MARRETTO_ALMEIDA_1 "Alunos dotados são invisíveis na sala de aula"

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    ALUNOS DOTADOS SO INVISVEIS NO AMBIENTE ESCOLAR?

    "Gifted" students ARE INVISIBLE IN SCHOOLS?

    Resumo

    Mximo duzentas e cinqenta palavras. No deve ser redigido na primeira pessoa e dever conter ofoco temtico, objetivo, mtodo, resultados e concluses do trabalho.O presente trabalho teve por objetivo investigar se concepes errneas e mitos a respeito dasuperdotao/altas habilidades influenciam na percepo do professor sobre esse tipo de aluno. Oprofessor tem fundamental importncia na identificao desse alunado. ele que, atravs do contatodirio com o aluno, pode perceber sinais de um potencial superior e, assim, fazer uma primeiraidentificao desse indivduo. Contudo, o ambiente educacional tpico no est preparado paraatender de forma adequada as necessidades desse aluno, sendo direcionado geralmente para oaluno mdio e abaixo da mdia, ficando os superdotados escondidos nas salas de aula comuns,como se os seus talentos fossem invisveis. Assim, esta dotao em potencial, se no for

    desenvolvida, pelo ambiente e o meio escolar, ficar no estado de latncia. Metodologia: Trata-se deum estudo do tipo survey, realizado em maro de 2010, junto a professores da rede Municipal eEstadual de Assis SP. A amostra, por convenincia, foi formada por 30 professores do 5 ano, darede Municipal, e 39 professores do 6 ano, da rede Estadual, Regio de Assis SP. Os participantestm idade mdia 41 ( 11) anos, 61 do sexo feminino, tendo, em mdia, 15 ( 9) anos de experinciana Educao. Um questionrio com 26 questes, annimo e auto-aplicvel, foi enviando aosdocentes, e os dados daqueles que enviaram o questionrio, compe-se a amostra aqui estudada.Resultados: Questionados sobre se somente com um teste de QI pode-se verificar se um aluno dotado ou no, 24 (34.8%) professores no souberam opinar e 8 (11.6%) concordaramcompletamente com a questo. Neste contexto, no se observou diferena estatisticamentesignificante na opinio dos professores do 5 ano e do 6 ano. Na opinio dos professores, um alunodotado e talentoso seria: ou bagunceiro e tiraria notas excelentes (60.9); ou quieto na sala de aula etiraria notas excelentes (53.6%), ou bagunceiro e no gosta de tomar notas e escrever na aula

    (20.3%). A maioria dos professores (91.3%) disse achar possvel perceber algum aluno que sejadotado no ambiente da sala de aula, contudo, 68.1% deles disseram no ter ainda percebido algumaluno com essas caractersticas nas suas turmas. Um pouco mais que a metade dos docentes(52.2%) disse que saberia trabalhar com um aluno dotado na sua classe regular. Contudo quandoquestionados qual a metodologia que eles usariam com estes alunos, muitos disseram que a mesmautilizada com o restante da turma. Concluses: Verificou-se que a existncia de conceitos errneosem relao ao aluno dotado/talentoso dificulta um olhar diferenciado do professor quanto aosprocessos de ensino e de aprendizagem desse alunado. A Instituio Escolar ainda esta pautada nalinearidade da aprendizagem, sendo necessria uma estruturao de currculos e atividades queatendam s caractersticas especficas desse aluno, o que inclui a capacitao/orientao dodocente.Palavras-chave: Dotao e Talento. Identificao. Ambiente escolar.

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    Introduo

    No Brasil, a ateno s altas habilidades se deu [...] nos anos 1930, quando Leoni Kaseffpublica a Educao dos Supernormais. [ ] em 1942, Ulisses Pernambuco, j recomendava o incio de

    trabalho dirigido ao superdotado, tratando de sua identificao por meio de um teste usado peloexrcito americano na 1 Guerra Mundial (CUPERTINO, 2008, p. 12). Contudo,

    diferentemente da maioria dos pases do mundo, a superdotao no Brasil predominantemente ignorada, quando se trata da prtica educacional. rgosencarregados do estabelecimento das diretrizes de Educao e Sade tm comohbito inclu-la, quando deliberam sobre Educao Especial. Como nos casos dasdeficincias, a superdotao deve ser avaliada, oferecendo-se ao indivduocondies educacionais adequadas ao seu potencial. Na prtica, no o queacontece, salvo em casos isolados muito raros. Num pas de carncias, no seconsidera relevante o atendimento diferenciado a quem j foi privilegiado com umdom especial. Os superdotados esto escondidos nas salas de aula comuns, comose os seus talentos fossem invisveis (CUPERTINO, 2008, p. 10, grifo nosso).

    Corroborando com este fato, Guenther diz que carncias, falhas, inibio e dificuldades frenteao processo de aprender, so eventos prontamente reconhecidos, e amplamente investigados emEducao, formando o core da Educao Especial. A autora continua dizendo que [...] a mesmaintensidade e amplitude de interesse no se verifica em presena de sinais de facilidade,profundidade, rapidez e eficincia em aprender (GUENTHER, 2009, p. 299).

