Simone Alves dos Santos

DVST-CEREST Estadual

dvst@cvs.saude.sp.gov.br

20º ENCONTRO ESTADUAL DA RENAST/SP

Programa de Vigilância dos Acidentes de Trabalho

Investigação de Óbitos por Acidente de Trabalho

OBJETIVOS

a. Implementar a notificação dos acidentes de trabalho no SINAN;

b. Realizar investigação sobre todos os casos de óbito e intervir sobre os determinantes e condicionantes dos eventos investigados;

c. Realizar ações de vigilância e intervenção sobre setores, ramos produtivos e empresas com maiores taxas de mortalidade;

d. Desencadear ações coletivas integradas e articuladas com participação da sociedade organizada de modo a incidir sobre a cadeia produtiva, ramo, setor ou território regional, com a finalidade de agir sobre os determinantes técnicos, sociais, organizacionais dos eventos e prevenir novas ocorrências.

Programa de Vigilância dos Acidentes de Trabalho

Início: 2008

AÇÕES ESTRATÉGICAS

• Monitoramento sistemático das notificações (SINAN) e investigações (SIVISA)

– Óbitos, acidentes com crianças/adolescentes e acidentes envolvendo substâncias químicas (abordagem

integrada com área ambiental)

• Referência metodológica para a análise: Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes

de Trabalho (MAPA)

• Instrumentos legais:

– Código Sanitário (Lei Estadual nº 10.083/1998): Manter condição de trabalho que ofereça risco à saúde

do trabalhador (VII); Fabricar, operar, comercializar máquinas ou equipamentos que ofereçam risco à

saúde do trabalhador (X); Transgredir outras normas legais federais ou estaduais, destinadas a

promoção, prevenção e proteção à saúde (XIX) – artigo 122;

– Portaria CVS nº 12/2008 - Restrições à colheita em faixas de segurança de redes de alta tensão elétrica

– Comunicado CVS-DVST nº 19, de 02/02/2017 - diretrizes para atuação da VISA e dos CEREST na

identificação e combate ao trabalho infantil e na proteção ao trabalhador adolescente.

Programa de Vigilância dos Acidentes de Trabalho

AÇÕES ESTRATÉGICAS

• Educação Permanente: Parceria com o “Fórum de Acidentes de Trabalho: Análise,

Prevenção e Aspectos Associados”, coordenado pelos docentes das áreas de Saúde do

Trabalhador da UNESP/Botucatu e da Faculdade de Saúde Pública da USP.

– Encontros Presenciais do Fórum (média de 5 por ano)

– Capacitação:

• Treinamento no uso de dados para Vigilância em Saúde do Trabalhador: SINAN (anualmente);

• Curso dirigentes e representantes de trabalhadores - acidentes ampliados no setor do Petróleo e Petroquímico (2016);

• Oficina Nacional de Formação em Análise e Vigilância dos Acidentes de Trabalho (2016);

• Webconferência “Diálogos Intersetoriais: ações estratégicas para a erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador” (2017);

• Curso Básico de Vigilância em Saúde do Trabalhador (três por ano);

• Curso para Multiplicadores – Análise e Vigilância de Acidentes de Trabalho - CEREST – MPT 15ª região (2019).

Programa de Vigilância dos Acidentes de Trabalho

VIGILÂNCIA DOS ÓBITOS POR ACIDENTE DE TRABALHO

Óbito por Acidente de Trabalho

Óbito por Acidente de Trabalho

• FONTES DE INFORMAÇÃO PARA INVESTIGAÇÃO

– SINAN – FICHA DE ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE– RAAT, SIVAT, ETC

– MÍDIA IMPRESSA, ELETRÔNICA– GRUPOS DE WHATSAPP

– DECLARAÇÃO DE ÓBITO– IML– DELEGACIA DE POLÍCIA

– SINDICATO DOS TRABALHADORES– CAT

– ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA – AÇÕES COLETIVAS

VIGILÂNCIA DOS ÓBITOS POR ACIDENTE DE TRABALHO

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

INSPEÇÃO NOS LOCAIS DE TRABALHO

CASO NOTIFICADO NO SINAN

BUSCA ATIVA DE CASOS DE ÓBITOS

• Declaração de Óbito • Mídia impressa e

eletrônica • IML e Delegacias de

Polícia• CAT

CASO

Todo caso será investigado?

