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1 PROPOSTA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO EM AMBIENTE DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA CERÂMICA VERMELHA Rodrigo Ventura da Silva (CEFET-RJ) [email protected] Marina Rodrigues Brochado (CEFET-RJ) [email protected] No mundo globalizado atual, as empresas demandam informações e conhecimento de técnicas e ferramentas de gerenciamento e controle da produção como premissa para o desenvolvimento de uma cultura inovadora que permite o aumento da competitiviidade empresarial e auxilia o desenvolvimento econômico. Neste sentido, este trabalho apresenta uma proposta construída a partir da necessidade atual que as indústrias de cerâmica vermelha do estado do Rio de Janeiro enfrentam com problemas de introdução de inovação em seu processo produtivo. O estudo investiga modelagens e ferramentas aplicadas ao Planejamento e Controle da Produção - PCP, e propõe um modelo que considera a hipótese de que o conceito da cibernética, a ciência da comunicação e controle, pode criar um ambiente integrado de PCP com a finalidade de resolver problemas entre os atores internos e externos e suas interações com o ambiente externo, e que ao mesmo tempo, favoreça a introdução de inovação de forma estruturada e sistêmica e se transforme em um processo contínuo de desenvolvimento empresarial. Palavras-chaves: PCP, Cerâmica Vermelha, Inovação, Cibernética XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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PROPOSTA DE PLANEJAMENTO E

CONTROLE DA PRODUÇÃO EM

AMBIENTE DE INOVAÇÃO NA

INDÚSTRIA CERÂMICA VERMELHA

Rodrigo Ventura da Silva (CEFET-RJ)

[email protected]

Marina Rodrigues Brochado (CEFET-RJ)

[email protected]

No mundo globalizado atual, as empresas demandam informações e

conhecimento de técnicas e ferramentas de gerenciamento e controle

da produção como premissa para o desenvolvimento de uma cultura

inovadora que permite o aumento da competitiviidade empresarial e

auxilia o desenvolvimento econômico. Neste sentido, este trabalho

apresenta uma proposta construída a partir da necessidade atual que

as indústrias de cerâmica vermelha do estado do Rio de Janeiro

enfrentam com problemas de introdução de inovação em seu processo

produtivo. O estudo investiga modelagens e ferramentas aplicadas ao

Planejamento e Controle da Produção - PCP, e propõe um modelo que

considera a hipótese de que o conceito da cibernética, a ciência da

comunicação e controle, pode criar um ambiente integrado de PCP

com a finalidade de resolver problemas entre os atores internos e

externos e suas interações com o ambiente externo, e que ao mesmo

tempo, favoreça a introdução de inovação de forma estruturada e

sistêmica e se transforme em um processo contínuo de desenvolvimento

empresarial.

Palavras-chaves: PCP, Cerâmica Vermelha, Inovação, Cibernética

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

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1. Introdução

Nos tempos globalizados atuais, as organizações empresariais estão inseridas em um

ambiente complexo, e a sua compreensão e análise se tornam desafios para sua sobrevivência.

Neste cenário, a empresa tem três desafios distintos: o primeiro é desenvolver de forma

balanceada a proporção entre a capacidade produtiva e a demanda por seus produtos e

serviços e o segundo está ligado a(s) ferramenta(s) que será(ão) utilizada(s) para solucionar os

problemas internos com qualidade, dinamismo e rapidez para atender ao mercado, como

premissa para isso, é necessário primeiramente identificar os processos internos e conhecer

suas interações e o terceiro está ligado ao gerenciamento das pessoas, que são a base do

conhecimento da organização (CHIAVENATO, 2003).

Tal cenário conduz as organizações a produzir em ambiente de constante, que conforme

Freire (2000), “a inovação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer organização”.

A principal função da inovação é “acompanhar, e se possível antecipar, a evolução das

necessidades dos clientes, para a empresa os poder servir com propostas de valor sempre

renovadas”. Para criar ou manter esta estratégia empresarial, o autor destaca que para a

empresa deve adotar um modelo global de gestão que alinhe o ciclo de inovação com as

competências de gestão, e somente assim será garantido o desenvolvimento sustentável da

empresa.

