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Regime de Fruta Escolar Portugal Relatório de Avaliação Relatório produzido pela: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação - Universidade do Porto Entidade promotora: Direção-Geral da Saúde Fevereiro | 2012

Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

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Regime de Fruta Escolar Portugal

Relatório de Avaliação

Relatório produzido pela: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação - Universidade do Porto

Entidade promotora: Direção-Geral da Saúde

Fevereiro | 2012

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SUMÁRIO

Lista de siglas e acrónimos ....................................................................................................... 4

Índice de quadros e gráficos .................................................................................................... 5

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7

1.1. Estrutura do relatório ............................................................................................ 7

1.2. Enquadramento geral ............................................................................................ 8

1.3. O Regime de Fruta Escolar no sistema educativo português ............................... 10

1.4. Objetivos da avaliação ........................................................................................ 11

2. METODOLOGIA ............................................................................................................ 13

2.1. Seleção dos participantes .................................................................................... 13

2.2. Procedimento ...................................................................................................... 14

2.3. Amostra ............................................................................................................... 16

2.3.1. Alunos ................................................................................................... 16

2.3.2. Encarregados de educação ................................................................... 16

2.3.3. Professores ............................................................................................ 17

2.4. Análise estatística ................................................................................................ 18

3. RESULTADOS ............................................................................................................... 19

3.1. Alunos .................................................................................................................. 19

3.2. Encarregados de educação .................................................................................. 26

3.3. Professores .......................................................................................................... 30

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4. CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES ...................................................................................... 35

ANEXOS

Anexo 1 Carta ao diretor do agrupamento de escolas

Anexo 2 Formulário

Anexo 3 Carta ao professor responsável

Anexo 4 Carta aos professores

Anexo 5 Carta aos encarregados de educação

Anexo 6 Instruções para os professores

Anexo 7 Instruções para os alunos

Anexo 8 Instruções para os encarregados de educação

Anexo 9 Questionário aos alunos

Anexo 10 Questionário aos encarregados de educação

Anexo 11 Questionário aos professores

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Lista de siglas e acrónimos

CE Comissão Europeia

DGE Direção-Geral da Educação

DGIDC Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular

DGS Direção-Geral da Saúde

FCNAUP Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

GPP Gabinete de Planeamento e Políticas

IFAP Instituto de Financiamento da Agricultura e Pesca

n Número de participantes

n.a. Não se verificaram as condições de aplicabilidade do teste do Qui-quadrado

NR Não responde

p Nível de significância crítico para rejeição da hipótese nula

RFE Regime de Fruta Escolar

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

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Índice de quadros e gráficos

Quadro 1. Amostra de alunos por ano de escolaridade e adesão ao RFE .............................. 16

Quadro 2. Amostra de encarregados de educação por ano de escolaridade e

adesão ao RFE ............................................................................................................. 17

Quadro 3. Consumo de fruta pelos alunos de escolas sem e com RFE .................................. 19

Quadro 4. Consumo de fruta pelos alunos a cada refeição ................................................... 20

Quadro 5. Distribuição dos alimentos do RFE por período (alunos) ...................................... 20

Quadro 6. Apreciação dos alimentos do RFE pelos alunos .................................................... 22

Quadro 7. Atitudes favoráveis ao consumo de fruta ............................................................. 24

Quadro 8. Barreiras ao consumo de fruta .............................................................................. 25

Quadro 9. Consumo de fruta reportado pelos encarregados de educação ........................... 26

Quadro 10. Consumo de fruta a cada refeição reportado pelos encarregados

de educação ............................................................................................................... 27

Quadro 11. Distribuição dos alimentos do RFE por período (professores) ............................ 30

Quadro 12. Classificação da apresentação e qualidade dos alimentos do RFE ...................... 32

Quadro 13. Proporção de alunos que consomem os alimentos do RFE ................................ 33

Quadro 14. Medidas de acompanhamento do RFE ............................................................... 34

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Gráfico 1. Local de maior consumo de fruta (alunos do 2.º ano) ........................................... 21

Gráfico 2. Local de maior consumo de fruta (alunos do 4.º ano) ........................................... 21

Gráfico 3. Apreciação dos alimentos do RFE pelos alunos ..................................................... 23

Gráfico 4. Local de maior consumo de fruta reportado pelos encarregados

de educação (alunos do 2.º ano) ................................................................................ 28

Gráfico 5. Local de maior consumo de fruta reportado pelos encarregados

de educação (alunos do 4.º ano) ................................................................................ 28

Gráfico 6. Opinião dos encarregados de educação sobre o RFE ............................................ 29

Gráfico 7. Local de distribuição dos alimentos do RFE ........................................................... 31

Gráfico 8. Modo de distribuição dos alimentos do RFE ......................................................... 31

Gráfico 9. Classificação da apresentação e qualidade dos alimentos do RFE ........................ 33

Gráfico 10. Opinião dos professores sobre o RFE .................................................................. 34

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Estrutura do relatório

O presente relatório é composto por quatro capítulos.

No 1.º capítulo é feito o enquadramento geral do RFE e do seu contexto no ensino

português, identificando-se os objetivos da avaliação do RFE e pontos favoráveis para a

eficácia da sua implementação.

O 2.º capítulo é dedicado à metodologia, apresentando-se os critérios de seleção dos

participantes, o procedimento seguido no processo de avaliação e caracterizando-se a

amostra.

O 3.º capítulo consiste na apresentação dos resultados dos questionários aplicados a alunos,

encarregados de educação e professores. Para além da apresentação sequencial dos

resultados referentes a consumos, conhecimentos e atitudes, é apresentada uma síntese

dos mesmos.

No último capítulo são apresentadas as conclusões da avaliação e as suas implicações na

melhoria do RFE.

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1.2. Enquadramento geral

O Regime de Fruta Escolar (RFE) consolida uma ajuda comunitária para aquisição e

distribuição de produtos hortofrutícolas1 a crianças e jovens que frequentem com

regularidade estabelecimentos de ensino geridos ou reconhecidos pelas autoridades

competentes de um Estado-Membro e foi criado pelo regulamento (CE) n.º 13/2009, do

Conselho, e do regulamento (CE) n.º 288/2009, da Comissão.

Portugal é um dos estados membros da União Europeia que aderiu ao RFE. A Portaria

n.º 1242/2009, de 12 de outubro, aprovou o Regulamento do RFE. São entidades

responsáveis pela coordenação nacional do regime o Ministério da Agricultura do

Desenvolvimento Rural e das Pescas, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação e da

Ciência.

A comissão, no regulamento (CE) n.º 288/2009, estabelece que os Estados-Membros devem

avaliar a aplicação dos regimes de distribuição de fruta nas escolas e determinar a eficácia

dos mesmos. No que respeita ao período compreendido entre 1 de agosto de 2010 e 31 de

julho de 2011, a Comissão designa como data para apresentação dos resultados do exercício

de avaliação o fim de fevereiro de 2012. Subsequentemente os resultados da avaliação

devem ser comunicados de cinco em cinco anos, a contar daquela data limite.

Em Portugal, a portaria n.º 1242/2009, de 12 de outubro estabelece no seu artigo 8.º que

compete à Direção-Geral da Saúde (DGS) monitorizar e avaliar o RFE nos termos do artigo

12.º do Regulamento (CE) n.º 288/2009, em articulação com a Direção-Geral de Inovação e

de Desenvolvimento Curricular (DGIDC), com o Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) e

com o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P., nos termos definidos na

Estratégia Nacional.

