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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE LICENCIATURA E BACHARELADO DE HISTÓRIA 4º ANO NOTURNO PRÁTICA DE ENSINO PROFª. DRª. ANA MARIA MARQUES DÉBORA CRISTINA DOS SANTOS FERREIRA COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA: escravidão, açúcar e defesa do território

Projeto Estágio

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estágio

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CINCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE LICENCIATURA E BACHARELADO DE HISTRIA

4 ANO NOTURNO

PRTICA DE ENSINO

PROF. DR. ANA MARIA MARQUES

DBORA CRISTINA DOS SANTOS FERREIRA

COLONIZAO DA AMRICA PORTUGUESA: escravido, acar e defesa do territrio

CUIAB, MAIO DE 2011.

DBORA CRISTINA DOS SANTOS FERREIRA

COLONIZAO DA AMRICA PORTUGUESA: escravido, acar e defesa do territrio

Projeto apresentado disciplina de Prtica de Ensino, sob orientao da Prof. Dr. Ana Maria Marques.CUIAB, MAIO DE 2011.

INTRODUO

Este projeto foi pensado a partir de uma realidade especifica, sendo esta, formada pelos alunos do 2 ano F do Ensino Mdio da Escola Estadual Raimundo Pinheiro da Silva, localizada na Av. Fernando Correia da Costa, 3610, Coxip da Ponte, em Cuiab. Em reunio com o Professor Bruno, discutimos os contedos de minha regncia, adotando a seqncia do material didtico, procurando sanar suas deficincias e trazer novas abordagens do contedo.

Os contedos previstos para a regncia dizem respeito aos primeiros sculos da ocupao do territrio braslico, sua economia e as lutas travadas para defender o territrio da Coroa Portuguesa. Contedos ricos em bibliografia e j estudados por mim dentro da academia. Acredito que o livro didtico Histria: Volume nicoseguido naquela instituio de ensino tem suas falhas, mas tambm trs vrias discusses da historiografia atual, meu papel enquanto educador buscar novas referncias, preencher as lacunas.

O primeiro contedo a ser ministrado se refere a escravido na Colnia Portuguesa, trazendo a tona questes como a diversidade tnica e cultural dos cativos africanos, suas formas de resistncia escravido, estas no se limitavam a fuga e formao de quilombos, mas tambm o escravo negociava espaos de autonomia com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantaes, agredia senhores e feitores, rebelavam-se individual ou coletivamente. Alm disso, vemos a necessidade de trabalhar com uma perspectiva pouco vista, a insero do ex-escravo ou mestio na represso aos escravos, como as figuras dos feitores e capites-do-mato. Acredito que trazer outras formas de vivencias dentro da relao entre senhor e escravo, como aqueles que viviam no ambiente urbano, menos vigiados, seja relevante para pensar a escravido.

O contedo seguinte se refere aos engenhos de acar instalados ainda no sculo XVI no nordeste da Colnia, sendo as fazendas desta monocultura o principal motor da economia colonial no primeiro perodo, utilizando principalmente mo-de-obra escrava indgena e africana formava uma sociedade patriarcal, no s no mbito domestico, mas tambm poltico, a hierarquia familiar, que tinha como figura superior o homem mais velho, que protegia agregados e parentes. Esta sociedade era constituda por grandes unidades construdas entorno de uma famlia e uma propriedade o engenho.

Outro contedo a ser ministrado a disputa de territrio entre lusitanos e franceses na Baia de Guanabara e o papel decisivo dos indgenas frente a ocupao francesa. Nesta mesma perspectiva de defesa da Colnia, temos como previsto o contedo da invaso holandesa do nordeste e a Companhia das ndias Ocidentais, esta financiou a construo ou reforma de muitos engenhos, trazendo assim certo conforto ocupao holandesa, outro ponto a ser discutido a administrao holandesa no perodo de ocupao do nordeste. E ainda a chamada insurreio pernambucana, onde luso-brasileiros, com a participao de indgenas e soldados negros derrotaram os holandeses.

Outro ponto a ser abordado a interiorizao do Norte e Nordeste, com a implantao de novas fontes econmicas como a pecuria, as drogas do serto e o tabaco. E ainda a conquista do sul da Colnia, com o avano da colonizao, adentrando em territrio espanhol, segundo o Tratado de Tordesilhas, as chamadas bandeiras, que tinham o objetivo de apresar os negros da terra ndios. Este contedo possibilita o inicio da discusso a cerca da histria do que seria Mato Grosso, com a vinda do bandeirante Pascoal Moreira Cabral, uma oportunidade para esmiuar um contedo que no est no livro didtico adotado.