Assim, o desafio atual para as organizações é alinhar o processo de inovação aos sistemas

de administração de produção, que são responsáveis por definir qual o “caminho” que a

empresa deve seguir para atingir seus objetivos estratégicos, apoiando a tomada de decisões

do empresário, principalmente quanto às questões: O que produzir, quanto produzir, quando

produzir e com que recursos produzir. Conforme Corrêa, Gianesi e Caon (2001), todos os

sistemas de planejamento e controle de produção devem abordar questões padrões para

desenvolver bem o seu papel de apoiador de decisões. Slack, Chambers e Johnston (2002)

destacam ainda a necessidade básica de desenvolvimento de uma atividade de controle no seu

processo de gerenciamento da produção empresarial e que deve ser centrada na estratégia de

longo prazo que estão sujeitos às incertezas mercadológicas, ambientais e políticas que podem

alterar seu resultado o processo de controle sistemático. Chiavenato (2003) aborda a questão

do monitoramento das condições cambiantes com antecipação suficiente para permitir que

sejam adotadas ações corretivas e preventivas para manter o alto desempenho da empresa.

Conforme Slack, Chambers e Johnston (2002), o foco do sistema de controle de produção

está em controlar a entrada, o processo e a saída do sistema, em um processo auto – regulado,

que pode corresponder a tarefas mais simples como preencher pedido e suprir estoques, até

uma combinação de todas as atividades produtivas, tanto internas quanto externas da empresa.

Neste contexto, as ferramentas de gestão de processos têm auxiliado no processo de melhoria

da tomada de decisões da empresa, através de análises e decisões que se tornam mais

complexas a cada dia, devido ao alto número de atores e objetivos em cada tarefa.

As indústrias do setor de cerâmica vermelha localizadas no estado do Rio de Janeiro

(BROCHADO, 2004) apresentam dificuldades em gerir seus processos internos e recolher,

tratar e automatizar as informações de mercado e alinhar com as estratégias internas para

desenvolver produtos e introduzir inovações que possam atender ao mercado. A

competitividade no setor com produtos o nível de qualidade do produto e a atual percepção da

necessidade de inovação tecnológica por parte dos empresários, clientes e consumidores

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intensifica a necessidade da empresa criar mecanismos que favoreçam a adaptação da

inovação às necessidades do mercado, com a geração de lucro e sustentabilidade.

Bastos (2004) e Silva Junior (2005) ressaltam que a “automatização” é de grande

importância para o setor ceramista e a utilização de um sistema da informação aumenta a

dinamização do processo e a acertividade. Neste sentido, um sistema de informação deve

levar em consideração as diversas variáveis produtivas e suas conexões para criar um cenário

de amplo espectro que permita ao tomador de decisões uma visão ampliada do tema. Silva

Junior (2005) e Cleto (2006) apontam inclusive a baixa utilização dos sistemas de informação

por parte da indústria ceramista.

Este trabalho considera o conceito de feedback da cibernética, que segundo Ashby (1970),

é um processo dos maiores ganhos da cibernética, pois permite não simplesmente avaliar

como o processo “1”, como influencia no processo seguinte “2” e como um reage ao outro

(ambos os sentidos) – cada ação tem uma reação e o mapeamento dos subprocessos permite

identificar possíveis redundâncias em suas atividades. Mosso (2006) destaca controle como

uma função de verificação de resultados de cada processo, que envolve, entre outras coisas,

saída, mas visando o equilíbrio do sistema. Mosso (2006 apud ROSE, 1971), destaca que o

controle aplicado a um modelo de gestão, deve seguir três passos: a decisão sobre algum

objetivo a ser atingido dentro do prazo definido; a criar uma estrutura de informação; a ação

necessária para a resolução do problema encontrado.

Assim, a hipótese para o desenvolvimento deste trabalho é de que conceito de feedback e

controle de processo da cibernética, pode promover uma visão holística do complexo sistema

produtivo de uma organização, com a possibilidade de uma simulação de cenário propícia a

análise de introdução de uma inovação pelos seus administradores. O que permite uma

visualização do mapeamento dos sistemas e subsistemas componentes da organização.

