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RELAÇÕES INTERNACIONAIS UniBH Exame de Atualidades 2016/2 i 19/11/2016 PROVA TIPO A Leia atentamente as instruções abaixo. NUCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE DO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Resolução nº 3/2016 Exame de Atualidades 1. Da natureza do Exame de Atualidades: 1.1. O Exame de Atualidades é uma prova à qual devem se submeter os alunos do Curso de Relações Internacionais do UniBH. 1.2. O Exame de Atualidades é parte integrante do plano de avaliação de todas as disciplinas do curso, exceto: Trabalho de Conclusão de Curso I, II, Metodologia e/ou Trabalho Interdisciplinar de Graduação (TIG). 1.3. O Exame de Atualidades, no valor de 10 (dez) pontos, terá sua nota lançada na AS2 (avaliação somativa dois) de cada disciplina. 2. Dos alunos que devem realizar o Exame de Atualidades: 2.1 Todos os alunos regularmente matriculados na Graduação em Relações Internacionais deverão fazer o Exame de Atualidades. 2.2 Apenas estão dispensados do Exame de Atualidades: 2.2.1 Alunos de outros cursos matriculados em disciplinas isoladas; 2.2.2 Alunos que apenas cursem Trabalho de Conclusão de Curso I, II, Metodologia, e/ou Trabalho Interdisciplinar de Graduação (TIG). 2.3 Não é necessária inscrição prévia para realização da primeira chamada do Exame de Atualidades. A realização da segunda chamada obedecerá às regras do UniBH sobre segunda oportunidade em avaliações. 3. Da Primeira Chamada do Exame de Atualidades: 3.1 A Primeira Chamada do Exame de Atualidades será composta por 30 (trinta) questões de múltipla escolha sobre atualidades diversas, de igual valor, que podem ou não incluir os temas discutidos nos encontros RI Up2Date e demais espaços de debate do curso. 3.2 Além das questões do Exame, o aluno deverá responder a um questionário de percepção sobre a avaliação e as atividades do curso. O aluno que não responder a esse questionário terá a nota 0 (zero) atribuída ao seu Exame de Atualidades. Esse questionário é anônimo, e deve ser entregue juntamente com o gabarito do Exame. 3.3 A Primeira Chamada do Exame de Atualidades ocorrerá no dia 19 de novembro de 2016, de 14 às 17 horas, no Campus Lourdes. As salas serão divulgadas no dia da avaliação. 3.4. Todos realizarão o Exame de Atualidades no turno da tarde, independentemente do turno de matrícula. 3.5 Durante a realização do Exame, apenas poderão permanecer sobre a carteira a avaliação, um lápis, duas canetas, e uma borracha. Aparelhos celulares e todo o material pessoal restante devem permanecer em local indicado pelo professor, distante do aluno. 3.6 O Exame deve ser respondido individualmente e sem consulta. Condutas contrárias terão a nota 0 (zero) atribuída à avaliação. 3.7 Aparelhos celulares e afins devem permanecer desligados e distantes do aluno durante toda a avaliação. A mera posse desses itens, mesmo que desligados, significará imediata atribuição de nota 0 (zero), e encaminhamento de denúncia ao Colegiado de Graduação para advertência disciplinar. 3.8 O aluno só poderá sair da sala após a entrega do seu Exame, sendo vedado seu retorno. 3.9 Apenas é permitido entregar o Exame aos professores aplicadores após 40 (quarenta) minutos do início da prova. 3.10 Após 40 (quarenta) minutos do início da prova, não será permitido ao aluno que ainda não tiver chegado entrar em sala, e tampouco iniciar a avaliação. 3.11 O caderno de perguntas apenas poderá ser levado pelo aluno após 2 (duas) horas de prova. 4. Da Correção do Exame de Atualidades: 4.1 O Exame de Atualidades vale um total de 10 (dez) pontos. Cada questão marcada corretamente tem igual valor. 4.2 A nota do Exame de Atualidades será multiplicada por um peso, dependendo do semestre de entrada do aluno no curso de Relações Internacionais (NOTA FINAL= NOTA X PESO). A nota máxima que pode ser alcançada é 10 (dez) pontos. Esse peso reflete o fato de que o Exame valerá mais para os alunos que estão há mais tempo cursando Relações Internacionais. 4.2.1 Alunos de ingresso em 2012 ou anterior: PESO= 1 4.2.2 Alunos de ingresso em 2013 e 2014: PESO= 1,20 4.2.3 Alunos de ingresso em 2015: PESO= 1,40 4.2.4 Alunos de ingresso em 2016: PESO= 1,50 4.3 Recursos sobre as questões da prova deverão ser apresentados em até 48 (quarenta e oito) horas úteis após a divulgação do gabarito oficial, em documento escrito e assinado entregue à secretaria da Coordenação. 5. Da Segunda Chamada do Exame de Atualidades: 5.1 A Avaliação de Segunda Chamada será realizada no dia 2 de dezembro de 2016. 5.2 A Avaliação de Segunda Chamada terá o valor de 10 pontos, distribuídos em três questões abertas dissertativas de igual valor sobre atualidades com interface em Relações Internacionais, incluídas ou não nas mesas redondas RI Up2Date de 2016/2. 5.3 A Avaliação de Segunda Chamada será individual e sem consulta, e as regras de realização do Exame de Atualidades, previstas na Resolução 03/2016, serão aplicáveis também a ela. PEDIDOS DE REVISÃO DO TEXTO DA PROVA E ANULAÇÃO DE QUESTÕES NÃO SERÃO RECEBIDOS NO DECORRER DA AVALIAÇÃO.

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS UniBH Exame de Atualidades – 2016/2i

19/11/2016

PROVA TIPO A Leia atentamente as instruções abaixo.

NUCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE DO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Resolução nº 3/2016 Exame de Atualidades

1. Da natureza do Exame de Atualidades: 1.1. O Exame de Atualidades é uma prova à qual devem se submeter os alunos do Curso de Relações Internacionais do UniBH. 1.2. O Exame de Atualidades é parte integrante do plano de avaliação de todas as disciplinas do curso, exceto: Trabalho de Conclusão de Curso I, II, Metodologia e/ou Trabalho Interdisciplinar de Graduação (TIG). 1.3. O Exame de Atualidades, no valor de 10 (dez) pontos, terá sua nota lançada na AS2 (avaliação somativa dois) de cada disciplina. 2. Dos alunos que devem realizar o Exame de Atualidades: 2.1 Todos os alunos regularmente matriculados na Graduação em Relações Internacionais deverão fazer o Exame de Atualidades. 2.2 Apenas estão dispensados do Exame de Atualidades: 2.2.1 Alunos de outros cursos matriculados em disciplinas isoladas; 2.2.2 Alunos que apenas cursem Trabalho de Conclusão de Curso I, II, Metodologia, e/ou Trabalho Interdisciplinar de Graduação (TIG). 2.3 Não é necessária inscrição prévia para realização da primeira chamada do Exame de Atualidades. A realização da segunda chamada obedecerá às regras do UniBH sobre segunda oportunidade em avaliações. 3. Da Primeira Chamada do Exame de Atualidades: 3.1 A Primeira Chamada do Exame de Atualidades será composta por 30 (trinta) questões de múltipla escolha sobre atualidades diversas, de igual valor, que podem ou não incluir os temas discutidos nos encontros RI Up2Date e demais espaços de debate do curso. 3.2 Além das questões do Exame, o aluno deverá responder a um questionário de percepção sobre a avaliação e as atividades do curso. O aluno que não responder a esse questionário terá a nota 0 (zero) atribuída ao seu Exame de Atualidades. Esse questionário é anônimo, e deve ser entregue juntamente com o gabarito do Exame. 3.3 A Primeira Chamada do Exame de Atualidades ocorrerá no dia 19 de novembro de 2016, de 14 às 17 horas, no Campus Lourdes. As salas serão divulgadas no dia da avaliação. 3.4. Todos realizarão o Exame de Atualidades no turno da tarde, independentemente do turno de matrícula. 3.5 Durante a realização do Exame, apenas poderão permanecer sobre a carteira a avaliação, um lápis, duas canetas, e uma borracha. Aparelhos celulares e todo o material pessoal restante devem permanecer em local indicado pelo professor, distante do aluno. 3.6 O Exame deve ser respondido individualmente e sem consulta. Condutas contrárias terão a nota 0 (zero) atribuída à avaliação. 3.7 Aparelhos celulares e afins devem permanecer desligados e distantes do aluno durante toda a avaliação. A mera posse desses itens, mesmo que desligados, significará imediata atribuição de nota 0 (zero), e encaminhamento de denúncia ao Colegiado de Graduação para advertência disciplinar.