No âmbito da estrutura organizacional da DGS coube à Divisão da Plataforma Contra a

Obesidade o desenvolvimento do projeto de monitorização e avaliação do Regime de Fruta

Escolar. Perante a indisponibilidade de recursos internos para afectar à execução da

1 Ao longo deste relatório os alimentos distribuídos no âmbito do RFE serão mencionados como “fruta”.

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metodologia definida para empreender as diligências que implica a avaliação do impacte do

RFE no território nacional foi equacionada a contratação de uma instituição universitária de

ensino superior, experiente e capaz de garantir a necessária independência em termos

científicos. Ponderadas as competências, foi solicitada a colaboração da Faculdade de

Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, a única instituição pública em

Portugal que forma nutricionistas. A coordenação do trabalho e o apoio e controlo da

execução da avaliação do RFE foi desenvolvida pela Direção-Geral da Saúde que, nesta

atividade, contou por sua vez com a colaboração da atual Direção-Geral da Educação2 e do

GPP, agradecendo-se os contributos enviados.

Neste relatório, sujeito a parecer da DGS, Direção-Geral da Educação (DGE) e GPP, são

expostos os primeiros resultados da avaliação.

2 A Direção-Geral da Educação sucede nas atribuições da Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento

Curricular. Decreto-Lei n.º 14/2012 de 20 de Janeiro (art.º 10.º)

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1.3. O Regime de Fruta Escolar no sistema educativo português

Em Portugal o grupo alvo do RFE é o 1.º ciclo do ensino básico. O sistema de ensino

português organiza-se em 3 níveis: o Pré-escolar (facultativo e a partir dos 3 anos de idade),

o Básico (obrigatório e formado por 3 ciclos, num total de 9 anos) e o Secundário

(obrigatório e num total de 3 anos). O 1.º ciclo do Ensino Básico, grupo alvo do RFE, engloba

os alunos que frequentam o 1.º, o 2.º, o 3.º e o 4.º ano e que, em geral, possuem entre os 6

e os 10 anos de idade. As escolas que lecionam o 1.º ciclo estão na sua grande maioria,

organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de administração e

gestão, constituídos por estabelecimentos de ensino que ministram um ou mais níveis e

ciclos de ensino.

As refeições dos alunos do 1.º ciclo dependem dos municípios (Decreto-Lei n.º 399-A/84, de

28 de dezembro). Compete aos municípios a decisão de candidatura, através do Instituto de

Financiamento da Agricultura e Pesca (IFAP), ao regime do RFE. Ao candidatarem-se

assumem a responsabilidade da seleção de fornecedores e da aquisição e distribuição da

fruta às escolas da sua área de competência, atuando como elo de ligação entre escolas,

órgãos centrais e comunidade e divulgando a implementação efectuada. No agrupamento

de escolas decide-se a integração curricular e a execução global do RFE, passando pela

distribuição local dos produtos aos alunos, apresentação de propostas de medidas de

acompanhamento a implementar e respetiva medida de acompanhamento.

O RFE em Portugal não possui caráter obrigatório e embora se aviste o alcance da extensão a

todos os municípios, existem atualmente escolas sem e com RFE implementado. A estratégia

nacional estipula uma frequência de distribuição de fruta de dois dias por semana, durante

30 semanas por ano letivo.

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1.4. Objetivos da avaliação

Portugal, em 2010, apresentou à CE a Estratégia Nacional para a implementação do RFE

onde definiu como objetivo principal a promoção de hábitos alimentares saudáveis, através

da introdução ou reforço de hábitos alimentares nas crianças de modo a disseminar

comportamentos saudáveis na população. Segundo a estratégia este objetivo geral

compreende objetivos mais específicos no âmbito das seguintes áreas de intervenção do

RFE:

� Saúde pública: reduzir o risco de obesidade infantil e de doenças crónicas associadas à

obesidade;

� Educação: reforçar a aquisição de competências nas áreas da educação alimentar e

da saúde em contexto escolar;

� Agricultura: aproximar as crianças do mundo rural e dar a conhecer a proveniência

dos alimentos, com vista à criação e manutenção de hábitos de consumo de

hortofrutícolas3.

A avaliação consiste na apreciação da eficácia com que foi aplicado o RFE relativamente aos

objetivos fixados, explicando os eventuais desvios face ao esperado e os seus efeitos

estruturantes4. Considerando os objetivos expostos na Estratégia Nacional, definiu-se como

objetivo principal da avaliação a análise do impacto do RFE sobre conhecimentos, atitudes e

comportamentos dos alunos, família e comunidade educativa, relativamente à adoção de

estilos de vida saudáveis, em particular em relação ao consumo de fruta.

Na avaliação analisou-se a situação atual, ponderando a influência da implementação do

regime nos últimos anos. Antevendo avaliações futuras recolheu-se informação para

comparação com as mesmas. Considerou-se uma amostra representativa de escolas sem e

com implementação do RFE ao longo dos últimos anos letivos, e atuou-se através da análise

3 Direção-Geral da Saúde: Regime de Fruta Escolar. Projeto de Monitorização e Avaliação. Novembro de 2010.

4 Direção-Geral da Saúde: Regime de Fruta Escolar. Projeto de Monitorização e Avaliação. Novembro de 2010.

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por grupo (sem e com RFE) e comparativa entre grupos, de forma a alcançar de imediato os

seguintes objetivos específicos:

� Avaliar o consumo de fruta em crianças do ensino básico inscritas nos 2.º e 4.º anos

de escolaridade, abrangidas pelo RFE no ano letivo 2011/12;

� Avaliar o contributo do RFE para o consumo de fruta pelas crianças;

� Avaliar conhecimentos, atitudes e barreiras face à fruta, nessas crianças;

� Avaliar a perceção que os encarregados de educação destas crianças têm sobre o

consumo de fruta pelas crianças;

� Avaliar a opinião dos encarregados de educação sobre o RFE;

� Avaliar a opinião dos professores sobre o RFE;

� Avaliar aspetos específicos da distribuição dos alimentos do RFE em cada

escola/turma.

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2. METODOLOGIA

2.1. Seleção dos participantes

O âmbito nacional da implementação e administração do RFE e a responsabilidade de

adesão e execução municipal implicou que na avaliação se considerasse a divisão

administrativa por distrito, procurando-se obter uma amostra de municípios representativa

a nível distrital e em função da adesão ou não ao RFE. Portugal Continental conta com 18

distritos subdivididos num total de 308 municípios.

Com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Educação e Ciência foram selecionados

aleatoriamente em cada distrito de Portugal Continental dois municípios aderentes ao RFE

no presente ano letivo e nos dois que o antecedem, e dois municípios que nunca aderiram

ao RFE. Este processo resultou numa seleção de 72 municípios, que correspondem a

aproximadamente 23% do total de municípios do país. Foi selecionada aleatoriamente uma

escola por município.

Optou-se por selecionar para o estudo os alunos a frequentar os 2.º e 4.º anos no ano letivo

2011/2012 pelo que constituíram o foco da avaliação os 3798 alunos das escolas

selecionadas inscritos nestes anos de escolaridade. Esta amostra corresponde a cerca de

1,92% do total de alunos matriculados em escolas do 1.º ciclo regular da rede pública nesses

mesmos anos letivos5.