    O que se nota, so poucas as oportunidades educacionais oferecidas aos alunossuperdotados para desenvolver, de forma plena, as suas capacidades no mbito escolar regular.Segundo Alencar:

    [...] o ambiente educacional tpico no est preparado para atender de formaadequada as necessidades desse aluno. De modo geral, o ensino regular direcionado para o aluno mdio e abaixo da mdia, e o superdotado, alm de serdeixado de lado neste sistema, visto, muitas vezes, com suspeita por professores

    que se sentem ameaados diante do aluno que questiona, que os pressiona, muitasvezes, com suas perguntas e comentrios (ALENCAR, 2003, p. 2).

    Segundo as autoras Monte e Santos (2004, p. 11), uma possvel explicao para este cenrioso os vrios mitos sobre o superdotado, freqentes em nossa sociedade, que constituem entrave proviso de condies favorveis sua educao.

    Os termos e expresses Altas Habilidades, Boa dotao, Capacidade elevada, Desempenhonotvel, Dotao, Superdotao e Talento, usados amplamente na rea de Educao Especial e nomeio acadmico, continuam arraigados no pensamento popular, dificultando tanto a identificaoquanto a proviso de condies favorveis a esses alunos. No h se quer um conceito uniforme naliteratura especializada, [...] situao que Gagn denomina catica, em termos de conceituao(GAGN e GUENTHER, 2009, p. 300).

    Tem-se ainda [...] a concepo da superdotao como um fenmeno raro, acreditando-se quepoucas crianas e jovens poderiam ser considerados superdotados, em funo da idia de que estesnecessariamente apresentam habilidades excepcionalmente elevadas (ALENCAR, 2003, p. 7).Superdotao tem sido, ainda, vista, erroneamente, como genialidade. Esses termos, entretanto, noso sinnimos. O gnio seria aquele indivduo reconhecido por ter dado uma contribuio original ede grande valor para a sociedade (por exemplo, Einstein, Darwin, Picasso) (MONTE e SANTOS,2004, p. 12).

    Segundo GUENTHER (2009, p. 300) [...] o caos agravado com instrues oficiais quedificultam aprofundar e clarear conceitos, por usar indiscriminadamente uma terminologia caseira,expressa em termos vagos como superdotao altas habilidades talentos em lugar dosconstrutos conceituais.

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    A autora continua dizendo que:Ao que parece a confuso foi iniciada quando ao traduzir do ingls os termosgiftedness e gifted que significam literalmente dotao, (gift: prenda, presente;ness: essncia, natureza), e dotado (que tem dotao), foi enxertado o prefixo

    Super. [...] Para amenizar o efeito, buscou-se na Europa a expresso inglesa,High Ability, em portugus capacidade elevada, que tambm foi mal traduzidapara Altas Habilidades [...] no que perdeu a essncia do conceito. [...] Talento vaiemergindo como um termo aceitvel mas, por ser um construto diferenciado, nodeve ser usado como complemento, ou sinnimo de dotao. Esse caos mais quesimples dissidncia semntica, pois conceitos mal assentados, expressos em termosimprecisos, criam um cenrio de muitas palavras para poucas idias, o que gerainsegurana e rejeio pela rea, e dificulta qualquer iniciativa de trabalho educativo(GUENTHER, 2009, p. 300).

    O professor tem fundamental importncia na identificao desse alunado. o professor que,atravs do contato dirio com o aluno, pode perceber sinais de um potencial superior e, assim, fazeruma primeira identificao desse indivduo (MAIA-PINTO, 2002, p. 80). Porm este mesmoprofessor, quando busca informaes (em documentos oficiais, pesquisas cientficas e mesmo em

    dicionrios) a respeito do assunto, que possam dar suporte ao seu trabalho, depara-se com umarealidade onde h diversos termos muitas vezes tratando do mesmo conceito.

    Os documentos oficiais, que regem toda a Educao Especial brasileira, trazem estes termoscunhados no senso comum. O primeiro registro feito foi em 1929, quando a Reforma do EnsinoPrimrio, Profissional e Normal do Estado do Rio de Janeiro previu o atendimento educacional dossuper-normais (DELOU, p. 1, grifo nosso)

    No ambito Federal, a Lei 4024 dedicou os Artigos 8 e 9 educao dos excepcionais,palavra cunhada por Helena Antipoff para referir-se aos deficientes mentais, aos que tinhamproblemas de conduta e aos superdotados (DELOU, p. 1, grifos nossos)

    Em 1994, no s o atendimento aos superdotados foi agregado Declarao de

    Salamanca, como pretendeu-se ressignificar o conceito. Todavia o resultado foram amudana de termos de superdotados para altas habilidades e a excluso daconjuno alternativa ou que possibilitava aos alunos com fracasso escolar seremidentificados por suas altas potencialidades (DELOU, p. 2, grifos nossos)

    J o Plano Nacional de Educao, LEI No 10.172 de 2001, inclui o termo talento quando definique educao especial se destina s pessoas com necessidades especiais no campo daaprendizagem, originadas quer de deficincia fsica, sensorial, mental ou mltipla, quer decaractersticas como altas habilidades, superdotao ou talentos (BRASIL, 2001, p. 55. grifosnossos).

    Ento, na Resoluo CNE/CEB N 2 de 2001 - Diretrizes Nacionais para a Educao Especial

    na Educao Bsica, no seu Art. 5 Consideram-se educandos com necessidades educacionaisespeciais os que, durante o processo educacional, apresentem: [...] III altashabilidades/superdotao, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamenteconceitos, procedimentos e atitudes (BRASIL, 2001, p. 2, grifo nosso). Colocando dessa forma, altashabilidades como sinnimo de superdotao, e mais, imprimindo o termo superdotado, que estariamais ligado ao conceito de gnio, a uma descrio que no condiz com este conceito.