3.8 O aluno só poderá sair da sala após a entrega do seu Exame, sendo vedado seu retorno. 3.9 Apenas é permitido entregar o Exame aos professores aplicadores após 40 (quarenta) minutos do início da prova. 3.10 Após 40 (quarenta) minutos do início da prova, não será permitido ao aluno que ainda não tiver chegado entrar em sala, e tampouco iniciar a avaliação. 3.11 O caderno de perguntas apenas poderá ser levado pelo aluno após 2 (duas) horas de prova. 4. Da Correção do Exame de Atualidades: 4.1 O Exame de Atualidades vale um total de 10 (dez) pontos. Cada questão marcada corretamente tem igual valor. 4.2 A nota do Exame de Atualidades será multiplicada por um peso, dependendo do semestre de entrada do aluno no curso de Relações Internacionais (NOTA FINAL= NOTA X PESO). A nota máxima que pode ser alcançada é 10 (dez) pontos. Esse peso reflete o fato de que o Exame valerá mais para os alunos que estão há mais tempo cursando Relações Internacionais. 4.2.1 Alunos de ingresso em 2012 ou anterior: PESO= 1 4.2.2 Alunos de ingresso em 2013 e 2014: PESO= 1,20 4.2.3 Alunos de ingresso em 2015: PESO= 1,40 4.2.4 Alunos de ingresso em 2016: PESO= 1,50 4.3 Recursos sobre as questões da prova deverão ser apresentados em até 48 (quarenta e oito) horas úteis após a divulgação do gabarito oficial, em documento escrito e assinado entregue à secretaria da Coordenação. 5. Da Segunda Chamada do Exame de Atualidades: 5.1 A Avaliação de Segunda Chamada será realizada no dia 2 de dezembro de 2016. 5.2 A Avaliação de Segunda Chamada terá o valor de 10 pontos, distribuídos em três questões abertas dissertativas de igual valor sobre atualidades com interface em Relações Internacionais, incluídas ou não nas mesas redondas RI Up2Date de 2016/2. 5.3 A Avaliação de Segunda Chamada será individual e sem consulta, e as regras de realização do Exame de Atualidades, previstas na Resolução 03/2016, serão aplicáveis também a ela.

PEDIDOS DE REVISÃO DO TEXTO DA PROVA E ANULAÇÃO DE QUESTÕES NÃO SERÃO

RECEBIDOS NO DECORRER DA AVALIAÇÃO.

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QUESTÃO 1 Observe atentamente o mapa abaixo, e leia o texto que se segue.

Fonte: Observatório de Negociações Internacionais na América Latina, 2014. Disponível

em https://onial.wordpress.com/2014/05/08/as-farc-e-o-governo-colombiano-meio-seculo-de-

conflito/. Acesso em 16 de outubro de 2016.

“Representantes do governo colombiano e das FARC se encontraram novamente nesta terça-feira (04/10/2016) em Havana, Cuba, após o acordo de paz negociado por quatro anos ter sido rejeitado em um referendo realizado no último domingo (02/10/2016). O chefe da equipe negociadora, Humberto de la Calle, e o alto comissário para a paz, Sergio Jaramillo, começaram uma reunião com a liderança das FARC para explorar a possibilidade de fazer alterações no acordo a fim de satisfazer as exigências dos críticos liderados pelo ex-presidente Alvaro Uribe, que querem punições maiores para crimes como assassinatos, sequestros e ataques realizados pela guerrilha. Apesar da incerteza que ficou sobre o acordo, que também irá impedir a concentração dos guerrilheiros em áreas supervisionadas pela ONU, o governo e as FARC decidiram manter o cessar-fogo bilateral. O acordo de paz foi rejeitado por 50,24% dos colombianos.” (Fonte: Sputniknews, 2016. Disponível em: https://br.sputniknews.com/americas/201610046486470-colombia-farc-acordo-paz/. Acesso em 16 de outubro de 2016).

Considerando o mapa e o texto acima, marque a alternativa correta sobre o acordo de paz recentemente assinado entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A) O território colombiano chegou a ter cerca de metade de seu território controlada pelas FARC. Em função disso, o acordo de paz foi redigido pelos guerrilheiros. B) A despeito da ausência de pleno apoio popular, o prêmio Nobel para o presidente colombiano justificou-se enquanto esperança, devido à alta complexidade e à longa duração do conflito. C) O acordo de paz prevê a separação do território colombiano em dois Estados. As FARC governariam, portanto, os departamentos que parcialmente ocupam. D) A ausência de apoio da população, atestada pelo referendo, leva à invalidação do acordo de paz. As negociações serão retomadas do zero para se buscar novo compromisso. E) Diante da ausência de apoio popular, as Nações Unidas instituirão missão especial para intervenção na Colômbia. A missão atuará nas áreas controladas pelas FARC.

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QUESTÃO 2 Leia atentamente as assertivas abaixo acerca do Acordo de Paris sobre o Clima, assinado em dezembro de 2015: I. O Acordo de Paris sobre o Clima entrará em vigor em novembro de 2016, após completar o mínimo de cinquenta e cinco Estados-parte, correspondendo a 55% do total de emissões globais de gases com efeito estufa. II. O Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas inicia-se com a Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas, firmada em 1992, no Rio de Janeiro. A Conferência das Partes de 2015 representa uma continuidade desses debates. III. O Protocolo de Quioto, firmado em 1997, propunha responsabilidades diferenciadas entre os Estados emissores industrializados e em desenvolvimento. Esse princípio foi completamente superado com o Acordo de Paris. A partir da análise das assertivas acima, marque a alternativa correta. A) Apenas a assertiva I está correta. B) Apenas a assertiva II está correta. C) Apenas as assertivas I e II estão corretas. D) Apenas as assertivas II e III estão corretas. E) Apenas as assertivas I e III estão corretas. QUESTÃO 3 Leia o trecho: A Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o Imposto de Importação para os feijões preto e carioquinha pelo período de três meses. O prazo foi estabelecido em reunião realizada em 23/06/16, presidida pelo ministro do MDIC, Marcos Pereira. Essa foi a forma encontrada pelo governo para enfrentar a inflação do produto, que foi de 16,38% em junho, frente a maio. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o ministro, "A decisão foi tomada em função da elevação do preço do produto, motivada por uma combinação de fatores, dentre eles, problemas climáticos que afetaram a safra. Como não há perspectiva do aumento da oferta do produto no mercado, no curto prazo, que seja proveniente da produção doméstica, decidimos que é necessário facilitar a importação, por meio da redução da alíquota do Imposto de Importação”. De acordo com dados do MDIC, já foram importadas 64,5 mil toneladas do produto, entre janeiro e maio de 2016. (Adaptado de “Governo zera imposto de importação do feijão por três meses” de 24/06/2014 – MDIC. Disponível em: http://www.valor.com.br/agro/4612375/governo-zera-imposto-de-importacao-do-feijao-por-tres-meses)

A partir da leitura desse trecho, é INCORRETO afirmar que: A) A CAMEX é o órgão responsável pela formulação, adoção, implementação e coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo. B) Antes dessa alteração, o feijão poderia ser comprado no âmbito do Mercosul com isenção do Imposto de Importação (I.I.), já que o acordo prevê livre circulação de mercadorias. C) A redução da alíquota busca evitar o aumento do custo de importação desse produto, o que poderia forçar aumento dos preços. D) A entrada do produto na lista de exceção prevê o retorno da alíquota de 10% no dia 30 de novembro deste ano. E) O Brasil possui autonomia para aumentar ou reduzir alíquotas de I.I. dos produtos que importa, deliberando de forma soberana sobre esse tema.

