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Acolhendo quem mais precisa
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL - SUAS/MG
APOIO
Introdução
• Minas Gerais possui a segunda maior rede de ofertas de serviços de assistência social do Brasil - 1.854 unidades que atendem serviços de acolhimento institucional e de convivência;
• Cerca de 75% das unidades (1.399 entidades) é composta por entidades socioassistenciais (não governamental);
• Os dados coletados pelo governo federal apontam que existem muitas
fragilidades na oferta dos serviços, principalmente nos casos de unidades que executam serviços de acolhimento institucional
Entidades Socioassistenciais - Tipologia
Consideram-se entidades e organizações de assistência social sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos (Art. 3º. Lei Orgânica de Assistência Social - nº 8.742/1993).
Atendimento: entidades que executam programas, projetos e benefícios de proteção social básica ou especial a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidades ou risco social e pessoal.
Assessoramento: entidades que prestam serviços de fortalecimento dos movimentos sociais, organizações de usuários, formação, capacitação de liderança, dirigidos ao público da assistência social.
Garantia de direitos: entidades que realizam atividades de promoção de cidadania, enfretamento das desigualdades, formação política cidadã, articulação em defesa de direitos e outros.
Tipos de Entidades
2 1 3
Justificativa
• As entidades apresentam fragilidades por dificuldades financeiras em obter recursos.
• Os recursos destinados à estruturação (melhorias de estrutura física e equipamentos, por exemplo) é obtido apenas de dois em dois anos, por meio de emendas parlamentares.
• Não existe um incentivo público regular para esse tipo de estruturação.
• Há a necessidade de fortalecer o Vínculo SUAS com rede socioassistencial privada , conforme estabelecem as normativas do SUAS.
Programa de Aprimoramento da Rede do SUAS/MG
Objetivo Geral: Instituir e fortalecer, no Estado de Minas Gerais, os mecanismos de incentivo financeiro, assessoramento técnico e qualificação continuados para aprimorar os serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social ofertados pela rede do SUAS.
BENEFICIÁRIOS
Unidades públicas e privadas que compõem a rede socioassistencial de Minas Gerais ofertando serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, além daquelas que realizam assessoramento técnico e defesa de direitos.
• Tendo em vista o diagnóstico realizado pela Sedese, que aponta fragilidades importantes nos serviços de acolhimento institucional, e as prioridades definidas no Plano Estadual de Regionalização de Serviços de Proteção Social Especial, estas serão priorizadas, na primeira fase do programa;
• As unidades de acolhimento atendem pessoas em situação de risco, como crianças, adolescentes, idosos, mulheres, pessoas com deficiência, por vivência de violência ou por rompimento de vínculos familiares;
• De acordo com o Censo SUAS 2015, existem em Minas Gerais 924 unidades que ofertam o serviço de acolhimento institucional, presentes em 335 municípios em todo o estado. 704 (76%) são não governamentais.
Público atendido nas Unidades de Acolhimento Segundo Censo Suas 2015 estavam acolhidas um total de 21.237 pessoas, sendo 4.581 crianças e adolescentes e 12.137 idosos.
43,7% das unidades acolhem crianças e adolescentes (abrigos)
36,6% das unidades acolhem pessoas idosas (instituições de longa permanência)
9,4% das unidades acolhem pessoas com deficiência (residências inclusivas)
As demais 10,3% acolhem outros públicos (população de rua, mulheres, dentre outros).
Necessidade de mudança no paradigma de acolhimento no Brasil
Seguindo essa diretriz, o Plano
Estadual de Regionalização dos
Serviços de Proteção especial previu o
reordenamento dos serviços de
acolhimento.
Programa de Aprimoramento da Rede Socioassistencial do SUAS/MG Eixos que compõem o Programa: Monitoramento: Identificação das principais fragilidades das unidades que ofertam acolhimento
institucional, por meio da criação de um indicador com foco em três dimensões : estrutura física; recursos humanos; gestão e atividades. Incentivo financeiro ou material : - Repasse de recurso para a rede pública e privada para realizar reformas e reparos (rampas de acessibilidade, adaptação de banheiros para idosos, reforma de cozinhas etc.). - Repasse de recursos para entidades para promover atividades de convivência. - Aquisição ou doação de equipamentos (máquina de lavar, geladeira, computador) e de bens
(armários, camas, brinquedos).
Apoio técnico, supervisão e capacitação: Realizar cursos, oficinas e acompanhamento das unidades, com foco na qualificação dos serviços e fortalecimento da gestão das entidades, visando sua autonomia e seu vínculo ao SUAS.
$
Eixo 1- Monitoramento Ações: • Criação de indicadores de referência;
• Definição dos parâmetros e níveis de qualidade para cada indicador;
• Identificação da situação das entidades socioassistenciais em relação aos
indicadores;
• Indução da inclusão das Unidades nos cadastros oficiais (CadSUAS, Censo SUAS e CNEAS);
• Realização de monitoramento anual dos níveis de qualidade aferidos.