    Boa parte dos artigos cientficos ainda utiliza o termo superdotao por seguir os documentoslegais. Contudo as terminologias dotao e talento vm ganhando mais destaque na comunidadecientfica.

    Dotao designa posse e uso de notvel capacidade natural, (aptido) em pelomenos um domnio de capacidade humana, entre pelo menos os 10% superiores nogrupo comparvel. Talento designa alto desempenho e maestria em habilidades

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    sistematicamente desenvolvidas, (conhecimento ou realizao), em algum campo deatividade humana, entre pelo menos os 10% superiores no grupo comparvelexercendo atividade naquele campo (GAGN e GUENTHER, 2009, p.300, grifosnossos).

    Um exemplo de que a existncia de dois termos no significa a existncia de dois conceitosdiferenciados, visto em Pocinho (2009) quando diz que para Gagn [...] a sobredotao umaherana gentica, enquanto os talentos so o produto de uma interao de predisposies naturaiscom o ambiente, ou seja, com os contextos fsicos e sociais que envolvem o indivduo,nomeadamente a famlia e a escola. O densenvolvimento de talentos , em grande parte, influenciadopela aprendizagem pela prtica (POCINHO, 2009, p. 5, grifos nossos).

    Quando h tentativa de diferenciar os dois termos, nas publicaes, a distino expressa de formas inconsistentes: alguns aplicam o termo dotado para elevadacapacidade cognitiva e talentoso para outras formas de excelncia, por exemploem artes ou esportes; outros consideram dotao como um nvel mais elevado deexcelncia que talento; outros associam dotao com formas maduras deexpresso, e talento com capacidade ainda no desenvolvida (OERI, 1993, apud.

    GAGN e GUENTHER, 2009, p. 300).

    O Quadro 1 trs alguns conceitos encontrados em dicionrios populares (FERREIRA, 1972),(FERREIRA, 1975), (CUNHA, 1997) e (HOUAISS e VILLAR, 2001).

    Quadro 1: Conceitos extrados de dicionrios populares, segundo o ano de publicao.Dicionrio 1972 Dicionrio 1975 Dicionrio 1997 Dicionrio 2001

    Capacidade Qualidade que apessoa ou coisatem de satisfazera certo fim;aptido; honradez;pessoa degrandes aptides.

    Qualidade quepessoa ou coisatem de satisfazerpara umdeterminado fim;habilidade, aptido.Pessoa de grandeilustrao ouaptido; talento,sumidade.

    Habilidade,aptido. Do lat.capcits-tis(capacitar). Doing. Capacitor(capaz). Do lat.capx-cis(capaz, apto).

    Qualidade oucondio de capaz;habilidade fsica oumental de umindivduo; aptido,percia. Fig.Faculdade oupotencial para lidarcom (sentimentos,experincias etc.).p.met. pessoa demuito talento,grande saber,ilustrao ouhabilidade.

    Curioso Desejoso de ver;saber; desvendar;diligente;indiscreto; raro;interessante. [...]indivduo queembora semconhecimentostericos; de tudoentende algumacoisa.

    Cuidadoso, zeloso.Que mereceateno, despertainteresse. Indivduoque, embora semconhecimentostericos, entende demuita coisa; prtico.Profissional semdiploma.

    adj. orig.cuidadoso,zeloso.ext. que temdesejo de ver,saber, informar-se, desvendar.Do lat.incurisits-tis(curioso).

    Que ou aquele quee ou se comportade modo zeloso,cuidadoso. Que ouquem manifestadesejo de ver,ouvir, experimentar,ficar conhecendo.Que ou quemmostra vontade deaprender,pesquisar, saber.

    Dotao Ato de dotar (dar dote).

    Ato de dotar. No hdefinio.

    Ao, processo ouefeito de dotar.Etim. Dotar + co.

    Dote (fig.) dom natural; Dom natural; Dom natural, Fig. Qualidade

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    merecimento;prenda de espritoou formosura.

    merecimento;predicado moral,fsico ou intelectual.

    merecimento.Do lat. ds-tis(dotao)

    aprecivel, mritode uma pessoa oudom natural;ddiva, prenda.

    Gnio (fig.) alto grau decapacidade mentalcriadora emqualquer sentido;ndole; carter;temperamento;potnciaintelectual.

    Altssimo grau, ou omais alto, decapacidade mentalcriadora, emqualquer sentido.Indivduo deextraordinriapotncia intelectual.

    Talento, domnatural.Do lat. genius(genial).

    Aptido naturalpara algo; dom.Extraordinriacapacidadeintelectual,notadamente a quese manifesta ematividades criativas.Aquilo que distintivo numanao.

    Habilidade Qualidade dehbil; inteligncia;capacidade.

    Qualidade oucarter de hbil. Dolat. habilitate.

    No hdefinio.

    Qualidade oucaracterstica dequem hbil.

    Altashabilidades

    No h definio. No h definio. No hdefinio.

    No h definio.

    Precoce Prematuro;antecipado;temporo.

    Do lat. praecoce.Prematuro,antecipado,temporo. Diz-sedas pessoas comdeterminadasfaculdadesprematuramentedesenvolvidas:

    criana precoce.