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QUESTÃO 4 Leia atentamente o seguinte texto: A proposta de construir um muro na fronteira com o México e o fato de ter chamado imigrantes de “criminosos e estupradores”, entre outras coisas, fizeram com que a rejeição do virtual candidato republicano, Donald Trump, à Casa Branca fosse às alturas entre os latinos. Chegam a compará-lo ao diabo ou sequer gostam de citar seu nome. Os recentes protestos que ele enfrentou em estados como Califórnia e Novo México, que realizam suas primárias na terça-feira, deram provas de como ele é malquisto neste grupo. Mas alguns hispânicos seguem firmes no apoio ao magnata. Segundo as mais recentes pesquisas, cerca de 25% dos eleitores latinos dizem que vão votar no bilionário. — Eu apoio Trump porque ele é um homem de negócios, não um politiqueiro profissional como Hillary Clinton. Talvez ele possa fazer algo diferente. Precisamos de alguém que traga soluções concretas e inovadoras — afirmou o colombiano Julio César Rodriguez, de 34 anos, que vive em Washington. Ele não se incomoda com o posicionamento de Trump sobre os imigrantes — o republicano promete deportar do país os 11 milhões sem papéis: — No fundo, o que ele quer é regulamentar a imigração, e isso pode ser bom para todos. Não podemos deixar que continue uma bagunça. Carla López, de 44 anos, filha de hondurenhos e dona de um pequeno negócio no Arizona, afirma que sempre foi conservadora, contra “valores dos democratas”, como apoio ao casamento gay e ao aborto. Por isso, seguirá com o magnata. — Os imigrantes legais e que não fazem nada de errado não precisam se preocupar com nenhuma das propostas de Trump que tanto assustam os latinos. As pessoas entraram em um jogo da mídia. Se prestar atenção, não há anomalias. ("Os latinos na contramão que votam em Trump." O Globo, 06/08/2016. Disponível em: http://oglobo.globo.com/mundo/os-latinos-na-contramao-que-votam-em-trump-19444776. Acesso em 23/09/2016)

A disputa eleitoral pela presidência dos Estados Unidos da América tem mobilizado amplas camadas da população daquele país em torno de diversas pautas, dentre elas a questão migratória. A comunidade composta pelos imigrantes de origem latina - mexicanos, porto-riquenhos, cubanos, dentre outros - engajou-se na campanha eleitoral, aproximando-se da candidata democrata Hilary Clinton. A matéria parcialmente reproduzida acima mostra divergências com relação à orientação da comunidade hispano-americana. Aponte, dentre as alternativas abaixo, aquela que melhor explica o panorama descrito pela matéria. A) Os hispano-americanos entrevistados pela reportagem são exemplos da ineficiência da política migratória adotada pelo governo de Barack Obama, visto que, mesmo tendo sido aceitos nos Estados Unidos, passaram a se voltar contra a comunidade à qual pertenciam. Assim, observa-se que a incorporação dos imigrantes à sociedade estadunidense não significou a construção de uma sociedade multicultural. B) Os entrevistados pela reportagem podem ser considerados descontentes com a incorporação dos hispano-americanos em postos de trabalho melhor qualificados em muitas cidades dos Estados Unidos. Assim, representam aqueles que, tendo obtido maior projeção social nas décadas passadas, atualmente sentem suas posições sociais ameaçadas pela inclusão propiciada pelas políticas imigratórias de Obama. C) Os depoimentos apresentados na reportagem mostram a pluralidade de comunidades de pertencimento existentes entre os norte-americanos, não necessariamente associadas à origem ou ascendência. Assim, foram apresentados hispano-americanos para quem as propostas de Donald Trump a respeito da imigração eram menos importantes do que sua filiação ao empresariado, ou mesmo partidários de propostas conservadoras. D) A posição política dos entrevistados pela reportagem reflete a falta de credibilidade de Hilary Clinton, frequentemente associada a seu marido e à política externa estadunidense, marcada pela deflagração de guerras no Iraque e Afeganistão. A crítica dos hispano-americanos ao legado democrata, nesse sentido, refere-se à posição ocupada pelos EUA na geopolítica mundial. E) A reportagem analisa a situação de hispano-americanos que sofrem preconceito por aderirem à candidatura de Donald Trump, sendo ignorados por suas comunidades de pertencimento. O fenômeno pode ser associado ao recrudescimento da polarização política observada em diversos países ao redor do mundo na última década, intensificada pela crise econômica em escala global.

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QUESTÃO 5 Leia o trecho: O fenômeno da globalização envolve uma série de profundas transformações políticas, econômicas e culturais que o mundo vem sofrendo e que estão ligadas ao aumento das relações e de interdependência entre os países. Diante desse contexto, muitos pesquisadores e profissionais da administração precisam compreender o impacto das forças globais sobre as organizações e as relações de trabalho. Foi a partir de meados do século XX, com a III Revolução Industrial, que a globalização econômica se solidifica e o seu surgimento está vinculado ao período das grandes navegações europeias do final do século XV e início do século XVI. Nessa época, as nações colonizadoras impuseram sobre os povos colonizados sua cultura e o seu modo de ver o mundo. Esses países foram responsáveis pela exploração das riquezas naturais e sociais daquilo que viria a ser conhecido como “mundo subdesenvolvido”. Como produto, emergiu a exclusão social predominante nos países mais pobres. (Adaptado de “Mundo Educação”. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/globalizacao-economica-exclusao-social.htm>. Acesso em 07 Set 2016).

A partir da leitura desse trecho, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: Na atualidade, a Globalização é fortalecida pelas ações das grandes multinacionais e por uma orientação neoliberal. Dessa forma, as grandes corporações abrem subsidiárias em países em processo de desenvolvimento, com vistas à obtenção de matéria-prima e mão de obra barata

POR ESSE MOTIVO, Os trabalhadores desses países não encontram alternativa a não ser a de se sujeitar a receber baixos salários; o que, em termos gerais, acaba promovendo uma distribuição desigual do trabalho. A respeito dessas duas afirmações, é correto afirmar que: A) as duas afirmações são falsas. B) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. C) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. D) as duas afirmações são verdadeiras, e a primeira justifica a segunda. E) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. QUESTÃO 6 Leia o seguinte trecho: “Donald Trump construiu a sua campanha na corrida pela Casa Branca atacando os imigrantes hispânicos e prometendo construir um muro na fronteira com o México. E conseguiu até mesmo destruir o núcleo do gabinete de Enrique Peña Nieto. A candidata democrata, Hillary Clinton, denunciou essas manobras de seu adversário republicano como sendo demonstrações da incapacidade de Trump de ser um líder mundial, mas, como ele, também adotou um posicionamento mais protecionista que causa apreensão nos aliados latino-americanos, para os quais os Estados Unidos são um parceiro comercial essencial.” (Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/12/internacional/1473698042_706724.html. Jornal El País, versão eletrônica)

Com base no trecho acima, analise as seguintes asserções: I. A América Latina há tempos não ocupa um espaço significativo nas eleições estadunidenses. Nestas eleições, a região entra na pauta, porém o discurso dos candidatos, em especial o discurso do candidato republicano, deixa os países latinos apreensivos. II. Os candidatos Trump e Clinton apresentam como proposta de campanha a construção de um muro na fronteira com o México. Apesar da proposta semelhante, o discurso de Trump é mais polêmico do que o da adversária, pois ele afirma abertamente que o muro seria para conter criminosos que trazem “drogas, trazem crime, são estupradores”.

