21
26042014 1 Anabela Martins Etiqueta, Cerimonial e Protocolo Anabela Martins Gabinete de Imagem e Apoio ao Estudante - GIAPE Conjunto de Normas jurídicas, regras de comportamento, costumes e rituais de uma sociedade num dado momento histórico, geralmente utilizadas nos diferentes níveis de organização de Estado, Autarquias, Instituições, Organizações: Protocolo oficial de estado Protocolo militar Protocolo autárquico Protocolo nas universidades públicas Protocolo empresarial Protocolo social ou de etiqueta Protocolo e liturgia Protocolo desportivo É a aplicação prática do protocolo, ou seja, das suas regras. Ex: cerimoniais e protocolos oficiais como a troca da guarda do Palácio de Buckingham.

Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

  • Upload
    hadieu

  • View
    225

  • Download
    7

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

1

Anabela Martins

Etiqueta, Cerimonial e Protocolo

Anabela MartinsGabinete de Imagem e Apoio ao Estudante - GIAPE

Conjunto de Normas jurídicas, regras de comportamento, costumes e rituais de uma sociedade num dado momento histórico, geralmente utilizadas nos diferentes níveis de organização de Estado, Autarquias, Instituições, Organizações:

Protocolo oficial de estado Protocolo militar Protocolo autárquico Protocolo nas universidades públicas Protocolo empresarial Protocolo social ou de etiqueta Protocolo e liturgia Protocolo desportivo

É a aplicação prática do protocolo, ou seja, das suas regras.

Ex: cerimoniais e protocolos oficiais como a troca da guarda do Palácio de Buckingham.

Page 2: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

2

A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir.

O cerimonial da diplomacia possui regras internacionais a serem seguidas e observadas por todos.

É um conjunto de normas de comportamento social e familiar, que retrata a sociedade em cada época distinta.

Normas de conduta que denotam boa educação, a partir da ideia de autocontrole como indicador de civilidade

A etiqueta está relacionada com os costumes e hábitos dos povos. Como exemplo podemos referir o cumprimento: Oriental - inclinação para frente com

a cabeça, Ocidental - aperto de mãos.

Todo o processo de protocolo e cerimonial segue uma lógica.

A maior parte das regras e ritos têm uma causa.

Nada é estabelecido aleatoriamente.

As regras de Etiqueta foram escritas em manuais, na Europa, a partir do século XVI, que retratavam formas de "bom-tom" ou de "polimento" no trato social.

Era originalmente destinada às classes abastadas mas, com o advento da comunicação em massa no século XX e a ampliação da sociedade de consumo, passaram a dirigir-se também às camadas mais baixas da sociedade.

Page 3: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

3

O primeiro filósofo a ocupar-se da etiqueta foi Erasmo de Roterdão que, em 1530, publicou De civilitate morum puerilium (Da civilidade dos costumes das crianças), sendo a primeira obra de que se tem conhecimento sobre o assunto.

Erasmo procura orientar a formação infantil, no que toca ao gestual, vestimentas, expressões faciais, dentre outras, para delimitar o comportamento e demonstrando as boas e más condutas; dá grande ênfase à etiqueta à mesa, onde verdadeiramente se reconhece quem é ou não nobre.

Um segundo manual de etiqueta surge em 1558, em Itália, de autoria de Giovanni della Casa, intitulado Galateo, onde o autor descreve, em narrativa , um velho a ensinar boas maneiras a um jovem.

A etiqueta passara a ser o modulador do status quo, a distinguir o "civilizado" do "bruto" ou "bárbaro".

Foi no reinado de Luís XIV de França, contudo, que proliferaram as "sociedades da corte", e as normas de etiqueta ganharam grande divulgação e importância.

Lei das precedências do protocolo do Estado Português

Podemos entender o Protocolo de estado como um conjunto de procedimentos e regras de funcionamento a aplicar em cerimónias e ocasiões em que se encontram representados os chefes de estado de um país, federação ou região, entre outros.

Pretende não só criar uma forma oficial de ordenar as precedências nos actos oficiais como também regulamentar os procedimentos que devem ser adotados no respectivo país face a determinados actos em que estão presentes várias personalidades com representação políticas, militar, diplomática, religiosa, etc.