    No hdefinio.

    Que muito cedodemonstracapacidades ouhabilidadesprprias decrianas maisvelhas antes dotempo, prematuro.

    Superioridade Qualidade do que superior;vantagem.

    Qualidade do que superior. Vantagem,primazia.

    No hdefinio.

    Posio oucondio de sersuperior ou estarmais adiantadocom relao aoutro(s); vantagem.

    Superdotado No h definio. De super + dotado.Adj. e s.m. Bras.Diz-se de, ouindivduo dotado deinteligncia invulgar.

    No hdefinio.

    Adj.s.m. B que ouaquele que dotado deinteligncia superior mdia.

    Talento (fig.) aptido

    natural ouhabilidadeadquirida;inteligncia;intelignciaexcepcional;engenho.

    Fig. Aptido natural,

    ou habilidadeadquirida.Intelignciaexcepcional;engenho. P. ext.Pessoa talentosa.Pop. Fora fsica;pulso, vigor, alento.

    Inteligncia

    excepcional;aptido natural,ou habilidadeadquirida. Dolat. talentum-i(talentoso).

    Intelecto notvel,

    que se afirma pormritosexcepcionais. P.ext. aptido,capacidade inataou adquirida. Infrm.Fora fsica; vigor,alento.

    O que se nota a impreciso lingustica, para se definir ou caracterizar uma conceituaocientfica. O que Inteligncia, como um conceito cientfico?

    preciso perceber que a Dotao no segue um padro estabelecido, para seu surgimento,numa determinada etnia, regio ou sociedade, como sendo um fator biolgico determinada pelo

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    acaso e a necessidade. Ao contrrio, do Talento, que envolve os estmulos proporcionados peloambiente, pela valorao social.

    Importa adotar um conceito de sobredotao que no se confina inteligncia abstrata ou aprendizagem escolar, passando, por exemplo, a incluir-se tambm, as habilidades sociais, a

    liderana ou a criatividade, variveis mais associadas personalidade, motivao e aos prprioscontextos de vida (POCINHO, 2009, p. 4).

    Esta dotao em potencial, se no for desenvolvida, pelo ambiente e o meio escolar, ficar noestado de latncia. Assim a importncia de se verificar como o professor interpreta esses termos e osutiliza para a identificao de seus alunos.

    Objetivo

    Investigar se concepes errneas e mitos a respeito da superdotao/altas habilidadesinfluenciam na percepo do professor sobre esse tipo de aluno. Verificando ainda se h diferena napercepo do professor de turma (5 ano) e do professor de disciplina (6 ano).

    Mtodos

    Trata-se de um estudo do tipo survey, realizado em maro de 2010, junto professores darede Municipal e Estadual de Assis SP.

    Amostra

    Trata-se de uma amostra, por convenincia, formada por 36 professores do 5 ano, da redeMunicipal, e 71 professores do 6 ano, da rede Estadual, de Assis SP.

    Os participantes tm idade mdia de 41 anos (dp = 11), 90 do sexo feminino, tendo, emmdia, 15 (dp = 9) anos de servio na Educao.

    Um questionrio de levantamento de opinio, com 26 questes, annimo e auto-aplicvel, foienviando aos docentes, pela Secretria Municipal da Educao (5 ano) e pela Diretoria de EnsinoRegio de Assis (6 ano), solicitando que os mesmos, gentilmente, o respondessem e entregassemem duas semanas.

    Com os dados daqueles que enviaram o questionrio, compe-se a amostra aqui estuda.

    Resultados e Discusso

    Segundo os professores talento e gnio so as palavras mais ouvidas no meio social, namdia e no meio escolar, sendo que neste ltimo tambm aparece a palavra desempenho notvel(Tabela 1).

    Tabela 1: Indicao dos professores de palavras mais ouvidas no meio social, mdia e escolar. Assis,2010.Meio social

    n (%)Mdian (%)

    Meio escolarn (%)

    Altas habilidades 54 (50.5) 34 (31.8) 45 (42.1)Boa dotao 9 (8.4) 12 (11.2) 8 (7.5)Capacidade elevada 55 (51.4) 47 (43.9) 48 (44.9)Desempenho notvel 63 (58.9) 61 (57.0) 57 (53.3)Dotao 23 (21.5) 29 (27.1) 18 (16.8)Superdotao 58 (54.2) 70 (65.4) 43 (40.2)Talento 87 (81.3) 82 (76.6) 77 (72.0)Gnio 81 (75.7) 85 (79.4) 57 (53.3)Outra 5 (4.7) 2 (1.9) 4 (3.7)

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    Note: cada professor podia escolher mais de uma alternativa em cada questo.

    Na opinio dos professores, a palavra superdotao empregada atualmente na legislao eexplorada pela mdia, traz geralmente mais rejeio. Para eles talento, desempenho notvel e

    capacidade elevada so palavras de mais fcil compreenso e, talento seria aquilo que a pessoatraz consigo ao nascer (Tabela 2).

    Tabela 2: Opinio dos professores em relao a aplicabilidade de alguns termos. Assis, 2010.n (%)

    mais apropriado ao meio escolar.Desempenho notvel 52 (48.6%)

    Altas habilidades 40 (37.4%)Refere-se mais ao que a pessoa traz consigo ao nascer.

    Talento 58 (54.2%) mais fcil de compreender.