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III. Donald Trump foi ao México e se reuniu com o presidente Enrique Peña Nieto. Após a reunião, os dois fizeram um pronunciamento conjunto em que o presidente mexicano concordou com a necessidade de investimento na fronteira entre os países no sentido de deixá-la mais segura. Sobre as asserções acima, é (são) correta(s): A)Apenas a I. B) Apenas a II. C) Apenas a III. D) Apenas I e II. E) Apenas I e III. QUESTÃO 7 Observe atentamente a charge abaixo e responda à questão que se segue.

(Fonte: Latuff, 2015. Disponível em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/a-charge-de-latuff-sobre-os-ataques-a-paris/. Acesso em 16 de outubro de 2016).

Sobre a Guerra Civil na Síria e a reação internacional, marque a alternativa correta. A) A França apoia a presidência de Bashar Al-Assad na Síria. Em função disso, seu território tem sido alvo de ações do Estado Islâmico, como os brutais ataques a Paris. B) A França recentemente aprovou uma série de legislações sobre o uso de vestes islâmicas. Em função disso, percebe-se que tensões com o radicalismo islâmico intensificaram-se. C) A França é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em função disso, o país está obrigado a apoiar a intervenção do órgão na Síria. D) A França é aliada histórica inconteste dos Estados Unidos da América por ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em função disso, o país é inimigo do ISIS. E) A França posiciona-se contrariamente à projeção russa no Oriente Médio. Em função disso, o país prefere atuar sozinho na Guerra Civil da Síria atacando o Estado Islâmico.

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QUESTÃO 8 O presidente das Filipinas, Rodrigo Duerte, afirmou recentemente que "ficaria feliz de matar" uma seção da população de seu país, "assim como Hitler fez com os judeus" durante a II Guerra Mundial. A atitude do presidente face a este grupo populacional já gerou fortes condenações por parte da ONU, da União Europeia e dos Estados Unidos. A qual grupo a questão se refere? A) Moradores de rua, dos quais aproximadamente 2.000 já foram mortos por esquadrões da morte desde a eleição do presidente em maio de 2016. B) Usuários e traficantes de drogas, dos quais aproximadamente 2.000 já foram mortos por esquadrões da morte desde a eleição do presidente em maio de 2016. C) Gangues criminosas, dos quais 2.000 membros já foram mortos por esquadrões da morte desde a eleição do presidente em maio de 2016. D) Políticos opositores, dos quais aproximadamente 2.000 já foram mortos por esquadrões da morte desde a eleição do presidente em maio de 2016. E) Portadores do vírus HIV, dos quais aproximadamente 2.000 já foram mortos por esquadrões da morte desde a eleição do presidente em maio de 2016. QUESTÃO 9 Leia atentamente ao trecho abaixo: "Sob a presidência de Nicolas Sarkozy, a França se tornou o primeiro país europeu a adotar a proibição de cobrir o rosto em público. A lei se aplica a lenços, máscaras e capacetes de motos, mas atinge particularmente mulheres muçulmanas que usam o niqab, véu que cobre o rosto e só revela os olhos. Os apoiadores da proibição argumentam que a cobertura facial contradiz o princípio francês do vivre ensemble, a "convivência". Deputados que votaram a favor disseram também que ela garante a ordem pública e a segurança nacional." (Fonte: "Proibição da burca segue sendo polêmica na França". Portal Terra, 11/04/2016. Disponível em: https://noticias.terra.com.br/proibicao-da-burca-segue-sendo-polemica-naranca,45af592fe3efd02e6fb47f7183d7df24k4sny1ix.html)

A proibição do uso de véus e outras formas de cobrir o rosto pelo governo francês gerou grande polêmica no país e no mundo, alimentando a discussão sobre o papel do Estado no controle das condutas individuais. Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que melhor expressa o teor das críticas feitas à política oficial francesa. A) As críticas à medida centram se concentram no questionamento de sua eficácia para a segurança nacional, visto que a abolição dos véus não acarretaria necessariamente na identificação de terroristas e diminuição das ameaças de ataques. B) A medida gerou reação que extrapolou a comunidade muçulmana , com severas críticas ao caráter, ao mesmo tempo, nacionalista e ocidentalizante, que gerou diversos casos de agressões públicas. C) Os críticos da medida argumentam que a proibição dos véus utilizados pelas muçulmanas possui uma conotação sexista na medida em que não se aplica às barbas, e autoritária, por ser uma intervenção estatal no modo de se vestir de minorias. D) Os críticos da medida sustentam que o estímulo à convivência, principal argumento do governo francês, acirraria as desigualdades sociais, sendo preferível a tolerância às tradições de minorias para a formação de comunidades mais fechadas. E) Muitas das críticas à proibição da utilização dos véus pelas muçulmanas defenderam que ela pode ser encarada como uma provocação ao Estado Islâmico, colocando a França no foco das ações terroristas. QUESTÃO 10 Observe a seguinte imagem:

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(Fonte: http://prefeito2016.com/candidatos-a-prefeito-2016/mulungu-do-morro-ba/ - Acesso: 13 de setembro de 2016)

Ao contrapor a mensagem expressa pela imagem acima ao contexto das eleições municipais de 2016, pode-se afirmar que: I) A Reforma Eleitoral 2015 determinou que as campanhas eleitorais deste ano contassem com o financiamento exclusivo proveniente de doações de pessoas físicas e dos recursos do Fundo Partidário II) O Supremo Tribunal Eleitoral estabeleceu o limite de gastos para a campanha municipal deste ano, que pode custar até 70% do valor da campanha mais cara de 2012, tendo por referência a cidade da disputa. Isso impediu que candidatos milionários realizassem doações para as próprias campanhas. III) A expectativa é que os gastos efetuados nas eleições municipais deste ano sejam inferiores aos gastos de 2012, devido às novas regras de financiamento estabelecidas pelo Supremo Tribunal Eleitoral. Sobre as asserções acima, é (são) correta(s): A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas I e III. QUESTÃO 11 Leia com atenção as afirmações a seguir, com relação ao posicionamento dos candidatos que chegaram ao final da corrida eleitoral nos Estados Unidos. I) Para Trump os EUA devem modernizar o arsenal nuclear e ampliar o poder militar. O candidato promete buscar uma convivência pacífica com países como China e Rússia, mas não tolerará agressões e ameaças e prometeu responder duramente quando alguém o ultrapassar. II) Hillary Clinton afirma que os EUA devem restaurar a liderança mundial e buscará fortalecer alianças e cultivar novas parcerias, assim como enfrentar e derrotar o Estado Islâmico. Também em sua opinião é possível os EUA serem forte e inteligente sem apelar para a tortura ou intolerância. III) Na economia Trump faz a promessa de aumento de empregos e cortar muitos gastos do governo. Hillary promete melhores salários, distribuição de lucros entre funcionários e investimentos em infra-estrutura. IV) Na questão da saúde Hillary quer acabar com o Obamacare, a lei pela qual todo americano deve ter um plano de saúde. Trump sinaliza que manterá o Obamacare e estenderá programas públicos para os mais pobres. V) Trump defende que o governo federal não deve interferir na educação. Hillary já defende uma ação mais enfática do governo federal e quer garantir que dentro de dez anos todas as crianças com quatro anos de idade estejam em pré-escolas. Ao mesmo tempo procurará incentivar programas de educação de base, treinamento e melhoras na qualidade de trabalho de professores. VI) Hillary quer ampliar o poder militar dos EUA, e que o país sob seu governo se tornaria tão poderoso e ameaçador que não sofreria ameaças de absolutamente ninguém. Trump afirma que usar força militar deve ser sempre o último recurso, mas promete combater e derrotar grupos terroristas que ameacem os EUA ou seus aliados.