INDICADOR DE REFERÊNCIA- ID Definição: Indicador sintético que retrata o nível de desenvolvimento das Unidades. Fonte dos Dados: Censo SUAS Dimensões Consideradas:
Estrutura Física (EF) Gestão e Atividades (GA) Recursos Humanos (RH)
𝐈𝐃 𝐔𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐗 =Nota GA + Nota EF + Nota RH
3
Inferior Superior
Baixo Desempenho Alto Desempenho
Classificações:
Insuficiente Regular Suficiente Superior
Eixo 2 - Incentivo financeiro ou material
Ações: • Repasse de incentivo financeiro e/ou material para entidades de acordo com os
critérios a serem definidos;
• Definição e pactuação dos níveis de qualidade a serem alcançados pelas entidades por meio da aplicação dos recursos recebidos;
• Monitoramento da utilização dos recursos de incentivo e os resultados de sua aplicação;
• Firmar planos de reordenamento com entidades socioassistenciais que apresentarem desconformidade com as normativas do SUAS, identificadas a partir das bases de dados existentes e dos indicadores de desenvolvimento a serem criados.
Eixo 3- Apoio técnico, supervisão e capacitação Ações: • Integrar as entidades nas ações de apoio técnico, capacitação e supervisão já
definidas no Programa Qualifica SUAS;
• Realizar ações de capacitação e apoio técnico para dirigentes e de entidades e gestores municipais para adequação ao Novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade civil – MROSC, com enfoque no SUAS;
• Incentivar os gestores municipais a integrarem as entidades no SUAS, por meio da organização, articulação e coordenação da rede socioassistencial.
Marco Legal
1. Resolução do Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS , nº 587/2017;
2. Encaminhado Projeto de Lei para Assembleia Legislativa que cria o programa de aprimoramento da rede sociassistencial;
3. Encaminhado Projeto de Lei para Assembleia Legislativa que estabelece parâmetros para a celebração e prestação de contas das parcerias entre o Poder Executivo estadual e as entidades e organizações de Assistência Social
Principais pontos de justificativa para a publicação de uma lei específica de criação do Programa:
PL que cria o Programa de Aprimoramento da Rede Socioassistencial
• Uma vez que o Programa tem como objetivo identificar as entidades que possuem maior fragilidade e realizar ações de apoio técnico e financeiro para promover o aperfeiçoamento de suas ofertas, foi observado que o objeto regulamentado pela MROSC não corresponde ao mesmo objeto que será foco do Programa.
• O Programa tem como objetivo realizar o repasse de recursos como um incentivo financeiro para as entidades aprimorarem sua gestão e suas ofertas, e não como recurso para financiamento das ofertas em si.
Este Projeto de Lei faz uma leitura da MIROSC a luz da LOAS
PL que dispõe sobre celebração e prestação de contas das parcerias
Consideram-se Organizações da Sociedade Civil - OSC de assistência social, as entidades privadas sem fins lucrativos que prestem seus serviços ou ações de assistência social de forma integralmente gratuita e sem qualquer exigência de constraprestação dos usuários e que estejam de acordo com o artigo art. 3°da Lei Federal nº 8.742, de 1993 (LOAS) que caracteriza as entidades e organizações de assistência
social.
Principais pontos de justificativa para a publicação desta lei:
PL que dispõe sobre celebração e prestação de contas das parcerias
• Para celebração de parcerias deverão ser cumpridos, cumulativamente, os requisitos de estar inscrita no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS e estar inscrita no Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social – CNEAS , além de atender o artigo 3º da LOAS que caracteriza as entidades e organizações da assistência social. • As Entidades poderão receber recursos financeiros, inclusive no período eleitoral;
• A Certidão Negativa de Débitos não será impeditiva para o repasse dos recursos financeiros,
garantindo-se prazo para as Entidades resolverem eventuais irregularidades, de forma a não interromper a oferta dos serviços e violar os direitos dos usuários;
• As Entidades receberão 13 parcelas anuais.
Resolução do Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS , nº 587/2017
Responsabilidades do Estado:
• Coordenar o programa de aprimoramento da rede socioassistencial do SUAS;
• Propor os critérios de corte e partilha para a definição das unidades elegíveis para o Programa, a serem pactuados na CIB e deliberados pelo Conselho Estadual de Assistência Social;
• Coordenar as ações de acompanhamento, apoio técnico e capacitação à rede socioassistencial do SUAS;
• Criar os indicadores de referência de mensuração da qualidade das ofertas socioassistenciais;
Responsabilidades do Estado: • Elaborar a lista das unidades elegíveis para o Programa de acordo com os critérios
aprovados; • Repassar recursos para as entidades socioassistenciais e municípios; • Monitorar os processos e resultados do Programa; • Identificar e analisar situações que demandem priorização de acompanhamento e
apoio técnico; • Formular e publicizar materiais informativos e orientações técnicas; • Apoiar na padronização da utilização de benefícios dos usuários pelas entidades.