5 Considerando os últimos dados disponíveis (referentes ao ano letivo de 2010-2011), o número de alunos

matriculados em escolas do 1.º ciclo regular da rede pública nos 2.º e 4.º anos eram, respetivamente, 99 220

e 98 797.

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2.2. Procedimento

Selecionados os participantes, contactaram-se os agrupamentos das escolas envolvidas na

avaliação. Este contacto foi efetuado via e-mail, através do qual era remetida uma carta com

informação sobre a escola escolhida e o processo de avaliação (cf. Anexo 1),

solicitando-se o preenchimento de um formulário (cf. Anexo 2) no qual se identificasse o

professor responsável na escola pelo acompanhamento da aplicação dos questionários e os

dados para envio posterior de toda a documentação necessária ao processo.

Paralelamente, foram recolhidos dados sobre o número de turmas dos 2.º e 4.º anos e o

número total de alunos. Foi também facultado um endereço de e-mail expressamente criado

para a avaliação do RFE e uma linha telefónica para o esclarecimento de eventuais dúvidas.

Os contactos foram ainda reforçados via telefone, de forma a garantir que a receção dos

e-mails fosse efetuada com sucesso.

Num segundo contacto, já direcionado aos professores responsáveis pelo acompanhamento

da aplicação dos questionários nas escolas e com conhecimento dos departamentos, foi

dada a informação do prazo para preenchimento dos questionários e fornecido o material

necessário ao processamento do preenchimento: cartas ao professor responsável

(cf. Anexo 3), aos professores dos 2.º e 4.º anos (cf. Anexo 4) e aos encarregados de

educação (cf. Anexo 5), assim como instruções para os professores (cf. Anexo 6), alunos

(cf. Anexo 7) e encarregados de educação (cf. Anexo 8).

Procedeu-se à recolha de dados através da aplicação de questionários de administração

direta. Foram questionados separadamente alunos (cf. Anexo 9), encarregados de educação

(cf. Anexo 10) e professores (cf. Anexo 11). O preenchimento dos questionários foi feito

on-line.

Os questionários foram elaborados tendo em consideração os objetivos desta avaliação,

sendo também incluídas questões para futura análise em termos de monitorização do RFE.

Na construção dos questionários (configuração das questões, estruturação e informatização,

aspetos visuais e técnicos), foram respeitados os princípios básicos da metodologia de

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inquirição e consideradas as especificidades das populações em questão. Todos os

questionários foram previamente testados em indivíduos com características semelhantes às

da população-alvo.

A construção dos questionários pressupôs uma posterior análise quantitativa pelo que as

questões referentes à avaliação eram de resposta fechada, estabelecendo-se a

obrigatoriedade de resposta em algumas das questões.

Para acesso aos questionários foram estruturadas páginas web dentro das plataformas da

FCNAUP (alunos) e da DGE (professores e encarregados de educação). Definiram-se códigos

de acesso, um por questionário.

A informação ministrada através do preenchimento de cada um dos questionários reverteu

diretamente para uma base de dados própria. A informação foi monitorizada ao longo do

processo de forma a detetar qualquer irregularidade em questão.

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2.3. Amostra

2.3.1. Alunos

Foram recebidas 2195 respostas ao questionário dirigido aos alunos, correspondendo a uma

taxa de resposta de 57,8%. Foram excluídos 29 registos em que se verificaram erros na

gravação dos dados para a base de dados. A amostra final foi de 2166 alunos, distribuídos

por ano e adesão ao RFE conforme apresentado no Quadro 1.

Quadro 1. Amostra de alunos por ano de escolaridade e adesão ao RFE

2.º ano

n

4.º ano

n

Total

n

Sem RFE 457 466 923

Com RFE 657 586 1243

Total 1114 1052 2166

2.3.2. Encarregados de educação

Foram recebidas 1006 respostas ao questionário dirigido aos encarregados de educação.

Foram excluídos 7 questionários por apresentarem erros de preenchimento e/ou na

gravação dos dados para a base de dados e 13 por serem referentes a alunos dos 1.º ou 3.º

anos de escolaridade. Assim, foram analisados os dados correspondentes a 986

encarregados de educação. Devido a não-respostas a algumas questões, em alguns casos o

tamanho da amostra analisada é indicado; nos restantes casos foram analisados os dados

dos 986 questionários.

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A maioria das respostas correspondeu a mães de alunos (81,8%), sendo 15,8% de pais e 2,5%

de encarregados de educação com outro tipo de relação com a criança. Apresenta-se no

Quadro 2 a distribuição dos encarregados de educação por ano de escolaridade dos

educandos e adesão ao RFE.

Quadro 2. Amostra de encarregados de educação por ano de escolaridade e adesão ao RFE

2.º ano

n

4.º ano

n

Total

n

Sem RFE 195 223 418

Com RFE 278 290 568

Total 473 513 986

2.3.3. Professores

Foram recebidas 105 respostas ao questionário dirigido aos professores. Não foram

analisados os dados relativos a questionários em que era referido que a escola não tinha

aderido ao RFE (n=27), bem como aqueles em que a turma não era de 2.º ou 4.º ano de

escolaridade (n=2). Assim, foram analisados os dados correspondentes a 76 professores.

Destes, 42 (55,3%) lecionavam turmas de (ou com) 2.º ano, 31 (40,8%) a turmas de (ou com)

4.º ano e 3 (3,9%) a turmas com alunos de 2.º e 4.º ano de escolaridade.

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2.4. Análise estatística

A análise estatística foi efetuada no programa SPSS versão 17.0 para Windows. A análise

estatística descritiva consistiu no cálculo de frequências absolutas e relativas. Utilizou-se o

teste de Mann-Whitney para comparar ordens médias de amostras independentes. Usou-se

o teste do Qui-quadrado (com correção de continuidade, quando aplicável) para avaliar a

independência entre pares de variáveis nominais. Rejeitou-se a hipótese nula quando o nível

de significância crítico para a sua rejeição (p) foi inferior a 0,05.

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3. RESULTADOS

3.1. Alunos

O consumo de fruta pelos alunos em escolas sem e com RFE é apresentado no Quadro 3.

Não se verificaram diferenças significativas entre os alunos de escolas sem e com RFE em

nenhum dos anos escolares considerados. A proporção de alunos que reportam consumo

diário de fruta é de aproximadamente 76,0%.

Quadro 3. Consumo de fruta pelos alunos de escolas sem e com RFE

CONSUMO

2.º ano 4.º ano

Sem RFE

n (%)

Com RFE

n (%) p

Sem RFE

n (%)

Com RFE

n (%) p

Menos do que 1 peça por semana 2 (0,4) 8 (1,2)

0,328

3 (0,6) 16 (2,7)

0,936

1 ou 2 peças por semana 50 (10,9) 67 (10,2) 48 (10,3) 54 (9,2)

3 ou 4 peças por semana 34 (7,4) 58 (8,8) 40 (8,6) 54 (9,2)

5 ou 6 peças por semana 26 (5,7) 25 (3,8) 14 (3,0) 21 (3,6)

1 peça por dia 85 (18,6) 136 (20,7) 99 (21,2) 117 (20,0)

2 peças por dia 156 (34,1) 240 (36,5) 200 (42,9) 225 (38,4)

3 ou mais peças por dia 104 (22,8) 123 (18,7) 62 (13,3) 99 (16,9)

No Quadro 4 é apresentado o consumo habitual de fruta a cada refeição, por ano de

escolaridade e adesão ao RFE. Os alunos em escola com RFE consomem fruta a meio da

manhã e a meio da tarde em maior proporção do que os alunos em escolas sem RFE. O

consumo de fruta à ceia verifica-se em maior proporção nos alunos do 2.º ano com RFE. Por

outro lado, ao almoço (apenas 4.º ano) e ao jantar (2.º e 4.º anos) o consumo de fruta ocorre

em maior proporção de alunos em escolas sem RFE.