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São afirmativas verdadeiras: A) I, II, III e V. B) I, II, III e IV. C) II, III, V e VI. D) III, IV, V e VI E) I, II, IV e VI. QUESTÃO 12 A guerra civil na Síria, que já dura aproximadamente cinco anos, é um tema que ocupa importante espaço na agenda política internacional, visto que grandes envolve grandes potências e a questão do terrorismo do Estado Islâmico. Sobre o conflito e a ação das grandes potências políticas mundiais e dos organismos multilaterais, observe as afirmações abaixo: I) Um dos principais assuntos da pauta política internacional decorrentes da guerra civil na Síria é a proliferação da capacidade de fabricação de armas de destruição em massa, tal como alegado na invasão ao Iraque. II) A guerra civil síria gerou uma grave crise de refugiados, que buscaram outros países em decorrência da ascensão de Bashar al-Assad, ditador apoiado pelo Estado Islâmico e o governo iraniano. III) A crise de refugiados possui duas dimensões, a primeira marcada pela permanência de grande contingente de sírios em território turco e libanês e a segunda caracterizada pela tentativa de entrada no continente europeu. É correto apenas o que se afirma em: A) I. B) I e II. C) II. D) II e III. E) III. QUESTÃO 13 Leia o trecho abaixo: “ (...) O conflito dependência/independência vem de longe. Evidentemente, não podemos aspirar à autonomia, mesmo condicionada pelo entrecho internacional, ou à independência, à soberania e ao desenvolvimento, ou seja, a um projeto nacional, se aceitamos uma visão de Brasil e de seu lugar no mundo, segundo a qual nosso país “não pode querer ser mais do que é”, pois “o importante é adaptar-se ao mainstream” e “ser convidado para sentar-se à mesa” de discussão, pois, quem sabe, nos servirão as sobras.(...)” (Fonte: http://www.cartacapital.com.br/internacional/serra-e-o-servilismo-na-politica-externa)

Com relação ao texto pode-se afirmar: A) O texto se refere ao posicionamento adotado pelo atual ministro das relações exteriores ao conduzir a PEB com uma visão diferente da adotada pelos últimos governos. B) O texto se refere a uma possível posição de subserviência da PEB resultado da interpretação do ministro das relações exteriores do governo Temer, de que compor é mais interessante de que lutar; uma posição, portanto, conservadora e conformista. C) O texto assinala um novo momento da PEB no qual um certo servilismo retoma o debate. Neste sentido podemos concluir que, novamente, ocorre um rompimento de uma posição mais independente tomada nos governos Jânio (1961) e Jango (1961-1964) e no período de vigência dos 12 anos de governo petista (2003-2015).

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D) O texto nos leva a pensar que o Brasil voltará “a falar grosso com a Bolívia e fino com os EUA”; uma volta aos padrões de relacionamento Collor/FHC, ou ainda “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, frase adotada pelo general Juracy Magalhães após o Golpe de 1964. E) Todas as alternativas estão corretas. QUESTÃO 14 O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram em 26/10/2016 o histórico acordo de paz em Cartagena. O pacto foi anunciado em 24 de agosto após quase quatro anos de negociações em Cuba. As FARC se comprometeram a abandonar as armas após 52 anos de conflito; um conflito que provocou a morte de 220 mil pessoas e deixou mais de 6 milhões de deslocados internos. Sobre o tema, faça a relação de causalidade entre as assertivas abaixo: As FARC foram criadas em 1964, período da Guerra Fria, com cunho marxista-leninista e atuando preferencialmente no meio rural com táticas de guerrilha. Sua luta estava pautada no forte contexto ideológico que pautava o cenário internacional

PORQUE Buscava implantar o socialismo na Colômbia, promovendo a distribuição de terras e a reforma agrária, assim como o fim de governos que mantinha relações políticas e econômicas com os Estados Unidos. Sobre as assertivas, assinale a alternativa correta: A) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda explica a primeira. B) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não explica a primeira. C) A primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa. D) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira. E) As duas afirmativas são falsas. QUESTÃO 15 Levando em consideração os debates realizados entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump e Hillary Clinton, escolha a alternativa que melhor retrata seus planos para lidar com o grupo terrorista Estado Islâmico. A) Trump: intensificação dos bombardeios aéreos, fortalecimento das relações com a Rússia, eliminação dos pontos de liderança do grupo terrorista. Clinton: intensificação dos bombardeios aéreos, fortalecimento das relações com os aliados árabes e curdos, eliminação dos pontos de liderança do grupo terrorista. B) Trump: intensificação dos bombardeios aéreos, treinamento do exército iraquiano, fortalecimento das relações com a Rússia. Clinton: intensificação dos bombardeios, fortalecimento da aliança tradicional com a Arábia Saudita, eliminação dos pontos de liderança do grupo terrorista. C) Trump: plano secreto, com restrições ao uso da internet pelo Estado Islâmico. Clinton: intensificação dos bombardeios aéreos, fortalecimento das relações com os aliados árabes e curdos, eliminação dos pontos de liderança do grupo terrorista. D) Trump: intensificação dos bombardeios aéreos, fortalecimento das relações com a Rússia, retração do acordo nuclear selado com o Irã. Clinton: intensificação dos bombardeios aéreos, fortalecimento das relações com a Rússia, eliminação dos pontos de liderança do grupo terrorista. E) Trump: plano secreto, com restrições ao uso da internet pelo Estado Islâmico. Clinton: Clinton: intensificação dos bombardeios aéreos, envio de tropas para o Iraque e para a Síria, eliminação dos pontos de liderança do grupo terrorista.

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QUESTÃO 16 Em setembro de 2016, marcou-se um ano do início da intervenção militar russa na guerra da Síria. Analise a charge a seguir e escolha a alternativa que melhor representa a crítica tecida por ela:

(Fonte: http://www.nytimes.com/2015/12/22/opinion/cartoonseasonal-change.html?ref=opinion&_r=0) A) A presença russa na síria ajuda o regime do ditador Bashar al-Assad a manter-se no poder. B) A Rússia ataca indiscriminadamente a população e os grupos opositores ao ditador Bashar al-Assad, enquanto utiliza a retórica de combater o grupo terrorista Estado Islâmico em território sírio. C) A Rússia é conivente com ataques indiscriminados feitos com armas químicas perpetrados pelo regime de Bashar al-Assad. D) A Rússia ajudou o regime sírio a cruzar "a linha vermelha" (o uso de armas químicas) segundo Obama, em uma luta de poder com Washington, enquanto utiliza a retórica de combater o grupo terrorista Estado Islâmico em território sírio. E) Putin e Assad tentam retomar o controle da síria para escoar o gás natural russo e se beneficiarem economicamente com este processo. QUESTÃO 17 Analise as seguintes assertivas e a relação proposta entre elas: Os Estados Unidos e a Síria apoiam lados opostos do conflito que começou em 2011, sendo que os EUA apoia uma coalizão de grupos rebeldes, enquanto Moscou é um importante aliado do presidente Bashar Al- Assad. Neste sentido o acordo de cessar fogo tem pouca credibilidade de ser efetivado

PORQUE O regime de Assad depende dos russos e neste sentido deve consultar Moscou. Com a ajuda da Rússia, o regime de Assad fica mais resistente, mais robusto, sendo difícil imaginar o presidente, e seus aliados russos, abdicando de força.