Este trabalho faz parte do estudo do projeto de pesquisa “Uma abordagem interdisciplinar

na área de inovação estudo de caso da indústria cerâmica vermelha” no estado do Rio de

Janeiro, RJ tem como finalidade de promover a modernização tecnológica do tijolo estrutural

brasileiro através apropriação da tecnologia de alta porosidade, padrão alemão.

Conforme Brochado (2004), o estudo partiu de uma investigação dos diversos trabalhos

realizados pelo grupo Meio Ambiente/ Eficiência Energética do CEFET-RJ cadastrados no

CNPq relativos ao tema da cerâmica vermelha que desenvolveu estudos e dados de

dissertações previamente realizados. Estes dados e informações foram agregados em um

documento denominado: “Linha do Tempo” apresentado no apêndice deste trabalho. Após foi

realizada uma pesquisa dos modelos associados ao Planejamento e Controle da Produção e

suas metodologias. Em seguida foi realizada uma análise dos fatores individuais nas diversas

áreas da economia, engenharia de produção e civil, administração e marketing que contribuem

para a inserção da inovação e quais os modelos de PCP pesquisados se adaptam melhor às

condições de inovação, com base na importância da cibernética e da teoria de sistemas.

Esta primeira fase do trabalho permitiu ao autor deste trabalho apresentar a proposta de

um modelo cibernético de planejamento e controle da produção, que aborde as questões de

introdução de inovação, como análise de custo de oportunidade e desenvolvimento

empresarial para gerar maior valor agregado ao produto em diversas fases da cadeia

produtiva. E para testar o modelo é criada uma ferramenta no Programa Excel que permite

operacionalização da integração da abordagem cibernética, inovação, a teoria de sistemas e

teoria da decisão.

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2. Cibernética x PCP

Klír e Valach (1967) comentam que as fundações da cibernética foram exploradas

primeiramente em 1834, fundamentadas pelo filósofo, matemático e físico francês Ampere

com a utilização do termo “a ciência para controlar a sociedade” e posteriormente estudada

pelo matemático Norbert Wiener entre 1943 e 1947 e amplamente abordado em seu livro

“Cybernetics” em 1948. Em seu livro, Wiener definiu cibernética como a ciência de controle

e comunicação entre o animal e o homem. Em 1955, a Cibernética foi adotada genericamente

como uma disciplina científica fundamental.

Conforme Chiavenato (2003), o termo cibernética, etimologicamente, vem do grego:

“Kybernyticy”, usualmente utilizado no século VI a. C. para denominar os capitães dos

navios, por sua função de “governar” os navios, principalmente orientar a rota, que a todo

momento sofre desvios devido a tempestades e mudanças nos ventos. O capitão não era o

executor das tarefas “operacionais”, como remar e etc, mas era o responsável por sua correta

integração e controle.

Mosso (2006 apud WIENER, 1954) descreve cibernética como a ciência de comunicação

e controle que utiliza como referência animais e máquinas. Chiavenato (2003) faz uma

analogia: “A Cibernética é a ciência que surgiu como uma ciência diretiva (direção), no

sentido de preencher tanto os espaços vazios interdisciplinares não pesquisados por nenhuma

ciência”

Este fato surgiu, ou seja, estas lacunas existentes em decorrência do pensamento

cartesiano que influenciou o pensamento científico ocidental da época (método cartesiano –

Reducionismo, Pensamento Analítico e Mecanicista. O que antigamente não existia esta

divisão do conhecimento, apenas os filósofos que detinham o conhecimento na época).

Klír e Valach (1967) destacam que os pontos de vista de controle e comunicação

destacados por Wiener, podem ser aplicados, teoricamente, a qualquer sistema e objeto.

Então, os autores inferiram a definição de cibernética como:

“Cibernética é a ciência que lida, de um lado,

com o estudo do relacionamento dos sistemas do

ponto de vista da troca de informação com o seu

ambiente externo e por outro lado, com o estudo das

estruturas destes sistemas do ponto de vista da troca

de informação entre seus elementos internos”.