    Talento 36 (33.6%)Desempenho notvel 35 (32.7%)Capacidade elevada 34 (31.8%)

    desenvolvido mais pelo ambiente.Altas habilidades 47 (43.9%)

    Desempenho notvel 35 (32.7%)No uma noo muito clara.

    Boa dotao 36 (33.6%)Desempenho notvel 32 (29.9%)

    Depende mais de ensino e treino.Altas habilidades 51 (47.7%)

    Desempenho notvel 50 (46.7%) usado mais pela legislao e documentao oficial.

    Superdotao 32 (29.9%)Altas habilidades 31 (29.0%)

    Leva mais a rotulao.Superdotao 84 (78.5%)

    mais explorado pela mdia.Superdotao 60 (56.1%)

    Talento 47 (43.9%)Traz geralmente mais rejeio.

    Superdotao 61 (57.0%)Note: cada professor podia escolher mais de um termo em cada afirmao.

    Questionados se somente com um teste de QI possvel verificar se um aluno superdotadoou no, 58 (54.2%) professores, independente da srie que leciona, disse discordar completamenteda afirmao. Embora 11 (10.3%) deles disseram concordar completamente. Os demais, 35.5% nosouberam opinar. No houve diferena estatisticamente significante entre os professores do 5 e 6ano.

    As opinies em relao s caractersticas que um aluno talentoso apresentaria tiveramdivergncias entre os professores. Para 62 (57.9%) deles, estes alunos seriam bagunceiros e tirariamnotas excelentes. Por outro lado, para 61 (57.0%) deles, esses seriam quietos e tirariam notasexcelentes.

    Para 93 (86.9%) participantes, possvel perceber algum aluno que seja superdotado noambiente da sala de aula, independente do tipo de professor (5 ou 6 ano). Contudo, 74 (70.1%)deles disseram nunca ter conseguido perceber algum aluno assim nas suas turmas, mesmo paraaqueles com 11 anos de carreira ou mais, 45 (60.1%).

    Metade dos professores 53 (50.5%), em 105 respondentes, disse que no saberia trabalharcom esse alunado na classe regular, sendo 35 (66.0%) tendo entre 5 a 20 anos de experincia.

    No. Acredito que alunos dotados acabam atrapalhando o andamento da aula.(Docente do 5 ano)

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    No. Porque o aluno dotado aceita mal as aulas comuns, ficam entediados edesinteressados. (Docente do 5 ano)

    No. Porque ficamos presos a contedos programados para aquela srie que

    lecionamos. (Docentes do 5 ano)

    No. J temos dificuldades para fazer com que um aluno que tenha dificuldadesacompanhe a matria, um dotado necessitaria de mais ateno e que asexplicaes fossem mais dinmicas e rpidas, diferente de um aluno convencional.(Docente do 6 ano)

    Questionados a respeito da metodologia que usariam se tivessem um aluno com altashabilidades em sala de aula, alguns professores escreveram:

    A mesma metodologia utilizada com os demais alunos. (Docente do 5 ano).

    Colocaria ele para me auxiliar com outros alunos. (Docente do 5 ano).

    A metodologia dever ser igual, pois ele deve ser includo junto aos demais. Na salah diferenas individuais que devem ser respeitadas. (Docente do 6 ano).

    Outros escreveram:Primeiro investigaria que rea ele apresenta dotao e o qu e o quanto j conhecedo assunto, e ento, prepararia atividades que instigassem ainda mais a vontade deconhecimento/saber desse aluno (docente do 6 ano).

    Procuraria trazer atividades a parte, diferenciando das da sala de aula (docente do6 ano).

    Propor atividades de aprofundamento fora do mbito escolar (docente do 6 ano).

    Para muitos docentes os principais aspectos que dificultam a identificao de alunosdotados no ambiente escolar so as classes lotadas, 26 (24.3%), e a falta de preparo/conhecimentodos professores, 24 (22.4%).

    A falta de informao dos profissionais na rea, pois a preocupao maior daeducao com os que tm dificuldades na aprendizagem. (Docente do 5 ano).

    Porque a escola se preocupa sempre com o aluno que no se dedica e nunca ocontrrio. (Docente do 6 ano)

    s vezes o prprio aluno tenta se comportar igual aos demais, para no sofrerdiscriminao dos colegas (por exemplo, ser chamado de cdf). (Docente do 6 ano).

    Estrutura escolar; falta de formao e ausncia de polticas pblicas. (Docente do5 ano).

    A classe numerosa, a falta de uma orientadora pedaggica, uma psicloga.(Docente do 6 ano).

    Quando indagados sobre como se sentiriam caso soubessem que receberiam alunossuperdotados em sua classe, verificou-se opinies diversas. Preocupada, ansiosa, receio,insegurana, confusa so alguns exemplos das opinies dadas.

    Perdida.... (Docente do 6 ano).

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    Ansiosa e preocupada, pois trabalhamos com a diversidade, heterogeneidade detodos os nveis e fatores. (Docente do 6 ano).

    Ficaria preocupada, pois no sabemos como lidar com estes alunos, mas iriaprocurar trabalhar da melhor maneira possvel. (Docente do 5 ano)

    Curiosa e apreensiva, pois requerem uma ateno especial e em sala lotada, isso impossvel. (Docente do 6 ano)

    Porm tambm verificou-se opinies positivas neste contexto, tais como:

    Expectante!. (Docente do 5 ano).