Page 4: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

4

Decidir quem preside a uma determinada cerimónia; quem se senta ao lado de quem; quem entra primeiro numa sala; quem usa da palavra, deverá estar previsto pelo protocolo de estado, por forma a facilitar o bom entendimento geral.

É normalmente regido por normas jurídicas e legislação própria de cada país, estando muito interligado com regras de protocolo diplomático. No fundo pretende-se, evitar o vazio de não saber o que fazer e/ou não fazer na presença de determinada individualidade, e, principalmente, como fazer, de forma a que todos os intervenientes sejam respeitados na decorrência do seu cargo e/ou representatividade.

Do Protocolo de estado poderão ainda depender outras funções: Verificar a representatividade de determinada pessoa ou

entidade,

Zelar pelo cumprimento das regras aprovadas

Fazer a ligação com os diversos representantes e países estrangeiros ou representações diplomáticas, comunicação social e restantes individualidades.

Page 5: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

5

Lei n.º 40/2006 de 25 de Agosto

Presidência das cerimónias oficiais

1 - As cerimónias oficiais são presididas pela entidade que as organiza.

2 - Fica ressalvado o que sobre esta matéria expressamente se dispõe na presente lei.

Para efeitos protocolares, as altas entidades públicas hierarquizam-se pela ordem seguinte: 1) Presidente da República;

2) Presidente da Assembleia da República;3) Primeiro-Ministro;4) Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e Presidente do Tribunal Constitucional;

5) Presidente do Supremo Tribunal Administrativo e Presidente do Tribunal de Contas; 6) Antigos Presidentes da República;

7) Ministros;8) Presidente ou secretário-geral do maior partido da oposição;9) Vice-presidentes da Assembleia da República e presidentes dos grupos parlamentares;

10) Procurador-Geral da República;11) Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas;12) Provedor de Justiça;13) Representantes da República para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;

14) Presidentes das Assembleias Legislativas das Regiões Autónomas;15) Presidentes dos Governos Regionais;16) Presidentes ou secretários-gerais dos outros partidos com representação na Assembleia da República;

17) Antigos Presidentes da Assembleia da República e antigos Primeiros-Ministros;

Para efeitos protocolares, as altas entidades públicas hierarquizam-se pela ordem seguinte: 18) Conselheiros de Estado;

19) Presidentes das comissões permanentes da Assembleia da República;20) Secretários e subsecretários de Estado;21) Chefes dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e da Força Aérea;22) Deputados à Assembleia da República;23) Deputados ao Parlamento Europeu;24) Almirantes da Armada e marechais;25) Chefes da Casa Civil e Militar do Presidente da República;26) Presidentes do Conselho Económico e Social, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da Associação Nacional das Freguesias;

27) Governador do Banco de Portugal;28) Chanceleres das Ordens Honoríficas Portuguesas;29) Vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura;30) Juízes conselheiros do Tribunal Constitucional;31) Juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas;

32) Secretários e subsecretários regionais dos Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;

Para efeitos protocolares, as altas entidades públicas hierarquizam-se pela ordem seguinte:

33) Deputados às Assembleias Legislativas das Regiões Autónomas;34) Comandante-geral da Guarda Nacional Republicana e director nacional da Polícia de Segurança Pública;

35) Secretários-gerais da Presidência da República, da Assembleia da República, da Presidência do Conselho de Ministros e do Ministério dos Negócios Estrangeiros;

36) Chefe do Protocolo do Estado;37) Presidentes dos tribunais da relação e tribunais equiparados, presidentes do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, bastonários das ordens e presidentes das associações profissionais de direito público;

38) Presidentes da Academia Portuguesa da História e da Academia das Ciências de Lisboa, reitores das universidades e presidentes dos institutos politécnicos de direito público;

39) Membros dos conselhos das ordens honoríficas portuguesas;40) Juízes desembargadores dos tribunais da relação e tribunais equiparados e procuradores-gerais-adjuntos, vice-reitores das universidades e vice-presidentes dos institutos politécnicos de direito público;

Page 6: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

6

Para efeitos protocolares, as altas entidades públicas hierarquizam-se pela ordem seguinte:

41) Presidentes das câmaras municipais;42) Presidentes das assembleias municipais;43) Governadores civis;44) Chefes de gabinete do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da República e do Primeiro-Ministro;

45) Presidentes, membros e secretários-gerais ou equivalente dos conselhos, conselhos nacionais, conselhos superiores, conselhos de fiscalização, comissões nacionais, altas autoridades, altos-comissários, entidades reguladoras, por ordem de antiguidade da respectiva instituição, directores-gerais e presidentes dos institutos públicos, pela ordem dos respectivos ministérios e dentro destes da respectiva lei orgânica, provedor da Misericórdia de Lisboa e presidente da Cruz Vermelha Portuguesa;

46) Almirantes e oficiais generais com funções de comando, conforme a respectivahierarquia militar, comandantes operacionais e comandantes de zona militar, zona marítima e zona aérea, das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;

47) Directores do Instituto de Defesa Nacional e do Instituto de Estudos Superiores Militares, comandantes da Escola Naval, da Academia Militar e da Academia da Força Aérea, almirantes e oficiais generais de 3 e 2 estrelas;

Para efeitos protocolares, as altas entidades públicas hierarquizam-se pela ordem seguinte:

48) Chefes de gabinete dos membros do Governo;49) Subdirectores-gerais e directores regionais;50) Juízes de comarca e procuradores da República;51) Vereadores das câmaras municipais;52) Assessores, consultores e adjuntos do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da República e do Primeiro-Ministro;

53) Presidentes das juntas de freguesia;54) Membros das assembleias municipais;55) Presidentes das assembleias de freguesia e membros das juntas e das assembleias de freguesia;

56) Directores de serviço;57) Chefes de divisão;58) Assessores e adjuntos dos membros do Governo.

Artigo 8.ºEquiparações1 - As altas entidades públicas não expressamente mencionadas na lista constante do artigo anterior serão enquadradas nas posições daquelas cujas competências, material e territorial, mais se aproximem. 2 - Aos cônjuges das altas entidades públicas, ou a quem com elas viva em união de facto, desde que convidados para a cerimónia, é atribuído lugar equiparado às mesmas quando estejam a acompanhá-las. Artigo 9.ºEleição e antiguidade1 - Entre as entidades de idêntica posição precede aquela cujo título resultar de eleição popular. 2 - Entre entidades com igual título precede aquela que tiver mais antiguidade no exercício do cargo, salvo se outra regra resultar do disposto na presente lei.

Page 7: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

7

As regras gerais para o uso da Bandeira Nacional (BN) encontram-se estabelecidas pelo Decreto-Lei 150/87.

Este decreto-lei, apenas estabelece regras genéricas de utilização da BN e apenas para alguns casos.

Sendo assim, além das regras especificamente definidas no Decreto-Lei 150/87, deverão ser seguidos os protocolos e as regras tradicionalmente aplicadas nacional e internacionalmente, bem como as regras estabelecidas para o âmbito militar e marítimo.

Locais obrigatórios por Lei: Instalações de órgãos das administrações públicas

central, regional e local; Monumentos nacionais; Sedes dos Institutos e Empresas públicas;

Locais opcionais: Delegações dos Institutos e Empresas públicas; Instalações de entidades privadas e de pessoas coletivas.

Nos locais onde a Bandeira Nacional pode ser hasteada opcionalmente, se o for, deverá sê-lo cumprindo sempre as regras e protocolos definidos.

Segundo a Lei, a Bandeira Nacional deverá ser hasteada todos os dias nos seguintes locais:

Presidência da República; Assembleia da República; Presidência do Conselho de Ministros; Supremo Tribunal de Justiça; Tribunal Constitucional.

Apesar da Lei não o obrigar especificamente, seria aconselhável hastear todos os dias, a BN em outros locais de maior simbolismo ou com grande visibilidade, por exemplo: Sedes dos Representantes da República para as Regiões

Autónomas; Ministérios da Defesa Nacional e dos Negócios Estrangeiros; Governos civis dos distritos; Fronteiras, portos e aeroportos internacionais; Representações diplomáticas de Portugal no estrangeiro; Sedes dos orgãos legislativos e executivos das regiões autónomas; Sedes das áreas metropolitanas e de

outras comunidades intermunicipais; Sedes das câmaras municipais; Quartéis-generais das Forças Armadas e de comandos militares; Monumentos nacionais de grande afluxo turístico.

