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Prova de Economia ISS/SP 2012 (Parte II) Prof Heber Carvalho Prof Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 12 Prova de Economia ISS/SP 2012 comentada (Parte II) Olá caros(as) amigos(as), Seguem os comentários das questões de Economia do ISS/SP 2012 (Parte II). Há possibilidade de recursos nas questões 24 e 30. Espero que gostem: Prova de Economia – Prova 04, Tipo 004 Comentários: I. Incorreta. A curva de Phillips mostra uma relação negativa entre inflação e desemprego (e ponto final).

Prova Comentada Iss Sp 2012 Parte II

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Prova de Economia ISS/SP 2012 comentada

(Parte II)

Olá caros(as) amigos(as),

Seguem os comentários das questões de Economia do ISS/SP 2012

(Parte II). Há possibilidade de recursos nas questões 24 e 30.

Espero que gostem:

Prova de Economia – Prova 04, Tipo 004

Comentários:

I. Incorreta. A curva de Phillips mostra uma relação negativa entre

inflação e desemprego (e ponto final).

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II. Correta. A rigidez de preços e salários é condição necessária para

supormos a inclinação positiva da curva de oferta agregada. Na hipótese de preços e salários flexíveis, temos uma curva de oferta agregada

vertical.

III. Correta. Uma curva de oferta agregada perfeitamente elástica aos preços significa uma curva horizontal. Se o governo aumenta os gastos

públicos, devemos deslocar a curva de demanda agregada para a direita e para cima. Como a curva OA é horizontal, haverá aumento da renda, mas

não haverá alteração dos preços.

IV. Incorreta. Se a oferta agregada é elástica, isto significa que a curva será positivamente inclinada (ou seja, nada de mais!). Políticas fiscais e

monetárias são eficientes para elevar o produto e reduzir o desemprego involuntário. O caso em que tais políticas são ineficientes é aquele em que

a curva de oferta agregada é completamente inelástica (ou zero) em

relação ao nível de preços.

Gabarito: D

Comentários:

Quando se fala em inflação, temos que trabalhar com o modelo de oferta

e demanda agregada (OA-DA). Para reduzir a pressão inflacionária, o governo adotar alguma medida de política econômica restritiva (pode ser

fiscal ou monetária – já que ambas deslocarão a curva DA para a esquerda e para baixo, reduzindo a inflação).

A única assertiva que trata de política restritiva é a letra C. Todas as

outras tratam de medidas expansivas:

A) Política monetária expansiva

B) Um tabelamento da taxa de juros, a princípio, não pode ser definido como política monetária expansiva, nem restritiva.

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D) Política monetária expansiva

E) Políticas fiscal e monetária expansivas.

Gabarito: C

Comentários:

Segue um quadro resumo das eficácias das políticas fiscal e monetária, em relação às inclinações das curvas IS e LM:

POLÍTICA MONETÁRIA

Curva IS Curva LM

Muito inclinada Ineficaz Eficaz

Pouco inclinada Eficaz Ineficaz

POLÍTICA FISCAL

Curva IS Curva LM

Muito inclinada Eficaz Ineficaz

Pouco incinada Ineficaz Eficaz

a) Incorreta. A elasticidade da demanda de moeda influencia a inclinação da curva LM, influenciando, portanto, a eficácia da política monetária

(quanto mais vertical ou inclinada a curva LM, mais eficaz será a política

monetária – célula amarela do quadro).

b) Correta. Quanto menor a elasticidade dos investimentos, maior é a inclinação da curva IS e menor a eficácia da política monetária (célula

verde). Quanto maior a elasticidade da demanda por moeda, menor é a

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inclinação da curva LM e também menor a eficácia da política monetária

(célula laranja).

c) Incorreta. Já vimos na letra B que, neste caso, a eficácia da política monetária é menor.

d) Incorreta. Já vimos na letra B que, neste caso, a eficácia da política

monetária é menor.

e) Incorreta. A elasticidade da demanda de investimentos influencia a inclinação da curva IS, influenciando, portanto, a eficácia da política

monetária (quanto mais vertical ou inclinada a curva IS, menor será a eficácia da política monetária – célula verde do quadro).

Gabarito: C

Comentários:

Se a demanda por moeda é inelástica à taxa de juros, então, a curva LM será positivamente inclinada.

Neste caso, uma expansão dos gastos do governo aumentará os juros e a

renda da economia. Assim, estão incorretas as letras C e D. A letra A está incorreta pois uma expansão dos gastos do governo não desloca a curva

de oferta agregada, mas sim a curva IS (no modelo IS-LM) e a curva de demanda agregada, DA (no modelo OA-DA).

Pelo exposto, está correta a letra B (pois ocorre elevação dos juros e

aumento do emprego, ou diminuição da taxa de desemprego) e também está correta a letra E, pois o aumento dos juros faz reduzir os

investimentos privados (devido ao efeito crowding out). Assim, ocorre

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alteração da composição da demanda agregada (ocorre um aumento de

renda decorrente do aumento dos gastos do governo, mas há redução dos investimentos privados).