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Quadro 4. Consumo de fruta pelos alunos a cada refeição

REFEIÇÃO

2.º ano 4.º ano

Sem RFE

%

Com RFE

% p

Sem RFE

%

Com RFE

% p

Pequeno-almoço 9,4 8,7 0,753 10,5 8,2 0,235

Meio da manhã 10,3 16,1 0,007 7,7 22,0 <0,001

Almoço 84,2 81,1 0,206 86,1 75,1 <0,001

Meio da tarde 21,9 39,6 <0,001 20,8 35,0 <0,001

Jantar 66,5 60,3 0,039 70,2 59,2 <0,001

Ceia 1,5 3,8 0,040 3,6 4,9 0,383

No Quadro 5 apresenta-se o número e proporção de alunos em escolas com RFE que refere

distribuição de fruta na escola em cada um dos períodos considerados. Os períodos em que

a distribuição é mais frequente são as terças e as quintas-feiras de manhã.

Quadro 5. Distribuição dos alimentos do RFE por período (alunos)

DIA DA SEMANA Meio da manhã

n (%)

Meio da tarde

n (%)

2.ª feira 35 (2,8) 45 (3,6)

3.ª feira 374 (30,1) 247 (19,9)

4.ª feira 160 (12,9) 293 (23,6)

5.ª feira 373 (30,0) 243 (19,5)

6.ª feira 167 (13,4) 286 (23,0)

Os Gráficos 1 e 2 mostram a perceção dos alunos sobre o local (casa ou escola) onde

consomem mais fruta. Uma maior proporção de alunos de escolas aderentes ao RFE do que

de alunos em escolas sem RFE refere consumir mais fruta na escola do que em casa (p<0,001

para ambos os anos escolares).

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Gráfico 1. Local de maior consumo de fruta (alunos do 2.º ano)

70,1%58,3%

29,9%41,7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sem RFE Com RFE

Na escola

Em casa

Gráfico 2. Local de maior consumo de fruta (alunos do 4.º ano)

79,0%

58,9%

21,0%

41,1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sem RFE Com RFE

Na escola

Em casa

O gosto pelos vários alimentos fornecidos no âmbito do RFE foi avaliado nos alunos em

escolas sem e com RFE (Quadro 6 e Gráfico 3). Os alimentos mais apreciados são a maçã e

tangerina, enquanto o tomate e a cenoura são aqueles de que os alunos menos gostam.

Considerando apenas as respostas com avaliação efetiva dos alimentos (ou seja, excluindo as

resposta “Nunca provei”; Gráfico 3), verifica-se que os alunos de escolas com RFE gostam de

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22

pera mais do que os alunos de escolas sem RFE, mas gostam menos de cenoura, cerejas,

laranja, maçã e tomate.

Quadro 6. Apreciação dos alimentos do RFE pelos alunos

ALIMENTO

Sem RFE Com RFE

Gosto

muito

%

Gosto

pouco

%

Não gosto

nada

%

Nunca

provei

%

Gosto

muito

%

Gosto

pouco

%

Não gosto

nada

%

Nunca

provei

%

Banana 77,9 16,0 5,3 0,9 76,4 17,4 5,3 0,9

Cenoura 50,8 31,5 15,9 1,8 46,3 34,0 17,5 2,1

Cerejas 81,0 9,2 6,3 3,5 74,7 9,9 8,8 6,5

Clementina 67,9 10,9 9,2 12,1 67,3 13,8 7,6 11,3

Laranja 76,8 16,1 6,3 0,8 71,5 19,8 7,7 1,0

Maçã 87,3 10,8 1,8 0,1 82,5 14,4 2,3 0,7

Pera 75,2 18,4 6,0 0,4 79,0 15,9 4,4 0,6

Pêssego 74,6 14,5 8,7 2,3 73,8 14,2 8,3 3,7

Tangerina 82,7 9,2 6,7 1,3 81,2 10,9 5,9 2,0

Tomate 42,9 25,3 27,5 4,2 38,9 23,2 32,6 5,4

Uvas 81,8 10,0 6,2 2,0 78,3 11,6 7,7 2,4

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23

Gráfico 3. Apreciação dos alimentos do RFE pelos alunos

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Sem

RFE

Com

RFE

Banana Cenoura Cerejas Clementina Laranja Maçã Pera Pêssego Tangerina Tomate Uvas

Não gosto nada

Gosto pouco

Gosto muito

p=0,462 p=0,049 p=0,016 p=0,719 p=0,007 p=0,007 p=0,023 p=0,855 p=0,648 p=0,015 p=0,052

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24

Apresentam-se de seguida os resultados referentes a atitudes favoráveis ao consumo

de fruta e conhecimentos e comportamentos associados (Quadro 7). As variáveis

analisadas foram recodificadas, sendo apresentadas as percentagens referentes às

respostas “Sim” (vs. “Não”/”Não sei”).

Os alunos de escolas com RFE reportam em maior proporção que costumam comer

fruta com os amigos e que comer fruta os faz aprender melhor.

Quadro 7. Atitudes favoráveis ao consumo de fruta

ATITUDES Sem RFE

% Sim

Com RFE

% Sim p

A fruta sabe bem. 98,5 98,1 0,575

A fruta faz com que o meu intestino funcione melhor. 91,7 93,6 0,108

Se comer fruta todos os dias aprendo melhor. 73,0 77,7 0,014

A fruta protege-me de doenças. 90,7 91,6 0,486

A fruta é rica em vitaminas e minerais. 95,9 97,0 0,188

Costumo comer fruta com os meus amigos. 58,2 81,5 < 0,001

Eu gosto de comer fruta. 95,7 96,6 0,299

Os resultados referentes às barreiras ao consumo de fruta são apresentados no

Quadro 8. Pretendendo-se avaliar aspetos favoráveis ao consumo de fruta, as variáveis

analisadas foram recodificadas, sendo apresentadas as percentagens referentes às

respostas “Não” (vs. “Sim”/”Não sei”).

Os alunos de escolas com RFE negam em maior proporção comer frutas poucas vezes

por ficarem com as mãos sujas e preferirem comer outras coisas a meio da manhã ou

da tarde. Por outro lado, negam em menor proporção preferirem comer outras coisas

como sobremesa ao almoço e ao jantar.

