de 1988

3.11- Quanto à Finalidade

3.10- Quanto à Origem de sua decretação

3.9- Quanto ao Sistema

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Alterabilidade Super rígida / Rígida

Dogmática Eclética

Correspondência com a realidade (ontologia)

Pretende ser normativa

Sistema Principiológica

Origem de sua decretação Autônoma

Finalidade Dirigente

(FCC / Auditor Fiscal Tributário Municipal – SP / 2007) A classificação da Constituição brasileira de 1988, quanto à alterabilidade de suas normas, decorre dos dispositivos constitucionais nos quais:

[...]

c) se estabelecem iniciativa, turnos e quorum de votação, além de limitações materiais e circunstanciais, para o exercício do poder de reforma constitucional.

Resolução: Correta.

Boa questão da FCC. Adiantando um pouco a matéria, prevê o art. 60 da Lei Maior:

Art. 60. [...] § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio [LIMITAÇÃO CIRCUNSTANCIAL]. [...]

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir [LIMITAÇÕES MATERIAIS]:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais. [...]

(CESPE / Juiz Federal TRF da 1ª Região / 2009) Assinale a opção correta acerca do conceito, da classificação e dos elementos da constituição.

a) Segundo a doutrina, os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitam a ação dos poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam o rol dos direitos fundamentais.

b) No sentido sociológico, a constituição seria distinta da lei constitucional, pois refletiria a decisão política fundamental do titular do poder constituinte,

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quanto à estrutura e aos órgãos do Estado, aos direitos individuais e à atuação democrática, enquanto leis constitucionais seriam todos os demais preceitos inseridos no documento, destituídos de decisão política fundamental.

c) Na acepção formal, terá natureza constitucional a norma que tenha sido introduzida na lei maior por meio de procedimento mais dificultoso do que o estabelecido para as normas infraconstitucionais, desde que seu conteúdo se refira a regras estruturais do Estado e seus fundamentos.

d) Considerando o conteúdo ideológico das constituições, a vigente Constituição brasileira é classificada como liberal ou negativa.

e) Quanto à correspondência com a realidade, ou critério ontológico, o processo de poder, nas constituições normativas, encontra-se de tal modo disciplinado que as relações políticas e os agentes do poder se subordinam às determinações de seu conteúdo e do seu controle procedimental.

Resolução: Alternativa E. Questão interessante por revisar diversos pontos trabalhados até aqui.

O erro do item “A” é que tais elementos são limitativos e não orgânicos, conforme sintetiza a lição de José Afonso da Silva. Já o item “B”, descreve o que seria o conceito político de Constituição (vide Carl Schmitt) e não o sociológico (vide Ferdinand Lassale).

O item “C” inicia acertadamente, porém erra ao condicionar à acepção formal ao conteúdo das normas. Nessa tipologia (formal), não interessa o elemento material do texto normativo.

Por fim, a atual CF/88 é tida como dirigente (sinônimos: social ou positiva), uma vez que exprime uma atuação de cunho intervencionista do Estado nas relações sociais, de modo a assegurar a premência dos direitos e garantias individuais e coletivos, sociais etc.

(FCC / Especialista em Políticas Públicas – SP / 2009) No tocante à caracterização das normas constitucionais sob o ângulo formal e material, é correto afirmar, em face da Constituição brasileira de 1988, que:

a) todas as normas nela contidas são formal e materialmente constitucionais.

b) nela existem algumas normas que são apenas formalmente constitucionais.

c) não há normas materialmente constitucionais fora de seu corpo articulado.

d) são materialmente constitucionais apenas as suas normas referentes à organização dos Poderes e aos direitos individuais.

e) são formalmente constitucionais todas as normas contidas em seu corpo articulado, mesmo as destituídas de rigidez.

Resolução: Item B. Questão direta. Apenas algumas ressalvas.

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Ao contrário do que afirma a letra “D”, outras normas, como as relativas à forma de Estado, aos objetivos fundamentais, aos direitos coletivos etc. são também materialmente constitucionais. ATENÇÃO: desconfie dos termos condicionantes e articuladores na oração, em especial dos advérbios (apenas, somente, sempre, nunca...).

O erro da letra “E” é invocar a existência de regras constitucionais destituídas de rigidez. O entendimento doutrinário dominante é de que toda a Constituição é dotada de rigidez e, algumas matérias, inclusive, são dotadas de super rigidez.

Uma vez que a Constituição irradia o fundamento de validade do nosso ordenamento jurídico, é de nuclear importância o trabalho de adequada interpretação (hermenêutica) do seu texto.

Segundo a lição de Canotilho (1993), a hermenêutica constitucional dispõe, para esse propósito, de um conjunto de métodos de interpretação (não são necessariamente mutuamente excludentes), os quais expomos sinteticamente a seguir, somando ainda o importante método da comparação constitucional, não abordado diretamente pelo professor.

JURÍDICO (HERMENÊUTICO

CLÁSSICO)

"Interpretar a Constituição é interpretar uma lei".Para tanto, o sentido desta deve ser buscado a partirdos elementos:

(i) gramatical/textual - análise literal;

(ii) lógico - análise da harmonia lógica do sistema;(iii) histórico - análise da evolução das normas e docontexto em que estão inseridas;

(iv) teleológico - análise da finalidade das normas;(v) genético - análise da origem dos conceitosnormativos.

CIENTÍFICO-ESPIRITUAL

Este método considera que a tarefa de interpretaçãoconstitucional deve considerar:

(i) os sistemas de valores subjacentes ao textoconstitucional;

(ii) o sentido social e a realidade evolutiva da LeiMaior.

4.1- Métodos de interpretação constitucional

4- Hermenêutica constitucional

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(CESPE / Procurador da AGU / 2010) Quanto à hermenêutica constitucional, julgue o item a seguir.

O método hermenêutico-concretizador caracteriza-se pela praticidade na busca da solução dos problemas, já que parte de um problema concreto para a norma.

Resolução: Errada.

Quando a temática “métodos de interpretação constitucional” incide em provas, é comum o uso de pegadinhas invertendo os conceitos de método “tópico-problemático” e “hermenêutico-concretizador”.

(FCC / Auditor Fiscal Tributário Estadual – PB / 2006) O método de interpretação das normas constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da norma, levando-se em consideração o seu fundamento racional, é o método:

a) literal.

b) gramatical.

c) histórico.

TÓPICO-PROBLEMÁTICO

Método caracterizado pelo caráter prático dainterpretação.

Sentido interpretativo:CASO CONCRETO → NORMA

(mais específico para o mais geral)

HERMENÊUTICO-CONCRETIZADOR

Método caracterizado pelo grande peso das pré-compreensões do intérprete e de sua mediaçãoentre a norma e o caso concreto.

Sentido interpretativo:NORMA (pré-compreendida) → CASO CONCRETO

(mais geral para o mais específico)

NORMATIVO-ESTRUTURANTE

Método caracterizado pela compreensão de que otexo da norma positivada é apenas a ponta doiceberg normativo. O interpréte (legislador,administrador, julgador) deverá captar a realidadesocial e concretizar uma aplicação prática dasnormas.

COMPARAÇÃO CONSTITUCIONAL

Método caracterizado por se valer da confrontaçãode diversas Constituições, seja no âmbitoexterno (Constituições de outros países), seja noâmbito interno (histórico de Constituições do País).

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d) sistemático.

e) teleológico.

Resolução: Alternativa E. A interpretação jurídico-constitucional incorpora, pois, uma série de critérios que se pretendem justos, transparentes, objetivos, razoáveis, estruturantes e harmonizadores.

OBSERVAÇÃO: destacamos que a quase totalidade das principais bancas costuma explorar este tópico somente em certames da área jurídica. A exceção parcial é a ESAF que, com alguma recorrência, o aborda em provas da área fiscal.

