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PROJETO ARQUITETôNICO BIBLIOTECA CENTRAL - CIêNCIAS HUMANAS E ARTES . CAMPUS PAMPULHA - UFMG DPFP / NOVEMBRO 2010

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projeto arquitetônico

biblioteca central - ciências humanas e artes . campus pampulha - ufmgd p f p / n o v e m b r o 2 0 1 0

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projeto arquitetônico biblioteca central - ciências humanas e artes

faculdade de mÚsica

escola de belas-artes

futura faculdade de direito

escola de ciência da informaÇÃo

biblioteca centralciências humanas e artes

cadch

fale

fafich

localiZaÇÃo

campus pampulha - ufmg

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projeto arquitetônico biblioteca central - ciências humanas e artes

lugar e implantaÇÃo

A proposta para uma nova biblioteca central destinada às Ciências Humanas procura uma localização com grande proximidade em relação às unidades a que pretende atender, no mesmo quarteirão do complexo FALE-FAFICH-ECI e FACE, em frente à futura Faculdade de Direito, e próxima à Belas Artes, Música, Faculdade de Educação e ao terreno destinado à Escola de Arquitetura.

Concebida como um equipamento coletivo de uso público e compartilhado, a biblioteca se estende linearmente na porção de terreno frontal à Faculdade de Letras e ao CAD-CH, propi-ciando uma integração direta com estes edifícios. Sua organização longitudinal, além de responder aos requisitos técnicos de organização dos acervos, permite reconfigurar a leitura do conjunto edificado da quadra, proporcionando-lhe uma frontalidade que repercute a organização proposta para o lado oposto da avenida, em que se prevê a implantação da Faculdade de Direito. Seu partido reforça a linearidade da quadra e contribui para ampliar a vocação de boulevard da Avenida Reitor Mendes Pimentel.

A implantação proposta articula os diferentes níveis existentes no lugar: da calçada da Avenida, mais baixa, conectada com o pilotis inferior que abriga atividades de apoio – café, livraria, sanitários e carga e descarga; da portaria de acesso à FALE, em que se localiza a entrada da biblioteca; do CAD-CH, mais alto, que se conecta com a entrada e com o pilotis através de uma sequência de rampas, escadas, arquibancadas e recintos que favorecem a qualificação dos intervalos entre os edifícios como espaços de permanência.

O atual percurso de acesso à Faculdade de Letras se constitui também no principal acesso à Biblioteca, que se projeta por sobre o passeio existente configurando um espaço sombreado e protegido de chuva. Configura-se assim uma transição de acesso tanto para a biblioteca como para a FALE, reforçando o caráter urbano que orienta a organização espacial do com-plexo FALE-FAFICH-ECI. A entrada principal da biblioteca, lateral e voltada para o intervalo resultante entre ela e a FALE, reforça a apropriação dessa área com extensão natural das edificações, bem como promove maior continuidade com a praça frontal ao CAD-CH. Essa estratégia evita a caracterização de uma relação frente-fundos, ampliando a qualificação dos intervalos e potencializando a conexão entre as edificações da quadra.

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a estrutura ambiental da biblioteca se define a partir dos seguintes pressupostos:

• a necessidade de proteção dos acervos, evitando as incidências diretas de sol no ambiente interno. Para isso contribuem, na fachada de pior insolação – noroeste, voltada para a Avenida -, a interiorização do acervo pela circulação perimetral protegida com tela, e na fachada sudeste, mais confortável, a grelha avançada sobre a fachada, que protege as incidências obliquas da manhã, favorecendo a abertura visual para a praça do CAD-CH. A qualificação ambiental se estende para a previsão de ventilação natural, com tomadas de ar pelas laterais – janelas e rampa com vedação em tela - e pelo piso em grade vazada de parte da praça central, que permite que o ar fresco da área sombreada do pilotis penetre no vazio central. Este movimento é reforçado pela abertura superior no vazio central, que promove a tiragem de ar quente através do efeito venturi e acentua a troca de ar em todos os ambientes.

• o reconhecimento da lógica de organização dos acervos, cuja catalogação apresenta uma estrutura linear. Assim, ao invés de distribuir o acervo em pavimentos, fragmentando sua continuidade ou subutilizando partes dos pavimentos em decorrência das diferenças entre as partes do acervo e de seu crescimento desigual, propõe-se uma organização contínua, em espiral, a promover uma linha única que permite remanejar com facili-dade e absorver crescimento diferenciado nas diversas seções.1 Para viabilizar esta organização, o acervo se distribui em dois pavilhões lineares, sendo um deles em rampa suave – 5% de declividade – promovendo uma conexão natural entre os pavimentos e eliminando sua fragmentação em níveis estanques.

• a possibilidade de conformação de salas individualizadas para acervos especiais. Tais salas poderiam ocupar as extremidades do bloco a nordeste e a sudoeste, em áreas delimitadas pelos apoios técnicos, e também nas extremidades da espiral, no primeiro e no último pavimentos, permitindo que a ocupação global do espaço interno possa ser redefinido permanentemente conforme a necessidade de integração dos acervos ou de sua eventual separação em salas especiais.

• a busca da máxima flexibilidade de modo a assegurar a transformação ao longo dos anos sem descaracterizar a arquitetura e sem comprometer a integridade do edifício. Para isso, todos os espaços técnica e funcionalmente determinados – sanitários, circulações verticais, salas técnicas, shafts e infraestruturas – concentram-se em dois blocos, um em cada lado do edifício, liberando os pavimentos para ocupações menos determi-nadas. Esta estratégia amplia a possibilidade de transformação no tempo, racionaliza infraestruturas e reduz custo.