Conforme Chiavenato (2003), Sistema é um conjunto de elementos (que são partes ou

órgãos), que estão dinamicamente relacionados em uma rede de comunicações (em

decorrência da interação dos elementos), formam uma atividade (que é a operação ou

processamento do sistema), com intuito de atingir um objetivo ou propósito (finalidade do

sistema) que opera sobre DADOS / ENERGIA / MATÉRIA (que são os insumos ou entradas

de recursos para o sistema operar) para fornecer INFORMAÇÃO / ENERGIA / MATÉRIA

(que são as saídas do sistema).

Então: Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema,

desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo seja o foco de atenção. É

difícil de dizer onde começa e termina um sistema. Os limites, ou fronteiras, entre um sistema

e o seu ambiente admitem certa arbitrariedade. Como por exemplo, o Universo parecendo ser

formado de múltiplos sistemas que se interpenetram.

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Bertalanffy (1975) caracteriza sistema como um conjunto de unidades reciprocamente

relacionadas, no qual decorrem dois conceitos: o de Propósito e o de Globalismo. O Propósito

ou Objetivo destaca que todo sistema tem um ou alguns objetivos a alcançar. Globalismo ou

Totalidade destaca que todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual a ação que produza

mudança em uma das unidades do sistema resultará em uma mudança nas demais, ou seja,

qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema afetará todas as demais unidades,

devido ao relacionamento existente entre elas – relação de causa-efeito. Destas mudanças

ocorridas e dos ajustamentos contínuos do sistema decorrem dois fenômenos: o da Entropia e

o da Homeostasia.

Conforme Chiavenato (2003) os sistemas podem ser:

Sistemas Fechados – são os sistemas que não apresentam intercâmbio com o meio

ambiente que o circunda, pois são herméticos a qualquer influência ambiental, ou seja, não

recebem nenhuma influência do ambiente e, também não são influenciados por ele. Ex:

sistemas mecânicos – o relógio, por exemplo.

Sistemas Abertos – São sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente,

através de entradas e de saídas – adaptativos, isto é para sobreviverem devem ajustar-se

constantemente às condições do meio. A adaptabilidade é um contínuo processo de

aprendizagem e de auto-regulação.

Mosso (2006) descreve que no sistema cibernético, o controlador passa a ser controlado,

gerando uma situação de retro-alimentação para o sistema, este sempre buscando a

homeostasia (equilíbrio). A homeostasia, neste contexto, é o equilíbrio dinâmico entre as

partes do sistema, ou seja, os sistemas se adaptam às mudanças ocorridas no meio ambiente

para sobreviverem.

Ele enfatiza a importância que a cibernética é utilizada tanto para o entendimento dos

elementos do sistema, como para auxiliar o mapeamento dos subsistemas. O autor reflete que

a cibernética já apareceu em diversos estudos nas organizações empresariais, sendo

erroneamente confundida com servomecanismos ou dispositivos de controle voltados somente

à pesquisa operacional.

Ashby (1970) e Bertalanffy (1975) afirmam que a cibernética está contextualizada em

fatores como estabilidade (entropia) e realimentação, codificando a informação por

mecanismos de modelagem e ferramentas e como isso pode ser controlado regulado no

contexto geral para equilíbrio do sistema. Este grande complexo de atores deve estar

integrado e mapeado para o sucesso das organizações, devem saber quais fatores influenciam

quais e como pode alterar essa dinâmica a seu favor, principalmente ao desenvolvimento de

seus processos. O Feedback está relacionado ao retorno dado após a sequencia de: entrada,

desenvolvimento e saída do sistema, que responde se o processo foi bem sucedido ou não. Em

sistemas retro-alimentados, o feedback além de responder às questões de qualidade e

quantidade necessárias produzidas, complementa com o retorno de onde o processo não foi

bem-sucedido e como e quanto é necessário para correção e alcance das metas e objetivios

propostos.