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25

Quadro 8. Barreiras ao consumo de fruta

BARREIRAS Sem RFE

% Não

Com RFE

% Não p

Como poucas vezes fruta porque tenho de a descascar. 81,0 82,0 0,616

A meio da manhã ou a meio da tarde prefiro comer outras

coisas em vez de fruta. 46,9 53,3 0,004

Como poucas vezes fruta porque perco muito tempo. 86,3 87,2 0,602

Ao almoço e ao jantar, como sobremesa, prefiro comer outras

coisas em vez de fruta. 74,4 70,5 0,047

Como poucas vezes fruta porque fico com as mãos sujas. 89,8 92,5 0,033

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26

3.2. Encarregados de educação

No Quadro 9 é apresentado o consumo de fruta por alunos em escolas sem e com RFE,

conforme reportado pelos respetivos encarregados de educação. Os encarregados de

educação dos alunos do 2.º ano em escolas com RFE reportam maior consumo de fruta

pelos educandos do que os de escolas sem RFE. Relativamente ao 4.º ano de

escolaridade não se verificaram diferenças significativas entre o consumo reportado

para os alunos de escolas sem e com RFE.

Quadro 9. Consumo de fruta reportado pelos encarregados de educação

CONSUMO

2.º ano 4.º ano

Sem RFE

[n=190]

n (%)

Com RFE

[n=276]

n (%)

p

Sem RFE

[n=214]

n (%)

Com RFE

[n=282]

n (%)

p

Menos do que 1 peça por semana 2 (1,1) 3 (1,1)

0,045

3 (1,4) 6 (2,1)

0,773

1 ou 2 peças por semana 7 (3,7) 14 (5,1) 10 (4,7) 14 (5,0)

3 ou 4 peças por semana 12 (6,3) 15 (5,4) 14 (6,5) 20 (7,1)

5 ou 6 peças por semana 0 (0,0) 6 (2,2) 2 (0,9) 7 (2,5)

1 peça por dia 48 (25,3) 39 (14,1) 39 (18,2) 52 (18,4)

2 peças por dia 88 (46,3) 129 (46,7) 101 (47,2) 117 (41,5)

3 ou mais peças por dia 33 (17,4) 70 (25,4) 45 (21,0) 66 (23,4)

O consumo habitual de fruta a cada refeição pelos alunos reportado pelos

encarregados é apresentado no Quadro 10, por ano de escolaridade e adesão ao RFE.

De acordo com os encarregados de educação, os alunos em escola com RFE consomem

fruta a meio da manhã e a meio da tarde em maior proporção do que os alunos em

escolas sem RFE. Por outro lado, os alunos do 4.º ano de escolas sem RFE consomem

fruta ao jantar em maior proporção do que os de escolas com RFE.

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27

Quadro 10. Consumo de fruta a cada refeição reportado pelos encarregados de

educação

REFEIÇÃO

2.º ano 4.º ano

Sem RFE %

Com RFE %

p Sem RFE

% Com RFE

% p

Pequeno-almoço 3,1 1,8 n.a. 4,9 4,1 0,829

Meio da manhã 14,9 23,0 0,038 14,8 27,2 0,001

Almoço 86,7 84,5 0,607 85,2 84,5 0,920

Meio da tarde 27,2 41,0 0,003 29,1 42,8 0,002

Jantar 69,7 68,7 0,889 77,6 63,4 0,001

Ceia 1,5 3,6 0,288 3,6 2,8 0,780

n.a. = Não se verificaram as condições de aplicabilidade do teste do Qui-quadrado

Nos Gráficos 4 e 5 apresenta-se a perceção dos encarregados de educação sobre o

local (casa ou escola) onde os educandos consomem mais fruta. De acordo com os

encarregados de educação, maior proporção de alunos de 4.º ano de escolas

aderentes ao RFE do que de alunos em escolas sem RFE consome mais fruta na escola

do que em casa (p=0,003), não se verificando o mesmo relativamente aos alunos do

2.º ano de escolaridade (p=0,964).

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28

Gráfico 4. Local de maior consumo de fruta reportado pelos encarregados de

educação (alunos do 2.º ano)

75,3% 74,6%

24,7% 25,4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sem RFE (n=194) Com RFE (n=276)

Na escola

Em casa

Gráfico 5. Local de maior consumo de fruta reportado pelos encarregados de

educação (alunos do 4.º ano)

83,6%72,0%

16,4%28,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sem RFE (n=219) Com RFE (n=282)

Na escola

Em casa

Dos encarregados de educação de alunos em escolas com RFE (n=509), 54,0% referem

que o RFE não teve efeito no consumo de fruta em casa pelos educandos e 45,0%

referem um aumento do consumo. Relativamente ao consumo na escola, 74,3%

referem que o consumo aumentou e 25,3% que o RFE não teve efeito (n=501).

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29

O Gráfico 6 mostra a opinião dos encarregados de educação (n=514) sobre o RFE. A

quase totalidade dos encarregados de educação (97,7%) revelam uma opinião positiva

(“Boa” ou “Muito boa”) do RFE.

Gráfico 6. Opinião dos encarregados de educação sobre o RFE

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30

3.3. Professores

No Quadro 11 apresenta-se o número e proporção de professores que refere que os

alimentos do RFE são distribuídos em cada um dos períodos considerados. Os dias em

que a distribuição é mais frequente são as terças e as quintas-feiras.

Quadro 11. Distribuição dos alimentos do RFE por período (professores)

DIA DA SEMANA Meio da manhã

n (%)

Meio da tarde

n (%)

2.ª feira 4 (5,3) 5 (6,6)

3.ª feira 26 (34,2) 23 (30,3)

4.ª feira 13 (17,1) 17 (22,4)

5.ª feira 26 (34,2) 22 (28,9)

6.ª feira 13 (17,1) 17 (22,4)

Os Gráficos 7 e 8 apresentam os resultados relativos aos locais e modo de distribuição

dos alimentos do RFE. A distribuição é feita sobretudo na sala de aula e é

maioritariamente o professor quem distribui os alimentos.

Page 31: Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

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Gráfico 7. Local de distribuição dos alimentos do RFE

Gráfico 8. Modo de distribuição dos alimentos do RFE

Os resultados da classificação dos alimentos distribuídos no âmbito do RFE em termos

da sua apresentação e qualidade são apresentados no Quadro 12 e no Gráfico 9. Os

alimentos mais frequentemente distribuídos são a pera, a maçã, a tangerina e a

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32

clementina. Considerando apenas as respostas com avaliação efetiva dos alimentos

(Gráfico 9), verifica-se que as cerejas são aquele cuja apresentação e qualidade é mais

frequentemente avaliada como sendo “Má” (14,1%) e que as mesmas características

são avaliadas como “Boa” ou “Muito boa” em proporções entre os 69,7% (pêssego e

pera) e os 90,5% (tangerina).

Quadro 12. Classificação da apresentação e qualidade dos alimentos do RFE

ALIMENTO Muito má

%

%

Regular

%

Boa

%

Muito boa

%

Não distribuído / NR

%

Banana 0,0 0,0 10,5 36,8 25,0 27,6

Cenoura 0,0 2,6 6,6 25,0 10,5 55,3

Cerejas 0,0 2,6 2,6 9,2 3,9 81,6

Clementina 0,0 1,3 9,2 51,3 19,7 18,4

Laranja 0,0 0,0 6,6 42,1 18,4 32,9

Maçã 0,0 3,9 15,8 55,3 21,1 3,9

Pera 0,0 3,9 26,3 51,3 18,4 0,0

Pêssego 0,0 0,0 3,9 3,9 5,3 86,8

Tangerina 0,0 1,3 6,6 55,3 19,7 17,1

Tomate 0,0 0,0 3,9 18,4 7,9 69,7

Uvas 0,0 1,3 2,6 10,5 9,2 76,3

NR = Não responde

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33

Gráfico 9. Classificação da apresentação e qualidade dos alimentos do RFE

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Banana

Cenoura

Cere

jas

Cle

mentina

Lara

nja

Maçã

Pera

Pêssego

Tangerina

Tom

ate

Uvas

Muito boa

Boa

Regular

O Quadro 13 mostra a perceção dos professores sobre a percentagem de alunos da

respetiva turma que consome os alimentos do RFE. A quase totalidade das respostas

(94,7%) corresponde a uma percentagem de consumo de pelo menos 75%.