• a concentração do acesso de público em um único ponto, de modo a viabilizar o controle. Essa necessidade motivou a clara diferenciação entre espaços controlados da biblioteca e espaços de apoio – café, livraria, carga e descarga -, localizados no pilotis, em área de acesso público, evitando conflitos com a atividade principal do edifício e potencializando a apropriação e o acesso a tais serviços complementares por todos os usuários do entorno imediato.

• a interiorização do espaço associada a uma grande interação entre os seus diversos ambientes, de modo a assegurar a necessária tranquilidade, minimizando interferências externas, e por outro lado promovendo a interação entre seus usuários. Reforça essa interação a organização inte-riorizada do acervo e das áreas de estudo, que se desenvolvem ao redor de um espaço central aberto e iluminado naturalmente, tratado como uma praça-jardim; e ainda a ampliação das possibilidades de circulação e articulação entre níveis, tanto pela rampa-acervo quanto pela previsão de elevadores, escadas de emergência e especialmente de duas escadas longitudinais abertas que articulam os diversos níveis e também os dois lados através de passarelas que cortam o vazio central e conformam atalhos entre os pavimentos.

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uso e qualificaÇÃo ambiental

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1 . Esta estratégia de organização do acervo bibliográfico foi proposto e implantado na Biblioteca de Seattle, projetada em 1999 pelo escritório OMA – Rem Koolhaas, através de concurso público, e construída em 2004.

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que se eleva em quatro pavimentos, aproximando-se da escala do conjunto vizinho – FALE-FAFICH-ECI, e também da futura Faculdade de Direito, a ser implantada do outro lado da avenida.

Do lado da avenida, a fachada se desenvolve longitudinalmente com grande simplicidade formal, deix-ando aparentes as sutis inclinações das lajes das rampas-acervo, de modo a revelar a lógica da articulação espacial que organiza todo o edifício; do lado do CAD-CH, FALE e Praça, o pavilhão em grelha reforça a lógica modular e promove variações de abertura reconhecendo a presença da praça frontal ao CAD, o que pontua a regularidade do espaço interno da biblioteca com uma variação de abertura para o exterior que permite concentrar em cada um dos pavimentos as áreas de estudo, com dupla abertura – para a praça-jardim interna e para a praça externa.

Nas duas empenas laterais, propõe-se o mínimo de aberturas, embutidas no volume e direcionadas em sentido oblíquo para evitar as insolações críticas sudoeste e nordeste.

A organização espacial proposta parte de uma modulação regular, com vãos de 8 metros no sentido longitudinal, compatíveis com a alta sobrecarga que o programa exige. A previsão de uma estrutura rigorosamente modulada reduz o custo de implantação, e favorece a aplicação de sistemas construtivos de uso recorrente na Universidade, particularmente o concreto armado moldado in loco. A ausência de vedações para o vazio central, além de pro-mover a integração entre os ambientes e favorecer a ventilação natural, reduz custos ao concentrar os esforços de vedação na cobertura metálica superior, com trechos translúcidos. Para minimizar os custos com cimbramentos, esta cobertura tem estrutura metálica leve, de produção industrializada e fácil montagem.

A fim de promover uma diferenciação entre o desenho do chão – aberto e integrado ao espaço urbano adja-cente, que rearticula os diversos níveis existentes e promove maior interação entre os edifícios do entorno – e o desenho da construção – o volume principal da biblioteca, com maior controle e proteção do espaço interno – buscou-se por um lado uma uniformização do tratamento das bases, com revestimento em pedra Lagoa Santa, típica da região e de baixo custo, e, por outro lado, a conformação de um volume despojado, de cor única, branco,

construÇÃo, estrutura e materiais

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ESTACIONAMENTO EXISTENTE 150 VAGAS

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implantaÇÃo

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planta do tÉrreo

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planta do 2º pavimento

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planta do 3º pavimento

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planta do 4º pavimento

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planta do 5º pavimento

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planta de cobertura

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cortes

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REITORCLÉLIO CAMPOLINA DINIZ

VICE-REITORAROCKSANE DE CARVALHO NORTON

PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTOJOSÉ NAGIB COTRIM ÁRABE

PRÓ-REITORA AJUNTA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTOPROF. MARIA LÚCIA MALARD

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO FÍSICO E PROJETOS . DPFP DIRETOR . PROF. CARLOS ALBERTO MACIEL

PROJETO ARQUITETÔNICO

ARQUITETA . ALENKA CENCIC ARQUITETA . ALETHÉA LESSA MOREIRA

ARQUITETO . BRUNO CALAZANS STARLING FREITASARQUITETO . CARLOS ALBERTO MACIEL

ARQUITETO . GERALDO ÂNGELO SILVAARQUITETA . MÁRCIA MOREIRA TOFANI

ARQUITETA . MARIA CRISTINA BRANT FURLANARQUITETA . MARINA LAGUARDIA

ARQUITETA . RENATA SIQUEIRACOLABORADOR . CRISTIANO HERMONT

PROJETO GRÁFICO . KENDSON ALVES

NOVEMBRO DE 2010

ENDEREÇOS E CONTATOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

AV. ANTÔNIO CARLOS . 6627 . PAMPULHA . CEP 31270-901 . BELO HORIZONTE . MGDEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO FÍSICO E PROJETOSTELEFONE/FAX . (31) 3409 6721 E-MAIL . [email protected]

CRÉDITOS

UFMG

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