As organizações possuem todas as características dos sistemas abertos, ou seja, como

sistemas sociais que sofrem influência e influenciam o meio no qual estão inseridas –

possuem comportamento probabilístico e não-determinístico e são como partes de uma

sociedade maior e constituídas de partes menores. As organizações possuem interdependência

entre as partes; homeostasia; fronteiras ou limites e morfogênese (ASHBY, 1970) e (MOSSO,

2006 apud WIENER, 1954).

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Klír e Valach (1967) destacam que a definição de toda e qualquer disciplina científica

deve brevemente, mas deve explorar de forma correta e expressiva o intervalo do fenômeno,

como se apresenta e o sujeito de estudo, em dois fatores:

1) Determinar o tipo de objeto pelo qual seja possível definir o sistema que formará o

objeto de interesse da cibernética;

2) Os pontos de vista dos quais estes sistemas serão definidos pelos objetos dados:

controle e comunicação.

Ashby (1970) reforça que a cibernética não aborda “coisas”, mas quais as maneiras

que se comportam. A teoria da cibernética procura sempre mapear quais todas as formas que

o sistema pode se apresentar, baseado na dispersão e particularidade de algum(ns) elemento(s)

e como ele se reconfigura no sentido de manter o equilíbrio interno e como pode ser mantido

este equilíbrio com a alteração ou configuração de algum(ns) ator(es) específico(s). Para isso,

a informação “real” desempenha um papel importante no modelo cibernético, pois um dado

incorreto cria um cenário irreal para o sistema produtivo.

Conforme Klír e Valach (1967), a cibernética tem contribuído com a emergência de

muitas novas hipóteses centradas na explanação de funções não completamente investigadas,

gerando novas perspectivas de resolução e análise que amplia a visão do problema

desenvolvido – em exemplo a teoria dos jogos, teoria da informação, entre outros campos.

Bertalanffy (1975) ressalta que a cibernética causou impacto na tecnologia e nas ciências

fundamentais, produzindo modelos para fenômenos concretos para o âmbito dos problemas

cientificamente legítimos.

Conforme Martins e Laugeni (2005), os sistemas de administração de produção são

responsáveis por definir qual o “caminho” que a empresa deve seguir para atingir seus

objetivos estratégicos, apoiando a tomada de decisões do empresário, principalmente quanto

às questões: O que produzir, Quanto produzir, Quando produzir e Com que recursos produzir.

O planejamento e controle da produção está balizado em alguns fatores básicos. Este

arranjo está condicionado a combinação de duas funções básicas a todos estes sistemas:

Capacidade produtiva e demanda. Diversos autores, entre eles: Plossl (1986), Slack,

Chambers e Johnston (2002) e Corrêa, Gianesi e Caon (2001), destacam que o empresário

deve possuir plena compreensão e domínio destes dois fatores e mais importante ainda é

conhecer a interação entre eles e seus impactos diretos e indiretos na produção. Os autores

afirmam ainda que a capacidade produtiva e determina o número de pessoas e as horas de

maquinário para produzir, a previsão de materiais necessários, entre outros e deve estar

dimensionada de acordo com a demanda e a demanda está relacionada com a necessidade e

desejos de seus clientes. O equilíbrio entre demanda e capacidade produtiva é o verdadeiro

segredo para o sucesso empresarial – produzir de forma adequada para o público correto no

momento correto com os materiais necessários com um mínimo de desperdício atendendo à

legislação vigente.

Existem então duas variáveis de controle para gerenciamento da produção: Demanda e

capacidade produtiva. A capacidade produtiva é apontada por Corrêa, Gianesi e Caon (2001),

Plossl (1986 e SLACK, et al. 1999) e Gaither e Frazier (2005) como uma “constante”, devido

a fatores como o alto investimento que é requerido para ampliação da capacidade,

dificuldades de previsão de crescimento de longo prazo, principalmente devido a fraca visão

do empresário ou a falta de políticas públicas e marcos regulatórios que propiciem a

introdução principalmente de inovações que movimentam os diversos setores da economia.