    Seria um privilgio, pois o professor se sente estimulado com novos desafios.(Docente do 6 ano)

    Satisfeita estes seriam o espelho para que a classe em si buscasse mais [...].(Docente do 6 ano)

    Me sentiria privilegiada e entusiasmada, pela contribuio que esse aluno agregarpara ns. (Docente do 6 ano)

    E tambm sentimento de naturalidade:

    De maneira natural. A sala de aula um espao democrtico, heterogneo [...].(Docente do 6 ano).

    Despreocupada. (Docente do 6 ano).

    Normal, procuraria inclu-lo junto aos demais alunos da sala. (Docente do 6 ano)

    O professor profissional da educao, se no estivesse preparado faria o CursoEspecializado para tal fim. (Docente do 5 ano)

    DISCUSSO

    Todo o processo educativo da sociedade e voltado para atender a media da populao, quepela probabilidade, focando a capacidade: 70% da populao tem capacidade media e com umavariao de 10% abaixo e 10% acima, perfazendo uma faixa de 90% que so considerados normais.Mas nos extremos da curva de Gauss, se localiza uma faixa de indivduos consideradosexcepcionais, num percentual de 3 a 5%,tanto para cima como para baixo. Do lado direito da curvaesto os de capacidade elevada, que so o objeto do nosso estudo.

    Definindo capacidade como poder de aprender, gerada por uma motivaointerior, levando o individuo a querer saber e aprender. Este aprender ocorre por diversas vias, comodiz Comb (1977) e Guenther (2005): ensino comunicao imitao- vivncia observao experimentao reflexo formao de conexes intuio... ou seja qualquer situao onde sepossa utilizar as configuraes neuro-fsico-mentais j formadas para o processo aprendizagem.

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    No Brasil, existe um caos gerado pela terminologia e o conceito cientifico, para se designar pessoascom capacidade elevadas. Vamos ento recorrer ao dicionrio e pesquisar a raiz etimolgica daspalavras mais usadas para esta designao.Pesquisa em dicionrio:

    Dotado que recebeu dote; prendado [dote ( Do latim dos, dotis )] Dote (dinheiro oupropriedades, que algum da, espontnea e gratuitamente a uma noiva ou a uns noivos,para acrscimo dos bens destes . Figurado: merecimento; boas qualidades; prenda.Dotao Ato de dotar; renda destinada a manuteno de pessoa ou corporao.Habilidade (Do latim habilitas ) qualidade de quem e hbil; inteligncia; capacidade,jeito, destreza;conhecimento tcnico. Hbil - do latim habil. que sabe executar, que faz bem; que faz alguma coisacom perfeio, que tem maestria.Talento[Do grego (balana)] - Aptido natural ou habilidade; inteligncia; engenho.1. engenho ; uma habilidade especial de fazer algo - eu no tenho talento nenhum para a musica2. uma pessoa com talento - este cantor foi descoberto num show de talentos3. antiga unidade de massa4. antiga moeda (grega).Para o ingls, a palavra Talent s tem os 2 primeiros significados.Para o espanhol; italiano; francs: tambm tem a conotao de antiga unidade de massa alm dasduas primeiras.Talentoso que tem talento; inteligente.

    Pelo que se nota a priori, e a impreciso lingustica, para se definir oucaracterizar uma conceituao cientifica. O que e Inteligncia, como um conceito cientifico? E odomnio da capacidade humana de se expressar principalmente atravs da funo cognitiva docrebro localizada no crtex, hemisfrio esquerdo.( Guenther,2010 )

    A partir desta conceituao vemos que a capacidade humana, e um dotegentico, podemos ento caracterizar como dotado quem a traz. Assim todos os seres humanos soDotados, porque trazem consigo sempre uma carga gentica, que poderamos classifica-la com maisou menos dotao, dependendo, do foco de estudo.

    Quanto a palavra HABILIDOSO ou TALENTOSO, se considerarmos as razesdas palavras e seus significados, o mais logico seria a utilizao da palavra HABILIDOSO. Mas, aspalavras habilidade, que nos da a ideia de desenvolvimento relacionado a parte motora ou agilidadede pensamento, algo que possa ser treinvel, ensinvel e talento poderemos relacionar a umahabilidade inata que e desenvolvida. O grande problema de ter uma definio adequada e a lnguaportuguesa, com muito sinnimos e vrios significados que nela existem, dependendo dacontextualizao.

    Estas ambiguidades deveriam ser abolidos pelo meio cientifico da rea de psicologia como,adotar uma denominao e um nico significado para aquela rea do conhecimento, evitaria assimestas polemicas.

    Como quando perguntaram a Schrodinger, porque no escrevia na linguagemno-matemtica a relao intrnseca da noo antes e depois com causalidade e efeito, j que noesquema matemtico, no era to complicada. Ele respondeu, A linguagem cotidiana e prejudicial,pois esta de tal forma imbuda da noo de tempo - no se pode usar um verbo sem utiliza-lo emalguma conjugao. Nossas percepes sensoriais declaradamente constituem nosso nicoconhecimento sobre as coisas. O mundo objetivo continua sendo uma hiptese, apesar de natural.

    Quando, pela lgica, chegamos aos conceitos, estes podem ser analgicos ou analticos. Nosconceitos analgicos ha uma relao de correspondncia que se da por meio de comparaes entreuniversos de significao diferente. J nos conceitos analticos, so usados instrumentos de anliseque registram aspectos inteligveis de realidade, seus atributos e caractersticas.