Paralelamente aos métodos de interpretação constitucional temos –partindo de uma postura hermenêutico-concretizadora – um rol de princípios de interpretação, os quais, grosso modo, facilitam a “operacionalização” do trabalho do exegeta (aquele encarregado da extração e contextualização do sentido mais real e “puro” pretendido pela norma).

É por meio de tais princípios que a praxis (prática) jurídica articula a aplicação do Direito Constitucional no mundo real.

Canotilho os estrutura como será descrito a seguir. Somamos, ainda, os cada vez mais recorrentes no âmbito doutrinário, princípios da proporcionalidade e da razoabilidade (frequentemente tratados como sinônimos).

Os princípios de interpretação são comandos gerais de otimização nesta tarefa. Tais comandos tem como norte:

UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO

A Constituição deve ser interpretada como umtodo harmônico. Os conflitos entre normas (videchoque de princípios e choque de regras) sãoapenas aparentes e devem ser sanados de modo aevitar a existência persistente de contradições.

EFEITO INTEGRADOR

Princípio complementar ao supracitado. Implica eminterpretar a Constituição adotando os critérios eresoluções que contribuam para maiorintegração e coesão política e social.

MÁXIMA EFETIVIDADE

É um princípio que visa a atribuir às normasconstitucionais a maior eficácia possível,extraindo o máximo de seus efeitos potenciais.Especialmente aplicável quando da interpretação dosdireitos e garantias fundamentais.

4.2- Princípios de interpretação constitucional

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Aplicado nos casos em que a interpretação de uma mesma norma pode produzir significados diversos (normas polissêmicas). O intuito é conduzir a interpretação desta ao sentido mais compatível com o texto constitucional, afastando-a dos vieses inconstitucionais e conservando-a no sistema normativo.

Pode ser com redução de texto ou sem redução de texto.

Atente-se para o fato de que tal princípio apresenta alguns limites:

• (i) o intérprete não pode ignorar ou corromper o texto literal e o significado mais plausível da norma;

• (ii) o intérprete não pode estender a interpretação para além do limites do conteúdo legal, atuando como legislador.

JUSTEZA/ CONFORMIDADE

FUNCIONAL

É um princípio que visa a evitar que o intérpreteconstitucional fragilize e subverta a estruturaorganizativa estabelecida pelo poderconstituinte. Especialmente aplicável nos momentosde crise institucional e conflito aparente decompetências.

CONCORDÂNCIA PRÁTICA /

HARMONIZAÇÃO

Havendo conflito aparente de normas(especialmente princípios), a solução deve serbuscada de modo a evitar o sacrifício total de umdeles. Especialmente aplicável em relação aosdireitos fundamentais, por exemplo, quando aliberdade de ação/expressão de um indivíduo entraem choque com a de outro ou da coletividade.

FORÇA NORMATIVA

Princípio idealizado por Konrad Hesse, estatui que oânimo da Constituição deve ser o de materializar ecristalizar no mundo real a razão normativa quelhe é própria, de tal modo que a consciência sócio-política e jurídica da sociedade seja moldada (e,reciprocamente, molde) a Constituição enquantosistema de referência.

PROPORCIONALIDADE / RAZOABILIDADE

Princípio que condiciona o plano jurídico-positivo, conduzindo ideais como equidade,ponderação, justiça, moderação. Pode serdestrinchado em três elementos:Adequação (eficácia do meio)

Necessidade (escolha do melhor meio)

Proporcionalidade estrita (equilíbrio entremeios e fins)

4.3- Princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição

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(FCC / Analista de Controle do TCE - PR / Área Jurídica / 2011) Em matéria de colisão de direitos fundamentais, a aplicação do princípio da proporcionalidade pressupõe, entre outros elementos, que a restrição ao exercício de um direito fundamental somente ocorra se não houver outro meio menos gravoso e igualmente eficiente para a solução da colisão. O elemento do princípio da proporcionalidade ao qual o texto se refere é o da:

a) necessidade.

b) adequação.

c) eficácia.

d) proporcionalidade em sentido estrito.

e) vedação do retrocesso.

Resolução: Item A. É sempre um pouco irritante (e desgastante) quando a banca saca questões muito pormenorizadas ou com conceitos fáceis de serem confundidos.

A dúvida maior seria entre as alternativas “A” e “B”, uma vez que a proporcionalidade estrita é auto explicativa. Podemos pensar da seguinte maneira (e isso vale para tópicos afins): vamos somente gravar que necessidade tem haver com a seleção do melhor meio. O resto resolvemos por exclusão.

(FCC / Auditor do TCE – SP / 2008) Por força da Emenda Constitucional no 52, de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do artigo 17 da Constituição da República, estabelecendo-se inexistir obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas dos partidos políticos em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Referido dispositivo foi objeto de impugnação por meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final julgada procedente, pelo Supremo Tribunal Federal, para o fim de declarar que a alteração promovida pela referida emenda constitucional somente fosse aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência (ADI 3685-DF, Rel. Min. Ellen Gracie, publ. DJU de 10 ago. 2006).

Na hipótese relatada, o Supremo Tribunal Federal procedeu à:

a) interpretação, conforme a Constituição, sem redução de texto normativo.

b) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto normativo.

c) declaração total de inconstitucionalidade, com redução de texto normativo.

d) interpretação, conforme a Constituição, com redução de texto normativo.

e) declaração de situação de norma ainda constitucional.

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Resolução: Alternativa A. Mesmo que o candidato desconhecesse a ADI, com os dados do enunciado é possível observar que a decisão do STF se limitou a apontar a qualidade temporal da produção de efeitos da norma: ela seria aplicável ou não às eleições em curso naquele ano? Descartamos assim as alternativas “B”, “C” e “D”.

As ações da Suprema Corte se deram basicamente no sentido de afastar um dos possíveis sentidos da EC 52/2006. Note-se que a interpretação conforme é princípio aplicável às denominadas normas polissêmicas (que admitem diversos sentidos interpretativos).

Fixem: normas polissêmicas � interpretação conforme.

(FCC / Notário e Registrador - TJ PE / Concurso de remoção / 2013) O principal debate teórico na seara do constitucionalismo, aqui considerado sintética e amplamente como técnica jurídica de tutela de direitos e garantias fundamentais do cidadão através de constituições escritas, reside na discussão se houve ou não a evolução para um novo paradigma denominado neoconstitucionalismo. A interpretação constitucional passou a ter uma gama de técnicas e princípios específicos de exegese. Independentemente da polêmica acadêmica, vem sendo aplicado, reiteradamente, em decisões importantes do Supremo Tribunal Federal, o Princípio da Proporcionalidade, com o seguinte sentido:

a) advém dos princípios gerais do direito e serve de regra de interpretação para todo o ordenamento jurídico. Acolhido na área do Direito Constitucional por estar vinculado a ideia de Estado de Direito e direitos fundamentais, especialmente quando há colisão de bens ou valores igualmente protegidos pela Constituição.

b) um mandato de otimização do querer constitucional, significando que entre diversas exegeses igualmente constitucionais, deve-se escolher a que se orienta para a constituição ou que melhor corresponde às decisões do constituinte.

c) as normas constitucionais devem ser vistas como um sistema integrado de regras e princípios, de modo a permitir ao intérprete a construção de soluções exigidas em cada situação concreta.

d) a opção hermenêutica deve dar preferência a critérios que favoreçam a integração social e a unidade política.

e) cânone da interpretação constitucional que visa dar densidade aos direitos fundamentais diante da possibilidade de interpretações expansivas.

Resolução: Alternativa A.

A alternativa “B” trata, na verdade, do princípio da interpretação conforme. Já a “C”, traduz o espírito do princípio da unidade. A “D”, aborda o

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princípio do efeito integrador. A “E”, por sua vez, do princípio da concordância prática/harmonização.