Page 8: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

8

Nos restantes locais, a BN deverá ser hasteada aos Domingos e Feriados e nas ocasiões especiais em que tal seja decretado pelo orgão executivo nacional, regional ou local da área territorial abrangida.

Nos dias em que é hasteada, a BN deve-o ser às 09h00. Deverá ser arreada ao pôr do sol. Considera-se aceitável, em locais cujo funcionamento esteja já encerrado ao pôr do sol, que o arrear da BN seja realizado à hora do seu encerramento.

As bandeiras da União Europeia e das regiões autónomas apenas deverão ser hasteadas em conjunto com a Bandeira Nacional.

Page 9: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

9

Page 10: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

10

PRECEDÊNCIAS

A Bandeira Nacional tem precedência sobre todas as outras bandeiras portuguesas ou estrangeiras.

A exceção será o seu uso no âmbito de organizações internacionais de que Portugal faça parte, em que poderá ser seguido o protocolo interno das mesmas.

As Antigas Bandeiras Nacionais de Portugal deverão ser consideradas equivalentes à atual BN em termos de precedência. Se a situação o justificar, pode optar-se por dar precedência sobre a atual BN às

Bandeiras Nacionais mais antigas.

Em certos monumentos ou outros locais históricos poder-se-á hastear uma Antiga Bandeira Nacional, em lugar da atual BN, desde que a mesma tenha uma relação especial com a história do local e desde que aí não sejam hasteadas outras bandeiras contemporâneas.

A ordem de precedências das várias bandeiras é a seguinte: Bandeira Nacional de Portugal; Bandeira da União Europeia; Bandeiras de organizações internacionais, por ordem alfabética; Bandeiras de países estrangeiros, por ordem alfabética; Bandeiras de regiões autónomas ou comunidades intermunicipais, por

ordem alfabética; Bandeiras de municípios, por ordem alfabética; Bandeiras de freguesias, por ordem alfabética; Bandeiras de organismos públicos, por ordem alfabética; Bandeiras de entidades privadas, por ordem alfabética; Bandeiras de serviço (de sinalização, de certificação, etc.). Quando forem hasteadas bandeiras de entidades estrangeiras, as mesmas

têm precedência imediatamente a seguir à das entidades portuguesas equivalentes.

Quando forem hasteadas bandeiras pessoais de autoridades oficiais, civis ou militares, as mesmas sê-lo-ão de acordo com a precedência que as respetivas autoridades têm no protocolo de Estado.

Page 11: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

11

As regras estabelecidas na Lei, ou mais comuns, para o protocolo referente às bandeiras são as seguintes: Quando hasteada em conjunto com outras bandeiras: a

Bandeira Nacional é sempre a primeira a ser hasteada e a última a ser arreada;

Quando hasteada a meia-haste por ocasião de luto nacional:a BN deverá ser levada ao topo do mastro e só depois descida até ao seu meio. Ao ser arreada, deverá, antes ir ao topo do mastro. Quando estiverem presentes outras bandeiras, as mesmas também deverão ser colocadas a meia-haste, não indo ao topo do mastro;

As regras estabelecidas na Lei, ou mais comuns, para o protocolo referente às bandeiras são as seguintes: Dentro do território nacional, se estiver presente o

Presidente da República e existir apenas um único mastro: é aceitável substituir a BN pelo Estandarte Presidencial;

Nos edifícios da Administração Central só deverá ser obrigatoriamente hasteada a BN. Opcionalmente poderá ser hasteada a Bandeira da União Europeia e bandeiras de serviço do respetivo organismo público (bandeiras identificativas do organismo, bandeiras de sinalização ou distintivos de entidades). Mais nenhuma bandeira deverá ser hasteada, inclusive bandeiras locais da área territorial onde o organismo esteja colocado.