Observem que há duas assertivas corretas. Mas o gabarito da banca foi a

letra E. Para isto, a banca considerou que a demanda por moeda fosse completamente inelástica aos juros. Neste caso, a curva LM seria

vertical e a expansão dos gastos do governo aumentaria os juros, mas não aumentaria a renda, de tal forma que a assertiva B estaria incorreta,

e somente a assertiva E estaria certa.

A argumentação é parecida com a que fizemos na questão 20 (na parte I dos comentários). Para que considerássemos a curva LM vertical, o

enunciado deveria ter falado em demanda por moeda completamente inelástica, e não apenas em demanda por moeda inelástica.

Segundo Richard T. Froyen, Macroeconomia, ed. Saraiva, página 143:

“A parte ´a´ da figura ilustra o caso de uma baixa elasticidade da demanda por moeda em relação aos juros. A

curva de demanda por moeda é inclinada, refletindo o fato de que grande mudanças na taxa de juros não alterarão muito a

demanda por moeda.”

...

“Esse fato está refletido na curva LM da figura 6.8a, que é bastante inclinada.” (grifos nossos)

Ou seja, para o autor, no caso de baixa elasticidade da demanda

por moeda em relação aos juros (inelasticidade), a curva LM é bastante

inclinada. Ou seja, ela ainda é positivamente inclinada.

Mais à frente, na página 144, na figura 6.9, o autor completa:

“A curva LM será vertical se a demanda por moeda for completamente insensível aos juros.” (grifo nosso)

Isto é, a curva será vertical somente se a demanda for

completamente inelástica, e não apenas inelástica.

Assim, pede-se anulação da questão, por haver duas assertivas corretas: B e E.

Gabarito: E

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Comentários:

A política cambial do Plano Real se caracterizou pela moeda forte e pela

abertura comercial do país. Isto acabava estimulando as importações e funcionou como um limitador das pressões inflacionárias, pois as

empresas nacionais não podiam aumentar muito os preços, tendo em vista a concorrência com os produtos estrangeiros. Isto ficou

denominador por âncora cambial.

Gabarito: A

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Comentários:

Quando a economia é aberta, dois fatores afetam a eficácia das políticas

fiscal e monetária:

Regime cambial adotado; Grau da mobilidade de capitais.

Assim, estão incorretas as assertivas as alternativas C e D, e está correta a alternativa A.

A letra B está incorreta pois, no regime cambial flexível com perfeita

mobilidade, somente a política monetária é eficaz para expandir o nível de renda.

A letra E está incorreta, pois, no regime cambial fixo com perfeita

mobilidade, somente a política fiscal é eficaz para eliminar o desemprego (expandir o nível de renda).

Gabarito: A

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Comentários:

Na regra de ouro (sem crescimento populacional e progresso técnico), temos:

PmgK = δ (1)

Onde PmgK=dy/dk; e δ=taxa de depreciação

Pmgk = dy/dk (onde y=k1/2)

PmgK = 0,5k-0,5

Substituindo Pmgk em (1), temos:

δ = 0,5k-0,5

Agora, vamos utilizar a expressão do estado estacionário (a regra de ouro

pressupõe a existência de estado estacionário):

sy = δk (como y=k1/2 e δ=0,5k-0,25) s.k1/2 = 0,5k-0,5.k

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s = 0,5.k0,5/k0,5

s = 0,5

Taxa de poupança da regra de ouro = 50%

Gabarito: E

Comentários:

No estado estacionário, temos:

sy = δk (como y=k1/2 , k=36 e s=0,3) agora, utilizamos a taxa de

poupança dada no enunciado. Na questão 27, não a utilizamos pois a

questão queria a taxa de poupança específica da regra de ouro.

0,3k1/2 = δk 0,3 = δk0,5

δ = 0,3/360,5 δ = 0,3/6

δ = 0,05 5%

Gabarito: C

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Comentários:

Questão bem simples. Não tem muito o que comentar, pois ela trata de modo exato a equivalência ricardiana.

Gabarito: E

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Comentários:

a) Incorreta. As restrições de crédito não invalidam a tese Keynesiana de

que o consumo é função somente da renda corrente, pois a função consumo keynesiana não permite que o consumidor gaste mais do que o

valor de sua renda.

b) Incorreta. O ótimo do consumidor é atingido quando a inclinação da

curva de indiferença é igual à da reta de restrição orçamentária.

c) Incorreta. O valor absoluto da declividade da reta de restrição orçamentária é (1+r). Como este foi o gabarito da banca, a questão é

passível de recurso (esta questão não tem escapatória, ela será anulada irremediavelmente).

Segundo N. Gregory Mankiw, Macroeconomia, 6ª.edição, ed. LTC, página

342:

“A inclinação da curva de indiferença corresponde à taxa marginal de substituição, TMS, e a inclinação da linha do

orçamento corresponde a 1 mais a taxa de juros real. Concluímos que, no ponto O, TMS=1+r.” (grifos nossos)

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d) Incorreta. Uma elevação da renda tende a provocar aumento de

consumo nos dois períodos.

e) Incorreta. O aumento da taxa de juros, se o consumidor é poupador, aumenta o consumo no segundo período.

Gabarito: C (mas será anulada, certamente)