Quadro 13. Proporção de alunos que consomem os alimentos do RFE

INTERVALO n %

Menos de 50% 0 0,0

Entre 50 e 75% 4 5,3

Entre 75 e 90% 13 17,1

Mais de 90% 59 77,6

As medidas de acompanhamento do RFE são apresentadas no Quadro 14. Destacam-se

como medidas mais frequentes o recurso a canções ou poemas, a folhetos ou livros e a

vídeos ou filmes.

Page 34: Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

34

Quadro 14. Medidas de acompanhamento do RFE

MEDIDAS DE ACOMPANHAMENTO n (%)

Visitas de estudo 13 (17,1)

Folhetos ou livros 34 (44,7)

Canteiros ou hortas 18 (23,7)

Concursos ou jogos 12 (15,8)

Vídeos ou filmes 23 (30,3)

Teatro ou dança 4 (5,3)

Canções ou poemas 35 (46,1)

Atividades com as famílias 5 (6,6)

A quase totalidade dos professores apresenta uma opinião “Muito boa” ou “Boa”

relativamente ao RFE na sua escola. Os resultados são apresentados no Gráfico 10.

Gráfico 10. Opinião dos professores sobre o RFE

Page 35: Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

35

4. CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES

Dirige-se esta avaliação a uma análise de aspetos positivos e negativos da execução do

RFE, passíveis de interferir com o seu adequado andamento e que, como tal, merecem

ser foco de atenção imediata e/ou de uma análise posterior mais aprofundada.

É de recordar que a avaliação foi efetuada em subamostras sem e com RFE

implementado. Discutimos alguns dos resultados e apresentamos algumas conclusões

que sobressaem desta avaliação.

O consumo de fruta reportado pelos alunos de escolas sem e com RFE não

apresenta diferenças significativas.

Os alunos de escolas com RFE consomem fruta a meio da manhã e a meio da tarde

em maior proporção do que os alunos de escolas sem RFE.

Os alunos de escolas com RFE reportam consumo de fruta ao almoço (4.º ano) e ao

jantar em menor proporção do que os alunos de escolas sem RFE.

Os encarregados de educação dos alunos do 2.º ano de escolas com RFE reportam

maior consumo de fruta pelos educandos do que os de escolas sem RFE.

Os encarregados de educação dos alunos do 4.º ano de escolas sem e com RFE não

reportam consumo de fruta significativamente diferente.

De acordo com os encarregados de educação, os alunos do 4.º ano de escolas com

RFE consomem fruta ao jantar em menor proporção.

Apesar de algumas diferenças nas respostas dadas pelos alunos e encarregados de

educação, eventualmente relacionadas com a representatividade da amostra dos

encarregados de educação, os resultados sugerem que o RFE está a causar um

aumento no consumo de fruta dos alunos mais novos (2.º ano), mas não dos mais

Page 36: Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

36

velhos (4.º ano). Entre os alunos integrados no RFE, o consumo de fruta a meio da

manhã e da tarde é mais habitual, mas verifica-se que os mesmos alunos consomem

em menor proporção ao almoço (4.º ano) e ao jantar (2.º e 4.º anos). Tal facto aponta

para uma eventual substituição de horários de consumo de fruta em vez de um

aumento do consumo, especialmente entre alunos mais velhos.

Ao encarar este comportamento como problemático, não deve ser esquecido que o

benefício do RFE deverá ter em conta não só o aumento da ingestão de fruta, mas

também a melhoria global das escolhas alimentares. As merendas escolares estão

frequentemente relacionadas com escolhas pouco saudáveis, pelo que a incidência do

consumo de fruta a meio da manhã e da tarde poderá por si só constituir uma

mais-valia do RFE. Propõe-se futuramente comparar entre escolas com e sem RFE os

alimentos que mais frequentemente compõe as merendas escolares que as crianças

trazem de casa.

Justifica-se também analisar a influência de outros determinantes, internos e externos

ao RFE, passíveis de mediar as diferenças entre alunos mais velhos e mais novos.

Sendo importante assegurar que a fruta do almoço escolar não esteja a ser substituída

pela do RFE, propõe-se a análise dos consumos e determinantes separadamente em

alunos que almoçam ou não na escola, por ano de escolaridade.

Sugere-se uma maior sensibilização direcionada para os benefícios e adoção de

atitudes e comportamentos relativamente ao consumo de fruta distribuído ao longo

do dia, que inclua o incremento de medidas de acompanhamento neste sentido,

direcionadas em especial aos encarregados de educação.

Uma maior proporção de alunos de escolas aderentes ao RFE do que de alunos de

escolas sem RFE refere consumir mais fruta na escola do que em casa.

De acordo com os encarregados de educação, maior proporção de alunos de

4.º ano de escolas com RFE do que de alunos de escolas sem RFE consome mais

fruta na escola do que em casa, não se verificando o mesmo relativamente aos

alunos do 2.º ano de escolaridade.

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37

A perspetiva dos alunos e dos encarregados de educação em relação ao local de maior

consumo (casa ou escola) também vai ao encontro de uma eventual substituição do

consumo ao almoço e jantar pelas merendas, sobretudo entre os alunos mais velhos.

Tendo em consideração que o RFE implica a distribuição de fruta duas vezes por

semana, torna-se importante avaliar se a maior percentagem de crianças a consumir

mais nas escolas com RFE se faz acompanhar de uma percentagem também superior

de crianças que incluem fruta nas merendas escolares que trazem de casa.

Mais de metade dos encarregados de educação refere que o RFE não teve efeito no

consumo de fruta em casa pelos educandos.

Três em cada quatro encarregados de educação referem que o RFE levou a um

aumento do consumo de fruta na escola pelos educandos.

A perceção dos encarregados de educação sobre o RFE deverá ser analisada em

termos da sua relação com a frequência e características do consumo.

Especificamente, importa analisar a relação entre esta perceção e o consumo

preferencial na escola ou em casa bem como em diferentes refeições.

A quase totalidade dos professores refere que pelo menos três quartos dos alunos

consomem os alimentos do RFE.

A quase totalidade dos encarregados de educação e dos professores revela uma

opinião positiva sobre o RFE.

A opinião favorável sobre o regime de fruta escolar não é acompanhada de um

aumento no consumo de fruta mas poderá ser utilizada como um dos alicerces para a

implementação de medidas de acompanhamento que facilitem a prossecução dos

objetivos.

Page 38: Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

38

Os alimentos mais apreciados são a maçã e a tangerina; o tomate e a cenoura são

aqueles de que os alunos menos gostam.

Os alunos de escolas com RFE gostam de pera mais do que os alunos de escolas

sem RFE, mas gostam menos de cenoura, cerejas, laranja, maçã e tomate.

Os alimentos mais frequentemente distribuídos são a pera, a maçã, a tangerina e a

clementina.