Os erros mais frequentes em Portugal, relativamente ao uso da Bandeira Nacional são os seguintes: BN de dimensões inferiores às de outras bandeiras hasteadas

conjuntamente; Outra bandeira, normalmente a Bandeira da União Europeia, ocupando

uma posição de maior procedência em relação à da BN; BN hasteadas em mau estado de conservação; BN não respeitando o padrão oficial de cores, desenho ou proporções; BN demasiado pequenas para o mastro ou local onde estão hasteadas; Bandeiras regionais ou municipais hasteadas em edifícios de

organismos da Administração Central. Os erros referidos nos pontos 1, 2, 3 e 4 são infracções explícitas ao

Decreto-Lei 150/87. O erro referido no ponto 5, apesar de não infringir explicitamente a Lei,

deve ser evitado, em virtude de contribuir para a diminuição da dignidade da BN.

Page 12: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

12

Etiqueta, Cerimonial e Protocolo

É fundamental destacar que no contexto de qualquer empresa, organização ou instituição, a Etiqueta, o Cerimonial e o Protocolo são imprescindíveis e de indiscutível relevância para o relacionamento com os seus diversos públicos, sendo o instrumento que valoriza ações, gestos e atitudes enaltecedoras do respeito, harmonização e dignidade humana.

O domínio de atividade de Protocolo Institucional, Eventos Corporativos e Empresariais congrega ações de:1. Comunicação2. Imagem3. Marketing4. Publicidade

Page 13: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

13

Organização de eventos Assessoria protocolar Assessoria às instituições a nível dos

departamentos de: comunicação relações internacionais relações públicas

Promoção e organização de eventos: empresariais promocionais lúdicos desportivos ou culturais

Técnicas de Organização de Eventos Protocolo Oficial Restauração e Catering Produção e Cenografia de Eventos Organização de Eventos Empresariais e

Institucionais: Protocolo Empresarial Comunicação e Marketing Aplicado Gestão e Comercialização de Eventos Diplomacia e Relações Internacionais Eventos Especializados Organização de Congressos, Feiras e Exposições

O cerimonial é um complexo de formalidades específicas dos eventos públicos ou privados que segue uma ordem sequencial e protocolar, observando-se cuidadosamente o uso de indumentárias próprias, elementos próprios e rituais específicos.

No ambiente corporativo (organizacional), o cerimonial divide-se em diferentes tipos de eventos :

Palestras, Videoconferência (ou Teleconferência), Encontros e Workshops.

Palestra - Caracteriza-se pela apresentação de um tema predeterminado a um grupo, que já possui informações sobre o assunto. Menos formal do que a conferência, exige a presença de um coordenador para a apresentação do palestrante e mediação das perguntas, que podem ser feitas diretamente pela plateia, após a autorização do apresentador. Também se aceitam perguntas por escrito, desde que identificadas.

Videoconferência (ou Teleconferência) - Apresentação de um tema para um grupo de pessoas que têm interesse sobre o assunto, estando estas dispostas em espaços diferentes e distantes. Essa apresentação é feita por meio de recursos audiovisuais e eletrónicos, que permitem a interação entre os participantes.

Encontros - Tipo de evento que se caracteriza pela reunião de pessoas de uma mesma categoria profissional para debater temas polêmicos, apresentados por representantes dos grupos participantes.

Workshop - Palestra dividida em duas partes: teórica e prática. A primeira, caracteriza-se pela apresentação teórica de um tema e a segunda pela prática, na qual os participantes testam as informações recebidas.

Page 14: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

14

Destacam-se dois aspetos essenciais à organização de eventos e que evitam qualquer constrangimento ou desconforto às partes envolvidas:

Hierarquia Corporativa (Institucional) Organização das Mesas Diretivas

Hierarquia - Com um cronograma da Instituição é possível identificar de forma objetiva a posição dos participantes. A partir dessa informação, estabelecem-se as normas que

formalizem a ordem de precedência, ou seja, o anfitrião, geralmente a pessoa de maior importância na Instituição (Presidente, Reitor, Diretor…), e será o princípio de toda a organização, conforme os seguintes critérios:

1. Executivos mais ligados ao centro de decisão (ex.: Vice-presidente, Diretor);

2. Importância relativa das áreas administrativas (ex.: Diretor industrial, Diretor comercial);

Hierarquia

3. Cargos iguais - neste caso, podem-se estabelecer precedência observando o tema que gerou o encontro, as idades dos participantes ou o tempo de serviço prestado na organização;

4. No caso de pessoa de cargo mais baixo ocupar lugar de destaque, como homenageada, convidada de honra, convidada especial, autora de algum trabalho ou obra de arte, deverá ser tratada ou colocada na ordem de precedência próxima do anfitrião, já que, naquele momento, o seu posto ou cargo são irrelevantes em relação ao objetivo do evento.