    Temos, pois, o mundo exterior, que percebemos, analisamos e interpretamos e chegamos,ento, aos conceitos. Podemos resumir isto da seguinte forma:Mundo exteriorPercepo + memoria + inteligncia + linguagem

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    Como foi dito anteriormente que vivemos, pensamos e escolhemos dentro de uma construosocial, embasada por um pensamento lgico, podemos dizer ento neste contexto que intelignciatambm se refere a lgica no apenas como disciplina ou linguagem cientifica. Piaget se referia algica e a matemtica, como construes humanas e necessrias, elas no esto na experincia,

    ainda que s se possam abstrair ou generalizar a partir delas. O ambiente impede ou favorece asescolhas e coordena as perspectivas.

    Segundo Gardner (2001), medida que uma capacidade valorizada por uma cultura, elapassa a contar como uma inteligncia; porm na ausncia deste endosso cultural ou de campo, acapacidade no seria considerada uma inteligncia, e a inteligncia ou inteligncias so sempre umainterao entre as inclinaes biolgicas e as oportunidades de aprendizagem que existem em dadacultura.

    Outros autores quantificam, por meio de testes, as formas e as variedades de inteligncia e aimaginam como algo predeterminado e insensvel a experincia. Outros ainda pensam a intelignciacomo um outro nome para as nossas necessidades e possibilidades de aprender, sujeitas ascontingencias que determinam nossas experincias, cujo contexto favorece ou perturba seudesenvolvimento em uma direo ou outra.

    A princpio Gardner subestimou o componente gentico ou biolgico que leva a formao dainteligncia geral ou genrica com a qual as pessoas nascem dotadas, mas ainda no se tem ideiaformada sobre essa inteligncia. Para no haver confuso ele fala de uma inteligncia geral se dividiem inteligncias mltiplas, que por sua vez tambm se subdividem em muitas outras, que ele chamoude subinteligncias. Nas suas pesquisas dentro do Projeto Zero da Universidade de Havard, apontatrs caractersticas que diferenciam as crianas superdotadas, ou seja dotadas e talentosas, so aprecocidade, a insistncia em fazer as coisas a seu modo e o que chamam de fria por dominar.Guenther (2010) deixa bem claro que nem sempre a precocidade em tenra idade significa dotao etalento.

    Pelo que podemos inferir o termo inteligncia apresenta enorme complexidade. Ha quempense (Izquierdo, 2003) que o termo no da mais conta dessa complexidade, para Piaget (1936) desastroso fragmenta-la, para Gardner (1994), uma fragmentao sacrificando tragicamente suaunidade, para no falar das confuses conceituais (Marques e Becker, 1999) de Goleman (1995), quetenta, fundir no s capacidades cognitivas e emocionais, mas tambm as motoras ou voluntarias notermo inteligncia emocional.

    Visando atender estas crianas, principalmente as carentes, por serem discriminadassocialmente, o CEDET foi criado para mostrar a necessidade de se investir neste potencial porqueso recursos humanos que esto sendo desperdiado em detrimento de nosso prpriodesenvolvimento como Nao, produtora de tecnologia, que determina se ou no desenvolvida.

    CONCLUSES

    O processo de incluso requer uma mudana de valores e de atitude por parte de toda asociedade e, como todo processo que envolve mudanas, se d de forma lenta. Amaro e Macedo

    (2001) apontam que a lgica de excluso tem permeado a prtica educacional, mas deve-se suporque, uma vez iniciada uma prtica voltada para a reflexo, construo dinmica do conhecimento emobilizao de esquemas e recursos, ser mais fcil de enfrentarmos os desafios colocados para abusca de uma Educao e Sociedade mais justa, humana, solidria e cooperativa (Macedo, 1001, p.11).

    A incluso requer, tambm, uma preparao para lidar com a diversidade. necessrio que aescola reflita e crie novas formas de ensinar, na qual todos os alunos possam participar sendoimportante lembrar que incluso no implica igualdade e, sim, eqidade. Incluso no querabsolutamente dizer que somos todos iguais. Incluso celebra, sim, nossa diversidade e diferenascom respeito e gratido (Forest & Pearpoint, 1997, p. 138). Mantoan (1997) aborda ainda duasoutras caractersticas que considera como sendo importantes para a concretizao do projeto deincluso. A importncia da disponibilidade interna de cada professor para lidar com o aluno diferente

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    e benefici-lo com o processo de educao, e pontua a necessidade de eliminao ou diminuio dosobstculos que impedem que todos os alunos progridam (p.125).