O que entendemos por investigação de acidente de

trabalho?

ACIDENTES DE TRABALHO

ÓBITO PELO AC- NTE

Acidentes de trabalho notificados no SINAN

Estado de São Paulo2014-2019

Análise, Intervenção e Prevenção

VIGILÂNCIA NOS LOCAIS DE TRABALHO

Organização da rede de cuidados ao trabalhador

acidentado

ASSISTÊNCIA

Agir sobre os determinantes, exposições e consequências

ÓBITOS PELO

ACIDENTE

SIN

AN

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS ÓBITOS POR CAUSAS

EXTERNAS

BUSCA ATIVA DOS CASOS DE ÓBITOS

Fontes de Informação

Busca Ativa de Casos

FluxoCritérios para Investigação

Investigação Epidemiológica

Inspeção no Local de Trabalho

Registro da Inspeção

Análise dos Óbitos

Ações ColetivasDivulgação da

investigação dos óbitos

Vigilância dos Óbitos por Acidente de Trabalho

Vigilância dos Óbitos por Acidente de Trabalho

Inspeção Sanitária nos Locais de Trabalho

•Desenvolvida por meio da análises de documentos, entrevistas com trabalhadores e observação direta do processo de trabalho.

•É a observação da forma de trabalhar, da relação trabalhador com os meios de produção e da relação dos meios de produção com o ambiente.

•É a ação geradora de uma intervenção de redução dos riscos à saúde dos trabalhadores relacionados a um ambiente, a uma atividade ou a um processo de trabalho.

PRESSUPOSTOS

• Superar visões reducionistas da segurança comportamental – desconstrução do paradigma tradicional– Superar conceitos como erro humano, ato inseguro,

comportamento fora do padrão, entre outros, associados ao descumprimento de normas e padrões de segurança ou a falhas técnicas e materiais.

• Desenvolver competências e metodologias específicas para a análise e intervenção de caráter preventivo. – Interromper o ciclo de doença e morte no trabalho

• Aperfeiçoamento da capacidade analítica dos técnicos – Transformar uma ação pontual em oportunidade de aprendizado

organizacional, com potencial de prevenir novos acidentes.

Vigilância dos Óbitos por Acidente de Trabalho

• Identificação do trabalhador acidentado

• Identificação da empresa (dados completos, incluindo CNAE)

• Descrição do acidente, destacando as consequências para a(s) vítima(as), do

evento em si e das origens;

• Descrição do trabalho normal ou real, sem acidente;

• Descrição do local do acidente e das irregularidades situações de risco

encontradas

• Considerações finais

• Procedimentos realizados: notificação, autos, etc.

• Indicação de retorno para verificar a execução das adequações

ALGUMAS QUESTÕES:

– Que amplitude ou profundidade é dada nas análises?

– Onde são interrompidas?

– Chegam ao nível organizacional e gerencial do sistema em questão ou adotam a visão

tradicional de culpabilização da vítima?

– As abordagens utilizadas superam a visão tradicional dos atos/condições inseguras?

– São adotadas medidas técnicas e administrativas para a modificação das situações

encontradas?

– O caso traz ensinamentos que contribuem para a prevenção de novos eventos?

– Outros órgãos e instituições são beneficiados em suas ações com os resultados das

análises realizadas?

• Complexidade do objeto convoca mudanças.

• Construção de referências para vigilância dos acidentes de trabalho deve levar em conta o contexto (social, político e histórico), a extensão e complexidade das demandas e a capacidade ou condições que os serviços/técnicos têm disponíveis para seu enfrentamento:– Níveis de complexidade em função do município.

– Projetos de Intervenção Coletiva.

– Aprimorar o apoio técnico, pedagógico, institucional à rede de Vigilância – articulação Regionais da SES e Cerest Regionais.

• Desenvolvimento da capacidade analítica dos técnicos:– Atitude investigativa;

– Ergonomia e MAPA – base para mudança de paradigma, para além daqueles ofertados pelas disciplinas clássicas tradicionais.

• Sobre o profissional de VISAT:

– Competências técnicas e administrativas

– De um agir político, que rompe com uma posição neutra

– Congregar saberes, tecnologia, práticas

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

OBRIGADA!