A capacidade produtiva, então, deve ser avaliada a médio e longo prazo, pois seu principal

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objetivo é possuir recursos para viabilizar a produção e o atendimento da demanda. É

necessária a utilização de ferramentas e modelos que propiciem uma proposta viável de

atendimento a possíveis aumentos de produção, como a terceirização em períodos de

sazonalidade, ou a redução do período de trabalho para períodos parciais, como exemplos

clássicos, sempre em função de uma demanda esperada (MARTINS E LAUGENI, 2005).

3. O setor da indústria cerâmica vermelha

Um estudo feito pela ANICER (2011) afirma que a indústria de cerâmica vermelha é

extremamente pulverizada por um grande número de pequenas e médias empresas que

empregam desde a tecnologia rudimentar de fornos quase caseiros e moldes de pequena

precisão até tecnologia sofisticada para a secagem e queima das peças com elevada eficiência

térmica e qualidade final dos produtos. A extrema variabilidade quanto às características de

desempenho dos produtos e nas dimensões existente entre as empresas têm sérias

conseqüências para as construtoras e foi motivação para as várias iniciativas de modernização

induzidas pelos consumidores.

Algumas mudanças aconteceram no final do século XX envolvendo o mercado mundial,

principalmente nos setores administrativo, econômico e tecnológico. Atualmente nas formas

de administração de qualquer área do mercado tem-se falado muito em sustentabilidade e em

algo de maior interesse econômico, a redução de custo na produção. Na economia, a

competitividade aumenta acompanhando a globalização e o crescimento e solidificação dos

blocos econômicos. O avanço tecnológico decorreu através das criações de softwares e

hardwares cada vez mais específicos aos setores de trabalho, facilitando a produção e

auxiliando a automação industrial.

A partir desta modificação no cenário global econômico, muita empresas viram a

necessidade de inovar para que pudessem se manter na disputa pelo mercado consumidor, e

esta competitividade fixa-se quando o cliente passa a optar por um produto mais barato e de

maior qualidade.

Para Kotler e Keller (2006), todos os produtos possuem um ciclo de vida e, neste

contexto, faz-se necessário aceitar os seguintes fatores:

Os produtos têm uma vida limitada.

As vendas dos produtos passam por estágios distintos, cada um deles com desafios,

oportunidades e problemas diferentes para as empresas.

Os lucros sobem e descem em diferentes estágios do ciclo de vida do produto.

Os produtos necessitam de diferentes estratégias de produção, financeira, marketing,

compras e recursos humanos de acordo com cada estágio do seu ciclo de vida.

O produto tijolo amplamente utilizado na construção civil, encontra – se em um estado

estagnado de desenvolvimento tecnológico, e neste sentido, é necessário avaliar, qual seria a

abordagem mais adequada para sua correta reavaliação e implantação. Dentro desse

raciocínio, pretende-se estudar o caso da modernização tecnológica proposta ao se adaptar a

tecnologia de alta porosidade, padrão alemão, processo de agentes formadores de poros, na

Indústria Cerâmica Vermelha do Estado do Rio de Janeiro. Essa transferência tecnológica está

ocorrendo como resultado de um acordo de intercâmbio assinado entre o Brasil e a Alemanha,

através do Centro Federal de Educação Tecnológica “CSF” - CEFET-RJ e a Fachhochschule

Kölh, de Colônia, Alemanha, contando com as parcerias do Serviço de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro – SEBRAE-RJ, da Associação Nacional da

Indústria Cerâmica - ANICER, do Instituto Nacional de Tecnologia – INT/UFRJ, e da

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Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ.

O valor agregado ao produto também é um caminho pouco explorado. O sistema de

valores envolvidos não são somente questões afetivas e sensitivas que emocionam o espírito e

a carne ou ética, são também uma interpretação que desencadeia estímulos sensitivos, por

conseguinte, uma carga axiológica (CORBÍ, 2002). Os sistemas de necessidades caracterizam

a interpretação da realidade e guiam nossos sistemas de valores, portanto a interpretação deve

balizar um sistema de estímulos, que por sua vez respondam às necessidades (CORBÍ, 2002).