(FGV / Juiz Estadual – AM / 2013) A respeito dos métodos de aplicação e interpretação da Constituição, assinale a afirmativa incorreta.

a) A ponderação consiste na técnica jurídica de solução de conflitos normativos que envolvem valores ou opções políticas em tensão, insuperáveis pelas formas hermenêuticas tradicionais.

b) A interpretação conforme a Constituição é uma técnica aplicável quando, entre interpretações plausíveis e alternativas de certo enunciado normativo, exista alguma que permita compatibilizá‐la com a Constituição. c) O princípio da concordância prática consiste numa recomendação para que o aplicador das normas constitucionais, em se deparando com situações de concorrência entre bens constitucionalmente protegidos, adote a solução que otimize a realização de todos eles, mas ao mesmo tempo não acarrete a negação de nenhum.

d) A aplicação do princípio da proporcionalidade esgota‐se em duas etapas: a primeira, denominada “necessidade ou exigibilidade”, que impõe a verificação da inexistência do meio menos gravoso para o atingimento dos fins visados pela norma jurídica, e a segunda, chamada “proporcionalidade em sentido estrito”, que é a ponderação entre o ônus imposto e o benefício trazido, para constatar se é justificável a interferência na esfera dos direitos dos cidadãos.

e) O princípio da eficácia integradora orienta o intérprete a dar preferência aos critérios e pontos de vista que favoreçam a integração social e a unidade política, ao fundamento de que toda Constituição necessita produzir e manter a coesão sociopolítico, pré‐requisito de viabilidade de qualquer sistema jurídico.

Resolução: Alternativa D. O correto seria “que impõe a verificação da Existência do meio menos gravoso” e não “que impõe a verificação da INExistência do meio menos gravoso”. Chamamos a atenção para o fato de que questões mais extensas costumeiramente se valem desse tipo de artifício para ludibriar o candidato.

O poder constituinte originário é uma força pré-jurídica, social e política, um poder de fato, de 1º grau, que, conforme expõem Mendes e Branco (2010), é consciente de si e disciplina as bases da convivência na comunidade política.

5- Poder constituinte originário, derivado e difuso

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Dele deriva o poder constituinte derivado (revisor, decorrente ou reformador), verdadeira força pós-jurídica (uma vez que nasce do Direito já estruturalmente constituído, e não antes dele), de 2º grau.

Ao lado desses dois poderes, traremos à análise mais um “poder”, qual seja, o poder constituinte difuso. Por razões didáticas, assumiremos tal nomenclatura. Contudo, ressaltem-se plenamente corretas as assertivas que o classificam primariamente como fenômeno interpretativo.

(FCC / Especialista em Políticas Públicas – SP / 2009) O Poder Constituinte denominado originário:

a) consubstancia manifestação do poder soberano do Estado, não sofrendo limitações de natureza jurídica no plano interno.

Poder Constituinte

Originário Derivado

Revisor (esgotado)

Decorrente (CE dos Estados e LO do DF)

Reformador (Emendas à Constituição)

Difuso (mutação)

O poder constituinte originário

(de 1º grau) é:

Inicial � precede a ordem jurídica. O Direito do Estado começa a partir dele e não antes.

Ilimitado � O Direito porventura anterior (conjunto normativo do Estado anterior) não lhe serve de molde.

É livre para criar e inovar o ordenamento.

OBS.: por outro lado, valores suprapositivos (religiosos e éticos, por exemplo) que inspiram a nação,

certamente lhe servem como parâmetro1.

Incondicionado � é um poder político, uma força social pré-jurídica.

Permanente � não se esgota após editada e outorgada ou promulgada a Constituição. Pelo contrário, é latente

ao longo da existência do Estado.

5.1- Poder constituinte ORIGINÁRIO

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b) tem como características a precariedade e a informalidade, servindo apenas para a estruturação do Poder Constituinte derivado.

c) não existe em Estados federativos, porquanto as Constituições dos Estados-membros estão adstritas às limitações estabelecidas na Constituição federal.

d) somente se manifesta por meio de Assembleia Constituinte, eleita de acordo com os princípios democráticos.

e) pode se manifestar por meio de emendas pontuais ou mediante ampla revisão da Constituição preexistente.

Resolução: Item A. Os itens “B” e “E” são do tipo “totalmente errados”. O primeiro descreve o oposto do que é o poder originário. O segundo descreve o poder derivado. O item “C” peca ao delimitar a existência do poder originário à forma de Estado. Na verdade, o poder de 1º grau será a base do Estado, regulando sua forma, a forma e o regime de governo e outros aspectos orgânicos. Já o “D” erra já que o poder originário também pode se manifestar em situações não tão democráticas, sem promulgação de Constituição mas, por exemplo, com outorga.

Questões de ordem prática

ATENÇÃO: abrimos um breve parênteses para expor rapidamente os dois tópicos a seguir, correlatos ao nosso tema central. Destacamos, no entanto, que para as provas da FCC (banca que mais nos interessa) na área fiscal, a possibilidade de incidência é bastante reduzida.

a) Recepção

A pergunta inevitável é: o advento de uma Constituição implica na nulidade de todas as normas infraconstitucionais (hierarquicamente, abaixo da Constituição, como as leis ordinárias e complementares, decretos e leis delegadas) da ordem anterior? Não necessariamente. Nessa situação, podemos ter dois casos:

Norma infraconstitucional

Compatível com a nova Constituição?

Será recepcionada (explícita ou tacitamente, total ou

parcialmente)

Incompatível com a nova Constituição?

Será revogada por ausência de recepção

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A norma recepcionada pode, inclusive, adquirir novo status. Exemplo clássico é o CTN (Lei nº 5.172/1966). Editado com quórum de lei ordinária, o Código foi recepcionado pela ordem inaugurada com a CF/88 com status de lei complementar, versando sobre tema que a Constituição atual reserva a esta espécie legal.

“Art. 146. Cabe à lei complementar: [...]

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; [...]”

Ou seja, o Código apresenta compatibilidade material (de conteúdo), porém não formal (de observância estrita ao processo legislativo).

O CTN é elucidativo por dois aspectos.

• Primeiro, nem todos os seus artigos foram recepcionados, o que reitera que a recepção pode ser parcial. Exemplo é seu art. 15, III:

(CTN) “Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:

I - guerra externa, ou sua iminência;

II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis;

III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.”

Ora, o Sistema Tributário Nacional expresso na CF/88 não admite mais tal situação como ensejadora de instituição de empréstimos compulsórios!

• Em segundo lugar, vale fazer uma importante distinção:

RECEPÇÃO DE NORMA COM STATUS INFRACONSTITUCIONAL � Pode ser tácita

RECEPÇÃO DE NORMA COM STATUS CONSTITUCIONAL � Deve ser expressa

No que concerne ao CTN, é o que dispõe o ADCT:

“Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. [...]

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§ 5º - Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da legislação anterior, no que não seja incompatível com ele [...].”

OBSERVAÇÃO 1: a posição esposada pelo STF é que, não havendo compatibilidade material da norma anterior com a nova Constituição, teremos um caso de revogação e não de inconstitucionalidade superveniente (ADI 02/DF).

OBSERVAÇÃO 2: espécie normativa “extinta” pode ser recepcionada pela nova Carta Magna. Exemplo clássico são os “decretos-lei”. Não é mais possível a criação de tais decretos. No entanto, vários continuam em plena vigência.

(ESAF / Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil / Área de Auditoria / 2000) Sabe-se que a Constituição em vigor não prevê a figura do Decreto-Lei. Sobre um Decreto-Lei, editado antes da Constituição em vigor, cujo conteúdo é compatível com esta, é possível afirmar:

a) Continua a produzir efeitos na vigência da nova Carta, por força do mecanismo da recepção.

b) Deve ser considerado formalmente inconstitucional e, por isso, insuscetível de produzir efeitos, pelo menos a partir da Constituição de 1988.

c) Deve ser considerado revogado com o advento da nova Constituição.

d) Deve ser considerado repristinado, podendo produzir efeitos parciais.

e) Passa a valer como decreto autônomo, perdendo a sua eficácia com relação às matérias submetidas ao princípio da legalidade.