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Sobre as assertivas, assinale a alternativa correta:

A) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda explica a primeira. B) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não explica a primeira. C) A primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa. D) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira. E) As duas afirmativas são falsas. QUESTÃO 18 A agenda internacional de um governo pode ser compreendida a partir das discussões políticas em níveis variados. Dentro dos múltiplos níveis de formação, a agenda é composta por interesses que convergem posicionamentos de agentes e instituições no nível doméstico. O partido político, como um agente institucional, pode representar o primeiro stream para o desenvolvimento da política externa de um governo e, logo, instruir em longo prazo as variáveis primárias para composição da decisão governamental frente às questões de elevada importância na política internacional. Nesse sentido, conforme as plataformas de governo apresentadas por cada um dos partidos nas eleições estadunidenses é correto afirmar: A) pela visão democrata apresentada no período eleitoral a questão de Taiwan não é revista enquanto um problema de segurança internacional e, logo, permanece à concepção de uma “única” China. B) por meio da plataforma republicana, há um repúdio expresso a qualquer tipo de protecionismo desenvolvido por governos terceiros e uma ofensiva às ações chinesas sobre a determinação do valor da moeda. C) Democratas e Republicanos, na agenda Latino-Americana, traçam um projeto de desenvolvimento conjunto, com transferência de tecnologia e a construção de uma plataforma nacional-desenvolvimentista por meio do desenvolvimento sustentável. D) África, para o partido Republicano, compõe-se como uma agenda de primeira escala, dada a importância da região ao acesso de energias sustentáveis e pela cooperação comercial para a produção de bens de consumo duráveis. E) Rússia, conforme a plataforma Democrata, representa um caminho dúbio formado entre as percepções de cooperação voltada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e pelas percepções acerca do regime soviético de caça e pesca criticado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Alemão. QUESTÃO 19 Leia o texto com atenção: Em meio a catástrofes ambientais causadas pela ação do homem, aumento de doenças físicas e mentais nos centros urbanos e intolerância às diferenças sociais, religiosas e culturais, sobressai, das entranhas do Brasil, um modelo saudável de harmonia entre homens e natureza: o Parque Indígena do Xingu, criado há 55 anos. Essa experiência nacional, que oferece lições de respeito e de resiliência aos problemas enfrentados pelo dito mundo civilizado, é prova de que a ideia dos índios como seres primitivos está superada. Eles desenvolvem culturas riquíssimas e conhecimentos interessantíssimos de tecnologia leve – de clima, solo, espécies, plantas. (Fonte: Adaptado de Planeta/abr., 2016, p.19.)

As informações do texto permitem concluir que A) há uma mudança de perspectiva na concepção do índio como ser primitivo. B) modelos saudáveis de harmonia entre o ser humano e a natureza são incompatíveis com a urbanização. C) a humanidade é a causadora da maioria das catástrofes ambientais. D) os centros urbanos se caracterizam pela disseminação incessante de endemias e de doenças mentais. E) as práticas sociais dos indígenas do Xingu fundamentam-se no respeito à natureza e no conformismo diante de desastres naturais.

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QUESTÃO 20 A Política Externa Brasileira tem sido apresentada, cientificamente, por meio de estruturas históricas ou paradigmas diplomáticos correspondentes ao posicionamento do Estado em um dado período. Nesses termos o Pragmatismo Responsável, o Globalismo, a PEI – Política Externa Independente, entre outros, são determinantes históricos da PEB. Conforme a charge abaixo e as assertivas apresentadas a seguir, escolha a opção correta:

I – o Pragmatismo Responsável, atrelado a uma estrutura grotiana das Relações Internacionais, é logo movido por uma compreensão do Sistema Internacional em uma estrutura anárquica e conflitiva, o que guiara a PEB para um caminho de menor autonomia. II – o Institucionalismo Pragmático, no início dos anos 2000, é um paradigma que conflita com a imagem destacada, pois sugere maior presente brasileira no sistema internacional através de instituições, além de maior acesso ao desenvolvimento e à autonomia de ação. III – A Política Externa Independente, atrelada ao segundo Governo Vargas, dialoga com a imagem apresentada em razão da cooperação estratégica bilateral junto às nações desenvolvidas. IV – A Autonomia na Dependência, paradigma equivalente ao período 1954-1964, conflita com a imagem apresentada dada as circunstâncias históricas de busca por meios em favor da integração dos povos latino-americanos para o desenvolvimento regional. A) as assertivas I e II são verdadeiras e as assertivas III e IV são falsas. B) a assertiva III é verdadeira e as assertivas I, II e IV são falsas. C) a assertiva II é verdadeira e as assertivas I, III e IV são falsas. D) a assertiva IV é verdadeira e as assertivas I, II e III são falsas. E) as assertivas I e IV são verdadeiras e as assertivas II e III são falsas. QUESTÃO 21 A nova Política Externa Brasileira, ancorada à mudança de governo após o impedimento de Dilma Rousseff, é construída por José Serra e sua equipe ministerial. A nova chancelaria, há poucos meses firmada, determinou a sua agenda apesar desse breve período. Segundo Rezende, há um recrudescimento da PEB a partir dessa nova formação e dos sinais dessa nova pasta que indicam um redirecionamento que levará ao fim da PEB ativa e altiva. Em razão da mudança da PEB, tome as seguintes assertivas e escolha ao final a resposta correta:

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I - Em notícia reportada no sítio RT News, em 16/10/2016, Putin montara uma agenda de trabalho comunicando todos os presidentes do fórum dos BRICS em Goa, na Índia. Para essa agenda de trabalho o presidente do Brasil não foi invitado. Rússia, Índia, China e África do Sul integraram uma agenda de trabalho específica para discussão acerca dos novos desafios do bloco. II - O presidente do Brasil, em setembro de 2016, na abertura discursiva da Assembleia Geral das Nações Unidas, proferira: “Ao contrário, temos de nos unir para transformá-lo. Mas transformá-lo pela diplomacia – uma diplomacia equilibrada, mas firme. Sóbria, mas determinada. Uma diplomacia com pés no chão, mas com sede de mudança. É assim, meus senhores e minhas senhoras, que o Brasil atua, na nossa região e além dela. Um país que persegue seus interesses sem abrir mão de seus princípios (....) O Brasil, país mais biodiverso do mundo, detentor de matriz energética das mais limpas, é uma potência ambiental que tem compromisso inequívoco com o meio ambiente. O desenvolvimento depende, também, do comércio. Em cenários de crise econômica, o reflexo protecionista faz-se sentir. Há que contê-lo. O protecionismo é uma perversa barreira ao desenvolvimento”. A) a primeira assertiva, para a PEB, representa a materialização de um fortalecimento das relações Sul-Sul por meio dos BRICS e a segunda assertiva, complementar ao sentido da primeira assertiva, explora a autonomia do Governo do Brasil frente aos desafios do comércio e a política mundial. B) As assertivas são contraditórias em referência ao tema da autonomia. Enquanto a primeira assertiva premia a autonomia em função da participação no fórum dos BRICS, em Goa, a segunda assertiva indica a necessidade de mudança e transformação, a qual poderá passar pelo distanciamento à plataforma Sul-Sul. C) Ambas as assertivas subtraem a lógica da autonomia da PEB, tendo como referência o Governo Brasileiro. Pela primeira assertiva a autonomia é subtraída de forma passiva. Na segunda assertiva a autonomia é subtraída em caráter ativo. D) A cooperação Sul-Sul e as estruturas multilaterais do Comércio são, para o Brasil, uma plataforma de segunda escala para a construção do desenvolvimento do Estado nação. Por meio de ambas as assertivas observa-se que Sul-Sul e Multilateralismo não compõem princípios de ação da PEB no século XXI. E) A segunda assertiva completa a primeira assertiva em razão dos BRICS não apresentarem um agenda vinculada ao desenvolvimento sustentável, o qual é um princípio da PEB do Brasil Biodiverso e, logo, explica a ausência do Brasil na agenda de trabalho organizada por Putin, presidente da Rússia. QUESTÃO 22 Para alguns analistas, o atual alinhamento da Política Externa Brasileira com Washington e um relativo afastamento dos países ‘hermanos’ da América do Sul rompe com um dos eixos cognitivos propostos pela Política Externa Independente (PEI) desde os anos 1960. Aponte essa ruptura: A) Solução pacífica de controvérsias. B) Cooperação para o comércio. C) Independência ideológica. D) Multilateralismo. E) Persecução ao desenvolvimento industrial. QUESTÃO 23 Leia atentamente as assertivas abaixo. I. A política externa brasileira, em 2016, assume um tom que parece indicar uma mudança em relação a seu acervo diplomático.