Conforme Nicholas (1976, APUD LOUREIRO 1998), a contínua introdução e

substituição de produtos, serviços e processos em um sistema econômico resultam de decisões

empresariais que são estimuladas pela reação dos consumidores. A apropriação de alguma

tecnologia deve envolver além de critérios econômicos, ambientais, éticos, entre outros. Da

perspectiva do mercado, a preocupação com a exaustão de recursos da natureza é infundada,

pois quando os materiais ficam escassos, o aumento do preço se encarrega de restringir seu

consumo, retardando a exaustão da reserva de recursos naturais e o preço alto estimulará a

pesquisa científica que se encarregará de avaliar novos meios eficientes de utilizá – lo ou

produtos substitutivos.

O ponto chave do conceito de eficiência é defendido por Loureiro (1998), como a relação

inversa entre eficiência e esforço, portanto, quanto menos esforço demandar, maior será a

eficiência da tecnologia e mais apropriada ela será. Esta política não favorece a atual demanda

energética global, pois conforme Ophuls (1977, APUD LOUREIRO, 1998), o Estados Unidos

tem uma agricultura que produz 3 vezes mais que a Índia (mais eficiente), mas avaliando a

fonte de energia utilizada, a agricultura americana gasta 10 vezes mais que a Indiana, neste

contexto, a eficiência energética Indiana é superior.

Ainda conforme Loureiro (1998), a tecnologia deve ser vista como apenas um dos muitos

componentes de um conjunto de instrumentos que deverão ser mobilizados para a busca de

uma melhor vida e de uma melhor sociedade. Shumacher (1975, APUD LOUREIRO, 1998),

diz que a estabilidade da sociedade não pode depender de uma satisfação efêmera gerando um

metabolismo de necessidade de taxa de satisfação eterna crescente.

4. Desenvolvimento do modelo

Para formulação do modelo base para a pesquisa, utilizou-se o modelo de gerenciamento

de produção de Vollmann (1988), por identificar pontualmente as fases da cadeia produtiva e

a interação entre seus atores, além de destacar a cadência lógica de seus componentes (figura

1). Bremer e Lenza (2000) adaptaram este modelo para um de processo de negócio em função

da arquitetura ARIS, que possui quatro visões básicas: Organização, função, dados e controle

(figura 2). Na figura 3 de Martins e Laugeni (2005), é perceptível o desdobramento do modelo

em longo, médio e curto prazo, mas com as premissas de planejamento e operacionalização

similares às anteriores.

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Figura 1: Planejamento de produção e sistema de controle (simplificado). Adaptado pelo autor de Vollmann,

1988.

Figura 2: Modelo de gerenciamento de produção por hierarquia de funções. Autores: Bremer e Lenza, 2000.

Planejamento

da demanda

Planejamento

da produção

Agendamento

mestre de

produção

Planejamento

detalhado da

capacidade

Planejamento

de requisição

de materiais

Planos de

materiais e

capacidades

Sistemas de

controle de

“chão-de-fábrica”

Sistemas de

compras

Início

Desenvolvimento

Final

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Longo prazo

Médio prazo Manufatura Serviços

Curto prazo

Planejamento do Processo

Planejamento estratégico da capacidade

Plano agregado

Plano Mestre de Produção

MRP

Programação de chão-de-fábrica

Programação

semanal de pessoal

e de clientes

Programação diária

de pessoal e de

clientes

Figura 3: Modelo de Planejamento e Controle da Produção para manufatura e serviços. Autores: Martins e

Laugeni, 2005.

Para formulação do modelo base para a pesquisa, utilizou-se o modelo de gerenciamento

de produção de Vollmann (1988), por identificar pontualmente as fases da cadeia produtiva e

a interação entre seus atores, além de destacar a cadência lógica de seus componentes. Bremer

e Lenza (2000) adaptaram este modelo para um de processo de negócio em função da

arquitetura ARIS, que possui quatro visões básicas: Organização, função, dados e controle. Os

autores Martins e Laugeni (2005) associaram as visões em diferentes escala de tempo, com a

construção de uma visão de longo, médio e curto prazo.