Organização de Mesas Diretivas

Reúnem pessoas que vão coordenar um evento e são compostas pelas personalidades presentes, por pessoas que serão homenageadas, que discursarão representando um órgão público ou privado ou uma instituição.

Page 15: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

15

Regras essenciais para a estruturação das Mesas Diretivas: 1.As pessoas são sempre colocadas à mesa a partir do centro,

à direita e à esquerda desse centro, ou seja, a colocação das pessoas parte da posição de quem está sentado à mesa e não de quem está no auditório, olhando a mesa de frente.

2.O ideal, se possível, é que essa mesa não seja composta por um grande número de pessoas, totalizando no máximo 7 ou 9 integrantes.

3. Se for (absolutamente) necessário compôr a mesa com maior número de pessoas, organiza-se com duas filas de cadeiras. Nesses casos, a precedência é estruturada com a primeira fila do centro para os lados e, quando completa, forma-se a segunda fila também do centro para os lados.

Regras essenciais para a estruturação das Mesas Diretivas de eventos: 3. A primeira fila do auditório é uma extensão da Mesa Diretiva. Se os lugares forem marcados, a precedência ocorre do centro para os lados, à direita e à esquerda do centro.

4. Durante um mesmo evento, a mesa pode ser composta mais de uma vez. Isso significa que podemos ter uma Mesa Diretiva de abertura, de trabalho e de encerramento.

5. Sempre que possível, as mulheres não ocupam as pontas da mesa.

Mesas Diretivas de eventos:

Mesas Diretivas de eventos:

Page 16: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

16

Mesas Diretivas de eventos:

Mesas Diretivas de eventos:

Mesas Diretivas de eventos:

Quanto ao número de integrantes, as Mesas Diretivas de eventos podem ser pares ou ímpares.

A disposição das autoridades é organizada a partir dessa informação, conforme segue: MESAS ÍMPARES

A pessoa mais importante (a) fica no centro.

A segunda pessoa mais importante (b) fica à direita de (a).

A terceira pessoa mais importante (c) fica à esquerda de (a).

A distribuição continua nesta ordem. Importante ressaltar que a disposição das pessoas é sempre feita a partir do centro da mesa.

Dessa forma, o número dois (b) fica à direita do número um (a) e não à direita de quem olha do auditório.

Page 17: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

17

Quanto ao número, as Mesas Diretivas podem ser pares ou ímpares. Assim, a disposição das autoridades é organizada a partir dessa informação, conforme segue: MESAS PARES

Ninguém fica no centro da mesa. Esse é considerado como uma linha imaginária, a partir da qual colocaremos as autoridades.

A primeira pessoa mais importante (a) fica à direita do centro imaginário.

A segunda pessoa mais importante (b) fica à esquerda do centro imaginário.

A terceira pessoa mais importante (c) fica à direita de (a). A quarta pessoa mais importante (d) fica à esquerda de (b). As demais seguem o mesmo critério.

Utilitários que compõem as Mesas Diretivas: Microfones Blocos para notas e canetas Copos e guardanapos Água (garrafa pequena) Cartões com a identificação dos integrantes Arranjos discretos. Observações importantes na organização das mesas: Cada um dos integrantes da mesa deve receber, por escrito, o nome, o

cargo e a colocação de cada uma das autoridades que compõe a mesa, assim como o mediador do evento, como um breve currículo dos demais integrantes com breves informações sobre as suas últimas ações.

O que determina o grau de formalidade de um evento é, entre outros aspetos, o tipo de convite. Tanto para o público interno quanto o externo, os convites deverão ser impressos e formais.