Resolução: Alternativa A. Simples, não?

b) Repristinação (e efeito repristinatório)

Imagine-se o seguinte esquema:

Requisitos para recepção da norma:

necessidade de que ela seja constitucional no ordenamento anterior

apresentar compatibilidade formal e material com a Constituição em que fora editada

necessidade de que ela esteja em vigor quando da superveniência da nova Constituição

apresentar compatibilidade material com a Constituição em que é recepcionada

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Pois bem. O Brasil adotou como regra a impossibilidade da repristinação, que seria a restauração de norma revogada pelo fato da norma revogadora ter perdido a vigência, exceto se a nova Carta assim dispuser (o poder constituinte originário é ilimitado, estabelece o que quiser). Assim dispõe a Lei de Introdução ao Código Civil:

“Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. [...]

§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.”

Por outro lado, o efeito repristinatório é um fenômeno observado no controle de constitucionalidade (temática a ser estudada na próxima aula). Ilustremos:

Observe-se que a revogação é somente aparente. A norma B sendo declarada inconstitucional será considerada nula desde a origem (salvo modulação dos efeitos da decisão) e seus efeitos, inexistentes.

Constituição A

Norma X

Constituição B

(revoga efetivamentetoda a Constituição A)

Constituição C

(Norma X é compatível e poderia

ser recepcionada)

Norma ANorma B

(revoga aparentementea Norma A)

Norma B é declarada inconstitucional e a Norma A "recupera"

sua vigência

O poder constituinte

derivado

(de 2º grau) é:

Constituído � criado pelo poder constituinte originário.

Limitado � deve observância aos critérios materiais, formais, temporais elencados pelo poder de 1º grau.

Condicionado � sua manifestação é limitada aos ritos processuais delineados pelo poder originário.

5.2- Poder constituinte DERIVADO

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(FCC / Defensor Público – RS / 2011) No que se refere ao Poder Constituinte, é incorreto afirmar:

a) O Poder Constituinte genuíno estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-o e criando os poderes que o regerão.

b) Existe Poder Constituinte na elaboração de qualquer Constituição, seja ela a primeira Constituição de um país, seja na elaboração de qualquer Constituição posterior.

c) O Poder Constituinte derivado decorre de uma regra jurídica constitucional, é ilimitado, subordinado e condicionado.

d) Quando os Estados-Federados, em razão de sua autonomia político-administrativa e respeitando as regras estabelecidas na Constituição Federal, auto-organizam- se por meio de suas constituições estaduais estão exercitando o chamado Poder Constituinte derivado decorrente.

e) Para parte da doutrina, a titularidade do Poder Constituinte pertence ao povo, que, entretanto, não detém a titularidade do exercício do poder.

Resolução: Alternativa C. O Poder Constituinte Derivado é LIMITADO.

5.2.1 - Poder constituinte derivado revisor

Quando da promulgação da Carta de 1988, assim dispôs o ADCT:

“Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria

absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão

unicameral”.

Observe-se que a revisão constitucional fora bem mais flexível que o rito para aprovação de emendas constitucionais (discussão e aprovação em ambas Casas do Congresso Nacional, com quórum de três quintos dos votos dos parlamentares).

De todo modo, como resultado, tivemos a aprovação de 6 emendas de revisão. A eficácia de tal poder encontra-se exaurida.

5.2.2 - Poder constituinte derivado reformador

É o poder que se manifesta por meio das emendas à Constituição.

O rito processual encontra-se disposto no art. 60 da CF/88. Adiantamos que os elementos serão devidamente trabalhados mais adiante no momento oportuno:

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

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I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados OU do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa [simples] de seus membros.

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio [LIMITAÇÃO CIRCUNSTANCIAL].

§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do

Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a ABOLIR [LIMITAÇÕES MATERIAIS]:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma SESSÃO legislativa [PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE ABSOLUTA].

(FCC / Auditor Substituto de Conselheiro do TCE – RO / 2010) Suponha que esteja tramitando no Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucional para alterar o artigo 29, VIII, com o intuito de ampliar a inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos para além da circunscrição do Município. Esta proposta de Emenda Constitucional:

a) não poderá ser aprovada porque afronta o Poder Constituinte Originário, o qual não permite que restrições de direitos sejam modificadas.

b) é uma manifestação do Poder Constituinte Derivado Reformador e, portanto, não poderá ser aprovada por desrespeitar a cláusula pétrea da separação de poderes e da federação.

c) é uma manifestação do Poder Constituinte Derivado Reformador que não afronta os limites materiais da Constituição e, portanto, poderá ser aprovada.

CLÁUSULAS PÉTREAS

(explícitas)

OBS.: Podem ser modificadas em sentido expansivo de direitos e garantias.

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d) poderá ser aprovada, mas sua aplicabilidade dependerá de alteração do texto das Constituições Estaduais e das Leis Orgânicas Municipais, por imposição do Poder Constituinte Derivado Decorrente.

e) é uma manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente e, portanto, não poderá ser aprovada por afrontar a cláusula pétrea da separação de poderes e da federação.

Resolução: Alternativa C. A proposta em nada afeta as cláusulas pétreas explícitas ou implícitas. Mesmo que o candidato não as conheça taxativamente, o fato de a emenda tender a ampliar direitos e garantias, é forte indicativo que não desrespeita o disposto na Constituição.

5.2.3 - Poder constituinte derivado decorrente

É o poder que se manifesta na elaboração das Constituições Estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal.

ATENÇÃO: as Leis Orgânicas dos Municípios não são fruto do poder constituinte derivado decorrente. Seu fundamento imediato de validade são as Constituições Estaduais.

É o poder que se manifesta no fenômeno das mutações constitucionais.

Diferentemente dos poderes revisor e reformador (mutação formal), aqui observamos uma mutação informal. Não há mudança na literalidade do texto, mas sim no seu sentido interpretativo.

(FCC / Analista de Controle do TCE – PR / Área Jurídica / 2011) Quando a interpretação de uma Constituição escrita se altera em decorrência da mudança dos valores e do modo de compreensão de uma sociedade, mesmo sem qualquer alteração formalmente realizada, no texto constitucional, pelo Poder Constituinte Derivado Reformador, está-se diante de uma

a) interpretação histórica.

b) integração normativa.

c) desconstitucionalização.

d) mutação constitucional.

e) hermenêutica geracional.

Resolução: Alternativa D. Questão simples apenas para fixar o conteúdo.

5.3- Poder constituinte DIFUSO

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Além da FCC, vamos novamente nos socorrer de bancas com abordagem semelhante.

01. (FCC / Analista do MPU / Área Administrativa / 2007) Conforme a doutrina dominante, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é classificada como:

a) formal, escrita, outorgada e rígida.

b) formal, escrita, promulgada e rígida.

c) material, escrita, promulgada e imutável.

d) formal, escrita, promulgada e flexível.

e) material, escrita, outorgada e semi-rígida.

Resolução: Alternativa B. Vide o resumo da ópera na página 09.

02. (ESAF / Analista de Comércio Exterior / Grupo 1 / 2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:

I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.

II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.

III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada.

IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.

Assinale a opção verdadeira.

a) II, III e IV estão corretas.

b) I, II e IV estão incorretas.

c) I, III e IV estão corretas.

d) I, II e III estão corretas.

e) II e III estão incorretas.

Resolução: Alternativa B. O item I se refere à tipologia quanto à forma e não quanto ao modo de elaboração.