Em todos os contedos percebemos a presena dos elementos negro e indgena, pretendemos partir destes para trabalhar tais contedos, procurando incitar o debate acerca das questes de desigualdades sociais e da formao cultural de nosso pas, pois o ensino mdio a etapa final da formao de cidados crticos e conscientes, preparados para a vida adulta e a insero autnoma na sociedade . Assim princpio de que o objetivo fundamental do ensino de histria contribuir para o desenvolvimento da literacia histrica e o aprimoramento da conscincia histrica . OBJETIVOS

- Desenvolver melhor a capacidade critica dos educandos frente a um determinado contexto histrico e social.

- Discutir as formas de resistncia escravido negra; - Discutir a importncia da mo-de-obra escrava na economia colonial;- Analisar a importncia da defesa de territrios da Coroa Portuguesa;

- Analisar a importncia do africano escravizado e do indgena na formao da cultura brasileira.

METODOLOGIA

A preparao

Neste momento, pretendo amadurecer os referenciais tericos e historiogrficos para o desenvolvimento do trabalho, procurando novos elementos para compor a aula. Elaborao de exerccios de fixao do contedo, possveis avaliaes e material como slides. A sala de aula

Para a execuo deste projeto terei cinco semanas, nas quais as aulas de 50 minutos so na segunda-feira e quinta-feira, teremos tambm como previsto no calendrio discutido com o professor supervisor duas semanas para a apresentao de seminrio, os quais ficaram a cargo do professor titular.

Nas semanas que ministrarei as aulas, procuro seguir a mesma linha do professor, com uma aula na semana destinada a explicao do contedo e na segunda exerccios de fixao de contedo, ora elaborados por mim, ora constantes no livro didtico, j que todos os alunos receberam livros.

Nas aulas expositivas, devo utilizar o quadro de giz e tambm o data-show, tendo em vista que a escola possui poucos equipamentos e os mesmos devem ser reservados com antecedncia. Avaliao

Durante toda a execuo deste projeto pretendo avaliar os alunos, seja com base em um determinado instrumento de avaliao, este possivelmente ser elaborado juntamente com o professor supervisor, seja na apreciao do interesse e da compreenso demonstrada oralmente pelo aluno. No entendo o processo de ensino-aprendizagem como via de mo nica, assim farei uma auto-avaliao do que me foi acrescentado durante este perodo, no que diz respeito ao contedo ou na aprendizagem de como proceder diante de uma sala de aula.

CRONOGRAMA

Atividades DesenvolverMaroAbrilMaioJunho

ObservaoXX

Elaborao do ProjetoX

Preparao de AulaX

Aula ExpositivaX

Aulas com exerccio de fixao do contedo X

AvaliaoX

Correo da AvaliaoX

RECURSOS MATERIAIS

Sero utilizados como recursos materiais:

- quadro de giz;

- aparelho de som e/ou caixa de som;

- pen-drive;

- notebook;

-data-show.

Sendo que j foi verificada sua disponibilidade de parte do material na instituio de ensino e o que for necessrio ser disponibilizado por mim.

REFERNCIAS

AZEVEDO, Gislaine Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Histria: Volume nico. 1 Ed. So Paulo: tica, 2005.BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais: histria. Secretaria de Educao Fundamental. Braslia : MEC/SEF, 1998. LOCKHART, James; SCHWARTZ, Stuart B. A Amrica Latina na poca colonial. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2002. REIS, Joo Jos; GOMES, Flvio dos Santos (org.). Liberdade por um fio: histria dos quilombos no Brasil. So Paulo: Cia. das Letras, 1996.THEOBALD, Henrique Rodolfo. Fundamentos e metodologia do ensino de histria. Curitiba: Editora Fael, 2010. AZEVEDO, Gislaine Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Histria: Volume nico. 1 Ed. So Paulo: tica, 2005.

REIS, Joo Jos; GOMES, Flvio dos Santos (org.). Liberdade por um fio: histria dos quilombos no Brasil. So Paulo: Cia. das Letras, 1996. (p. 9)

LOCKHART, James; SCHWARTZ, Stuart B. A Amrica Latina na poca colonial. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2002. (p. 27)

BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais: histria. Secretaria de Educao Fundamental. Braslia : MEC/SEF, 1998.(p. 22)

THEOBALD, Henrique Rodolfo. Fundamentos e metodologia do ensino de histria. Curitiba: Editora Fael, 2010. (p. 109)