PORQUE II. É possível perceber uma tendência ao enfraquecimento dos laços na América do Sul e a um acentuado intervencionismo brasileiro na região durante a gestão de José Serra à frente do Ministério das Relações Exteriores. Um exemplo pode ser observado na celeuma sobre a presidência pro tempore do Mercosul e o afastamento da Venezuela.

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Sobre as assertivas, marque a opção correta. A) Apenas a assertiva I está correta. B) Apenas a assertiva II está correta. C) Ambas as assertivas I e II estão incorretas. D) Ambas as assertivas I e II estão corretas, e a assertiva I é causa da assertiva II. E) Ambas as assertivas I e II estão corretas, e a assertiva I é consequência da assertiva II. QUESTÃO 24 Leia atentamente o texto abaixo: “Temos que fazer mais pelos trabalhadores que conheci em Galesbur (Illinois), que estão perdendo seus empregos na fábrica de Maytag, em vias de ser transferida para o México, e agora têm de competir com seus filhos por trabalhos em que recebem sete dólares por hora.” A declaração não é do republicano Donald Trump, que explora o problema da desindustrialização na campanha eleitoral norte-americana, nem do esquerdista Bernie Sanders, que disputou a candidatura democrata e também defendeu os perdedores da globalização. A frase foi pronunciada por um jovem promissor chamado Barack Obama na convenção democrata do ano 2004, quando se apresentava para concorrer ao Senado pelo mesmo Estado e pedia que fosse dada atenção às vítimas da globalização. Hoje, depois de oito anos como presidente dos Estados Unidos, Obama se encontra em um lugar distinto – e um tanto solitário no espectro político –, defendendo os benefícios dos tratados de livre comércio: o já existente com o Canadá e México (Nafta, na sigla em inglês), o que assinou com as economias do Pacífico (TPP) e o que a duras penas vem sendo negociado com a Europa (TTIP). Não é uma boa época para alçar a bandeira desses acordos, menos ainda em plena eleição presidencial. O fechamento de fábricas tem sido um gotejar constante nos Estados Unidos: somente nos últimos 15 anos foram perdidos cerca de cinco milhões de postos de trabalho industriais em decorrência da expansão da tecnologia e da concorrência de países com mão de obra mais barata. O norte-americano de classe média olha a precarização de seu salário e amaldiçoa os acordos que favoreceram a fuga da atividade fabril. Assim, não só Trump e Sanders reivindicaram uma nova política comercial que proteja os trabalhadores, mas até mesmo Hillary Clinton, outrora grande defensora desses pactos, se mostrou crítica: questionou os benefícios do Nafta (viabilizado em 1993 na presidência de seu marido, Bill Clinton) e também da atual redação do TPP. “Se vocês acreditam que devemos dizer não a acordos comerciais injustos (...), que devemos nos posicionar contra a China, que deveríamos apoiar nossos trabalhadores do setor de aço, do automotivo, e nossas fábricas locais (...) unam-se a nós”, chegou a dizer em meados deste ano, na convenção democrata da Filadélfia. Trump, por sua vez, rompeu os princípios republicanos entusiastas do livre comércio para garantir que, para começar, romperá com o Nafta.” (Fonte: El País, 2016. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/15/internacional/1476482585_281294.html. Acesso em 16 de outubro de 2016.)

Considerando o texto acima e a recente corrida eleitoral para a presidência estadunidense de 2016, marque a opção correta. A) As presidências democratas nos EUA, em geral, caracterizam-se por uma política externa que luta contra o protecionismo e defende irrestritamente o livre-comércio, como pode ser observado pela criação do NAFTA na gestão de Bill Clinton. B) O Tratado Transpacífico (TPP) – ponto importante da campanha presidencial estadunidense de 2016, é um acordo de livre-comércio entre economias da bacia do Oceano Pacífico, como EUA e China. O Parlamento dos EUA já o aprovou. C) A despeito da tradição republicana de apoio à liberdade de trocas no comércio internacional, Donald Trump anuncia uma política externa estadunidense de repúdio a acordos que facilitem essas transações, sendo uma exceção seu apoio ao TPP. D) Os princípios republicanos entusiastas do livre-comércio refletem o modelo econômico proposto domesticamente pelo partido – defensor de um Estado mínimo e não-interventor. Não obstante, as eleições de 2016 parecem indicar tendência contrária.

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E) Hillary Clinton originalmente defendeu o texto do TPP quando estava a frente da Secretaria de Estado de Barack Obama. No entanto, por pressão da aliança com Bernie Sanders, passou a condenar o acordo, uma vez consolidada como candidata. QUESTÃO 25 O ano de 2016 marca a primeira vez em 25 anos que Estados Unidos e Israel abstêm-se de votar em uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condena o embargo econômico estadunidense imposto à Cuba. Assim, valeram os 191 votos favoráveis à suspensão do embargo que já durava 55 anos. (Fonte: http://www.timesofisrael.com/in-first-us-israel-abstain-on-un-vote-against-cuba-embargo/)

Sobre este histórico reposicionamento é incorreto dizer que: A) Os EUA rejeitam categoricamente qualquer colocação na resolução sugerindo que o embargo violou leis do direito internacional. B) A abstenção significa que os EUA concordam com todas as políticas e práticas do governo cubano. C) Os EUA continuam condenando as violações aos direitos humanos cometidas pelo governo cubano. D) A abstenção é iniciativa pessoal do presidente Barack Obama, sem apoio do Congresso americano. E) Israel absteve-se seguindo alinhamento histórico à política exterior americana para Cuba. QUESTÃO 26 As eleições presidenciais dos Estados Unidos no ano corrente têm ocupado um lugar de destaque na mídia internacional em decorrência da atitude notadamente combativa dos candidatos e uma valorização dos Estados Unidos como potência global ainda hegemônica. Dentre vários pontos dos projetos políticos dos presidenciáveis, há várias questões que representam um antagonismo de propostas. Entretanto, há outros que representam uma proximidade clara entre as proposições dos mesmos. No que tange aos assuntos referentes à política externa dos candidatos, assinale qual dos temas representa uma convergência entre eles. A) Ambos presidenciáveis reforçam a necessidade de modernização e ampliação do poder militar estadunidense como forma de garantir e recuperar a supremacia militar do país e a segurança nacional. B) A política migratória ou o tratamento dado a imigrantes de ambos se assemelha o que tange a necessidade de contenção drásticas dos fluxos de pessoas, uma vez que são considerados pelos candidatos como uma ameaça à segurança nacional. C) Tanto para Hilary quanto para Clinton é necessário promover o fortalecimento da produção de energia limpa, estando ambos alinhados ao discurso internacional de proteção ambiental. D) Os candidatos à presidência dos Estados Unidos reconhecem a importância dos tratados cooperação internacional e das organizações internacionais multilaterais como espaços importantes para desempenhar seu papel de liderança na governança global. E) Partindo do reconhecimento de uma ameaça internacional desencadeada pelo terrorismo oriundo da região do Oriente Médio, os presidenciáveis defendem uma postura agressiva no tratamento da questão iraniana, sugerindo um rompimento com o pacto nuclear firmado com este país. QUESTÃO 27 Sobre a configuração atual da política externa brasileira (PEB), avalie as seguintes afirmativas: I) As mudanças de direcionamento na PEB iniciadas com José Serra, Ministro de Relações Exteriores do governo interino de Michel Temer, indicam uma retomada dos princípios perseguidos pela política externa promovida por Celso Lampreia, Ministro do governo FHC em finais de 1990 e início de 2000.