Já o item II se refere à tipologia quanto ao modo de elaboração e não quanto à forma.

Por fim, o item IV erra, pois, os tipos apresentados se referem à extensão e não ao conteúdo.

6- Questões Comentadas

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03. (ESAF / Auditor Federal de Controle Externo / 2006) Sobre poder constituinte, interpretação constitucional e emendas constitucionais, assinale a assertiva correta.

a) Para o positivismo jurídico, o poder constituinte originário tem natureza jurídica, sendo um poder de direito, uma vez que traz em si o gérmen da ordem jurídica.

b) Segundo a doutrina majoritária, no caso brasileiro, não há vedação à alteração do processo legislativo das emendas constitucionais, pelo poder constituinte derivado, uma vez que a matéria não se enquadra entre as hipóteses que constituem as cláusulas pétreas estabelecidas pelo constituinte originário.

c) Na aplicação do princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição, o intérprete deve considerar, no ato de interpretação, o princípio da prevalência da constituição e o princípio da conservação das normas.

d) Quando o intérprete, na resolução dos problemas jurídico-constitucionais, dá primazia aos critérios que favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade política, pode-se afirmar que, no trabalho hermenêutico, ele fez uso do princípio da conformidade funcional.

e) A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma nova proposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três quintos dos membros de qualquer das Casas.

Resolução: Alternativa C. Erro do item “A”: O poder constituinte originário é um poder de fato, pré-jurídico.

A alternativa “B” erra ao desconsiderar que o poder constituinte derivado é condicionado pelo originário. O processo legislativo das emendas constitucionais é um limite formal imposto por este àquele.

Agora imagine-se a seguinte questão: é possível que uma emenda constitucional afaste o limite de reforma sobre uma norma pétrea e, posteriormente, outra emenda a desfigure ou mesmo a exclua do ordenamento jurídico? A resposta é um sonoro não. É o que a doutrina chama de teoria da dupla revisão. Tal “macete” é vedado, sendo considerado uma limitação implícita posta pelo poder constituinte originário.

O item “D” descreve o princípio do efeito integrador e não o da conformidade funcional.

Finalmente, o item “E” erra duplamente. Em primeiro lugar, o texto constitucional fala em sessão legislativa (de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro) e não em legislatura (interstício de 4 anos). Em segundo, para as emendas constitucionais rejeitadas, o princípio da irrepetibilidade é absoluto para uma mesma sessão legislativa.

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04. (FGV / Analista Judiciário do TRE – PA / Área Judiciária / 2011) As constituições imutáveis são aquelas que não comportam modificação de nenhuma espécie, enquanto as rígidas exigem um processo de alteração mais rigoroso do que aquele previsto para a legislação infraconstitucional. A Constituição de 1988 é considerada super-rígida, isto é, ela possui uma parte imutável e uma parte rígida.

Para que se altere a CRFB de 1988 na sua parte rígida, é necessário que

a) haja proposta de emenda por, no mínimo, metade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

b) a proposta de emenda seja discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos.

c) a proposta de emenda seja aprovada se obtiver, em pelo menos uma das casas, três quintos dos votos.

d) a emenda seja promulgada pelo Senado Federal, que detém competência privativa para tanto.

e) a proposta de emenda tenha iniciativa do Presidente da República ou dos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal.

Resolução: Alternativa B. Basta seguir a literalidade da CF/88, art. 60, §2º: “A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”.

Como reforçamos no início do curso, é de absoluta importância que o candidato memorize a literalidade do texto constitucional, em particular, do recorte que se inicia no preâmbulo e vai até o art. 192.

05. (CESPE / Juiz Federal do TRF da 1ª Região / 2011) Acerca do poder constituinte, da CF e do ADCT, assinale a opção correta.

a) As normas que versam sobre a intervenção federal nos estados e no DF, bem como dos estados nos municípios, incluem-se entre os chamados elementos de estabilização constitucional.

b) O poder constituinte originário dá início a nova ordem jurídica, e, nesse sentido, todos os diplomas infraconstitucionais perdem vigor com o advento da nova constituição.

c) Consideram-se elementos socioideológicos da CF as normas que disciplinam a organização dos poderes da República e o sistema de governo.

d) O ADCT não tem natureza de norma constitucional, na medida em que dispõe sobre situações excepcionais e temporárias.

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e) Segundo disposição literal da CF, os estados e municípios dispõem do chamado poder constituinte derivado decorrente, que deve ser exercido de acordo com os princípios e regras dessa Carta.

Resolução: Alternativa A. O item “B” desconsidera o fenômeno da recepção das normas constitucionais e infraconstitucionais, caso apresentem compatibilidade material com a nova Constituição.

Quanto ao item “C”, tais elementos são orgânicos e não socioideológicos.

Em relação ao item “D”, muito embora os candidatos não costumem gostar do estudo do ADCT, este tem sim natureza de norma constitucional, dispondo sobre importantes aspectos à consolidação da ordem jurídica inaugurada pela CF/88.

Por último, o poder constituinte derivado decorrente não alcança os Municípios. Estes teriam um poder de 3º grau, uma vez que seu fundamento de validade é a Constituição dos Estados e não a Carta Maior.

06. (CESPE / Analista do Executivo – ES / Área de Direito / 2013) No que se refere ao conceito de Constituição e às normas constitucionais, assinale a opção correta. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se a Constituição Federal de 1988.

a) Atualmente, a doutrina constitucional defende que as normas constitucionais operam apenas na qualidade de regras jurídicas.

b) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), como o preâmbulo da CF possui força jurídica, sua reprodução é obrigatória nas constituições dos estados.

c) Os direitos fundamentais previstos no art. 5º da CF classificam-se como normas materialmente constitucionais.

d) O caráter supralegal da CF relaciona-se à noção de constituição material.

e) Nas Constituições flexíveis, o procedimento de reforma do texto constitucional é distinto do processo legislativo ordinário e, também, mais difícil de ser realizado.

Resolução: Alternativa C. Reiteradamente afirmamos que as normas são “gênero”, cujas “espécies” são as regras e princípios (as principais diferenças entre ambas foram descritas no capítulo 00). Errada, portanto, a alternativa “A”.

Em relação ao item “B”, destacamos ementa do acórdão proferido pelo STF quando do julgamento da ADI 2.076/AC:

CONSTITUCIONAL. CONSTITUIÇÃO: PREÂMBULO. NORMAS CENTRAIS. Constituição do Acre.

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I. - Normas centrais da Constituição Federal: essas normas são de reprodução obrigatória na Constituição do Estado-membro, mesmo porque, reproduzidas, ou não, incidirão sobre a ordem local. Reclamações 370-MT e 383-SP (RTJ 147/404).

II. - Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central.

Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma de

reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força

normativa.

III. - Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.

No item “D”, o caráter supralegal da CF relaciona-se à noção de constituição formal. Lembrando que o Brasil adota o critério formal na definição de o que é ou não constitucional.

Já a “E” é a famosa alternativa “dada para o candidato”. Podemos reescrevê-la: nas Constituições flexíveis, o procedimento de reforma do texto constitucional não é distinto do processo legislativo ordinário e, também, mais difícil de ser realizado.

07. (CESPE / Técnico do MPU / Área de Administração / 2013) No que se refere à CF, julgue o item a seguir.

Todas as normas presentes na CF, independentemente de seu conteúdo, possuem supremacia em relação à lei ordinária, por serem formalmente constitucionais.

Resolução: Correta. Sejam elas fruto do poder constituinte originário ou derivado, estando insertas no texto constitucional, serão dotadas de supremacia perante todas as leis infraconstitucionais.

08. (CESPE / Juiz Federal do TRF da 1ª Região / 2009) Julgue os itens subsequentes, relativos aos poderes constituintes originário e derivado.