    BIBLIOGRAFIA

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    Crosstab

    DOCENTE

    Total5 ANO 6 ANOQ20 SIM Count 33 60 93

    % within DOCENTE 91,7% 84,5% 86,9%

    NO Count 3 11 14

    % within DOCENTE 8,3% 15,5% 13,1%

    Total Count 36 71 107

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    CrosstabDOCENTE

    Total5 ANO 6 ANO

    Q21 SIM Count 9 23 32

    % within DOCENTE 25,0% 32,4% 29,9%

    NO Count 27 48 75

    % within DOCENTE 75,0% 67,6% 70,1%

    Total Count 36 71 107

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    Crosstab

    DOCENTE

    Total5 ANO 6 ANO

    Q22 SIM Count 18 34 52

    % within DOCENTE 50,0% 49,3% 49,5%

    NO Count 18 35 53

    % within DOCENTE 50,0% 50,7% 50,5%

    Total Count 36 69 105

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    14

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    Q20 * DOCENTE * TEM_SERV_CLASSES Crosstabulation

    TEM_SERV_CLASSES DOCENTE

    Total5 ANO 6 ANO0 A 4 Q20 SIM Count 4 5 9

    % within DOCENTE 100,0% 62,5% 75,0%

    NO Count 0 3 3

    % within DOCENTE ,0% 37,5% 25,0%

    Total Count 4 8 12

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    5 A 10 Q20 SIM Count 9 14 23

    % within DOCENTE 100,0% 87,5% 92,0%

    NO Count 0 2 2% within DOCENTE ,0% 12,5% 8,0%

    Total Count 9 16 25

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    11 A 20 Q20 SIM Count 9 23 32

    % within DOCENTE 90,0% 82,1% 84,2%

    NO Count 1 5 6

    % within DOCENTE 10,0% 17,9% 15,8%

    Total Count 10 28 38

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    21 A 43 Q20 SIM Count 11 17 28

    % within DOCENTE 91,7% 94,4% 93,3%

    NO Count 1 1 2

    % within DOCENTE 8,3% 5,6% 6,7%

    Total Count 12 18 30

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    15

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    Q21 * DOCENTE * TEM_SERV_CLASSES Crosstabulation

    TEM_SERV_CLASSES DOCENTE

    Total5 ANO 6 ANO0 A 4 Q21 SIM Count 0 1 1

    % within DOCENTE ,0% 12,5% 8,3%

    NO Count 4 7 11

    % within DOCENTE 100,0% 87,5% 91,7%

    Total Count 4 8 12

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    5 A 10 Q21 SIM Count 3 4 7

    % within DOCENTE 33,3% 25,0% 28,0%

    NO Count 6 12 18% within DOCENTE 66,7% 75,0% 72,0%

    Total Count 9 16 25

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    11 A 20 Q21 SIM Count 2 11 13

    % within DOCENTE 20,0% 39,3% 34,2%

    NO Count 8 17 25

    % within DOCENTE 80,0% 60,7% 65,8%

    Total Count 10 28 38

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    21 A 43 Q21 SIM Count 4 6 10

    % within DOCENTE 33,3% 33,3% 33,3%

    NO Count 8 12 20

    % within DOCENTE 66,7% 66,7% 66,7%

    Total Count 12 18 30

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    16

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    Q22 * DOCENTE * TEM_SERV_CLASSES Crosstabulation

    TEM_SERV_CLASSES DOCENTE

    Total5 ANO 6 ANO0 A 4 Q22 SIM Count 2 2 4

    % within DOCENTE 50,0% 25,0% 33,3%

    NO Count 2 6 8

    % within DOCENTE 50,0% 75,0% 66,7%

    Total Count 4 8 12

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    5 A 10 Q22 SIM Count 3 6 9

    % within DOCENTE 33,3% 37,5% 36,0%

    NO Count 6 10 16% within DOCENTE 66,7% 62,5% 64,0%

    Total Count 9 16 25

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    11 A 20 Q22 SIM Count 4 13 17

    % within DOCENTE 40,0% 50,0% 47,2%

    NO Count 6 13 19

    % within DOCENTE 60,0% 50,0% 52,8%

    Total Count 10 26 36

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    21 A 43 Q22 SIM Count 8 12 20

    % within DOCENTE 66,7% 66,7% 66,7%

    NO Count 4 6 10

    % within DOCENTE 33,3% 33,3% 33,3%

    Total Count 12 18 30

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    17

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    Q18 * DOCENTE * TEM_SERV_CLASSES Crosstabulation

    TEM_SERV_CLASSES DOCENTE

    Total5 ANO 6 ANO0 A 4 Q18 CONCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 1 1 2

    % within DOCENTE 25,0% 12,5% 16,7%

    NO SEI OPINAR Count 1 2 3

    % within DOCENTE 25,0% 25,0% 25,0%

    DISCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 2 5 7

    % within DOCENTE 50,0% 62,5% 58,3%

    Total Count 4 8 12

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    5 A 10 Q18 CONCORDOCOMPLETAMENTE

    Count 1 2 3% within DOCENTE 11,1% 12,5% 12,0%

    NO SEI OPINAR Count 3 3 6

    % within DOCENTE 33,3% 18,8% 24,0%

    DISCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 5 11 16

    % within DOCENTE 55,6% 68,8% 64,0%

    Total Count 9 16 25

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    11 A 20 Q18 CONCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 1 3 4

    % within DOCENTE 10,0% 10,7% 10,5%

    NO SEI OPINAR Count 6 11 17

    % within DOCENTE 60,0% 39,3% 44,7%

    DISCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 3 14 17

    % within DOCENTE 30,0% 50,0% 44,7%

    Total Count 10 28 38

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

    21 A 43 Q18 CONCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 0 2 2

    % within DOCENTE ,0% 11,1% 6,7%

    NO SEI OPINAR Count 5 7 12

    % within DOCENTE 41,7% 38,9% 40,0%

    DISCORDO

    COMPLETAMENTE

    Count 7 9 16

    % within DOCENTE 58,3% 50,0% 53,3%

    Total Count 12 18 30

    % within DOCENTE 100,0% 100,0% 100,0%

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