Resolução do Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS , nº 587/2017
Responsabilidades das Entidades: • Realizar o aceite ao programa, após a definição de sua elegibilidade. • Comprometer-se com a melhora do Indicador de referencia, a partir das variáveis
apontadas com maior fragilidade para atingir as normativas do SUAS, aferidas pelo Indicador de referência;
• Apresentar um “Plano de Aprimoramento”, a ser aprovado pela SEDESE, que definirá as metas a serem alcançadas;
• Estar em consonância com as diretrizes da Central de acolhimento a ser criada pela SEDESE;
• Prestar contas do recurso recebido, de acordo com a legislação vigente;
Resolução do Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS , nº 587/2017
Responsabilidades das Entidades: • Implementar as atividades previstas e acordadas no âmbito do apoio e supervisão
técnica; • Comprometer-se com a disseminação e a aplicação dos conhecimentos, habilidades
e competências adquiridos por meio dos processos de apoio técnico, supervisão técnica e capacitação;
• Criar espaços e alternativas para o planejamento e a formulação conjunta com os (as) trabalhadores (as) e usuários (as);
• Liberar os(as) trabalhadores(as) para participar de capacitações e apoios técnicos.
As responsabilidades dos municípios em relação às Entidades elegíveis do Programa, em seu âmbito, serão pactuadas na CIB- Comissão Intergestores Bipartite.
Resolução do Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS , nº 587/2017
Em relação a gestão dos serviços, programas e projetos ofertado por Entidades no seu âmbito de atuação: • Realizar o aceite do Programa de aprimoramento da rede; • Mobilizar as entidades elegíveis presentes em seus municípios para que
realizem o aceite do Programa; • Acompanhar e orientar o reordenamento das unidades socioassistenciais
presentes no município, em conformidade com a normativa do SUAS, a partir das variáveis do Indicador de referência;
• Articular a rede do Sistema de garantia de direitos a convivência familiar e comunitária na Alta Complexidade;
• Fazer adesão à Central de Acolhimento a ser criada pela SEDESE; • Apoiar e supervisionar tecnicamente as entidades e incentivar a rede sócio
assistencial a participar do Programa Qualifica SUAS;
Proposta de Responsabilidades dos Municípios
Proposta de Responsabilidades dos Municípios: • Viabilizar estratégias e mecanismos de organização para integração dos
serviços, programas e projetos em seu âmbito de atuação, fortalecendo seu vínculo ao SUAS;
• Coordenar, acompanhar e monitorar a execução do Plano de Aprimoramento das Entidades;
• Realizar o preenchimento adequado no Censo SUAS e no CNEAS das entidades existentes no município;
• Prestar esclarecimentos e informações solicitadas pelo Governo Estadual;
• Promover a integração dos serviços socioassistências realizando a priorização do público conforme disposto na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais;
Proposta de Responsabilidades dos Municípios:
• Realizar o preenchimento dos sistemas federais e estaduais de vigilância e monitoramento;
• Mobilizar as unidades a procederem o registro dos casos de violência no Sistema de Registro de Situações de Violência do SUAS/MG.
• O gestor municipal deve fomentar as ações voltadas ao fortalecimento do Conselho de Assistência Social do Município, no que tange ao acompanhamento, fiscalização e inscrição efetiva de Entidades e Organizações da Sociedade Civil de Assistência Social.
Proposta de responsabilidade dos municípios que em seu território possuem unidades de gestão direta, que ofertam serviços, programas e projetos de assistência elegíveis:
• Realizar o aceite ao programa; • Contribuir para a superação das fragilidades apontadas pelas variáveis do Indicador
de referência; • Na Alta Complexidade aderir a Central de Acolhimento a ser criada pela SEDESE; • Prestar contas do recurso recebido, de acordo com a legislação vigente; • Implementar as atividades previstas e acordadas no âmbito do apoio e supervisão
técnica; • Comprometer-se com a disseminação e a aplicação dos conhecimentos, habilidades
e competências adquiridos por meio dos processos de apoio técnico, supervisão técnica e capacitação;
• Criar espaços e fortalecer a participação dos (as) trabalhadores (as) e usuários (as) nos processos de aprimoramento da rede;
• Liberar os (as) trabalhadores (as) das unidades para participar de capacitações, supervisões e apoios técnicos;
• Realizar o preenchimento dos sistemas federais e estaduais de vigilância e monitoramento;
• Proceder ao registro dos casos de violência no Sistema de Registro de Situações de Violência do SUAS/MG.
Obrigada!
Subsecretaria de Assistência Social
Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social – SEDESE