I O poder constituinte originário não se esgota quando se edita uma constituição, razão pela qual é considerado um poder permanente.

II Respeitados os princípios estruturantes, é possível a ocorrência de mudanças na constituição, sem alteração em seu texto, pela atuação do denominado poder constituinte difuso.

III O STF admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo editado antes da nova constituição e perante o novo paradigma estabelecido.

IV Pelo critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado decorrente mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a

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elaboração de suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aos municípios, que se organizam mediante lei orgânica.

V O poder constituinte originário pode autorizar a incidência do fenômeno da desconstitucionalização, segundo o qual as normas da constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem constitucional, permanecem em vigor com status de norma infraconstitucional.

Estão certos apenas os itens:

a) I e V.

b) II e III.

c) I, III e IV.

d) I, II, IV e V.

e) II, III, IV e V.

Resolução: Alternativa D.

Item “I”. Correto. O poder constituinte originário é permanente.

Item “II”. Correto. Trata-se da descrição do fenômeno das mutações constitucionais.

Item “III”. Errado. A posição majoritária na Corte Suprema é que ou se fala em recepção da antiga norma ou em ausência de recepção, e ela será tida como revogada.

Item “IV”. Correto. ATENÇÃO: embora raramente isso seja objeto de controvérsia em concursos públicos, destacamos que a doutrina majoritária entende que a Lei Orgânica do Distrito Federal (não é regido por Constituição Estadual) é sim manifestação do poder constituinte derivado decorrente, uma vez que extrai seu fundamento de validade diretamente da Constituição Federal. A assertiva neste item se baseou em entendimento minoritário. Na dúvida, o candidato poderia acertar a questão respondendo por exclusão.

Item “V”. Desconstitucionalização seria um fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, compatíveis materialmente com a nova Carta, permaneceriam em vigor, porém com status de lei infraconstitucional. Sendo ilimitado e incondicionado, o poder constituinte originário pode perfeitamente assim requerer.

09. (CESPE / Analista do Executivo – ES / Área de Direito / 2013) Acerca do poder constituinte, assinale a opção correta.

a) A lei orgânica municipal, por ser fruto do poder constituinte derivado decorrente, pode ser parâmetro para o controle de constitucionalidade municipal.

b) Um dos limites ao poder constituinte derivado reformador de revisão previstos pela CF é o quórum qualificado de aprovação, de três quintos.

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c) Para a maioria da doutrina constitucional, a CF foi produto do poder constituinte originário, pois implicou a ruptura com o regime político anterior e o estabelecimento de novos valores constitucionais.

d) A CF proibiu a elaboração de emendas constitucionais durante o período eleitoral, sendo este um limite circunstancial ao poder constituinte derivado reformador.

e) A proposta de emenda constitucional que pretenda abolir o direito à educação não viola a CF, pois os direitos sociais não são limites materiais ao poder constituinte derivado reformador.

Resolução: Alternativa C. Lembrando: o poder constituinte derivado decorrente só se manifesta no nível das Constituições Estaduais e Lei Orgânica do DF. Errada, pois, a letra “A”.

Já o erro da letra “B” é abordar o poder de revisão (esgotado) descrevendo uma limitação formal que na verdade se aplica ao poder de reforma. Os limites ao poder de reforma se encontram no ADCT:

Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria

absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão

unicameral.

A alternativa “D” tenta confundir o candidato sugerindo uma limitação circunstancial que inexiste no texto da Constituição. Por essas e outras a importância de ler e revisar o texto literal da CF/88:

Art. 60. [...] § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. [...]

Por último, mas não menos importante, vamos revisar as cláusulas pétreas expressas no parágrafo quarto:

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais. [...]

Fácil identificar o erro da alternativa “E”, não? A educação é um direito social (art. 6º) e, portanto, direito fundamental. Ademais, reforçamos que o rol expresso na CF não é exaustivo. Vejamos parte do ementário 1730-10 do STF:

"Tivemos, Senhor Presidente, o estabelecimento de direitos e garantias de uma forma geral. Refiro-me àqueles previstos no rol, que não é

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exaustivo, do art. 5º da Carta, os que estão contidos, sob a nomenclatura direitos sociais", no art. 7º e, também, em outros dispositivos da Lei Básica Federal, isto sem considerar a regra do §2º, do art. 5º, segundo o qual "os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados...”

10. (FCC / Gestor Público – PI / 2013) Na interpretação da Constituição Federal, prevalece:

a) a norma constitucional específica frente à norma constitucional geral, ambas originárias, ainda que a primeira abra exceção à segunda.

b) a vontade do constituinte frente à literalidade da norma constitucional.

c) a vontade do magistrado frente à literalidade da norma constitucional.

d) o sentido da lei regulamentadora frente ao inequívoco sentido da norma constitucional.

e) a orientação normativa do Presidente da República frente à Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal.

Resolução: Alternativa A. Neste ponto podemos relembrar a dinâmica da colisão entre normas:

Ponderação de

interesses

CHOQUE DE DOIS OU MAIS PRINCÍPIOS

HAVERÁ PREVALÊNCIA E NÃO NEGAÇÃO DE UM DOS PRINCÍPIOS.

CHOQUE DE DUAS OU MAIS REGRAS

Situação especial: uma das regras será derrotada

Situação mais comum: uma das regras será afastada

Situação especial: uma das regras será invalidada (total ou parcialmente)

Critérios: Hierarquia � Especialidade � Cronologia

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Já o item “B” esbarra numa armadilha. Se os parâmetros de interpretação fossem fechados à vontade do legislador originário, não haveria espaço para mutações constitucionais, por exemplo, ampliando direitos e garantias fundamentais.

Já o item “C”, recai no sentido oposto. Muito embora o trabalho de interpretação dos magistrados possibilite a ampliação do alcance da norma, há um limite, de modo que aquele não pode atuar como legislador positivo.

No item “D” temos o seguinte panorama. A lei regulamentadora é, como sugere seu nome, uma derivação de cunho prático-operacionalizador de uma lei mais ampla e abstrata, não raro de normas gerais. Um dos atributos que diferem o poder regulamentar do poder legal-normativo é o da novidade. Assim, não pode lei regulamentar inovar em ponto já totalmente aclarado e delimitado pela norma constitucional mais ampla.

Por fim (e, novamente, adiantando pontos que serão detalhados mais adiante), a solução do item “E” se encontra na própria CF:

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

Apenas o Poder Legislativo não é vinculado por tais súmulas, como será visto em tópico futuro.

11. (ESAF / Procurador da Fazenda Nacional / 2007) Levando-se em conta temas relacionados a "Poder Constituinte", "Reforma Constitucional", "Cláusulas Pétreas" e "Processo Legislativo" assinale a única das opções abaixo que contém formulações, disposições, proposições ou afirmações totalmente corretas.

a) (1) A emenda à Constituição, uma vez aprovada, é promulgada pela Mesa do Congresso Nacional; (2) "poder constituinte derivado" não significa o mesmo que "poder constituinte decorrente"; (3) o art. 60, §4º, da C. F. é o dispositivo constitucional que contém a chamada "cláusula pétrea"; (4) quando se trata do poder de reforma de qualquer texto constitucional tem-se em consideração uma constituição rígida; (5) está-se diante do poder constituinte originário quando as normas constitucionais que este elabora e aprova não precisam retirar seu fundamento de validade de um poder ou estatuto jurídico que lhe seja anterior e superior, como ocorre no processo de produção e de aprovação de normas infraconstitucionais.