Disposição de autoridades em palanques:

Disposição em mesa de reunião de trabalho

- Em reunião de trabalho, a maior autoridade ocupa a cabeceira da mesa e, na ordem decrescente de precedência, vão se posicionar os demais participantes, alternando-se à direita e à esquerda.

Page 18: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

18

Mesas de honra:

Mesas de honra:

Mesas de honra:

Mesas de honra:

Page 19: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

19

Mesas de honra:

Mesas de honra:

Mesas de honra:

Mesas de honra - Mesa de 6, 10 e 14 pessoas

Page 20: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

20

Mesas de honra: Mesa redonda de 6, 8 e 10 pessoas

Mesas de honra familiar:

Aspetos importantes do protocolo corporativo: Representações – Deve ser dada especial atenção à presença dos

representantes, pois eles são o representante do integrante formalmente convidado e que por algum motivo não pode comparecer. Dessa forma, deve justificar-se aos convidados (com palavras discretas) a ausência, citar o representante e convidá-lo para integrar a Mesa Diretiva.

Quando citar autoridades presentes – Em relação às demais pessoas que não fazem parte da mesa, devem ser citadas logo após a composição desta. Observação: para não correr o risco de desprestigiar alguém que não se

identificou ou citar nomes incorretos e, em algumas ocorrências, desatualizados, sugere-se citar apenas os órgãos presentes, prestigiando desse modo especial as entidades que participam do evento, sem constrangimentos.

Agradecimentos - Ao finalizar, agradecer aos envolvidos na viabilização do evento. Muita atenção para não ocorrer omissão de nenhum dos merecedores do agradecimento.

As regras e normas dos cerimoniais e protocolos são extensivas ao comportamento, atitude, estilos e costumes de todos os que interagem no universo corporativo e institucional.

Com os conhecimentos da etiqueta, vários fatores são contemplados e beneficiados para a formação de uma boa autoimagem e para a imagem da instituição representada:

1. Aparência

2. Uso de Telemóveis

3. Primeiras impressões

4. Atenção (Ouvir)

Page 21: Protocolo Cerimonial e Etiqueta - · PDF file26‐04‐2014 2 A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo, sem estes não poderia existir. O cerimonial da diplomacia possui

26‐04‐2014

21

1. Aparência - As roupas não devem ser desbotadas, manchadas ou velhas. Também não devem ser extravagantes e a destoar. Ao participar de um evento corporativo, adequar o próprio estilo do evento e Instituição. Assim, todos se sentirão mais confortáveis.

2. Uso de Telemóveis - Manter o aparelho em silêncio. Mesmo colocando no modo vibratório, o telemóvel faz ruídos. Se for necessário atender um assunto urgente, desculpe-se com os seus colegas e saia da sala.

3. Primeiras impressões – Comunicação não verbal é muito importante; ao entrar no ambiente, deve-se fazer contato visual, sorrir, ter um aperto de mão firme, sem esmagar os dedos da outra pessoa.

4. Atenção (Ouvir) - Ouvir significa mais do que esperar a vez de falar. Concentrar nas palavras da outra pessoa e não se distrair para não perder algum ponto importante. Resistir ao impulso de falar quando alguém faz uma pausa, porque ela pode estar apenas procurando uma palavra.

1. Cartões de Visita – Indispensável e elegante, deve ser entregue no final da apresentação ou diálogo com outra pessoa.

2. Gestos - Gesticular, em excesso, pode ser muito desagradável numa conversa. Mas não é necessário ficar rígido como uma estátua.

3. Linguagem – Importante o uso de uma linguagem simples e compreensível para todos, sem causar constrangimentos.

4. Expressões – Não exagerar no entusiasmo, ser contido em expressões e gestos. Frases como “olá, prazer em revê-lo” ou “seja bem-vindo”, são ideais.

Normas de conduta que denotam boa educação, a partir da ideia de autocontrole como indicador de civilidade

São consequência do longo processo de convivência humana.

O protocolo está relacionado com o culto das relações interpessoais.

O ato protocolar é por isso mesmo entendido como um produto da inteligência aliada à tradição e ao saber.