Os gostos das crianças retratam aqui uma adaptação aos hábitos alimentares

nacionais. Os frutos são consumidos com maior frequência do que os hortícolas e são

normalmente mais bem aceites.

A monotonia na variedade da fruta distribuída poderá condicionar excessivamente os

hábitos de consumo, justificando o maior apreço pela pera mas também o

desinteresse por frutos menos distribuídos.

A variedade na distribuição e a qualidade do ambiente de consumo, em convívio e

capaz de estimular a prova e gerar experiências favoráveis, apresentam-se como

aspetos a assegurar, capazes de gerar melhoria de resultados. As medidas de

acompanhamento poderão também mostrar-se influentes, estimulando os gostos e as

vivências, por exemplo através de provas de sabor e jogos.

A possível diminuição do consumo de fruta em casa por parte dos alunos das escolas

com RFE poderá também estar a influenciar os gostos destas crianças. Propõe-se

futuramente comparar o gosto pelos alimentos distribuídos entre alunos de escolas

sem e com RFE, separadamente consoante o local de consumo preferencial seja a

escola ou a casa.

Os alunos de escolas com RFE reportam em maior proporção que costumam comer

fruta com os amigos e que comer fruta os faz aprender melhor.

Para os alunos das escolas com RFE ficar com as mãos sujas ou preferir comer

outros alimentos a meio da manhã ou da tarde, atuam menos como barreiras ao

consumo de fruta.

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39

Para os alunos das escolas com RFE a preferência por outras sobremesas ao almoço

e ao jantar atua mais como barreira ao consumo de fruta.

A diminuição de algumas barreiras e a manifestação de atitudes favoráveis são um

aspeto positivo do RFE. A distribuição da fruta em grupo permitiu que estas crianças

passassem a comer fruta na companhia dos amigos, o que pode levar a que isso seja

encarado como um momento de convívio, facilitando a aprendizagem social e a

ultrapassagem de barreiras. Por outro lado, ao consumirem fruta na sala de aula,

associam-na ao contexto escolar e logo a uma melhor aprendizagem.

Neste contexto, considera-se importante comparar atitudes favoráveis e barreiras em

função das medidas de acompanhamento e do consumo casa/escola e o seu impacto

nas escolhas alimentares das merendas escolares.

A maior proporção de preferência por outras sobremesas reforça mais uma vez a

eventual substituição de horários de consumo, fortalecendo a necessidade de

estimular a distribuição do consumo de fruta ao longo do dia.

A fruta do RFE é principalmente distribuída na sala de aula.

A fruta é geralmente distribuída pelo professor, mas também por auxiliares de ação

educativa ou disponibilizada para auto acesso pela criança.

As medidas de acompanhamento mais frequentes foram o recurso a canções ou

poemas, a folhetos ou livros e a vídeos ou filmes.

A distribuição de fruta fora de sala de aula, referida por mais de um quinto dos

professores, não deverá ser desvalorizada, pois poderá não assegurar o consumo

efetivo. Avaliar a relação entre as características de distribuição e o consumo poderá

ser útil na definição da importância da influência destas características no sucesso do

RFE.

Relativamente às medidas de acompanhamento, salienta-se a necessidade de

assegurar componentes práticas em que ocorra o envolvimento ativo dos alunos.

Page 40: Regime de Fruta Escolar Portugal - European Commission · NR Não responde p ... organizadas em agrupamentos escolares dotados de órgãos próprios de ... explicando os eventuais

40

Adicionalmente, essas medidas deverão ser comprovadamente promotoras do

consumo, e não exclusivamente atividades lúdicas.

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ANEXOS

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ANEXO 1

Carta ao diretor do agrupamento de escolas

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Porto, ______/______/______

Exmo(a) Senhor(a) Diretor(a)

Agrupamento de Escolas _____________________________

O Regime de Fruta Escolar (RFE) encontra-se em fase de avaliação. A Faculdade de Ciências da

Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) é a instituição responsável pela recolha

e tratamento de informação para a avaliação do regime, não obstante a coordenação e o apoio e

controlo da execução se manterem na esfera de competências superiores.

No âmbito desta avaliação está a ser recolhida informação em escolas com e sem implementação do

RFE.

Antecipando informação do ministério da educação e de forma a agilizar o processo, vimos dar

conhecimento que a Escola __________________________________________ do agrupamento que

coordena está entre as selecionadas para a amostra em avaliação. Assim, dentro de alguns dias, será

solicitado via ministério o preenchimento online de um questionário aos professores, alunos e

encarregados de educação de todas as turmas do 2.º e 4.º anos.

Estimando algumas dificuldades, nomeadamente a gestão do tempo, limitado, colocamo-nos de

imediato à disposição para apoiar todo o processo.

De forma a facilitar toda a atividade e futuros contactos, sugerimos a nomeação de um responsável

na escola pela avaliação do RFE e agradecemos que aceda ao formulário através do link

http://www.fcna.up.pt/rfe/, o preencha e o submeta.

Igualmente, agradecemos que sejam contactados os professores do 2.º e 4.º anos da referida escola,

de modo a que fiquem a par desta avaliação e melhor possam planear as atividades letivas.

Prevemos que os questionários estejam disponíveis para preenchimento durante a primeira semana

de fevereiro.

Estamos à sua disposição para qualquer esclarecimento adicional através dos contactos da FCNAUP

225074320, 912334056, 969359663 e 939355433, solicitando Alda Alvim, Neuza Santos ou Bela

Franchini ou ainda através do e-mail [email protected]

Contamos consigo. A sua colaboração é inestimável para o sucesso do RFE.

Com os melhores cumprimentos.

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ANEXO 2

Formulário

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ANEXO 3

Carta ao professor responsável

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Porto, ______/_______/_______

Caro Professor(a) Responsável pela avaliação do RFE, Como é já do seu conhecimento, o Regime de Fruta Escolar (RFE) é uma iniciativa da Comissão

Europeia que faculta a distribuição de fruta e produtos hortícolas a alunos que frequentam o 1.º ciclo

do ensino básico e visa incentivar bons hábitos alimentares entre as crianças, promovendo o

conhecimento e o consumo destes alimentos. Portugal aderiu ao RFE, regime atualmente

implementado em várias escolas do país.

O RFE está agora em fase de avaliação. Esta avaliação, prevista na estratégia nacional, é

indispensável ao sucesso do mesmo e tem caráter obrigatório para todos os países aderentes.

A Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) é a

instituição responsável pela recolha e tratamento de informação para a avaliação do regime, não

obstante a coordenação e o apoio e controlo da execução se manterem na esfera de competências

superiores.

No âmbito desta avaliação está a ser recolhida informação em escolas com e sem implementação do

RFE. A sua escola foi uma das selecionadas pelo que contamos com a sua colaboração. É solicitado o

preenchimento de um questionário aos professores dos 2.º e 4.º anos mas também aos respetivos

alunos e encarregados de educação. Os questionários são preenchidos online e o tempo necessário é

de aproximadamente 10 minutos para cada um.

Existe consciência que o sucesso de resposta depende do seu empenho nesta tarefa. Assim

contamos consigo para que auxilie todo o processo de avaliação. Professores, alunos e encarregados

de educação necessitam de oportunidade para atempadamente responder aos questionários. Junto

a esta carta enviamosorientações e instruçõesque o irão ajudar nesta tarefa:

Carta para o professor; Instruções para o professor; Instruções para o aluno; Carta para o

encarregado de educação; Instruções para o encarregado de educação.