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b) (1) As limitações materiais ao poder de reforma são aquelas que estão, exclusiva e exaustivamente, elencadas no art. 60, §4º, da C. F., que é o dispositivo que contém a "cláusula pétrea" ou de imutabilidade; (2) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da República; e de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros; (3) A Constituição de 1988 pode ser classificada como, parcialmente, rígida e, parcialmente, flexível; (4) direitos previstos em tratados internacionais, desde que aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos votos dos respectivos membros são equivalentes a emendas constitucionais; (5) o direito adquirido é oponível à Constituição.

c) (1)"Poder constituinte derivado" não significa o mesmo que "poder constituinte decorrente"; (2) "cláusula pétrea" significa um limite que a Constituição estabelece ao poder constituinte de reforma; (3) uma proposta de emenda à Constituição que objetive extinguir o direito de voto dos analfabetos não será objeto de deliberação, porque tenderá a abolir a cláusula pétrea que protege o direito ao voto direto, secreto, universal e periódico; (4) a proposta (de emenda à Constituição) será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros; (5) não há direito adquirido contra a Constituição.

d) (1) Em princípio, o poder constituinte de reforma não pode criar "cláusulas pétreas"; somente o poder constituinte originário pode fazê-lo; (2) é inadmissível deliberação de proposta de emenda à Constituição tendente a abolir a forma federativa do Estado brasileiro; (3) os direitos e garantias individuais são imunes ao processo de mutabilidade constitucional; (4) é admissível haver direito adquirido contra a Constituição; (5) a matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

e) (1) Chama-se "poder constituinte derivado" ou "poder constituinte decorrente" a prerrogativa de membros do Congresso Nacional de alterar a Constituição Federal, mediante a modalidade do processo legislativo brasileiro denominada emenda à Constituição; (2) a Constituição Federal brasileira se enquadra, totalmente, no tipo de classificação dito "constituição rígida"; (3) os princípios que o constituinte originário denominou de fundamentais, previstos no Título I da C. F., podem ser considerados "cláusulas pétreas implícitas";(4) não há direito adquirido oponível à Constituição; (5) além das emendas à Constituição, as leis complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas e as medidas provisórias são as modalidades normativas que integram, exclusivamente, o elenco previsto no processo legislativo brasileiro, conforme o disposto no art. 59 da C. F.

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Resolução: Item C. Questão interessante na mesma medida que extensa. Vamos analisar as alternativas erradas.

Letra “A”: (1) A emenda à Constituição, uma vez aprovada, é promulgada pela Mesa do Congresso Nacional Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado; (2) "poder constituinte derivado" não significa o mesmo que "poder constituinte decorrente"; (3) o art. 60, §4º, da C. F. é o dispositivo constitucional que contém a chamada "cláusula pétrea"; (4) quando se trata do poder de reforma de qualquer texto constitucional tem-se em consideração uma constituição rígida quanto à estabilidade, as Constituições podem ser classificadas em diversos tipos; (5) está-se diante do poder constituinte originário quando as normas constitucionais que este elabora e aprova não precisam retirar seu fundamento de validade de um poder ou estatuto jurídico que lhe seja anterior e superior, como ocorre no processo de produção e de aprovação de normas infraconstitucionais.

Letra “B”: (1) As limitações materiais ao poder de reforma são aquelas que estão, exclusiva e exaustivamente, elencadas no art. 60, §4º, da C. F., que é o dispositivo que contém a "cláusula pétrea" ou de imutabilidade existem cláusulas pétreas implícitas no texto constitucional; (2) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da República; e de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros; (3) A Constituição de 1988 pode ser classificada como, parcialmente, rígida e, parcialmente, flexível é rígida ou mesmo super rígida; (4) direitos previstos em tratados internacionais humanos (tópico a ser estudado), desde que aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos votos dos respectivos membros são equivalentes a emendas constitucionais; (5) o direito adquirido é não é oponível à Constituição (o poder constituinte originário é ilimitado).

Letra “D”: (1) Em princípio, o poder constituinte de reforma não pode criar "cláusulas pétreas"; somente o poder constituinte originário pode fazê-lo; (2) é inadmissível deliberação de proposta de emenda à Constituição tendente a abolir a forma federativa do Estado brasileiro; (3) os direitos e garantias individuais são imunes não são imunes ao processo de mutabilidade constitucional; (4) é não é admissível haver direito adquirido contra a Constituição; (5) a matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada pode não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Letra “E”: (1) Chama-se "poder constituinte derivado" ou "poder constituinte decorrente" poder constituinte reformador a prerrogativa de membros do Congresso Nacional de alterar a Constituição Federal, mediante a modalidade do processo legislativo brasileiro denominada emenda à Constituição; (2) a Constituição Federal brasileira se enquadra, totalmente, no tipo de classificação dito "constituição rígida"; (3) os princípios que o constituinte

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originário denominou de fundamentais, previstos no Título I da C. F., podem ser considerados "cláusulas pétreas implícitas";(4) não há direito adquirido oponível à Constituição; (5) além das emendas à Constituição, as leis complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas e as medidas provisórias são as modalidades normativas que integram, exclusivamente, o elenco previsto no processo legislativo brasileiro, conforme o disposto no art. 59 da C. F (constam ainda os decretos legislativos e resoluções – tópico a ser estudado).

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01. (FCC / Analista do MPU / Área Administrativa / 2007) Conforme a doutrina dominante, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é classificada como:

a) formal, escrita, outorgada e rígida.

b) formal, escrita, promulgada e rígida.

c) material, escrita, promulgada e imutável.

d) formal, escrita, promulgada e flexível.

e) material, escrita, outorgada e semi-rígida.

02. (ESAF / Analista de Comércio Exterior / Grupo 1 / 2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:

I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.

II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.

III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada.

IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.

Assinale a opção verdadeira.

a) II, III e IV estão corretas.

b) I, II e IV estão incorretas.

c) I, III e IV estão corretas.

d) I, II e III estão corretas.

e) II e III estão incorretas.

03. (ESAF / Auditor Federal de Controle Externo / 2006) Sobre poder constituinte, interpretação constitucional e emendas constitucionais, assinale a assertiva correta.

a) Para o positivismo jurídico, o poder constituinte originário tem natureza jurídica, sendo um poder de direito, uma vez que traz em si o gérmen da ordem jurídica.

b) Segundo a doutrina majoritária, no caso brasileiro, não há vedação à alteração do processo legislativo das emendas constitucionais, pelo poder constituinte derivado, uma vez que a matéria não se enquadra entre as hipóteses que constituem as cláusulas pétreas estabelecidas pelo constituinte originário.

7- Lista de Exercícios

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c) Na aplicação do princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição, o intérprete deve considerar, no ato de interpretação, o princípio da prevalência da constituição e o princípio da conservação das normas.

d) Quando o intérprete, na resolução dos problemas jurídico-constitucionais, dá primazia aos critérios que favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade política, pode-se afirmar que, no trabalho hermenêutico, ele fez uso do princípio da conformidade funcional.

e) A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma nova proposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três quintos dos membros de qualquer das Casas.

04. (FGV / Analista Judiciário do TRE – PA / Área Judiciária / 2011) As constituições imutáveis são aquelas que não comportam modificação de nenhuma espécie, enquanto as rígidas exigem um processo de alteração mais rigoroso do que aquele previsto para a legislação infraconstitucional. A Constituição de 1988 é considerada super-rígida, isto é, ela possui uma parte imutável e uma parte rígida.

Para que se altere a CRFB de 1988 na sua parte rígida, é necessário que

a) haja proposta de emenda por, no mínimo, metade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

b) a proposta de emenda seja discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos.

c) a proposta de emenda seja aprovada se obtiver, em pelo menos uma das casas, três quintos dos votos.

d) a emenda seja promulgada pelo Senado Federal, que detém competência privativa para tanto.

e) a proposta de emenda tenha iniciativa do Presidente da República ou dos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal.