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II) Enquanto a política externa executada nos governos Dilma representou uma continuidade ou ajustes à política externa dos governos Lula anteriores, as modificações em curso promovidas neste curso espaço de tempo pelo governo interino de Temer indicam uma reorientação de objetivos a serem perseguidos internacionalmente pelo Brasil, tanto quanto a áreas de atuação quanto de parceiros principais. III) A controversa imagem sobre o momento de crise política no Brasil já está sendo refletida na opinião pública internacional sobre a continuidade do Brasil como ator relevante da governança global, sobretudo na vocalização dos interesses de países em desenvolvimento e em emergência, como os BRICS. IV) No que tange às principais alterações em curso nos caminhos da PEB, como a descrença tanto com (a) o multilateralismo envolvendo países em desenvolvimento em fóruns internacionais como a OMC, quanto com (b) a importância do aprofundamento da integração regional como no caso do MERSOCUL. A despeito destas prováveis alterações, Serra mantém a importância dada a parceiros asiáticos, sobretudo ao Estado chinês, como um dos pilares de cooperação internacional do estado brasileiro. Sobre as afirmativas dadas, as VERDADEIRAS são: A) I, II, III e IV B) II, III e IV. C) II e IV. D) I e III. E) I, III e IV. QUESTÃO 28 Sobre as tendências atuais para a economia mundial e os impactos sobre as economias dos países emergentes, avalie as seguintes afirmativas e a relação proposta entre elas: 1. A flexibilização do câmbio é um instrumento importante que as economias emergentes podem utilizar para diminuir os impactos provenientes de choques externos adversos como os existentes no atual cenário de instabilidade econômica mundial.

PORQUE 2. Os países em desenvolvimento ainda necessitam de reformas estruturais que aliviem os estrangulamentos de infraestrutura e viabilizem a captação de recursos externos que permitam seu crescimento econômico potencial. Assinale a alternativa CORRETA: A) A afirmativa (1) justifica a afirmativa (2). B) As alternativas são falsas. C) A afirmativa (2) justifica a afirmativa (1). D) A alternativa (1) é verdadeira e a afirmativa (2) é falsa. E) Ambas são verdadeiras, mas não tem relação explicativa entre si. QUESTÃO 29 Os atuais níveis de trânsito intercontinental de pessoas provenientes da região do Oriente Próximo em direção a Europa têm suscitado uma série de debates sobre os múltiplos aspectos que envolvem a migração internacional. Os gráficos a seguir elucidam em números a proporção entre os imigrantes solicitantes de refúgio e o destino das solicitações.

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A partir das informações contidas nos dois gráficos e dos seus conhecimentos sobre os fluxos migratórios contemporâneos, é possível inferir que A) a diminuição da procura por asilo especificamente em relação à França se relaciona diretamente ao repudio da população francesa aos imigrantes correntemente associados a terroristas do Estado Islâmico. B) a concentração dos pedidos de refúgio ao Estado alemão se relaciona diretamente com a política de recepção favorável (como a sugestão de cotas) aos imigrantes promovidas pela chanceler Ângela Merkel durante os anos iniciais do influxo. C) a diminuição dos pedido de refúgio nos países da Europa em geral indicam uma crescente marginalização destes migrantes que não obtém o status legal de refugiado. D) a diminuição do baixo número de pedidos de refúgio na Itália e na Grécia indicam exclusivamente o fato de estes Estados ser considerados uma rota de trânsito para o interior da União Europeia, o que não os torna atrativos enquanto destino para os migrantes. E) os refugiados oriundos de alguns Estados africanos – Eritreia e Nigéria representados no gráfico – buscam asilo na Europa e em outras regiões motivados pela fuga frente à intensificação do processo de recrutamento de serviço militar obrigatório imposto por regimes ditatoriais em seus respectivos países.

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QUESTÃO 30 Leia atentamente o texto abaixo: “A espantosa vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton constitui um divisor de águas não só para a política americana, mas para toda a ordem mundial. Parecemos ingressar em uma nova era de nacionalismo populista, na qual a ordem liberal dominante que foi construída desde os anos 1950 se vê sob ataque das maiorias democráticas raivosas e energizadas. O risco de mergulharmos em um mundo de nacionalismos concorrentes e igualmente raivosos é enorme e, se isso ocorrer, seria um marco tão momentoso quanto a queda do muro de Berlim em 1989”. (Fonte: US against the world? Trump’s America and the new global order, de Francis Fukuyama. Tradução livre do original em inglês, publicado no jornal Financial Times de 11/11/2016. Disponível em: https://www.ft.com/content/6a43cf54-a75d-11e6-8b69-02899e8bd9d1)

Considerando o texto acima, o contexto das eleições estadunidenses e as políticas defendidas pelo candidato vitorioso, marque abaixo a alternativa que não contém uma previsão possível das consequências da vitória de Trump para o sistema internacional. A) O presidente eleito já declarou que buscará renegociar os acordos de comércio internacional já existentes, a exemplo do Nafta, e presumivelmente a participação de seu país na Organização Mundial do Comércio (OMC); se não obtiver o que seja, pode estar disposto a abandoná-los. B) Trump expressou admiração por líderes “fortes”, como Putin, demonstrando menos interesse em aliados tradicionais dos EUA, como a Otan (aliança militar ocidental) ou o Japão e Coreia do Sul, a quem acusou de pegar carona no poderio americano. Isso sugere que o apoio a eles todos também será condicionado a uma renegociação dos arranjos de divisão de custos hoje em vigor. C) A influência dos EUA sempre dependeu mais do "soft power" do país do que de projeções ilusórias de força, tais como a invasão do Iraque. A vitória de Donald Trump sinaliza que o país está deixando a ala liberal e nacionalista do espectro político e ingressando na ala populista e internacionalista. D) Tradicionalmente, o regime de comércio e investimento internacional aberto sempre dependeu da hegemonia dos EUA para se manter à tona. Se Washington começar a agir de maneira unilateral quanto aos termos dos contratos, haverá muitos agentes poderosos em todo o mundo dispostos a retaliar, o que poderia criar uma espiral de decadência econômica semelhante à dos anos 30. E) Dada sua ignorância geral sobre a maioria dos aspectos da política externa, a coerência constante da posição de Trump com relação à Rússia sugere que Putin exerça alguma influência oculta sobre ele, talvez na forma de dívidas para com instituições russas que teriam permitido a Trump manter à tona seu império empresarial. Com isso, não se devem esperar embates tão enérgicos entre os dois países em matéria de política internacional.

i Exame de Atualidades 2016/2 aprovado consensualmente pelo Núcleo Docente Estruturante da graduação em Relações Internacionais UniBH.