Ao associar estes modelos às premissas da cibernética em cenário de inovação, obteve-se

um modelo conforme a figura 4, que promove uma maior interatividade entre os atores, força

um processo de controle em cada etapa da cadeia produtiva, permeia um processo de tomada

de decisões que impulsiona a participação de toda a organização no processo de planejamento

produtivo e permite a confecção de um planejamento de produção integrado com a inserção

de um produto de inovação e que corrobora com as atuais expectativas de desenvolvimento

em produto e processo, obtenção de maiores lucros, qualidade e sustentabilidade.

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Figura 4: Modelo cibernético para introdução de inovação. Fonte: O autor.

Gerenciar demanda

Realizar previsões

Consolidar informações do mercado

Levantar grupo de

produtos por segmento

Gerar plano

agregado de vendas

Elaborar plano agr. Produção

Elaborar PM de

Produção

Gerenciar materiais

Programar e Produzir

Controlar produção

INSUMOS

PROCESSAMENTO SAÍDA

RETROALIMENTAÇÃO

ENTRADA

Inovação

Gestão da mudança

Gestão estratégica

Gestão de projetos

Gestão funcional Levantar grupo de

produtos por segmento

12

5. Conclusão

A aplicabilidade de um modelo de gestão deve ser voltada para o ambiente da empresa, se

tornando então necessário um amplo estudo não somente no setor, mas também nas

características particulares do modelo que atendem às suas necessidades. A inovação no país é

um processo relativamente novo e o empresário ainda não consegue perceber seus benefícios.

A introdução de inovação em um processo de modelagem requer uma grande habilidade do

gestor, pois é comum a sua aplicação de forma pontual a partir de observações ou de

empirismo, mas sistematicamente em um processo de gestão é complexa.

Então as empresas da indústria cerâmica vermelha se apresentam como um sistema

cibernético de elementos que interagem e possuem um problema de informação e modelagem,

principalmente no Planejamento e Controle da Produção. O ambiente instável se reflete no

empresário como uma aversão ao processo de planejamento, o que dificulta a identificação e a

inserção de oportunidades de inovação, então se torna imperativo a utilização de modelos que

propiciem a introdução de inovação de forma sistematizada e orientada a objetivos

estratégicos, alinhando-os com as questões operacionais.

O Planejamento e Controle de Produção é o ponto central para sanar diversos problemas

diretos e indiretos da produção, pois ele reúne a interação do conhecimento organizacional e a

necessidade dos fatores produtivos em detrimento ao atendimento à metas ou objetivos. A

teoria de sistemas e a cibernética buscam exatamente isto: a forma que os elementos de um

sistema (como a empresa) se apresentam e como os relacionamentos que existem entre eles e

com o meio ambiente externo podem influenciar os resultados e como o empresário pode usar

isso a seu favor. Para tal, o processo de tomada de decisões auxilia o empresário no momento

de escolha de produto x ou y, pois permite a visualização gráfica ou via tabela dinâmica de

resultados produtivos e vantagens financeiras, para que possua parâmetros de desempenho

que permitam uma avaliação mais criteriosa quanto ao impacto de suas decisões, por

exemplo, ao decidir atrasar a entrega de um produto, mesmo que em menor quantidade, pode

estar prejudicando uma venda futura maior, ou pode possuir um segmento de produto no qual

o cliente é mais exigente na questão prazo que outro.

Disso, conclui-se que existem muitas vantagens em possuir um modelo adaptado com as

seguintes vantagens:

- Uma relativa diferença na forma de gerenciar o negócio a partir do mapeamento dos

fatores produtivos e seus relacionamentos com o meio;

- Aumento no conhecimento sobre o PCP e do processo produtivo como um todo, como

exercício constante de desenvolvimento;

- A introdução de um elemento inovador que provoca reflexão no processo de análise do

empresário e permite aumento da competitividade;

- Se apresenta como modelo viável para auxiliar o processo de tomada de decisões, que

deve ser resultante de uma análise de cenários com os elementos chave do sistema com a

interação e a integração.

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