05. (CESPE / Juiz Federal do TRF da 1ª Região / 2011) Acerca do poder constituinte, da CF e do ADCT, assinale a opção correta.

a) As normas que versam sobre a intervenção federal nos estados e no DF, bem como dos estados nos municípios, incluem-se entre os chamados elementos de estabilização constitucional.

b) O poder constituinte originário dá início a nova ordem jurídica, e, nesse sentido, todos os diplomas infraconstitucionais perdem vigor com o advento da nova constituição.

c) Consideram-se elementos socioideológicos da CF as normas que disciplinam a organização dos poderes da República e o sistema de governo.

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d) O ADCT não tem natureza de norma constitucional, na medida em que dispõe sobre situações excepcionais e temporárias.

e) Segundo disposição literal da CF, os estados e municípios dispõem do chamado poder constituinte derivado decorrente, que deve ser exercido de acordo com os princípios e regras dessa Carta.

06. (CESPE / Analista do Executivo – ES / Área de Direito / 2013) No que se refere ao conceito de Constituição e às normas constitucionais, assinale a opção correta. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se a Constituição Federal de 1988.

a) Atualmente, a doutrina constitucional defende que as normas constitucionais operam apenas na qualidade de regras jurídicas.

b) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), como o preâmbulo da CF possui força jurídica, sua reprodução é obrigatória nas constituições dos estados.

c) Os direitos fundamentais previstos no art. 5º da CF classificam-se como normas materialmente constitucionais.

d) O caráter supralegal da CF relaciona-se à noção de constituição material.

e) Nas Constituições flexíveis, o procedimento de reforma do texto constitucional é distinto do processo legislativo ordinário e, também, mais difícil de ser realizado.

07. (CESPE / Técnico do MPU / Área de Administração / 2013) No que se refere à CF, julgue o item a seguir.

Todas as normas presentes na CF, independentemente de seu conteúdo, possuem supremacia em relação à lei ordinária, por serem formalmente constitucionais.

08. (CESPE / Juiz Federal do TRF da 1ª Região / 2009) Julgue os itens subsequentes, relativos aos poderes constituintes originário e derivado.

I O poder constituinte originário não se esgota quando se edita uma constituição, razão pela qual é considerado um poder permanente.

II Respeitados os princípios estruturantes, é possível a ocorrência de mudanças na constituição, sem alteração em seu texto, pela atuação do denominado poder constituinte difuso.

III O STF admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo editado antes da nova constituição e perante o novo paradigma estabelecido.

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IV Pelo critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado decorrente mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a elaboração de suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aos municípios, que se organizam mediante lei orgânica.

V O poder constituinte originário pode autorizar a incidência do fenômeno da desconstitucionalização, segundo o qual as normas da constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem constitucional, permanecem em vigor com status de norma infraconstitucional.

Estão certos apenas os itens:

a) I e V.

b) II e III.

c) I, III e IV.

d) I, II, IV e V.

e) II, III, IV e V.

09. (CESPE / Analista do Executivo – ES / Área de Direito / 2013) Acerca do poder constituinte, assinale a opção correta.

a) A lei orgânica municipal, por ser fruto do poder constituinte derivado decorrente, pode ser parâmetro para o controle de constitucionalidade municipal.

b) Um dos limites ao poder constituinte derivado reformador de revisão previstos pela CF é o quórum qualificado de aprovação, de três quintos.

c) Para a maioria da doutrina constitucional, a CF foi produto do poder constituinte originário, pois implicou a ruptura com o regime político anterior e o estabelecimento de novos valores constitucionais.

d) A CF proibiu a elaboração de emendas constitucionais durante o período eleitoral, sendo este um limite circunstancial ao poder constituinte derivado reformador.

e) A proposta de emenda constitucional que pretenda abolir o direito à educação não viola a CF, pois os direitos sociais não são limites materiais ao poder constituinte derivado reformador.

10. (FCC / Gestor Público – PI / 2013) Na interpretação da Constituição Federal, prevalece:

a) a norma constitucional específica frente à norma constitucional geral, ambas originárias, ainda que a primeira abra exceção à segunda.

b) a vontade do constituinte frente à literalidade da norma constitucional.

c) a vontade do magistrado frente à literalidade da norma constitucional.

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d) o sentido da lei regulamentadora frente ao inequívoco sentido da norma constitucional.

e) a orientação normativa do Presidente da República frente à Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal.

11. (ESAF / Procurador da Fazenda Nacional / 2007) Levando-se em conta temas relacionados a "Poder Constituinte", "Reforma Constitucional", "Cláusulas Pétreas" e "Processo Legislativo" assinale a única das opções abaixo que contém formulações, disposições, proposições ou afirmações totalmente corretas.

a) (1) A emenda à Constituição, uma vez aprovada, é promulgada pela Mesa do Congresso Nacional; (2) "poder constituinte derivado" não significa o mesmo que "poder constituinte decorrente"; (3) o art. 60, §4º, da C. F. é o dispositivo constitucional que contém a chamada "cláusula pétrea"; (4) quando se trata do poder de reforma de qualquer texto constitucional tem-se em consideração uma constituição rígida; (5) está-se diante do poder constituinte originário quando as normas constitucionais que este elabora e aprova não precisam retirar seu fundamento de validade de um poder ou estatuto jurídico que lhe seja anterior e superior, como ocorre no processo de produção e de aprovação de normas infraconstitucionais.

b) (1) As limitações materiais ao poder de reforma são aquelas que estão, exclusiva e exaustivamente, elencadas no art. 60, §4º, da C. F., que é o dispositivo que contém a "cláusula pétrea" ou de imutabilidade; (2) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da República; e de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros; (3) A Constituição de 1988 pode ser classificada como, parcialmente, rígida e, parcialmente, flexível; (4) direitos previstos em tratados internacionais, desde que aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos votos dos respectivos membros são equivalentes a emendas constitucionais; (5) o direito adquirido é oponível à Constituição.

c) (1)"Poder constituinte derivado" não significa o mesmo que "poder constituinte decorrente"; (2) "cláusula pétrea" significa um limite que a Constituição estabelece ao poder constituinte de reforma; (3) uma proposta de emenda à Constituição que objetive extinguir o direito de voto dos analfabetos não será objeto de deliberação, porque tenderá a abolir a cláusula pétrea que protege o direito ao voto direto, secreto, universal e periódico; (4) a proposta (de emenda à Constituição) será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros; (5) não há direito adquirido contra a Constituição.

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d) (1) Em princípio, o poder constituinte de reforma não pode criar "cláusulas pétreas"; somente o poder constituinte originário pode fazê-lo; (2) é inadmissível deliberação de proposta de emenda à Constituição tendente a abolir a forma federativa do Estado brasileiro; (3) os direitos e garantias individuais são imunes ao processo de mutabilidade constitucional; (4) é admissível haver direito adquirido contra a Constituição; (5) a matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

e) (1) Chama-se "poder constituinte derivado" ou "poder constituinte decorrente" a prerrogativa de membros do Congresso Nacional de alterar a Constituição Federal, mediante a modalidade do processo legislativo brasileiro denominada emenda à Constituição; (2) a Constituição Federal brasileira se enquadra, totalmente, no tipo de classificação dito "constituição rígida"; (3) os princípios que o constituinte originário denominou de fundamentais, previstos no Título I da C. F., podem ser considerados "cláusulas pétreas implícitas";(4) não há direito adquirido oponível à Constituição; (5) além das emendas à Constituição, as leis complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas e as medidas provisórias são as modalidades normativas que integram, exclusivamente, o elenco previsto no processo legislativo brasileiro, conforme o disposto no art. 59 da C. F.

Curso: Direito Constitucional p/ ICMS RJ Teoria e Questões comentadas

Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 01

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1 B

2 B

3 C

4 B

5 A

6 C

7 Correta

8 D

9 C

10 A

11 C

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição. 6. ed. Coimbra: Almedina, 1993.

LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

9- Referencial Bibliográfico

8- Gabarito