Todo o esforço empreendido nesta tarefa será reconhecido através da emissão de um certificado

pelas entidades competentes. Contamos consigo.

Estamos à sua disposição para qualquer esclarecimento adicional através do e-mail [email protected]

ou dos contactos da FCNAUP 225074320, 912334056, 969359663 e 939355433, solicitando Alda

Alvim, Neuza Santos ou Bela Franchini.

Agradecemos a atenção dispendida. A sua colaboração é inestimável para o sucesso do RFE.

Com os melhores cumprimentos.

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ANEXO 4

Carta aos professores

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Porto, _____/______/______

Caro Professor(a),

Como é já do seu conhecimento, o Regime de Fruta Escolar (RFE) é uma iniciativa da Comissão

Europeia que faculta a distribuição de fruta e produtos hortícolas a alunos que frequentam o 1.º ciclo

do ensino básico e visa incentivar bons hábitos alimentares entre as crianças, promovendo o

conhecimento e o consumo destes alimentos. Portugal aderiu ao RFE, regime atualmente

implementado em várias escolas do país.

O RFE está agora em fase de avaliação. Esta avaliação, prevista na estratégia nacional, é

indispensável ao sucesso do mesmo e tem caráter obrigatório para todos os países aderentes. No

âmbito desta avaliação está a ser recolhida informação em escolas com e sem implementação do

RFE. Nesta escola, a sua turma foi uma das selecionadas pelo que contamos com a sua colaboração. É

solicitado o preenchimento de um questionário ao professor mas também aos alunos e aos

encarregados de educação. Nas escolas em que o RFE não está implementado não se justifica o

preenchimento do questionário ao professor. Os questionários são preenchidos online e o tempo

necessário é de aproximadamente 10 minutos para cada um.

O preenchimento do questionário do professor faz-se acedendo à página web

http://area.dgidc.min-edu.pt/frutaescola e utilizando a palavra-chave 52315. O preenchimento do

questionário do encarregado de educação é feito na mesma página Web, utilizando a palavra-chave

15143.

O preenchimento do questionário do aluno faz-se acedendo à página web

http://www.fcna.up.pt/rfe/alunos/ e utilizando a palavra chave 11534. Cada aluno deve responder

individualmente ao seu questionário, preferencialmente em sala de aula e contando com a

orientação do professor.

Estamos conscientes de que o sucesso de resposta depende do seu empenho. Assim, pedimos que

preencha o seu questionário e que providencie o apoio necessário ao preenchimento dos

questionários por parte dos seus alunos. Disponibilizamos também uma carta e um guia de

instruções dirigidos aos encarregados de educação. Agradecemos que os imprima e distribua. Todo o

esforço empreendido nesta tarefa é reconhecido através da emissão de um certificado pelas

entidades competentes. Contamos consigo.

Estamos à sua disposição para qualquer esclarecimento adicional através do e-mail [email protected]

ou dos contactos da FCNAUP 225074320, 912334056, 969359663 e 939355433, solicitando Alda

Alvim, Neuza Santos ou Bela Franchini.

Agradecemos a atenção dispendida. A sua colaboração é inestimável para o sucesso do RFE.

Com os melhores cumprimentos.

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ANEXO 5

Carta aos encarregados de educação

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Porto, _____/_____/______

Caro Encarregado de Educação,

O Regime de Fruta Escolar (RFE) é uma iniciativa da Comissão Europeia que faculta a

distribuição de fruta e produtos hortícolas a alunos que frequentam o 1.º ciclo do ensino

básico.

O RFE está agora em fase de avaliação.

No âmbito desta avaliação está a ser recolhida informação em escolas com e sem

implementação do RFE. A escola do seu filho(a)/educando(a) foi uma das selecionadas para a

amostra em estudo pelo que gostaríamos de contar com a sua colaboração. Assim, pedimos

atenciosamente que preencha o questionário que se encontra na página web do Ministério da

Educação http://area.dgidc.min-edu.pt/frutaescola. O preenchimento é feito online.

O questionário leva aproximadamente 10 minutos a ser preenchido. Por favor siga as

instruções que recebeu junto com esta carta. No caso de surgir alguma dificuldade deverá

dirigir-se ao professor(a) do seu educando ou contactar-nos. Estamos à sua disposição para

qualquer esclarecimento adicional através do e-mail [email protected] ou dos contactos da

FCNAUP 225074320, 912334056, 969359663 e 939355433, solicitando Alda Alvim, Neuza

Santos ou Bela Franchini.

Agradecemos a atenção dispendida. A sua colaboração é inestimável para o sucesso do RFE.

Com os melhores cumprimentos.

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ANEXO 6

Instruções para os professores

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Professores

Instruções para preenchimento dos questionários

1- Aceda à página do Ministério da Educação

http://area.dgidc.min-edu.pt/frutaescola

No cimo da página pode ler “Regime de Fruta Escolar”.

2 - É solicitada uma Palavra-Chave. Posicione o cursor no espaço branco e digite:

52315

Pressione

Terá acesso imediato ao questionário:

Reg ime de F ru ta Esco la r

Inquér i to aos p rofessores Ano l e t i vo 2011/2012 - Ava l i ação

3- Responda às questões.

4- No final do questionário aparecem as palavras

5-Se o questionário está pronto selecione

A sua tarefa está terminada.

Obrigado

Validar

Enviar Abandonar

Enviar

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ANEXO 7

Instruções para os alunos

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Seguinte

Seguinte

Alunos

Instruções para preenchimento dos questionários

1. No computador liga-te à internet.

2. Acede à página

http://www.fcna.up.pt/rfe/alunos/

Tens acesso imediato ao questionário.

Vais ler a frase “Introduz o código de acesso”. O teu código de acesso é:

11534

3. Introduz o código.

Aparece a primeira questão.

4. Responde à questão. Pressiona

Pressionaste mas não avançaste de questão? Então ainda não respondeste a tudo! A marca

vermelha*assinala as respostas em falta.

Responde ao que falta. Volta a pressionar e aparece uma nova questão.

5. Avança e responde às questões até chegares ao fim do questionário.

No final do questionário aparece a frase: Obrigado pela tua ajuda!

6. Pressiona.

A tua tarefa está concluída. Obrigado!

Regime de Fruta Escolar

Terminar

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ANEXO 8

Instruções para os encarregados de educação

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Encarregados de Educação

Instruções para preenchimento dos questionários

1- Aceda à página web do Ministério da Educação

http://area.dgidc.min-edu.pt/frutaescola

No cimo da página pode ler “Regime de Fruta Escolar”.

2 - É solicitada uma Palavra-Chave. Posicione o cursor no espaço branco e digite:

15143

Pressione

Terá acesso imediato ao questionário:

Reg ime de F ru ta Esco la r

Inquér i to aos encar regados de educação Ano l e t i v o 2011/2012 – Ava l i a ção

3- Responda às questões.

Durante o preenchimento pode voltar atrás e corrigir as respostas sempre que necessário.

4- No final do questionário aparecem as palavras

5- Se o questionário está pronto pressione

A sua tarefa está terminada.

Obrigado

Validar

Enviar Abandonar

Enviar

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ANEXO 9

Questionário aos alunos

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ANEXO 10

Questionário aos encarregados de educação

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ANEXO 11

Questionário aos professores

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